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30/08/2018

M.V. Msc. Camila Ferreiro


DIAGNÓSTICO
“ A maioria dos erros médicos não se deve a falhas de raciocínio sobre fatos
bem avaliados, mas de raciocínio bem conduzido, porém sobre fatos mal
observados.” (Pascal – século XVII)
• Diagnosis = ato de discernir, de conhecer
• Reconhecer uma enfermidade por meio das suas manifestações clínicas
• Nosológico ou clínico
• Terapêutico
• Anatômico - cardiopatias ou fraturas
• Etiológico – Clostridium botulinum
• Histopatológico
• Radiológico, laboratorial, etc...
• Provável, provisório ou presuntivo

PLANO DE EXAME CLÍNICO


EXAME
FÍSICO Elaboração das hipóteses
35% (anamnese)
EXAME
ANAMNESE
COMPLEMENTARES
50%
15%
Avaliação das hipóteses
obtidas (exame físico)
DIAGNÓSTICO

Interpretação de
exames solicitados (ex.
complementares)

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PLANO DE EXAME CLÍNICO


PROGNÓSTICO

• Prever a evolução da doença e


suas prováveis consequências
• Perspectiva de salvar a vida
01 02 03 04
IDENTIFICAÇÃO ANAMNESE EXAME FÍSICO EXAMES
• Cura do paciente COMPLEMENTARES
• Manter a capacidade funcional do
órgão acometido

• Bom, Mau ou Reservado

EXAME FÍSICO Inspeção geral Hidratação


Inspeção de Inspeção de
Mucosas Secreções
• OBJETIVO
• Identificar e analisar as informações obtidas
• Depende da situação (Emergência)
• Agressivos, estressados
• Utilizar sempre a mesma sequência de
exame – hábito Palpação Auscultação
TPC Linfonodos
• Redução de erros diagnósticos abdominal Cardiorrespiratória

• MEIOS SEMIOLÓGICOS
• Inspeção
• Palpação
• Auscultação
Pulso Percussão Temperatura Olfação *
• Percussão
• Olfação
*Pode ser realizada na inspeção de mucosas

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INSPEÇÃO INSPEÇÃO
Observar o animal como um todo ou uma região específica (estado geral )
• Estado geral
• Bom, regular ou mau
PANORÂMICA LOCALIZADA • Score de condição corporal
• 1-9 ou 1-5
• Caquexia
• Magro
• Sobrepeso
DIRETA INDIRETA • Obesidade
• Pele e pelame
Otoscópio
• Estado de hidratação (1)
Laringoscópio
Oftalmoscópio
RX/US

NÍVEL DE CONSCIÊNCIA E POSTURA (Inspeção) INSPEÇÃO


Alerta • Padrão Respiratório
• POSTURA
acordado e atento ao ambiente • Dispneia
• Decúbito (lateral, esternal) • Inspiratória
• Claudicação Depressão • Expiratória
• Impotência funcional de membro sonolento mas facilmente desperto • Mista
• Hígido • Restritiva
Estupor
• Aumento de volume
dormindo e só é desperto com estímulos intensos (dor)
• Ascite
Obnubilação • Edema
alteração do estado de consciência – “atordoado”

Coma
sono profundo e irresponsivo a qualquer estímulo

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HIDRATAÇÃO
• Utiliza mais de um meio
semiológico (inspeção e
palpação)
• Globo ocular (Enoftalmia)
• Mucosas (brilho/umidade)
• TUGOR CUTÂNEO
• Idosos e filhotes
• Raças
• Ingestão inadequada de água
ou perda hídrica
• Vômitos
• Diarreia

AVALIAÇÃO DE
MUCOSAS
AVALIAÇÃO DE MUCOSAS
(Inspeção) • Nasal
• Avaliação de mucosas • Ocular/conjuntival/esclerótica
aparentes • Bucal/Oral/jugal
• Saúde
• Estado de hidratação • Transição do palato em felinos
• Inflamações, tumores, • Vulvar
edema • Prepucial/peniana
• Cardiorrespiratório
• Metabólicas • Anal
• Cálculos dentários
• Corpos estranhos

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TEMPO DE
PREENCHIMENTO
CAPILAR (TPC)
• Inspeção e palpação
• Digital
• Avaliação subjetiva do
estado de hidratação
• Até 2s
• 2 - 4s desidratado
• > 5s gravemente
desidratado

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AVALIAÇÃO DE LINFONODOS 1. Mandibulares AVALIAÇÃO DE LINFONODOS


2. Pré-escapulares
3. Axilares
• Fazem parte do sistema linfático 4. Inguinais Tamanho: formato de grão de feijão, maiores em
5. Poplíteos animais jovens, raças e processos infecciosos e/ou
• Via acessória pela qual os líquidos podem inflamatórios
fluir dos espaços intersticiais para o sangue
através dos vasos linfáticos linfa
Consistência: firmes, duros (neoplasia) ou mole
(estágio final de infecção)
• A linfa coletada pelos vasos linfáticos Sensibilidade: dor à palpação em processos
passam por linfonodos filtro da linfa infecciosos e/ou inflamatórios agudos
• Participa em processos patológicos que Mobilidade: são móveis, quando há perda de
ocorrem em áreas por eles drenadas mobilidade indica a ocorrência de processos
dilatação ou hipertrofia bacterianos agudos
Temperatura: a elevação da temperatura é
acompanhada de dor à palpação

PALPAÇÃO PALPAÇÃO ABDOMINAL


• É a utilização do sentido tátil ou da força muscular, usando se as mãos ou
as pontas dos dedos. LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA
• Limitações (espécie, porte, score)
• Digitopressão
• Punhopressão
• Vitropressão
• Abdominal
• Retal
• Vaginal
• Mamária
• Membros, aumento de volume...
Topografia dos órgãos. Não necessariamente estes são
Consistência: mole, firme, dura, pastosa, flutuante, crepitante palpáveis. A sensibilidade pode ajudar a identificar uma área,
estrutura ou órgão acometido.

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AUSCULTAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA CHOQUE DE PONTA OU PRECORDIAL


• Avaliação dos RUÍDOS que os
diferentes órgãos produzem
espontaneamente.
• Direto X Indireto (estetoscópio)
• Avaliação cardíaca
• 3º. ao 5º. EIC direito e esquerdo
• Ritmo
• Regular
• BRNF sem sopro
Coloca-se a mão no tórax do lado E do cão, o ponto
• Cães: 60 a 160 bpm de choque corresponde a válvula mitral
• Gatos: 120 a 240 bpm
Lado Direito no 4 EIC encontra se a válvula tricúspide

PULSO SEMPRE JUNTO À AUSCULTAÇÃO


AUSCULTAÇÃO
• Artéria femoral
PULMONAR
• Avaliar intensidade e frequência:
• Pulso forte: hipercinético 5 - 8 EIC – LOBOS CRANIAIS
• Pulso fraco: hipocinético 9 - 10 EIC – LOBO MÉDIO
• Pulso rápido: taquisfigmia 11 - 12 EIC – LOBOS CAUDAIS
• Pulso lento: bradisfigmia RUÍDOS PULMONARES
• Pulso normal: normosfigmia Cães: 18 a 36 mpm
• Pulso irregular: arrítmico Gatos: 20 a 40 mpm
HEMATOSE – TROCAS
GASOSAS ---- CIANOSE

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AUSCULTAÇÃO PULMONAR AUSCULTAÇÃO PULMONAR


• Tipo respiratório
• RUÍDOS PULMONARES
• Costoabdominal
• Avaliação
• <2mm (mal transmissão de ondas ORTOPNEIA
sonoras
• Frequência
• Taquipneia Inspiratória • Propagação de ruídos
• Nasal
• Bradipneia
Dispneia

• Apneia • Laringeos
• Amplitude
Expiratória • Traqueais
• Hiperpneia • Pulmonares
• Postura/Ritmo
• Dispneia
Mista Ruídos respiratórios normais

• Ortopneia
Sibilos
• Trepopneia Restritiva Crepitações finas
Crepitações grosseiras

AUSCULTAÇÃO PULMONAR AUSCULTAÇÃO PULMONAR


Ruídos contínuos e agudos,
ocorrem na passagem do ar

SIBILOS por vias aéreas estreitadas,


provocando vibração de sua
parede durante a expiração –
brônquios

CREPITAÇÃO FINA Parênquima pulmonar


Ruídos respiratórios
descontínuos e de curta
duração. Surgem por meio
da reabertura súbita e
sucessiva de pequenas
CREPITAÇÃO GROSSA vias aéreas

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Ruído alto e grosseiro – palato mole e


RONCO região faringeana
PERCUSSÃO
Ruído alto e agudo – distúrbios da • É o ato ou efeito de percutir (bater ou tocar,
ESTRIDOR laringe produzir som)
• Permite obter sons de estruturas profundas
• Dígito-digital
• 2 golpes – um forte e um fraco
• Percussão – tipos de sons:
• Claro – órgão com ar que se movimenta
• Timpânico – órgão oco distendido por
ar ou gás
• Maciço – estruturas sem ar que
produzem som fraco e de curta duração

OLFAÇÃO
• Equilíbrio entre a
termogênese (processos
metabólicos oxidativos) e
termólise (pulmão e pele).

• Fígado, coração e músculo


esquelético

• Centro termorregulador –
hipotálamo
• Receptores térmicos
• Vísceras e pele
TERMOMETRIA

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TERMOMETRIA TERMOMETRIA SÍNDROME


NORMOTERMIA
• Contato do bulbo a mucosa retal
• Variações fisiológicas X patológicas
• Variação nictemeral (circadiana)
• Ingestão alimentar
• Ingestão hídrica HIPERTERMIA
• Idade Aumento da produção de calor
• Sexo Retenção Esforço Mista Séptica Asséptica Neurogênica
• Gestação de calor muscular
• Estado nutricional
FEBRE OU PIREXIA


Temperatura ambiental
Exercícios físicos HIPOTERMIA HIPERTERMIA INFLAMATÓRIA – LIBERAÇÃO DE CITOCINAS
• Estresse Decréscimo da temperatura corporal

• SIMPLES OU TÍPICA (ASCENSÃO, ACME


Mucosas E DEFERVESCÊNCIA)
• REMITENTE
• INTERMITENTE
• ATÍPICA
Apatia Taquicardia

Febre
Polidipsia Taquipneia

Anorexia

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