Você está na página 1de 88

EXAMES

LABORATORIAIS
CONCEITOS E INTERPRETAÇÕES

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


EXAMES
LABORATORIAIS
Olá, tudo bem?

Gostaríamos de te agradecer por adquirir um material do


@reidolaboratorio. O nosso material é feito com amor para te
ajudar a alcançar o seus objetivos nos estudos. Esperamos que
você goste e que se sinta bem ao estudar.

Este conteúdo destina-se exclusivamente a exibição privada. É proibida toda forma


de reprodução, distribuição ou comercialização do conteúdo.

Qualquer meio de compartilhamento, seja por google drive, torrent, mega, whatsapp,
redes sociais ou quaisquer outros meios se classificam como ato de pirataria,
conforme o art. 184 do Código Penal.

Caso haja pirataria do material, o cliente registrado no produto estará sujeito a responder
criminalmente, conforme o artigo 184 do Código Penal com pena de 3 meses a 4 anos de reclusão
ou multa de até 10x o valor do produto adquirido (segundo o artigo 102 da Lei nº 9.610)

Entretanto, acreditamos que você é uma pessoa de bem que


está buscando se capacitar através dos estudos e que jamais
faria uma coisa dessa, não é? A equipe rei do laboratório
agradece a compreensão e deseja a você um ótimo estudo.

Está com alguma dúvida? Envia para


suporte@amoresumos.com

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO EXAMES LABORATORIAIS..................................................................................... 04

PERFIL HORMONAL .................................................................................................................................. 05

PROTEÍNAS .................................................................................................................................................... 20

HEMOGRAMA ............................................................................................................................................... 23

PERFIL GLICÊMICO ..................................................................................................................................... 58

PERFIL LIPÍDICO .......................................................................................................................................... 64

PERFIL HEPÁTICO ...................................................................................................................................... 67

SUMÁRIO DE URINA ................................................................................................................................. 71

PERFIL DO FERRO ...................................................................................................................................... 81

PERFIL DO FERRO ...................................................................................................................................... 81

DOENÇA CELÍACA ...................................................................................................................................... 85

INTOLERÂNCIA À LACTOSE .................................................................................................................. 86

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


INTRODUÇÃO
CONCEITO DIAGNÓSTICO

Os exames laboratoriais são testes realizados Solicitados quando há suspeita de alguma


com amostras biológicas, com o intuito de condição patológica.
fornecer informações precisas acerca do estado
de saúde do paciente. ROTINA

Avaliar as condições do paciente mesmo que


AMOSTRAS BIOLÓGICAS não haja queixas, auxiliando na possível
identificação precoce de doenças.
Sangue arterial ou venoso;
Urina;
Fezes;
Secreções corporais;
PRÉ-OPERATÓRIO
Líquidos espinhal, pleural, amniótico, etc.
Avaliar a saúde geral do paciente e evitar
possíveis complicações cirúrgicas.
Os testes abrangem uma ampla gama de áreas
da saúde atualmente, havendo ainda suas
especificações de acordo com cada setor. Os ETAPAS DA ANÁLISE
exames mais comuns incluem:
Hemograma; PRÉ-ANALÍTICOS

Bioquímica sanguínea; Ocorre antes da análise do material, envolvendo


Sumário de urina; a solicitação correta dos exames, coleta,
identificação, transporte e armazenamento
Parasitológico de fezes;
adequada da amostra, tempo de espera entre
Testes para função hormonal; as análises, etc.
Cultura de microbiologia;
Testes imunológicos, etc. ANALÍTICOS

Incluem procedimentos e métodos de análises


UTILIZAÇÃO utilizados, calibração e manutenção dos
aparelhos, controle de qualidade, precisão dos
Os exames são solicitados por profissionais de reagentes e padronização dos métodos.
saúde a depender do contexto clínico e das
necessidades do paciente:
PÓS ANALÍTICOS

MONITORAMENTO Envolve a interpretação dos resultados obtidos,


documentação adequada dos resultados,
Monitorar casos de doenças crônica, por
identificação correta do paciente nos
exemplo, como diabetes e hipertensão,
resultados, etc.
auxiliando também no ajuste de tratamentos.

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
CONCEITO SÍNTESE HORMONAL
Os exames hormonais são testes laboratoriais Os hormônios proteicos são sintetizados no
utilizados para a avaliação dos hormônios no núcleo da célula excretora através da
organismo. transcrição do gene, sendo traduzido nos
ribossomos, se associando a membrana do
HORMÔNIOS retículo endoplasmático e dando origem a
São mensageiros químicos produzidos por
forma não madura do hormônio: pré-pró-
glândulas endócrinas, que auxiliam na hormônio.
coordenação e regulação de diversas funções
do organismo através da transmissão de sinais Após sofrer ação enzimática este se transforma
entre células, tecidos e órgãos.
em pró-hormônio, que se transporta ao
complexo de Golgi, sendo depositado em
vesículas até se amadurecer em hormônio e ser
CLASSIFICAÇÃO HORMONAL secretado por exocitose.

CONFORME ESTRUTURA

PROTEICOS

São hormônios formados por sequências de


aminoácidos, por exemplo: insulina, glucagon,
ocitocina e vasopressina.

ESTEROIDES

São hormônios derivados do colesterol, de


natureza lipídica, por exemplo: testosterona,
estrogênios, progesteronas e cortisol.

AMÍNICOS

São hormônios derivados de um único


aminoácido, por exemplo: adrenalina e Fonte: Guyton e Hall. Tratado de Fisiologia Médica. 2011.

hormônios da tireoide.
Os hormônios amínicos e esteroides são
CONFORME SOLUBILIDADE sintetizados a partir de precursor aminoácido
ou colesterol, passando por várias reações
Hidrossolúveis = solubilizam em água;
enzimáticas até se tornarem os hormônios
Lipossolúveis = solubilizam em lipídeos
específicos.

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
Todos os hormônios esteroides são
NEURO-HIPÓFISE
lipossolúveis, portanto não são armazenados
em vesículas secretórias, dessa forma, devem-se Formada por axônios de neurônios e é
difundir diretamente na membrana e serem responsável pela secreção da Ocitocina e
secretado. Vasopressina (ADH).

ADENO-HIPÓFISE
ATRIBUTOS HORMONAIS
Constituída por células endócrinas que são
1. Geralmente são secretados por glândulas responsáveis pela secreção da Prolactina, GH,
endócrinas; TSH, ACTH, LH e FSH.

1. São transportados para a circulação


sanguínea para alvos distantes, para a CÉLULAS ENDÓCRINAS

própria célula secretora ou células vizinhas. Tireotrofos


Corticotrofos
Gonadotrofos
1. Agem através de proteínas receptoras nas
Somatotrofos
células-alvo. Lactotrofos

1. Todos os hormônios são degradados por


enzimas.
HIPOTÁLAMO

HIPÓFISE
O hipotálamo é uma estrutura localizada no
encéfalo, acima da hipófise, tendo como
principal função a regulação do organismo com
A hipófise ou pituitária, é uma glândula que fica
o intuito de garantir a homeostase. Por
localizada na base do encéfalo, sendo
exemplo:
responsável pela produção e regulação de
diversos hormônios.
Temperatura corporal;
Ciclo do sono;
Apetite e metabolismo;
Adeno-hipófise Equilíbrio hidroeletrolítico;

Neuro-hipófise
Função sexual;
Sistema endócrino, etc.

Na regulação endócrina, o hipotálamo controla


Sua estrutura pode ser dividida em hipófise
a atividade da hipófise através da liberação de
posterior (neuro-hipófise), constituída de tecido
hormônios que estimulam e inibem a secreção
nervoso, e hipófise anterior (adeno-hipófise),
dos hormônios hipofisários.
constituída por tecido epitelial.

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
O hipotálamo é constituído por núcleos ESTÍMULOS
hipotalâmicos que recebem sinais de diversos
tipos (neurais, hormonais e metabólicos) que A secreção do GH é controlada através do
podem alterar a atividade dos neurônios Hormônio Liberador do GH (GHRH) e do
presentes no mesmo. Dessa forma, dependendo Hormônio Inibidor do GH (GHIH), que liberam
do estímulo recebido o hipotálamo pode atuar de forma pulsátil, com picos intercalados com
nos: períodos de alta e baixa secreção.

Sistema visceral; Essa frequência é determinada pelo ciclo


Sistema endócrino; circadiano, havendo maiores concentrações
Sistema motor. durante o sono. Além disso, situações como
exercícios físicos e jejum podem auxiliar na
liberação.
GH
O GH é um hormônio proteico, sintetizado pelo OUTRAS AÇÕES
somatotrofo e liberado pelo estímulo do
hipotálamo. Atua em praticamente todas as Além do crescimento, o GH pode interferir no
células do organismo, tendo como função metabolismo do tecido adiposo, causando
promover o crescimento por: lipólise, no tecido esquelético, utilizando o
glicerol como energia, e no fígado, estimulando
HIPERTROFIA = aumento do tamanho das a gliconeogênese.
células.

HIPERPLASIA = aumento da quantidade de


células.

Dessa forma, ocorre aumento da quantidade de


glicose na circulação, além da diminuição da
sua captação nas células. Como consequência,
poupa carboidrato, gasta gordura, além de
A ação de crescimento ocorre pois esse
promover a síntese de proteínas.
hormônio estimula a síntese de DNA, RNA e
proteínas.
DISTÚRBIOS
AÇÃO INDIRETA
Deficiência de GH = pode causar nanismo
O GH pode estimular a síntese e secreção do proporcional ou desproporcional (acondroplasia)
hormônio IGF-1, tendo como função incitar a devido a falha da secreção ou da ação desse
hipertrofia e hiperplasia celular, como nos ossos hormônio. O tratamento pode cursar com
longos na puberdade, por exemplo. reposição hormonal com GH ou IGF-1.

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
Acúmulo de GH = pode cursar com gigantismo A análise desse hormônio é realizada para
ou acromegalia pela hipersecreção de GH por identificar distúrbios puberais e avaliar a reserva
um tumor na adenohipófise. O tratamento pode das gonadotrofinas hipofisárias.
ser cirúrgico, quimioterápico ou farmacológico.

INFORMAÇÕES GERAIS

1. Possuem meia vida de cerca de 20 minutos;


FSH
1. A maior parte circula na forma livre;
O FSH (Hormônio Folículo Estimulante) tem
1. 40% circula ligado a uma proteína como atributo estimular o funcionamento das
carreadora GHBP; gônadas:

1. Sua ação ocorre de forma direta ou através Homem = interage com as células de Sertoli
do IGF-1; testiculares, auxiliando na produção de
espermatozoides e na manutenção do
1. O material de análise é o soro, estável por 8h
trofismo testicular.
entre 15 a 25ºC;

1. Analisado pelo método de Mulher = interage com os folículos ovarianos,


eletroquimioluminescência; estimulando a sua maturação, além da
produção de estradiol.
1. Seu aumento pode cursar com resistência a
insulina; Sua análise auxilia na investigação de
hipogonadismo (<FSH), causas gonadais (>FSH)
Valor de referência = < 5 ng/mL. e menopausas.

GnRH O exame é realizado pela coleta de sangue em


tubo de gel separador, permanecendo estável
O GnRH (Hormônio Liberador de Gonadotrofina) por 14 dias entre 2 a 8°C. Valores de referência:
é um hormônio secretado pelo hipotálamo e
liberado para a adeno-hipófise com o intuito de Homens Adultos = 1,5 a 12,4 UI/L
estimular a síntese de FSH e LH
Tanner 1 = 0,1 a 0,9 UI/L
(gonadotrofinas).
Tanner 2 = 0,1 a 2,8 UI/L
Tanner 3 = 0,3 a 3,0 UI/L
Gônadas são órgãos com responsabilidades
Tanner 4 = 0,4 a 5,0 UI/L
reprodutivas (óvulos e testículos).
Tanner 5 = 1,6 a 5,0 UI/L

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
Mulher = fase folicular: 3,5 a 12,5 UI/L O material utilizado é o sangue colhido no tubo
fase ovulatória: 4,7 a 21,5 UI/L com gel separador, sendo estável por 48h entre
fase lútea: 1,7 a 7,7 UI/L 2 e 8°C utilizando o método de
pós menopausa: 25,8 – 134,8 UI/L eletroquimioluminescência. Valor de referência:

Tanner 1 = 0,1 a 2,1 UI/L Homens Adultos = 1,7 a 8,6 UI/L


Tanner 2 = 0,4 a 2,8 UI/L
Tanner 3 = 0,8 a 4,6 UI/L Tanner 1 = 0,1 a 0,3 UI/L
Tanner 4 = 1,0 a 8,8 UI/L Tanner 2 = 0,4 a 2,3 UI/L
Tanner 5 = 0,1 a 6,7 UI/L Tanner 3 = 0,5 a 1,8 UI/L
Tanner 4 = 0,3 a 1,6 UI/L
Tanner 5 = 1,4 a 6,3 UI/L

ESTADIAMENTO DE TANNER Mulher = fase folicular: 2,4 a 12,6 UI/L


fase ovulatória: 14,0 a 95,6 UI/L
Ferramenta utilizada para determinar o
estágio puberal em que se encontra o fase lútea: 1,0 a 11,4 UI/L
paciente, permitindo relacionar o seu estado pós menopausa: 7,7 – 58,5 UI/L
com a clínica apresentada.
Tanner 1 = 0,1 a 0,2UI/L
Tanner 2 = 0,1 a 4,2 UI/L
Tanner 3 = 0,5 a 4,3 UI/L

LH Tanner 4 = 1,0 a 4,0 UI/L


Tanner 5 = 0,8 a 12,1 UI/L

O LH (hormônio luteinizante) atua sobre o


funcionamento das gônadas através de:

Homem = interage com as células de Leydig


TESTOSTERONA
testiculares, auxiliando na produção da
A testosterona é um hormônio produzido pelas
testosterona.
células intersticiais de Leyding, presentes no
Mulher = interage com os folículos ovarianos, testículo, tendo como função a atribuição das
atuando no processo de ovulação, além de características do corpo masculino - efeito
estimular a produção de andrógenos. masculinizante.

Após a secreção nos testículos, a maior parte da


Sua avaliação é importante na investigação de
testosterona se liga à albuminas plasmáticas e à
hipogonadismo e puberdade precoce.
proteína SHBG (Sex Hormone Binding Globulin),
circulando no sangue por cerda de 30 minutos
até horas. Posteriormente, a testosterona é
transferida para as células alvo ou é degradada
formando produtos inativos.

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
Grande parte da testosterona que se fixou no CONTROLE DA SECREÇÃO
tecido é convertida em di-hidrotestosterona,
pela enzima 5α-redutase no interior de células, O processo se inicia a partir da secreção de
sendo algumas de suas ações dependentes GnRH pelo hipotálamo, que estimula a hipófise
dessa conversão. anterior a secretar o LH e o FSH. Sendo assim, o
LH estimula as células de Leyding nos testículos
que irão secretar a testosterona.

PRINCIPAIS FUNÇÕES

Formação dos testículos, próstatas, vesículas


seminais e pênis durante o desenvolvimento
fetal;

Aumento do tamanho dos órgãos genitais


durante a puberdade;

Indução do crescimento de pelos corporais;

Redução do crescimento de cabelos no topo


da cabeça - calvície;
Fonte: Guyton e Hall. Tratado de Fisiologia Médica. 2011.
Hipertrofia e alarga a laringe, resultando em
uma voz mais grossa;

Aumenta a espessura da pele e contribui


ANÁLISE
para o desenvolvimento de acnes;
A testosterona pode ser dosada na forma:
Aumenta a formação de proteínas e auxilia
1. Livre = porção da testosterona total que está
no desenvolvimento muscular;
livre de proteínas carreadoras;
Aumenta a matriz óssea e induz a retenção
1. Biodisponível = fração livre da testosterona
de cálcio;
somada com a quantidade que está
Aumenta o metabolismo basal e a fracamente ligada à albumina.
quantidade de hemácias, etc.

10

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
O material utilizado é o soro colhido em tubo Sua eliminação é feita pelo fígado, que conjuga
com gel separados, sendo estável após a coleta o estrogênio em glicuronídeos e sulfatos, sendo
por 7 dias em refrigeração de 2 a 8ºC. eliminados pela bile ou pela urina.

VALOR DE REFERÊNCIA

Homens 20 a 49 anos = 249 a 836 ng/dL.


Homens ≥ 50 anos = 193 a 740 ng/dL.

Tanner 1 = < 2,5 ng/dL


Tanner 2 = 2,5 a 432 ng/dL
Tanner 3 = 64,9 – 778 ng/dL
Tanner 4 = 180 – 763 ng/dL
PRINCIPAIS FUNÇÕES
Tanner 5 = 188 – 882 ng/dL
Formação dos órgãos sexuais femininos;

Mulheres 20 a 49 anos = 8,4 a 48 ng/dL Aumento dos ovários, vagina, trompas e


Mulheres ≥ 50 anos = 2,9 a 41 ng/dL útero na puberdade;

Tanner 1 = < 2,5 a 6,2 ng/dL Alteração do epitélio vaginal de cuboide


Tanner 2 = < 2,5 a 10,4 ng/dL para estratificado;
Tanner 3 = < 2,5 a 23,7 ng/dL Crescimento das mamas;
Tanner 4 = < 2,5 a 26,8 ng/dL
Estimula o crescimento ósseo;
Tanner 5 = 4,6 a 38,3 ng/dL
Leve aumento de proteínas totais;
Aumento do metabolismo corporal;
Aumento do depósito de gordura;
ESTROGÊNIO Torna a pele mais macia e vascularizada.

O estrogênio é um hormônio sexual esteroide


responsável pelo desenvolvimento das CICLO MENSTRUAL
características femininas, sendo secretado
Grande quantidade de estrogênio é liberado
significativamente pelos ovários. Suas principais
antes da ovulação, auxiliando na proliferação
apresentações no plasma são: das células do estroma e epiteliais,
aumentando a espessura do endométrio.
1. Estrona (E1)
2. β-estradiol (E2)
3. Estriol (E3)
ANÁLISE
São transportados no sangue ligados ESTRONA (E1)
fracamente à albuminas plasmáticas e
globulinas de ligação específica. A etsrona é a forma circulante mais abundante

11

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
após a pós menopausa, sendo útil na avaliação A análise do estradiol é feita através do soro
da produção estrogênica na menopausa, no coletado em tubo com gel separador, sendo
estudo de ovários policísticos e de tumores estável por 24h entre 2 a 8°C. O método
feminilizantes. Em homens, pode auxiliar na utilizado é enzimaimunoensaio, sendo os
avaliação de ginecomastia, no hipogonadismo e valores de referência:
na detecção de tumores.
Homem Adultos = 7,63 a 42,6 pg/mL

Mulher = pré-púberes: até 21 pg/mL


fase folicular: 12,5 a 166 pg/mL
fase ovulatória: 85 a 498 pg/mL
fase lútea: 43,8 a 54,6 pg/mL
pós menopausa: até 54,7 pg/mL
A análise é realizada através do soro coletado
em tubo com gel separador, sendo estável após
centrifugação por 7 dias entre 2 a 8°C. O método
utilizando é a técnica de radioimunoensaio, ESTRIOL (E3)
sendo os valores de referência:
É o principal hormônio produzido durante a
Mulher = fase folicular: 3,7 a 13,8 ng/dL gestação na placenta. Sua formação ocorre
fase ovulatória: 5,0 a 11,4 ng/dL através da alfa-hidroxidehidroepiandrosterona
fase lútea: 6,0 a 22,9 ng/dL fetal, sendo a sua determinação associada a
pós menopausa: 1,4 a 10,3 ng/dL investigação da integridade feto-placentária,
útil na pesquisa de anormalidades
Homem= pré-púberes: < 2,5 ng/dL cromossômicas, por exemplo.
adultos: < 6,5 ng/dL
Para a análise, é utilizado o soro coletado em
tubo com gel separador, sendo estável após
centrifugação por 7 dias entre 2 a 8ºC. O
ESTRADIOL (E2) método utilizado é a quimioluminescência,
com os valores de referência:
É o hormônio esteroide produzido em maior
parte pelos ovários na fase reprodutiva, sendo o
Gestação em Valores Gestação em Valores
mais ativo. Circula no sangue em associação semanas ng/mL semanas ng/mL

com a proteína SHBG, havendo maiores 27 2,3 a 6,4 34 3,3 a 12,0

concentrações de secreção na fase folicular até 28 2,3 a 7,0 35 3,9 a 12,0


a ovulação.
29 2,3 a 7,7 36 4,7 a 12,0

Sua determinação é importante na avaliação de 30 2,4 a 8,6 37 5,6 a 12,0

doenças que cursem com hipogonadismo, 31 2,6 a 9,9 38 6,6 a 12,0

infertilidade, ginecomastia, tumores, puberdade 32 2,8 a 11,4 39 7,3 a 12,0

precoce, etc. 33 3,0 a 12,0 40 7,6 a 12,0

12

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
TSH INFORMAÇÕES GERAIS
O Hormônio Estimulante da Tireoide - TSH (ou O aumento de TSH indica diminuição dos
tireotropina) é um hormônio da hipófise hormônios tireoidianos;
anterior que possui os seguintes efeitos sobre a A diminuição de TSH indica aumento dos
tireoide: hormônios tireoidianos;
Aumento da proteólise da tireoglobulina;
A exposição ao frio gera aumento da TSH;
Aumento da atividade da bomba de iodeto;
Aumento da iodização da tirosina; Sua administração inicia a proteólise da
Aumento do tamanho e atividade secretória tireoglobulina, que é um subproduto dos
das células tireoidianas; hormônios tireoidianos - tiroxina (T4) e
triiodotironina (T3).

