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Anamnese
Tags Propedêutica Cirúrgica

Data @5 de fevereiro de 2024

Anamnese → Exame físico → Percepção → Análise → Hipóteses diagnósticas → Diagnósticos e solicitações de


exames → Plano terapêutico.

Demonstre atenção ao que o paciente está falando e procure identificar de pronto alguma condição especial –
dor, sonolência, ansiedade, hostilidade, tristeza, confusão mental.

Estrutura da anamnese padrão:

Identificação;

Nome, idade, sexo;

É errado designar o paciente pelo número do leito ou pelo diagnóstico;

Sobrenome → origem → hereditariedade;

Judeus: hábitos alimentares; Europeu: talassemia (anemia do mediterrâneo).

Cada grupo etário tem suas doenças

Cor/etnia;

Negros:

Anemia falciforme;

Hipertensão arterial → comportamento evolutivo diferente nos pacientes negros: além de ser mais
frequente nesse grupo, apresenta maior gravidade, com lesões renais mais intensas e maior
incidência de AVE.

Naturalidade;

Residência (endereço) e procedência;

Casos de pacientes em trânsito (viagens de turismo, de negócios), a procedência confunde­-se com a


residência. Exemplo: um executivo que reside em SP e faz uma viagem de negócios para Recife, caso

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seja atendido em um hospital em Recife, sua procedência será SP. Caso procure assistência médica
logo depois de seu retorno a SP, sua procedência será Recife.

Estado civil;

Profissão e local de trabalho (ocupação e ocupações anteriores);

"Aposentado” não é profissão. Necessário identificar a profissão devido a possibilidade de relação da


condição com o antigo emprego;

Pneumoconiose → minas ou pedreiras;

Mesotelioma → asbestos.

Escolaridade;

Religião;

Filhos;

Nome da mãe → diferenciar pacientes homônimos;

Filiação a órgãos/instituições previdenciárias e planos de saúde;

Possibilidade de encaminhamento e solicitações.

Queixa e duração;

Palavras do paciente;

Queixa principal → motivo que levou o paciente a procurar o médico.

HPMA - História pregressa da moléstia atual;

Registro cronológico e detalhado → desde o início o sintoma até o momento atual;

Identificar o sintoma-guia → sintoma ou sinal que permite recompor a história da doença atual com mais
facilidade e precisão;

Descrever o sintoma-guia;

Início; Duração; Características do sintoma na época em que teve início; Evolução.

Não é obrigatório que seja a primeira queixa relatada pelo paciente;

Enquanto a queixa principal é o problema percebido pelo paciente como o mais relevante, o sintoma
guia é o sintoma mais importante para o médico na condução da investigação diagnóstica .

A queixa principal é a razão pela qual o paciente está buscando assistência médica;

O sintoma guia é o sintoma mais relevante ou característico que direciona o médico na


investigação diagnóstica;

Porto (2019) sugere ao estudante escolher como sintoma-guia a queixa de mais longa duração, o
sintoma mais salientado pelo paciente ou tomar como
sintoma­-guia a “queixa principal”.

ILICIPDF → Início, localização, intensidade, característica, irradiação, periodicidade, duração, fatores de


melhora, piora e acompanhantes.

ISDA- Interrogatório sintomatológico sobre os diversos aparelhos;

Anamnese especial” ou “revisão dos sistemas”, constitui, na verdade, um complemento da história da


doença atual;

Permite levantar HD que não tem relação com a HPMA. Ele pode te dar sintomas que o paciente não
previa que poderia estar relacionada à QD. Ao mesmo tempo, pode ter sintomas que não são tão
significantes;

Exemplo: úlcera no pé → diabetes.

Antecedentes pessoais e familiares;

Antecedentes pessoais fisiológico e patológico;

Gestação;

Desenvolvimento sexual;

Orientação sexual: atualmente, usam­-se siglas como HSM; HSH; HSMH; MSH; MSM; MSHM.

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Doenças da infância;

Alergias;

Cirurgias;

Traumatismos (e consequências);

Vacinação;

Medicações em uso.

Hábitos;

Tabagismo, etilismo etc;

Alimentação (fibras, proteínas etc);

Atividade física;

Tipo, frequência, duração.

Condições de moradia e trabalho;

Condições culturais e socioeconômicas.

Illness;

Exame físico.

ISDA - Interrogatório sintomatológico

Anamnese especial ou revisão de sistemas;

A principal utilidade do ISDA reside no fato de permitir ao médico levantar possibilidades e reconhecer
enfermidades que não guardam relação com o quadro sintomatológico registrado na HDA. Exemplo: o relato de
um paciente conduziu ao diagnóstico de gastrite e, no IS, houve referência a edema dos membros inferiores. Esse
sintoma pode despertar uma nova hipótese diagnóstica que vai culminar no encontro de uma cirrose.

Sintomas gerais:

Febre, astenia, alterações de peso, sudorese, calafrios.

