Você está na página 1de 20

Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.

com
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

Olá, tudo bem?


Gostaríamos de te agradecer por adquirir um material do
@guiaparaenfermagem. O nosso material é feito com amor para
te ajudar a alcançar o seus objetivos nos estudos. Esperamos
que você goste e que se sinta bem ao estudar.

Este conteúdo destina-se exclusivamente a exibição privada. É proibida toda forma


de reprodução, distribuição ou comercialização do conteúdo.

Qualquer meio de compartilhamento, seja por google drive, torrent, mega, whatsapp,
redes sociais ou quaisquer outros meios se classificam como ato de pirataria,
conforme o art. 184 do Código Penal.

Caso haja pirataria do material, o cliente registrado no produto estará sujeito a responder
criminalmente, conforme o artigo 184 do Código Penal com pena de 3 meses a 4 anos de reclusão
ou multa de até 10x o valor do produto adquirido (segundo o artigo 102 da Lei nº 9.610)

Entretanto, acreditamos que você é uma pessoa de bem que


está buscando se capacitar através dos estudos e que jamais
faria uma coisa dessa não é? A equipe Amo Resumos agradece a
compreensão e deseja a você um ótimo estudo.

Está com alguma dúvida? Envia para


suporte@amoresumos.com
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

1- PÂNCREAS ENDÓCRINO .......................................................................................................01

2- HORMÔNIOS PANCREÁTICOS .............................................................................................01


2.1 SOBRE A SÍNTESE .............................................................................................................01

3- INSULINA ...................................................................................................................................01
3.1 SÍNTESE DA INSULINA ...................................................................................................01
3.2 SECREÇÃO DA INSULINA ..............................................................................................02
3.3 ATIVAÇÃO DA INSULINA NOS RECEPTORES DAS CÉLULAS-ALVO ..................03
3.4 EFEITOS DA INSULINA PÓS-ATIVAÇÃO DOS RECEPTORES DAS CÉLULAS-
ALVO ...........................................................................................................................................03
3.5 EFEITOS DA INSULINA NO METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS ....................03
3.6 A INSULINA GERA CAPTAÇÃO E METABOLISMO DE GLICOSE NOS MÚSCULOS ..03
3.7 A INSULINA PROMOVE CAPTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E UTILIZAÇÃO DA
GLICOSE HEPÁTICA ................................................................................................................04
3.8 A GLICOSE É LIBERADA DO FÍGADO ENTRE AS REFEIÇÕES ...............................04
3.9 A INSULINA PROMOVE A CONVERSÃO DO EXCESSO DE GLICOSE EM ÁCIDOS
GRAXOS E INIBE A GLICONEOGÊNESE NO FÍGADO ......................................................04
3.10 A FALTA DO EFEITO DA INSULINA SOBRE A CAPTAÇÃO E UTILIZAÇÃO DA
GLICOSE PELO ENCÉFALO ...................................................................................................05
3.11 EFEITOS INSULÍNICOS NO METABOLISMO DAS GORDURAS ...........................05
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

3.12 A INSULINA PROMOVE A SÍNTESE E ARMAZENAMENTO DAS GORDURAS .05


3.13 O DÉFICIT DE INSULINA AUMENTA O USO ENERGÉTICO DE GORDURAS ....05
3.14 EFEITOS DA INSULINA NO METABOLISMO DAS PROTEÍNAS ..........................06
3.15 RELAÇÕES DA INSULINA COM OUTROS HORMÔNIOS E COM O SISTEMA
NERVOSO AUTÔNOMO ..........................................................................................................06
3.16 A RELAÇÃO DA INSULINA COM OUTROS HORMÔNIOS NO METABOLISMO
DOS CARBOIDRATOS, PROTEÍNAS E LIPÍDIOS ...............................................................07
4- ILHOTAS PANCREÁTICAS - GLUCAGON ...........................................................................07
4.1 EFEITOS DO GLUCAGON NO METABOLISMO DA GLICOSE ..................................07
4.2 O GLUCAGON PROVOCA GLICOGENÓLISE E AUMENTO DA CONCENTRAÇÃO
DE GLICOSE SANGUÍNEA ......................................................................................................08
4.3 O GLUCAGON AUMENTA A GLICONEOGÊNES ........................................................08
4.4 OUTROS EFEITOS DO GLUCAGON ...............................................................................08
4.5 REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE GLUCAGON ...........................................................08
4.6 AUMENTO DOS AMINOÁCIDOS NO SANGUE ESTIMULA A SECREÇÃO DE
GLUCAGON
...............................................................................................................................08
4.7 OS EXERCÍCIOS FÍSICOS ESTIMULAM A SECREÇÃO DE GLUCAGON ................09
4.8 A SOMATOSTATINA INIBE A SECREÇÃO DA INSULINA E DO GLUCAGON .....09
5- REGULAÇÃO DA GLICOSE .....................................................................................................09
6- IMPORTÂNCIA DA REGULAÇÃO DA GLICOSE SANGUÍNEA .......................................10
6.1 MOTIVOS PELO QUAL É IMPORTÂNTE QUE A GLICOSE SANGUÍNEA NÃO
AUMENTE DEMAIS .................................................................................................................10
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