Sua análise é feita através do soro colhido


em tubo com gel separador, sendo estável
por 7 dias entre 2 e 8°C. O método utilizado é
a eletroquimioluminesceência. O paciente
deve estar em jejum de no mínimo 3-4horas.

VALOR DE REFERÊNCIA
TIREOIDE
A tireoide é uma glândula endócrina 1ª semana de vida = 15 (μUI /mL)
localizada abaixo da laringe, tendo como
1ª semana a 11 meses = 0,8 – 6,3 (μIU/mL)
função secretar dois hormônios (T3 e T4) que
são responsáveis por aumentar a intensidade 1 a 6 anos = 0,9 – 6,5 (μUI /mL)
do metabolismo no organismo.
7 a 17 anos = 0,3 – 4,2 (μUI /mL)
Adultos = 0,3 – 4,0 (μUI/mL)
Gravidez:
SECREÇÃO 1º trimestre = 0,1 – 2,5 mIU/L (μUI /mL)
2º trimestre = 0,2 – 3,0 mUI/L (μIU/mL)
A secreção de TSH é controlada por um
hormônio hipotalâmico denominado Hormônio 3º trimestre = 0,3 – 3,0 mUI/L (μIU/mL)
Liberador de Tireotropina (TRH). Este é
transportado para a hipófise anterior através da
circulação sanguínea e liga-se a receptores T3 e T4
específicos na membrana das células
O T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) são
hipofisárias, ativando o sistema de segundo
hormônios tireoidianos fundamentais para o
mensageiro da fosfolipase e produzindo
crescimento e desenvolvimento de diversos
fosfolipase C. Logo, ocorre umas cascata de íons
órgãos e tecidos do corpo.
cálcio e diacilglicerol, liberando o TSH.

13

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
SÍNTESE
A tireoide é formada por folículos repleto de
substâncias denominadas coloides, que são
constituídos por tireoglobulinas contendo
hormônios da tireoide.

Cada molécula de tireoglobulina possui cerca


de 70 aminoácidos de tirosina, que, combinadas
com o iodo, formam a tiroxina e triiodotirosina.

Fonte: Guyton e Hall. Tratado de Fisiologia Médica. 2011.


Para o início da síntese, é necessário que íons de
iodeto adquiridos pela dieta sejam convertidos
para a forma oxidada - iodo nascente. Esses são EFEITOS FISIOLÓGICOS
capazes de se ligar diretamente com
Aumentam a transcrição de grande número
aminoácidos de tirosina, formando a tiroxina e a
de genes;
triiodotirosina.
Aumentam a atividade metabólica celular;

Causam efeitos de crescimento e


desenvolvimento geral do organismo;

Aumentam o fluxo de sangue, frequeência


cardíaca e débito cardíaco;
O principal produto formado após a reação de
acoplamento é a tiroxina, produzida através da Normalizam a pressão arterial;
união de duas moléculas de di-iodotirosina. Já a
Aumento da motilidade gastrointestinal;
tri-iodotirosina é sintetizada pela junção da
molécula de monoiodotirosina com uma de di- Excitação do sistema nervoso central, etc.
iodotirosina.

14

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
TRIIODOTIROSINA (T3) T3 LIVRE

A Triiodotironina corresponde a menos de 20% A T3 livre avalia a quantidade de triiodotironina


da quantidade de hormônio produzido pela não ligada a proteínas circulante no plasma
glândula tireoide. Grande parte da sua forma (cerca de 0,3%). É a forma ativa do hormônio,
circulante é produzida pelo fígado através da possuindo efeito direto nos tecidos e órgãos do
conversão de T4 em T3 pelas deiodinases corpo, sendo útil na determinação de distúrbios
hepáticas. da tireoide.

A determinação de T3 pode ser realizada


Sua análise é realizada utilizando soro coletado
através da quantificação do:
em tubo com gel separador, sendo estável por 7
T3 total; dias entre 2 a 8°C. O método utilizado é a
eletroquimioluminescência, tendo como valores
T3 livre;
de referência:
T3 reverso.
Adultos = 0,20 a 0,44 ng/dL
T3 TOTAL 4 a 7 dias de vida = 0,25 a 0,49 ng/dL
1 a 10 anos = 0,39 a 0,59 ng/dL
A T3 total avalia tanto a forma livre do hormônio
11 a 15 anos = 0,35 a 0,53 ng/dL
(ativa) quanto a conjugada com proteínas
16 a 20 anos = 0,30 a 0,46 ng/dL
transportadoras. Sua análise pode auxiliar na
avaliação de distúrbios tireoidianos, problemas
nas proteína transportadoras, monitorização do
T3 REVERSA
tratamento de doenças da tireoide, etc.
A T3 reversa é um metabólito inativo do
O material utilizado é o soro coletado em tubo
hormônio triiodotironina, sendo resultado de
com gel separador, sendo estável por 7 dias
uma conversão da tiroxina (T4). Sua síntese
entre 2 a 8°C. O método utilizado é a
ocorre geralmente em situações de stress,
eletroquimioiluminescência, tendo como valor
doenças crônicas, lesões graves, jejuns
de referência:
prolongados ou pela diminuição da conversão
1 a 3 dias de idade = 100 a 470 ng/dL de T4 para T3 livre. Isso ocorre pois o corpo tenta
4 a 7 dias de idade = 36 a 316 ng/dL guardar energia em momentos de maior
demanda.
1 a 4 semanas de idade = 105 a 345 ng/dL
1 a 12 meses de idade = 105 a 245 ng/dL Sua análise é feita pelo soro coletado em tudo
1 a 5 anos = 105 a 269 ng/dL com gel separador, sendo estável por 7 dias
6 a 10 anos = 94 a 241 ng/dL entre 2 a 8ºC. O método utilizado é de
11 a 15 anos = 83 a 213 ng/dL radioimunoensaio, tendo como valor de
16 a 20 anos = 80 a 210 ng/dL referência:

Adultos = 80 a 200 ng/dL

15

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
Adultos = 0,1 a 0,35 ng/mL Utiliza-se a eletroquimioluminescência como
Recém-nascidos = 1,0 a 1,70 ng/mL método, tendo como valores de referência:

Adultos = 0,89 a 1,89 (ng/dL)


< 3 dias de vida = 1,10 a 3,00 (ng/dL)
TIROXINA (T4) 4 a 30 dias de vida = 1,00 a 2,60 (ng/dL)
1 a 12 meses = 0,70 a 2,90 (ng/dL)
A tiroxina é um hormônio sintetizado pelas
1 a 6 anos = 0,94 a 1,71 (ng/dL)
glândulas da tireoide a partir do aminoácido
tirosina combinado com o iodo. Sua ação nos 13 a 17 anos = 1,06 a 1,80 (ng/dL)
tecidos ocorre após a conversão em T3 e ligação
a receptores nucleares. Pode ser apresentada de T4 TOTAL
duas formas:
A T4 total avalia tanto a sua forma livre quanto a
T4 livre;
ligada à proteínas transportadoras - TBG e
T4 total (livre + conjugada) albumina. Sua análise é útil para a avaliação da
Em maior quantidade função tireoidiana, sendo possível detectar
distúrbios como hipotireoidismo ou
hipertireoidismo, além de alterações na
T4 LIVRE concentração de proteínas por doenças
inflamatórias, deficiências congênitas, etc.
A T4 livre avalia a quantidade de tiroxina não
ligada a proteínas transportadoras, sendo a Para a sua análise, utiliza-se o soro coletado em
fração biologicamente ativa da hormona capaz tubo com gel separador, sendo estável por 7
de exercer efeitos nas células e tecidos. dias entre 2 a 8°C. O método utilizado é a
eletroquimioluminescência, sendo os valores de
Suas principais funções incluem a regulação do referência:
metabolismo, crescimento e desenvolvimento,
1 a 3 dias de vida = 11 - 21,5 (μg/dL)
manutenção da temperatura corporal e
4 a 7 dias de vida = 8 – 20 (μg/dL)
funcionamento do sistema nervoso.
1 a 4 semanas de vida = 8,2 – 17,2 (μg/dL)
1 a 12 meses = 5,9 – 16,3 (μg/dL)
1 a 5 anos = 7,3 – 15 (μg/dL)
6 a 10 anos = 6,4 – 13,2 (μg/dL)
11 a 15 anos = 5,5 – 11,7 (μg/dL)
Sua análise é importante na detecção de 16 a 20 anos = 4,2 – 11,8 (μg/dL)
hipotireoidismo e hipertireoidismo, sendo > 20 anos = 4,3 – 12,5 (μg/dL)
utilizado o soro coletado em tubo com gel
separador estável por 2 dias em temperatura de
O uso de anticoncepcionais orais podem
2 a 8°C.
aumentar o valor de T4 total.

16

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
HIPOTIREOIDISMO Doença Autoimune - Graves = anticorpos
estimulantes da tireoide se formam contra o
O hipotireoidismo é uma condição na qual a
receptor de TSH da tireoide, induzindo a
tireoide não produz ou produz quantidade
ativação contínua da secreção da glândula -
insuficiente dos hormônios tireoidianos (T3 e
TSH diminui.
T4), podendo ocorrer por:
Nódulos tireoidianos = nódulos que
Doença Autoimune - Hashimoto = o sistema começam a secretar grande quantidade de
imunológico ataca as células da tireoide, hormônio tireoidiano.
causando inflamação, deterioração
Consumo excessivo de iodo;
progressiva e até fibrose da glândula.
Inflamação da tireoide.
Deficiência de iodeto = a falta de iodo
impede a produção dos hormônios
CARACTERÍSTICAS
tireoidianos (bócio coloide).
Alta excitabilidade;
Deficiência na glândula = anormalidades
congênitas, distúrbios e lesões na tireoide. Intolerância ao calor;
Perda de peso extrema;
Tratamento contra hipertireoidismo, Fraqueza muscular;
cirurgias ou radioterapia. Exoftalmia (protusão ocular);
Nervosismo e tremores nas mãos, etc.
CARACTERÍSTICAS

Fadiga;
CÁLCIO
Sonolência extrema;
Lentidão muscular; O cálcio é um mineral que desempenha papel
Redução da frequência cardíaca; importante na saúde óssea, transmissão
Aumento de peso; nervosa, contração muscular, coagulação
sanguíneo e no funcionamento adequado das
Constipação;
células. Seu armazenamento está distribuído
Lentidão mental;
pelo esqueleto, tecidos moles e líquido
Mixedema;
extracelular, tendo as seguintes funções
Depressão, etc. fisiológicas:

Cálcio intracelular = condução


HIPERTIREOIDISMO
neuromuscular, relaxamento do músculo
O hipertireoidismo é uma condição na qual há a esquelético e cardíaco, regulação das
produção exacerbada dos hormônios glândulas exócrinas e endócrinas,
tireoidianos, podendo ocorrer pelos seguintes preservação da membrana celular,
fatores: metabolismo glicogênico, etc.

17

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
Cálcio extracelular = atua na mineralização CÁLCIO TOTAL
óssea, mecanismos da coagulação
sanguínea e manutenção do potencial de Avalia o cálcio ligado à proteínas (albuminas e
membrana plasmática. globulinas), o cálcio ionizado (livre) e o cálcio
complexado. O método utilizado geralmente é
o colorimétrico, obtendo o seguinte valor de
referência:

Soro = adultos: 8,8 a 11,0 mg/dL


prematuros: 6,2 a 11,0 mg/dL
até 10 dias: 7,6 a 10,4 mg/dL
Cálcio do esqueleto = principal
lactantes:9,0 a 11,0 mg/dL
armazenamento e mobilização do cálcio
para o meio intra e extracelular 2 a 12 anos: 8,8 a 10,8 mg/dL

Urina =
Dieta isenta de cálcio: 5 a 40 mg/24 horas
APRESENTAÇÃO PLASMÁTICA
Dieta restrita de cálcio: até 200 mg/24 horas.

Cálcio não ionizado = sua maior parte


consiste em cálcio Ca2+ ligado às proteínas CÁLCIO IONIZADO
plasmáticas, especialmente à albumina, não
sendo difusíveis nas membranas. Avalia a fração fisiologicamente ativa do cálcio
presente nos líquidos extracelulares. O método
Cálcio ionizado livre = é a forma utilizado é o colorimétrico, obtendo os
fisiologicamente ativa do cálcio, sendo seguintes valores de referência:
mantido em níveis ideais por um sistema
que envolve o hormônio paratireoide (PTH). Soro = 1 a 18 anos = 4,80 a 5,52 mg/dL
Adulto = 4,60 a 5,40 mg/dL
Cálcio complexado = apresentação
combinada com uma variedade de ânions - O cálcio ionizado é preferível no momento de
citrato, fosfato, lactato, bicarbonato, etc. identificar distúrbios desse mineral em
pacientes que recebem transfusões sanguíneas
com citrato, pacientes com doença renal
DOSAGEM crônica avançada, hiperparatireoidismo,
O cálcio pode ser dosado tanto na sua forma hipercalcemia associada ao câncer e
iônica (apenas a porção livre ativa) quanto na hipocalcemia neonatal.
total (tanto a porção livre quanto a conjugada).
A amostra utilizada pode ser o soro derivado do Pacientes com distúrbios no pH ou
sangue total (tubo heparina) ou a urina. hipoalbuminemia podem apresentar valores de
cálcio modificados.

18

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HORMONAL
CONTROLE DO METABOLISMO Existem dois principais tipos, sendo eles:

Diversos compostos estão envolvidos na Vitamina D2 = encontrada em alimentos de


regulação do cálcio plasmático, sendo os origem vegetal;
principais o hormônio paratireoidiano (PTH) e a
Vitamina D. Além desses, outras substâncias Vitamina D3 = produzida pelo organismo em
também contribuem em menos grau, como: resposta à exposição à luz solar, além de
calcitonina, hormônios tireoideos, esteróides, estar presente em alimentos de origem
adrenais, etc. animal. Essa é a forma ativa funcional.

HORMÔNIO PARATIREÓIDEO (PTH) Sua principal função é aumentar a absorção de


cálcio e fósforo no intestino delgado, além de
É um hormônio secretado pelas glândulas da aumentar a mobilização de cálcio dos ossos e
paratireóide quando ocorre hipocalcemia ou elevar a reabsorção renal de cálcio e fósforo.
hipomagnesemia. Podem atuar sob a vitamina
D, rins e ossos, tendo como principal função o
aumento sérico de cálcio ionizado e a redução
da fosfatemia.

É composto por 84 aminoácidos, apresentando


meia-vida de 3 a 5 minutos. Circula na corrente
sanguínea na forma intacta ou fragmentada,
A dosagem é feita através da análise do 1,25
sendo ambas passíveis de análise.
(OH) vitamina D3, que é a forma mais ativa da
vitamina, sendo importante para a
diferenciação dos tipos de raquitismo e
avaliação de causas de hipercalcemia.

O material analisado é o soro ou plasma


O material utilizado para a análise é o soro coletado em tubo com EDTA. Utiliza-se como
colhido em tubo com gel separador, sendo método o radioimunoensaio, tendo como valor
estável por 8 horas entre 15 a 25°C. O método de referência:
utilizado é a eletroquimioluminescência,
25,1 a 66,1 pg/mL.
obtendo os seguintes valores de referência:
15 a 65 pg/mL

VITAMINA D

A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel,


desempenhando papel fundamental na função
dos ossos, imunológica, hormonal e cardíaca.

19

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PROTEÍNAS
CONCEITO PROTEÍNAS TOTAIS
As proteínas são macromoléculas produzidas As proteínas totais são aquelas possíveis de
pelas células do organismo, sendo compostas serem dosadas em uma amostra biológica, mais
por diferentes sequências de aminoácidos comumente no sangue, urina, líquido
unidos por ligações peptídicas. Suas principais cefalorraquidiano (LCR), líquido amniótico,
atuações são como: peritoneal, pleural, saliva e fezes.

Enzimas = possuem alta atividade catalítica DETERMINAÇÃO


nas reações químicas;
Síntese = a grande maioria das proteínas é
Transporte = tem a capacidade de se ligar a sintetizada no fígado, sendo algumas
íons ou moléculas específicas, produzidas em outros locais, como
transportando-as de um órgão para outro. linfócitos, por exemplo.

Armazenamento = são capazes de Distribuição = em condições normais as


armazenar certas substâncias, como por proteínas totais no plasma estão
exemplo a ferritina. concentradas em cerca de 7,0 g/dL em um
adulto de 70 kg. A água interfere na
Contráteis / Motilidade = modificam sua concentração de proteínas por atravessar
forma ou se contraem, ex: actina e miosina. livremente as paredes dos capilares.

Catabolismo = proteína plasmáticas são


degradadas no corpo e os aminoácidos são
liberados para a síntese de novas proteínas
celulares.

Estruturais = servem de suporte, cabos ou ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS


lâminas com o intuito de fornecer proteção
e resistência à estruturas biológicas. Hiperproteinemia = é o aumento de
proteínas causada por fatores como
Defesa = defendem o organismo contra desidratação (ingestão inadequada ou perda
estruturas estranhas ou ferimentos e de líquido), enfermidades monoclonais (ex:
hemorragias, ex: anticorpos, fibrinogênio e mieloma múltiplo) e enfermidades
trombina. policlonais crônicas (cirrose, hepatite, etc).

Reguladoras = atuam na regulação da


atividade celular ou fisiológica, ex:
hormônios e proteína G.

20

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PROTEÍNAS
Hipoproteinemia = diminuição da VALORES DE REFERÊNCIA
quantidade de proteínas, podendo ser
causada pelo aumento do volume Soro = adultos - 6 a 7,8 g/dL
plasmático, perda renal de proteínas, perda
pela pele (queimaduras), gota, distúrbios na Urina = Adultos - 40 a 100 mg/d;
síntese proteica, etc. Mulheres grávidas - até 150 mg/d;
Após exercícios - até 300 mg/d

PROTEÍNA C REATIVA
A Proteína C Reativa (PCR) é uma proteína
DOSAGEM sintetizada pelo fígado e está presente no
plasma de pacientes com doenças agudas. É
Para a dosagem de proteínas totais o paciente
um marcador não específico que se eleva
deve ser orientado a não ingerir alimentos ricos
durante a resposta imune contra infecções,
em gorduras 8 horas antes do teste, além de
inflamações, lesão tecidual ou necrose celular
suspender medicações que possam interferir
associada a infarto ou malignidades.
nos níveis séricos.

