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Uroanálise

de

@estuda.biomedica
Facilitado

URINA TIPO 1
u m o
Res
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Introdução ao Sistema Urinário


- Como ocorre a formação da urina?

Fase Pré-Analítica
- Coleta

- Identificação da Amostra

- Critérios de rejeição da Amostra

Análise Física
o d ú et n o C
- Cor

- Aspecto

- Odor (???)

Análise Química
- Fita Reativa

- Como Interpretar a Fita Reativa?

Análise Microscópica
- Elementos do Sedimento Urinário

- Cristais Urinários de Urina Acida

- Cristais Urinários de Urina Alcalina

- Cristais Anormais

- Cilindros Urinários

- Outras Estruturas

Como Laudar?
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o ã ç at n e s e r p A
Oi, tudo bem com você?

Para quem não me conhece, muito prazer!

Me chamo Karla Maciel, sou biomédica,

especialista em Análises Clínicas e Gestão

Laboratorial, e pós graduanda em

Hematologia Clínica.

Recentemente atuei como Preceptora de

Estágio em Análises Clínicas, e pude estar

do outro lado. Sei o que é ser aluna, sair

com o diploma em mãos e ter a sensação

de não ter aprendido nada!

E após tudo isso, percebi que as coisas não

eram tão complicadas quanto pareciam, e

para facilitar seus estudos, decidi montar

esse material com uma linguagem

acessível, descomplicando a uroanálise, em

especial a Urina Tipo 1!

Bons estudos!

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Introdução
ao Sistema
Urinário
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Formação da Urina
Como todo mundo sabe, os nossos rins são os

nossos “filtros”, são órgãos pares que se

assemelham a grãos de feijão, olha que fofo!!!

Dentro dos rins, temos os néfrons que são suas

unidades funcionais, cada rim possui cerca de

um milhão de néfrons, já pensou???

Então... cada néfron tem dois componentes

principais: corpúsculo renal e os túbulos.

Corpúsculo renal: pequena estrutura, formada

pelo glomérulo (emaranhado de capilares) e pela

cápsula de Bowman.

Túbulos: longo tubo no qual o filtrado será

posteriormente convertido em urina

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A formação da urina se dá por conta da filtração

sanguínea no glomérulo, este filtrado irá circular

pelo túbulo contorcido proximal, alça de Henle,

túbulo contorcido distal e ducto coletor.

A regulação da função renal está diretamente

relacionada com a ingestão de líquido do

indivíduo. A nossa bexiga é a nossa bolsa

armazenadora de “xixi”. Na parte inferior da

nossa bexiga, temos o esfínter, um músculo que

fecha a uretra e controla a micção. Quando o

esfínter é contraído, a urina é liberada para fora

do corpo.

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Pré-Analítica
Fase
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Queridos e queridas, essa ainda é a nossa

grande aliada para uma boa interpretação e

resultado fidedigno, inclusive se tratando de

amostra de urina, é necessário orientar bem o

paciente, afinal, a parte da coleta é totalmente

com ele (com exceção de pacientes que

necessitam de auxílio de algum profissional para

obtenção da amostra de urina).

A urina deve ser a primeira da manhã,

desprezando o primeiro jato, é desejável que a

coleta seja realizada após algumas horas de

repouso, antes de realização de atividades

físicas e de preferência, em jejum, e que na hora

do de veras seja também feito um asseio, para

evitar contaminações.

Quanto ao frasco, deve ser um coletor

APROPRIADO para este fim, não pode ser

reutilizado, mesmo que o paciente diga que

“lavou direitinho”, porque tudo isso pode ser

interferente para gente lá na frente.

Quando for crianças que ainda usam fraldas,

avise os pais que não se deve recuperar urina da

fralda, deve-se utilizar o coletor infantil. Se

falarem que a criança não urina de jeito nenhum,

diz para molharem o pé do baby kkkk, reza lenda

que molhou o pé, o xixi sai.

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A amostra deve ser entregue o mais rápido

possível no laboratório, o ideal mesmo é

avaliarmos a amostra entre 1 -2 horas, depois

disso é possível sofrer contaminação, se não for

o jeito... coloca na geladeira, por no máximo 4

horas e avalia a amostra. E claro, chegou

amostra, já identifica esse babado amigos,

porque se não a onda é grande. Evitem

identificar as tampas dos coletores, lembrem-se

que tampas podem ser trocadas por algum

equívoco, então identifiquem nas partes laterais

do coletor, isso faz com que sejam minimizados

os erros concernentes as trocas de amostras.

Quando rejeitar uma amostra?