7- DIABETES MELLITUS .............................................................................................................10


7.1 DIABETES MELLITUS TIPO 1 .........................................................................................10
7.2 A CONCENTRAÇÃO DE GLICOSE ATINGE NÍVEIS EXTREMAMENTE ALTOS NA
DIABETES MELLITUS E GERA CONSEQUÊNCIAS PATOLÓGICAS ..............................11
7.3 DIABETES MELLITUS TIPO 2 .........................................................................................11
7.4 TRATAMENTO PARA DIABETES MELLITUS .............................................................12
7.5 TRATAMENTO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM DIABÉTICOS .............13
8- HIPOGLICEMIA ......................................................................................................................14
8.1 INSULINOMA - HIPERINSULINISMO ..........................................................................14
8.2 CHOQUE HIPOGLICÊMICO ............................................................................................14
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

Cada célula das ilhotas são responsáveis pela produção de


PANCRÊAS ENDÓCRINO determinado tipo de hormônio.

O pâncreas além de sua função exócrina, sendo um Células Beta: 60% das ilhotas, síntetiza e secreta
importante produtor de substâncias que favorecem a a insulina e a amilina (IAPP).
digestão (suco pancreático), é um órgão produtor e Células Alfa: 25% das ilhotas, sintetiza e secreta
secretor de hormônios endócrinos. o glucagon.
Células Delta: 10% das ilhotas, sintetiza e secreta
a somatostatina.
Células PP: são células presentes em pouca
quantidade nas ilhotas de Langerhans, que
secretam o Polipeptídio Pancreático (ou apenas
PP).

HORMÔNIOS PANCREÁTICOS –
INSULINA
HORMÔNIOS PANCREÁTICOS
É um hormônio que apresenta papel importante no
Dentre os hormônios secretados pelo pâncreas destacam-
armazenamento do excesso de energia, tal fato, é um dos
se 2, a insulina e o glucagon, que possuem atividades
principais associado a este hormônio.
extremamente importantes na regulação do metabolismo
de carboidratos, lipídeos e proteínas.
SÍNTESE DA INSULINA
SOBRE A SÍNTESE
A insulina é formada por 2 cadeias de aminoácidos,
Ocorrem em um conjunto de células cercadas de pequenos sintetizada nas ilhotas de Langehans, pelas células beta.
capilares, as conhecidas Ilhotas de Langerhans (ou Ilhotas 1. Ocorre a tradução do RNAm para formar a pré-
Pancreáticas). insulina no retículo endoplasmático rugoso
Os capilares ao redor são importantes, pois após a síntese 2. Após esse processo ocorre a formação da molécula de
e estimulo secretor essas células liberam os hormônios pró-insulina e dos grânulos dessa molécula proteica
nestes capilares que partem pela corrente sanguínea no complexo de Golgi (Cadeia A, B e C).
exercendo suas funções. 3. Apenas 5-10% é secretado como produto final.
As ilhotas de Langerhans são compostas por 3 tipos Os grânulos armazenadores da insulina ficam
principais de células, Alfa, Beta e Delta. armazenados no RER (retículo endoplasmático rugoso) e
CÉLULAS DELTA
são eliminados por exocitose.
CÉLULAS ALFA
CÉLULAS BETA

CAPILARES
ILHOTAS DE LANGEHANS

01
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

Sobre a Amilina: é um hormônio de efeito


sacietogênico, pois retarda o esvaziamento
gástrico, tal fato permite o maior contato do
alimento na sua forma de quimo no intestino
delgado com a mucosa intestinal, o que gera
maior absorção da glicose. Também aumenta a
secreção de glucagon.

