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SEMILOGIA E SEMIOTÉCNICA

SEMIOLOGIA É A PARE DA MEDICINA RELACIONADA AO ESTUDOS DE SINAIS E SINTOMAS DAS


DOENÇAS.

ANAMNESE E O EXAME FÍSICO.

Objetivos do Histórico de Enfermagem:

• Conhecer o cliente;

• Estabelecer vínculos de confiança;

• Identificar alterações biopsicossociais e espirituais

• Definir diagnósticos e prescrições de enfermagem (SAE)

“O Exame Físico é a coleta de dados físicos feita pelo Enfermeiro, através de técnicas específicas,
visando detectar alterações significativas e subsidiar o Diagnóstico de Enfermagem”

Posição Prona: decúbito ventral, com a cabeça voltada para um dos lados.

Posição de Sims: decúbito lateral esquerdo, perna direita fletida e apoiada sobre a esquerda. -Exame
retal.

Posição Ginecológica: utiliza a mesa própria para separação das pernas para exame ginecológico,
parto.

Posição Litotômica: decúbito dorsal, com as pernas afastadas, joelhos fletidos e pés apoiados na
cama (Avaliação área genital ou técnicas especificas - cateterismo vesical).

Posição Trendelenburg: decúbito dorsal, com a cabeça mais baixa que os pés (Problema vascular).

Posição de Fowler: decúbito dorsal, com o tronco elevado. (Exame olhos, cavidade oral).

Posição Genupeitoral: ajoelhado, com joelhos afastados, peito apoiado sobre a cama, e cabeça
lateral. (Exame retal).

Primeiro exame – completo

• Sistemático e organizado

• Ambos os lados do corpo devem ser avaliados quanto a simetria

• Paciente cansado – interromper o exame

• Procedimentos dolorosos – etapa final do exame

• Registro – terminologia específica

METÓDOS PROPEDÊUTICOS DO EXAME FÍSICO:

1. Inspeção
2. Palpação
3. Ausculta
4. Percussão
5. Olfato
INSPEÇÃO:

Ato de observar ou inspecionar.

• Exploração panorâmica ou localizada.

• Avaliar: aspecto, cor, forma, tamanho, simetria, posição e movimento

das áreas corpóreas.

• Inspeção Estática: realizada com o cliente em repouso: aspecto, cor,

forma.

• Inspeção Dinâmica: realizada com os movimentos do cliente e suas

alterações: tipo de respiração.

PALPAÇÃO:

Ato de observar ou inspecionar.

• Exploração panorâmica ou localizada.

• Avaliar: aspecto, cor, forma, tamanho, simetria, posição e movimento

das áreas corpóreas.

• Inspeção Estática: realizada com o cliente em repouso: aspecto, cor,

forma.

• Inspeção Dinâmica: realizada com os movimentos do cliente e suas

alterações: tipo de respiração.

TIPOS:

Mão em garra: palpação em gânglios, dedos em pinça: prega cutânea, palpações com mão
superposta: usando apenas as digitais do dedo, palpação bimanual: do rim esquerdo, digitopressão:
delimitar edema.

PERCUSSÃO:

Princípio: Golpear um ponto qualquer do corpo, originando vibrações, com características próprias,
quanto à intensidade, timbre e tonalidade, de acordo com a área percutida.

Interpretação do som gerado, utilizando o tato e a audição, observar dor e sensibilidade.

TIPOS:

• Percussão Direta

- Golpear diretamente a região, com a ponta dos dedos, mantendo-os fletidos, imitando um martelo.

- O golpe é seco e rápido, não se descuidando de levantar sem demora a mão que percute.

• Percussão Indireta ou Digito-digital Golpear com a borda do dedo médio da mão direita a
superfície dorsal da 2a falange do dedo médio ou indicador da outra mão.
TIPOS DE PERCUSSÃO:

Digito-digital: do tórax percussão com cubital da mão: verificar alterações renal

TIPOS DE SONS PRODUZIDOS POR PERCUSSÃO:

TIMPANICO

• É o som semelhante ao de um tambor,

duração moderada

• Espaços fechados contendo ar: Percussão

estômago cheio de ar

• Ressonância / Claro Pulmonar

• Duração longa, qualidade surdo

• É o som obtido pelos pulmões normal

• Hiperressonância

• Características: mais longo que a

ressonância, som semelhante a um

estrondo.

• Pode ser percebida ao percurtir-se o

tecido pulmonar super-insulflado.

Pacientes com enfisema pulmonar

• Submacicez

• Som semelhante a uma pancada surda

• Percussão do fígado

• Macicez.