Amostras em frascos inadequados;

Contaminação visível (ex: misturada com

fezes);

Volumes inferiores a 10ml (isso quando se

trata de pessoas que tem condições

fisiológicas normais para coletar a

quantidade suficiente para realização do

exame);

Amostras de pacientes menstruadas (o ideal

é ser pelo menos 5 dias antes ou 5 dias

depois da data da menstruação).

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Análise
Física
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Cor
A coloração normal da urina vem a partir da

pigmentação de todo um processo de

degradação proveniente da quebra das

hemácias, que chamamos de urocromos e

urobilinas. Para facilitar seu entendimento,

podemos dizer que a hidratação e concentração

de solutos do paciente irá influenciar na

coloração da urina.

Normalmente, a cor da urina é amarela, podendo

variar de amarelo claro a amarelo escuro (quanto

mais hidratada a pessoa estiver, mais clara sua

urina será), porém devido algumas

anormalidades e/ou medicações é possível

observar a cor da urina de alguns pacientes mais

intensificada e diferenciada.

Amarelo Amarelo Amarelo Ambar

Claro Citrino Escuro

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O que a cor da urina pode nos


dizer?
Coloração normal

Desidratação, Metronidazol, Aspargo,

Bilirrubinas

Desidratação, Sangue, Bilirrubinas,


Beterraba, Cenoura, Rifampicina,
Pyridium, Vitamina B12

Sangue, Sena, Rifampicina, Pyridium,


Vitamina B12, Beterraba, Amoras

Infecção, Amoras, Beterraba,


Corantes

Infecção, Corantes, Azul de metileno,


Alcaçuz, Amitriptilina, Propofol,
Indometacina

Azul de metileno, Infecção,


Triantereno, Indometacina, Viagra

Alcaptonúria (raro), Bilirrubinas,


Cloroquina, Levodopa e outros

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Aspecto
Esse item já diz respeito sobre a opacidade da

amostra da urina (ou transparência, se for

melhor pra você entender). Mas, o que faz a

urina ficar mais transparente ou mais opaca???

Isso é devido a presença de elementos na urina,

tipo... cristais, leucócitos, hemácias, bactérias e

outros. Quanto mais turva a urina estiver, mais

provável será de encontrarmos elementos

interessantes na urina (que fique claro que é

interessante para nós e não para o paciente né).

Para avaliarmos bem essa parte, o ideal é

colocarmos a urina em um tubo bem limpo e

transparente. Os aspectos podem ser definidos

como: límpido, semi-turvo, turvo, ou ainda,

leitoso (se de fato, for necessário).

Vou colocar uma observação aqui, eu aprendi

que o aspecto deve ser observado antes da

centrifugação, mas há quem diga que deve

ser avaliado em lâmina (dependendo da

quantidade de elementos encontrados na

urina, você vai dizer se ela está límpida ou

não).

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Na imagem vemos urina com aspecto: límpido, semi-

turvo e turvo, respectivamente.

Odor
Bem, essa parte aqui está ficando em desuso, mas

alguns lugares ainda utilizam no laudo e liberam

odor/cheiro como característico, no caso, sui

generis.

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Química
Análise
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Acredito que você já deve ter visto um

potezinho cheios de fitinhas coloridas que são

imersas nas amostras de urina para avaliar a

parte química da mesma, correto? Se você não

lembra, ou nunca ouviu falar, vou colocar a

imagem aqui em baixo para você dar uma

olhada.

Então, bora lá! Essa parte aqui antigamente

eram feitas com várias soluções químicas e

realizadas um a um, mas agora, conseguimos

fazer em poucos segundos e ter o resultado

qualitativo (ou semi-quantitativo) de todos os

parâmetros avaliados de uma só vez.

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Antes de centrifugarmos a amostra, imergimos

essa fita reagente por alguns segundos até que

todas as almofadas entrem em contato com a

urina (geralmente, eu conto de um a três e tiro

a fita do contato da amostra, é realmente só o

tempo de molhar todas as almofadinhas,

também não precisa embriagar a fita lá dentro,

meu povo).

As instruções são dadas pelo fabricante, é só

ler! Muita gente tem preguiça de ler bula,

manual de instruções e etc, você por favor, seja

curioso e não preguiçoso, e leia tudo para fazer

as coisas corretamente. Essa fita é colorida,

quando em contato com a amostra, a fita reage

e a gente avalia as cores, o que será no caso o

resultado. No próprio recipiente vem uma

escala de cores que você vai comparar um a

um, quando eu digo um a um é cada um dos

quadradinhos mesmo (tem gente que não

entende logo, e acha que é por coluna, mas

não, é quadrado por quadrado).