SECREÇÃO DA INSULINA A presença de glicose a mais intracelular


desencadeia elevação da concentração de Cálcio
Apresenta duas fases, liberação rápida e lenta. A secreção
Intracelular, o que leva a exocitose dos grânulos que
é de tipo bifásica.
possuem insulina e também pode estimular a
Liberação Rápida: é liberada a insulina pré- secreção de insulina.
formada e armazenada nos grânulos. Processo
essencial para o controle hiperglicêmico após as
refeições (pós-grandial).
Liberação Lenta: mediada pelo estímulo
hiperglicêmico e pós-grandial. A insulina é
produzida e secretada na presença estimulante
da glicose.
Ocorre também a Liberação Antecipatória da Insulina,
fato importante para o controle glicêmico e não
dependente apenas da hiperglicemia, pois ocorre de
estímulos visuais, auditivos e olfatórios, fator que é
conhecido como Fase Cefálica da Digestão.
Também no intestino delgado, quando o alimento chega
no Íleo (quimo), ocorre a estímulo para a liberação de
Insulina pelas incretinas intestinais, sendo importante
para evitar a hiperglicemia pósprandial.

Incretinas Sintéticas: são hormônios que 1. A glicose adentra na célula e é fosforilada, pela
controlam a glicemia. glicocinase e torna-se glicose-6- fosfato.
Produzem estímulo para a secreção de 2. A glicose-6-fosfato é posteriormente oxidada, o que
insulina gera a formação de ATP.
Inibem a secreção de glucagon 3. O ATP inibe os canais de potássio sensíveis ao ATP da
Secreção de amilina própria célula, fechando esses canais.
Estimulam o aumento da massa populacional 4. Em resposta a isso, ocorre a abertura dos canais de
de células beta cálcio, devido a alteração de polaridade da membrana
Estímulo Liberatório de Insulina: o principal causada pelo fechamento dos canais de potássio.
estímulo é o aumento da concentração 5. O influxo de cálcio estimula-o a ligar-se com os
intersticial da glicose. grânulos que contêm as moléculas de insulina,
A glicose, nas células beta, atravessa pela membrana favorecendo então a secreção da insulina no líquido
por seus transportadores específicos, GLUT 1 e GLUT 2. extracelular.

02
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

1. A glicose que entra nos tecidos é rapidamente


ATIVAÇÃO DA INSULINA NOS RECEPTORES DAS
fosforilada.
CÉLULAS-ALVO
2. A membrana celular se torna mais permeável a
maioria dos aminoácidos, também dos íons de
Para que os efeitos comecem, a insulina se liga ao seu
potássio e fosfato, o que facilita o transporte de
receptor proteico na célula-alvo.
substâncias para a célula.
Esses receptores são uma unidade formada por 2
3. As atividades metabólicas também apresentam
cadeias/subunidades diferentes unidas por ligações de
efeitos mais lentos, que iniciam após o estímulo da
dissulfeto (ligados por átomos de enxofre), sendo uma
insulina. Esses estímulos lentos geram modificação da
Cadeia Alfa que está no meio Externo da Membrana e
atividade enzimática de muitas enzimas responsáveis
outra Beta, que está no meio Interno da Membrana.
pelo metabolismo intracelular.

EFEITOS DA INSULINA NO METABOLISMO DOS


CARBOIDRATOS

Após uma refeição que seja rica em carboidratos,


rapidamente ocorre a secreção de insulina, para que
ocorra a captação da glicose sanguínea.
A insulina gera armazenamento e uso da glicose em quase
todos os tecidos, principalmente no tecido muscular,
adiposo e hepático.