• Som qualidade uniforme

• Percussão nos músculos

AUSCULTA:

A ausculta é o processo de ouvir os sons gerados nos vários órgãos do corpo para identificar
anormalidades

• Consiste na ausculta da vibração sonora

- Direta: captada diretamente pelo ouvido do examinador


OLFATO

Achados através do olfato juntos com outros achados do exame podem servir para identificação de
anormalidades

• Exemplos:

• Odor de amônia na urina pode indicar ITU

• Odor adocicado ou cheirando vinagre na cavidade oral pode indicar acidose diabética.

ESTADO NUTRICIONAL:

O estado nutricional reflete o equilíbrio entre a ingestão e a demanda (necessidade) de nutrientes


de um indivíduo.

OBJETIVOS DO PROCESSO DA AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

• Identificar o estado nutricional de indivíduos e populações;

• Identificar o risco nutricional de indivíduos e populações;

• Direcionar o planejamento de intervenções nutricionais (ex.: mudanças na alimentação, nutrição


por sonda e/ou parenteral);

• Avaliar as intervenções nutricionais implementadas.

SEMIOLOGIA NUTRICIONAL:

• Exame físico direcionado (quadro clínico)

• Emagrecimento

• Alteração do apetite

• Aspectos fisionômicos

• Estado de humor

• Alteração dos diversos grupos musculares

• Formas do abdômen

• Evidências de perda de gordura

Anemia

• Coloração da pele (corado ou descorado)

• Região palmoplantares, conjuntival e labial.

 Icterícia e desidratação

Cavidade oral: Língua: Magenta, glossite (complexo B), branca (falta mastigação), queilite angular
(Riboflavina e Vitamina C), monilíase (imunodeficiência), deficiência de zinco.

EXAME FÍSICO A MASSA MUSCULAR:

Região do pescoço e clavícula: Supra e infraclaviculares e da fúrcula esternal


• Atrofia destas regiões indica que o paciente já perdeu massa muscular há muito tempo (perda
crônica).

Abdômen: Distendido, plano ou escavado

Edema: Pesquisa de edema (desnutrição protéica)

CIRCUFERÊNCIA: A concentração de gordura visceral, independente da gordura corporal total, é um


fator de risco para doenças cardiovasculares e diabetes mellitus.

Semiotécnica:

- Encontrar ponto médio entre último arco costal e

crista ilíaca

- Marcar e usar de referência para passar a fita

métrica em torno do paciente

Instrumento:

- Fita métrica

Parâmetros normais:

Mulheres: < 88cm

Homens: < 102 cm

EXAME FÍSICO TEGUMENTAR:

EXAME FÍSICO DA PELE:

O QUE DEVEMOS OBSERVAR:

➢Coloração

➢Integridade

➢Umidade

➢Temperatura

➢Textura / espessura

➢Elasticidade/turgor

➢Sensibilidade.

MÉDOTODOS PROPEDÊUTICOS:

➢Inspeção

➢Palpação

ALTERAÇÕES:

➢ Icterícia: Aumento da bilirrubina no sangue

➢ Hipercarotenemia: Substâncias ricas em vitamina A: abóbora, tomate, cenoura, etc.


➢ Albinismo: Coloração branco-leitosa da pele devido aausência congênita do pigmento melanina.

➢ Cianose: Coloração azulada que indica redução da perfusão, hipoxemia.

➢ Palidez: A pele assume a cor do tecido conjuntivo(colágeno) que é basicamente branca.


Observada nas regiões palmo plantares e mucosas. EX: anemias, crises dolorosas agudas, síncopes,
situações de estresse, como medo e ansiedade.

ALTERAÇÕES ESPECIFICAS

Alteração da cor (não tem relevo, é plana)

• Mancha e Mácula: é toda a mudança de cor da pele, sem relevo, ou espessamento. Pode ser: rósea
ou vermelho-vivo (eritematosa), arroxeada, acastanhada, esbranquiçada, preta ou de outros tons,
etc.

• Mácula: quando a lesão tem menos de 1 cm de diâmetro

• Mancha: quando a lesão tem mais de 1 cm de diâmetro.

➢Petéquia: menor que 1 cm

➢Equimose: maior que 1 cm (aparece após traumatismo da pele, regredindo lentamente, passando
por diversas tonalidades: vermelha, azulada, arroxeada, esverdeada e amarelada.

➢Víbices: é o termo que se aplica a púrpuras lineares ou lesões atróficas lineares.