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Só que também tem outro detalhe, você

mergulha a fita, tira um pouco o excesso de

amostra com papel absorvente e espera só um

pouquinho e já visualiza se teve reação na fita,

anota e passa para a próxima etapa, isso não é

uma coisa que se deve deixar para fazer

depois... as cores vão oxidar e não vai mais ter

um resultado fidedigno, beleza?

Hoje em dia, já até existem leitores de fitas

automáticos, mas estou aqui para te ensinar a

interpretar direito esse babado e entender que

não é só ver um arco-íris na mão e anotar,

liberar e tacar o carimbão.

Um detalhe, que já ia esquecer, lembra

daquelas cores diferentes da urina que vimos

anteriormente? Então... não é aconselhável

passar a fita reativa nessas amostras, porque

podem sofrer interferências devido sua

coloração intensa.

Leitor automático

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Como interpretar o resultado


das tiras reativas?
pH - De acordo com o Wikipédia, “pH é uma

escala numérica adimensional utilizada para

especificar a acidez ou basicidade de uma

solução aquosa. A rigor, o pH é definido como o

cologaritmo da atividade de íons hidrônio. ”

Pois bem, existe o pH urinário, que auxilia a

gente no controle de distúrbios eletrolíticos,

podendo nos indicar que algo pode não estar

sendo produzido ou reabsorvido da maneira

correta.

Muita coisa no nosso corpo passa por

processos metabólicos, e parte disso é

excretado por via renal e posteriormente,

liberado na urina, porém... nem tudo é perfeito,

pode dar b.o em algum lugar e acabar fazendo

com que alguma substância não seja expelida

ou reabsorvida corretamente, e isso tudo pode

mexer com o pH obviamente.

E caso você seja daqueles que nunca lembra

qual valor numérico é ácido, básico ou alcalino,

pega a dica, tua média da escola era 7, FOCA

NO 7, e lembra que 7 é básico, então menor que

7 é ácido e maior que 7 é alcalino.

Valores de referência: 4,5 a 8,0

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O que pode variar o pH?

Bactérias tendem a alcalinizar o pH;

Embriagar a fita na urina pode fazer com

que as substâncias da fita se misturem e

produzam interferências para abrilhantar o

seu dia;

Dieta rica em proteínas elevam a acidez da

amostra;

Medicamentos podem acidificar ou

alcalinizar a urina.

Quando se trata de urina tipo 1, falamos

de uma urina recente, emitida de

manhã e possivelmente ácida. Se você

pegar uma urina alcalina, já desconfia e

verifica se de fato isso é o real do

paciente, porque há grandes

possibilidades de essa urina ser

VELHAA.

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Proteína - É normal ter pequenas quantidades

de proteínas na urina (<10mg/dL), se a fita

reativa reagir, já nos indica que ultrapassou

esse limiar de 10mg. A principal proteína

encontrada é a albumina devido seu baixo peso

molecular.

Quando há presença de proteínas na urina,

chamamos de proteinúria, no geral, já é um

grande indicador de doença renal, então, para

ter um diagnóstico mais preciso, o ideal é

realizar a pesquisa de proteinúria de 24 horas.

Que isso??? A pessoa vai urinar dentro de uma

garrafa durante 24 horas e vai levar essa

garrafa para o laboratório analisar, no caso, a

amostra do paciente será dosada de acordo

com a metodologia exercida pelo laboratório.

Porém, não se assuste, pode acontecer de

reagir proteína na tira em outras situações,

como por exemplo: exercícios físicos intensos,

por conta da pressão arterial elevada, ou ainda

em casos de desidratação e em mulheres

grávidas, que pode ser um indicativo de pré-

eclâmpsia, inclusive.

Resultado expresso como: negativo, traços, 1+,

2+, 3+.

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Bilirrubinas - Aqui vai entrar um pouco de

bioquímica (para variar né), a bilirrubina surge

devido a quebra dos eritrócitos (mais

especificamente por conta do grupo heme). A

bilirrubina indireta (não conjugada) é

transportada até o fígado ligada a albumina, de

lá ela vai ser processada pela enzima UDP-

glicuronil-transferase, dando origem a

bilirrubina direta (conjugada).

Então de duas uma, quando houver presença de

bilirrubina na urina, isso pode indicar que o

paciente tem problemas hepáticos ou

distúrbios hemolíticos. Uma grande

característica desses tipos de pacientes é que

eles ficam ictéricos (pele e mucosas

amarelados).

