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Infância
• Displasia do desenvolvimento do quadril
(DDQ);
1. Abordar aspectos epidemiológicos de
• Coxa vara;
claudicação na infância;
• Artrite reumatoide juvenil (ARJ);
2. Discutir os diagnósticos diferenciais de
• Neoplasias (osteoma osteoide, leucemia).
claudicação na infância considerando aspectos
clínicos envolvidos; Período escolar – 4 aos 10 anos de idade:
3. Avaliar a história natural da claudicação na
Nessa faixa etária as crianças tendem a ser mais
infância valorizando fatores de risco e
cooperadoras durante o exame e já apresentam
diagnóstico;
padrões mais maduros de marcha, facilitando a
4. Compreender a Doença de Perthes e seus
identificação das desordens. Além disso, as queixas
diagnósticos diferenciais de patologias do
são consideradas importantes nessa fase em que a
quadril como sinovite transitória, artrite
criança está mais interessada em brincar e não tem
séptica, epifisiólise e displasia do
desejo de se afastar de suas atividades habituais.
desenvolvimento do quadril. Discutir a
indicação de exames complementares para o Em virtude da atividade vigorosa durante o dia e da
diagnóstico e abordar aspectos do tratamento. fadiga muscular que a segue, são comuns queixas de
dores noturnas e ao repouso, que genericamente são
chamadas de "dor do crescimento"; no entanto, outras
causas devem ser descartadas antes de se chegar a essa
conclusão.
A claudicação na criança é uma queixa frequente nos
As mesmas doenças já descritas anteriormente para
consultórios dos pediatras, dos ortopedistas
crianças no início da idade da marcha devem ser
pediátricos e nos pronto-socorros. Para melhor
lembradas, principalmente a sinovite transitória, que
abordagem e identificação da queixa, deve-se dividir
é mais frequente na idade entre três e oito anos e que
os pacientes por faixa-etária.
é a causa de claudicação dolorosa mais comum
*OBS: é importante lembrar que as crianças iniciam a durante toda a infância. Além dessas condições, três
deambulação com apoio em torno dos 12 meses e aos outras podem ter seu diagnóstico durante esse
18 meses, em geral, se tornam independentes para a período: a doença de LeggCalvé-Perthes, o menisco
marcha, porém, com movimentos ainda discoide e as discrepâncias de comprimento dos
descoordenados, mantendo um padrão imaturo até membros inferiores.
por volta dos cinco anos de idade e chegam ao padrão
11 aos 15 anos de idade:
adulto aos sete anos.
Pacientes nessa faixa etária comportam-se de forma
Período infantil – de 1 aos 3 anos de idade:
diferente, com informações mais precisas, podendo ser
É um grupo difícil e pouco colaborativo na anamnese colhida uma anamnese direta.
devido à pouca idade. Com isso, torna-se difícil o
Um cuidado que deve haver ao avaliar esses pacientes
diagnóstico de claudicação nesta faixa etária.
é ter em mente sua excessiva e compulsiva vontade de
Entretanto, quando constatado, os mais prováveis
retornar à atividade esportiva, quando, então, tendem
diagnósticos relacionados a esse grupo de crianças
a minimizar o problema; ou, de outra forma,
incluem:
afastarem-se da atividade física, quando então
• Sinovite transitória; maximizam o problema.
• Artrite séptica;
Diagnósticos relacionados a esse grupo de crianças
• Desordens neurológicas (paralisia cerebral
incluem:
(PC) branda e distrofia muscular);
• escorregamento epifisário femoral proximal metafisário alcance a epífise que então precisa
(epifisiólise); receber irrigação de pequenas artérias que
• DDQ; penetram na cápsula articular (assim, a epífise
• Condrólise; acaba se tornando uma região de nutrição arterial
• Síndromes de overuse; precária).
• Osteocondrite dissecante;
• Coalizão tarsal.
Doença de Legg-Calvé-Perthes:
Introdução:
FASES EVOLUTIVAS:
Exames Diagnósticos:
Fase precoce (esquerda): hiperdensidade epifisária e “sinal Sinal do crescente na cabeça femoral esquerda.
do crescente” (seta). Fase intermediária (direita):
fragmentação da porção medial epifisária. Cintilografia:
Prognóstico:
Introdução:
Poucas patologias são tão agressivas e de efeitos tão
devasta do res como a artrite séptica do quadril, pois
esta é uma articulação que suporta carga e tem
Imagens A e B - particularidades próprias em seu sistema de
Imobilização de
vascularização. Os prejuízos são mais incapacitantes e
Petrie;
permanentes.
Abaixo – órtese
de atlanta História Natural da doença:
Ocorre distensão mecânica da cápsula e aumento de
pressão interna do es paço articular. Com a diminuição
da vascularização, a epífise sofre isquemia e
consequente necrose.
Quanto à luxação, a causa é o aumento do volume do Exames:
líquido purulento intra-articular em função do Na suspeita de artrite séptica do quadril, o paciente
crescimento bacteriano. Como em muitas patologias deve ser internado para a agilização dos exames
infecciosas, a prevenção da artrite séptica é difícil – ou complementares e o tratamento imediato.
mesmo impossível – de ser realizada.
