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Ionotrópicos: muda
conformação e abre canais.
Enzimáticos:
tirosinaquinase.
Intracelulares: DNA.
Metabotrópicos: segundos
mensageiros.
PROTEÍNA G
O hormônio se liga ao receptor, ativando a proteína G que muda a proteína e ativa a Adenilato
ciclase que usa 1 ATP produzindo AMPc.
TRANSDUÇÃO DE SINAL
Os fármacos são sinais captados por receptores, que são responsáveis por transduzir o que foi
reconhecido para um agonista. Isso irá gerar várias reações que por sua vez formam uma
resposta intracelular especifica.
DOSE-RESPOSTA
A intensidade do fármaco
depende da concentração no
receptor.
Eficácia: tamanho da resposta que o fármaco causa quando interage com o receptor.
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AGONISMO E ANTAGONISTA
Totais: produz resposta biológica máxima mimetizando a ação do ligante endógeno. Ativa
totalmente o receptor em concentrações elevadas de fármaco.
Parcial: ativação menor que 100% mesmo nas concentrações elevadas de fármaco.
Antagonista: liga-se com afinidade aos receptores e podem diminuir o efeito do agonista se
ele estiver presente.
Relação entre a dose tóxica em metade da população e a dose terapêutica também em metade
da população.
Uma janela pequena traz a possibilidade de efeitos adversos. Uma janela grande reduz a
possibilidade de efeitos adversos, ou seja, é a medida de segurança do fármaco.
COMPLEXO FÁRMACO-RECEPTOR
TERMOS IMPORTANTES
Idiossincrasia: predisposição individual que faz com que a pessoa reaja de uma maneira não
previsível ao medicamento.
- Para haver efeito terapêutico é necessário que o fármaco: atinja o sítio-alvo, esteja em
concentração adequada e que tenha ação por tempo suficiente.
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- O fármaco precisa ser adequado conforme o paciente (xarope, comprimido, drágeas).
- O fármaco pode estar livre ou ligado a proteínas plasmáticas, quando livre ele faz efeito.
- Os receptores estão espalhados pelo corpo todo e o fármaco se liga em todos eles, por isso
há efeitos adversos dos fármacos em diferentes sistemas.
MEMBRANA CELULAR
Para fazer efeito, o fármaco precisa atravessa a barreira da membrana celular. A membrana é
uma camada bimolecular lipídica que é transposta para que o fármaco alcance seu sítio.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO
Local onde o fármaco vai ser introduzido. A escolha leva em conta as propriedades do
fármaco, efeito desejado, o tempo da ação, o estado e aceitação do paciente.
Precisa ter contato com o tubo digestivo? Enteral. Via sublingual, oral, bucal ou retal.
Não precisa ter contato com o tubo digestivo? Parenteral. Intravenosa, intramuscular,
subcutânea, intracardíaca, intraperitoneal, intra-articular ou intraóssea.
ABSORÇÃO
Efeito pKa e pH
Os fármacos, em sua maioria, são ácidos ou bases fracas, em forma ionizada ou não variando
conforme o pH.
+
Fármacos ácidos liberam H .
+
Fármacos básicos usam H .
- Exemplo: tecido inflamado tem pH ácido. Para que um fármaco consiga atravessar sua
membrana e fazer efeito é necessário que seu pKa seja ácido.
Locais de Absorção
Cavidade Bucal: absorção rápido, impede 1ª passagem, evita inativação pelo suco gástrico.
Transporte pelo sangue. É dependente da circulação sanguínea. Órgãos que recebem mais
sangue (coração, fígado e rins) recebem o fármaco mais rapidamente. Para outros órgãos
como musculo, pele e gordura é mais lenta a distribuição.
As substâncias apolares não são eliminadas pelos rins, então são metabolizadas em
substancias polares.
Metabolismo de 1ª passagem: fígado ou parede intestinal. Alguns fármacos são tão bem
metabolizados que a quantidade que chega a circulação é menor, reduzindo a
biodisponibilidade do fármaco.
EXCREÇÃO
Eliminação do fármaco pela urina, fezes, ar, saliva, suor ou leite. O peso da molécula, o pKa, o
pH urinário e a condição renal afetam a excreção.
MEIA-VIDA DE ELIMINAÇÃO
Tempo que as concentrações plasmáticas são reduzidas a 50%. Após cerca de 4 a 5 meias
vidas após o inicio, a eliminação do fármaco é cerca de 96%.
T1/2 = 0,7 x VD / CL
INDUÇÃO ENZIMÁTICA
A indução provoca redução do tempo de vida e ação do fármaco, levando a ausência do efeito
terapêutico.
INIBIÇÃO ENZIMÁTICA
Provoca aumento do tempo de vida médio e prolonga ação do fármaco. Pode gerar efeito
tóxico. Na inibição enzimática pode ocorrer competição pelas enzimas ou que um fármaco
reduz ou inibe o metabolismo de outro.
ACETILCOLINA
Outras: maior secreção salivar, do TGI e bronquiais. Aumenta o tônus do musculo detrusor,
contrai o esfíncter da pupila.
NOREPINEFRINA E EPINEFRINA
A liberação da ACh ocorre um quando um potencial de ação é propagado por canais de sódio
que chega ao terminal abrindo canais de cálcio, consequentemente liberando o ACh.
Após a liberação, a ACh se liga a célula-alvo, faz sua ação e então é degradado em colina e
acetato.
FÁRMACOS AUTONÔMICOS
COLINÉRGICOS / PARASSIMPATICOMIMÉTICOS – DIRETOS
Uso limitado, ação mais prolongada que a acetilcolina. Amplos efeitos nos receptores
muscarínicos do músculo cardíaco e liso, glândulas exócrinas e olhos.
®
Betanecol – Liberan
Metacolina
Colírios alcaloides naturais que agem na musculatura lisa da íris e glândulas de secreção,
provocando contração da pupila e abertura da malha trabecular.
Seus efeitos são o espasmo ciliar, irritação ocular, cefaleia temporal, dor ocular,
hipersensibilidade.
®
Cevilemina - Evoxac
Associado a Síndrome de Sjogren (olhos e boca seca). É o agonista muscarínico mais seguro
e com poucos efeitos colaterais.
Normalmente a acetilcolina é liberada e se liga aos receptores nicotínicos nas membranas das
células musculares causando contração ocular.
Edrofônio
Ação curta usado para miastenia gravis e para reverter o bloqueio neuromuscular.
Administração é feita intramuscular ou intravenosa.
®
Neostigmina - Prostigmin
Usado para tratamento prolongado da miastenia gravis e antagonista dos curarizantes. É mal
absorvida no TGI, por isso doses orais são maiores que as IV.
Suas reações adversas são náuseas, vomito, diarreia, cólicas, bradicardia e miose.
®
Piridostigmina - Mestinon
DOENÇA DE ALZHEIMER
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Tratamento: multidisciplinar visando propiciar o estabilização do quadro clínico com o mínimo
de efeitos adversos. São indicados inibidores da acetilcolinesterase, Donepezila, galantamina e
Rivastigmina.
Atropina
Alcaloide natural da beladona, indicado para doenças do TGI e bile e cólicas menstruais,
medicação para reduzir a salivação e secreção do trato respiratório, tratamento de arritmias e
bradicardia.
Pode ser administrada por via intravenosa, intramuscular ou subcutânea. Seus efeitos
adversos são boca seca, dificuldade de deglutição e fala.
®
Escopolamina – Buscopan
Ipratrópio
Indicado como broncodilatador para tratamento de broncoespasmo e DPOC. Pode causar dor
de cabeça, tontura, tosse, enjoo, alergia, visão embraçada etc.
Similares: contem os mesmos princípios ativos, mas possuem diferenças em forma, tamanho,
embalagem e rotulagem. Tem nome comercial e marca. São “cópias” do medicamento
referência.
SIMPÁTICOMIMÉTICOS - ADRENÉRGICOS
A entrada de íons de cálcio faz com que a norepinefrina que estava armazenada em vesículas
seja liberada, ela então se liga ao receptor causando uma cascata de reações intracelulares.
Após o uso, a norepinefrina pode entrar na circulação sistêmica, ser metabolizado pelo COMT
ou ser recaptada.
Catecolaminas
Epinefrina
Norepinefrina
Dopamina
Dobutamina
Usada em insuficiência cardíaca aguda. Não eleva a demanda por oxigênio do miocárdio.
Isoproterenol
- Estimula o coração, aumenta FC, contratilidade e DC. Dilata arteríolas dos músculos
esqueléticos, diminuindo RVP. Relaxa musculatura brônquica.
Agonistas Alfa 1
Agonistas Alfa 2
Todos possuem os mesmos efeitos adversos: arritmia, cefaleia, hiperatividade, insônia, náusea
e tremores.
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Anfetamina
Aumento da PA. Estimula receptores alfa e beta. Reduz apetite. Estimula SNC.
Efedrina
Metilfenidato
São eles: clonidina, rilmenidina, metildopa, guanabenzo e guanfacina (agonistas de alfa 2).
BLOQUEADORES
TRATAMENTO CHOQUE
Séptico: vasopressores.
FARMACOLOGIA DA ATEROTROMBOSE
DOENÇA
Formação de placas fibrosas e lipídica – ateromas. Elas diminuem o calibre dos grandes e
médios vasos sanguíneos, causando obstrução.
FÁRMACOS ENVOLVIDOS
Antiplaquetários
Esse remédio atua inibindo a síntese do tromboxano A2 que é responsável por fazer a rápida
formação do tampão hemostático. Ele inibe a ação das plaquetas de maneira irreversível, ou
seja, seu efeito persiste por toda a vida plaquetária (7-10 dias).
Bloqueia a aglutinação plaquetária, inibindo os receptores P2Y 12ADP. São pró-fármacos que
precisam ser metabolizados pelo citocromo P-450 (fígado), isso pode tornar baixa a resposta a
esses fármacos.
Abciximabe
- Usado em conjunto com o aas ou heparina para a prevenção de isquemia. Indicada para
pacientes com angina instável. Administrado por IV.
Pentoxifilina
Anticoagulantes
Heparina
Varfarina e Femprocumona
Fibrinolíticos
Estreptoquinase
Alteplase
- Usada em casos de trombose, embolismo pulmonar, infarto e AVC. Usada com heparina e
aas.
Ensaio Clínico Randomizado: avaliação terapêutica, é preciso que a lista seja sigilosa,
com cegamento e grupo controle.
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Erros Sistemáticos: aferição (técnica inadequada), confusão (portar isqueiro causa câncer),
migração (intenção tratar), seguimento (perda de pacientes durante o estudo), análise
(hipóteses extensas), interpretação (patrocínio), publicação (mais positivo gera mais
publicações) e corporativo (conjunto tendencioso).
Validade Interna: valor P baixo, sem erros sistemáticos graves. Refutação ou aceitação da
hipótese.
FARMACOLOGIA DA DISLIPIDEMIA
Os fármacos hipocolesterolêmicos normalizam o perfil lipídico do sangue. A aterosclerose é
determinada pela presença de LDL (colesterol), que podem levar a infarto agudo do miocárdio,
angina, morte súbita e acidente vascular cerebral. Os estudos revelam que o uso dos fármacos
diminuem o LDL e aumentam o HDL.
O colesterol tem uma estreita relação de obstrução das artérias. Os triglicerídeos são
causadores de pancreatite e em processo degenerativo dos vasos.
COLESTEROL
É captado pelo fígado para formar esteroides ou membranas. Após sua passagem pelo fígado,
ele é convertido em ácidos biliares para emulsionar gorduras ingeridas para que, então, ocorra
a absorção. O colesterol pode ser armazenado pelo fígado, secretado na bile, oxidado em
ácidos biliares ou convertido em VLDL.
TRIGLICERÍDEOS
São fontes de energia. Formados por álcool e ácidos graxos. Eles constituem o tecido adiposo.
LIPOPROTEÍNAS
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Quilomícrons: transportam TG e colesterol aos tecidos. Eles são recaptados pelo fígado.
HDL: absorvem o colesterol da degradação dos tecidos e os transferem para VLDL, LDL e
devolvem para o fígado.
DISLIPIDEMIAS
1 2 1 2 2 1
Lovastatina , Pravastatina , Sinvastatina , Atorvastatina , Rosuvastatina , Fluvastatina .
Ativam receptores PPAR alfa, que fazem regulação da transcrição gênica que resulta na
síntese e degradação de VLDL.
Ezetimiba
A Ezetimiba está na borda em escova e inibe a absorção do colesterol, fazendo sua redução.
Estatinas ↓↓↓↓ ↑↑ ↓↓
HIPERTENSÃO
A hipertensão é definida por uma pressão sistólica maior que 120 mmHg e uma pressão
diastólica maior que 80 mmHg. Ela é resultado do aumento do tônus do musculo liso arteriolar,
aumentando sua resistência e redução da capacidade venosa.
Quando crônica, a hipertensão pode causar doença cardíaca e AVE. É considerada um fator
de risco para a doença renal crônica a insuficiência cardíaca.
As recomendações iniciais para o tratamento da hipertensão são: perder peso, reduzir sal,
alimentação saudável, limitar bebidas alcoólicas e atividade física. São medidas importantes,
mas pouco efetivas.
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ANTI-HIPERTENSIVOS
Diuréticos
Tiazídicos e Congêneres
Eles agem bloqueando a bomba de Na/Cl no Túbulo contorcido distal. Ou seja, eles diminuem
a PA aumentando a excreção de sódio e água. Diminuem a concentração de cálcio na urina.
O volume do plasma volta ao normal com o passar do tratamento, mas o efeito hipotensor
segue.
De Alça
Eles agem bloqueando a reabsorção de sódio e cloreto nos rins. Aumentam a concentração de
cálcio na urina.
Poupadores Potássio
Eles agem bloqueando o transporte de sódio na bomba Na/K do tubo coletor, independentes
de aldosterona.
Antagonistas Adrenérgicos
Bloqueadores Beta
Carvedilol.
Bloqueadores Alfa
Bloqueadores Centrais
Metildopa, clonidina.
Antiadrenérgicos
Reserpina.
Vasodilatadores
Antagonistas de SRAA:
Vasodilatadores Diretos
ANTIEMÉTICOS
A náusea e o vomito são efeitos colaterais de muitos fármacos. Elas são reações que ocorrem
na cinetose, no inicio da gravidez, numerosas doenças, infecções bacterianas e virais.
Êmese: expulsão do conteúdo do TGI pelo esôfago relaxado com contrações do diafragma,
parede torácica e musculatura abdominal. Pode causar desidratação, alcalose metabólica,
sangramento Mallory-Weiss (laceração no cardia) e pneumonia aspirativa.
FÁRMACOS UTILIZADOS
Para o tratamento da êmese, é preciso corrigir o fator causal. Se isso não for possível é
necessário a administração de antieméticos.
Antagonistas Dopaminérgicos
Antagonistas Serotonérgicos
- Prevenção de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia, radioterapia e uso para pós-
operatório.
Anti-Histamínicos
A histamina regula a secreção de ácido gástrico. A histamina pode se ligar a vários receptores
específicos (H1, H2, H3, H4). No estomago temos a ação dos anti-histamínicos H2.
Obs. O uso de Prometazina administrada IV deve ter cuidado, pois pode causar necrose do
tecido.
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Antimuscarínicos
Escopolamina (Buscopan)
Receptores Canabinóides
- Profilático em pacientes que usam quimioterápicos quando antieméticos não são eficazes.
LAXATIVOS
Medicamentos que Causam Constipação: derivados do ópio, anticolinérgicos, propranolol,
clonidina, sais de ferro e anti-histamínicos.
São utilizados para compactação fecal, em pacientes geriátricos, para limpeza intestinal e em
casos de hemorroida.
FÁRMACOS
Fibras e Suplementos
Psyllium.
- Se ligam a água e aumentam o volume fecal. Estimulam o peristaltismo, deve-se ingerir com
líquidos.
- Moléculas solúveis não absorvíveis que retém água no intestino por ação osmótica. Distensão
das paredes do intestino. Fazem a hidratação fecal.
Aumentam as secreções de água e eletrólitos. Uso em cirurgias, hérnias, idosos, casos não
urgentes.
Agentes Lubrificantes
Óleo Mineral
Lubrificam as fezes. Usado para a expulsão de parasitas, hemorroidas e fissuras anais. Reduz
a absorção de vitaminas lipossolúveis (K, A, D, E).
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Uso rico de laxantes pode desequilibrar o balanço hidroeletrolítico, causar arritmias,
hipocalemia, dependência ao uso.
ANTIDIARREICOS
A diarreia é uma alteração do hábito intestinal, caracterizada pelo aumento do número de
evacuações e diminuição da consistência fecal. É a forma do organismo eliminar toxinas e
elemento estranhos.
Fármacos Antimotilidade
Difenoxilato e Loperamida
Adsorventes
Salicilato e Bismuto
ASMA
A asma é causada por broncoconstrição dos alvéolos, com presença de edema inflamatório.
Há fatores desencadeantes e não existem medidas não farmacológicas para reduzir a crise
asmática. A asma não é progressiva, mas pode causar remodelamento das vias, aumentando
a incidência e gravidade.
Terapia: controla sintomas, permitir atividades normais, reduzir medicamento de alivio, evitar
emergências e morte.
ANTIASMÁTICOS
Imunomodulador: anti-IgE
BRONCODILATADOR
Simpaticomiméticos
Agonista beta 2
Relaxa brônquios, aliviando a broncoconstrição aguda. Alivio rápido dos sintomas – controle a
longo prazo.
Beta 2 de Longa Ação: Usada em casos de asma persistente moderada e grave, dando
alivio de 12h. Reduzem exacerbação. Formoterol, Salmeterol.
Beta 2 de Curta Duração: rápido inicio (5-30 minutos), alívio de 4-6h. Salbutamol,
levossalbutamol.
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Xantinas
Pode causar: cefaleia, náusea, vômito, refluxo – efeitos em vários sistemas por conta do
acumulo AMPc.
Parassimpaticolíticos
Bloqueadores Muscarínicos
Não muito usados. Pouco absorvidos pela via respiratória. Bloqueia produção de muco.
Adicional ao simpático.
Corticoides
Podem causar: deposição na mucosa pode causar candidíase orofaríngea e rouquidão (lavar a
boca após o uso).
Moduladores Histamina
Antagonistas Leucotrienos
Não devem ser usados caso seja preciso broncodilatação imediata. Eficácia menor. Reduz
eosinófilos. Raros efeitos adversos.
Omalizumabe
Usado em pacientes com alto uso de corticoides e que continua tendo crises.
DPOC
Doença obstrutiva crônica e irreversível do fluxo aéreo. Sem componente inflamatório crônico.
Geralmente é recorrente do tabagismo. Responde a broncodilatadores e corticoides.
Sintomas: tosse, produção excessiva de muco, compressão torácica, falta de ar, fadiga.
BRONCODILATADORES
CORTICOSTEROIDES
ANTIULCEROSOS
Ulcerações Pépticas: duodenal e gástrica.