A INSULINA GERA CAPTAÇÃO E METABOLISMO DE


A insulina ao se ligar aos receptores Alfa, induz a entrada GLICOSE NOS MUSCULOS
total da subunidade Beta na célula, levando a fosforilação
dessa subunidade. Ao longo do dia os músculos usam como fonte de energia a
A unidade Beta quando é autofosforilada, ocorre a glicose e também os ácidos graxos. Isso porque a
ativação de uma enzima quinase proteica, a membrana muscular é permeável a glicose, exceto
tirosinocinase, que fosforila outras enzimas quando a membrana é estimulada pela insulina.
intracelulares, em especial o grupo IRS (substratos do
Duas condições fazem os músculos usarem grandes
receptor de insulina).
quantidades de glicose.
A fosforilação desse grupo IRS gera um efeito global de A prática de exercícios físicos moderados ou intensos,
ativação ou inativação de enzimas simultaneamente, e além disso, a captação de glicose nesse caso não
assim, a insulina consegue gerir efeitos metabólicos nos necessita de grande estimulo da insulina, pois
carboidratos, lipídios e proteínas. naturalmente os miócitos se tornam mais permeáveis
a glicose e esse fato se deve a própria natureza
EFEITOS DA INSULINA PÓS-ATIVAÇÃO DOS
energética da contração muscular.
RECEPTORES DAS CÉLULAS-ALVO Nos primeiros minutos/horas após a refeição a
glicose sanguínea se eleva bastante, o que faz com que
1. Após o acoplamento da insulina aos seus receptores
o pâncreas secrete muita insulina, que induz ao
nas células-alvo, cerca de 80% ou mais das células do
transporte da insulina ao tecido muscular e faz com
organismo passam a captarem bem mais glicose.
que o mesmo tenha preferência a glicose do que aos
ácidos graxos.
03
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

Armazenamento de Glicogênio nos Músculos: A redução/ausência da insulina com o aumento do


caso os músculos não se exercitem depois da glucagon, leva a ativação da enzima fosforilase
refeição, a glicose será armazenada na forma de hepática, que causa clivagem do glicogênio em
glicogênio muscular. Tal fato dá aos músculos a glicose-fosfato.
capacidade de armazenar conteúdo energético A enzima glicose fosfatase é ativada pela ausência de
para quando for exercitado. insulina, assim, retira o radical fosfato da glicose,
A INSULINA PROMOVE CAPTAÇÃO, permitindo que a mesma passe pela membrana
celular, ou seja, o glicogênio se tornou glicose
ARMAZENAMENTO E UTILIZAÇÃO DA GLICOSE
novamente.
HEPÁTICA
A insulina exerce efeito na captação da glicose pós- O efeito do aumento da insulina gera captação da glicose,
prandial e induz quase toda essa glicose a ser já quando a mesma cai, ocorre estímulos para a liberação
armazenada no fígado como glicogênio. do glicogênio.
A insulina inibe as ações da fosforilase hepática e Quando a glicose sanguínea diminui, ocorre então o
glicose fosfatase (Enzimas que quebram o glicogênio estimulo para o cesse da síntese de glicogênio e
hepático em glicose), o que permite maior consequentemente com a presença do glucagon, ocorre o
armazenamento do glicogênio. estimulo para a liberação da glicose na corrente
A insulina gera aumento da captação da glicose sanguínea.
sanguínea pelas células hepáticas, pelo aumento da
atividade da enzima glicocinase. A glicose fosforilada A INSULINA PROMOVE A CONVERSÃO DO EXCESSO
fica temporariamente no fígado. DE GLICOSE EM ÁCIDOS GRAXOS E INIBE A
A insulina promove o aumento das atividades GLICONEOGÊNSE NO FÍGADO
enzimáticas responsáveis pela polimerização das
unidades monossacarídicas da glicose, ação dada Quando a quantidade glicose que entra no fígado é maior
principalmente pela enzima glicogênio sintase. do que o que pode ser armazenado na forma de glicogênio
O efeito insulínico no fígado é de alcançar o ou que pode ser utilizada para o metabolismo dos
armazenamento de glicose no fígado, portanto, em hepatócitos, a insulina promove a conversão do excesso
glicogênio hepático. de glicose em ácidos graxos.

