O documento discute métodos para quantificar alcalóides em drogas, incluindo gravimetria, métodos volumétricos e espectrofotométricos. Também aborda técnicas cromatográficas e espectrométricas modernas como CG-MS e CLAE para identificação e quantificação de alcalóides. Finalmente, descreve atividades biológicas de vários alcalóides e seu uso em medicamentos.
O documento discute métodos para quantificar alcalóides em drogas, incluindo gravimetria, métodos volumétricos e espectrofotométricos. Também aborda técnicas cromatográficas e espectrométricas modernas como CG-MS e CLAE para identificação e quantificação de alcalóides. Finalmente, descreve atividades biológicas de vários alcalóides e seu uso em medicamentos.
O documento discute métodos para quantificar alcalóides em drogas, incluindo gravimetria, métodos volumétricos e espectrofotométricos. Também aborda técnicas cromatográficas e espectrométricas modernas como CG-MS e CLAE para identificação e quantificação de alcalóides. Finalmente, descreve atividades biológicas de vários alcalóides e seu uso em medicamentos.
Com relação à quantificação dos alcalóides em uma determinada droga, deve-se
diferenciar entre o doseamento dos alcalóides totais presentes ou de apenas um alcalóide específico. A etapa crucial está na escolha de um método geral de extração que assegure o esgotamento destes compostos na droga a ser analisada. O método mais utilizado na avaliação quantitativa dos alcalóides totais é a: Gravimetria: A simples pesagem do resíduo de alcalóides totais obtido. Como as impurezas estarão sempre presentes num extrato total, o erro por excesso será sempre considerável, aplicado a drogas cuja concentração dos alcalóides é bastante elevada e a faixa de precisão aceita bastante larga, como por exemplo, a presença de cafeína em pó de guaraná, cuja faixa normalmente aceita é de 3 ± 1%. Métodos volumétricos: Se baseiam no caráter alcalino dessas substâncias. Realizados tanto por acidimetria direta ou de retorno. Na acidimetria de retorno adiciona-se uma quantidade conhecida de um ácido diluído ao extrato alcaloídico total obtido de uma quantidade conhecida da droga. Posteriormente, mede-se o excesso de ácido não-neutralizado pelos alcalóides com um álcali em presença de indicador colorimétrico. Esse método pode ser aplicado a várias drogas tais como jaborandi, boldo e beladona, entre outras. Métodos de protometria em meio não-aquoso no caso de alcalóides com propriedades básicas muito fracas. A quantificação de um componente específico ou um grupo de constituintes de uma droga fundamenta-se em alguma propriedade intrínseca dos alcalóides a serem determinados, como, por exemplo, a presença de grupos cromóforos específicos ou pela possibilidade de formação de complexos corados. Esses métodos espectrofotométricos apresentam uma elevada sensibilidade e são frequentemente preconizados. Contudo, em um extrato bruto, que contenha uma mistura de várias substâncias, a determinação quantitativa poderá apresentar um certo erro. Estes métodos colorimétricos foram muito difundidos no passado. Atualmente, a maioria dos trabalhos de quantificação é realizada através de métodos analíticos, tais como a cromatografia em fase gasosa (CG- alcalóides mais voláteis e estão acopladas à espectrometria de massas.) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A identificação e quantificação simultânea dos alcalóides são facilitadas pela comparação direta dos mesmos, com espectrotecas e dados da literatura, desde que a ionização seja realizada por impacto eletrônico. No caso da CLAE, podem ser empregados detectores de arranjo de diodos que permitem, além da quantificação, a caracterização das diversas classes de alcalóides através de seus espectros de absorção na região do UV. Atualmente também é possível o acoplamento da cromatografia líquida com espectrômetros de massas. Ou acoplamento com o espectrômetro de ressonância magnética nuclear de hidrogênio, para o aumento da resolução das separações e na identificação dos alcalóides em extratos vegetais Adicionalmente, ensaios imunológicos e enzimáticos vêm sendo desenvolvidos com o intuito de analisar pequenas quantidades de substâncias químicas em misturas complexas, tais como fluidos biológicos. A determinação dos alcalóides pirrolizidínicos senecionina, retrosina e senquirquina, por meio de ensaios imunológicos, demonstrou grande seletividade e sensibilidade (limite de detecção cerca de 70 fmol). A grande desvantagem dessa técnica é a necessidade de anticorpos que não estão disponíveis comercialmente, impossibilitando uma análise de rotina (Langer et al., 1998). ATIVIDADES BIOLÓGICAS E EMPREGO FARMACÊUTICO O amplo espectro das atividades biológicas reportadas aos alcalóides pode ser relacionado com sua variedade estrutural. Devido a seu amargor e toxicidade, atuam como repelentes de herbívoros. Por outro lado, algumas espécies são tóxicas para o homem, como, por exemplo, a beladona, que serve de alimento para coelhos, hidrolisam a atropina em produtos desprovidos de toxicidade. Ampla gama de atividades biológicas investigadas. Assim, pode-se citar emetina (amebicida e emético), atropina, hiosciamina e escopolamina (anticolinérgicos), reserpina e protoveratrina A (anti-hipertensivos), quinina (antimalárico), camptotecina, vimblastina e vincristina (antitumorais), codeína e noscapina (antitussígenos), morfina (hipnoanalgésico), quinidina (depressor cardíaco), cafeína (estimulante do SNC), teobromina e teofilina (diuréticos), colchicina (tratamento da gota), tubocurarina (miorrelaxante), efedrina (simpatomimético), castanospermina (antiviral), galantamina (tratamento do mal de Alzheimer). Diversos alcalóides são utilizados em terapêutica atualmente, puros ou em associação, e também na forma de derivados. Outros são utilizados como matéria-prima para a síntese de fármacos.