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Classificação
• ARTRITE SISTÊMICA
o >16 anos, apresenta ou não artrite, muitas vezes o quadro articular ainda não se estabeleceu
o Artrite em qualquer número de articulações (mono ou poliarticular)
o Febre cotidiana (todos os dias), por pelo menos 2 semanas → caracterizado por 1 ou 2 episódios de
febre por dia e o restante do dia fica bem
▪ Mais de 1 das seguintes
• Rash típico evanescente – aparece durante o episódio febril e vai embora com a
febre
• Lindadenomegalia generalizada
• Hepato e/ou esplenomegalia
• Serosite – derrame pleural e/ou derrame pericárdico
o AS é, portanto, um diagnóstico de exclusão, precisamos excluir causas mais prevalentes que dão
quadro clinico semelhante, como doença infecciosa ou doenças neoplásicas
• OLIGOARTEITE
o Artrite afetando 4 ou menos articulações nos primeiros 6 meses de doença - 50% são monoarticular
o Persistente – podem persistir sendo oligoarticular ou depois dos 6 primeiros meses da doença
podem acometer 5 ou mais articulações, aí passa a ser oligoarticular estendida
o Estendida – se estende para 5 ou mais articulações
• PILIARTRITE FR NEGATIVO
o Artrite afetando 5 ou mais articulações nos primeiros 6 meses de doença, com FR presentemente
negativo
• POLIARTRITE FR POSITIVO
o Artrite de 5 ou mais articulações nos primeiros 6 meses de doença, com pesquisa positiva para FR,
em pelo menos 2 ocasiões, com intervalo mínimo de 3 meses entre elas
o Na vida adulta essas crianças se assemelham muito a AR
• ARTRITE PSORIASICA
o Artrite associada a psoríase ou a pelo menos 2 das características seguintes
▪ Dactilite – dedo em salsicha
▪ Alterações ungueais (pitting ou onicolise)
▪ História familiar de psoríase em parente de primeiro grau
• ARTRITE RELACIONADA A ENTESITE (ERA)
o Artrite e/ou entesite (inflamação da entese) associada a pelo menos 2 das seguintes características
▪ Dor nas articulações sacroiliacas ou dor lombar inflamatória
29/10/2021 Ministrada – Dra. Taísa Bévena Rodrigues Lopes
▪ Presença de HLA-B27 – alteração genética associada ao complexo de histocompatibilidade
do tipo l
▪ História familiar de doença associada ao HLA-B27 (espondilite anquilosante, psoríase,
doenças inflamatórias intestinais)
▪ Uveite anterior aguda – criança que apresenta de forma repetida episódios de hiperemia,
dor, lacrimejamento, turbação visual. Geralmente um quadro unilateral, redicivante e
alternante
▪ Doença de início após os 8 anos de idade e mais frequente no sexo masculino
• ARTRITE INDIFERENCIADA
o Moléstias que não preenchem critérios para uma categoria especifica ou que preenchem critérios
para mais de uma delas
Epidemiologia
• Nos países desenvolvidos a AIJ é uma doença reumática mais comum na infância
o Brasil – segunda causa → AIJ só perde para febre reumática
• Doença de pré-escolares, rara antes dos 6 meses
• Predominância no sexo feminino
o 1 a 3 meninas: 1 menino
Etiopatigenia
• Etiologia e patogenese indefinidas
o Fenomeno autoimune
▪ Varia de acordo com a forma de apresentação. Nas crianças que tem predominantemente a
forma articular temos um fenome autoimune semelhante a AR, ou seja, infiltrado de
monocitos e macrofagos no espaço sinovial, que leva a inflamação da membrana sinovial. Na
forma sistemica temos a partipação mais importante da imunidade inata, neste caso
algumas interleucinas como IL l e IL Vl são bastante importantes (isso é importante pois
muda o tratamento)
o Influencia genetica
▪ Varios polimorfismos, principalmente relacionado ao cromossomo 6, e essa heterogenidade
faz com que haja uma heterogenidade genotipica
o Fatores infecciosos
▪ O mais estudado é o virus da rubeolas (virus e vacina)
o Fatores psicossociais
▪ Devem ser abordados em relação ao prognostico
o Fatores hormonais
▪ Definiciencia de estrogeno e androgenos, por isso imagina-se que o sexo feminino é mais
atingido que o masculino. Hiperprolactinemia tambem pode estar associado ao
desenvolvimento de AIJ em crianças predispostas
o Traumas fisicos
▪ Não são gatilhos mas é comum que os pais tentem associar traumas ao desenvolvimento da
doença na criança, muitas vezes o que ocorre é o contrario, a criança tem uma monoartrite
e por conta disso ela começa a cair mais vezes.