AMOSTRA

Deve ser utilizado o soro livre de hemólise e


lipemia, sendo estável em refrigeração por até 7
dias. Além disso, pode-se utilizar o LCR e a urina
de 24h ou 12h mantidas em refrigeração. Além disso, está envolvida com o sistema
autoimune, atuando na ativação do sistema
complemento e fagocitose. Sua dosagem deve
ser realizada de forma constante com o intuito
de acompanhar o curso da doença.
MÉTODOS
DOSAGEM
Método de Kjeldahl;
A amostra utilizada é o soro obtido do sangue
Refractometria;
total, sendo os métodos utilizados:
Biureto;
Turbidimetria; Ensaio de Sensibilidade Convencional;
Corantes - azul brilhante de Comassie; PCR de Alta Sensibilidade

Indicador de pH. Ensaio de Imunoensaio;

21

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PROTEÍNAS
Métodos de Turbidimetria ou Nefelometria; ApoE = sintetizada no fígado e incorporada
Métodos de Eletroforese. ao HDL, sendo transferida na circulação para
os quilomícrons e VLDL. Está diretamente
O valor de referência pode ser considerado envolvida na captação hepática dos
como 0 a 10 mg/L no PCR Convencional e quilomícrons remanescentes.
menos de 1 mg/L em PCR de Alta Sensibilidade.

DOSAGEM
A determinação das apolipoproteínas auxilia na

APOLIPOPROTEÍNAS identificação de riscos coronarianos, sendo


indicado para pacientes com:
As apolipoproteínas são componentes proteicos
Hipercolesterolemia;
das lipoproteínas que promovem e controlam o
transporte dos lipídios no plasma e sua Histórico familiar de cardiopatia;
captação nos tecidos. Uso de anticoncepcionais;
Como medida preventiva.

As principais formas analisadas são a ApoA1


(avalia a quantidade de HDL no sangue) e ApoB
(avaliar a quantidade de de LDL e VLDL
presentes no sangue). A diminuição de ApoA1 é
indicador de aumento de risco cardiovascular,
já o aumento de ApoB favorece a formação de
aterosclerose.

ANÁLISE
Podem ser classificadas como:
A amostra biológica deve ser o soro obtido após
ApoA = produzidas no fígado e intestino,
centrifugação do sangue total em tubo com gel
estão presentes nos quilomícrons na linfa,
separador. Os métodos utilizados podem ser
sendo transferidas para o HDL.
por ensaios imunoenzimáticos (ELISA),
imunoturbidimetria ou espectrofotométricos.
ApoB = presente no plasma na forma de
apoB100, componente proteico do LDL,
Valor de referência - imunoturbidimetria:
quilomícrons e VLDL, sendo reconhecida por
receptores específicos, e apoB48 encontrada ApoA = Homem : 79,0 a 169,0 mg/dL
somente nos quilomícrons. Mulher : 76,0 a 214,0 mg/dL

ApoC = sintetizada no fígado e incorporada ApoB = Homem : 40,0 a 174,0 mg/dL


ao HDL. Mulher : 46,0 a 142,0 mg/dL

22

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
HEMATOPOIESE Fase mieloide = no 7º mês de gestação, a
medula óssea assume a produção das
A hematopoiese é um processo que envolve a células sanguíneas com a fixação das
proliferação, diferenciação e maturação das células-tronco pluripotentes no estroma
células sanguíneas, através do estímulo de medular. Após o nascimento, o fígado e o
fatores de crescimento. O sistema baço deixam se realizar a produção e
hematopoiético envolve órgãos como: passam a participar do processo de
destruição das células.
Fígado;
Baço;
Medula óssea (MO);
Linfonodos;
Timo.

O processo pode dar origem a:

Eritrócitos Células responsáveis pelo transporte


Eritropoese de oxigênio.
FASE EXTRAUTERINA
Granulócitos /
Monócitos / Células que atuam no sistema imune Nascimento = a medula óssea vermelha
Linfócitos
realiza a produção de células em todos os
Plaquetas Células que atuam na coagulação ossos do corpo. À medida que ocorre a
Trombopoese sanguínea. maturação, as células migram para o sangue
periférico. Há uma grande atividade do timo
e linfonodo.
PRODUÇÃO NA FASE EMBRIONÁRIA
Fase adulta = após os 4 anos, ocorre a
diminuição da atividade medular pelo
Fase pré-hepática = os megaloblastos se
surgimento de depósitos de gordura
deslocam até o fígado, sendo este órgão o
(medula amarela). A produção se restringe
principal produtor e diferenciados das
aos ossos do tronco pelo processo de
células hematopoiéticas a partir do 2º mês
convergência troncular da hematopoese.
de gestação - formação de hemácias e
megacariócitos.
Fase senil = após os 50 anos os depósitos de
gordura na medula aumentam até atingir
Fase hepatoesplênica = após o 3º mês, o
igualdade com os tecidos hematopoiéticos.
baço também inicia o processo de produção
Há o surgimento de medula cinzenta pela
das células, e, a partir do 5º mês, há a
substituição do tecido medular por
formação de leucócitos, plaquetas e
fibroblasto - este é irreversível e improdutivo.
hemácias.

23

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
PRODUÇÃO A estimulação da célula-tronco pode dar
origem a duas linhagens:
A produção das células sanguíneas inicia-se por
meio de uma célula-tronco hematopoiética Células Mieloides = CFU-GEMM - unidade
pluripotente (stem cell), capaz de realizar formadora de colônias para granulócitos,
proliferação e autorrenovação. eritrócitos, monócitos e megacariócitos.

Células Linfoides = CFU-L - unidade


ESTIMULADORES INIBIDORES
formadora de colônias para linfócitos.
Eritropoetina; Interferon Gama (INF-y);

Interleucinas; Prostalglandina E;

Trombopoetina; Fator de Necrose

Fator Estimulador de Tumoral (TNF);

Colônias. Fatores Transformadores ESQUEMA COMPLETO DE PRODUÇÃO


de Crescimento.

A medula óssea é composta por células


estromais que auxiliam na sustentação da MO,
sendo elas: macrófagos, fibroblastos, células
endoteliais e adipócitos.

A regulação da hematopoiese é realizada


através das células da matriz extracelular, sendo
elas: quimiocinas, citocinas, moléculas de
adesão e proteínas enzimáticas.

24

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
ERITROPOIESE 2 ou mais nucléolos;
1% das células da MO.
É o processo de produção e maturação dos
eritrócitos/ hemácias/ glóbulos vermelhos na ERITROBLASTO BASÓFILO
medula óssea. Podem ser divididos em dois
estágios: Menor que proeritroblasto;
Cromatina mais condensada;
Reprodução = responsável pelas mitoses
Menor basofilia no citoplasma;
celulares, incluindo proeritroblasto,
1 a 4% das células da MO.
eritroblasto basófilo e eritroblasto
policromático.
ERITROBLASTO POLICROMÁTICO
Maturação = promovem a hemoglobinização
e perda do núcleo, incluindo o eritroblasto Baixa relação núcleo/citoplasma;
ortocromático, reticulócitos e eritrócitos. Citoplasma acinzentado;
Cromatina condensada;
10 a 20% das células da MO.
REGULAÇÃO

É realizada através da Eritropoetina (EPO), que é


ERITROBLASTO ORTOCROMÁTICO
uma substância produzida pelas células
justaglomerulares do rim. Núcleo picnótico e excêntrico;
Ela atua na proliferação e diferenciação das Incapaz de sintetizar DNA;
CFU-E, aumenta a síntese de hemoglobina e a Citoplasma alaranjado;
saída de reticulócitos da medula. 5 a 10% das células da MO.

Também é necessário a presença do


RETICULÓCITOS
ácido fólico e da vitamina B12 na
proliferação e do ferro e vitamina B6
Perda do núcleo com vestígios de RNA
para a maturação celular.
Corados com azul de cresil brilhante;
Permanecem de 24 a 48h no sangue;

LINHAGEM
ERITRÓCITOS
PROERITROBLASTO
Forma discoide e bicôncava;
18 a 25 µ de diâmetro; Possui 7 µ de diâmetro;
Citoplasma basofílico; Possui halo central mais claro;
Núcleo grande com cromatina frouxa; Coloração alaranjada/avermelhada.

25

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
LINHAGEM

MIELOBLASTO

Cerca de 17 µ de diâmetro;
Escassa granulação azurófila;
Núcleo grande com cromatina frouxa;
PROERITROBLASTO ERITROBLASTO BASÓFILO
1 ou mais nucléolos;
Diagnóstico diferencial de leucemias aguda.

PROMIELÓCITOS

Granulações densas e avermelhadas;


Maior que o mieloblasto;
ERITROBLASTO ERITROBLASTO
POLICROMÁTICO ORTOCROMÁTICO Alta relação núcleo/citoplasma;
Nucléolos pouco evidentes.

MIELÓCITO

Citoplasma perde basofilia;


Granulações primárias pouco evidentes;
Granulações secundárias aparecem;
RETICULÓCITOS ERITRÓCITOS
Núcleo oval, excêntrico e sem nucléolos;
Cromatina mais condensada.

GRANULOPOIESE METAMIELÓCITO

Os granulócitos são células produzidas na Incapaz de se dividir;


medula óssea, com pouco tempo de vida no
Citoplasma com granulações específicas;
sangue periférico. Atuam no sistema imune e
Núcleo com aspecto maciço e riniforme.
são capazes de migrar para os tecidos através
de estímulos quimiotáticos.
BASTONETE

Citoplasma com granulações neutrófilas,


eosinófilas ou basófilas;
São assim denominados pela presença de Núcleo em forma de bastão;
grânulos na célula, possuindo diferentes Constitui cerca de 1 a 5% dos circulantes.
funções.

26

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
SEGMENTADO

Núcleo separado em lobos (2 a 5);


Núcleo interligado por filamento de
cromatina;
Neutrófilos = grânulos finos;
Eosinófilos = grânulos alaranjados e EOSINÓFILO BASÓFILO

grosseiros;
Basófilo = grânulos azul-escuro e densos.
MONOCITOPOIESE
É o processo de formação dos monócitos,
sintetizados através de células precursoras
mieloides, que se diferenciam em:

MONOBLASTO

Célula grande;
MIELOBLASTO PROMIELÓCITO
Citoplasma basófilo e agranular;
Núcleo excêntrico e cromatina frouxa;
Apresentam 1-2 nucléolos;
Não realiza fagocitose.

PROMONÓCITO

Núcleo com forma e contorno irregular;


MIELÓCITO METAMIELÓCITO Cromatina com pouca condensação;
Citoplasma com discretos grânulos rosas.

PROMONÓCITO

Células com 15 a 18 µ de diâmetro;


Citoplasma abundante azul-acinzentado;
Finas granulações rosas;
Pode apresentar vacúolos;
BASTONETE SEGMENTADO NEUTRÓFILO
Núcleo riniforme com leves condensações;
Formato variável;
Pode apresentar projeções citoplasmáticas.

27

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
Plaquetas ao redor da célula.

PLAQUETAS

Elementos anucleados;
Forma arredondada com coloração azulada.
MONOBLASTO PROMONÓCITO

MEGACAIOBLASTO PROMEGACARIÓCITO
MONÓCITO

TROMBOCITOPOIESE
Está relacionado com a origem das plaquetas
através da fragmentação do citoplasma dos
megacariócitos.
MEGACARIÓCITO PLAQUETAS

MEGACARIOBLASTO

20 - 45 µ de diâmetro;
LINFOPOIESE
Núcleo redondo e nucléolos visível; Produção dos Linfócitos B e T por meio da
Citoplasma basófilo; diferenciação das células progenitoras linfóides
(CFU-L).
PROMEGACARIÓCITO
Linfócitos B = se maturam na medula óssea;
Citoplasma abundante acinzentado; Linfócitos T = maturam no timo.
Núcleo com lobulações;
Não possui plaquetas ao redor. A medula óssea e o timo são órgãos linfoides
primários. Após a maturação, essas células vão
MEGACARIÓCITO para os tecidos linfoides periféricos:

Podem chegar a 100 µ de diâmetro;


Núcleo com 4 a 8 lobos; Linfonodos Baço Tonsilas
Citoplasma com contorno irregular;

28

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
DIFERENCIAÇÃO LINFÓCITOS GRANDES

Não é possível diferenciar os linfócitos B e T 12 a 15 µ de diâmetro;


morfologicamente. Sua diferença se dá na Encontrados na extremidades da extensão;
presença de glicoproteínas específicas na
Citoplasma abundante e irregular;
membrana ou marcadores fenotípicos.
Cromatina menos condensada.

Imunofluorescência; TÉCNICAS DE
DIFERENCIAÇÃO LINFÓCITOS T
Citometria de Fluxo.

Através dessas técnicas também foi constatado Atuam na imunidade mediada por célula;
a presença de células natural killers, que Regulam a síntese de anticorpos;
constituem de 5-10% dos linfócitos circulantes. Possuem receptores de antígeno;
Possuem antígenos CD3, CD4 e CD8.
Podem ser auxiliares, citotóxicos ou NK.
LINHAGEM

LINFOBLASTO LINFÓCITOS B

Citoplasma basofílico; Atuam na imunidade humoral;

Alta relação núcleo/citoplasma; Sintetizam anticorpos e os secretam;

Núcleo redondo; Podem se diferenciar em plasmócitos e

Cromatina fina; células de memória.

Presença de nucléolos.

PROLINFÓCITO

Nucléolos mais raros e centrais;


Citoplasma basófilo;
Padrão intermediário de condensação.
LINFOBLASTO PROLINFÓCITO

LINFÓCITOS PEQUENOS

7 a 10 µ de diâmetro;
Geralmente são redondos;
Citoplasma escasso e basofílico;
Núcleo com cromatina condensada.
LINFÓCITOS PLSMÓCITOS

29

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
HEMOGRAMA PLAQUETOGRAMA

O hemograma é o laudo hematológico Contagem de plaquetas - 10 /mm3


contendo informações quantitativas e
morfológicas/qualitativas dos componentes
sanguíneos. É dividido em: HEMOGLOBINA
A hemoglobina (Hb) é uma proteína encontrada
ERITROGRAMA
no interior das hemácias, sendo responsável
Análise da série vermelha (eritrócitos) pela coloração avermelhada dessas células e a
captação de oxigênio.

LEUCOGRAMA Hemoglobina
Ferro
Análise da série branca (leucócitos) Heme

PLAQUETOGRAMA
Análise da série plaquetária
Hemácia Hemoglobina
Grupo Heme

É composta por 4 cadeias de globina (duas alfa


UNIDADES DE MEDIDAS e duas beta) e um grupo heme ligado a cada
uma delas, carregando um átomo de ferro
ERITROGRAMA ferroso.

Contagem de Eritrócitos - 10 /mm Sua dosagem é realizada após a lise das


Dosagem de Hemoglobina - g/dL hemácias e uma reação que gera coloração
Hematócrito - % captada pelo espectofotômetro nos contadores
Volume Corpuscular Médio (VCM) - fL hematológicos. Valores baixos indicam anemia.
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) - g/dL
VALOR DE REFERÊNCIA
Concentração de HCM (CHCM) - g/dL
RDW - % IDADES VALOR REFERÊNCIA g/dL

Nascimento 18,0 ± 4,0

LEUCOGRAMA 3 dias 18,0 ± 3,0

1 mês 14,0 ± 2,5


3
Contagem Global de Leucócitos - 103/mm 2 meses 11,2 ± 1,8
3 3
Neutrófilos - % e 10 /mm 3 - 6 meses 12,6 ± 1,5

Eosinófilos - % e 103/mm3 1 ano 12,6 ± 1,5

Basófilos - % e 10 3/mm3
2 - 6 anos 12,6 ± 1,5

6 - 12 anos 12,5 ± 1,5


Linfócitos - % e 103/mm3
Homens = 13,0 - 17,0
Adultos
Monócitos - % e 103/mm3 Mulheres = 12,0 - 15,0

30

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
HEMATÓCRITO ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS
O hematócrito (Ht) corresponde a porcentagem Os índices hematimétricos são parâmetros
do volume da massa de hemácias total em uma utilizados para a análise do tamanho e
amostra de sangue. distribuição de hemoglobina das hemácias,
podendo auxiliar na classificação de anemias.
São eles:
Ht = VCM x Eritrócitos/10
VCM = volume corpuscular médio;
HCM = hemoglobina corpuscular média;
VALOR DE REFERÊNCIA CHCM = concentração de HCM;
IDADES VALOR REFERÊNCIA %
RDW = largura de distribuição das hemácias.
Nascimento 60 ± 15

3 dias 56 ± 11
HCM
1 mês 43 ± 10

2 meses 35 ± 7
O HCM indica a quantidade de hemoglobina
3 - 6 meses 35 ± 5
presente em cada eritrócito.
1 ano 34 ± 4

2 - 6 anos 37 ± 3
Ht
6 - 12 anos 40 ± 5
HCM = x 10 (pg)
Homem = 40 - 50% (45 ± 5)
Adultos Mulher = 36 - 46 % (41 ± 5)
n° de eritrócitos

VALORES AUMENTADOS Valor de referência = 27 - 32 pg (29,5 ± 2,5 ).

Desidratação; Altos índices = agregado de hemácias,


Baixos níveis de oxigênio no sangue; anticoagulantes, alterações na tireoide,
Doença pulmonar; esferocitose ou eliptocitose, anemia
Doença cardíaca congênita; megaloblástica, etc.
Eritrocitose; Baixos índices = anemia ferropriva,
Policitemia. talassemia, anemia por sangramento,
anemia por má absorção intestinal, etc.
VALORES DIMINUÍDOS
< 27 pg 27 - 32 pg > 32 fL
Anemia carencial de ferro, B12 ou ácido
fólico;
Sangramento;
Desnutrição;
Leucemia; Hipocromia Normocromia Esferocitose
(tipo de
Excesso de hidratação. poiquilocitose)

31

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
VCM Valor de referência = 32,0 - 36,0 g/dL.

O VCM indica o tamanho médio dos eritrócitos VALORES >36G/DL CAUSAM HEMÓLISE

na amostra de sangue, sendo obtido pelo


cálculo: Altos índices = esferocitose ou eliptocitose,
anemia megaloblástica, etc.
Ht
VCM = x 10 (fL) Baixos índices = anemia ferropriva,
n° de eritrócitos talassemia, anemia por sangramento,
anemia por má absorção instestinal, etc.
Valor de referência = 83 - 101 fL (92 ± 9).

RDW
Altos índices = deficiência de B12, deficiência
de folato, mielodisplasia, alcoolísmo, etc.
O RDW analisa a variação no tamanho das
hemácias, definindo o grau de distinção entre
Baixos índices = deficiência de ferro,
elas (anisocitose).
talassemia minor, infecções crônicas,
esferocitose congênita, uremia, etc.

ANISOCITOSE

Microcitose Normocitose Macrocitose


< 83 fL 83 - 101 fL > 101 fL

CHCM
Fornece informações complementares no
A concentração de hemoglobina corpuscular momento de analisar o VCM. Também é útil no
média (CHCM) indica a quantidade de diagnóstico etiológico de doenças.
hemoglobina dentro de um eritrócito em
porcentagem ou g/dL. RDW-CV = amplitude de distribuição dos
eritrócitos medido em coeficiente de
Hb variação.
CHCM = x 100 Valor de referência = 11,6 - 14,0% (12,8 ± 1,2)
Ht
RDW-SD = amplitude de distribuição dos
eritrócitos medido como desvio padrão.
Avaliado junto com o HCM, o CHCM pode variar
Valor de referência = 39,0 - 46,0 fL (42,5 ± 3,5)
de acordo com o tipo de anemia, uso de álcool,
medicamentos, entre outros.