Pele e fâneros:

Pele: cor, textura, umidade, temperatura, sensibilidade, prurido, lesões (mácula, pápula, bolha, exantema
etc);

Fâneros: que da de cabelo, aparecimento de pelos, alterações da unha.

Crânio e pescoço:

Dor, alteração no pescoço;

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Olhos:

Dor, sensação de corpo estranho, queimação, lacrimejamento, olho seco, diminuição ou perda de visão,
escotoma, secreção, fotofobia, diplopia, nistagmo;

Ouvidos:

Dor, otorréria, otorragia, zumbido, diminuição da acuidade auditiva, vertigem;

Nariz e cavidades paranasais:

Prurido, espirro, dor, obstrução nasal, corrimento, alteração do olfato, cacosmia, parosmia;

Cavidade bucal e anexos:

Polifagia, inapetência, geofagia, sialorréia, halitose, dor dentária, ulcerações.

Faringe:

Odinofagia, disfagia, tosse, halitose, pigarro e ronco;

Laringe:

Dispnéia, estridor, disfonia, pigarro.

Parede torácica:

Dor, alterações no formato do tórax, dispnéia.

Respiratório:

Dor torácica, tosse, hemoptise, chiado, expectoração, dispnéia,


tiragem.

Cardiovascular:

Dor precordial, palpitações, dispneia, lipotimia, síncope,


edema, cianose, alterações do sono, astenia.

Esôfago e estômago:

Disfagia, pirose, regurgitação, eructação, hematêmeses, soluço, náuseas, dispepsia.

Intestinos, cólon, reto e ânus:

Diarreia, esteatorréia, distensão abdominal, flatulência, melena, enterorragia, obstipação intestinal,


hematoquezia, prurido anal, dor abdominal .

Urinário:

Micções, disúria, polaciúria, nictúria, enurese, hematúria, poliúria, oligúria, estrangúria, secreção
uretral.

Orgãos genitais masculinos:

Lesões, nódulos, priapismo, dor, edema, hemospermia, corrimento uretral, disfunção sexual.

Orgãos genitais femininos:

Distúrbios menstruais (polimenorréia, amenorreia, menorragia), dismenorreia, corrimento vaginal,


dispareunia, anorgasmia, ciclo menstrual.

Endócrino:

Polifagia, polidpsia, nódulos no pescoço, galactorréia, preferência climática, perda ou ganho de peso,
nanismo, gigantismo, puberdade precoce ou tardia, bócio, infertilidade, hisurtismo, acantose nigrans.

Hematológico:

Hemorragias (petéquias, equimoses, hematomas, gengivorragia), adenomegalias, esplenomegalia,


icterícia.

Locomotor:

Dor (localizar, coluna vertebral), artralgias, artrites, deformidades, traumas, limitação de movimentos,
câimbras, rigidez pós repouso, crepitação articular.

Vascular periférico:

Claudicação intermitente, alterações de temperatura, alterações tróficas, Fenômeno de Raynaud,


úlceras, edema, dermatite ocre.

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Neurológico:

Sonolência, confusão, cefaleia, vertigem, convulsões, amnésia, ambliopia, hemianopsia, disbasia,


distúrbios do sono, disartria, disgrafia, dislexia, disfasia, plegias, paresias, parestesias, astenia, tiques.

Psíquico:

Avaliação de consciência, atenção, orientação, pensamento, memória, inteligência, afetividade e


comportamento; alucinações.

Illness → experiência da pessoa com essa doença:

Na abordagem da experiência da pessoa com a doença, são propostas quatro dimensões a serem abordadas:

Suas ideias sobre o que está errado;

Seus sentimentos, especialmente medos gerados pela doença;

Os impactos da doença sobre sua vida;

As expectativas sobre o que deve ser feito.

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Abordagem para extrair e explorar as principais queixas dos pacientes:

Centrada no médico, no paciente ou mista;

Bickley e Szilagyi (2010) sugerem que o examinador utilize uma ou mais das seguintes técnicas: apoio,
facilitação, reflexão, esclarecimento, confrontação, interpretação, respostas empáticas e silêncio.

Reflexão: repetição das palavras que o médico considerar as mais significativas durante o relato do
paciente.

Cálculo da carga tabágica:

Número de cigarros fumados por dia dividido por 20 (o número de cigarros em um maço) e o resultado é
multiplicado pelo número de anos de uso de tabaco, sendo o resultado expresso em anos-maço.

Investigue se o paciente tomou as vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde (2017), de acordo com a faixa
etária:

Crianças: BCG; hepatite B; difteria; tétano; coqueluche; poliomielite; rotavírus; sarampo; rubéola; caxumba;
varicela; febre amarela; hepatite A; meningocócica C; pneumocócica;

Adolescentes: difteria; tétano; hepatite B; febre amarela; HPV;

Adultos: hepatite B; febre amarela; difteria; tétano; sarampo; rubéola; caxumba;

Pessoas idosas: hepatite B; difteria; tétano; febre amarela; influenza ou gripe; pneumocócica.

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