Você está na página 1de 14

Quadril

Pediátrico
CRIANÇA CLAUDICANTE
Dor no joelho = Patologia no quadril Displasia do Quadril
Sinovite transitória
Pioartrite
Quadril Perthes
Criança Epifisiólise
Claudicante
Osgood-Schlatter
Joelho Pioartrite
Osteocondrite dissecante

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA CRIANÇA CLAUDICANTE


DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL
CONCEITO E FATORES DE RISCO
• Conceito: espectro de alterações (displasia, subluxação e
luxação)
• Fatores de risco: didaticamente dividido em 4 tipos:

Conteúdo: Genética:
- Apresentação pélvica - História familiar - 12-33%
- Bebê grande - Sexo feminino
- Gemelaridade - Síndromes
- Artrogripose

Continente: Externo:
- Oligodrâmnio - Ergonomia
- Primogênito
- Deformidade uterina

Tipos de apresentação pélvica

2% 20%
EPIDEMIOLOGIA

• 5-50/1.000
• Meninas 9:1 Menino
• Esquerdo: 60%
• Direito: 20%
• Bilateral: 20%
EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICO
Teste de Klisic
Com o paciente em decúbito
dorsal, apoia-se o dedo médio
sobre o trocânter maior, e o
indicador sobre a espinha
ilíaca anterossuperior. Quando
o quadril está locado (A), a
linha aponta para o umbigo;
quando o quadril está luxado,
ou seja, ascendido, a linha
aponta para distal ao umbigo
(B).

Identificar fraqueza relativa


do glúteo médio. É um teste a
ser realizado com o paciente
que já consegue deambular;
com o paciente de costas,
pede-se que faça um apoio
monopodálico (por exemplo,
tirar o pé direito do chão).
Pela fraqueza da musculatura
abdutora do lado que
permaneceu apoiado, a pelve
deve cair para o lado sem
apoio no solo. Esse é o sinal de
Trendelenburg.
OUTROS TESTES DE EXAME FÍSICO :
• Galeazzi - compara a altura dos joelhos com a criança
deitada, fletir o quadro e observar se tem desnível.
Positivo quando tem luxação do quadril. Não é tão sensível
porque se tiver luxação dos dois lados não se observa no
teste
• Sinal de Hart - restrição de abdução. Abduzir o quadril e
observar que a abdução individual de cada perna tem
uma diferença na abertura do angulo da perna
• Telescopagem - semelhante ao barlow mas com joelho
extendido
TESTES DE TRIAGEM x TESTES DE DIAGNÓSTICO
• Triagem = Ortolani e Barlow
• Diagnóstico = Imagem - USG, Exame físico - conforme a
idade
*Raio X só a partir dos 4 meses

CONDUTA

• Triagem
- Ortolani e Barlow para todos - USG: fatores de risco

• Exame físico alterado?


- USG + Ortopedista Iniciar tratamento

• E a frouxidão fisiológica?
- Até as primeiras 4 semanas de vida a criança pode ter
uma frouxidão fisiológica
TRATAMENTO

Suspensório de Pavlik Gesso Pélvico Podárico

Só até 6 meses Após 6 meses


PIOARTRITE
EPIDEMIOLOGIA E FATORES DE RISCO

Epidemiologia:
• Meninos
• 50% antes dos 2 anos de idade
• 35% quadril, 35% joelho
Fatores de risco:
• Prematuridade
• Parto cesárea
• Invasão do RN - Procedimentos invasivos (catéter…)

VIAS DE ORIGEM DA PIOARTRITE

DICA: Se for chutar, chute S. aureus


Regra áurea na ortopedia
Principal agente causador de
infecções ortopédicas
AGENTES ETIOLÓGICOS

• RN
- Estreptococo do grupo B
- S. aureus
• Crianças
- H. Influenzae → Vacina
• Adolescentes
- Vida sexual ativa = gonococo (Única que não precisa de cirurgia)
• Todos os outros
- S. aureus
• Drogas EV
- S. aureus e pseudomonas

APRESENTAÇÃO CLÍNICA

• Febre
• Toxemia
• Claudicação CRITÉRIOS DE KOCHER:
• Bloqueio articular • Febre
• VHS > 40mm/h
• Incapacidade de
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS apoiar o membro
• Leucocitose > 12.000
• Hemograma, PCR, VHS
• Ultrassonografia Se tiver 4 critérios -
• Radiografia 99,6% de chance de
ter Pioartrite
• Aspirado articular
• Hemocultura
PIOARTRITE: PUNÇÃO, DRENAGEM, ANTIBIÓTICO
“Tempo é cartilagem"

* Atb de escolha na maioria


das pioartrites é
OXACICLINA endovenosa
SINOVITE TRANSITÓRIA
• Definição
- Inflamação articula autolimitada
• Epidemiologia:
- Meninos 2:1 Meninas
- Entre 3-8 anos
• Fisiopatogenia
- Reação inflamatória autoimune uma a três semanas
após a infecção
• Quadro clínico
- Criança claudicando após IVAS
• Exames
- Hemograma: normal
- VSH e PCR: discretamente elevados Criança com
- USG: derrame articular claudicação e
• Tratamento dor após IVAS =
- Sintomáticos SINOVITE
- Observação TRANSITÓRIA

EPIFISIÓLISE DO FÊMUR PROXIMAL


Outros termos: EPIFISIOLISTESE e ESCORREGAMENTO DA FISE PROXIMAL
DO FÊMUR

• Epidemiologia:
- 17/100.000 (raro)
- Meninos
- Lado esquerdo
- Bilateral 20-30%
- Obesidade
- Raça negra
• Fisiopatogenia
- Defeito da camada hipertrófica da fise de crescimento,
cresce e ocupa mais de 80% do espaço
• Quadro clínico
- Sente mais dor do que claudicação
- Encurtamento e rotação externa
- Classificação: instável (não consegue apoiar carga devido a
dor) x estavel (consegue por carga, muleta…); aguda (< 3 sem) x
crônica (>3 sem)

• Tratamento
- Fixação em situ (tratamento inicial)
- Tto de urgência, intentar e tratar
Adolescente,
claudicação e
dor no quadril =
EPIFISIÓLISE
DOENÇA DE PERTHES
• Outros termos:
- Osteocondrose do quadril; Epifisite femoral; doença de Legg-
Calvé-Perthes
• Epidemiologia
- 4-32/100.000
- Meninos 5: 1 menina
- Raramente bilateral
- 4-8 anos
• Fisiopatogenia
- Defeito vascular + estresse → Necrose da cabeça do fêmur e
depois se refaz sozinha, podendo de formar com deformidade
• Quadro clínico - insidioso
- Claudicação maior que a Dor
- Trendelenburg positivo (insuficiência do glúteo medio)
• Fases
- Necrose → Fragmentação → Reossificação → Residual
• Classificações
- Waldenström modificada
- Herring Criança com
- Salter e Thompson claudicação e
- Caterral dor no quadril =
- Moesley PERTHES
- Stulberg
• Sinais de cabeça em risco
- 2 laterais: calcificação lateral, subluxação lateral da cabeça
- 2 metafisários: cistos metafisários, sinais de Gage
- 1 fisário: horizontalização da fise
• Tratamento
- Fisioterapia (ganho de abdução)
- Cirurgias – varizante (aproximar da linha media) X Osteotomia
de Salter X artrodiastase

Você também pode gostar