32

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
Altos índice = desregulação da homeostasia
eritrocitária, danos na eritropoiese ou
sobrevida anormal das hemácias. Pode ser
causado por estresse oxidativo, inflamação,
nutrição insuficiente, dislipidemias,
hipertensão, encurtamento do telômero, etc.

ESFERÓCITOS
POIQUILOCITOSE
Possui biconcavidade reduzida;
A poiquilocitose é o nome dado a presença de
São mais densos e menores;
células eritrocitárias com formato distorcido em
Perdem o halo central na visualização;
comparação aos normais.

PATOLOGIAS ASSOCIADAS
HEMÁCIA NORMAL
Defeito genético na proteína de membrana;
Possui disco bicôncavo com
Anema hemolítica autoimune;
região central clara (halo) e
zona periférica mais Deficiência de piruvatoquinase;
avermelhada. Doença hemolítica do recém-nascido, etc.

CODÓCITOS

Sinônimo = hemácias em alvo;


Possui dupla biconcavidade;
Hemoglobina na parte periférica e central;
Causada por excesso de colesterol na
membrana ou perda de conteúdo ACANTÓCITOS

citoplasmático; Elíptica = formato alongado;


Ovalócito = formato oval;
PATOLOGIAS ASSOCIADAS Causada por defeito genético no
Hemoglobinopatias; citoesqueleto;
Talassemias; PATOLOGIAS ASSOCIADAS
Hepatopatias;
Anemia Ferropriva; Anemia megaloblástica; Talassemias;
Pacientes esplenectomizados. Eliptocitose hereditária. Anemia ferropriva;

33

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA

DACRIÓCITO
ACANTÓCITOS
Sinônimo = hemácia em forma de lágrima;
Membrana irregular com espículas
Causa = hemácias passam nas fenestrações
irregulares;
do baço sofrendo estiramento além do
Podem ser artefatos;
limite;
Hepatopatias;
Diminuição do baço;
PATOLOGIAS ASSOCIADAS
Esplenectomias;
Mielodisplasias, etc. Mielofibrose;
Talassemias;
Anemias hemolíticas;
Pacientes esplenectomizados.

ESTOMATÓCITOS

Possuem halo central similar a boca de


peixe;
Podem ser artefatos da lâmina ou DREPANÓCITOS

associados a uma patologia. Sinônimo = hemácias em foice;


Causada pela presença de Hemoglobina S
PATOLOGIAS ASSOCIADAS que polimeriza e se precipita na membrana;
Hepatopatias;
PATOLOGIAS ASSOCIADAS
Estomatocitose hereditária;
Sangue de recém-nascido. Anemia falciforme;
Traço falciforme.

34

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
ESQUIZÓCITO BITE CELL

Hemácias fragmentadas, sem formato Possuem alteração na membrana devido a


definido; retirada de corpos de Heinz pelo macrófago;
Caracteriza hemólise oxidativa;
PATOLOGIAS ASSOCIADAS
Membrana semicircular;
Traumas mecânicos;
Queimaduras; PATOLOGIAS ASSOCIADAS
Medicamentos oxidantes;
Deficiência de G6PD;
Válvulas cardíacas artificiais;
Trauma mecânico;
Coagulação intravascular disseminada;
Anemia microangiopática;
Púrpura trombocitopênica trombótica, etc.
Hemólise oxidativa.

EQUINÓCITOS

Possuem membrana irregular;


HEMÁCIAS EM BOLHA
Espículas regularmente distribuídas;
In vitro pode ser um artefato. Casos em que a hemoglobina fica restrita à
uma metade do eritrócito.
PATOLOGIAS ASSOCIADAS
PATOLOGIAS ASSOCIADAS
Hepatopatias;
Tratamento com Heparina IV; Deficiência de G6PD;
Hipotireoidismo; Embolia pulmonar;
Insuficiência renal; Anemia falciforme;
Queimaduras graves; Anemia microangiopática.
Transfusões sanguíneas.

35

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
HEMÁCIAS PINÇADAS FORMAS DE REPORTAR

São consideradas sinônimas dos A forma de reportar poiquilocitose no momento


esquistócitos. de fazer o laudo deve ser informando o tipo em
cruzes ou nomenclaturas, por exemplo:
PATOLOGIAS ASSOCIADAS

Infecção pelo SARS-CoV-2; Acantócitos


Esferocitose hereditária;
Acantócitos (+)
Coagulação Intravascular Disseminada;
Acantócitos (++)
Hemólise induzida por drogas pxidantes, etc
Acantócitos (+++)

Raros Acantócitos
Alguns Acantócitos
Numerosos Acantócitos

INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS
HEMÁCIA BORRADA
São inclusões presentes no citoplasma dos
Possuem contorno celular pouco definido;
eritrócitos, apresentando diferentes formatos e
Podem ser causadas pelo excesso de significados clínicos. São eles:
lipídeos, causando um desequilíbrio na
membrana eritrocitária - que já possui Pontilhado Basófilo;
lipídeos. Corpúsculo de Howell-Jolly;
PATOLOGIAS ASSOCIADAS Anéis de Cabot;
Corpos de Heinz;
Triglicérides >1000mg/dL; Corpos de Pappenheimer;
Hiperlipidemias; Inclusões parasitárias;
Siderossomos.

PONTILHADO BASÓFILO

São inclusões basofílicas distribuídas por


todo o citoplasma eritrocitário;
Ocorre devido a agregação anormal de
ribossomos e RNA;

36

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
PATOLOGIAS ASSOCIADAS PATOLOGIAS ASSOCIADAS

Anemia Megaloblástica; Pacientes esplenectomizados;


Beta talassemia; Anemia falciforme;
Intoxicação por chumbo; Síndrome mielodisplásica;
Deficiência de pirimidina-5-nucleotidase. Anemia sideroblástica;
Alcoolismo;
Sobrecarga de ferro, etc.

CORPÚSCULOS DE HOWELL-JOLLY

São inclusões arredondadas e únicas, de


mesma coloração do núcleo do eritroblasto;
ANEIS DE CABOT
São formadas por DNA - fragmento de
núcleo; São inclusões na forma de anel ou em "8";
São causadas por restos de microtúbulos
PATOLOGIAS ASSOCIADAS
remanescentes do fuso mitótico.
Anemia Hemolítica;
PATOLOGIAS ASSOCIADAS
Mielodisplasia;
Esplenectomias, etc. Talassemia beta maior;
Contaminação com chumbo;
Deseritropoese;
Anemia hemolítica;
Síndrome mielodisplásica, etc.

CORPOS DE PAPPENHEIMER

São inclusões basofílicas irregulares e


lateralizadas;
Ocorre devido ao agregado de ferritina
intraeritrocitário;

37

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
INCLUSÕES PARASITÁRIAS SIDEROSSOMOS

É a presença de parasitas e outros São caracterizados como agregados de ferritina,


microrganismos, que utilizam as células sendo associada a quadro de distúrbio da
sanguíneas como locais para dar continuidade síntese de hemoglobina.
ao seu ciclo de vida. Exemplos:

CORPOS DE HEINZ
MALÁRIA
São precipitados de hemoglobinas
Causado pelo Plasmodium vivax, falciparum
desnaturadas.
ou malariae;
Após atingirem o fígado, formam PATOLOGIAS ASSOCIADAS
merozoítos, que vão para a corrente
Instabilidade da hemoglobina;
sanguínea e invadem as hemácias para se
Metaemoglobina;
dividirem;
Drogas oxidantes.
Causam a lise dessas células.

BABEIOSE ANEMIAS
Causado pelos protozoários do gênero É a diminuição da hemoglobina circulante
Babesia; abaixo do valor de referência, levando em
Transmitido principalmente por carrapatos; consideração o sexo - são menores em
Se replicam no citosol dos eritrócitos, mulheres e gestantes.
causando lise das hemácias e provocando
anemia hemolítica febril.

São provocadas por fatores distintos, podendo


ser classificadas por critérios morfológicos ou
fisiopatológicos.

38

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
CRITÉRIOS MORFOLÓGICOS Anemia por deficiência na produção de
hemácias;

MACROCÍTICAS (VCM >100FL)

Presença de hemácias de grande volume,


CRITÉRIOS ETIOPATOGÊNICOS
geralmente acompanhadas por alta coloração. Baseia-se na porcentagem de reticulócitos
Pode estar associada à: encontrados no sangue periférico.

Causas megaloblásticas = deficiência de >3% de reticulócitos = anemia com alta


folato e vitamina B12, defeito na síntese de destruição e produção de eritrócitos.
DNA.
Anemia Hiperproliferativa - hemolítica.
Causas não megaloblásticas = alcoolismo,
mielodisplasia, hepatopatias, etc.
<2% de reticulócitos = anemia por falha na
produção dos precursores eritroblásticos,
com amadurecimento anormal.
REALIZAR COMPARAÇÃO COM
TAMANHO DO NÚCLEO DO LINFÓCITO.
Anemia Hipoproliferativa

MICROCÍTICAS E HIPOCRÔMICAS
ANEMIA FERROPRIVA
Com VCM <80fL e HCM <27pg, há predomínio de
hemácias pequenas e de pouca coloração por Ocorre a diminuição do consumo de ferro,
serem pobres em hemoglobina. Pode estar sendo insuficiente para suprir as necessidades
associada á: do organismo. Pode ocorrer por:

Anemia ferropriva; Aumento da necessidade de ferro;


Talassemias; Excesso de perda de ferro - hemorragia;
Anemia sideroblástica; Má absorção do ferro na alimentação;
Anemia de doença crônica. Dieta com deficiência de ferro.

NORMOCÍTICA E NORMOCRÔMICA

Com VCM 83-101 fL e HCM 27-32 pg, possuem


tamanho e coloração normais, sem alteração
nesses índices. Podem estar associadas à:

Anemias hemolíticas; Sua incidência é maior em pessoas do sexo


Anemias hemorrágicas agudas. feminino em idade fértil, pela sua reserva de
estocagem ser inferior, e em crianças.

39

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
PROGRESSÃO NOS EXAMES

Essa anemia ocorre de forma progressiva e Diminuição da hemoglobina e hematócrito;


lenta, os depósitos começam a se esvaziar, Eritrócitos normais ou diminuídos;
havendo uma maior absorção intestinal de ferro Microcitose e hipocromia;
para tentar aumentar seus índices na RDW elevado;
circulação.
Reticulócitos normais ou baixo;
Ferro sérico baixo;
Fe Saturação de transferrina baixa;
Fe Ferritina baixa;
Capacidade de ligação total de ferro alta;
Hiperplasia das células eritroblásticas e
A medida que a deficiência progride, ocorre:
diminuição dos sideroblastos na medula.
Ausência de ferro nos depósitos;
Aumento de transferrina livre;
Diminuição da saturação de transferrina; ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
Diminuição da ferritina e ferro sérico;
É uma anemia macrocítica resultante da
Ausência de sideroblastos na medula; deficiência de vitamina B12 e/ou folato,
Aumento da protoporfirina nas hemácias; importantes coenzimas que atuam em reações
Microcitose e hipocromia por acometer a de síntese de DNA.
hemoglobina.
Essa deficiência causa lentidão no momento da
divisão celular no momento do crescimento
citoplasmático - não há sincronia entre a
CONCORRÊNCIA maturação do núcleo e do citoplasma.
A bactéria Helicobacter pylori na mucosa
gástrica necessita de ferro para crescer,
podendo concorrer com o organismo no AS CÉLULAS SE PREPARAM PARA UMA DIVISÃO
momento da absorção QUE NÃO OCORRE, SE MANTENDO MAIORES.

QUADRO CLÍNICO
PREVALÊNCIA
Fadiga intensa;
Ocorre com mais frequência em indivíduos
Palidez nas mucosas;
idosos, vegetarianos, ingestão de baixo
Tonturas;
conteúdo proteico e pessoas com distúrbios na
Anorexia; absorção gastrointestinal.
Glossite atrófica;
Disfagia intensa, etc.

40

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
FISIOPATOLOGIA ANEMIA PERNICIOSA
Ocorre a deficiência do ácido fólico, que atua na É um tipo de anemia megaloblástica, na qual
formação das purinas e pirimidinas, além da ocorre ausência do Fator Intrínseco (FI) ,
vitamina B12 (cobalamina), que permite a secretadas pelas células da mucosa gástrica, em
entrada do folato nas células. casos de atrofia celular pela presença de
anticorpos específicos.

QUADRO CLÍNICO

Perda de apetite;
Dores abdominais;
Enjoos e diarreia;
Úlceras dolorosas na boca e faringe;
Sintomas neurológicos (B12); Os anticorpos bloqueiam as células, inibindo a
Sensação de boca e língua dolorida; liberação do FI ou atuam no complexo de
Hiperpigmentação da pele, etc. ligação entre a vitamina B12 e o FI, impedindo
sua absorção.

NA AUSÊNCIA DA B12, OCORRE


ANORMALIDADES NA MATURAÇÃO DOS
ERITROBLASTOS E OUTRAS CÉLULAS
PRECURSORAS MEDULARES.

PREVALÊNCIA
NOS EXAMES
Ocorre em maior número em pessoas maiores
Macrositose e normocromia; de 50 anos, de ambos os sexos, em indivíduos
RDW aumentado; de pele clara e olhos azuis.
Reticulócitos diminuídos;
Neutrófilos hipersegmentados;
ANTICORPOS
Presença de macro-ovalócitos;
Alto grau de anisocitose e poiquilocitose; É uma doença que contribui para o
Ocorre pancitopenia desenvolvimento de gastrite autoimune, com
Hemoglobina e hematócrito baixos infiltração de monócitos e linfócitos TCD4+ na
submucosa gástrica.
PODE HAVER ESQUISTÓCITOS, DACRIÓCITOS,
Além disso, é possível encontrar anticorpos
CORPÚSCULOS DE HOELL-JOLLY, ANEL DE CABOT,
ERITROBLASTOS E MEGALOBLASTOS. contra células da tireoide, causando tireoidite,
mixedema e deficiência paratireóide.

41

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
QUADRO CLÍNICO PODE OCORRER DIMINUIÇÃO DA LINHAGEM DOS
ERITRÓCITOS, GRANULÓCITOS E PLAQUETAS
Cansaço; SEPARADAMENTE OU SIMULTANEAMENTE.

Palidez acentuada;
Ardor lingual;
ETIOPATOGENIA
Sensação de parestesia em membros
inferiores e mãos; Defeitos na proliferação das células
Dificuldade de locomoção; precursoras;
Perturbações mentais;
Reação imune contra o parênquima
Perturbações esfincterianas.
hematopoiético;

NOS EXAMES Alteração das células do estroma medular;

Diminuição da hemoglobina; Fatores genéticos.


Macrocitose;
VCM alto; QUADRO CLÍNICO
Anisocitose e poiquilocitose;
Presença de corpos de Howell-Jolly; Fraqueza, desânimo e cansaço;
Presença de eritroblastos; Hemorragias, epistaxe, menometrorragia;
Leucopenia; Maior gravidade nas infecções;
Plaquetas normais ou diminuídas; Púrpuras e petéquias;
Neutrófilos hiperseguimentados; Hemoglobinúria paroxística noturna;
Palidez cutaneomucosa.

ANEMIA APLÁSTICA
Tipo de anemia em que ocorre deficiência na
formação dos precursores do eritroblasto
medular, derivadas de alterações de NOS EXAMES
reguladores da hematopoiese, do ambiente ou
das células pluripotentes. Normocitose e normocromia;
Leucopenia;
Plaquetopenia;
Reticulócitos normais ou diminuídos;
Neutropenia e linfocitose;
Essa condição pode ser acarretada pelo uso de
alguns medicamentos, tóxicos, radiações, O MIELOGRAMA APRESENTA HIPOCELULARIDADE
NAS TRÊS LINHAGENS, HAVENDO AUMENTO DE
infecções, tumores e fatores metabólicos e
TECIDO GORDUROSO NA MEDULA ÓSSEA.
imunológicos.

42

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
OUTROS EXAMES Reversível = causada por alcoolismo e
alguns medicamentos.
Aumento de ferro sérico e saturação da
transferrina (ferro não é aproveitado na
hematopoiese). ACHADOS

Alteração dos testes de coagulação devido a Há a presença de eritroblastos na medula,


plaquetopenia. contendo grãos de ferro, que são visualizados a
partir da coloração azul-da-prússia.
Aumento da eritropoetina plasmática;
Há ferro acumulado ao redor dos núcleos do
eritroblasto ortocromático (sideroblastos em
anel), causada pela distribuição das
ANEMIA SIDEROBLÁSTICA
mitocôndrias na região perinuclear.
É uma anemia rara provocada por uma
eritropoiese ineficaz, o que leva ao acúmulo de
ferro na medula e mitocôndria e hipocromia
das hemácias, prejudicando a síntese do grupo
heme da hemoglobina.

Fe
Fe
QUADRO CLÍNICO
Fe
Fadiga;
Tonturas;
Além disso, apresenta grande presença de Cansaço aos esforços;
células vermelhas na medula óssea e elevados Taquicardia;
índices de ferro circulante.
Palidez;
Tendência a sangramento e infecções
CLASSIFICAÇÃO
NOS EXAMES
Hereditária = mais comum nos homens,
com grau de anemia variável, de moderada Dimorfismo eritrocitário = hipocromia e
a grave, geralmente ligada ao cromossomo microcitose ou normocromia e macrocitose;
X.
RDW aumentado pelo dimorfismo;
Idiopática = mutação no gene progenitor Ferro sérico aumentado;
hematopoiético, levando a mielodisplasia, Ferritina normal ou alta;
atingindo mais adultos na meia-idade ou Saturação de transferrina alta;
idosos. Pode haver corpúsculo de Pappenheimer.

43

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA QUADRO CLÍNICO

É caracterizada pelo aparecimento de anemia Geralmente são associados aos sintomas da


em pacientes que apresentam algum tipo de doença base, e não à própria anemia, sendo
doença crônica, inflamatória ou neoplásica. normalizado com o tratamento da mesma.
Exemplos:
Quanto mais grave a intensidade da doença
Tuberculose; base, mais grave será a anemia desenvolvida
pelo paciente.
Artrite reumatoide;
Linfomas;
DIAGNÓSTICO
Meningite;
Lúpus, etc. Hemograma;
Morfologia eritrocitária;
É a patologia mais presente em pacientes Contagem de reticulócitos;
hospitalizados, geralmente com idade superior Ferro sérico;
a 65 anos. Índice de saturação da transferrina;
Ferritina sérica.
PATOGÊNESE
NOS EXAMES
Diminuição da sobrevida das hemácias =
ocorre a hiperativação dos macrófagos, por Anemia normocítica/normocrômica;
conta dos processos infecciosos, Hipoproliferativa
inflamatórios ou neoplásicos, havendo Baixo ferro sérico e saturação da transferrina;
remoção precoce das hemácias. Aumento da ferritina;
Anisocitose e poiquilocitose;
Resposta medular inadequada = ocorre
baixa secreção de eritropoetina, diminuindo Reticulócitos normais ou pouco altos
a resposta da medula óssea a essa
substância, e , consequentemente a
eritropoiese. ANEMIAS HEMOLÍTICAS
Distúrbios do metabolismo do ferro = o As anemias hemolíticas são causadas pelo
ferro se mantém na forma de depósito excesso de destruição exacerbada das hemácias
(ferritina), devido ao aumento da lactoferrina antes de atingirem o tempo normal de
ou da liberação da hepcidina pelo fígado, sobrevida (80-120 dias).
impossibilitando seu uso na eritropoiese.
Sua classificação envolve as anemias
hemolíticas por defeito corpuscular e anemias
por defeito extracorpuscular.
Fe

44

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
Sendo assim, a medula óssea procura suprir a NOS EXAMES
perda das células circulantes, aumentando o
número de precursores eritroblásticos, podendo Oligocitemia e diminuição da hemoglobina;
cursar como crise aplástica em casos severos. Normo/normo ou macro/hipo;
Alterações morfológicas dos eritrócitos,
ENZIMOPATIAS dependendo da causa da anemia;
Reticulocitose variável;
Deficiência de G6PD = G6PD é uma enzima
Tempo maior de sobrevida reticulocitária;
que protege as hemácias contra radicais
livres, sua falta causa hemólise intravascular Leucocitose na crise hemolítica;
quando ocorrem os "gatilhos" (infecções, Índices eritrocitários auxiliam no momento
drogas, etc). do diagnóstico do tipo.