Observação: a urina deve ser recente, pois a

bilirrubina pode sofrer interferências por conta

da luz.

Resultado expresso como: negativo, ou

positivo, 1+, 2+, 3+.

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Urobilinogênio - Para continuar a linha de

raciocínio, vamos falar sobre o urobilinogênio,

porém... volta lá para bilirrubina. Quando a

bilirrubina direta é catalisada pelas bactérias

da flora intestinal o urobilinogênio é originado,

e daí ele pode trilhar dois caminhos. Ou ele

será reabsorvido pela corrente sanguínea e

posteriormente será excretado via renal, ou ele

vai permanecer no intestino, onde será oxidado

e transformado em estercobilinogênio, sendo

eliminado pelas fezes.

Quando há o aumento da bilirrubina, é possível

observar o aumento do urobilinogênio

reabsorvido que posteriormente deverá ser

excretado na urina.

Nos casos de pacientes com problemas

hepáticos, o fígado desses indivíduos se torna

incapaz de eliminar esse urobilinogênio

tornando-o reagente na fita reativa.

A excreção de um indivíduo normal dentro de

24 horas é de 0,5 a 2,5mg.

Resultado expresso como: normal ou positivo

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Glicose - Em condições normais, praticamente

toda a glicose filtrada pelos glomérulos é

reabsorvida pelo túbulo proximal, e por este

motivo a urina de um indivíduo saudável

contém quantidades baixas de glicose.

Porém, quando há um excesso de glicose, o

organismo não dá conta e acaba que essa

glicose que vai parar na urina se apresenta

elevada. Quando a glicose no sangue está

maior ou igual a 180mg/dL é muito provável que

a amostra desse paciente esteja positiva na

fita reativa.

Pode ser que o paciente seja diabético, ou não

obedeceu ao jejum solicitado, em casos de

gravidez também é possível observar a reação

positiva, ou ainda, pacientes em uso de drogas,

corticosteroides e no stress emocional.

Resultado expresso como: negativo, positivo,

traços, 1+, 2+, 3+.

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Sangue - Sinal vermelho na parada

(literalmente). A presença de sangue pode ser

observada macroscopicamente (a olho nu), e

microscopicamente (ou seja, com o auxílio do

nosso amigo querido microscópio).

Só que podemos ter principalmente duas

situações quando há presença de sangue na

urina: hematúria e hemoglobinúria.

Hematúria obviamente vem de hemácia, então

se trata da presença de hemácias, o que já é

indicativo de alguma inflamação, porque

sangue na urina não é normal (a quantidade

normal é bem pequena).

Possíveis causas de hematúria: cálculos renais,

glomerulonefrite, tumores, traumatismos,

pielonefrite, exposição a drogas.

Hemoglobinúria vem de hemoglobina, quem já

adquiriu o nosso resumo de hematologia sabe

que a hemoglobina está dentro da hemácia,

então se tem hemoglobina circulante, isso já

nos diz que houve lise (quebra/destruição) das

hemácias.

Possíveis causas de hemoglobinúria:

Transfusões, anemia hemolítica, queimaduras

graves, infecções, intoxicações e

envenenamentos.

Resultado expresso como: negativo, traços, 1+,

2+, 3+.

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Nitrito - Esse carinha aqui só reage quando há

conversão do nitrato a nitrito, e quem faz isso

ser possível? As bactérias!!! Mas perai, são

todas as bactérias? NÃO. As bactérias gram

negativas que tem esse poder de transformar

nitrato em nitrito, em especial as

enterobactérias (e alguns bacilos gram

positivos), que inclusive são responsáveis pela

grande parte dos casos de infecções urinárias,

que acometem principalmente mulheres.

Para um laudo fidedigno é aconselhável avaliar

a urina quando ainda estiver recente (pois

pode sofrer contaminação) e se possível que o

paciente encaminhe ao laboratório a primeira

urina da manhã, porque a urina deve

permanecer na bexiga por pelo menos 4 horas

para que ocorra a determinação do nitrito.

Resultado expresso como: negativo ou positivo.

Não é porque deu um resultado negativo na fita

que significa que o paciente não possa ter

infecção urinária, existem também as bactérias

gram positivas e a maioria delas não converte

nitrato a nitrito, logo, se há uma suspeita de

infecção, o ideal é o médico solicitar uma

urocultura.

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Cetonas - Você sabe quem é a nossa reserva de

energia? As nossas gordurinhas indesejadas...

logo, quando nosso corpo não encontra energia

através dos açucares (glicose), ele vai atrás da

gordura e utiliza como energia, e quando isso

acontece as cetonas são produzidas.