Os ácidos graxos são empacotados na forma de


A GLICOSE É LIBERADA DO FÍGADO ENTRE AS triglicerídeos ou em Lipoproteínas de Muito Baixa
REFEIÇÕES Densidade (VLD) e levados pela corrente sanguínea aos
sítios de tecido adiposo, sendo armazenados como
Após as refeições a glicose sanguínea tende a diminuir, gordura.
assim, o fígado passa a liberar glicose no sangue para que
o organismo mantenha seu metabolismo normal, A insulina também reduz a gliconeogênese, que ocorre
evitando quedas extremas da glicose sanguínea. principalmente pela inibição das atividades enzimáticas
A redução da glicose sanguínea exerce estímulo na hepáticas envolvidas na gliconeogênese. Esse efeito é
redução da secreção de insulina pelo pâncreas. subsequente de outros, pois a insulina inibe/reduz a
A redução da insulina interrompe os efeitos de captação de aminoácidos e peptídeos (que seriam
captação de glicose pelas células hepáticas e também necessários para a gliconeogênese) para o fígado.
interrompe o processo da síntese de glicogênio por
essas células.
04
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

A FALTA DO EFEITO DA INSULINA SOBRE A Aumento do Transporte de Glicose ao Fígado por


CAPTAÇÃO E UTILIZAÇÃO DA GLICOSE PELO Efeitos da Insulina: quando a glicose entra nos
hepatócitos, ocorre a síntese de glicogênio.
ENCÉFALO
Quando a concentração de glicogênio atinge o
A insulina apresenta pouco efeito sobre o tecido do nível máximo, automaticamente, ocorre a
encéfalo. Assim, naturalmente o encéfalo apresenta inibição da síntese de glicogênio. A partir disso,
permeabilidade a glicose, de forma que não é preciso o toda glicose que entra no fígado é disponibilizada
usso de insulina para a entrada da glicólise nos como gordura.
neurônios. Ciclo do Ácido Cítrico: durante esse ciclo,
quantidades excessivas de íons de citrato e de
O encéfalo utiliza normalmente e preferencialmente a isocitrato são produzidas, quando a glicose está
glicose como fonte energética. sendo excessivamente utilizada como fonte de
energia.
EFEITOS INSULÍNICOS NO METABOLISMO DAS
GORDURAS Formação de Ácidos Graxos gera a Síntese de
Triglicerídeos: os ácidos graxos são utilizados
A falta de insulina a longo prazo provoca frequentemente para formar triglicerídeos, e assim são liberados
aterosclerose extrema, que consequentemente é do fígado ao sangue. A insulina nos capilares do
acompanhada de ataques cardíacos, palpitações, infartos, tecido adiposo ativa lipoproteína lipase, que
acidentes vasculares cerebrais, isquemia e outros quebra esses triglicerídeos, para que possam ser
acidentes/patologias cardiovasculares. absorvidos como ácidos graxos pelos adipócitos.
A insulina também tem outros 2 importantes efeitos no
A INSULINA PROMOVE A SÍNTESE E armazenamento das gorduras dentro dos adipócitos.
ARMAZENAMENTO DAS GORDURAS
A Insulina Inibe a Ação da Lipase Hormônio-
Os efeitos insulínicos no metabolismo das gorduras leva Sensível: essa enzima é responsável pela
ao armazenamento de gorduras, pois a insulina promove hidrólise dos triglicerídeos no tecido adiposo, o
o aumento do uso da glicose pelos diversos tecidos do que auxilia no armazenamento de gorduras.
organismo, o que consequentemente reduz o uso da
A Insulina promove o Transporte de Glicose aos
energia armazenada.
Adipócitos: atráves da membrana capilar, a
A insulina também promove a síntese de ácidos graxos, insulina facilita a entrada de glicose no tecido
quando a ingestão de carboidratos é maior que o adiposo e leva a glicose ao tecido muscular.
necessário para a utilização energética, o que fornece
material para a formação de gordura. O DÉFICIT DE INSULINA AUMENTA O USO
A grande maioria da síntese de gordura acontece no ENERGÉTICO DE GORDURAS
fígado, onde posteriormente os ácidos graxos são levados
Quando há déficit de insulina, a quebra dos lipídios para
até os adipócitos.
ser utilizado como fonte de energia aumenta em todos os
Diversos fatores contribuem para o aumento da síntese de aspectos. Esse processo ocorre normalmente entre as
ácidos graxos. refeições.

05
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

Na ausência de insulina os efeitos de


A insulina gera um efeito prolongado e mais
armazenamento são revertidos. A enzima lipase
tardio, onde a mesma gera um efeito seletivo de
hormônio-sensível fica extremamente ativa, o
sequências genéticas dentro do núcleo, onde o
que permite grande liberação de ácidos graxos e
efeito é capaz de aumentar a produção de RNAm
de glicerol no sangue.
e consequentemente a síntese de novas
Com o excesso de ácidos graxos no plasma e a falta de proteínas. Essas enzimas são voltadas para o
insulina, no fígado ocorre a conversão dos ácidos graxos armazenamento de carboidratos, proteínas e
em fosfolipídios e colesterol. Essas duas substâncias se gorduras.
assosiam aos triglicerídios e são liberados no sangue.
Assim, tem-se o aumento da concentração de lipídeos A insulina inibe o catabolismo proteico, assim,
plasmáticos. ocorre menos liberação de aminoácidos das
células, e ocorre principalmente nos músculos.
A ausência da insulina gera excesso de ácido
acetoacético nos hepatócitos. Isso devido o déficit A insulina é um hormônio inibitório da
de insulina que aumenta os ácidos graxos nas gliconeogênese no fígado, pelo estímulo inibitório
células hepáticas e o transporte desses para as sobre a enzimas responsáveis pela
mitocôndrias. Onde nas mitocôndrias os ácidos gliconeogênese, que usam como substrato
graxos são betaoxidados, liberando acetil-CoA, principal os aminoácidos plasmáticos.
Que é condensada e forma o ácido acetoacético.
O déficit de insulina causa depleção dos
Corpos Cetônicos: no metabolismo dos ácidos aminoácidos e aumento dos aminoácidos
graxos, origina-se o ácido acetoacético, que plasmáticos. Pois as reservas de proteínas são
libera o ácido 3-hidroxibutírico e acetona. Esses cessadas e depreciadas quando a insulina está
compostos são chamados de corpos cetônicos . deficiente.
O excesso desses corpos cetônicos no sangue Catabolismo proteico aumenta
é chamado cetose. Síntese proteica diminui
Em quadro grave de diabestes a cetose evolui Concentração plasmática de aminoácidos
para o estado patológico de acidose. aumenta
A insulina por ser necessária para a síntese de
EFEITOS DA INSULINA NO METABOLISMO DAS
proteínas, também é necessária para o
PROTEÍNAS crescimento. Quando administrada insulina com
A insulina gera a síntese e armazenamento de proteínas GH os efeitos sobre o crescimento são notórios,
nos tecidos. pois esses hormônios agem de forma sinérgica.
Após as refeições carboidratos, proteínas e gorduras são Cada hormônio atua com sua especificidade
armazenadas nos tecidos, e a insulina que permite isso. sem alterar a ou se interpor as ações do
outro.
Existem alguns mecanismos responsáveis pelos efeitos
insulínicos no metabolismo proteico. RELAÇÕES DA INSULINA COM OUTROS HORMÔNIOS
A insulina juntamente com o GH gera estímulo E COM O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
para a captação de aminoácidos aos tecidos.
Outros hormônios aumentam ou potencializam o estimulo
A insulina gera estímulo para a síntese de novas da glicose para aumentar a secreção de insulina.
proteínas, pois possui capacidade inexplicada de Glucagon e o Hormônio do Crescimento (GH)
"ligar e desligar" o maquinário ribossômico.
06
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

Em menor estímulo encontra-se também a A epinefrina atua aumentando a


Progesterona e o Estrogênio. concentração de glicose plasmática durante
O fator de risco em relação a esses hormônios é o excesso períodos de estresse e o sistema simpático
prolongado da secreção desses hormônios. encontra-se estimulado.
A secreção de grandes quantidades de insulina pelas Norepinefrina
ilhotas pancreáticas, gera exaustão das mesmas, fato que
ILHOTAS PANCREÁTICAS –
pode gerar diabetes mellitus.

Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático: os


GLUCAGON
estímulos parassimpáticos no pâncreas levam ao O glucagon é um hormônio produzido também pelas
aumento da secreção de insulina, já os estímulos ilhotas pancreáticas, especificamente pelas células alfa.
simpáticos levam a diminuição. Atua oposto a insulina, na maioria dos efeitos, pois gera
A RELAÇÃO DA INSULINA COM OUTROS aumento da glicose sanguínea (glicemia).

HORMÔNIOS NO METABOLISMO DOS


CARBOIDRATOS, PROTEÍNAS E LIPÍDEOS

A insulina promove o uso dos carboidratos como fonte


energética e deprime o uso dos lipídeos, já quando a
insulina é ausente ocorre o contrário (exceto no encéfalo).
O estimulo que controla a alternância fisiológica é a
glicemia, ou seja, glicose sanguínea.

Baixa Concentração de Glicose: a glicemia baixa


estimula o uso de lipídios como fonte de energia Tipo de Hormônio: é um hormônio peptídico
(exceto no encéfalo). (proteico), tal como a insulina.
Aumento da Concentração de Glicose: o aumento É também chamado de hormônio hiperglicêmico,
da glicemia gera aumento da secreção de por ser responsável pelo aumento da glicose
insulina para usar os carboidratos como fonte de sanguínea.
energia ao invés dos lipídios.
Excesso de Glicose: o excesso de glicose é EFEITOS DO GLUCAGON NO METABOLISMO DA
armazenado como glicogênio hepático, muscular GLICOSE
e em lipídios (hepático e extra-hepático).
Outros Hormônios do Mecanismo de Alternância: Glicogenólise: o glucagon estimula a
há 4 hormônios bem atuantes no mecanismo de glicogenólise (quebra de glicogênio hepático).
alternância. Gliconeogênese: o glucagon estimula a
GH e cortisol são secretados quando há gliconeogênese no fígado, esse mecanismo
hipoglicemia, inibem assim o uso da glicose e favorece o mantimento de reservas energéticas
promovem o uso dos lipídios. para os tecidos.

07
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

O GLUCAGON PROVOCA GLICOGENÓLISE E O GLUCAGON AUMENTA A GLICONEOGÊNESE


AUMENTO DA CONCENTRAÇÃO DE GLICOSE
SANGUÍNEA Caso toda a reserva de glicogênio seja consumida pela
constante secreção (ou infusão) de glucagon, a resposta
Esse efeito essencial do glucagon, gera a quebra de hiperglicêmica ainda continua e acentuada.
glicogênio no fígado e em minutos aumenta as Esse efeito resulta da depleção dos aminoácidos das
concentrações samguíneas de glicose. células hepáticas, onde o os aminoácidos são utilizados
1 O glucagon ativa a enzima Adenil Ciclase na
para a síntese de glicose.
membrana dos hepatócitos, que leva a formação de Várias enzimas são ativadas para que ocorra essa
AMPC. conversão de aminoácidos em glicose, especialmente a via
O AMPc ativa a Proteína Reguladora da enzimática que converte o Piruvato (ácido pirúvico) em
2
Proteinoquinase (Proteinocinase), que ativa a fosfoenolpiruvato.
Proteinocinase.
OUTROS EFEITOS DO GLUCAGON
3 A Proteinocinase ativa a enzima Fosforilase Cinase-
b, que por sua vez converte a Fosforilase-b em
Outros efeitos do glucagon são notáveis, em geral, apenas
Fosforilase-a.
quando as concentrações séricas desse hormônio sobem
4 A Fosforilase-a promove a degrada (quebra) o acentuadamente acima do normal.
glicogênio em glicose-1-fosfato. Ativação da lipase no tecido gorduroso, dando glicose
5 A Glicose-1-fosfato é desfosforilada por ação da aos tecidos.
enzima Glicose Fosfatase (ou ainda, glicose-6- O glucagon também influencia na disponibilidade de
fosfatase). ácidos graxos para os tecidos.
O glucagon também pode aumentar a força de
6 Ocorre a liberação da glicose e de um grupo fosfato
contração do coração, visto que ele gera aumento do
livre de conexão com a glicose.
fluxo sanguíneo.
7 O resultado dessa cascata é glicose desfosforilada e Também aumenta a secreção da bile e inibe a secreção
assim a glicose pode sair das células hepáticas. do ácido gástrico pelas células do estômago.

REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE GLUCAGON

Quando ocorre baixa da glicose sanguínea (hipoglicemia)


o glucagon é estimulado a ser secretado.
Quando ocorre aumento da glicose sanguínea
(hiperglicemia) o glucagon tem sua secreção inibida.
A glicose é a principal reguladora da secreção de
glucagon.

O AUMENTO DOS AMINOÁCIDOS NO SANGUE


ESTIMULA A SECREÇÃO DE GLUCAGON

Quando as concentrações de aminoácidos se elevam


ocorre estímulo para a secreção de glucagon.