Deficiência de Piruvatoquinase = defeito na OUTROS EXAMES


via metabólica da glicose anaeróbica, que
causa falta da piruvatoquinase, levando a Mielograma;
uma interferência na estrutura da Reação de Perls;
membrana eritrocitária e no transporte de Teste de resistência osmótica;
cátions pela mesma. Dosagem de bilirrubina;
Dosagem de haptoglobina;
CORPUSCULARES Hemossiderina urinária;
Pesquisa de anticorpos, etc.
Esferocitose congênita = defeito na
membrana dos eritrócitos, dificultando a
capacidade de manter a função normal da
ANEMIA FALCIFORME
bomba K+ Na+, havendo passagem anormal
de íons. No baço, tornam-se esféricas e são A anemia falciforme é causada por uma
facilmente destruídas. herança autossômica recessiva, com
substituição do ácido glutâmico por valina na
Eliptocitose Congênita = diagnosticada
posição 6 do segmento A da cadeia
quando há mais de 20% de eritrócitos em
polipeptídica beta, surgindo:
forma elíptica no sangue periférico. Podem
ser classificadas em eliptocitose hereditária
comum, esferocitose hereditária e Duas cadeias alfa de genes normais;
estomatocitose.

Hemoglobinúria Paroxística Noturna = Duas cadeias beta do tipo S (βS βS).


causada por um defeito intrínseco na
membrana eritrocitária, levando a uma alta
sensibilidade à ação do sistema HbS

complemento.

45

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
Dessa forma, essa alteração causa DIAGNÓSTICO
polimerização da hemoglobina, formando
estruturas filamentosas (hemácias em foice), Prova de falcização dos eritrócitos;
que liberam o oxigênio com mais rapidez. Eletroforese de hemoglobina (HbS);
Presença de drepanócitos (anisocitose);
CONSEQUÊNCIAS Aumento de leucócitos e plaquetas;
Policromasia e poiquilocitose;
Surgimento de trombos = as hemácias em Presença de pontuação basófila e corpos de
foice são mais rígidas, o que propicia o seu Howell-Jolly;
estagnamento em órgãos de circulação
Eritroblastos circulantes;
lenta - trombose arteriolar - causando
Mielograma com hipercelularidade, já na
quadros de dores intensas.
crise de aplasia há hipocelularidade global.

Modificações na membrana = fosforilação


anormal, anomalias na bomba de DOENÇA FALCIFORME TRAÇO FALCIFORME

sódio/potássio e auto-oxidação aumentada,


Herdado de ambos os Herdou um gene para
estimulando a retirada das hemácias pelos
pais a hemoglobina S, HbA e outro para HbS,
macrófagos.
desenvolvendo a não desenvolvendo a

anemia. doença.

QUADRO COMPARATIVO

TALASSEMIAS
HbA1 HbA2 HbF HbS

Normal 97-99% 1-2% <1% 0% Nas talassemias, ocorrem diminuição ou


ausência das cadeias globínicas alfa ou beta,
Anemia por mutações no cromossomo 16 ou 11,
0% 1-3% 5-15% 86-98%
Falciforme
podendo ser classificadas em:

α-talassemias = redução ou ausência da


QUADRO CLÍNICO cadeia alfa (α+ ou α0).

Tromboses; β-talassemias = redução ou ausência da


Crises dolorosas; cadeia beta (β+ ou β0).
Úlceras nas pernas;
beta-2
Crise hemolítica aguda - anemia e icterícia; beta-1

Crises de aplasia medular;


Sequestro esplênico aumentado;
alfa-2
Insuficiência renal, etc. alfa-1

46

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
ALFA-TALASSEMIA Pelo excesso de cadeia alfa, ocorre precipitação
nos eritroblastos, levando a destruição em
Nessa talassemia, um ou mais genes alfa podem massa desses precursores (hiper-hemólise e
estar ausentes, resultando nas diferentes formas esplenomegalia).
da doença:

NO EXAME
Ausência dos 4 genes alfa, não formando a
HbA normal.
Anemia microcítica e hipocrômica;
Ausência de 3 genes alfa, diminuição da Anisocitose e poiquilocitose;
formação da HbA e excesso de cadeias β, Presença de hemácias em alvo;
dando origem a HbH.
Pontilhado basófilo e corpos de Howell-Jolly;
Forma heterozigota = cadeias alfa se formam Alguns eritroblastos circulantes;
em quantidade reduzida. Reticulocitose discreta;
Podem haver corpos de Heinz.
O quadro clínico depende do número de genes
talassêmicos alterados, sendo os quadros mais

LEUCOGRAMA
graves ligados aos 4 genes afetados. Além disso,
pode haver febre frequente subicterícia quase
permanente. O Leucograma tem como finalidade avaliar a
contagem e a proporção de diferentes tipos de
BETA TALASSEMIA leucócitos (células do sistema imunológico),
com o intuito de identificar distúrbios
Ocorre falhas na síntese da cadeia beta, infecciosos, inflamatórios, alérgicos, etc.
havendo como consequência excesso da cadeia
alfa. Sua classificação pode ser feita da seguinte
forma:

β0 β0 = há ausência das cadeias beta,


nomeada como major, havendo presença de NEUTRÓFILOS
HbF e acometendo crianças logo após o Os neutrófilos são as células mais numerosas
nascimento com quadros graves. entre os leucócitos, especializados em realizar
fagocitose de microrganismos invasores. São
β+/β ou β/β0 = forma heterozigota, nomeada
responsáveis por formar a primeira linha de
como minor, havendo produção baixa de
defesa do sistema imune.
HbA e aumento da HbF e HbA2. As
manifestações clínicas são menos intensas. No sangue circulante é possível encontrar a sua
forma madura, os segmentados, e pouca
β-talassemias intermediárias são de difícil quantidade dos mais jovens, os bastonetes, com
diagnóstico, considerando a idade em que a um núcleo que ainda não sofreu maturação
anemia aparece e o nível de Hb presente. total.

47

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
MORFOLOGIA Estão presentes em pequena quantidade no
sangue periférico, sendo corados com soluções
Apresentam núcleo multilobulado (3 a 5 lobos) acidófilas (eosina), o que da o aspecto
ligados por um filamento de cromatina. Não alaranjado à célula. Além disso, possuem dois
possuem nucléolos e o citoplasma contém lobos nucleares.
granulações específicas.

GRANULAÇÕES
Suas granulações são derivadas de
Seus grânulos são menos numerosos e maiores
meiloperoxidases e hidrolases ácidas, contendo
quando comparados com os do neutrófilo.
lactoferrina, lisozimas, entre outros. A porção
Possuem proteínas básicas, com uma parte
membranosa possui substâncias como
interna e outra porção eletrodensa periférica
antígenos de diferenciação e substâncias que
(externa).
atuam como receptores para proteínas de
adesão no endotélio vascular. Esta última proporciona uma reação da
peroxidase positiva, que é uma enzima própria
dos neutrófilos, auxiliando no ataque contra
VALOR DE REFERÊNCIA E ALTERADO
parasitas multicelulares. Além disso, também é
Valor de Referência = 2,0 a 7,0 x 10^9 /L. possível encontrar enzimas como a fosfatase
ácida e a aril-sulfatase.
Aumento (Neutrofilia) = causado por
infecções, gravidez, estresse, esforço físico
VALOR DE REFERÊNCIA E ALTERADO
intenso, leucemias, queimaduras, etc.
Valor de Referência = 0,02 a 0,5 x 10^9 /L.
Diminuição (Neutropenia) = causado por
infecções virais, mielodisplasias, aplasias, Aumento (Eosinofilia) = causado por
deficiência de B12, etc. doenças alérgicas, infecções parasitárias,
neoplasias, síndromes hiper ou
hipoproliferativas, etc.

EOSINÓFILOS
São granulócitos que realizam a defesa do
organismo a partir da liberação do conteúdo
presente em seus grânulos. Geralmente atuam Diminuição (Eosinopenia) = causado por
contra agentes parasitários e doenças alérgicas. estresse, corticoides, casos de infecções e
inflamações.

48

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
BASÓFILO MONÓCITO
O basófilo é um dos leucócitos de menor São células leucocitária com alto potencial
circulação no sangue periférico, atuando nas fagocitário, sendo assim, seu citoplasma pode
reações alérgicas do organismo. ficar repleto de partículas de fungos, bactérias,
vacúolos gordurosos, parasitas, etc.
São capazes de liberar duas substâncias, a
heparina que evita a formação de coágulos, e a
Estão em trânsito, pois no sangue ainda é
histamina, que atua na vasodilatação em
considerada jovem. Sua saída da corrente
quadros de inflamação.
sanguínea para os tecidos o transforma em
macrófagos, que são células que irão realizar
fagocitose.

GRANULAÇÕES

Possuem granulações grandes e pouco CITOQUÍMICA


numerosas, com afinidade para corantes
básicos devido a presença de Suas granulações tem a presença de enzimas
mucopolissacarídeos ácidos. que auxiliam no momento de digestão de
qualquer partícula que foi fagocitada.
Seu arranjo é cristaloide, diferenciando-se em
maduros e imaturos, sendo as maiores Os macrófagos possuem composição química
peroxidase positiva com ausência de fosfatase mais complexa, com realização de síntese de
ácida. proteínas no citoplasma, aumentando o
conteúdo enzimático. As enzimas são
Além disso, as granulações são metacromáticas, hidrolíticas ou oxidativas, com pouca
ou seja, são corados em vermelho pelo azul-de- mielperoxidase.
toluidina, porém exibem cor diferente do
corante. VALOR DE REFERÊNCIA E ALTERADO

Valor de Referência = 0,2 a 1,0 x 10^9 /L.


VALOR DE REFERÊNCIA E ALTERADO

Valor de Referência = 0,02 a 0,5 x 10^9 /L. Aumento (Monocitose) = causado devido a
leucemias, tuberculoses, endocardite, etc.
Aumento (Basofilia) = causado devido a
processos alérgicos, algumas neoplasias Diminuição (Monocitopenia) = causado por
mieloproliferativas, etc. aplasia medular, quimioterapias, etc.

49

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
LINFÓCITOS TIPOS DE LINGÓCITOS

Os linfócitos são células do sistema imune


Linfócitos B = são encarregados pela
responsáveis pelo combate contra vírus e
imunidade humoral, sendo responsáveis
células cancerosas, por exemplo.
pela produção de anticorpos. Se
São conhecidos como agranulócitos por serem transformam em plasmócitos, sua forma
desprovidos de grânulos citoplasmáticos, e sua ativa produtora de imunoglobulinas.
presença no sangue periférico varia de acordo
com aspectos fisiológicos ou patológicos. Linfócitos T = responsáveis pela imunidade
mediada por célula, dividindo-se em células
produtoras de citocinas, que atuam sobre
outros linfócitos, e citotóxicas, capazes de
lisar células infectadas.

ESTÃO EM MAIOR QUANTIDADE NOS ÓRGÃOS


LINFOIDES PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS.

Plasmócitos = são células B produtoras de


anticorpos, contendo diâmetro de 10 µ. Seu
ÓRGÃOS LINFOIDES núcleo é deslocado para um lado da célula e
possui cromatina consensada. O citoplasma
Primários = medula óssea e timo, locais apresenta tonalidade basofílica, podendo
onde ocorre a produção e maturação dos haver pequenos vacúolos e zona
linfócitos - linfócitos b são produzidos e justanuclear.
maturados na medula óssea, linfócitos t são
produzidos na medula e maturados no timo.
VALOR DE REFERÊNCIA E ALTERADO

Valor de Referência = 1,0 - 3,0 x 10^9/L.

Aumento (Linfocitose ) = causado por


infecções virais, infecções bacterianas,
leucemias linfoides agudas e crônicas, etc.

Secundários = gânglios linfáticos e baço, Diminuição (Linfocitopenia) = causado por


locais onde os linfócitos irão ser tratamentos com radioterapia e
armazenados até o momento em que serão quimioterapia, uso de imunossupressores,
recrutados para uma resposta imune. linfoma de Hodking, HIV/AIDS, Lúpus, etc

50

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
ACHADOS LEUCOCITÁRIOS Encontrados em casos de linfoma e leucemia
de célula T do adulto por infecção pelo vírus
HTLV-1.
LINFÓCITO REATIVO

Também chamados de linfócitos atípicos, são


linfócitos B ativados que reagem contra
infecção virais produzindo anticorpos. Possui
tamanho e morfologia variável, com citoplasma
basofílico, núcleo e cromatina condensada e
seu citoplasma respeita o contorno das
hemácias. MANCHA DE GRUMPRECHT

É o termo utilizado para identificar achados de


restos celulares quando há diagnóstico para
Leucemia Linfoide Crônica. São formadas pela
fragilidade dos linfócitos leucêmicos que irão se
romper no momento da realização do esfregaço
sanguíneo.

GRANULAÇÃO TÓXICA

São pequenos grânulos azurófilos no


citoplasma dos neutrófilos, indicando
problemas em sua maturação. Além disso,
também podem representar o combate contra
agentes tóxicos, sendo resultado da endocitose BASTÃO DE AUER
realizada pela célula.
São inclusões citoplasmáticas causadas por
defeitos na formação, agregação e
concentração dos grânulos de peroxidase dos
blastos nas leucemias mieloides agudas.
Possuem formato de agulha na maioria das
vezes, mas podem apresentar forma
arredondada, sendo chamado de corpos de Phy.

FLOWER CELL

São linfócitos com núcleo irregular, semelhante


a uma flor, possuindo nucléolos em alguns
casos.

51

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
ANOMALIAS Leucemias Crônicas = afeta com maior
frequência adultos, havendo leucocitose de
Anomalia de Pelger-Huet = células maduras linfoides ou mieloides.
neutrófiloshipossegmentados.

Anomalia de Chediak-Higashi = granulação


gigante no citoplasma por anormalidade na
maturação granular.

Anomalia de Alder-Reilly = grânulos densos


nos neutrófilos, sem relação com infecções.

Anomalia de May-Hegglin = presença de


corpúsculo de Dohle, associado a LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA
trombocitopenia.
As Leucemias Mieloides Agudas podem se
desenvolver por causas primárias, sem doença
LEUCEMIAS prévia, ou secundárias, por uma neoplasia
Condição neoplásica que acomete as células anterior.
progenitoras, sofrendo mutações genéticas que
Há a presença de blastos da linhagem mieloide
as tornam cancerígenas.
na medula óssea (>20%) e no sangue periférico
Ocorre a perda da capacidade de diferenciação (>5%), sendo diferenciada das linfoides por
e maturação das células leucocitárias, que se marcadores imunofenotípicos.
proliferam com maior velocidade. Dessa forma,
ocorre a substituição das células saudáveis QUADRO CLÍNICO
pelas imaturas cancerígenas. Sintomas de anemia;
Hipertrofia gengival;
CLASSIFICAÇÃO Plaquetopenia;
Presença de bastonetes de Auer;
Leucemias Agudas = afeta com maior
Linfocitose por blastos mieloides, etc.
frequência crianças, havendo acúmulo de
blastos (células imaturas), diminuição da
apoptose e desequilíbrio na velocidade da HEMOGRAMA
divisão. Presença de blastos no sangue periférico;
Presença de promielócitos no tipo M3;
Anemia normocítica/normocrômica;
Trombocitopenia;
Pancitopenia em alguns casos;

52

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA Aumento no metabolismo;
Esplenomegalia;
As Leucemias Linfoides Agudas tem como Sintomas de anemia;
fisiopatologia a presença aumentada de blastos Equimoses;
da linhagem linfoide, principalmente dos
Sangramentos;
linfócitos B (80% dos casos).
Insuficiência renal, etc.
Surge através de mutações genéticas durante o
desenvolvimento intrauterino ou por mutações CLASSIFICAÇÃO
pós-natal em células progenitoras linfoides.
Leucemia Neutrofílica Crônica;
QUADRO CLÍNICO Leucemia Eosinofílica Crônica;
Leucemia Mastocítica;
Anemia por insuficiência medular;
Leucemia Mielomonocítica Crônica;
Neutropenia, causando quadros de infecção;
Leucemia Mielomonocítica Indantil.
Trombocitopenia;
Infiltração em órgãos, causando dor óssea;
FASES
Esplenomegalia e hepatomegalia;
Fase Crônica = progressão lenta, durando de
Síndrome meníngea;
3 a 5 anos. Ocorre leucocitose >25.000,
Linfonodopatias, etc.
hiperplasia mieloide, anemia normo/normo
e trombocitose.
HEMOGRAMA
Fase Acelerada = ocorre intensificação da
Anemia normocítica/normocrômica;
patologia, com leucocitose resistente ao
Trombocitopenia;
tratamento, alta presença de basófilos e
Leucócitos com contagem variada;
blastos, piora da anemia e trombocitopenia.
Aumento da contagem de blastos.
Crise Blástica = há perda de maturação das
células, aumentando a quantidade de
LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA blastos das duas linhagens.

Na Leucemia Mieloide Crônica há mutação das LEUCEMIA LINFOIDE CRÔNICA


células maduras mieloides, causada geralmente
pela translocação do cromossomo 9 e 22, dando A Leucemia Linfocítica Crônica pode ocorrer
origem ao oncogene BRC-ABL1, que irá devido a heranças genéticas ou por mutações
proliferar as células granulocíticas. esporádicas, sendo os linfócitos B maduros as
células mais envolvidas na doença,
Aproximadamente metade dos casos são apresentando baixa expressões de anticorpos
diagnosticados em exames de rotina sem o de superfície.
aparecimento de sintomas. Porém, quando
sintomáticos, há:

53

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
Ocorre diminuição da apoptose celular, FUNCIONAMENTO
ocasionando um acúmulo das mesmas na
Após a lesão nas células endoteliais, as fibras de
circulação, medula óssea e demais órgãos
colágeno ficam expostas, havendo a ativação do
linfoides.
fator de Von Willebrand, e, consequentemente,
DIAGNÓSTICO adesão plaquetária.

Realizado antes do aparecimento dos sintomas, Formação de uma camada de plaquetas,


porém o quadro clínico inclui: servindo como uma espécie de "tampão" para
a superfície lesada.
Anemia e trombocitopenia;
Sua atividade secretora envolve mudanças na
Aumento dos linfonodos;
sua morfologia, pois com a contração do
Hepatoesplenomegalia;
citoesqueleto, seus grânulos se fundem com a
Sintomas de imunossupressão, etc. membrana do sistema canalicular, secretando
seu conteúdo no meio.
É uma leucemia incurável, com sobrevida
média de 7 anos, sendo os tratamento Essa ação gera uma maior concentração de
realizados de forma paliativa. Na análise, os produtos com atividade agonista sobre as
linfócitos se apresentam no tamanho normal e plaquetas, aumentando a quantidade da sua
maior fragilidade mecânica, havendo presença forma ativada no processo de síntese do
de manchas de Gumprecht. tampão plaquetário.

PLAQUETOGRAMA
As plaquetas são fragmentos de células
maiores, denominada megacariócito,
apresentando alta atividade bioquímica e Apenas a adesão plaquetária não é forte o
importante função para a hemostasia primária. suficiente para manter a função hemostática,
dessa forma, é necessário a ligação entre
fibrina e plaquetas, aumentando a força de
ligação da adesão.
HEMOSTASIA PRIMÁRIA

Processo inicial da coagulação, ocorrendo


após uma lesão vascular.

Sendo assim, as plaquetas atuam na adesão,


agregação, secreção e atividade pró-coagulante,
em momentos que há uma lesão vascular.

54

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
ÍNDICES PROGNÓSTICO

Valor de Referência = 150.000 a 400.000 x Doença pode cursar como aguda ou crônica;
10^9/L. Tratamento determinado pelo nível de
plaquetopenia e hemorragias;
AS PLAQUETAS POSSUEM SOBREVIDA Quadros agudos são autolimitados, durando
APROXIMADA DE 10 DIAS, SENDO UM TERÇO
até 6 meses;
DELAS SEQUESTRADAS PELO BAÇO.
Esplenectomia auxilia na reemissão da
doença.
Diminuição (Plaquetopenia) = ocorre devido
a leucemias, aplasia medular, mielodisplasia,
púrpuras, coagulação intravascular PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA TROMBÓTICA
disseminada, esplenomegalia,
medicamentos, etc. A Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
também é uma doença autoimune causando
Aumento (Plaquetose) = ocorre devido a graves trombocitopenias. Os anticorpos
trombocitopenia essencial, policitemia vera, destroem a enzima ADAMTS13 presente nas
anemia ferropriva, etc. plaquetas, alterando a sua funcionalidade.

Dessa forma, há a formação descontrolada de


coágulos que consomem as plaquetas,
PATOLOGIAS ASSOCIADAS causando a diminuição dos seus níveis, além de
bloquear o fluxo sanguíneo por trombos.

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA


SINTOMAS E QUADRO
A Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI) é Os sintomas estão geralmente associados à
uma patologia hemorrágica que causa plaquetopenia e aos órgãos que sofreram com a
plaquetopenia pela destruição autoimune das interrupção de fluxo sanguíneo devido ao
plaquetas no baço. coágulo. Além disso, a obstrução pode causar a
lise das hemácias por dano mecânico.
É uma doença que acomete em sua grande
maioria adultos do sexo feminino, antes dos 40
ACHADOS NA LÂMINA
anos de idade. Também podem se manifestar
em crianças, porém em menor número. Há a presença de esquizócitos no esfregaço
sanguíneo devido aos danos mecânicos sofridos
QUADRO CLÍNICO pela hemácia.

Aparecimento de petéquias;
Púrpuras;
Sangramentos nasais;
Geralmente plaquetas <100.000

55

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
CIVD Plaquetas de tamanhos variados, etc.

A Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD)


ASSOCIAÇÃO
é caracterizada pela deposição de fibrina no
meio intravascular de forma inapropriada, Sepse e infecções;
havendo consumo de fatores de coagulação e Leucemias;
plaquetas devido a outras doenças Transplantes;
desencadeadoras (ex: síndromes hemorrágicas). Insuficiência hepática;
Reações alérgicas;
Tumores sólidos;
OCORRE OBSTRUÇÃO DE PEQUENOS VASOS.
Embolia do líquido amniótico;
Lesão do Sistema Nervoso Central;
PATOGÊNESE Aneurisma na aorta, etc

Pela presença da doença de base, ocorre


respostas inflamatórias sistêmicas, fazendo com TROMBOCITOSES
que as células produzam citocinas pró-
inflamatórias, mediando a ativação do coágulo. Trombocitose é uma condição onde há
aumento da quantidade de plaquetas
Causas como lesões endoteliais podem
circulantes, geralmente acima de 440.000. Nem
promover agregação generalizada das
sempre se associam a patologias, mas devem
plaquetas e ativação geral da coagulação,
ser investigadas. As doenças que evolvem a
formando microtrombos na circulação que leva
trombocitose podem ser classificadas em
a diminuição dos fatores de coagulação e
primárias ou essenciais.
plaquetas, além do aumento da fibrinólise.

QUADRO CLÍNICO SINTOMAS


Assintomático;
Hemorragia;
Náuseas e vômitos;
Microtrombos que causam lesão sistêmica;
Labirintite;
Gangrena dos dedos ou membros;
Formigamento;
Necrose hemorrágica;
Extremidades com vermelhidão.
Púrpura;
Disfunções dos órgãos, etc
TROMBOCITOSE ESSENCIAL

DIAGNÓSTICO A Trombocitemia Essencial (TE) é causada por


uma desordem na proliferação das células-
Prolongamento do tempo de TP e TTPA; tronco da medula óssea, afetando a síntese e
D-dímero elevado; maturação da linhagem mieloide, causando
Eritrócitos em esquizócitos; hiperplasia megacariocítica e epslenomegalia.

56

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


HEMOGRAMA
O índice de plaquetas circulantes se encontra
acima de 700.000, aumentando as chances de
desenvolver trombos, porém pode haver
sangramentos pela perda de multímeros do
Fator de Von Willebrand.

TROMBOCITOSE FAMILIAR
Ocorre o aumento de plaquetas devido a
mutações genéticas que causam alterações nos
receptores de trombopoetina (hormônio que
auxilia no processo de formação e maturação
das plaquetas).

TRMBOCITOSE REATIVA
São plaquetoses que afetam a produção na
medula óssea de forma direta, sendo uma
consequência de doenças secundárias. O
quadro se instala devido a repostas a infecções
agudas, doenças inflamatórias, neoplasias,
anemias regenerativas, anemia por deficiência
de ferro, e alguns medicamentos.

57

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL GLICÊMICO
GLICOSE E HORMÔNIOS A subunidade beta possui uma porção de
tirosina-quinase que realiza fosforilação.
A glicose é um composto orgânico obtido
através da alimentação, sendo a principal fonte Insulina
Receptor de
de energia do corpo. Seu surgimento ocorre a Insulina
partir da metabolismo do colesterol no fígado e Subunidade
os principais termos discutidos são: alfa

Glicólise = quebra da glicose com o intuito


Subunidade beta
de fornecer energia. Fora da célula

Citosol
Glicogênese = formação do glicogênio, que é
Tirosina-
a forma de armazenamento da glicose. quinase

Glicogenólise = quebra do glicogênio em


momentos de jejum, estimulado pelo
glucagon. A ativação da tirosina-quinase produz uma série
de fosforilações intracelulares em cascata, como
Gliconeogênese = o corpo utiliza outras
na molécula IRS, que promove a translocação
fontes de substrato para obter glicose.
das vesículas com GLUT-4, que são receptores
de glicose, para a membrana celular.
HORMÔNIOS A fosforilação da IRS também promove o
aumento da síntese de glicogênio e proteína,
INSULINA além da alteração da expressão gênica que leva
ao crescimento e diferenciação celular e ações
Sua produção ocorre nas células beta do
anti-apoptóticas.
pâncreas, promovendo a absorção da glicose do
sangue para os tecidos, reduzindo a glicemia.

Armazenamento da glicose;
Gasto energético da glicose.

HIPERGLICEMIA HIPOGLICEMIA
Ações bioquímicas que são
hiperglicemiantes.

GLUCAGON
Após estímulo que aumenta a presença de
glicose no sangue, a insulina se desloca para os Produzido pelas células alfa do pâncreas,
receptores de insulina das células, que se promove a conversão do glicogênio em glicose
dividem em subunidades alfa e beta. com o intuito de aumentar a glicemia.

58

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL GLICÊMICO
Estimulam a saída de glicose do fígado, através DIABETES MELLITUS TIPO 1B
da glicogenólise e gliconeogênese. Além disso,
estimulam a oxidação de ácidos graxos e a A denominação IB, ou idiopáticos, é atribuída
cetogênese, com o intuito de fornecer um aos casos de DMI nos quais os autoanticorpos
nutriente alternativo. não são detectáveis na circulação

DIABETES DIABETES MELLITUS TIPO 2


A Diabetes é um distúrbio metabólico A secreção de insulina ocorre normalmente,
caracterizado por hiperglicemia persistente, mas o receptor de insulina das células não
decorrente da deficiência na produção da responde adequadamente, impossibilitando a
insulina (hormônio), na sua ação, ou em ambos ligação para a abertura das células e a entrada
os mecanismos. da glicose.

Receptor não
DIABETES MELLITUS TIPO 1 capta insulina

Há um problema na secreção de insulina, ou o


pâncreas produz pouca insulina por uma
deficiência nas células beta-pancreáticas ou
não há nenhuma produção. Dessa forma, as
células não se abrem para a entrada da glicose, Corresponde a maioria dos casos de diabetes
o que faz com que a substância se acumule no mellitus, com etiologia complexa e
sangue. multifatorial, envolvendo componentes
genéticos e ambientais (ex: predisposição
genética, sedentarismo, hipertensão, obesidade,
Glicose não
entra na etc).
célula

Pâncreas não
produz
insulina
DIABETES GESTACIONAL
A gestação consiste em uma condição
diabetogênica, uma vez que a placenta produz
DIABETES MELLITUS TIPO 1A
hormônios hiperglicemiantes e enzimas
Ocorre a deficiência de insulina por destruição placentárias que degradam a insulina.
autoimune das células beta-pancreáticas,
confirmada pela positividade de 1 ou mais Isso causa um consequente aumento
autoanticorpos. Aparece normalmente na compensatório na produção de insulina e sua
infância, em pessoas magras, jovens, sendo resistência, podendo evoluir com a disfunção
perceptível pelos sintomas (poliúria, mal-estar, das células beta.
sudorese e tremores).

59

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL GLICÊMICO
OUTROS TIPOS ÍNDICES

Diabetes tipo LADA - latente autoimune do Hipoglicemia = cerca de 50 mg/dL ou menos;


adulto = ocorre por uma agressão ao sistema Normal = 70 a 99 mg/dL;
imune que destroem as células Beta. Ocorre Pré-diabetes = 100 a 125 mg/dL;
de maneira mais lenta que a DM1A. Diabetes = > 125 mg/dL;
Diabetes tipo Mody - diabetes juvenil de
início tardio = a produção ou a eficiência da VALORES ALTOS
insulina no corpo é prejudicada em função
Diabetes;
de mutações genéticas.
Utilização de corticoide;
Acromegalia;
Estresse;
PRINCIPAIS TESTES Glucagoma, etc

VALORES BAIXOS
GLICEMIA EM JEJUM
Desnutrição;
A glicemia é conceituada pela presença de
glicose no sangue. Sua dosagem geralmente é Insulinomas;
realizada em jejum em um período de 8 até 12 Neoplasias;
horas. A dosagem é realizada com amostra de Utilização de insulina medicamentosa;
soro, plasma ou sangue total, no tubo cinza com Restrição alimentar, etc.
fluoreto de sódio, amarelo ou vermelho.

UTILIZAÇÃO
É RECOMENDADA A AUSÊNCIA DE QUALQUER
INGESTÃO ALIMENTAR, EXCETO ÁGUA.
Diagnóstico de diabetes;
Controle de diabete;
Diagnóstico de hipoglicemia.

MÉTODO Somente o exame de glicose em jejum não é


suficiente para acompanhar o controle
O método utilizado é o enzimático com oxidase glicêmico em pacientes com Diabetes
ou hexoquinase, que são colorimétricos, ou seja, Mellitus, pois apenas entrega a medida no
modificam a cor do analito. É indicado momento da coleta.
armazenar em refrigerador e realizar
centrifugação da amostra.

60

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL GLICÊMICO
TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À
GLICOSE
DURANTE A GESTAÇÃO (24ª A 25ª SEMANA) SEUS
VALORES NORMAIS EM JEJUM É <92 MG/DL, APÓS
O Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) tem 1H <180 MG/DL E APÓS 2H <153 MG/DL.
como intuito avaliar a glicemia do paciente
antes e após o mesmo ingerir uma carga
controlada de glicose (75g). VALORES ALTOS

Diabetes;
Para isso, os seguintes passos devem ser
seguidos: Diabetes gestacional;
Diabetes pré-gestacional;
Análise da glicemia em jejum. Menor tolerância à glicose.
Ingestão da glicose anidra.
Nova análise da glicemia após 2h da ingesta.
CURVA GLICÊMICA

Exame mais minucioso por avaliar a glicemia do


paciente em horários sequenciais após a
ingestão da glicose (75g), com o intuito de
observar a diminuição desses índices de acordo
com o tempo.

Em pacientes normais a glicemia se mantém Clássica = 30, 60, 90, 120 e 180 min
controlada mesmo com a glicose ingerida. Já Simplificada = 30, 60, 90 e 120 min
em pacientes diabéticos, não há o controle da Prolongada = 30, 60, 90, 120, 180 e 240 min
quantidade dessa substância no sangue,
extrapolando o limite. Dessa forma, é possível realizar um gráfico com
a relação da quantidade de glicose pelo tempo.

DURANTE O PERÍODO DE EXAME DEVE EVITAR


MOVIMENTOS INTENSOS, FUMO, INGESTÃO DE
ALIMENTOS E ÁGUA. HEMOGLOBINA GLICADA
A hemoglobina é uma proteína presente no
O exame é realizado para diagnosticar diabetes interior das hemácias, que promove a coloração
mellitus, gestacional ou pré-gestacional. avermelhada a mesma e auxilia na captação e
transporte de oxigênio pelo corpo através da
ÍNDICES corrente sanguínea.

Normal = até 139 mg/dL;


Intolerância = 140 a 199 mg/dL;
Diabético = ≥ 200 mg/dL.

61

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL GLICÊMICO
Essa proteína pode sofrer um processo de QUADRO GERAL
glicação irreversível, ou seja, algumas moléculas
de glicose se ligam a hemoglobina A1 por um Glicemia em
TOTG HbA1c
Jejum
processo natural, formando a hemoglobina
glicada (HbA1c). Normal <99mg/dL <139 mg/dL <5,6 %

Pré-
100 a 125mg/dL 140 a 199mg/dL 5,7 a 6,4%
Diabetes

Diabetes >126mg/dL >200mg/dL >6,5%

Em pacientes com hiperglicemia, o excesso de FRUTOSAMINA


glicose facilita o processo de ligação com a A frutosamina é uma reação de glicação, ou
hemoglobina aumentando os seus índices. seja, reação estável entre uma proteína e a
Sua dosagem é utilizada para o diagnóstico e glicose. Ocorrem em sua maior parte nas
acompanhamento da diabetes, não sendo proteínas plasmáticas, contendo uma meia vida
necessário o paciente estra em estado de jejum. em torno de 2 semanas. Dessa forma, é possível
avaliar a presença da glicose nesses últimos
dias.
A HEMÁCIA TEM UMA SOBREVIDA DE 120 DIAS
CIRCULANTES, DESSA FORMA, ATRAVÉS DO
EXAME, É POSSÍVEL TER UMA ANÁLISE DOS
ÚLTIMOS 3 MESES APROXIMADAMENTE.

ÍNDICES Sua utilização auxilia no monitoramento do


tratamento em questão de semanas e em casos
Normal = < 5,7%; de hemólises e hemoglobinopatias. O método
Pré-diabetes = ≥ 5,7 a 6,4%; utilizado é o colorimétrico com absorbância em
Diabetes = ≥ 6,5%. fotômetro, utilizando amostra de soro sem
jejum.
VALORES ALTOS
Valor de Referência = 205 a 285 µmol/L.
Diabetes;
Valor Alto = diabetes descontrolada;
Desencadeadores de hiperglicemia.
Valor Baixo = baixa albumina e alto
VALORES BAIXOS catabolismo proteico.

Hemoglobinopatias.

62

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL GLICÊMICO
ÍNDICE HOMA PEPTÍDEO C
O Homeostase Model Assessment-Insulin O Peptídeo Conector (Peptídeo C) é composto
Resistence (HOMA-IR) é um modelo por 31 aminoácidos e está relacionado com a
matemático utilizado para avaliar o índice de síntese da insulina, pois se conecta a cadeia A e
resistência à insulina de acordo com a glicemia B da molécula de pró-insulina antes da
e insulinemia basal, além da funcionalidade das clivagem enzimática.
células beta pancreáticas.

Sua utilização auxilia na análise do


desenvolvimento de resistência à insulina e de
diabetes tipo 2. Para isso, são utilizados os
Sua produção está diretamente ligada à da
seguintes cálculos:
insulina, dessa forma sua dosagem auxilia na
avaliação da função das células beta
HOMA-IR = pancreáticas, avaliação da diabetes mellitus e
no diagnóstico diferencial de hipoglicemia.
Insulina em Jejum x Glicemia em Jejum
___________________________________
Tempo de meia-vida = 30 minutos;
22,5
Depuração = 100% renal;
Aumento = resistência à insulina, síndrome
HOMA-BETA = Pouco utilizada!
de Cushing, insulinoma, falência renal, etc;
Diminuição = diabetes tipo 1, doença de
Insulina em Jejum x 20
_____________________
Addison, doença hepática, etc.
Glicemia em jejum - 3,5

Para o teste, é possível realizar uma coleta


Essa técnica é uma técnica bem estabelecida aleatória, em jejum ou após estímulo de alguma
para estudos epidemiológicos. Seus valores substância. A amostra utilizada pode ser o soro
podem variar de acordo com o índice de massa refrigerado ou a urina, submetidos ao método
corporal do paciente, sendo de determinado de de ensaio eletroquimioluminométrico.
modo geral os valores de referência:
VALOR DE REFERÊNCIA
HOMA-IR = <3,4
HOMA-BETA = 167 a 175 1,1 a 4,4 ng/mL

63

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL LIPÍDICO
LIPÍDIOS LIPOPROTEÍNAS
Os lipídios são substâncias orgânicas apolares, Lipoproteínas são a associação entre proteínas e
classificados em sua maioria como ésteres de lipídios, que tem como intuito atuar no
ácido graxo + álcool. Por serem apolares, devem transporte e na regulação do metabolismo dos
se ligar a lipoproteínas para se transportarem lipídios. São compostos por:
pela corrente sanguínea.
Triglicerídeos (TG);
Éster de colesterol;
Álcool - OH
Colesterol;
Ácido Graxo O Fosfolipídio;
C -=
OH Apolipoproteínas.

EXEMPLO

CH2 - OH
O
-

CH - OH =
C - CH2 - CH2 - (...)
+ OH -
-

CH2 - OH
Ácido Graxo
Glicerol

Síntese por desidratação

O
=

CH2 - O - C - CH2 - CH2 - CH2 - (...)


-

CH - OH
-

CH2 - OH

Monoglicerídeo

FUNÇÃO DOS LIPÍDIOS


Reserva energética através dos adipócitos; QUILOMÍCRON
Isolante térmico e elétrico;
Estrutura da membrana através do São lipoproteínas de menor densidade que
fosfolipídio; transportam o triacilglicerol vindo da dieta do
Fazem parte dos hormônios sexuais; intestino para os tecidos musculares, adiposos e
fígado. Logo após se transformam em
Impermeabilizante;
quilomícrons remanescentes, indo para os
Carregadores de vitaminas lipossolúveis.
hepatócitos.

64

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL LIPÍDICO
VLDL Produz ácidos biliares;
Atua no metabolismo de vitaminas.
São lipoproteínas de densidade muito baixa,
Pode ser obtido por meio endógeno (produzido
produzidas por meio de gordura endógena
pelo corpo) ou exógeno (através da
(carboidratos) no fígado, que tem como função
alimentação). São transportados pelas
transportar o triacilglicerol e colesterol do
lipoproteínas HDL, LDL E VLDL.
fígado para o tecido adiposo e muscular através
da lipólise. Logo após, torna-se IDL.

LDL

São lipoproteínas de densidade baixa, formadas


a partir do VLDL (forma indireta) ou IDL (forma
direta), que tem como função transportar o
colesterol do fígado para os tecidos extra-
hepáticos. Retorna para o fígado após o DOSAGEM
transporte.
COLESTEROL TOTAL
Seu excesso pode elevar o risco de problemas
cardiovasculares pela deposição na parede dos O colesterol total (CT) é a soma do colesterol
vasos. livre com o esterificado, ou seja, do HDL, LDL e
VLDL. Pode ser dosado diretamente através de
HDL um teste enzimático, produzindo um
cromógeno.
Lipoproteína de alta densidade que é produzida
Valor de Referência (até 19 anos):
no intestino delgado e no fígado, levando o
colesterol dos tecidos periféricos para o fígado Desejável = <170 mg/dL;
(caminho reverso do LDL). No limite = 170 a 199 mg/dL;
Elevado = > 200 mg/dL.
Essa substância reduz o risco de doenças
cardiovasculares por retirar os lipídios dos vasos
Valor de Referência (acima de 19 anos):
sanguíneo.
Desejável = <200 mg/dL
No limite = 200 a 240 mg/dL
COLESTEROL
Elevado = > 240 mg/dL
O colesterol é um lipídio esteroide apolar que
tem como função: Elevação = hipercolesterolemia,
hipotireoidismo, nefrose, doença
Formação da membrana celular; pancreática, medicamentos, etc.
Sintetiza hormônios;

65

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL LIPÍDICO
Diminuição = lesão hepática, LDL
hipertireoidismo, anemias crônicas,
abetalipoproteinemia, etc. Análise de lipoproteínas de baixa densidade
(LDL) por meio da detecção do colesterol nessa
TRIGLICERÍDEOS substância. Podem ser diretamente dosadas,
porém utiliza-se geralmente a equação de
São importantes reservas energéticas para o Friedwald:
organismo, estando em maior quantidade no
LDL = CT - (HDL + VLDL)
VLDL. Sua grande quantidade pode deixar a
amostra turva. Seu cálculo é feito por:
Pode ser utilizado para identificar o risco de
desenvolvimento de doenças cardíacas e
VLDL = TRIGLICERÍDEOS
aterosclerose.
5
Valor de Referência
Valor de Referência Adulto: Ótimo = <100 mg/dL
Desejável = < 150 mg/dL Desejável = 100 a 129 mg/dL;
No limite = 150 a 200 mg/dL No limite = 130 a 159 mg/dL;
Elevado = 200 a 499 mg/dL Elevado = 160 a 189 mg/dL;

Valor de Referência Criança/Adolescente:


Elevação = hipercolesterolemia, diabetes
Desejável = < 100 mg/dL
mellitus, síndrome nefrótica, dieta
No limite = 100 a 129 mg/dL hiperlipídica, hipotireoidismo, sedentarismo,
Elevado = > 130 mg/dL etc.

Diminuição = abetalipoproteinemia e
HDL utilização de estrogênios.

Dosagem da lipoproteína de alta densidade


(HDL) pelo método de reação enzimática ou
precipitação seguido de colesterol por
espectrofotometria.

Valor de Referência: ≥ 40 mg/dL.

Elevação = exercício físicos periódicos, uso


de insulina e estatinas,
hipobetalipoproteinemia, etc

Diminuição = obesidade, sedentarismo,


doença hepática, uremia, etc.

66

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HEPÁTICO
BILIRRUBINA No retículo endoplasmático das células do
fígado, a bilirrubina indireta irá sofrer a ação da
A bilirrubina é um produto do catabolismo do enzima glicuronil transferase, transformando-a
grupo Heme da hemoglobina (localizada dentro em bilirrubina direta (conjugada com ácido
das hemácias) que é responsável por 70% da glicurônico).
bilirrubina produzida pelo organismo.
A bilirrubina direta irá fazer parte da bile, se
armazenando na vesícula biliar. Posteriormente,
será ejetada no intestino para emulsificar a
gordura.

Parte da bilirrubina irá sofrer a ação de


METABOLISMO bactérias, se transformando em urobilinogênio
para ser excretado pelas fezes ou será
Após 120 dias de vida das hemácias, elas são reabsorvida e secretada pela urina.
levadas ao baço, onde serão degradadas pelos
macrófagos (hemocaterese). Dessa forma, a
ÍNDICES
hemoglobina será exposta e sofrerá processos
que irão liberar o grupo Heme. Bilirrubina Direta = até 0,4 mg/dL
O anel porfirínico do grupo Heme será Bilirrubina Indireta = até 0,8 mg/dL
convertido em biliverdina pela enzima heme- Bilirrubina total = até 1,2 mg/dL
oxigenase . Em seguida, ao sofrer a ação da
enzima biliverdina-redutase, a biliverdina se
A BILIRRUBINA TOTAL É A SOMA DA PORÇÃO
transforma em bilirrubina indireta (não DIRETA COM A INDIRETA.
conjugada).

A bilirrubina indireta (lipossolúvel) se liga a Elevação = anemia hemolítica, encefalopatia


albumina e vai para a circulação sanguínea com bilirrubínica, síndrome de Gilbert, etc
o objetivo de chegar nos hepatócitos.
Diminuição = icterícia obstrutiva,
hepatocarcinoma, hepatite viral, etc.

A ICTERÍCIA OCORRE QUANDO O FÍGADO PERDE A


CAPACIDADE DE LIBERAR A BILIRRUBINA, QUE
ACABA SE ACUMULANDO.
Bilirrubina + Albumina

67

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HEPÁTICO
ALBUMINA TEMPO DE PROTROMBINA
A albumina é a proteína mais abundante no A forma mais promissora de avaliar a função
plasma sanguíneo, tendo como função manter hepática é através da análise dos fatores de
o equilíbrio osmótico e transportar substâncias coagulação, substâncias que são em sua
pelo sangue. maioria sintetizadas pelo fígado.

São sintetizadas exclusivamente pelas células


COM EXCEÇÃO DO FATOR VIII.
hepáticas, contendo uma vida média de 15 a 20
dias. Por isso, são ineficazes no momento da
avaliação de lesões agudas ou leves. O exame utilizado para realizar a análise desses
fatores é o tempo de protombina (TAP), que é o
fator de coagulação II produzido
exclusivamente pelo fígado, através da vitamina
K. O exame analisa o tempo em que a
protombina fica ativada.

A PROTROMBINA PROMOVE A CONVERSÃO DE

UTILIZAÇÃO FIBRINOGÊNIO EM FIBRINA.II.

Determinação de doenças hepáticas;


Avaliação da função renal (proteína filtrada AVALIAÇÃO
pelo glomérulo); O tempo de protrombina pode mostrar
Estado nutricional; alterações em cerca de 24 horas. Pode ser
Doenças crônicas, etc. utilizado para avaliação de distúrbios hepáticos
e de coagulação relacionados a via extrínseca.

ÍNDICES
PADRONIZAÇÃO RNI
Valor de Referência = 4,0 a 5,3 g/dL
A Relação Normatizada Internacional (RNI) é uma
forma de padronização do cálculo de TAP para
Elevação = desidratação, diarreia, vômitos, diminuir a diferença dos resultados.
doença de Addison, uso de diuréticos, etc. TAP do paciente (seg) / TAP médio normal (seg).
Valor de referência = 1,0.

Diminuição = doenças hepáticas, síndrome


nefrótica, desnutrição, neoplasias, ÍNDICES
queimaduras, etc.
Valor de Referência = 10 a 12,5 segundos.
Elevação = uso de dicumarínicos, doença
hepática, deficiência de vitamina K, cirrose
em estado avançado, etc.

68

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HEPÁTICO
TRANSAMINASES ALANINA AMINOTRANSFERASE
A Alanina Aminotransferase (ALT) ou
ASPARTATO AMINOTRANSFERASE Transaminase Glutâmico Pirúvico (TGP) é uma
O Aspartato Aminotransferase (AST) ou enzima que indica lesão celular, e está presente
Transaminase Glutâmico Oxalacética (TGO) é de forma predominante no citoplasma dos
uma enzima liberada no plasma no momento hepatócitos.
da lesão celular.

São encontrados em células hepáticas,


cardíacas, renais, musculares esqueléticas,
pancreática, etc. No fígado, está presente nas
mitocôndrias e no citoplasma dos hepatócitos. EXAME MAIS ESPECÍFICO PARA LESÃO HEPÁTICA.

EXAME MENOS ESPECÍFICO PARA LESÃO


HEPÁTICA. Se eleva de forma acentuada nos casos de
hepatites agudas, sendo sensível em lesões
Se elevam acentuadamente em casos de hepatobiliares agudas.
hepatite alcoólica e cirrose, em doenças
crônicas.

ÍNDICES
ÍNDICES
Valor de Referência
Valor de Referência
Mulheres = até 31 U/L
Mulheres = até 31 U/L
Homens = até 37 U/L
Homens = até 41 U/L
Elevação= Hepatites;
Hepatocarcinoma; Elevação= Hepatites;
Cirrose hepática; Mononucleose;
Pancreatite aguda; Cirrose infecciosa;
Lesão no músculo esquelético, etc. Icterícia obstrutiva, etc

69

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


PERFIL HEPÁTICO
GGT Suas causas de aumento natural estão
relacionadas com o período gestacional,
O Gama-Glumatiltransferase (GGT) é uma menopausa, em crianças e adolescentes pela
enzima que tem como função transferir um fase de crescimento.
grupo gama-glumatil para um aceptor
(peptídeo ou aminoácido) através da
membrana celular.

Sua presença é predominante nos ductos


biliares e no fígado, mas também se encontra
nos rins, pâncreas, etc.
O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE LESÃO
HEPÁTICA OU ÓSSEA É FEITO PELA
SENSÍVEL PARA DOENÇA HEPATOBILIAR, PORÉM DETERMINAÇÃO DE GGT/5'NUCLEOTIDASE.
POUCO ESPECÍFICA.

São utilizados para monitorar doenças ÍNDICES


hepatobiliares, triagem de alcoolismo oculto,
etc. Cerca de 30% dos etilistas apresentam um Valor de Referência
GGT normal. Mulheres = 35 a 104 U/L
Homens = 40 a 129 U/L

ÍNDICES
Elevação= Obstrução das vias biliares;
Valor de Referência Doenças hepáticas;
Mulheres = 5 a 39 U/L Osteíte deformante;
Homens = 7 a 58 U/L Fratura óssea, etc.

Elevação= Icterícia obstrutiva;


Diminuição = Anemia perniciosa;
Alcoolismo;
Desnutrição;
Hepatites infecciosas;
Hipotireoidismo;
Colangite;
Hipofosfatasemia.
Fármacos como barbitúricos, etc.

FOSFATASE ALCALINA RELAÇÃO GGT E FA


A Fosfatase Alcalina (FA) é uma enzima
presente no fígado (ductos biliares) e FA GGT POSSÍVEL CAUSA
Altos Níveis >3x VSR Cirrose biliar, colangite
osteoblastos e placenta e intestino. Importante
Altos Níveis <3x VSR Doenças hepatobiliares
marcador de disfunção hepática e função das
Altos Níveis Normal Sem causa patológica
célula ósseas.

70

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


SUMÁRIO DE URINA
CONCEITO VOLUME

O Sumário de Urina (ou EAS) é um exame que Através do volume podem ser obtidos:
avalia os aspecto físicos, químicos e
microscópicos da urina, com o intuito de avaliar Diurese;
possíveis alterações nesse sistema. Hidratação;
Presença de alguma patologia.

EXAME FÍSICO Essas informações são mais significativas em


amostras de 24 horas.
Tem como intuito avaliar as características
organolépticas da amostra: volume, aspecto e
coloração.
ASPECTO

COLORAÇÃO DA URINA Avaliação do quão turvo ou límpido a urina se


encontra, sendo possível observar presença ou
A coloração normal da urina é amarelo claro, ausência de elementos anormais.
tendo essa tonalidade em decorrência da
Límpido = não apresenta estruturas em
presença de urocromo - pigmento derivado da
suspensão após homogeneização.
urobilina.
Ligeiramente Turvo = pequena quantidade
Sua análise e alterações vão envolver questões de estruturas em suspensão após
de concentração, hidratação, oxidação de homogeneização.
metabólitos , infecções, sangue, doenças renais
e uso de medicamentos. Turvo = apresenta moderada quantidade de
elementos em suspensão após
homogeneização.
LARANJA
AMARELO PALHA
Normal
Alta excreção de urobilina, Muito Turvo = apresenta grande quantidade
fenazoprimidina, corante
de alimentos de elementos em suspensão após
homogeneização.
AMARELO ÂMBAR ROSA/VERMELHO
Urina muito concentrada Presença de sangue,
- pouca hidratação. uratos, porfirinas

EXAME QUÍMICO
MARROM PÚRPURA
Análise feita a partir de uma tira reagente,
Bilirrubina em grande Infecções, sulfato de
quantidade, oxidação indoxil, beterraba, amoras contendo áreas impregnadas com substâncias
de hemoglobina, etc
químicas, que apresentam diferentes
PRETO AZUL/VERDE colorações quando entram em contato com a
Cloroquina,
ácido
bilirrubina,
homogentísico,
Azul de metileno,
biliverdina, indometacina,
urina. Identificam:
pseudomonas , proporfol etc

71

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


SUMÁRIO DE URINA
Bilirrubina; Sangue; Suas concentrações normais são < 10 mg/dL ou
Urobilinogênio; Nitrito; 150 mg/24h. Quando ultrapassam esse limite,
Corpos Cetônicos; Leucócitos; são denominados Proteinúria.
Glicose; Densidade;
A ALBUMINA GERALMENTE É A PROTEÍNA MAIS
Proteína; pH.
ENCONTRADA DEVIDO AO SEU BAIXO PESO
MOLECULAR.

DENSIDADE

Avalia a capacidade renal de reabsorção e


concentração (VR = 1015 - 1025).

Refratômero urinômetro
DENSIDADE

PH
Glicose
Contraste radiográfico
Apresenta importante papel na regulação do
Antibióticos
equilíbrio ácido-base (VR = 4,5 - 8,0).
Utilização de diuréticos
DENSIDADE

Diabetes insípidus
pH ÁCIDO

Acidose metabólica ou respiratória Insuficiência adrenal


Alguns medicamentos Aldosteronismo
Ingestão de grande quantidade de carne Insuficiência da função renal

Alcalose metabólica e respiratória


pH ALCALINO

Dieta vegetariana GLICOSE


Dieta baseada na ingestão de leite
Alguns medicamentos Avaliação de diabetes e distúrbios de
ITU por bactéria produtora de urease reabsorção tubular renal (VR = negativo).

PROTEÍNA

Sua presença pode indicar danos nos


Sua presença além do limiar é denominada
glomérulos ou túbulos renais, exercícios físicos
Glicosúria, podendo ser representada por meio
intensos, desidratação, mieloma múltiplo, etc.
de cruzes (+) ou por mg/dL.

71

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


SUMÁRIO DE URINA
CETONAS Seu valor de referência é negativo, e sua
presença pode estar relacionada a infecções no
As cetonas são compostos derivados da trato urinário.
degradação das gorduras para gerar energia.
Sua presença geralmente está associada a
diabetes, jejum prolongado, dietas pobres em
carboidratos, gastroenterites, etc.
BILIRRUBINA

A bilirrubina é formada através do processo


normal de degradação das hemácias. Sua forma
indireta é transportada até o fígado, ligada a
Seu valor de referência é negativo, e sua albumina e degradada por uma enzima,
presença pode ser representada em cruzes (+), formando a bilirrubina direta.
denominada Cetonúria.

LEUCÓCITOS

Suas concentrações são identificadas a partir da Sua presença na urina pode indicar problemas
pesquisa de Estersase Leucocitária, que indica hepáticos ou hemolíticos, sendo valor de
de forma significativa infecções do trato referência negativo.
urinário.
SANGUE

Hematúria = sangue na urina decorrente de


cálculos renais, glomerulonefrite, tumores,
pielonefrite, etc.
Seu valor de referência é negativo, e, quando
presentes, são identificadas por cruzes (+) e Hemoglobinúria = hemoglobina na urina,
geralmente estão associadas a bactérias. decorrente de transfusões, anemia
hemolítica, queimaduras, infecções,
intoxicações, etc.
NITRITO
UROBILINOGÊNIO
A presença de nitrito na urina é decorrente da
ação de bactérias gram- redutoras de nitrato a Avalia distúrbios hepáticos e hemolíticos, pois
nitrito. sua presença está ligada ao aumento da
bilirrubina.

73

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


SUMÁRIO DE URINA
EXAME MICROSCÓPICO CÉLULAS EPITELIAIS

O exame microscópico tem como objetivo São as de maior importância clínica, podem se
analisar os sedimentos urinários, em busca de apresentar de forma oval, colunar, retangular e
elementos como: redonda, todas nucleadas. Sua grande presença
pode ser indicativo de necrose dos túbulos
Hemácias; renais ou efeito secundário de doenças
Leucócitos; glomerulares.
Bactérias;
Células Epiteliais;
Cristais;
Leveduras;
Muco.

PROCEDIMENTO

Após a análise física e química da urina, a CÉLULAS ESCAMOSAS


amostra é submetida a centrifugação de baixa São as mais comumente observadas, e , só
rotação, desprezando o sobrenadante. apresentam significado clínico se forem Clue
Cell.

É adicionado uma pequena quantidade do


sobrenadante na lâmina, colocando uma
lamínula por cima para visualização
microscópica. CÉLULAS DE TRANSIÇÃO

São células encontradas na bexiga do indivíduo


ALGUNS ELEMENTOS PODEM SER OBSERVADOS EM e sua grande quantidade pode ser indicativo de
PEQUENAS QUANTIDADES NA URINA, SENDO
CONSIDERADOS NORMAIS.
infecção urinária - geralmente junto com alto
número de leucócitos.

CÉLULAS EPITELIAIS

São encontradas 3 tipos de células epiteliais:


tubulares, escamosas e de transição. São mais
comumente achados em mulheres, pela
descamação natural do trato urinário.

74

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


SUMÁRIO DE URINA
HEMÁCIAS

PODEM ESTAR PRESENTES


Apresentam formato discoide, com halo central
DEVIDO A CONTAMINAÇÃO
e são células anucleadas. Geralmente são DA AMOSTRA.
observadas por meio da refratância, que
aparece e desaparece.

LEUCÓCITOS

São predominantemente granulócitos e sua


presença geralmente é indicativa de infecção
no trato geniturinário.

São células pequenas, menores que os


leucócitos, estando presentes em casos como:
doenças renais, infecção urinária, anemia
falciforme, atividade física em excesso ou
alguns medicamentos.

É identificado por seu citoplasma de


granulações finas, não sendo possível a
identificação da sua morfologia pela
deterioração na amostra.

SUA PRESENÇA PODE INFLUENCIAR NO ASPECTO, FUNGOS / LEVEDURAS


COLORAÇÃO E POSITIVIDADE NA FITA REAGENTE
ERITROCITÁRIA.
Estruturas pequenas e ovais, geralmente
relacionados a casos de diabetes ou candidíase.
O fungo mais encontrado é a Cândida sp.
BACTÉRIAS

São de fácil visualização devido a


movimentação, estando na forma de cocos ou
bacilos. Estão envolvidas nas infecções e seus
principais tipos são Enterobactérias e
Staphylococcus.

75

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


SUMÁRIO DE URINA
MUCO CILINDRO HIALINO

Cilindro transparente, em formato de canudo,


É originado da descamação das paredes tendo como base a proteína Tamm Horefall.
internas da bexiga e da uretra, mais Pode ser encontrado em glomerulonefrite,
evidenciado em mulheres. Não possuem pielonefrite, doença renal crônica, exercícios
relevância clínica e são encontrados como intensos, etc.
filamentos finos.

CILINDRO LEUCOCITÁRIO

Compostos geralmente por neutrófilos e


CORPOS OVAIS encontrados em casos de inflamação ou
infecção, pielonefrite, nefrite, etc.
Gotículas de gordura observadas por pequenos
círculos que contêm pontos em seu interior.
Pode ser indicativo de diabetes, lesão
glomerular ou necrose tubular.

CILINDRO CÉREO

São curtos, largos, amarelo, acinzentado ou


incolor e com as bordas serrilhadas
(rachaduras). Formados a partir da desidratação
dos hialinos. Sua presença pode indicar estase
urinária extrema, doença renal, diabetes,
CILINDROS URINÁRIOS
amiloidose renal, etc.
São estruturas renais, presentes nos túbulos
contorcidos a partir da solidificação das
proteínas. Sua presença pode ser indicativo de
problemas renais ou por outros casos não
patológicos.

76

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


SUMÁRIO DE URINA
CILINDRO HEMÁTICO CILINDRO EPITELIAL

São caracterizados por hemácias aglomeradas São formados a partir da estease e descamação
na proteína Tamm-Horsfall. de células epiteliais tubulares, podendo se
organizar em linhas paralelas aos cilindros ou
Cilindro Hemático = hemácias intactas. ao acaso.
Cilindro de Hemoglobina = cilindro
degenerado.

São raramente vistos na urina e indicam


exposição a agentes nefrotóxicos ou vírus, que
causam danos tubulares.
Possuem cor castanha, laranja-avermelhado ou
incolor e são sempre patológicos. Indicam casos CILINDRO GRAXO
como glomerulonefrite aguda, trauma renal,
endocardite bacteriana, etc. Possuem gotículas de gordura livre ou corpos
ovais gordurosos. Sua presença ocorre quando
há degeneração adiposa do epitélio tubular,
CILINDRO GRANULOSO
síndrome nefrótica, lúpus, etc.
Apresentam pequenos grânulos em sua
superfície. Quando não patológicos são
derivados de lisossomos, já os patológicos vem
da desintegração de cilindros e células
tubulares. Presentes em glomerulonefrite e na
pielonefrite.

CRISTAIS URINÁRIOS ÁCIDOS NORMAIS

CRISTAL DE ÁCIDO ÚRICO

CILINDRO MISTO São normais de urina ácida, possuindo formas


de losango, prisma, oval e roseta. Geralmente
São a junção de dois tipos celulares no mesmo
possuem coloração amarela ou castanho-
cilindro, estando presente em casos de doença
avermelhada, dependendo da espessura.
túbulo-intersticial.

77

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


SUMÁRIO DE URINA
CRISTAL DE URATO DE SÓDIO

São apresentados na forma cristalina ou amorfa,


possuindo formato de agulha, prisma, feixe ou
agrupamentos. Não apresentam significado
clínico.

Pode não apresentar significado clínico na


maioria dos casos, porém possuem relevância
em eventos de gota, aumento do metabolismo
de purina e Síndrome de Lesch-Nyhan.

CRISTAL DE OXALATO DE CÁLCIO

Possuem formato semelhante a um envelope e


CRISTAL DE URATOS AMORFOS
coloração incolor. Não tem significado clínico,
mas podem estar presentes em diabetes e Comuns em pH ácido e se apresentam como
doença renal. grânulos castano-amarelados, em forma de
"poeira".

Mono- Di-
hidratado hidratado

CRISTAL DE ÁCIDO HIPÚRICO Geralmente são visualizados em amostras


refrigeradas, formando um sedimento rosa
São representados na forma de placa ou prisma
característico. Não apresentam importância
alongado, incolores ou castanho-amarelados.
clínica.
Não possuem significado clínico e são
raramente encontrados nas amostras.

CRISTAIS URINÁRIOS ALCALINOS NORMAIS

CRISTAL DE BIURATO DE AMÔNIO

Normais de urina alcalina, apresentando formas


esféricas com espículas irregulares e coloração
castanho-amarelado.

78

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


SUMÁRIO DE URINA
CRISTAL DE FOSFATO DE CÁLCIO

Possui formato de prisma longo, são incolores e


podem ter bordas delgadas. Podem se agrupar
em agulha, estrela, placa irregular ou roseta.

Não apresentam significado clínico, mas podem


ser relacionadas com a presença de bactérias
que realizaram o metabolismo da ureia.

CRISTAL DE CARBONATO DE CÁLCIO Não possuem significado clínico, porém esses


cristais constituem os cálculos renais.
São pequenos, incolores e com formato esférico
ou de halter. Não apresentam manifestações
clínicas. CRISTAL DE FOSFATO AMORFO

São formados por grânulos, assim como os


uratos amorfos. São incolores ou escuros e sua
refrigeração pode causar a formação de
precipitado branco. Não apresentam significado
clínico.

CRISTAL DE FOSFATO TRIPLO

Se apresentam em forma retangular, com linhas


horizontais e diagonais, semelhante a uma
"tampa de caixão". Pode estar presente na urina
com presença de bactéria que metaboliza ureia CRISTAIS URINÁRIOS ANORMAIS
ou em pacientes com cistite crônica.
CRISTAL DE BILIRRUBINA

São identificados como agulhas agregadas ou


grânulos de coloração amarela ou castanho-
avermelhado. Indicam doença hepática.

79

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


SUMÁRIO DE URINA
CRISTAL DE LEUCINA
São esféricos, com estrias e círculos
concêntricos de coloração amarela ou castanha.
Sua presença indica doença urinária e hepática.

CRISTAL DE CISTINA
Cristais patológicos que se apresentam
incolores, hexagonais, com chapas finas ou
grossas. São encontrados em casos de distúrbio
metabólico e tem a tendência a desenvolver
CRISTAL DE COLESTEROL
cálculos renais.
Sua visualização é facilitada após refrigeração
da amostra, no qual os lipídeos preservam seu
formato. São placas retangulares, grandes,
achatadas e incolor.

CRISTAL DE TIROSINA
Se apresentam como finas agulhas delgadas e
Sua presença indica intensa ruptura tissular,
agrupadas com coloração negra ou amarela.
nefrite, condições nefríticas, quilúria e síndrome
Podem ser observados junto com cristais de
nefrótica.
leucina e bilirrubina. Presentes em doenças
hepáticas e distúrbios do metabolismo de
aminoácidos.

80

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


FERRO
CONCEITO No intestino há a presença dos enterócitos, que
possuem em sua superfície o DMT-1, estrutura
O ferro é um mineral vital para o organismo, na qual irá permitir a entrada do Fe2+ na célula.
tendo como função no corpo:
O ferro pode se armazenar no enterócito na
Auxiliar no transporte de oxigênio; forma de ferritina ou pode ser transportado
Atuar na proliferação e reparo celular; para o plasma pela ferroportina (FPT).
Atuar na formação dos citocromos;
Favorecer a formação de ATP;
A ATIVIDADE DA FERROPORTINA É CONTROLADA PELA
Auxiliar na função da catalase; HEPCIDINA - SINTETIZADA NO FÍGADO.

Auxiliar na síntese do colágeno, etc.

No sangue, o ferro deve ser transportado por


O ferro pode ser obtido através da dieta ou da
meio da trasferrina, porém este não possui
própria reabsorção do mesmo que o organismo
tanta afinidade com o Fe2+. Dessa forma, a
faz, através da degradação das hemácias. Esse
hefaestina oxida o ferro, transformando-o em
mineral pode ser obtido de duas formas:
Fe3+.

3+ 2+
Fe Fe
Ferro férrico Ferro ferroso

Ferro não heme Ferro heme


(inorgânico) (orgânico)

Abundante nas Abundante nas


proteínas vegetais. proteínas animais.

Dentro do eritrócito, é possível a formação de


METABOLISMO Deoxihemoglobina ou Oxihemoglobina a partir
da presença de Fe2+, permitindo o transporte
Após a ingestão do Fe2+ e Fe3+ pelos alimentos, de oxigênio - funcional.
o mineral vai para o estômago e o duodeno,
onde há a presença do citocromo b duodenal - Caso haja a presença de Fe3+ na hemácia, há a
redutase férrica. Sua função é transformar o formação da metahemoglobina, sendo
ferro inorgânico em orgânico para ser melhor impossibilitada de transportar oxigênio
absorvido no intestino. (vitamina c consegue converter Fe 3+ em 2+).

81

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


FERRO
FERRO SÉRICO ÍNDICES
Valor de Referência
O exame de ferro sérico tem como intuito
analisar os níveis dessa substância ligada a Homens = 75 a 175 µg/dL;
transferrina (Fe3+). Mulheres = 65 a 165 µg/dL;

3+
Elevação= Hemocromatose;
Fe Transferrina Alimentação rica em ferro;
Doença hepática crônica;
Transfusão sanguínea, etc.
Para a dosagem, o ferro deve ser dissociado da
transferrina através da adição de um ácido que
Diminuição = Fluxo menstrual intenso;
vai precipitar essa proteína.
Parasitoses;
Neoplasias;
Hemorragia aguda;
MÉTODOS
Gestação;
É coletado o soro do paciente em tubo seco Deficiência alimentar, etc.
(vermelho) ou em gel separador (amarelo). É
recomendado jejum de no mínimo 8 horas.

FERRITINA SÉRICA
A ferritina é uma proteína globular, composta
por aminoácidos hidrofóbicos e hidrofílicos e 24
Seus níveis podem apresentar variações
subunidades, divididas em:
circadianas, sendo mais alto pela manhã e
menor próximo às 21:00. Geralmente é utilizado Cadeias leves = reserva de ferro;
o método colorimétrico por cromógeno ou Cadeias pesadas = enzima ferroxidase (Fe+2
cromazurol B. em Fe +3).

Cada complexo de ferritina pode armazenar


UTILIZAÇÃO cerca de 4.500 íons de Fe+3.
Pode ser utilizado no diagnóstico diferencial e
monitoramento do tratamento de anemias Fe
3+

(ferropriva, aplásica, etc) e diagnóstico de Fe


3+ 3+
Fe
3+
Fe
hemocromatose, hemossiderose e toxicidade
aguda por ferro.

Sua determinação deve ser analisada junto com


APOFERRITINA = CADEIAS LEVES E PESADAS SEM
outros exames, como a saturação da FERRO.
transferrina e ferritina sérica.

82

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


FERRO
FUNÇÃO Diminuição = Deficiência de ferro;
Anemias;
O ferro ferroso não pode circular livremente no
Hipotireoidismo;
organismo, por formar radicais livres e espécies
Deficiência de vitamina c;
reativas de oxigênio.
Doença celíaca.
Dessa forma, a ferritina realiza oxidação do Fe2+
em Fe3+, armazenando em seu interior para
liberar quando for necessário. TRANSFERRINA
Em casos de processos infecciosos ou
A transferrina é uma beta globulina produzida
inflamatórios agudos, a ferritina aumenta seus
pelo fígado, que tem como intuito transportar o
níveis séricos para sequestrar o ferro ferroso e
ferro que saiu dos enterócitos para as células do
impedir que as substâncias estranhas use para
corpo, na forma de Fe3+.
seu metabolismo.

DOSAGEM Fe
3+
Transferrina
Em condições basais, os níveis de ferritina sérica
é proporcional ao estoque de ferro corporal,
Possui meia vida de 8 a 10 dias e normalmente
variando com o sexo e idade do paciente.
deve ser realizado em jejum. É utilizado para
Podem ser utilizados em casos de deficiência de avaliar deficiência de ferro, triagem na
ferro, monitorar o tratamento com a substância, sobrecarga do ferro e final da gestação.
diferenciar anemias e detectar sobrecarga.

ÍNDICES
Utilizando a metodologia de
quimioluminescência, os valores são:

Valor de Referência ÍNDICES


Homens = 22 a 280 ng/mL; Valor de Referência
Mulheres = 10 a 254 ng/mL. Homens = 215 a 365 mg/dL;
Mulheres - 250 a 380 mg/dL.
Elevação= Hemocromatose;
Hemossiderose;
Alcoolismo; Elevação= Deficiência crônica do ferro;
Processo inflamatório; Uso de contraceptivos orais.
Sobrecarga transfusional; Necrose hepática;
Doenças hepáticas. Hemorragia aguda, etc.

83

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


FERRO
Diminuição = Infecções;
Neoplasias;
Uremias;
Nefrose;
Anemia da doença crônica.

CAPACIDADE TOTAL DE
LIGAÇÃO DO FERRO
A capacidade total de ligação do ferro é uma
medida indireta da transferrina circulante,
sendo necessário jejum de pelo menos 8 horas
para realização do exame.

SUA OBTENÇÃO É FEITA PELA SOMA DA


TRANSFERRINA NÃO SATURADA COM O FERRO
SÉRICO.

Pode ser medido no tubo seco (vermelho) ou


com gel separados (amarelo), sendo utilizado
para avaliar deficiência e sobrecarga de ferro e
no final da gestação.

ÍNDICES
Valor de Referência = 250 a 425 µg/dL.

Elevação= Doenças inflamatórias crônicas;


Neoplasias;
Uremia;
Nefrose.

Diminuição = Deficiência crônica de ferro;


Contraceptivos orais;
Necrose hepática;
Hemorragia aguda;
Gravidez.

84

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


DOENÇA CELÍACA
DOENÇA CELÍACA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
A doença celíaca é uma enteropatia autoimune
desenvolvida após a ingestão de glúten ANTI-TRANSGLUTAMINASE TECIDUAL
(proteína presente na farinha de trigo e outros
A transglutaminase tecidual (tTG) é uma
cereais). A ingestão da proteína causa infiltração
enzima que atua na modificação do glúten e na
de linfócitos CD8+ E CD4+ na mucosa intestinal,
sua apresentação para as células do sistema
desencadeando um processo inflamatório e,
imunológico, desencadeando a autoimunidade.
consequentemente, atrofia das vilosidades e má
absorção de nutrientes. Para o diagnóstico de doença celíaca, utiliza-se
um método semiquantitativo por ELISA, que
pesquisa a presença de anticorpos
A resposta imunológica se inicia após o
antitransglutaminase no soro do paciente.
contato com a gliadina - proteína do
glúten que resiste à degradação
Antígeno fixado na escavação de uma placa;
enzimática. Essa condição afeta pessoas
Soro do paciente podendo conter anti-tTg;
com predisposição genética.
Anti-IgA + peroxidase com cromógeno.
Valor de referência = < 20,0 U (negativo).

ANTI-ENDOMÍSIO (EMA-IGA)
CLÍNICA
O endomísio é a camada de tecido que reveste
Distensão abdominal; a fibra muscular lisa. Pacientes com doença
Diarreia crônica; celíaca produzem autoanticorpos contra essa
Perda de peso; camada, denominados anti-EMA (IgA, IgM ou
Vômitos; IgG).
Ulceras orais;
A análise é feita utilizando o soro do paciente,
Dispepsia;
submetido ao método de imunofluorescencia
Alteração no esmalte dentário; indireta
Anemia;
Menarca tardia;
Amenorreia;
Impotência sexual;
Perda de memória;
Neuropatia periférica;
Ataxia, etc.

85

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


INTOLERÂNCIA
INTOLERÂNCIA À LACTOSE
50g para adultos
A intolerância à lactose é conceituada como a
incapacidade do organismo de digerir a lactose 2g/kG para crianças

(carboidrato do leite) pela deficiência da


A interpretação do resultado leva em conta as
enzima lactase. Esse carboidrato permanece na
alterações do nível de glicemia após a
luz intestinal, sendo fonte de energia para
administração da solução. O teste é
bactérias e tendo como produto final a
considerado positivo se houver alterações
formação de ácido lático, gás hidrogênio e
inferiores a 20mg/dL da glicemia.
dióxido de carbono.

TESTE DE HIDROGÊNIO EXPIRADO

ALERGIA À LACTOSE
Esse teste é utilizado para avaliar a absorção
Reação imunológica contra a proteína intestinal de açúcares através da análise de
do leite, ocorrendo após a ingestão de hidrogênio e metanol que são produzidos pela
qualquer porção de leite e derivados. fermentação bacteriana de carboidratos não
absorvidos.

As moléculas de hidrogênio são absorvidas pela


mucosa intestinal através dos vasos sanguíneos,
e são transportadas para os pulmões para
SINTOMAS
serem excretadas, sendo essa expiração
Náuseas; coletada por um aparelho específico para
Dores abdominais; análise.
Diarreia ácida; Em seguida, uma solução de lactose é ingerida
Gases; pelo paciente, e coletas de expiração
Distensão abdominal, etc. posteriores devem ser feitas a cada 15 ou 30
minutos. Resultado positivo:

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À LACTOSE

O teste tem o intuito de avaliar a competência


de absorção do carboidrato no intestino através
da administração de doses de lactose.
Posteriormente, são coletadas amostras
sanguíneas em intervalor de 30, 60 e 120
minutos para a análise e aparecimento dos
sintomas.

86

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


REFERÊNCIAS
MOTTA, V.; T. Bioquímica Clínica: Princípios e Interpretações. Volume 7. 5ª edição. Rio de Janeiro,
2009.

GUYTON & HALL. Tratado de Fisiologia Médica. [recurso eletrônico] / John E. Hall; [tradução Alcides
Marinho Junior ... et al.]. -Rio de Janeiro : Elsevier, 2011. recurso digital: il.

DUARTE, Felipe Henning Gaia. Guia de Exames Endocrinológicos. Limay Editora. São Paulo, 2013.

Azevedo, Maria Regina Andrade. Hematologia Básica: Fisiopatologia e Diagnóstico


Laboratorial/Maria Regina Andrade de Azevedo – 6. Ed. – Rio de Janeiro – RJ: Thieme
Revinter Publicações, 2019.

Universidade Federal de Goiás. Atlas de Hematologia. Disponível em:


https://hematologia.farmacia.ufg.br/.

Elizângela Marty, Roseli Mari Marty. Hematologia laboratorial - São Paulo : Érica, 2015. 120
p.

Dacie and Lewis – Practical Haematology. 12th Edition, 2017. Valores de Referência
Hematológicos para Adultos e Crianças. Programa Nacional de Controle de Qualidade
(PNCQ).

Lorenzi, Therezinha Ferreira. Manual de hematologia : propedêutica e clínica / Therezinha


F. Lorenzi. - 4.ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2006.

Atlas em Hematologia do LACES. Virtual. Universidade Federal de Goiás. Laboratório de


Análises Clínicas e Ensino em Saúde. 2022. Disponível em https://laces.icb.ufg.br/p/32714-
atlas-virtual

MÁXIMO, A. S.; DOMINGUETE, C. P; SILVA, R. S. Atlas de Urinálise - USFJ. Divinópolis, 2020.


Disponível em: https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/laact/Atlas-
%20urinalise%204(1).pdf

WILLIAMSON, A. M; SNYDER, L. M. Interpretação de Exames Laboratoriais - 10 ed.


Guanabara Koogan LTDA. Rio de Janeiro, 2018.

TIETZ-Fundamentos de química clínica. 4.ed. Guanabara Koogan, São Paulo, 1998.

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59


REFERÊNCIAS
Kaplan-Pesce. Química-Clínica. Técnicas Laboratoriais. Fisiopatologia, métodos e análises. Ed.
Panamericana. 1996.

ANDERSON, S. C; Cockayne, S. Clinicak chemestry: concepts and applications. Sander Corp.


Philadelphia, 1993

CUNHA, A. M. G. ; GOMES. F. A. Coleção Manuais de Farmácia: Análises Clínicas. Salvador: Editora


Sanar, 2019.

SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2022.
Disponível em:
https://diretriz.diabetes.org.br/utm_source=googleads&utm_medium=search&gclid=Cj0KCQjwof6W
BhD4ARIsAOi65ajLjG4lxyblF4RnrLaDhgLRnA94OQ7Zi54ByP4UgycngG2M8eIwrZsaAgxbEALw_wcB.

Francisco Jorge Luis de Sousa Nascimento - grupominhapele@gmail.com - CPF: 029.909.633-59

Você também pode gostar