O diagnóstico de artrite séptica é estabelecido por
Quadro clínico: meio da apresentação de um conjunto de sinais e
Como em todo processo infeccioso ou inflamatório, há sintomas associados aos achados laboratoriais. O teste
hiperemia, responsável pelos primeiros sintomas do padrão-ouro continua sendo a cultura do líquido
paciente, que são dor, limitação de movimentos ativos sinovial para isolamento do patógeno. Havendo
e passivos e aumento de temperatura. Sendo o quadril suspeita de artrite séptica, a punção do derrame
uma articulação pro funda, fica difícil observar edema, articular deve ser obtida rotineiramente.
hiperemia e aumento de temperatura no local, pelo
menos nos primeiros dias de instalação do Se o paciente apresentar-se com suspeita de artrite
processo infeccioso. séptica de quadril, a rapidez para selar o diagnóstico e
o tratamento é fundamental para a obtenção da cura
A dor é progressiva e com aumento rápido de completa.
intensidade. Em curto tempo, é observada piora do Em geral, solicita-se hemograma completo, com
quadro de dor, geralmente acompanhada de aumento velocidade de sedimentação globular.
rápido da temperatura.
A radiografia não mostra alterações nos primeiros
A limitação da mobilidade passiva ou ativa também é dias. Porém, depois pode ser verificado edema
muito intensa, devido ao processo inflamatório intra- periescapular e espessamento da cápsula. Quando
articular. É comum a dor e a temperatura não cederem houver aumento da coleção purulenta dentro da
com analgésicos e cavidade articular, com distensão capsular, pode ser
antitérmicos usuais, sem o tratamento completo e observado aumento do espaço articular. Se houver
adequado. subluxação ou luxação, fica mais evidente o
diagnóstico.
Fatores de risco:
• Doenças crônicas e condições que afetam as A solicitação de radiografia de pelve em posição
articulações - como osteoartrite, gota, artrite anteroposterior deve ser a solicitação inicial para
reumatóide ou lúpus - podem aumentar o comparar com o lado normal.
risco de artrite séptica, assim como uma
articulação artificial, cirurgia articular prévia e O exame mais confiável é a ecografia. O
lesão articular. espessamento da cápsula, as distensões e o
• Uso medicamentos imunossupressores. afastamento da cabeça do fêmur, bem como a
• Fragilidade da pele. As condições da pele, quantidade de líquido purulento, são mais bem
com psoríase e eczema, aumentam o risco de evidenciados e com mais precocidade ao ultrassom.
artrite séptica, assim como as feridas
infectadas de pele. Pessoas que regularmente A RM pode ser utilizada em casos de diagnóstico
injetam drogas também têm um risco maior de difícil, pois evidencia com muita clareza as partes
infecção no local da injeção. moles periarticulares e a quantidade de líquido dentro
• Sistema imunológico fraco. Pessoas com um das cápsulas.
sistema imunológico fraco tem maior risco de
contrair infecção articular. Isso inclui pessoas Tratamento:
com diabetes, problemas renais e hepáticos e O tratamento de pacientes com artrite séptica baseia-se
aqueles que tomam drogas que suprimem seus na antibioticoterapia intravenosa e na drenagem
sistemas imunológicos. articular. A mobilização passiva deve ser feita de
• Trauma articular. Mordidas de animais, forma gradual, seguida de alongamento ativo das
perfurações ou cortes que violem a articulação estruturas periarticulares, evitando, desse modo,
podem causar artrite séptica. restrições na mobilidade articular.
Quadro clínico e diagnóstico:
Epidemiologia:
Introdução:
Fatores de risco:
• Apresentação pélvica;
• Gemelares;
• Primogênito; Estes movimentos devem ser sutis para não provocar
• Oligodrâmnio; luxação iatrogênica!
• Joelho estendido intraútero.
De 3 meses a 18 meses:
Diagnóstico:
As manobras não tem mais efeito, agora predominam
Diagnóstico precoce (de 0 a 3 meses): a contratura em adução do quadril. Percebemos uma
O diagnóstico deve ser o mais precoce possível! Desde limitação da abdução e a circundação do quadril, além
que tenha sido realizado antes dos 3 meses, o êxito do de um encurtamento do membro inferior. O sinal de
tratamento tem alta porcentagem de sucesso. Tanto a Galeazzi (ou de Allis) é a altura inferior do joelho do
luxação, a subluxação como a simples instabilidade lado afetado quando a criança está em decúbito com as
articular devem ser prontamente reconhecidos. coxas e os joelhos fletidos, devido ao deslocamento
posterior da cabeça femoral.
Após o nascimento, o primeiro exame a ser feito
verifica se o quadril já está luxado. Para isso, utiliza-se
a manobra de Ortolani (faz-se uma abdução do
quadril – abrir a perna – ao mesmo tempo que
tracionamos a coxa para cima. Se o examinador
observar pela palpação uma espécie de “clique” – que
nada mais é a cabeça femoral voltando para o seu
lugar no acetábulo – o teste é positivo, confirmando o
A manobra de telescopagem costuma ser positiva:
diagnóstico de luxação congênita do quadril).
consiste em segurar firmemente a coxa e o joelho da
No exame físico do quadril luxado podemos ainda criança com uma das mãos e, com a outra no quadril,
observar assimetria das pregas cutâneas dos MI, um realizar uma manobra de puxar e empurrar,
excesso de rotação externa e uma dificuldade em percebendo-se o movimento excessivo do trocânter.
Após 12 meses: O índice acetabular é um ângulo agudo formado pela
linha de Hilgenreiner e uma segunda linha traçada no
Na fase de deambulação, verificaremos alteração da
teto acetabular. Caso este ângulo esteja maior que 30°
marcha, que se apresente claudicante, com gingado de
isto sugere displasia acetabular.
pato (tronco balança para o lado afetado) e o sinal de
Trendelemburg é positivo. O paciente apresentará,
também, excesso de rotação externa do membro
acometido e lordose lombar excessiva.
Radiografia simples:
Tratamento:
Recém-nascido:
TRAVESSÃO DE FREJKA
TIRANTES DE PAVLIK
De 1 a 6 meses:
De 6 a 18 meses:
De 18 anos a 8 anos: