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MINI ATLAS

SÉRIE
SEGUNDA EDIÇÃO
atlas em hematologia

LEUCOCITÁRIA

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OLÁ
Este mini atlas é um
documento indispensável
para você ter na bancada.
Aqui, você vai encontrar,
além de várias imagens,

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a descrição das células
precursoras e maduras
da série leucocitária e,
ademais, a descrição de
linfócitos anômalos e de
diferentes tipos de
blastos.
Além disso, você também
encontrará dicas sobre
alterações que podem ser
artefatuais e dicas para
identificar as células que
mais geram dúvidas.

atlas em hematologia
MINI ATLAS
A quantificação e a avaliação das células sanguíneas fornecem uma
série de informações ao médico que auxiliam não só no diagnóstico,
ou no monitoramento de doenças, mas também na avaliação do
estado fisiológico do paciente, através da realização de exames de
rotina.
No setor de hematologia, em um laboratório de análises clínicas, a
avaliação morfológica é baseada na microscopia da distensão
sanguínea de sangue periférico.

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No entanto, para essa avaliação, é necessário que o analista tenha
conhecimento, desde as técnicas mais básicas, como a forma
correta de preparar uma distensão sanguínea, métodos de
coloração apropriados para observar os elementos celulares,
conhecimento das características morfológicas das células e a
fisiopatologia de diferentes doenças que possam causar
alterações das células sanguíneas, sejam elas quantitativas ou
qualitativas.
Todo esse conhecimento é crucial para a identificação assertiva
das células, reconhecimento das alterações que podem estar
presentes para a correta liberação do laudo, afinal: quem não sabe
o que procura, não percebe quando encontra.
Esperamos que você aprenda e aproveite o conteúdo desse Mini
Atlas, que foi pensando para ser um material não só de consulta,
mas um suporte para o profissional da bancada de hematologia,
para que ele possa ir adquirindo mais segurança com a avaliação e
liberação da séria leucocitária.
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THIAGO E LARISSA Fundadores da página
@atlasemhematologia e
do Time Atlas

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THIAGO ALCÂNTARA
Biomédico, Especialista em
Hematologia pela Academia
de Ciência e Tecnologia. Sua
experiência inclui: Laboratório
Labchecap, Hospital da Bahia,
Hospital da Cidade, Hospital
Agenor Paiva; Curso de
LARISSA SANTANA
extensão em Citologia Biomédica, Especialista em
Hematológica; Auditor Interno Hematologia pela Academia
da Qualidade – Norma PALC de Ciência e Tecnologia;
Especialista em Análises
2016, ABNT NBR ISO Clínica pela Escola Bahiana de
9001:2015 e ABNT NBR ISO Medicina e Saúde Pública. Sua
19011:2012. (2017). experiência inclui: Hospital
Português, Hospital Agenor
Paiva, Fundação Bahiana de
Cardiologia e Laboratório de
Investigação Patológica;
Curso de extensão em
Citologia Hematológica;
Auditora Interna da Qualidade
– Norma PALC 2016.

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CONTEÚDO
07
CAPÍTULO 1.1 - Células
precursoras da linhagem
granulocítica

19
CAPÍTULO 1.2 - Granulócitos

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maduros

34
CAPÍTULO 1.3 - Alterações
morfológicas dos neutrófilos

53
CAPÍTULO 2 - Células
precursoras da linhagem
monocítica

61
CAPÍTULO 2.1 - Alterações
morfológicas dos monócitos

atlas em hematologia
CONTEÚDO
64
CAPÍTULO 3 - Células
precursoras da linhagem
linfocítica
78
CAPÍTULO 3.1- Alterações

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morfológicas dos linfócitos

88
CAPÍTULO 4 - Linfócitos
anômalos/neoplásicos

101
CAPÍTULO 5 - Blastos nas
leucemias agudas e
promielócitos anômalos
115
CAPÍTULO 6 - Imagens de
distensão sanguínea de
pacientes com diferentes
condições clínicas

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CAPÍTULO 1
Células precursoras da linhagem
granulocítica

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Granulócitos maduros
Alterações morfológicas
CAPÍTULO 1.1
CÉLULAS
LINHAGEM
GRANULOCÍTICA
PRECURSORAS DA
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MIELOBLASTO
A primeira célula da sequência maturativa dos granulócitos é o
mieloblasto que dará origem, sequencialmente, ao promielócito,
mielócito, metamielócito, bastão e por fim, ao neutrófilo
segmentado, eosinófilo ou basófilo.
CARACTERÍSTICAS:
Célula de grande porte (15-20μm).
Geralmente, possui contorno arredondado.
Relação núcleo:citoplasma alta (o núcleo ocupa grande parte da

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célula).
Apresenta cromatina frouxa e homogênea.
Nucléolos evidentes. Em média, de 1 a 3.
Citoplasma basofílico (azul), podendo ou não conter grânulos.
Neste último caso, as células são indistinguíveis das células
blásticas de outra linhagem.

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NOTA: As granulações citoplasmáticas, quando presentes,


podem ser raras ou até mesmo abundantes.

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MIELOBLASTO

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PROMIELÓCITO
O mieloblasto se desenvolve dando origem ao promielócito.
CARACTERÍSTICAS:
Célula de grande porte (14-24μm), ligeiramente maior do que o
mieloblasto.
Relação núcleo:citoplasma menor do que a célula antecessora .
Núcleo variando de redondo a oval, com cromatina mais
grosseira do que a do mieloblasto.
Os nucléolos, geralmente, são evidentes. Em média, de 1 a 3.

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Citoplasma basofílico, com presença de grande quantidade de
granulações grosseiras (ou primárias). A coloração varia de
vermelho a azul-violeta .
Uma área clara/pálida próxima ao núcleo corresponde a zona de
Golgi.

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NOTA: Como diferenciar o mieloblasto com citoplasma granular do promielócito. No


mieloblasto, as granulações, quando presentes, estão dentro do citoplasma
basofílico, no qual ainda não se desenvolveu a área perinuclear clara/pálida
correspondente ao aparelho de Golgi. Já no estágio do promielócito, essa área clara é
desenvolvida e observável. Este critério, algumas vezes, pode ser o único ponto que
diferencia a célula blástica do promielócito.

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PROMIELÓCITO

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MIELÓCITO
A próxima célula da sequência maturativa é o mielócito neutrófilo.
CARACTERÍSTICAS:
Célula de médio porte (12-18μm), menor do que o promielócito.
Relação núcleo:citoplasma variando de moderada a baixa (por
causa da diminuição do núcleo e do citoplasma mais
abundante).
O núcleo é menor, comumente excêntrico, redondo ou oval,
podendo ter um lado achatado.

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Cromatina mais grosseira e condensada que o da célula
anterior.
Os nucléolos, geralmente, não são mais visíveis.
O citoplasma é mais claro, de coloração rosada (acidófilo), com
uma pequena ou invisível zona de Golgi. Às vezes, a coloração
basófila persiste em algumas áreas.
As granulações primárias variam de escassas a ausentes,
enquanto que as granulações secundárias (ou específicas) são
abundantes e tornam-se predominantes à medida em que a
célula amadurece.
A granulações secundárias neutrofílicas têm coloração
variando de lilás a rosada.

NOTA: A composição das granulações secundárias (específicas)


vão determinar se o mielócito se transformará em neutrófilo,
eosinófilo ou basófilo.

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MIELÓCITO

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METAMIELÓCITO
O próximo estágio de maturação é o metamielócito neutrófilo.
CARACTERÍSTICAS:
Célula de médio porte (10-15 μm).
Relação núcleo:citoplasma baixa.
O núcleo tem uma reentrância, dando a este um formato de rim
ou grão de feijão. Porém, a reentrância é inferior a 50% da
largura de um núcleo redondo fictício.
A cromatina é condensada e grosseira, mas ainda não tem a

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homogeneidade da cromatina madura do neutrófilo.
O citoplasma é acidófilo (rosa pálido) com numerosas
granulações típicas de neutrófilo maduros.

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METAMIELÓCITO

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BASTÃO
Seguindo a sequência maturativa, a célula posterior ao
metamielócito neutrófilo é o bastão, também chamado de
bastonete.
CARACTERÍSTICAS:
Célula com baixa relação núcleo:citoplasma (citoplasma
predomina).
Citoplasma de coloração rosada e homogênea pela presença de
numerosas granulações secundárias específicas.