LESÃO DE CONTEÚDO SOLÍDO:

Pápula: lesão de 1mm a 1cm, delimitada, em relevo, involui sem deixar cicatriz. Ex: placas de
urticária, lesões de prurido.

• Nódulo: mede de 1 a 3cm, localizada na derme ou hipoderme, podendo ou não produzir elevação
na pele Ex: sífilis tardia, eritema nodoso, lepra, etc.

• Tumor: lesão acima de 3 cm, pode ou não produzir elevação na pele.

• Urticária: lesão de conteúdo sólido de forma irregular, coloração vermelha pruriginosa.

LESÃO DE CONTEÚDO LÍQUIDO:

Abscesso: coleção de pus na pele ou tecido subcutâneo; há dor e calor. Maior que 1 cm.

• Pústula: contém secreção purulenta e mede até 1cm.

• Bolha: contém líquido seroso e é maior que 1cm

• Vesícula: contém líquido seroso e mede até 1cm.

• Hematoma: coleção de sangue na pele ou tecido subcutâneo, tamanho variável, proeminente ou


não.

TEXTURA\EXPESSURA

Normal: lisa, macia, contínua e flexível

➢Xerodermia: pele seca

➢Hiperidrose: sudorese excessiva


EXAME FÍSICO CABEÇA E PESCOÇO:

MÉTODOS PROPEDÊUTICOS

◼ Inspeção

◼ Palpação

◼ Ausculta - carótida

Inspeção:

◼ Tamanho (macrocefalia; microcefalia)

◼ Alterações gerais

◼ Lesões, cistos, tumores, hematomas, nódulos

◼ Cabelo

◼ Distribuição, quantidade, alteração na cor, higiene,

presença de parasitas

◼ Palpação do crânio

◼ Pontos dolorosos, tumores, lesões

OLHOS

Se possuí algum problema de vista (míopia, glaucoma...)

Inspecionar a pálpebra do paciente : fechamento e abertura, alteração de mobilidade.

Globo ocular

◼ Exoftalmia, Enoftalmia

◼ Desvios, Nistagmo

Córnea

◼ Superfície regular, convexa, transparente

◼ Avaliar integridade, presença de ulcerações,

corpo estranho, opacificação (catarata)

◼ Reflexo córneo palpebral

◼ Íris

◼ Planas, iguais tamanho, cor e formato

◼ Esclerótica

◼ Branca

◼ Observar icterícia, hemorragia

NARIZ:
Histórico de saúde

◼ Queixas atuais

◼ Se secreção: consistência e cor

◼ Resfriados, sinusite

◼ Queixa de epistaxe

◼ Trauma recente?

◼ Frequência do sangramento?

◼ Cirurgia, uso de fármacos

◼ Dor seios paranasais

OUVIDO:

Histórico de saúde

◼ Queixas gerais: zumbido, dor, secreção

◼ Perda de audição

◼ História familiar

◼ Perda de audição

◼ História pregressa

◼ Infecção auditiva? Cirurgia? Trauma?

◼ Uso de fármacos

◼ História psicossocial

◼ Descrever ocupação e ambiente de trabalho

Acuidade

◼ Teste de sussurro

◼ Teste de Weber

◼ Teste de Rinne

Boca

◼ Higiene, hálito e coloração

◼ Lábios

◼ Inspeção: Rosados, úmidos

◼ Avaliar: deformações, rachaduras, lesões,

coloração

◼ Gengivas
◼ Inspeção: rosadas, úmidas, margens definidas

◼ Avaliar: úlceras, processos infecciosos

Amígdalas

◼ Pequenas

◼ Processo inflamatório: aumentam de volume,

presença de placas de pus

EXAME DE PESCOÇO:

Palpação da tireoide: Não é visível, nem palpável

Ausculta

◼ Artérias carótidas: presença de sopros é indicativo de estenoses no vaso analisado ou em ramos


mais próximos ao coração.

AVALIAÇÃO FÍSICO NEUROLÓGICO:

ASPECTO ABORDADO NO EXAME FÍSICO NEUROLOGICO

1. Avaliação da consciência
2. Avaliação da pupila.
3. Padrão respiratório.
4. Avaliação dos nervos cranianos.
5. Avaliação do sistema motor.
6. Avaliação dos reflexos profundos.
7. Avaliação do sistema sensorial.

NÍVEIS DE CONCIÊNCIA ESCALA DE GLASGOW:

É através dessa escala que é possível mensurar o nível de consciência dos


pacientes. E a partir desses dados podemos encaminhar o paciente de maneira
mais segura. É preciso marcar “NT” na pontuação caso não seja possível obter
resposta do paciente por conta de alguma limitação

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