Doença do Refluxo Gastresofágico: suco gástrico lesiona esôfago.
Síndrome de Zollinger-Ellison: tumor secretante de gastrina.
Prostaglandinas (PGE2 e PGI2): são produzidas pelas células do TGI e exercem efeito
citoprotetor da mucosa gástrica. Inibem a secreção de ácido e estimulam a secreção de muco
e bicarbonato. O Misoprostol é um análogo que ser para a prevenção de úlceras, não devendo
ser usado na gravidez.
Fatores de Proteção: fluxo sanguíneo pela mucosa, secreção de muco que faz a retenção de
bicarbonato.
ÚLCERA PÉPTICA
90% dos casos são causados por Helicobacter pylori. São usados AINES (anti-inflamatórios
não-esteroide).
Causas
A hérnia de hiato é uma fraqueza do diafragma onde há a abertura desse músculo para
passagem esôfago. É caracterizada por um alargamento, que permite que o estômago deslize
em direção ao tórax.
O tratamento é feito para diminuir a secreção de ácido gástrico – inibidor da bomba de próton e
antagonista de H2 – neutralizar o ácido secretado com antiácidos e promover a citoproteção –
mucoprotetores e análogos das prostaglandinas.
FÁRMACOS UTILIZADOS
Antimicrobianos
Amoxicilina e Claritromicina.
Não é feito sozinho, deve ser usado com outros fármacos, pois sozinho pode resultar em
resistência microbiana.
Antiácidos
Bases fracas que reagem com o ácido formando água e sal diminuindo a acidez e reduzindo a
atividade da pepsina (inativada em pH acima de 4). Podem promover a cicatrização de úlceras
duodenais.
ANTIARRÍTMICOS
Arritmia é a anormalidade na formação e condução do impulso no miocárdio. Pode ser causada
por anormalidade no automatismo ou por uma atividade desencadeada, mas também pode
haver anormalidade na condução do impulso.
Automatismo Anormal
DIAGNÓSTICO
FÁRMACOS ANTIARRITMICOS
Podem modificar a geração e condução de impulsos. Varios dos antiarritmicos são pró-
arritmicos.
1 1 1 2 2
Quinidina , procainamida , disopiramida , lidocaína , mexiletina , flecainida,
3
propafenona , fenitoína, tocainida, , encainida,.
Bloqueiam canais de sódio voltagem-sensíveis. Eles se ligam aos canais abertos ou inativados
rapidamente, bloqueando a célula que recebe frequencia alta (uso-dependencia).
Farmacologia I – Virgínia Leonardi Dambros ATM 2025/1
1
IA : impedem refluxo de sódio, inibindo canais de potássio e bloqueando canais de
cálcio. Podem causar sintomas de cinchonismo.
2
IB : associam e dissociam dos canais de sódio, manifestam-se nas células cardiacas
despolarizadas. Uteis para arritmias ventriculares. Podem causar sedação, fala
enrolada, convulsões.
3
IC : dissociam lentamente dos canais de sódio em repouso, retardam a condução do
tecido cardíaco não bloqueando canais de potássio. A propafenona é usada em flutter
arterial e taquicardia supraventricular.
Betabloqueadores – Classe II
Uteis para taquiarritmias causadas por aumento da ativinade simpática, flutter e fibrilação atrial
e taquicardia de reentrada no nó AV.
DIURÉTICOS
Fármacos que aumentam o volume de urina excretado. 16 a 20% do plasma sanguíneo é
filtrado pelos capilares glomerulares e é encaminhado para a cápsula de Bowman. O filtrado é
livre de proteínas e células do sangue, mas contem componentes plasmáticos – glicose,
bicarbonato de sódio, aas e solutos orgânicos.
Os rins regulam a composição iônica e o volume urinário por reabsorção ativa, secreção de
íons e reabsorção passiva de água.
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FÁRMACOS
Tiazídicos e Correlatos
Tiazídicos
Clorotiazida, Hidroclorotiazida.
Tipo Tiazídicos
Podem aumentar o fluxo sanguíneo renal. Usados para edema pulmonar e edema periférico
agudo ou crônico.
Poupadores de Potássio
Antagonistas da Aldosterona
Espironolactona e Eplerenona.
+
Usados quando há retenção de Na por conta do alto nível de aldosterona, então eles
+ +
antagonizam a atividade da aldosterona, retendo K e excretando Na . Não são diuréticos
eficazes.
Triantereno e Amilorida
+ + +
Bloqueiam canais de transporte de Na , diminuição de Na /K . Não são diuréticos muito
eficazes.
+
Podem causar: excesso de ácido úrico, cálculos renais e retenção de K .
Acetazolamida
+ + -
Inibe a anidrase carbônica, diminui a troca Na /H resultando em uma leve diurese. HCO3
retido alcaliniza a urina. Causa acidose metabólica hiperclorêmica.
DIURÉTICOS OSMÓTICOS
São usados em casos de ingestão de substancia toxica que pode causar insuficiência renal,
pois aumentam a diurese. Tratamento para a pressão intracraniana, insuficiência renal,
toxicidade por choque ou traumatismo.
- Quando o DC cai, o fluxo sanguíneo renal também cai, estimulando a liberação de renina
ativando o SRAA, aumento a RVP e retenção de sódio e água.
- Ocorre hipertrofia: as câmaras dilatam e o estiramento das fibras cardíacas causam uma
maior força de contração inicialmente, depois elas se tornam fracas diminuindo a capacidade
de ejeção. Redução da força do ventrículo e da parede ventricular.
INIBIDORES DA SRAA
Captopril, fosinopril.
Losartana, Candesartana.
- Podem causar: iguais aos IECAs, mas não causam tosse seca e angiodema.
Antagonistas da Aldosterona
Eplerona, espironolactona.
IONOTRÓPICOS
DIURÉTICOS
VASODILATADORES
BETABLOQUEADORES
ANTIDEPRESSIVOS
DEPRESSÃO
Doença que afeta bem-estar físico e mental, altera o sono, apetite, interesse sexual e peso. Os
sintomas são redução do humor, perda de interesse, melancolia, pessimismo, auto-
depreciação e impulsos suicidas. Pode desenvolver a partir de gatilhos: separação, morte de
uma pessoa próxima, perda de emprego.
Exógena (reativa): causada por fator externo – acidentes, perda de entes queridos.
Maior: independente de fator externo. Grave. “Defeito” nos neurotransmissores. Sem cura.
Humor deprimido e perda de interesse e todas as atividades – insônia, auto-depreciação,
excesso de culpa, fadiga e redução da capacidade de pensar e concentração.
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TEORIA DA MONOAMINA
TEORIA DO BDNF
TEORIA DO GLUTAMATO
TEORIA DA NEUROIMUNOENDÓCRINA
Níveis altos de cortisol são encontrados, eles se ligam ao cérebro. Dizem que há desordem dos
receptores glicocorticoides e mineralocorticoides.
TRATAMENTO
FARMACOS
Inibem a captação de noradrenalina e 5HT. A maioria tem ação prolongada. NÃO deve ser
utilizada com IMAO. Não devem ser usados em casos de glaucoma. Janela terapêutica
pequena.
- Podem causar: sedação (bloqueia H1), boca seca, visão turva, constipação, mania e
convulsões, hipotensão, arritmias, convulsões, coma e depressão respiratória.
Farmacologia I – Virgínia Leonardi Dambros ATM 2025/1
São indicados para tratamento de depressão e ansiedade. Fármacos de ultima escolha para o
tratamento devido ao risco de interação entre fármacos e alimentos.
Menor toxicidade que o IMAO e ADT. São os antidepressivos mais prescritos. Inibem a
captação de norepinefrina e serotonina não seletivamente. Atividade bloqueadora de
receptores muscarínicos, alfa adrenérgicos e H1 histamínicos.
Deve-se usar com cautela em crianças: 1 a cada 50 crianças se torna suicida por conta do seu
uso.
- Podem causar: náusea, insônia, hipotensão ortostática, sedação, xerostomia, visão turva e
disfunção sexual.
Citalopram: cipramil, parmil. Não deve ser usado junto com MAO. Usada em idosos
apesar da farmacocinética alterada e idosos. Pode causar sonolência, náusea, boca
seca, disfunção sexual e prurido.
Fluoxetina: eufor, deprax, fluxene, nortec, prozac, verotina. Usar com cuidado em
diabéticos, epilépticos e polifarmácias. Aprovada para uso em casos de bulimia. Podem
causar insônia, ansiedade, redução da libido, hipertensão, etc.
Paroxetina: aropax, pondera, cebrilin. Usar com cautela em diabéticos. Alternativa para
os idosos. Pode causar tontura, boca seca, constipação, visão borrada e distúrbios de
ejaculação.
Sertralina: zolof, novativ, tolrest. Pode causar sonolência, insônia, distúrbios de
ejaculação, redução da libido, visão borrada, náusea. Segura para idosos.
Antidepressivos Atípicos
Bupropiona
Mirtazapina
Nefazodona e Trazodona
Antidepressivos tetracíclicos
CARDIOPATIA ISQUÊMICA
Aterosclerose: causa principal da cardiopatia isquêmica. Formação de placa de gordura nas
artérias (estenose). Se há rompimento na artéria ocorre infarto.
Hipertensão
Dislipidemias
Diabetes
Metformina: SU e TZD.
GLP-1 RA: GLP1 RA (exatinida, dulaglutida, semaglutida e liraglutida).
DPP-4 I: SGLT2 I
Insulina
Prevenção Primária: cessar tabagismo, tratar hipertensão. Uso de estatina. AAS vem sendo
colocadas de lado. Vitaminas não possuem efeitos.
Angina Pectoris
- Se tem troponina no sangue, houve necrose, houve infarto. Normalmente ela só está no
musculo cardíaco.
Betabloqueadores
Metoprolol, atenolol
Devem ser evitados em pacientes com bradicardia grave, podem ser usados em diabéticos,
doença vascular periférica, DPOC. A dosagem deve ser diminuída gradativamente (rebote).
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Bloqueadores de Cálcio
Verapamil, Diltiazem.
Inibem fluxo lento de cálcio no nodo AV, musculatura lisa arteriolar e miocárdica protegendo o
tecido. São vasodilatadores, diminuem o tônus da musculatura lisa e a resistência vascular.
Baixam a PA.
Ideal para uso de pessoas asmáticas que não devem usar betabloqueadores.
Outros Antianginosos
Analgesia
Morfina, oxigenoterapia.
Opióides: terapia antiga, benefícios para dor, ansiedade e atividade simpática. Diminui
isquemias.
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Reperfusão
Trombolítico ou angioplastia
A angioplastia de resgate não reduz mortalidade só reduz chance de novo infarto. Em menos
de 90 minutos ela é uma estratégia preferencial.
Anticoagulante
Heparina
Antiplaquetários
Aas, Clopidogrel.
AAS reduz 25% isolado. Pode associar aos tienopiridínicos, reduzindo em 42%. Podem ser
usados inibidores de IIb/IIIa.
Proteção Miocárdica
Não é feita a reperfusão precoce, trombolíticos não tem beneficio, demais medidas são
efetivas. Betabloqueadores e nitratos reduzem isquemia, reduzindo a dor. Morfina só reduz a
dor. Manutenção do Clopidogrel.
Prevenção Secundária: 10% da mortalidade em depois de um ano. Depois reduz para 2-5%.
Sono
Sonolência / Latência (Estágio I): período inicial. Cerca de 30 minutos. Depois desse período
ocorrem ciclos de cerca de 90 minutos.
- Durante cada ciclo a pessoa vai do estágio I para o sono profundo (estágio III e IV). As
características desses estágios são a depressão das funções corporais, ausência de
movimentos rápidos dos olhos (não-REM) e ausência de sonhos -> restauradores.
- Durante esses estágios ocorrem reparo tecidual, síntese proteica de musculo esquelético e
secreção de GH. Há redução da temperatura corporal, taxa metabólica, consumo de glicose e
hormônios catabólicos.
Estágio IV: período de 5-20 minutos de sono REM, sonhos e alta da atividade fisiológica.
- O sono REM é mental e emocionalmente restaurador, a supressão dele pode gerar psicose.
Consistem cerca de 25% do sono.
Insônia
Psicopatias (30%);
Psicofisiológicos (20%);
Uso de álcool e drogas (15%);
Apneia do sono (10%);
Patologias clinicas (10%).
ANSIEDADE
Patológica
Fobia Social: preocupação excessiva com opinião de outros, temor à humilhação. Aversão ao
público e algumas situações.
FÁRMACOS ANSIOLITICOS
Aliviam estado emocional, não curam. Reestabelecem uma normalidade permitindo que a
causa seja enfrentada.
Benzodiazepínicos
Substituíram os barbitúricos. Tem baixa toxicidade por sobredose, não produzem indução
enzimática, ou seja, tem baixo potencial de interações e baixa influencia no sono REM.
- A potencia desses fármacos é relacionada à sua lipofilia e a duração com seu metabolismo.
Diazepam
Clobazam
Clonazepam
Midazolam
Tricíclicos: ação curta e alta potencia. Maior potencial para causar dependência.
Absorção
Meia-vida Longa: suas vantagens são doses menos frequentes, menor variação plasmática e
abstinência menos severa; suas desvantagens são acumulo do fármaco, risco de
comprometimento psicomotor diurno e sedação diurna.
Dependência
- A retirada deve ser feita de forma gradual. 50% reduzido rapidamente, 25% lentamente e os
25% mais lentamente ainda.
Flumazenil (imidazobenzodiazepínico).
Outros Ansiolíticos
Não apresenta sedação, dependência, prejuízo cognitivo, dependência física, tolerância e não
interage com álcool. Demora duas semanas ou mais para fazer efeito. Eficácia não
comprovada em crianças.
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Agonista parcial de receptores SER 5HTIA: reduz frequência de disparos do neurônio
serotonérgico pré-sináptico.
Zolpiden: tratamento de insônia a curto prazo (7-10 dias). Efeitos de 6-8 horas. Poucos
efeitos colaterais como sonolência diurna, tonteira, náusea, diarreia. Não pode ser
associado ao álcool.
Zopiclona: tratamento de insônia. Podem causar boca seca, gosto amargo e cefaleia.
DIABETES MELLITUS
Diagnóstico
HbA1c
Pré-diabetes: 5,7-6,4%
Diabetes: +6,5%
- A mudança de estilo de vida ajuda muito a prevenir a evolução de pré-diabetes para diabetes,
é mais eficaz que o uso da Metformina.
Farmacologia I – Virgínia Leonardi Dambros ATM 2025/1
- Reduzir a glicose não é o objetivo principal do tratamento. Objetivo mesmo é reduzir
sintomas da doença, prevenir complicações agudas e crônicas (micro e macrovasculares) e
reduzir a taxa de mortalidade.
- Controle da glicemia: dieta, exercícios, medicação. Tratada com mais rigor em casos de
condições presentes como a dislipidemia, hipertensão e obesidade.
Insulinas
O uso de insulina exógena serve para controle da hiperglicemia, evitar a cetoacidose e manter
os níveis de hemoglobina glicosilada (HbA1c). o objetivo no DM1 é manter a glicemia o mais
próximo do normal e evitar oscilações da mesma.
Aplicadas subcutâneas: no braço, abdome, coxas, nádegas, mudando o sítio para evitar dor.
Biguanida - VO
Metformina
Aumenta a captação e uso de glicose pelos tecidos, diminuindo a resistência a insulina. Não
promove a secreção de insulina. Reduz gliconeogênese hepática, retarda absorção intestinal
de açúcar.
Sulfonilureias - VO
Tem rápido inicio de ação, bom custo beneficio e boa tolerabilidade. Riscos de hipoglicemia e
principalmente em jejum. Geralmente é administrada com Metformina. Pacientes que não
toleram Metformina geralmente toleram esses medicamentos em baixa dose.
Glinidas - VO
Repaglinida e Nateglinida
São secretagogos – promovem a liberação de insulina pelas células beta pancreáticas. São
mais caros. Menos hipoglicemia que a sulfonilureias, levam ao ganho de peso. Não são
fármacos de primeira escolha e não demonstram efeitos na prevenção de doenças
cardiovasculares.
Tiazolidinedionas - VO
Rosiglitazona e Pioglitazona
Inibidor Alfa-Glicosidase
Acarbose
Incretinas
GLP1 e GIP
Agonistas GLP1
Inibidores DPP IV
Amilinomiméticos
Pranlintida
Pouco usadas.
Inibidor SGLT2
SGLT2: receptor no túbulo proximal renal que reabsorve glicose. Efeito pequeno na
hemoglobina glicada auxilia na redução de peso e PA. Efeito diurético.
ANTICONVULSIVANTES
Epilepsia é um transtorno crônico recorrente podendo ter ou não a presença de convulsões,
causado por alterações das atividades elétricas cerebrais. As crises podem ocorrer de maneira
generalizada ou focal.
Ela pode iniciar em uma área e se expandir para o cérebro. Ocorre salivação e contrações
musculares.
Crise convulsiva clássica: perda repentina de consciência, pessoa cai e o corpo fica tenso e
retraído. Olhos viram para cima, lábios e dedos ficam arroxeados. Pode haver perda do
controle dos esfíncteres. A vítima se recupera lentamente. Pode haver confusão mental após a
crise.
Causas das convulsões: febre alta, intoxicação, overdose de drogas, abstinência alcoólica,
hipertensão na gravidez, epilepsia e lesões cerebrais.
Objetivo do Tratamento
Melhorar a qualidade de vida para o paciente, pelo alcance de adequado controle de crise com
mínimos efeitos adversos. O tratamento é individualizado. Na maioria dos casos um fármaco é
suficiente, 20% dos casos necessitam de combinações medicamentosas.
+ +2
Reduzem as crises bloqueando canais de Na e Ca que potencializa impulsos inibitórios
gabaérgicos e interfere na excitação do glutamato. Não cura, nem previne, só suprime.
- A maioria dos fármacos antiepiléticos não são indicados na gravidez. Podem causar má-
formação nos fetos. A maioria é excretado no leite e consegue atravessar a barreira
placentária.
FENOBARBITAL (GARDENAL)
Focal e generalizado. Pacientes com crises incontroláveis com outros fármacos. É uma
possibilidade. Pode ser administrado em crianças com doses menores. VO, EV, IM. Janela
terapêutica é pequena e necessita acompanhamento com frequência.
FENITOÍNA
Fármaco inicial de escolha. Ele é usado também para tratamento de arritmias. Inicia com dose
de ataque e depois adiciona-se a VO. Uso crônico pode causar hiperplasia gengival. As
desvantagens são seus efeitos adversos e suas limitações para uso crônico. Janela terapêutica
é pequena e necessita acompanhamento com frequência.
CARBAMAZEPINA
BENZODIAZEPÍNICOS
Se ligam aos receptores GABA para reduzir a taxa de disparo. São reservados para
emergência ou tratamento de crise aguda, devido a tolerância.
GABAPENTINA
Utilizada em conjunto com outros fármacos. É um análogo do GABA com mecanismo de ação
desconhecido.
LAMOTRIGINA
Usada em conjunto com outros fármacos. Inibe glutamato e aspartato. Bloqueia canais de
cálcio voltagem-dependentes. O aumento é feito de maneira gradativa – variando de 100 a
200 mg. Redução gradativa também.
ETOSSUXIMIDA
VIGABATRINA
Inibe o GABA e aumenta níveis sinápticos dele no cérebro. Não responde ao tratamento de
outros fármacos esse é utilizado. Podem causar irritabilidade, insônia, distúrbios psiquiátricos.
TOPIRAMATO
LEVETIRACETAM
Tratamento para crises focais. Perfil farmacocinético favorável. Menos efeitos adversos e
menor interação com outros fármacos.
OXCARBAZEPINA
PRIMIDONA
Hipomania: alterações moderadas que podem ou não causar problemas graves nos
indivíduos.
Mania: episódios mais intensos, comprometimento de vida do paciente e convivência
familiar.
TIPOS DE TAB
Objetivo do Tratamento: melhorias a curto e longo prazo para diminuir impacto da doença.
Requer planejamento a longo prazo – atingir a remissão de sintomas de humor, prevenir a
ocorrência de novos episódios.
ESTABILIZADORES DE HUMOR
Carbonato de Lítio
ANTIPARKINSONIANOS
Intitulada de paralisia agitante. Presença de movimentos involuntários tremulantes, diminuição
da força muscular, inclinação do corpo pra frente – perda do centro de equilíbrio –, alteração da
marcha (festinação), sentido e intelecto não afetados inicialmente.
ANTICOLINÉGICOS
Atropina e Escopolamina
Bloqueio da Transmissão Muscarínica Central
Tem janela terapêutica menor com efeitos adversos impactantes. São mais tóxicos, não são
muito usados, mas foram considerados.
ANTICOLINÉRGICOS CENTRAIS
Desvantagens: muitos efeitos colaterais e são usados somente para tratar sintomas iniciais,
ou seja, tem baixa eficácia.
Podem ser usada associada a outros medicamentos, para reduzir efeitos colaterais e que
também impedem a conversão de levodopa em dopamina nos tecidos periféricos aumentando
a concentração de dopamina no SNC.
Usados o mais tarde possível, porque seus efeitos duram de 5-7 anos.
Pode aparecer fenômenos “on” “off” – piora dos sintomas durante os períodos em que o
medicamento não é utilizado, principalmente a noite (“off”) ou em movimentos anormais
durante o dia (“on”). Para corrigir isso, é recomendada a dose menor e mais frequente durante
o dia.
Cautela: pacientes com doença cardiorrespiratória. Não deve ser usado por gestante. Não se
sabe se há secreção no leite materno.
Amantadina
Antiviral usado para tratamento de influenza A e que possui atividade Antiparkinsoniana, com
mecanismo não conhecido. Altera liberação de dopamina no estriado e tem propriedades
anticolinérgicas.
Tratamento inicial para pacientes com a doença branda e pode ser coadjuvante para levodopa
que apresentem flutuações e discinesia. Eficácia de mesma ordem que os anticolinérgicos.
AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS
Bromocriptina, Pramipexol
Bromocriptina (Parlodel)
Inicialmente, pode ocorrer hipotensão. Uso prolongado está associado a fibrose das válvulas
cardíacas, por isso é feito controle com ecocardiograma.
- Pode causar: cefaleia, tontura, náusea, vomito, fadiga, anorexia, constipação e congestão
nasal.
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Pramipexol (Sifrol)
INIBIDORES DA MAO-B
Selegilina
INIBIDORES ENZIMÁTICOS
Talcapona e Entacapona
ANTIPSICÓTICOS - Esquizofrenia
Patologia do SNC. A etiologia não é completamente conhecida, a doença é considerada um
distúrbio do SNC. Acomete adolescentes e é uma doença crônica.
Produzem sedação, não deprimem a consciência e os centros vitais. Não causam tolerância,
vicio ou abstinência. No entanto, a suspensão subida pode causar efeitos colaterais – gastrite,
náusea, diarreia, cefaleia, insônia e pesadelo.
Esses fármacos não curam doença, só buscam ajudar na inserção do individuo na sociedade.
Típicos
Tioridazina (Melleril): inibidor da dopamina sem ação especifica. Menor efeito autonômica e
sedação. Maiores efeitos extrapiramidais.
Droperidol: uso hospitalar, administração injetável. Tem ação curta. Indicado para psicose
aguda com agressividade. Usado com cuidado em pacientes com problemas cardíacos.
Atípicos
Menor incidência de SEPs, mas possuem maior risco de efeitos adversos metabólicos como
diabetes, hipercolesterolemia e aumento de massa corporal. Maior eficácia sobre os efeitos
negativos e maior efeito sobre a prolactina.
Efeitos Colaterais em Geral: boca seca, constipação, visão turva, sedação, baixa PA,
distonia, acatisia, Parkinsonismo.
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CORTICOIDES
INFLAMAÇÃO
Cinco pilares: calor, rubor, tumor, dor e perda funcional. É um acumulo de proteínas de defesa
e reparação no sítio lesado. Ocorre vasodilatação e exsudação, tentando compensar a quebra
da homeostasia.
Cox 1: presente em todos os tecidos normais, faz a citoproteção gástrica, fluxo renal,
agregação plaquetária.
Cox 2: induzida pela inflamação, expressa nos rins e cérebro. Traz o surgimento da dor e
febre.
Cortisol
Hipotálamo libera a substancia que promove a liberação de ACTh que estimula o córtex
adrenal liberando o cortisol. Ele interage com um receptor que muda de conformação entrando
na célula e promovendo a liberação e síntese de proteínas anti-inflamatórias. Produção diurna.
TERAPIA
Indicada para manifestações responsivas – nem toda inflamação tem resposta importante para
corticoides, então não tem porque prescrever. Apenas após medicamentos de menor risco,
quanto menor o tempo melhor, doses menores são eficazes. O objetivo da terapêutica é a
melhora sintomática. Suspensão precisa ser lenta e gradual para permitir a reativação do eixo
hipotálamo-hipófise-adrenal – com a terapêutica temos feedback negativo desse eixo.
INDICAÇÕES
Além de: síndrome do túnel do carpo, Asma, DPOC, Sarcoidose pulmonar, estridor pós-
extubação, difteria, meningite bacteriana (+ antibiótico), faringite aguda, esclerose múltipla,
osteartrose, dor ciática, hérnia de disco, doença de Crohn, PTI, gestação (desenvolvimento
pulmonar – indução de surfactante), hemangiomas cutâneos (regressão), pênfigo bolhoso,
psoríase, dermatites em geral, eczema, síndromes nefróticas, rinite alérgica, sinusite, sepse.
DOSES
ARTRITE REUMATÓIDE
Anticorpos contra o colágeno. Existem fármacos que podem provocar lupus – Procainamida,
hidralazina, d-penicilamina.
CORTICOSTEROIDES
Os receptores dos corticosteroides estão presentes nos rins, colo, glândulas salivares e
sudoríparas. Seus efeitos são imediatos. Ex: relaxamento da musculatura brônquica.
Quando administrados por via oral, eles são facilmente absorvidos. Também há a possibilidade
de uma administração intravenosa, intramuscular, inalação ou aplicação intra-nasal.
Glicocorticoides
Alivio sintomático para artrite reumatoide e atua como ponte até que o DMARs se torne eficaz.
Mineralocorticoides
ANTI-HISTAMÍNICOS
Alergia: asma alérgica, dermatite atópica, anafilaxia etc. efeito menor que os glicocorticoides.
Histamina: mensageiro químico dos mastócitos, ele regula reações alérgicas e inflamatórias. A
histamina está presente em todos os tecidos.
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ANTI-HISTAMÍNICOS H1
Eles bloqueiam a resposta mediada pelo receptor no tecido alvo. Os anti-histamínicos inativam
o receptor H1, tem ação preventiva e pouca ação curativa. Boa eficácia em prurido –
hidroxizina e difenidramina.
- Podem causar: sedação, secura da passagem nasal e bucal, visão turva e retenção urinária.
FARMACOLOGIA DA OBESIDADE
O tratamento farmacológico da obesidade é ineficaz.
2
IMC = peso (kg) / altura (m)
Exercícios: não é eficaz para perda de peso em si quando isolado. Tem outros benefícios.
Dieta: baixa em carboidratos leva a maior perda de peso. Redução de gordura e triglicerídeos
não muda gordura corporal.
Balão Intragástrico: na pratica não funciona. O balão é colocado no estomago para dar
sensação de saciedade.
Cirurgia Bariátrica: parte do estomago se torna “inútil” só servindo para secreções gástricas,
liga parte do intestino ao estomago – by-pass. E existe a bariátrica que retira parte do
estomago.
TRATAMENTO NEOCLASSICO
Orlistate
Sibutramina (Serotoninérgico)
Ribunabanto
Agonista da Serotonina
Fentermina, Dietilpropiona
A dietilpropiona tem efeito simular sobre a norepinefrina, porém após o uso do fármaco atinge-
se um platô.
OUTROS TRATAMENTOS
Maior impacto médico e social. É melhor absorvido de estomago vazio. Induz tolerância aos
efeitos clínicos – embriaguez. Não há resistência ao álcool e sim a embriaguez. O alcoolismo
diminui a expectativa de vida entre 10-15 anos.
Tratamento
- Soro fisiológico: água e açúcar – repõe água do efeito diurético do álcool e aumenta glicose.
CIGARRO
Maior causa de morte evitável. 10 anos de uso reduzem em 5 anos a expectativa de vida.
“Vantagens”: Excita o SNC, aumenta atenção e memória, reduz apetite e irritabilidade. Tem
tolerância parcial.
Tratamento
MACONHA
Ilícito mais usado no Brasil. Usado para bem-estar, relaxamento, aumento de percepções e
risos imotivados. Traz prejuízo na concentração, memória e julgamento, causa alucinações,
ilusões, paranoia, ansiedade, irritabilidade, taquicardia.
Traz leve tolerância e dependência. Risco de câncer de pulmão. Pode levar a síndrome da
desmotivação e psicose.
O THC pode produzir euforia, sonolência e relaxamento. É usada para obtenção de efeitos
alucinógenos, embora não seja a droga mais potente para isso.
A abstinência ocorre tardiamente, pois a maconha pode ser encontrada no organismo até 3
meses depois do uso em usuários “pesados”. A tolerância pelos usuários ocorre rapidamente.
As crises de abstinências podem ser marcadas por depressão, dores e irritabilidade.
Efeitos de Uso Crônico: bronquite crônica, DPOC, progressão da Aids, câncer de mama e
agravamento de doenças mentais.
Farmacologia I – Virgínia Leonardi Dambros ATM 2025/1
Medicinal: glaucoma, náusea, anorexia da AIDS, dor crônica, inflamação, esclerose múltipla e
epilepsia.
COCAÍNA
Intensas sensações agradáveis que estimulam a repetição do uso. Sem tolerância, altos níveis
de abstinência. Tratamento de dependência e abstinência com psicoterapia, benzodiazepínicos
de dose alta e antipsicótico em altas doses.
AINES e ANALGÉSICOS
Aliviam dores leves a moderadas, reduzindo a temperatura corporal em estado febril.
Cox1: aas com maior tamanho. O espaço dentro dela para o fármaco é menor.
Cox2: aas com menor tamanho. O espaço dentro dela para o fármaco é maior.
Analgésico: a nível SNC, aliviam a dor sem causar entorpecimento ou perda de consciência.
Antipiréticos: eliminam ou aliviam estados febris, não baixam a temperatura. Não eliminam o
agente causador.
ANTIPIRÉTICOS
Paracetamol e Dipirona
Paracetamol (acetaminofeno)
Efeito similar ao aas, mas tem efeito anti-inflamatório fraco. Não é um fármaco ácido, não
penetra muito bem o tecido inflamado. Afinidade ao Cox3. É útil para quem não pode tomar
aas. Não causa efeitos a nível de TGI.
Um dos fármacos mais seguros do mercado, mas é muito metabolizado no fígado produzindo
metabolitos hepatotóxicos, mas o fígado mesmo produz substancias antídotos para isso.
Quando ultrapassa doses terapêuticas ocorre hepatotoxicidade (10-15g).
Dipirona
PROSTAGLANDINAS x AINES
Todos os AINEs atuam inibindo a síntese de prostaglandinas. Elas são compostos produzidos
minimamente por todos os tecidos. Em geral, elas atuam onde são sintetizadas e são
metabolizadas rapidamente em seus locais de ação. Os tromboxanos e leucotrienos são
sintetizados a partir dos mesmos precursores que as prostaglandinas.
Eles atuam como sinalizadores locais que fazem o ajuste fino da resposta de um tipo celular
especifico. As prostaglandinas tem papel importante na modulação da dor e febre. Também
controlam a produção de muco e secreção de ácido no TGI, a contração uterina e o fluxo
sanguíneo renal.
AINES
Sem núcleo esteroide. Isentos de prescrição medica. Efeito analgésico, antitérmico e anti-
inflamatório. Atuam a nível de Cox1, Cox2. Agem de forma não seletiva ou com seletividade.
Reduzem prostaglandinas.
Ácido Acetilsalicílico
Alivio de dores de intensidade leve e moderada, febre e inflamação. Faz a profilaxia para IAM e
AVC. Ele é anti-inflamatório somente em altas doses.
Ibuprofeno
Maior tolerância pelo TGI, menor incidência de alergia e não altera excreção de ácido úrico.
Mais tolerado que o aas. Pode ser usado para febre.
Naproxeno
Efeito 12x maior que o aas. Um dos AINES que é melhor tolerado. Indicado para artrite juvenil,
osteoartrite, dor, bursite e gota aguda. Pode ser usado para febre.
Cetoprofeno
Flurbiprofeno
Indometacina
Farmacologia I – Virgínia Leonardi Dambros ATM 2025/1
Indicado para tratar artrite reumatoide moderada a grave, psteoartrite e artrite gotosa aguda.
Cetorolaco - Toragesic
Analgésico potente e um anti-inflamatório moderado. Limitado a 5 dias para dor aguda por ser
um analgésico a nível de opioide. Amplamente empregado para pós-operatório. Contra-
indicado para pacientes com sensibilidade ao aas.
Diclofenaco
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
A morfina é a substancia mais ativa do ópio – nome derivado de Morfeu (Deus grego dos
sonhos). A obtenção do ópio se dá a partir da papoula.
A codeína é a substancia menos poderosa do ópio. É usada como medicamento para a tosse.
Dor: experiência sensorial e emocional desagradável relacionada com lesão tecidual real ou
potencial.
COMO MANEJAR?
Primeiro é indicado um AINE. Caso a dor não cesse, usa-se um opióide fraco conjuntamente
com um AINE. E em caso de continuação, usa-se um opióide forte.
Proteínas localizadas nos neurônios onde os opióides se ligam e iniciam uma resposta –
peptídeos opióides endógenos.
Elas estão amplamente disseminadas no SNC. No SN sua distribuição não é uniforme: estão
localizadas nas áreas de dor.
RECEPTORES OPIÓIDES
Os opióides aliviam a dor por se ligarem aos seus receptores presentes no encéfalo e medula.
Há poucos receptores espalhados na periferia.
FARMACOS OPIOIDES
Agonistas
SNC: fazem analgesia, sedação (não são hipnóticos), causam euforia e disforia, podem trazer
alucinações, tolerância.
Farmacologia I – Virgínia Leonardi Dambros ATM 2025/1
Sistema Cardiovascular: bradicardia pela redução do tônus simpático, vasodilatação periférica
(libera histamina).
Morfina
Atua nos quatro receptores opióides, mas tem mais afinidade aos kappa e menos ao mu. Seu
pior efeito é a depressão respiratória central – principal causa de morte. Na periferia pode
causar náusea, vomito, constipação, miose e hipotensão.
Petidina - Dolantina
Fentanila
Substancia sintética. Mais ativo e lipofílico que a morfina. Forte analgésico. Ação ultracurta.
Auxilia anestesia. Está disponível em adesivo transdérmico para dor em câncer avançado.
Metadona
Agonista dos receptores mu. Potencia analgésica que aumenta em 100% o limiar da dor.
Usada para tratar abstinência. Consegue atravessar a barreira placentária. Usada para alivio
da dor intensa, desintoxicação de narcóticos.
Ação Mista
Nalbufina
Antagonistas
Naloxona
Naloxona - Narcan
Antagonista competitivo dos receptores opióides. Pequenas doses são capazes de reverter
imediatamente os efeitos de agonistas opióides.
Usado em ambiente hospitalar ou em clinicas. Está disponível em forma de spray nasal para
socorristas.
Indicações: evitar e aliviar dor aguda ou crônica. Geralmente usados para IAM, cólica biliar e
renal, queimaduras, traumatismos, pós-operatórios e câncer terminal.
GERAL
- Pré-medicação: benzodiazepínicos.
Agentes Inalatórios
- Os gases inalatórios às vezes são usadas para manter a anestesia após a administração do
fármaco intravenoso. Os índices terapêuticos são estreitos. Não existem antagonistas.
Intravenosos
Uso concomitante com inalatórios e intravenosos permite que sejam usados doses menores.
Vários fármacos reduz mortalidade, ou seja, mais segura é a anestesia.
Barbitúricos
Farmacologia I – Virgínia Leonardi Dambros ATM 2025/1
Tiopental: ação ultracurta e alta lipossolubilidade. Anestésico potente, mas analgésico fraco.
Benzodiazepínicos
Midazolam
Mais seguros que barbitúricos. Não são analgésicos, permitem a redução de doses opióides.
Menos casos de depressão respiratória. São utilizados junto com os anestésicos para sedar o
paciente.
Propofol
Etomidato
Cetamina
A Cetamina pode ser usada com o midazolan para prevenção de psicose e pesadelos vividos
causados pela sua ação agonista.
Dexmedetomidina
Opióides
Induzem a analgesia com mais rapidez. São bons amnésicos e podem causar hipotensão,
depressão respiratória e rigidez muscular. Podem ser antagonizados pela naloxona.
Neuroleptoanalgesia
Fentanil + Droperidol
Controla agitação para caso de troca de curativos (queimados) ou em crianças que precisam
ficar paradas para RM ou tomo. Evita prurido e êmese secundário. Aumenta o intervalo QT
(arritmias).
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SEDAÇÃO AMBULATORIAL
LOCAL
Uso: tópico (pele, mucosa, olho), infiltrativa, nervos periféricos ou regionais, epidural e dores
crônicas.
Amidas
Ésteres
ANTICONCEPCIONAIS
HORMONIOS
Estrogênio
Induz as células a se proliferar (aumentar número), ele aumenta o tamanho dos órgãos como o
útero. Tem importância no revestimento interno uterino – endométrio.
O estradiol é o estrogênio mais potente produzido e secretado pelo ovário. Os estrogênios são
comumente utilizados para a contracepção e para tratamento hormonal após a menopausa.
Progesterona
Relacionada com preparo do útero para aceitação do embrião e preparação das mamas para
secreção láctea. É produzido em resposta ao hormônio luteinizante. Também é sintetizada pela
suprarrenal em ambos os sexos.
Aumenta o grau de secreção de glândulas mamárias e das células que revestem a parede
uterina. Inibe contrações uterinas e impede expulsão do embrião.
Ciclo Menstrual
METODOS CONTRACEPTIVOS
Comportamental: tabelinha.
Barreira: camisinha.
Combinada
Pílulas Monofásicas: uma pílula por dia e todas com mesma dosagem de hormônios
(estrogênio e progesterona). Primeiro dia da menstruação até a cartela acabar. 7-4 dias
de pausa onde a menstruação desce. Pode ser usada com ou sem interrupção.
Pílulas Multifásicas: uma pílula por dia, mas tem diferentes dosagens conforme a fase
do ciclo. Causam menos efeitos colaterais. Não podem ser tomadas fora de ordem.
Pílulas de Baixa Dosagem: dosagem mais baixa com um hormônio. Menos efeitos.
Farmacologia I – Virgínia Leonardi Dambros ATM 2025/1
- Sempre um caso de estrogênio tem etinilestradiol que varia a dose (14-50 microgramas).
Efeitos Colaterais
Interações Medicamentosas
Minipílula
Progesterona. Mecanismo local. Mulheres que estão amamentando ou mulheres com problema
para o estrogênio. Não pode ser esquecida.
Interações Medicamentosas: medicações para epilepsia, para tuberculose, para HIV, para
doenças infecciosas, mal estar gástrico e depressão.
Emergência. Dose oral eventual. Mecanismo central. Alta concentração de progesterona. 3-4
vezes ao ano no máximo. Deve ser tomado em até 72 horas após a relação sexual: a primeira
dose deve ser tomada dentro de 72 horas e a segunda 12 horas após a primeira. Caso ocorra
vomito em 2 horas após a ingestão, a dose deve ser repetida.
Anticoncepcionais Injetáveis
Podem causar irregularidades no ciclo nos primeiros meses, aumento de peso e apetite.
Menos efeitos colaterais e mais eficácia. Contem estrogênio e progesterona. Ele é grudado na
pele e libera a medicação aos poucos, bloqueando a ovulação e alterando o muco cervical.
Usa-se por 3 semanas e pausa por 7 dias. É aplicado sobre o abdome, torso superior ou nas
nádegas. Menos eficaz em mulheres com mais de 90 kg.
Implantes
Capsula que contem etonegestrel que é introduzido abaixo da pele. Ele impede a liberação do
ovulo do ovário e altera secreção de muco pelo colo do útero. É equivalente ao procedimento
de ligadura.
Androgênios – testosterona
HORMONIOS TIREOIDIANOS
TIREOIDE
Glândula endócrina que sintetiza hormônio tireoidiano. Secreta T3 e T4, além da calcitonina. T3
e T4 são importantes para crescimento normal. A calcitonina controla o cálcio plasmático.
DOENÇAS
Bócio Simples
Não tóxico. Consumo deficiente de iodo aumenta TRH plasmático e aumenta o tamanho da
glândula. Assintomático, mas pode apresentar rouquidão, tosse seca, disfagia ou dispneia. Não
há alteração funcional, apenas é feito o acompanhamento clinico.
Carcinoma
Pode ser autoimune, por patologia ou causada por alguma medicação. Elevada concentração
de TSH.
Sintomas; metabolismo baixo, ganho de peso, fala arrastada, voz rouca e profunda,
bradicardia, sensibilidade ao frio. Tratamento com reposição de T3 ou T4.
Hipertireoidismo
Pode ser causada por bócio, adenoma, tireoidites, sobrecarga de iodo, carcinoma ou secreção
excessiva de TSH.
Levotiroxina (T4)
Liotironina (T3)
Tioureilenos
ANTIMICROBIANOS
Antibacterianos, antifúngicos, antiprotoziários, anti-helmínticos e antivirais.
TRATAMENTO
Fármacos Bacteriostáticos
Ele não pode ser retirado antes de o sistema imune combater o patógeno, caso contrário pode
haver um pequeno numero de bactérias no local ainda dando origem a uma segunda infecção.
Fármacos Bactericidas
Fatores do Paciente
Em geral os antimicrobianos como a penicilina são seguros aos pacientes. No entanto, existem
fármacos como o Cloranfenicol que apresenta toxicidade aos pacientes e é reservado para
casos em que há ameaça de vida.
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ESPECTRO QUIMIOTERAPÊUTICO
FARMACOLOGIA DA TUBERCULOSE
Tuberculose = Peste Branca
As infecções bacterianas causadas por micobactérias são as mais difíceis de curar, pois tem
crescimento lento e são relativamente resistentes a antibióticos. Ela pode estar “dormente” ou
não. A parede celular delas é rica em lipídios. Além disso, elas ficam dentro de macrófagos.
Sintomas: tosse, suores, cansaço, febre, perda de peso, falta de apetite e dor no peito.
Transmissão: saliva.
TRATAMENTO
Para que seja efetivo deve-se considerar especificidades da micobactéria – existem 7 espécies
diferentes. Em geral interferem nas enzimas ou bloqueiam síntese de metabólito essencial do
bacilo.
Bacilos em latência não são atingidos por medicamentos, são destruídos pelo sistema
imunológico.
Isoniazida - INH
Mecanismo de ação não completamente conhecido, se sabe que ela age sobre a síntese dos
ácidos micólicos. Germes sensíveis captam esse fármaco por processo ativo.
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- Pode causar: erupções cutâneas, febre, hepatotoxicidade, alterações hematologias
(agranulocitose e trombocitopenia), efeitos centrais em caso de subnutrição, diminui
metabolismo de fenitoína e carbamazepina.
Rifamicinas
Rifampicina – RMP
A resistência bacteriana ocorre quando a micobactéria muda seu código genético impedindo a
ligação do medicamento ao DNA.
Etambutol – EMB
- Pode causar: acuidade visual reduzida, exantema, febre, prurido, mal-estar e dor de cabeça.
Estreptomicina – SM
Tem alta toxicidade e não é mais usada por conta da resistência bacteriana. Via injetável.
Usada combinada com outros agentes.
Pirazinamida – PZA
Etionamida – ETH
- Pode causar: anorexia, náusea, vômito, gosto metálico na boca, estomatite, ginecomastia,
impotência, acne, alopecia, sintomas reumáticos.
MANUAL
- Precisa ser bactericida precoce, precisa resistir a resistência bacteriana e ter atividade
esterilizante (capacidade de eliminar bacilos).
- Portador de HIV que usa também antirretrovirais tem mais efeitos adversos.
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BETALACTÂMICOS
Inibem o ultimo passo da síntese da parede microbiana, fazendo a lise da bactéria por
osmolaridade e liberando autolisinas destruindo a parede.
RESISTENCIA
As bactérias evoluem rápido. Eles tem baixa toxicidade, sem efeito pós-antibiótico.
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PENICILINAS
Amplamente eficazes e menos tóxicos. Utilidade onde não há resistências como Streptococcus
(faringoamigdalite), Neisseria (meningite). São uteis para sífilis, tétano, leptospirose.
Alergia a penicilina: nem sempre a reação é contra o fármaco, pode ser por conta da
destruição do patógeno. O tratamento é feito com epinefrina, corticoide ou anti-histamínico.
AMPICILINA / AMOXICILINA
Modificação da penicilina para ser melhor absorvida por via oral. Usada para infecções não
graves como Enterobacterias, H. influenzae em patologias como sinusites e infecções
urinarias. Responsáveis pela erradicação do H. pylori.
OXACILINA
PIPERACILINA-TAZOBACTAM
CEFALOSPORINAS
Efeito em gram positivo e negativo. Únicas cefalosporinas disponíveis com atividades contra
gram negativas anaeróbicas.
3º Geração: Meningites.
Cefepime.
5º Geração: S. aureus.
MONOBACTÂMICOS
Aztreonam.
CARBAPENÊMICOS
Imipenem: pouco usado, limiar baixo para convulsões. Usada para pneumonia hospitalar
grave, ventilação mecânica, bacteremias, etc;
ANTIFÚNGICOS
Os fungos tem parede celular, mas requer diferentes estratégias de erradicação diferentes das
bactérias.
A membrana celular fúngica tem ergosterol e não colesterol como os mamíferos. Os esteróis
são componentes estruturais importantes da membrana das células. A parede celular é
composta por polissacarídeos.
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As infecções fúngicas são superficiais e atingem pele e mucosas. O problema é que pacientes
imunocomprometidos são mais suscetíveis (AIDS, transplantados e pacientes oncológicos).
FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS
O antifúngico ideal precisa ter amplo espectro de atividade, ação fungicida, disponível para
administração oral e parenteral, ter poucas interações, baixo custo, ser seguro e estar estável à
resistência bacteriana.
Agem a nível de ligação ergosterol, inibem a síntese do ergosterol, inibem a síntese de DNA e
RNA ou que se ligam a queratina da pele.
Anfotericina B
Fármaco intravenoso. Pode causar flebite – inflamação no vaso, para evitar essa reação,
associa-se corticoide (anti-inflamatório). Amplo espectro. Útil para micoses graves, infecção
fúngica pulmonar, aspergilose, Histoplasmose. Apesar de ser tóxico, ele é o fármaco de
escolha para micoses graves.
Se liga ao receptor ergosterol nas membranas plasmáticas das células sensíveis. Ela forma
poros que desorganizam a função da membrana, permitindo vazamento de eletrólitos.
- Pode causar: febre, calafrios, náusea e vômitos (imediato), alteração de creatinina e ureia,
alterações renais, hepáticas e cardíacas (tardias).
Nistatina (Micostatin)
Usada na forma tópica (externa). É mais toxica que a Anfotericina B. Potente para vários
fungos, predominando o uso para Candida. Ela faz o acoplamento com os esteróis, alterando a
permeabilidade da membrana.
Derivados Azóis
Canesten
Miconazol
Uso tópico, também usado para candidíase vaginal. Pode ocorrer alergia de contato ou
queimação (dermatológico), prurido, irritação e queimação (ginecológico).
Cetoconazol (Nizoral)
Uso oral e tópico. Podem causar náuseas, vômitos, anorexia e dor abdominal, além de
depressão e alterações endócrinas.
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Fluconazol
Via oral ou intravenosa. Mais especifico. Em 150 mg é usada para dermatomicoses, tínea
pedis, tínea corporis, tínea cruris, infecções por Candida.
- Pode causar: náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, alteração de paladar, colestase e
necrose hepática.
Itraconazol
Bastante estável para resistir a ação do pH. Boa distribuição pelos tecidos. Amplo espectro.
Griseofulvina
Administração VO para tratar infecções superficiais. Inibem a mitose, causando ruptura do fuso
mitótico. O tratamento pode durar meses e só termina quando o tecido infectado é substituído
por um novo.
Tolnaftato
Espectro limitado. Somente uso tópico. Interferem na síntese de ergosterol, distorce hifas e
interrompe crescimento das micelas dos fungos.
Flucitosina
Antimetabólico que pode ser usado associado a anfotericina B. Combate a micoses sistêmicas
e meningite fúngica.
ANTIPARASITÁRIOS
ANTI-HELMÍNTICOS
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Mebendazol
Pouco absorvido por via oral. Usado para ascaríase, tricuríase, ancilostomose, larva migrans
visceral e enterobíase.
Tiabendazol
Absorvido por via oral. Usado para estrongiloidíase e larva migrans cutânea. Inibem captação
de glicose e reduzindo o ATP dos vermes.
- Pode causar anorexia, náusea, vomito, diarreia, alucinação, convulsão e são teratogênicos.
Albendazol
Piperazina e Dietilcarbamazina
São agonistas GABA. Expulsa o verme por peristaltismo. Pode ocorrer caibra abdominal e
diarreia.
A dietilcarbamazina é usada para filariose. Pode causar náusea, vomito, febre, artralgia e
cefaleia.
Levamisol
Ivermectina
Indicado pra nematódeos, artrópodes. Uso oral. Amplo espectro. Usado para piolho. Por ser
um fármaco muito lipofílico, ele causa efeitos colaterais cerebrais.
ANTI-PROTOZOÁRIOS
Nitazoxanida - Anitta
OUTROS ANTIMICROBIANOS
AMINOGLICOSÍDEOS
Pouco utilizada por ser nefrotóxico e ototóxico. Usada para gram negativo que inibe a 30S e
50S do ribossomo. Ação contra pseudômonas e Enterococcus. Uso tópico, está disponível para
colírios contra a conjuntivite. Geralmente tomados em uma dose, aumentando potencia e
diminuindo toxicidade.
QUINOLONAS
1 2
Levofloxacino , Moxifloxacino .
1
Inibem o DNA por bloqueio enzimático. A segunda geração tem maior atividade contra gram
2
negativas. A terceira geração é mais ativo para gram positivos e anaeróbios. Podem ter efeito
contra a tuberculose – tratamento de resgate.
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- Podem causar: tendinites, rupturas tendíneas, piora da miastenia gravis, neuropatia periférica.
MACROLÍDEOS
Solução para bactérias atípicas – cocos e bacilos gram positivos e bacilos gram negativos. Se
ligam a fração 50S do ribossomo. Bactericida ou bacteriostático. Usados para infecções do
trato respiratório superior (faringite, sinusite e otite), cavidade bucal, renal, próstata e pele.
- A azitromicina tem efeito maior em gram negativos e tem distribuição intracelular de liberação
lenta (2-4 dias) e a claritromicina para gram positivo.
TETRACICLÍNAS
Minociclina, doxiciclina
Agem no 30S do ribossomo. Pouco menos toleradas. Amplo espectro – gram positivos, gram
negativos, Chlamydia, Mycoplasma, Rickettsiae e micobactérias. Pouco prescrito por ser
menos tolerado.
Melhor absorção de estomago vazio já que ele precisa de ambiente ácido pra ativação. Se
concentram na bile, fígado, rins, gengiva e pele.
CLORANFENICOL
Age no ribossomo 50S. Não é usado, pois há risco de aplasia de medula. Cobre a maioria das
bactérias, principalmente meningite e abscessos cerebrais por penetrar bem no SNC. Seguro
para colírios para conjuntivite.
ANAEROBICIDAS
Metronidazol: toxico ao DNA bacteriano. Bactericida. Eficaz para protozoários, boa para
infecções intra-abdominais e abscessos (exceto pulmonares). Pode causar náusea, anorexia,
vômitos, diarreia, gosto metálico. Inibe metabolismo do álcool (efeito dissulfiram).
TETRACICLINAS
Antibióticos sintéticos, naturais ou derivados para espécies de Streptomyces. Tem afinidade
pelos íons e formam quelatos insolúveis que acarretam na perda de atividade, produzindo
efeitos adversos importantes, como manchas nos dentes.
Amplo espectro e ativo para bactérias gram positivos e gram negativos, aeróbios e anaeróbio,
protozoários, espiroquetas e micobactérias. Se ligam ao ribossomo 30S das bactérias
impedindo a adição de aas e impedindo síntese proteica. Bacteriostático.
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Resistência: indução de enzimas que inativam antibiótico, alterando transporte ou transferindo
resistência às bactérias por plasmídeos.
A distribuição se concentra em ossos, dentes fígado e baço. Tempo de meia-vida varia a cada
medicamento da classe. Atravessam a barreira placentária e são excretadas no leite materno.
- Podem causar: nível de trato gastrintestinal (anorexia, náusea, vomito e diarreia), renal
(acidose, aumento de uremia), efeito nos tecidos calcificados, hepatotoxicidade, fototoxicidade,
disfunção vestibular.
DOXICICLINA E MINOCICLINA
Usada para acne, infecção por gonorreia e clamídia, gengivoestomatite, granuloma inguinal,
linfogranuloma, otite média, pneumonia e sinusite, tifo, sífilis, infecção retal e amebíase
extraintestinal (dependendo do agente causador).
ANFENICÓIS
Cloranfenicol e tiafenicol tem grande espectro, penetram bem na maioria dos tecidos. Ambos
podem causar anemia, trombocitopenia e leucopenia relacionadas à dose e duração do
tratamento. Podem causar a síndrome do bebê cinzento.
CLOROFENICOL
Se liga a subunidade 50S e inibe a síntese proteica. Deve ser usado em infecções severas.
Bacteriostático. Semelhante as tetraciclinas.
TIAFENICOL
LINCOSAMIDAS
Boa penetração em tecidos ósseos. Ligam na subunidade 50S do ribossomo
CLINDAMICINA
POLIPEPTÍDICOS
Constituídos por aminoácidos. Altamente letais para bactérias susceptíveis e há pouca
resistência a esse grupo.
Não são degradados no nosso organismo. Uso restrito a situações graves como cocos gram
positivos multirresistentes.
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GLICOPEPTÍDEOS
Vancomicina
Sua ação interfere na biossíntese da parede celular. Bactericida para gram-positivos. Restrito
para bactérias gram positivas multirresistentes, especialmente MRSA ou ORSA.
Pouco absorvida por VO, em IV pode causar tromboflebite e IM é muito dolorosa e não deve
ser utilizada.
Não atravessa barreira Hematoencefálica para ser eficaz para meningite. Atravessa a barreira
placentária.
Teicoplamina
Melhor distribuído nos tecidos por ser lipofílico. Menos oto e nefrotóxica. Não libera histamina.
NITROIMIDAZÓLICOS
Metronidazol e Secnidazol
Possui reação dissulfiram, onde o uso concomitante de álcool faz com que haja acumulo de
metabólicos tóxicos trazendo efeitos adversos.
HIV e ANTIRETROVIRAIS
O HIV é um retrovírus, tem duas moléculas de RNA. Célula apresentadora de antígeno
reconhece o vírus, mas a cada duplicação do vírus, o RNA perde uma característica e torna-se
outro vírus. Por isso o sistema imune não consegue combater o vírus.
TRATAMENTO DA AIDS
ANTIVIRAIS
Fármacos que suprimem a replicação viral, tem diferentes seletividades e parefeitos.. Eles não
são tão eficazes para HPV e mononucleose.
A herpes é um vírus que provoca reações cutâneas que eu imunossuprimidos pode causar
encefalite. Aciclovir é eficaz inicialmente reduzindo a duração e em profilaxia reduzindo surtos.
A varicela é “prima” da herpes. O uso de aciclovir reduz as lesões e febres, mas não é indicado
para imunocompetentes.
CITOMEGALOVÍRUS
VÍRUS RESPIRATÓRIOS
Obstrução nasal, tosse, febre, dor de garganta. Vários vírus – adenovírus, rinovírus,
enterovírus, coronavírus e influenza. Poucos susceptíveis a antivirais.
O influenza tem surto anual e há vacina. O tamiflu (oseltamivir) é levemente eficaz – reduz em
até 24 horas a duração da gripe.
HEPATITE B e C
Ela também é utilizada para hepatite C juntamente com ribarvirina – não tão eficaz.