Quais casos isso pode ocorrer??? Jejuns mega

prolongados, dietas pobres em carboidrato,

desidratação, febre, vômito, diarreia, e ainda

em pacientes com diabetes tipo 1, devido a

insuficiência de insulina (nesse caso, se não for

logo corrigido, o paciente pode sofrer coma

por conta do estado de acidose).

Resultado expresso como: negativo, 1+, 2+, 3+.

Leucócitos - Esse babado aqui se refere a

enzima que indica a presença de granulócitos

na urina. Como você deve lembrar, os

leucócitos são nossas células de defesa,

então... se esses soldadinhos estiverem

presente na urina significa que alguma batalha

está acontecendo, fazendo com que os

leucócitos unam suas forças, de tal maneira

que eles se elevam em quantidade, fazendo

com que essa parte da fita, reaja.

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Se leucócitos aumentados no sangue indica

infecção, obviamente, aqui na amostra de urina

não é diferente. No geral, pode ocorrer de

positivar quando há a presença de bactérias.

Se aparecer bactéria na urina e não houver a presença

de leucócitos, algo de errado não está certo hein, isso

é indício de contaminação, galera!!!

No geral, se tem presença de bactéria, também

tem presença de leucócitos.

Resultado expresso como: Negativo, 1+, 2+, 3+.

Densidade - Esse parâmetro vai determinar a

concentração da amostra de urina. No geral,

quanto maior for a concentração, maior será o

valor da densidade e quanto menor for a

concentração da urina, menor será o valor da

sua densidade.

Indivíduos saudáveis possuem densidade

urinária entre 1015 – 1025.

Urinas alcalinas podem causar resultados

diminuídos, urinas com presença de proteína e

glicose podem causar resultados elevados.

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Microscópica
Análise
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Procedimento – Essa é a última etapa do exame

de urina, após ter realizado a parte física

(macroscópica) e química (fita reativa).

A amostra é centrifugada durante 5

minutos a 1500 RPM (com uma quantidade

em torno de 10ml);

Terminado a centrifugação, desprezamos

todo o sobrenadante e ficamos apenas com

o sedimento (ao desprezar, você vai achar

que não vai sobrar nada no tubo, mas fica

tranquilo(a), vai restar o suficiente para

levar ao microscópio);

Damos leves “batidinhas” no fundo do tubo

(com o sedimento);

Colocamos uma pequena quantidade do

sedimento (~20ul) na lâmina, e em seguida,

coloca-se uma lamínula limpa em cima;

Focamos e damos uma primeira análise com

a objetiva de 10x;

Para observar bem as estruturas, mudamos

para a objetiva de 40x;

Avaliamos 10 campos, tiramos uma média

de cada elemento visualizado e o laudo é

liberado.

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Célula Epitelial
É super normal encontrarmos células epiteliais,

principalmente em mulheres (costumo até

dizer que urina de homem é meio “xoxa”,

porque quando este está saudável, a amostra é

bem limpa, e quase não encontramos

elementos urinários).

Podemos encontrar três tipos de células

epiteliais: escamosa/pavimentosa, transicional

e tubular renal.

Geralmente, não há um significado clínico, já

que essas células aparecem por conta da

descamação das células do epitélio do trato

urinário (em grande quantidade é indicativo de

contaminação na amostra).

Há importância clínica quando se trata da

célula tubular renal, pois está associada a

doenças renais.

Como saber diferenciá-las quando estiver no

microscópio? Eu gosto de comparar essas

células com um ovo frito haha.

Observem as Escamosas, como elas tem as

bordas mais irregulares, ficam esparramadas e

o núcleo é bem pequeno. As de Transição são

mais redondinhas, com a borda mais

delimitada, e o núcleo também é pequeno. Mas

agora... dá uma olhada na Tubular Renal, ela é

delimitada, porém com o núcleo maior.

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Célula Epitelial Escamosa

Célula Epitelial Transicional

Célula Tubular Renal

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Hemácias
Como foi visto anteriormente, não é normal a

presença de hemácias na urina, visto que, pode

significar alguma lesão/inflamação/infecção.

As hemácias na urina, são bem pequenas (e

podem ser confundidas com leveduras, por

isso... treinar o olho é sempre bom).

Apresentam um halo central e “brilham”

quando micrometramos (usamos o

micrométrico do microscópio para focar e

visualizar melhor as estruturas).

Porém, nem sempre é assim, porque também

existem as hemácias dismórficas (forma

estranha/acantócitos) e fastasmas (hemácia

lisada).

hemácias normais hemácias dismórficas

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Leucócitos
Se tem leucócito, tem infecção vindo de algum

lugar...

Os leucócitos são um pouco maiores que as

hemácias, e como na urina os leucócitos que

vemos são os granulócitos, podemos perceber

no interior deles alguns grânulos bem finos.

Antigamente (e alguns ainda hoje) chamava-se

leucócito na urina de piócito. Mas atualmente

já se ouve falar leucocitúria, ao invés de piúria.

Piúria intensa: Leucócitos em toda a lâmina de

forma que não é possível visualizar nenhuma

outra estrutura além deles.

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Cristais Urinários
URINA ÁCIDA

Ácido Úrico - São um dos cristais mais comuns

devido a ingestão de proteínas e se apresentam

de formas bem variadas, e você verá logo a

seguir.

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Oxalato de Cálcio - É o mais comum em casos

de litíase renal, mas como estamos falando de

cristais de urina ácida, devemos lembrar que a

nossa alimentação irá influenciar nisso tudo.

Esse tipo de estrutura também pode ser

encontrado em urina de pessoas que tomam

sucos cítricos, por exemplo.

Existem dois tipos desse cristal: monihidratado

e di-hidratado. Qual a diferença??? O di-

hidratado é o “X” da Xuxa haha. Veja a seguir.

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Urato Amorfo - Se é amorfo, já significa que

não tem uma forma...

Pode ser encontrada em urinas ácidas e/ou

REFRIGERADAS.

Apresentam-se como grânulos finos, meio

acastanhados. Veja as imagens a seguir.

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URINA ALCALINA

Fosfato Triplo - Nos dias atuais é chamado de

amoníaco magnesiano, presente principalmente

em urinas de pH alcalino e neutro.

E como o próprio nome já indica, nele há a

presença de fosfato, amônio e magnésio.

São semelhantes a um prisma, trapézio e/ou

podemos até dizer que os mesmos parecem

uma tampa de caixão.

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Fosfato de Cálcio - Estes cristais são formados

por placas retangulares, prismas finos e

incolores, surgem principalmente em urina de

pH alcalino ou neutro.

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É provável que você tenha achado o Cristal de

Fosfato de Cálcio semelhante ao de Ácido Úrico,

mas pega a dica. Geralmente o de Ácido Úrico

tem as pontas parecidas com um losango, já o de

Fosfato de Cálcio tem uma ponta mais fina e

outra mais quadrada.

Biurato de Amônio - Pode aparecer tanto em

urinas alcalinas, como neutras. Seu formato é

meio espiculado (podendo ser espiculas

regulares ou não) e possui uma coloração

amarronzada. É como se fosse uma “bolinha”

com vários espinhos na ponta

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Carbonato de Cálcio - Esse aqui pode ter uma

forma esférica, ou ainda em forma de halteres

(se você não é fitness que nem eu, vai já

entender quando olhar a imagem a seguir).

Não é muito comum de ser visto em amostras

de urinas, mas pode acontecer de aparecer em

casos de distúrbios metabólicos e

hipercalciúria, traduzindo... altas quantidades

de cálcio na urina.

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Fosfato Amorfo - Mais um amiguinho sem

forma, são grânulos também um pouco

grosseiros, como se fossem vários grãos de

areias acastanhados, podem aparecer em urinas

alcalinas, e visualizados de melhor forma na

objetiva de 10x.

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Cristais Anormais
Bilirrubina - Bem galera, bilirrubina é bilirrubina.

Se aparecer um cristal desse, o indivíduo pode

ser um paciente hepático, e por isso a

hiperbilirrubinemia estampada (possivelmente

com pele e mucosas amarelados) e a urina com

cristais de bilirrubina.

Esse cristal é semelhante a várias agulhas, com

uma coloração amarelada/acastanhada.

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Leucina - Esse tipo de cristal é bem raro, quando

surgem é indicativo de hepatopatias graves ou

doenças hereditárias do metabolismo dos

aminoácidos.

Geralmente seu aparecimento está associado

aos cristais de tirosina, que veremos logo a

seguir.

Sua forma é semelhante uma esfera que

apresenta algumas estrias circulares.

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Tirosina - São anormais, mas quando surgem é

mais característico em urinas ácidas.

Parecem várias agulhas finas juntas, quando

aparecem podem indicar alguma doença

hepática grave, tirosinemia hereditária,

síndromes de Smith e Strang.

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Cistina- Cristal de urina ácida, possui formato

hexagonal.

Quando presentes, sempre possuem significado

clínico, como em casos de cálculos renais.

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Colesterol- Cristal de urina ácida ou neutra,

parecem pedaços de vidro, ou ainda... vidros

“quebrados”.

Podem ser importantes em casos de síndrome

nefrótica (ou sejaaa, distúrbio nos rins).

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Cilindros Urinários
Primeiramente, entenda que cilindros são

estruturas renais, então, se algum cilindro

aparecer, possivelmente esse indivíduo tem

algum problema nos rins. Porém, também há a

possibilidade de encontrar cilindros em pessoas

saudáveis, mas isso só acontece quando o

mesmo realizou atividades físicas intensas,

passou por processos febris ou stress físico.

Existem vários tipos de cilindro, tudo vai

depender da sua formação, vamos conhece-los

(ou relembrá-los) a seguir.

Cilindro Hialino - Pode ser encontrado nos casos

de glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal

crônica, após exercícios físicos intensos e

outros. Esse cilindro é bem clarinho,

praticamente transparente, um de seus

principais componentes é a proteína de Tamm-

Horsfall.

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Cilindro Céreo - Digamos que esse cilindro é o

hialino mais velho (em um estágio mais

avançado). Geralmente surge em quadros de

insuficiência renal crônica (estase do fluxo

urinário). Sua estrutura é mais quebradiça, nas

imagens abaixo, você vai poder conferir que eles

possuem literalmente algumas partes mais

“quebradas”.

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Cilindro Epitelial - Quando há lesão tubular, as

células epiteliais (dos túbulos renais) podem se

juntar a proteína de Tamm-Horsfall, e assim dão

forma ao cilindro epitelial. Que pode surgir em

na glomerulonefrite e pielonefrite, ou ainda em

outras situações como: doenças virais, exposição

a drogas e outros.

Quanto a sua aparência, ele é literalmente

constituído por células epiteliais (percebam os

núcleos), porém podem ser confundidos com

cilindros leucocitários.

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Cilindro Hemático - Como o próprio nome já

diz... possuem hemácias aglomeradas junto a

proteína de Tamm-Horsfall. Devido a liberação

de hemoglobina (lise) sua coloração é meio

avermelhada.

Quando presentes podem indicar algum

sangramento vindo a partir dos néfrons, ou ainda

glomerulonefrite aguda.

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Cilindro Leucocitário - Indica inflamação ou

infecção do néfron, ou na glomerulonefrite e

nefrite intersticial aguda.

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Cilindro Granuloso - Podem ser finos ou mais

grosseiros, fazem parte da desintegração dos

cilindros celulares ou leucocitários que

permanecem nos túbulos, ou ainda podem ser

originados a partir de bactérias, cristais (uratos)

e outros.

Geralmente, são observados em casos de estase

do fluxo urinário, infecção, estresse e exercício

físico intenso.

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Cilindro Misto - Não, não é o misto sanduiche,

mas assim com você pode misturar queijo e

presunto para fazer seu sanduiche, há a

possibilidade de você encontrar o cilindro misto,

que não é nada mais e nada menos que a

“mistura” de dois tipos celulares em um mesmo

cilindro, por isso o nome misto.

Isto significa a presença de doença (nefrite)

túbulo-intersticial, uma inflamação que afeta os

túbulos renais e pode ser ocasionada por várias

patologias, medicamentos ou até mesmo toxinas

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Cilindro Largo - Este pode ser qualquer um dos

cilindros já citados, porém a largura e o tamanho

dele serão maiores.

Geralmente, este tipo de cilindro é o cilindro

céreo.

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Outros Elementos
Leveduras - É fungo, meu povo! Podem ser

confundidas com as hemácias, a diferença é que

as hemácias são bem redondas, e as leveduras

mais ovais. A espécie mais frequente vista é a

Cândida sp.

Pode ser observada em indivíduos com diabetes

e/ou mulheres com candidíase vaginal.

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Bactérias - Como já foi mencionado, a bactéria

pode ser contaminação na amostra, por isso a

mesma deve ser avaliada ainda recém emitida.

Quanto mais demorar para avaliar, maior a

probabilidade de sofrer contaminação.

Elas podem ter formato de cocos ou bacilos, e

geralmente se locomovem, podem parecer

pequenos grãos ou palitos percorrendo a lâmina

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Parasitas - Sim, amados! Podemos encontrar

outros bichinhos na amostra de urina, pode ser

uma infecção por Trichomonas vaginalis, por

exemplo, ou algum parasita intestinal por

contaminação fecal.

A Trichomonas se imóvel (morta) pode ser

confundida com leucócito, então, para confirmar

sua digníssima presença é ideal que ela esteja se

locomovendo, até porque ela literalmente samba

na nossa cara.

Vídeo Trichomonas - Assista

Ovo de Enterobius vermicularis na urina

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Espermatozóides - Talvez você esteja achando

isso óbvio, ou esteja se perguntando: COMO

ASSIM??? Eu sei... há as duas reações. Enfim,

existem algumas mocinhas que acham que tudo

bem fazer coisinhas antes da realização do

exame de urina, e daí aparecem

espermatozóides na amostra. Mas relaxem, isso

não é relatado no laudo (se for mulher). Se for

homem, pode relatar sim, porque pode ser um

caso de ejaculação retrógada.

E se for a urina de uma criança? Você vai delicadamente pedir uma nova

coleta orientando como a coleta deve ser feita (sem relatar o motivo

real). Por que? Pode acontecer de os pais não terem o conhecimento de

como a coleta deve ser realizada. Já ouvi relatos de pessoas que urinavam

normalmente no vaso, e pegavam a urina DO VASO e colocavam no

coletor (além de causar diluição, vai que outra pessoa urinou antes?).

Então, antes de julgarmos alguém, pense que pode ser apenas falta de

informação.

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Filamentos de Muco - Não possuem relevância

clínica, são compostos por material proteico

produzido pelas glândulas e células epiteliais do

trato urogenital. São semelhantes a vários "fios".

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Amido - Não sei se você sabe, mas esse

camarada aqui engana muita gente (quando

ainda não está com o olho bem treinado).

O cristal de amido pode aparecer

artefatualmente por conta do pó da sua luva, ou

no caso de crianças, por conta da fralda. Então,

fica esperto. Não é relatado em laudo.

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Como laudar?
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Células epiteliais e Cilindros


- Raras: até 3 por campo Visualizados na

Objetiva de 10x
- Algumas: de 4 a 10 por campo

- Numerosas: acima de 10 por campo

Hemácias e Leucócitos
Visualizados na

Objetiva de 40x
- RESULTADO POR CAMPO:

Observar pelo menos 10 campos no microscópio

e tirar a média de elementos por campo

visualizado.

- RESULTADO POR MILILITRO:

Você fará a observação de pelo menos 10

campos, tirar a média e multiplicar o resultado

por 5040.

Quando houver presença de cristais, leveduras, Trichomonas e

muco, cite a presença deles. DÊ NOME AOS BOIS.

Ex: Presença de raros/alguns/numerosos cristais de oxalato de

cálcio.

Quando o campo microscópico estiver completamente repleto

de um mesmo tipo celular, de forma que impeça a observação de

outros elementos, você coloca uma observação no laudo.

Ex: hematúria maciça impedindo visualização dos demais

elementos.

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Considerações Finais e
Agradecimentos
Neste material eu trouxe os principais

conteúdos acerca da rotina da bancada de

uroanálise. Existem outras técnicas, mas relatei

aqui apenas o que eu já vivi dentro de uma rotina

laboratorial dentro deste setor, e aquilo que

julgo importante todo estudante e recém-

formado saber.

Até porque não adianta você apenas colocar seu

carimbão no laudo e ponto, você deve saber o

mínimo para estar ali, sabendo/entendendo o

que está fazendo, afinal... essas amostras são

vidas.

Essas figuras que você viu aqui e que você vê em

atlas são apenas para ajudar vocês a perceberem

as características de determinados elementos.

Para quem ainda não tem experiência e olho

treinado, talvez você olhe a lâmina e se sinta

frustrado... nem tudo é do tamanho da foto!!! E

outra dica (pelo menos serve para mim), quando

você for ler uma lâmina de urina, escurece um

pouco o campo, tanto na luminosidade, como no

diafragma do microscópio, isso ajuda bastante.

E é isso galera. É um prazer contribuir com o seu

conhecimento.

Saudações biomédicas!!!

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Referências
ABNT BR 15268. Laboratório Clínico: Requisitos e

Recomendações para exame de urina. 2005

CARMO, ANDRÉIA MORREIRA S. Análise

Laboratorial da Urina Humana: Urinálise. Clube

de Autores. 2016.

LABTEST. Informativo Técnico. A tira reagente

no exame de urina. 2010. Ano III Número 3.

LEMOS, TELMA. Uroanálise com Telma Lemos:

Atlas e Comentários. Livro Digital, Vol.1.

LEMOS, TELMA. Uroanálise com Telma Lemos:

Atlas e Comentários. Livro Digital, Vol.2.

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