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Núcleo com cromatina condensada e em forma de S, C ou U. A
reentrância observada no núcleo dessa célula é mais da metade
do diâmetro de um núcleo redondo fictício.

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BASTÃO

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CAPÍTULO 1.2
MADUROS
GRANULÓCITOS
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NEUTRÓFILO
Os neutrófilos são as células mais maduras da série mielóide (junto
com os eosinófilos e os basófilos). Em adultos saudáveis, os
neutrófilos representam mais da metade dos leucócitos
circulantes e são as principais células de defesa do organismo
contra infecções bacterianas.
Os neutrófilos normais são de tamanho uniforme, com um diâmetro
de cerca de 10-15 μm em distensão de sangue periférico. Possuem
núcleo segmentado e, quando corados, seu citoplasma é rosado

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devido a presença de granulação fina.
A maioria dos neutrófilos tem de três a quatro segmentos
nucleares (lóbulos) conectados por filamentos de cromatina. A
cromatina é condensada. Ocasionalmente, cinco lóbulos podem ser
vistos.
Nas mulheres, pode-se observar, em pequenas quantidades de
neutrófilos, um apêndice em um segmento nuclear terminal, em
formato de baqueta de tambor ou de gota, chamada de drumstick.
Este apêndice está ligado ao núcleo e representa o cromossomo X
inativo.

atlas em hematologia
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NEUTRÓFILO
Ocasionalmente, neutrófilos e/ou monócitos podem fagocitar
eritrócitos, processo por nome de eritrofagocitose. Isso é
particularmente comum na hemoglobinúria paroxística fria, porém,
também pode ser observada nas anemias hemolíticas autoimunes,
em exacerbações da doença de crioaglutininas e em outras
condições.
A eritrofagocitose é notada, também, em pacientes com eritrócitos
anormais, como na anemia falciforme e na hemoglobinopatia S/C,

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assim como em qualquer anemia hemolítica severa dependente de
alterações intrínsecas do eritrócito.
Ademais, foi descrita em pacientes com leucemia mielomonocítica
crônica (LMMC), na qual os neutrófilos anormais mostraram
eritrofagocitose.

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NEUTRÓFILO
O aumento do número na contagem de neutrófilos acima dos
valores de referência para idade e origem étnica (neutrofilia), pode
estar relacionado a vários fatores, entre eles: infecções,
bacterianas, algumas infecções virais (varicela, herpes simples,
raiva, poliomielite) e fúngicas; inflamações agudas e crônicas (ex
artrite reumatoide, febre reumática), dano tecidual (como trauma,
cirurgia), uso de corticoides, tratamento com fator estimulador de
colônias granulocitárias (G-CSF) e doenças mieloproliferativas.

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Existem, ainda, estados não relacionados a doenças que podem
causar neutrofilia — são as chamadas neutrofilias fisiológicas.
Nesses casos, não há o aumento medular da produção de
neutrófilos ou dano tecidual, pois seu mecanismo está associado,
principalmente, a desmarginalização dos neutrófilos do endotélio
vascular.
As gestantes e os recém-nascidos são as exceções. Em casos
assim, há um aumento fisiológico na produção medular de
neutrófilos.
As principais causas da redução da contagem absoluta de
neutrófilos são: as viroses, efeito secundário a tratamento
quimioterápico, bloqueio maturativo da medula óssea (devido a
neoplasia hematológica aguda, por exemplo) e neutropenia
autoimune (associada a sobrevida intravascular encurtada).
Em casos de infecções bacterianas graves, pode representar uma
caso de exaustão medular (indicativo mau prognóstico).

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NEUTRÓFILO
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS:
Relação núcleo:citoplasma baixa.
Citoplasma claro, de coloração rosada e homogênea em
decorrência da presença de granulação secundária específica.
Segmentação apresentando, geralmente, de 3 a 4 lóbulos, com
cromatina condensada.

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NEUTRÓFILO

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EOSINÓFILO
O eosinófilo se desenvolve através dos mesmos estágios que o
neutrófilo, sendo no estágio de mielócito, que as granulações
específicas — que definem a célula como um eosinófilo —, são
notadas.
Apesar da diferença nos grânulos, o mielócito eosinófilo, o
metamielócito e o bastão têm as mesmas características
estruturais (nucleares) que seus correspondentes neutrofílicos.

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CARACTERÍSTICAS DO MIELÓCITO EOSINÓFILO:
Célula de médio porte (12 a 18 μm).
Núcleo variando de redondo a oval, podendo um
lado ser achatado.
Cromatina grosseira e mais condensada do que
a do promielócito.
Nucléolos não são observados.
As granulações primárias variam de escassas a
ausentes, e as granulações secundárias
(eosinofílicas) são numerosas, grosseiras e com
tonalidade que varia de laranja pálido a laranja
escuro.

atlas em hematologia
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EOSINÓFILO

CARACTERÍSITCAS DO METAMIELÓCITO
EOSINÓFILO:
Célula de médio porte (10-15 μm).
Relação núcleo:citoplasma baixa.
Núcleo com cromatina mais condensada do
que a do mielócito, em forma de rim ou grão de
feijão.

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O citoplasma apresenta numerosas
granulações grosseiras de coloração
alaranjada.

CARACTERÍSTICAS DO BASTÃO MIELÓCITO:


Célula de médio porte (10 a 15 μm).
Baixa relação núcleo:citoplasma (o citoplasma
predomina).
Núcleo com cromatina condensada e em
forma de U, C ou S.
Citoplasma com numerosas granulações
alaranjadas.

atlas em hematologia
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EOSINÓFILO
Os eosinófilos são um pouco maiores que os neutrófilos, com 12 a
17 μm de diâmetro. O núcleo é lobulado, podendo apresentar de
dois a três lóbulos ou segmentos nucleares. Todavia, a maioria das
células maduras apresentam apenas dois lóbulos.
O citoplasma é repleto de grânulos esféricos e alaranjados.
O citoplasma é azul pálido, entretanto, geralmente, é obscurecido
pelos grânulos.

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EOSINÓFILO
O uso prolongado de esteroides pode causar eosinopenia. Além
disso, a redução de eosinófilos é comumente observada nos
processos infecciosos agudos com neutrofilia acentuada.
A eosinofilia moderada ocorre em condições alérgicas; eosinofilia
mais grave pode ser observada em infecções parasitárias, e
números ainda maiores, podem ser observados em processos
reacionais, leucemia eosinofílica e síndrome hipereosinofílica
idiopática.

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Os eosinófilos, comumente, aparecem aumentados na leucemia
mieloide crônica e podem apresentar desvio à esquerda notório até
formas mais imaturas como mielócito.
Algumas causas raras e menos comuns de eosinofilia, incluem:
linfoma de células T, linfoma de células B, linfoma de Hodgkin,
leucemia linfoblástica aguda e síndrome de Sezary.

atlas em hematologia
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EOSINÓFILO
RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Relação núcleo:citoplasma baixa.
Citoplasma com grânulos esféricos e alaranjados (maiores que
os dos neutrófilos).
Geralmente, o núcleo bilobulado e excêntrico.

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EOSINÓFILO

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BASÓFILO
O basófilo se desenvolve através dos mesmos estágios que o
neutrófilo e o eosinófilo. Da mesma forma, os grânulos específicos
aparecem no estágio de mielócito.
O basófilo é uma célula redonda de aproximadamente 10-14 μm de
diâmetro e seu núcleo é lobulado. Os segmentos nucleares tendem
a dobrar-se uns sobre os outros, resultando em um núcleo irregular
com aspecto bizarro.

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Os grânulos citoplasmáticos coram-se de púrpura, são grandes, de
tamanho variado e muitas vezes obscurecem o núcleo.
Os basófilos são os leucócitos circulantes mais raros de serem
observados, estando presente em maior número nas neoplasias
mieloproliferativas (como por exemplo na leucemia mieloide
crônica), o aumento de basófilos nesses casos, muitas vezes, é
indicativo de fase acelerada ou crise blástica iminente.

atlas em hematologia
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BASÓFILO
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS:
Relação núcleo:citoplasma baixa.
Citoplasma com a presença de numerosos grânulos grosseiros,
de coloração escura, púrpura.
Núcleo com cromatina condensada, lobulação de aspecto
bizarro e de difícil visualização pela presença dos grânulos.

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BASÓFILO
NOTA: Os grânulos dos basófilos são solúveis em água e
podem se dissolver na coloração deixando áreas claras no
citoplasma. Então, atenção na avaliação.

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DOS
CAPÍTULO 1.3
ALTERAÇÕES
NEUTRÓFILOS
MORFOLÓGICAS
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HIPERGRANULAÇÃO
Hipergranulação, ou granulação tóxica, são termos usados para
caracterizar um exagero na granulação citoplasmática dos
neutrófilos, com grânulos que aparentam ser maiores e mais
basofílicos do que os normais. Por vezes, a hipergranulação é
notada nos bastões e metamielócitos.
Essas granulações grosseiras nada mais são do que os grânulos
primários dos promielócitos, que permanecem no neutrófilo devido
a um acelerado processo de maturação.

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Quando a granulopoiese é constantemente estimulada/requerida,
geralmente por causa da extensão e da duração de um processo
inflamatório, ocorre o encurtamento do estágio intermitótico e a
redução do tempo de maturação das células precursoras, e isto, por
consequência, acaba fazendo com que os neutrófilos passem para
o sangue periférico com a persistência da granulação primária.

atlas em hematologia
36
HIPERGRANULAÇÃO
Frequentemente, ocorre nas infecções bacterianas, e, muitas
vezes, em outras causas de inflamação. Também pode ser uma
característica da administração de fator estimulador de colônias de
granulócitos (G-CSF), reações leucemoides neutrofílicas, gravidez,
queimaduras e outras condições.

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atlas em hematologia
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HIPOGRANULAÇÃO
Os neutrófilos hipogranulares são células que têm as granulações
reduzidas ou ausentes. Esta alteração causa uma coloração azul
clara ou cinza no citoplasma, diferente das células que apresentam
o seu conteúdo de granulação normal.
A hipogranulação é mais frequente na síndrome mielodisplásica,
podendo ser observada, também, na leucemia mielóide aguda, na
deficiência congênita de grânulos específicos, entre outras.

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DICA: Algumas vezes, a depender do corante utilizado, as células
não preservam suas características tintoriais, dando a falsa
impressão de hipogranulação. Na dúvida, refaça a lâmina com um
novo corante.

atlas em hematologia
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VACUOLIZAÇÃO
Nos neutrófilos, as vacuolizações citoplasmáticas ocorrem da
fusão entre os grânulos com vacúolos fagocíticos, com perda do
conteúdo lisossomal secundário. Os vacúolos podem ter tamanhos
diferentes e aparecem como áreas circulares brancas no
citoplasma da célula.
Em esfregaços sanguíneos confeccionados sem demora, a
presença de vacúolos nos neutrófilos costuma ser indicativo de
sepse grave, e geralmente, há granulações tóxicas.

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As vacuolizações podem ainda ser decorrentes do efeito tóxico da
ingestão do álcool.

atlas em hematologia
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CORPOS DE DÖHLE
Os corpos de Döhle são estruturas pequenas, redondas ou ovais,
cinza-azuladas pálidas. Normalmente, estão localizados na
periferia do neutrófilo.
Podem ser notados nas infecções bacterianas, após lesão
tecidual, incluindo queimaduras, inflamação, após administração de
G-CSF, em reações leucemoides neutrofílicas e durante a gravidez.

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NOTA: Na maioria das vezes, trata-se de um corpúsculo único e
representa a liquefação do retículo endoplasmático do neutrófilo. É
frequente haver granulação tóxica e vacuolização citoplasmática na
mesma célula.

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MAY-HEGGLIN
May-Hegglin é uma condição hereditária genética caracterizada por
apresentar trombocitopenia, plaquetas gigantes e inclusões azuis-
acinzentadas em todos os tipos de leucócitos, exceto nos
linfócitos.
Nos neutrófilos, essas inclusões têm estrutura morfológica
semelhante aos corpos de Döhle, porém não idênticas. Nessa
condição, as inclusões tendem a ser maiores e, geralmente, se
distribuem ao acaso na célula, não na periferia, e coram-se mais

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intensamente do que os corpos de Döhle.

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HOWELL-JOLLY LIKE
Raramente, pode-se observar nos neutrófilos inclusões esféricas e
basofílicas de fragmento nuclear, semelhantes aos corpúsculos de
Howell-Jolly das hemácias. Essas inclusões são chamadas de
Howell-Jolly Like.
Apesar de serem mais presentes em neutrófilos, de forma
ocasional, podem ser observados em outros leucócitos.
Estas inclusões aparecem nos granulócitos por causa de uma

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granulopoiese displásica, ou estressada, induzida por drogas
imunossupressoras, infecção viral ou quimioterapia.

Os corpúsculos de Howell-Jolly Like devem ser distinguidos do


corpúsculo de Barr (cromatina sexual) e de outras inclusões que
podem ser observadas em neutrófilos, como por exemplo,
microrganismo intracelulares, corpos de Döhle ou as inclusões da
síndrome de Chediak-Higashi.

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HOWELL-JOLLY LIKE

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CRISTAIS DA MORTE
São inclusões azul-esverdeadas, refringentes e que podem ser
vista no citoplasma de neutrófilos ou monócitos.
Essas inclusões são consideradas prenúncios de mau prognóstico
e morte, pouco tempo depois da sua identificação, e, por isso,
foram chamadas de “cristais verdes da morte” ou "inclusões verdes
críticas".
Esses cristais representam um achado clínico raro e já foram vistos

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no sangue periférico de pacientes criticamente enfermos, com
doenças hepáticas, acidose lática com falência múltipla de órgãos e
choque séptico.
A patogênese dos cristais da morte ainda é pouco compreendida.
No entanto, estudos sugerem que a presença dessas inclusões, no
interior da célula, podem ser derivadas da lipofuscina, um tipo de
pigmento de desgaste celular, liberado das células do parênquima
hepático necrosado e captada por fagocitose.
Mais recentemente foram relatados em pacientes graves com
COVID-19.

NOTA: Os cristais da morte, quando presentes em sangue


periférico, devem ser considerados um achado crítico e o médico
deve ser notificado o mais breve possível. Além disso, essas
inclusões também devem reportadas em laudo com uma
observação adequada.

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atlas em hematologia
CRISTAIS DA MORTE
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FUNGO HISTOPLASMA
Na maioria das infecções, incluindo a septicemia, os agentes
causadores, de modo geral, não são notados no sangue periférico.
No entanto, em algumas condições específicas pode-se observar o
microrganismo no interior das células. Este achado é significativo e
o médico deve ser notificado.
O Histoplasma spp., por exemplo, é um fungo que pode ser
observado em distensão de sangue periférico, principalmente em
pacientes neutropênicos ou imunocomprometidos, com cateteres

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venosos implantados. Podem ser observados livres ou no interior
de neutrófilos ou monócitos.
NOTA: É de fundamental importância que os microrganismos livres na
distensão sejam cuidadosamente avaliados, pois devemos distinguir se
os microrganismos realmente estão presentes na amostra dos
pacientes ou se são provenientes de equipamentos, lâminas ou corante
contaminando. Bactérias e leveduras com a coloração de Wright
apresentam tonalidade basofílica.

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FUNGO HISTOPLASMA

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HIPERSEGMENTAÇÃO
Geralmente, os neutrófilos normais apresentam de 3 a 4 lóbulos
(raramente de 2 a 5 lóbulos). Os neutrófilos hipersegmentados têm
um número de lóbulos aumentado.
A hipersegmentação de neutrófilos em laudo, é definida quando
qualquer neutrófilo exibe 6 ou mais lóbulos, ou quando mais de 3%
dos neutrófilos apresentam 5 lóbulos em 100 neutrófilos.
Podem ser observados na anemia megaloblástica, após tratamento

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citotóxicos, e ocasionalmente em pacientes com infecção, uremia,
síndromes mielodisplásicas e na deficiência de ferro.

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Não confunda apoptose com hipersegmentação!

DICA: Os neutrófilos hipersegmentados têm uma quantidade


maior de lóbulos, que estão conectados por filamento de
cromatina. Já a célula em apoptose, tem o núcleo fragmentado e
que, geralmente, forma massas esféricas, isoladas e compactas.

Apoptose:

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Neutrófilos hipersegmentados:

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HIPOSSEGMENTAÇÃO
Os neutrófilos hipossegmentados são caracterizados pela falha no
desenvolvimento normal da lobulação nuclear, ou seja, a
segmentação nuclear não ocorre como deveria. O núcleo pode
apresentar-se bilobulado, bastonado, em forma de halteres,
arredondado ou oval.
Estas células não devem ser confundidas com células jovens como
mielócitos, metamielócitos ou bastões.

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São neutrófilos maduros, que apenas não segmentaram o núcleo
corretamente e podem ser diferenciados de células mais imaturas
pelo núcleo pequeno, com menor relação núcleo:citoplasma e
cromatina mais condensada.
Recomenda-se que os neutrófilos hipossegmentados sejam
contados como neutrófilos segmentados maduros e reportados
com observações adequadas.

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50
HIPOSSEGMENTAÇÃO
A segmentação nuclear reduzida é característica da anomalia de
Pelger-Huët, uma condição hereditária autossômica dominante que
é benigna em heterozigotos. Homozigotos podem apresentar
retardo de desenvolvimento, epilepsia e anormalidades
esqueléticas, porém, a maioria não apresenta.
Pessoas com a anomalia também mostram lobulação reduzida dos
eosinófilos e basófilos.

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Alterações morfológicas semelhantes também podem ser vistas
em outras condições, como na síndrome mielodisplásica, leucemia
mieloide aguda e, ocasionalmente, na leucemia mieloide crônica
(durante a evolução). Essas condições são chamadas de pseudo-
Pelger.

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NEUTRÓFILO COM
NÚCLEO EM ANEL
São neutrófilos que apresentam o núcleo em formato de anel ou
rosquinha. Ocasionalmente, podem ser notados em distensões
sanguíneas de pacientes normais.
São mais frequentes em pacientes com leucemia mieloide crônica,
na leucemia neutrofílica crônica e também podem ser visto nas
síndromes mielodisplásicas e leucemia mieloide aguda.

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CHÉDIAK-HIGASHI
É um distúrbio autossômico recessivo raro, no qual observamos a
presença de grânulos gigantes no citoplasma dos granulócitos,
monócitos e linfócitos. Estes grânulos apresentam características
tintoriais variáveis (variando do cinza ao vermelho).
Os portadores exibem hipopigmentação cutânea e ocular, cabelos
prateados e fotofobia.
A neutropenia e a trombocitopenia são complicações frequentes à

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medida que a doença progride.

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CAPÍTULO 2
Células precursoras da linhagem
monocítica
Monócitos maduros e suas
características

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MONOBLASTO
A maturação dos monócitos é dividida em três estágios:
monoblasto, promonócito e monócito maduro.
CARACTERÍSTICAS:
Célula de grande porte (12-18 μm).
Com relação núcleo:citoplasma de moderada a baixa.
O núcleo, frequentemente, é redondo ou oval, mas pode ter
forma irregular.
Cromatina delicada e nucléolos evidentes. Em média, de 1 a 3.

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O citoplasma tem coloração que varia do cinza claro a azul
intenso.
Granulações finas são escassas ou ausentes.

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PROMONÓCITO
O promonócito é a célula intermediária entre o mieloblasto e
monócito.
CARACTERÍSTICAS:
Célula de grande porte (12-20μm).
Apresenta relação núcleo:citoplasma de moderada a baixa.
Núcleo convoluto, assumindo formato em alto relevo, com
bordas mais irregulares.
Cromatina relativamente delicada, todavia, mais grossa do que

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a do mieloblasto.
Nucléolos podem ou não serem visíveis.
O citoplasma é mais abundante, com coloração entre
discretamente basofílico a azul-acinzentado fosco.
Grânulos azurófilos finos, normalmente, estão presentes.

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PROMONÓCITO
NOTA: Os promonócitos são células consideradas blastos
equivalentes, portanto, quando observados na distensão são
incluídos na contagem de blastos e reportados em laudo com uma
observação adequada.
Por exemplo:
Presença de x% de promonócitos incluídos na contagem de blastos.
Foram encontrados x% de promonócitos acima incluídos na
contagem de blastos.

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MONÓCITO
Os monócitos são os maiores leucócitos circulantes, com 12 a 20
μm de diâmetro aproximadamente.

O citoplasma é azul-acinzentado com numerosos grânulos


azurófilos finos, semelhantes a poeira. A vacuolização é uma
característica do monócito maduro, mas pode não estar presente.
O núcleo é grande e irregular; muitas vezes em forma de rim, mas
pode ser dobrado ou enrolado, sem sofrer segmentação. A

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cromatina é mais fina e com distribuição mais uniforme do que a
dos neutrófilos.
O aumento do número de monócitos ocorre em algumas condições,
tais como: infecções crônicas e condições inflamatórias, como
tuberculose e doença de Crohn, em leucemias mieloides crônicas
(principalmente na leucemia mieloide crônica atípica e leucemia
mielomonocítica crônica) e em leucemias agudas com um
componente monocítico.
Na leucemia mielomonocítica crônica, a contagem de monócitos
maduros no sangue periférico é maior que 1.000 cels/mm³.
A redução da contagem de monócitos é notada consideravelmente
na leucemia de células cabeludas. O número de monócitos também
pode estar diminuído na leucemia aplástica, leucemia linfoide
crônica, artrite reumatoide, lúpus eritrematoso sistêmico, infecção
por HIV e outros.

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MONÓCITO
RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Célula de grande porte e de grande variedade morfológica.
Baixa relação núcleo:citoplasma.
Citoplasma com coloração que varia de azul claro ao
acinzentado e com grânulos azurófilos bastante finos, com
aspecto de vidro moído ou areia fina.
Vacúolos são frequentemente observados.
O núcleo pode apresentar as mais variadas formas, mas,
classicamente, é reniforme.

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Cromatina mais condensada do que a dos seus precursores,
porém, ainda delicada em comparação aos demais leucócitos
maduros.

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MONÓCITO

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NOTA: A migração dos monócitos para os tecidos leva à sua


transformação em macrófagos, que são células teciduais e
representam o último estágio de maturação da linhagem
monocítica.

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MONÓCITO

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CAPÍTULO 2.1
ALTERAÇÕES
MORFOLÓGICAS
DOS MONÓCITOS
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MONÓCITO ANORMAL
Monócitos anormais, ou displásicos, são células que fogem à sua
característica normal.
CARACTERÍSTICAS:
Geralmente, possui a cromatina mais condensada do que a dos
promonócitos, núcleos dobrados com recortes variados,
podendo ter aspecto bizarro.
O citoplasma é cinza com grânulos de cor lilás mais abundantes
e, por vezes, pode ser agranular.

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Os nucléolos, geralmente, estão ausentes ou indistintos.

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MONÓCITO ANORMAL
NOTA: Os monócitos anormais não têm valor equivalente a blastos,
portanto, é muito importante que essas células não sejam incluídas na
contagem de blastos. Esses monócitos anormais são vistos em
quantidade aumentada, por exemplo, na leucemia mielomonocítica
crônica. As principais características nas quais a diferenciação dos
monócitos anormais se baseia são: maior condensação da cromatina,
contorno nuclear mais irregular e o citoplasma acinzentado turvo.

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CAPÍTULO 3
Células precursoras da linhagem linfocítica
Linfócitos maduros e suas características

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Linfócitos reativos
Plasmócitos
Célula de Mott
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LINFOBLASTO
A sequência maturativa dos linfócitos é dividida em três estágios
morfológicos: linfoblasto, prolinfócitos e linfócitos (pequenos e
grandes).
CARACTERÍSTICAS:
Célula de tamanho variado (10-20 μm).
Relação núcleo:citoplasma de alta a moderada.
O núcleo, geralmente, é arredondado e central.
Cromatina delicada e homogênea, podendo exibir nucléolos (de

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0 a 2).
Citoplasma escasso e com tonalidade de ligeiramente a
moderadamente basofílico.

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LINFOBLASTO

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PROLINFÓCITO
O prolinfócito é a célula intermediária entre o linfoblasto e o
linfócito.
CARACTERÍSTICAS:
Médio a grande porte.
A relação núcleo:citoplasma, de modo geral, é menor em
relação aos linfoblastos.
Núcleo redondo e central, algumas vezes deslocado. Cromatina
mais grosseira do que a do linfoblasto.

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Nucléolo presente, caracteristicamente único e proeminente.
Citoplasma azul claro e sem presença de granulação.

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NOTA: Quando estão presentes em sangue periférico,


geralmente, estão associados a doenças linfoproliferativas
crônicas, como na LLC típica, a LLC mista ou na leucemia
prolinfocítica. Conhecer as condições em que essas células
aparecem é extremamente importante, pois isso nos ajuda na
avaliação e identificação assertiva da célula.

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PROLINFÓCITO

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LINFÓCITO
O linfócito maduro tem uma grande variabilidade de tamanho (7-
18μm) quando achatado em uma lâmina de vidro. O tamanho
depende, principalmente, da quantidade de citoplasma presente na
célula.
CARACTERÍSTICAS (LINFÓCITO PEQUENO):
Os linfócitos pequenos tem tamanho entre 7-10μm.
Núcleo redondo ou oval, podendo ser ligeiramente endentado.
O núcleo tem cromatina condensada e seu tamanho é

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aproximadamente o de um eritrócito normal, ocupando cerca de
90% da área da célula.
Os nucléolos, embora presentes na célula, raramente são
visíveis ao microscópio óptico, devido a condensação da
cromatina. Se vistos, eles aparecem como pequenas áreas
claras dentro do núcleo.
Citoplasma escasso e discretamente basofílico.

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LINFÓCITO

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LINFÓCITO
CARACTERÍSTICAS (LINFÓCITOS GRANDES):
Os linfócitos grandes têm morfologia heterogênea e o tamanho
varia entre 11-16 μm.
Possui cromatina menos densa do que a linfócito pequeno e
citoplasma mais abundante.
O núcleo pode ser ligeiramente maior do que o do linfócito
pequeno, porém, a diferença no tamanho da célula é atribuída,
principalmente, a uma quantidade maior de citoplasma.
Apresentam contorno mais irregular, diferente dos linfócitos

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pequenos que têm um contorno circular.
Citoplasma discretamente basofílico; cora-se de azul claro.

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NOTA: Os linfócitos de crianças, caracteristicamente, são


maiores e mais pleomórficos do que os de adultos.

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LINFÓCITO

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GRANDE LINFÓCITO GRANULAR
CARACTERÍSTICAS:
Os grandes linfócitos granulares têm características
morfológicas semelhantes a dos linfócitos grandes. A diferença
consiste na presença de grânulos citoplasmáticos grosseiros,
bem visíveis e que se coram de vermelho-arroxeado ou
azurófilo.
NOTA: Essas células consistem em uma população mista de
células Natural Killer e algumas células T citotóxicas.

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GRANDE LINFÓCITO GRANULAR

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Essas células podem representar de 10 a 20% dos linfócitos do
sangue periférico em indivíduos normais.
Os GLGs, rotineiramente, não são contados como uma população
separada de linfócitos.
Recomenda-se que os GLGs sejam contados como linfócitos, mas
devem ser comentados se estiverem em quantidade aumentada,
pois isso pode levar o médico a realizar investigações adicionais,
como a citometria de fluxo.

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GRANDE LINFÓCITO GRANULAR

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LINFÓCITO
Em adultos, os linfócitos são o segundo tipo de leucócitos mais
frequentes em sangue periférico. Já em criança e lactantes, o
número dessas células é consideravelmente mais alto e se mantém
assim até aproximadamente os 6 anos de idade. Dos 7 aos 13
anos, os linfócitos vão tendendo aos valores da fase adulta e,
dessa forma, é essencialmente importante usar valores de
referência específicos para a idade.
As linfocitoses, ou seja, aumento do número absoluto de linfócitos

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acima do esperado para idade, quando observadas, devem ser
avaliadas levando em consideração não só a contagem, mas
também as características morfológicas dessas células e os
aspetos clínicos do paciente.
As crianças, em relação aos adultos, são mais propensas a
apresentarem linfocitose e também alterações reacionais,
podendo aparecer linfócitos reativos mesmo em crianças
aparentemente sadias.
As principais causas de linfocitose são: infecções virais (incluindo
sarampo, rubéola, caxumba, influenza, hepatite A, mononucleose
infecciosa, citomegalovírus, dengue, infecção por HIV, certas
infecções bacterianas (por exemplo, coqueluche, tuberculose,
sífilis), pós esplenectomia, distúrbios linfoproliferativos (como
leucemia linfoide crônica).

atlas em hematologia
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LINFÓCITO
Linfocitoses transitórias também podem ser notadas, e geralmente
estão relacionadas com o estresse, ao infarto agudo do miocárdio,
parada cardíaca, trauma, entre outras condições.
A linfopenia, diminuição do número absoluto de linfócitos para
abaixo do valor de referência do esperado para a idade, é comum
como parte da resposta aguda ao estresse, embora seja
comumente ofuscada pelas alterações neutrofílicas coexistentes.

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Pode ocorrer, também, em um grande número de condições, tais
como: insuficiência renal aguda e crônica (incluindo pacientes em
diálise), em terapias com drogas citotóxicas e imunossupressores,
infecção aguda por HIV, artrite reumatoide, lúpus eritematoso
sistêmico, tuberculose, entre outras.

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atlas em hematologia
CAPÍTULO 3.1
ALTERAÇÕES
MORFOLÓGICAS
DOS LINFÓCITOS
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LINFÓCITO REATIVO
Linfócitos quando reagem a estímulos imunológicos, como os que
ocorrem em casos de processos inflamatórios ou infecciosos
(principalmente os virais), podem apresentar diversas alterações
morfológicas e também aumentar em quantidade.
CARACTERÍSTICAS:
Aumento do tamanho da célula para 16-30 μm, com relação
núcleo:citoplasma diminuída.
Núcleo arredondado, alongado ou irregular.

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A cromatina fica mais dispersa e clara do que a cromatina de
um linfócito em repouso e os nucléolos podem ser notados.
O citoplasma apresenta uma variação de cores desde o azul
pálido até o azul intenso. Frequentemente ocorre o aumento da
basofilia, que pode ser difusa (por todo o citoplasma), ou
localizada no citoplasma (principalmente nos pontos de
contato com as células adjacentes).
Vacúolos podem estar presentes.

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80
LINFÓCITO REATIVO
NOTA: Várias terminologias têm sido utilizadas para se referir aos
linfócitos reativos, tais como linfócitos atípicos, variantes,
estimulados, ativados, virócitos, entre outros.
No entanto, alguns hematologistas preferem não usar o termo atípico
para descrever os linfócitos normais (benignos) que estão reagindo a
um estimulo antigênico porque a palavra atípico traz uma conotação de
anormal.
O ICSH* recomenda que o termo linfócito reativo seja usado ​para
descrever os linfócitos com etiologia benigna, e o termo linfócito
anormal, para descrever linfócitos com suspeita de etiologia maligna

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ou clonal, juntamente com uma descrição da célula.

*ICSH (International Council for Standardization in Hematology).

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atlas em hematologia
LINFÓCITO REATIVO
81

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atlas em hematologia
LINFÓCITO REATIVO
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LINFÓCITO
PLASMOCITÁRIO
O linfócito plasmocitário, ou plasmocitoide, é uma célula
intermediária entre o linfócito B e o plasmócito. A célula recebe
esse nome devido a sua semelhança morfológica com o linfócito, e
por causa da basofilia citoplasmática intensa semelhante ao do
plasmócito.
CARACTERÍSTICAS:
Célula de tamanho variável.
O núcleo é central ou levemente lateralizado (excêntrico).

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A cromatina é menos aglomerada (mais imatura) do que a de um
plasmócito.
Um único nucléolo pode ser observado.
O citoplasma é intensamente basofílico.
NOTA: Ocasionalmente, esta célula é vista no sangue periférico de
paciente com infecções virais.

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Não confunda: Linfócitos Reativos e Monócitos
NOTA: O linfócito reativo, geralmente, tem o citoplasma limpo,
enquanto que o monócito tem o citoplasma “sujo”, com o aspecto de
vidro fosco.
Linfócitos Reativos Monócitos

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85
PLASMÓCITO
CARACTERÍSTICAS:
Célula geralmente oval, com baixa relação núcleo:citoplasma.
Núcleo arredondado e excêntrico.
Nucléolos não estão presentes.
Cromatina densa.
Citoplasma intensamente basofílico, com área clara e
perinuclear evidente, que corresponde ao complexo de Golgi.
Os vacúolos variam de ausentes a numerosos. Quando
numerosos, o plasmócito recebe o nome de célula de Mott.

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NOTA: De uma forma geral, os plasmócito são células teciduais,


porém, podem aparecer em sangue periférico como um aspecto do
mieloma múltiplo ou como fenômeno reacional. Em casos reacionais,
os plasmócito surgem, por exemplo, como resposta ao aumento da
secreção de interleucina 6 em infecção, inflamação ou após
vacinação.

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PLASMÓCITO

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CÉLULA DE MOTT
Como dito anteriormente, a célula de Mott, nada mais é do que um
plasmócito com diversos vacúolos ricos em imunoglobulinas do
tipo M (IgM). Os vacúolos têm tamanho e quantidade variável e
essa célula também é chamada de célula morular, célula em uva ou
em amora. A célula de Mott pode ter os vacúolos de tamanho e
quantidade variável.

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NOTA: Podem aparecer no sangue periférico em condições
reacionais e, também, nas doenças de células plasmáticas.

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atlas em hematologia
em algumas doenças
CAPÍTULO 4
linfoproliferativas crônicas
Linfócitos anômalos/neoplásicos

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LINFOMA FOLICULAR
O linfoma folicular é uma doença linfoproliferativa crônica da
linhagem B, que origina-se no centro germinativo.
É uma doença caracteristicamente de adultos e apresenta
predominância no sexo feminino. Ao diagnóstico, o paciente tem
em média mais de 60 anos de idade.
Cerca de 35% dos casos se infiltram na medula óssea e 15% em
sangue periférico.

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Ocasionalmente, a doença é diagnosticada após um esfregaço de
sangue casual quando não existem anormalidades no exame físico.
A quantidade de células linfomatosas circulantes pode ser raras ou
numerosas.

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LINFOMA FOLICULAR
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS:
As células linfomatosas, geralmente, apresentam-se como
células linfoides pequenas (algumas vezes podendo ser
menores do que as da LLC), com núcleo pequeno, cromatina
uniformemente condensada e citoplasma escasso.
Uma quantidade variável de células tem o núcleo com fendas ou
fissuras profundas e estreitas (núcleo clivado).
Em alguns casos, as células podem ser mais pleomórficas,
algumas maiores, com menos condensação de cromatina,

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núcleo clivado e citoplasma mais abundante. Nestes casos,
nucléolos pequenos, mas distintos, podem ser observados.
Raramente as células do linfoma contêm inclusões cristalinas.

NOTA: As células do linfoma folicular são mais resistentes a danos


mecânicos do que os linfócitos da leucemia linfoide crônica (LLC), e
por isso, na distensão sanguínea, geralmente, não são observados
frequentes restos celulares, como nos casos LLC, condição na qual
a fragilidade celular dos linfócitos é maior e se rompe no momento da
confecção do esfregaço sanguíneo.

atlas em hematologia
91
LINFOMA DO MANTO

O linfoma de células do manto é um distúrbio linfoproliferativo


crônico da linhagem B com citologia variável, tem incidência maior
aos 60 anos e é predominante no sexo masculino.
O envolvimento do sangue periférico ocorre em cerca de 2/3 dos
pacientes, e isso tem sido considerado indicativo de pior
prognóstico.

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CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS:
As células são pleomórficas, de pequeno a grande porte e com
núcleo irregular.
Cromatina moderadamente densa (porém menos condensada
do que de um linfócito pequeno).
Nas células pequenas, o nucléolo é indistinto e o citoplasma
escasso.
As células de médio porte, por sua vez, apresentam nucléolo
pequeno, mas distinto, e ocasionalmente na periferia
(lateralizado).
Algumas células podem apresentar núcleo e cromatina
semelhantes a dos blastos.

atlas em hematologia
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LINFOMA DO MANTO

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LINFOMA DE BURKITT
O linfoma de Burkitt é uma neoplasia caracterizada pela proliferação
de células B imunologicamente maduras.
É um linfoma altamente agressivo, mas que muitas vezes é curável
com esquemas de tratamento específicos, portanto, o seu rápido
reconhecimento é extremamente importante.
Muitos casos em adultos ocorrem em indivíduos
imunocomprometidos, como os infectados pelo vírus HIV.

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CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS:
Célula de médio a grande porte.
Relação núcleo:citoplasma variável.
Núcleo geralmente redondo, com cromatina finamente
aglomerada e nucléolos visíveis.
O citoplasma é intensamente basofílico e moderadamente
vacuolizado.
Os vacúolos também podem ser observados no núcleo.

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CÉLULA DE BURKITT

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NOTA: Variante leucêmica do linfoma de Burkitt, foi por muito tempo


classificada como LLA-L3, na classificação FAB. Mas não é mais
classificada dessa maneira, porque as células leucêmicas são células
B imunologicamente maduras e, por este motivo, não são células
precursoras.

atlas em hematologia
95
LEUCEMIA DE CÉLULAS
PILOSAS
A leucemia de células pilosas é uma neoplasia linfoproliferativa
crônica que resulta da proliferação clonal de células B. Ocorre ao
longo da vida adulta e é quatro vezes mais comum em homens do
que em mulheres.
As células presente na circulação, nessa condição, são
caracteristicamente mononucleares e com prolongamentos
citoplásticos que dão à doença o nome de “Tricoleucemia”,

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"leucemia de células pilosas" ou “leucemia de células cabeludas”
A porcentagem de células pilosas circulantes é muito variável e às
vezes estão ausentes. Ocasionalmente, em casos mais típicos, são
escassas e em outros casos são numerosas, causando um
aumento moderado na contagem de leucócitos.
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS:
São maiores do que os linfócitos típicos pequenos.
O núcleo é central ou ligeiramente excêntrico, porém,
geralmente, não entra em contato com a membrana
citoplasmática.
O formato do núcleo é comumente redondo a oval, mas pode
ocorrer alguma heterogeneidade.
A cromatina é parcialmente condensada. e os nucléolos
normalmente, não são visíveis.
Em algumas células particularmente espalhadas, pode-se notar
um nucléolo pequeno e indistinto com um contorno borrado.
Citoplasma basofílico, moderadamente abundante e com
projeções finas, comumente numerosas e ocupando toda a
circunferência da célula.
atlas em hematologia
96
LEUCEMIA DE CÉLULAS
PILOSAS

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NOTA: Em caso de suspeita de tricoleucemia e não sendo


encontradas células pilosas na distensão, pode-se preparar
uma concentração leucocitária (buffy coat) para uma melhor
avaliação.

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atlas em hematologia
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LEUCEMIA/LINFOMA DE
CÉLULAS T DO ADULTO
A leucemia de células T do adulto é uma neoplasia linfoproliferativa
crônica associada à infecção pelo HTLV-1 (vírus linfotrópico de
células T humanas). A doença ocorre, principalmente, em adultos
com mais de 40 anos de idade.
Apesar dessa associação com o HTLV-1, apenas uma pequena
porcentagem dos indivíduos infectados desenvolvem a doença.
Cerca de 80% dos casos apresentam, no hemograma, células

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neoplásicas circulantes.
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS:
Células pleomórficas de médio a grande porte.
Núcleo multilobulado, dando a célula uma aparência de flor ou
trevo.
A cromatina geralmente é condensada e sem nucléolos visíveis.
Algumas células, no entanto, podem apresentar cromatina
pouco densa e nucléolos.
O citoplasma é basofílico e com coloração de intensidade
variável.

atlas em hematologia
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LEUCEMIA/LINFOMA DE
CÉLULAS T DO ADULTO

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atlas em hematologia
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SINDROME DE SÉZARY
A síndrome de Sézary é uma neoplasia de células T maduras, que é
definida pela combinação de eritrodermia, linfoadenopatia
generalizada e presença de células T clonais neoplásicas (células
de Sézary) no sangue periférico, na pele e linfonodos. Ocorre
caracteristicamente em adultos com mais de 60 anos e é
predominante no sexo masculino.
As células de Sézary são linfócitos T neoplásicos que têm um
contorno nuclear muito irregular e convoluto (cerebriforme).

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A síndrome de Sézary está intimamente relacionada à micose
fungoide (linfoma cutâneo primário de células T), mas são
consideradas entidades separadas com base na diferença do
comportamento clínico e origem celular.
CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS NEOPLÁSICAS:
As células neoplásicas podem ser grandes ou pequenas e, em
alguns casos, apenas células pequenas ou células grandes
predominam em um mesmo paciente, e em outros casos, há
uma mistura dessas células.
As células pequenas de Sézary são semelhantes, em tamanho,
a um linfócito pequeno normal, têm citoplasma escasso, núcleo
com cromatina densa, superfície sulcada ou cerebriforme
(semelhante à superfície do cérebro) e nucléolo não visível.
As grandes células de Sézary têm mais citoplasma, núcleo
maior, convoluto ou cerebriforme (as alterações do núcleo são
mais evidentes).
O citoplasma varia de discreto a moderadamente basofílico,
com ou sem vacúolos.
atlas em hematologia
100
SINDROME DE SÉZARY

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atlas em hematologia
CAPÍTULO 5
promielócitos anômalos
Blastos nas leucemias agudas e

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BLASTOS

Os blastos são células imaturas que


apresentam algumas características
clássicas, tais como: alta relação núcleo:

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citoplasma, cromatina frouxa, nucléolo
evidente e citoplasma basofílico, que pode
ou não ter grânulos. Porém, a depender do
tipo de leucemia, na qual esses blastos
são observados, variações dessas
características padrão podem ser
notadas, incluindo a presença de
inclusões.
Por isso, neste módulo você encontrará
várias imagens de blastos em diferentes
tipos de leucemias.

atlas em hematologia
103
BLASTOS

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Distensão de sangue periférico de paciente com leucemia
aguda.

CARACTERÍSTICAS:
Célula de grande porte.
Alta relação núcleo:citoplasma.
Citoplasma basofílico.
Núcleo regular.
Cromatina frouxa e homogênea com nucléolo evidente.

atlas em hematologia
104
BLASTOS

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Distensão de sangue periférico de paciente com leucemia mieloide
aguda monoblástica sem maturação (LMA-M5a).

CARACTERÍSTICAS:
Célula de grande porte.
Relação núcleo:citoplasma variando de alta a moderada.
Citoplasma basofílico.
Cromatina frouxa, apresentando nucléolos.

atlas em hematologia
105
BLASTOS

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Distensão de sangue periférico de paciente com leucemia mieloide
aguda mostrando blasto com morfologia Cup-Like (blastos com
morfologia nuclear semelhante a uma xícara ou boca de peixe).

CARACTERÍSTICAS:
Células, geralmente, de médio porte.
Citoplasma variável, podendo ter grânulos azurófilos finos.
Núcleo com invaginação nuclear proeminente.
NOTA: Os blastos com morfologia cup-like estão associados a
leucemia mieloide aguda e quando observados na distensão
sanguínea, além de serem quantificados como blastos, as suas
características devem ser descritas no laudo.

atlas em hematologia
106
BLASTOS

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Distensão de sangue periférico de paciente com leucemia
linfoblástica aguda (LLA-L1) mostrando um linfoblasto.

CARACTERÍSTICAS:
Célula de pequeno porte.
Alta relação núcleo:citoplasma.
Núcleo regular, com cromatina pouco frouxa.
Nucléolo pouco evidente ou ausente.
Citoplasma basofílico, escasso e raramente apresentam
vacuolização.
DICA: A identificação de blastos de pequeno porte, por vezes, é complexa.
Em casos de dúvidas, compare as características da célula de difícil
classificação com uma célula que já foi identificada, dessa forma será mais
fácil perceber as alterações sutis e, juntamente com a avaliação do
hemograma e da clínica do paciente, chegar a classificação assertiva da
célula.

atlas em hematologia
107
BLASTOS

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Distensão de sangue periférico de paciente com leucemia
linfoblástica aguda (LLA-L2) mostrando dois linfoblastos.

CARACTERÍSTICAS:
Célula de pequeno porte, com tamanho e relação
núcleo:citoplasma variáveis.
Núcleo irregular com reentrâncias ou clivações.
Cromatina frouxa e nucléolos visíveis.
Citoplasma basofílico, raramente com vacúolos.

atlas em hematologia
108
BASTONETES DE AUER
Os bastonetes de Auer são inclusões citoplasmáticas semelhantes
a agulhas, formados pelo desenvolvimento anormal dos grânulos
primários.
São vistos em alguns subtipos de leucemia mieloide aguda e na
síndrome mielodisplásica. Porém, ocasionalmente, podem ser
observados em neutrófilos maduros, quando estes fazem parte do
clone neoplásico.

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NOTA: A presença dessas inclusões nos blastos é indicativo


de neoplasia da linhagem mieloide, portanto, quando
observadas, devem ser reportadas em laudo com uma
observação adequada.

atlas em hematologia
109
CORPOS DE PHI

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Distensão de sangue periférico de paciente com leucemia mieloide
aguda (LMA) mostrando um blasto com corpos de Phi.

Os Corpos de Phi já foram observados em casos de leucemia


mieloide aguda. São inclusões intracelulares arredondadas e com
coloração escura.
Estudos demonstraram que os corpos Phi derivam de grânulos
contendo catalase e são distintos dos bastonetes de Auer, que
derivam de grânulos (primários) contendo peroxidase.

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atlas em hematologia
110
BLASTOS/
PROMIELÓCITOS ANÔMALOS
CARACTERÍSTICAS DO PROMIELÓCITO HIPERGRANULAR:
Célula de médio a grande porte.
Relação núcleo:citoplasma variável.
Núcleo com contorno irregular, por vezes, em forma de rim,
bilobulado ou dobrado sobre si mesmo. Núcleo com um
contorno mais arredondado também pode ser observado.
O citoplasma tem características marcantes: a coloração varia
de basofílica a acidófila e, geralmente, não é aparente por causa

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da presença de numerosos grânulos azurofílicos.
Os grânulos apresentam coloração variando de vermelho vivo a
roxo e frequentemente são bastante escuros.
Essas granulações, muitas vezes, se sobrepõem ao núcleo e
são tão compactas que dificultam observação da cromatina e a
visualização de nucléolo. Outras vezes, essas granulações são
tão densamente compactadas que parecem se unir ao núcleo.
Existem casos ainda, onde as granulações podem ser bem mais
delicadas, dando a aparência de pó vermelho.
A forma como os grânulos estão distribuídos no citoplasma,
algumas vezes, é desordenada, com algumas regiões do
citoplasma sem grânulos e em outras com as granulações
características.
A área clara, que corresponde ao complexo de Golgi, raramente
é observada.

Distensão de sangue periférico de


paciente com leucemia promielocítica
aguda mostrando um promielócito
anômalo/blasto.

atlas em hematologia
111
BLASTOS/
PROMIELÓCITOS ANÔMALOS
NOTA: É comum encontrar nos promielócitos anômalos a presença
de numerosos bastonetes de Auer, que, geralmente, são longos e
finos, mas algumas vezes podem ser curtos e grossos. Estes
bastonetes exibem uma cor avermelhada característica. As células
com numerosos bastonetes de Auer são chamadas de Faggot Cell.

NOTA: Segundo a Organização Mundial da saúde, os

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promielócitos anômalos têm valor equivalente a
blastos na leucemia promielocítica aguda.

atlas em hematologia
BLASTOS/

atlas em hematologia
PROMIELÓCITOS ANÔMALOS
112

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113
BLASTOS/
PROMIELÓCITOS ANÔMALOS
CARACTERÍSTICAS PROMIELÓCITO HIPOGRANULAR:
Célula de médio a grande porte.
Cromatina frouxa e nucléolo evidente.
A morfologia nuclear é variável e nitidamente observada por
causa da falta da granulação.
O núcleo é irregular, pode ser bilobulado (com aspecto de asa
de borboleta), reniforme ou convoluto.
Citoplasma pálido, mais abundante e de cor azul (basofílico) ou

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azul-acinzentado.
O citoplasma apresenta-se de forma agranular ou pode exibir
grânulos dispersos e bastonetes de Auer.
Raros promielócitos hipergranulares podem ser vistos, mas a
maioria é hipogranular.

Distensão de sangue periférico de


paciente com leucemia promielocítica
aguda hipogranular mostrando
blastos/promielócitos anômalos.

DICA: O formato do núcleo do promielócito também pode lembrar a


um fone de telefone antigo, com as duas extremidades mais largas
e arredondas do que a parte central que é alongada e dobrada para
o mesmo lado.

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BLASTOS/

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PROMIELÓCITOS ANÔMALOS
114

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condições clínicas.
CAPÍTULO 6
de pacientes com diferentes
Imagens de distensão sanguínea

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116
IMAGENS

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Linfócitos em distensão sanguínea de paciente com leucemia linfocítica
crônica- B, apresentando inclusões citoplasmáticas cristalinas.
Em raros pacientes com LLC, pode-se notar estes cristais, incolores,
curtos e espessos, alguns podem ser mais retangulares. Estes cristais,
provavelmente, representam imunoglobulina e não têm significado
prognóstico particular.

atlas em hematologia
117
IMAGENS

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Dois blastos, um linfócito reativo e um monócito em um paciente com
síndrome mielodisplásica.

Dois linfócitos anômalos com núcleo multilobulado em um paciente


com Leucemia linfoma de células T do adulto.

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Oito blastos/promielócitos anômalos hipergranulares em um paciente
com leucemia promielocitica aguda.

Doze blastos/promielócitos anômalos hipogranulares em um paciente


com leucemia promielocitica aguda.

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Dois linfócitos reativos e um linfócito tipico em um paciente com
mononucleose infecciosa.

Dois linfócitos reativos em um paciente com dengue.

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Quatro prolinfócitos e um linfócito típico em um paciente com
leucemia prolinfocítica.

Um linfócito anômalo, um linfócito típico e um segmentado em um


paciente com linfoma de Burkitt.

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Um blasto (canto inferior), um linfócito reativo (lado direito) e um
linfócito típico na parte superior em um paciente com LLA L1.

Três blastos e um linfócito típico em um paciente com LLA L2.

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Um linfócito reativo, um blasto e uma plaqueta gigante hipogranular em
um paciente com Síndrome mielodisplásica.

Nove blastos, um bastonete e um segmentado em um paciente com


leucemia aguda.

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Sete linfócitos e numerosas manchas de Gumprecht em um paciente
com leucemia linfocítica crônica.

Um plasmócito em um paciente com Mieloma Múltiplo.

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Dois linfócitos anômalos e três linfócitos típicos em um paciente com
llinfoma do manto.

Três neutrófilos hipossegmentados em um paciente com a Anomalia


de Pelger-Huet.

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Um neutrófilo segmentado com bastonetes de Auer em um paciente
em tratamento de leucemia promielocítica aguda.

Dois tricoleucócitos em um paciente com tricoleucemia.

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Um linfócito anômalo com núcleo convoluto e um eosinófilo em um
paciente com síndrome de Sézary.

Dois promonócitos em um paciente com leucemia da linhagem


monocítica.

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Cinco segmentados com granulações tóxicas em um paciente com
infecção bacteriana.

Um segmentado com vacuolização e inclusão azul-esverdeada (cristal


da morte) em seu citoplasma. Abaixo do segmentado, tem um núcleo
de um eritroblasto em um paciente com COVID grave.

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Um segmentado apresentando histoplasmas fagocitados em seu
citoplasma, um eritroblasto e um resto celular em um paciente
internado com HIV positivo.

Um monócito fagocitando uma hemácia (eritrofagocitose) e um


segmentado em um paciente com anemia hemolítica autoimune.

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Numerosos blastos e alguns com vacuolização em um paciente com
leucemia aguda.

Um blasto e dois segmentados hipogranulares em um paciente com


Síndrome mielodisplásica.

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Três neutrófilos, dois com hipersegmentação nuclear em um paciente
com anemia megaloblastica.

Seis blastos e um linfócito típico em um paciente com leucemia aguda.

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REFERÊNCIAS
WHO classification of tumours of haematopoietic and lymphoid
tissues / edited by Steven H. Swerdlow, Elias Campo,Nancy Lee Harris,
Elaine S. Jaffe, Stefano A. Pileri, Harald Stein, Jurgen Thiele. - Revised
4th edition.
Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas / Márcio Antonio
/Wanderley de Melo / Cristina Magalhães da Silveira – 1. ed. – Rio de
janeiro: Rubio, 2015.

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Recomendações Do Icsh Para A Padronização Da Nomenclatura E Da
Graduação Das Alterações Morfológicas No Sangue Periférico.
(Tradução e adaptação do Dr. Marcos Kneip Fleury – Assessor
Científico do PNCQ em Hematologia).
Oliveira, Raimundo. Atlas de Hematologia. – 1.ed. – São Paulo: Livraria
Médica Paulista Editora, 2014.
Bain, Barbara J. Células sanguíneas : um guia prático; [tradução: Renato
Failace]. – 5. ed. – Porto Alegre : Artmed,2016.
Rozenberg, Gillian. Microscopic Haematology: a practical guide for the
laboratory. 3rd ed. Elsevier, 2011
Giuseppe d’Onofrio and Gina Zini. Morphology of Blood Disorders
(Translated by Barbara J. Bain, Dip ELIC IoL, Dip Trans IoL, AIL). - 2nd. ed.
Wiley Blackwell, 2015.
Rodak, Bernadette F., Jacqueline H. Carr. Clinical hematology atlas. –
5th ed., Elsevier, 2016.

atlas em hematologia
132
REFERÊNCIAS
Shirlyn B. McKenzie, J. Lynne Williams, Kristin Landis-Piwowar. Clinical
laboratory hematology. 3rd ed. Pearson, 2015.
Barbara J. Bain, Imelda Bates, Michael A. Laffan and S. Mitchell Lewis.
Dacie and Lewis Practical Haematology. 12th ed. Elsevier, 2017.
Barbara J. Bain. Leukaemia Diagnosis. 5th ed. Wiley Blackwell, 2017.
Naoum, Flávio Augusto. Doenças que alteram os exames

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hematológicos / Flávio Augusto Naoum. - 2. ed. - Rio de Janeiro:
Atheneu, 2017.
Failace, Renato. Hemograma : manual de interpretação. – 6. ed. – Porto
Alegre : Artmed, 2015. e-PUB.
ICSH recommendations for the standardization of nomenclature and
grading of peripheral blood cell morphological featuresL. Palmer, C.
Briggs, S. McFadden, G. Zini, J. Burthem, G. Proytcheva, S. J. Machin.
Bachti Alisjahbana, Ian Huang, Amaylia Oehadian. The detection of
Howell-Jolly body-like inclusions in a case of coronavirus disease-
2019 (COVID-19). BLOOD RESEARCH.Volume 55ㆍNumber 4ㆍ
December 2020. https://doi.org/10.5045/br.2020.2020186.
R. GRANT ROWE AND ERICA ERICK. Howell-jolly–like bodies in
neutrophils. Blood, 23 April 2015 x volume 125, number 17.
Cantu, M. Et al. Clinical significance of blue-green neutrophil and
monocyte cytoplasmic inclusions in SARS-CoV-2 positive critically ill
patients. British Journal of Haematology, 2020,190,e 57–e94.

atlas em hematologia
133
REFERÊNCIAS
Vicent-Steijn, R. et al., Green inclusions in neutrophils: A critical finding
that must be reported. Int J Lab Hematol. 2019; 00:1–4.
Timothy O. Hodgson, Anna Ruskova, Clare J. Shugg, Vivian J. McCallum,
Ian M. Morison. Green neutrophil and monocyte inclusions – time to
acknowledge and report. British Journal of Haematology,
2015,170,229–235.
Cardullo, L et al. Significance of Phi bodies in acute leukaemia J Clin

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Pathol: first published as 10.1136/jcp.34.2.153 on 1 February 1981.
Bharat Ramla and Joseph A. DiGiuseppe. Intracytoplasmic crystalline
inclusions in chronic lymphocytic leukemia. Clin Case Rep.
2019;7:1460–1461.
Oliveira, Raimundo. Atlas de Hematologia. – 1.ed. – São Paulo: Livraria
Médica Paulista Editora, 2014.

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