Quando vamos examinar uma articulação dolorosa devemos começar pelo lado em que não está doendo!!
• Artrite crônica
o Efeitos em ossos e articulações em desenvolvimento
▪ Distúrbios de crescimento
• Hiperdesenvolvimento
o Hipervascularização
• Hipodesenvilvimento
o Lesão do centro de crescimento
o Fusão prematura das placas epifisárias
o Alteração do comprimento dos MMII
o Desenvolvimento anormal dos quadris
▪ Na AIJ nos preocupamos muito com o quadril (articulação coxofemoral) por conta da marcha
e a ATM que se não tratada pode levar a deformidades
o Micrognatia – deformidade da ATM
No primeiro momento a articulação inflamada recebe uma vascularização maior e isso faz com que inicialmente o
membro se desenvolva com maior velocidade do que o membro não lateral, com o passar do processo inflamatório,
o membro afetado passa a hipodesenvolver pois tem lesão no centro de crescimento e fusão prematura das placas
epifisárias, levando a dismetria de membros ou alteração do comprimento dos MMII
AIJ sistêmica
• Forma mais grave – possibilidade de acometimento visceral Febre Reumática X
• 4 a 17% dos casos Artrite Idiopática
• Não há predomínio quanto ao sexo Juvenil – na FR a
• Pode ocorrer em qualquer período da infância criança tem febre
• Quadro clinico → Febre cotidiana, vespertina, intermitente, com 1 ou 2 picos durante todo dia,
diários, durante pelo menos 2 semanas terminando o efeito
o Rash cutâneo macular ou maculopapular, rosa claro, evanescente do antitérmico a febre
(aparece e desaparece) e raramente pruriginoso volta, já na AIJ a febre
▪ Tronco e extremidades proximais dos MMSS e MMII tem em media 2
▪ Desencadeado por banho quente e stress psicossocial episódios no dia, e
• Artrite entre eles a criança
o Usualmente ausente nas primeiras semanas da doença fica sem febre
o Grandes articulações mais frequentemente envolvidas
• Manifestações extra-articulares
AIJ oligoarticular
• Criança que tem acometimento de 4 ou menos articulações nos primeiro 6 meses da doença, depois podem
continuar com o acometimento de 4 ou menos articulações, neste caso recebe o nome de oligoarticular
persistente ou depois dos 6 primeiros meses pode acometes mais de 6 articulações, aí chamamos de
oligoarticular estendida
• Forma mais frequente – 27 a 56% dos casos
• Inicio precoce (menores 6 anos)
• Meninas
• Artrite assimétrica
o Joelhos e tornozelos
o Em ate 50% das vezes apenas 1 articulação é afetada (monoartrite)
• Elevada frequente do FAN (70 a 80%)
o Alto risco de desenvolver iridociclite – uveite anterior crônica
▪ Frequentemente assintomática, primeira manifestação clinica é a amaurose
▪ Biomicroscopia com lâmpada de fenda
▪ Geralmente aparece após os primeiros 5 a 7 anos do diagnostico
▪ Curso crônico ou recorrente, sem relação com as manifestações articulares
Artrite psoriasica
• Início precoce
• Artrite assimétrica
o Pequenas e grandes articulações – difere da AIJ oligoarticular
• Dactilite
• Alterações ungueais (pitting ou onicolise)
• FAN
o Risco aumentado de iridociclite
• Pode evoluir com sacroiliite
29/10/2021 Ministrada – Dra. Taísa Bévena Rodrigues Lopes
o De acordo com a classificação atual a artrite psoriasica juvenil NÃO é considerada EpAJ
Exames laboratoriais
Exames de imagem
Alterações radiológicas
• Iniciais
o Aumento de partes moles – chama mais atenção
o Alargamento do espaço articular
o Osteopenia justa-articular
o Neoformação óssea periosteal
• Tardias
o Erosões marginais
o Cistos
o Redução do espaço articular
o Anquilose
US quadril anual
• Difícil avaliação clínica do quadril e na infância se houver deformidade leva a alterações de marchar
persistente ao longo da vida do paciente
• A forma que mais acomete o quadril é a ERA então temos que pedir US anual
Tratamento
Multidisciplinar
• Fisioterapia e TO
• Odontologia nutricional
• Tratamento farmacológico
• Suporte psicológico e Serviço social
Uma criança com quadro sistêmico (febre cotidiana, rash, esplenomegalia, linfanodomegalia, serosite), o tratamento
será glicocorticoide em dose imunossupressora + ciclosporina, vamos reavaliar depois de 30-60 dias, se não houve
melhora entramos com terapia imunobiológica, geralmente escolhemos Tocilizumabe.