08
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

A ação importante do glucagon nesse efeito é a rápida Desse modo, a somatostatina apresenta os seguintes
conversão dos aminoácidos em glicose, para efeitos:
disponibilizar energia para as células. Inibe a secreção de insulina e glucagon.
Reduz a motilidade (reduz os movimentos) do
OS EXERCÍCIOS FÍSICOS ESTIMULAM A SECREÇÃO
Estômago, Duodeno e da Vesícula Biliar.
DE GLUCAGON Reduz/inibe a secreção de hormônios
gastrointestinais responsáveis pela absorção de
O glucagon tem secreção aumentada quando ocorre
nutrientes.
exercícios intensos e exaustivos (Aumento de 4 5 vezes do
que o normal). Função da Somatostatina: prolongar o tempo em
Esse efeito não tem haver com a queda da glicose que os nutrientes são absorvidos e assimilados
sanguínea. Uma das explicações é que o catabolismo de no sangue, além de reduzir o uso desses
proteínas se torna mais intenso, concentrando mais nutrientes de forma rápida.
aminoácidos soltos no plasma. rEGULAÇÃO DA GLICOSE
A concentração da glicose pela manhã, em situação
fisiológica antes do desjejum situase entre 80 e 90 mg/mL
de sangue. Após a refeição, a concentração em poucas
horas aumenta para 120 a 140 mg/mL.
Outro fator que pode ser considerado é o estimulo Desse modo o sistema de Feedback leva ao controle
adrenérgico (catecolaminas) nas ilhotas pancreáticas. glicêmico, após a última absorção de carboidratos feito
pelo fígado.
A SOMATOSTATINA INIBE A SECREÇÃO DA
Na ausência de alimentação a gliconeogênese no fígado
INSULINA E DO GLUCAGON torna-se a responsável por manter as concentrações
O hormônio somatostatina é produzido pelas Células séricas de glicose no sangue.
Delta das Ilhotas de Langerhans no pâncreas e consegue Papel do Fígado: atua como tampão da glicose
inibir a secreção de insulina e glucagon. sanguínea, pois após as refeições a glicose
A secreção da somatostatina é responsiva a uma série de sanguínea aumenta, o que consequentemente
diferentes estímulos, entretanto, que se relacionam com a gera aumento da secreção de insulina.
alimentação. Conforme a glicose sanguínea cai de níveis
Aumento da Glicose Sanguínea séricos, a insulina também cai e esse é o
Aumento dos Aminoácidos no Sangue estimulo necessário para glicogenólise
Aumento de Ácidos Graxos hepática.
Aumento da Secreção dos Hormônios Feedback Negativo para Insulina e Glucagon: a
Gastrointestinais que são liberados no trato secreção de ambas é inversamente proporcional,
gastrointestinal superior em resposta a ingestão de ou seja, o aumento de um hormônio inibe a
alimentos. secreção da outro.
Quando a secreção de insulina é alta, o
glucagon tem sua secreção reduzida aos
níveis normais.

09
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

O nível muito aumentado de glicose gera a perca de


Quando o Glucagon aumenta a sua secreção,
glicose pela urina.
leva a insulina a ter sua secreção reduzida.
A perca de glicose na urina gera diurese osmótica
A Hipoglicemia Estimula o Hipotálamo: quando pelos rins, ou seja, pode levar a depreciação de
ocorre hipoglicemia grave, gera-se um estímulo eletrólitos importantes para o metabolismo.
nervoso simpático no hipotálamo. A epinefrina O aumento prolongado da glicose sanguínea pode
secretada estimula no fígado a liberação de provocar lesões nos tecidos e em especial os vasos
glicose. sanguíneos. As lesões vasculares associadas ao
GH e costisol: dias ou horas após a hipoglicemia, descontrole da glicose podem levar a maior risco de
o GH e o cortisol são secretados em resposta a ataque cardíaco.
hipoglicemia, onde ambos diminuem a utilização
da glicose pelos tecidos, o que auxilia a
DIABETES MELLITUS
lipogênese. É a patologia causado pela ausência da secreção de
IMPORTÂNCIA DA insulina e/ou pela diminuição da sensibilidade dos tecidos
a insulina.
REGULAÇÃO DA GLICOSE O que gera distúrbio do metabolismo dos
carboidratos, proteínas e lipídios.
SANGUÍNEA É classificada em 2 tipos mais decorrentes, a Diabetes
Mellitus Tipo 1 e Tipo 2.
A maior parte dos tecidos pode usar como fonte
energética o tecido gorduroso e pode suprir as Etiologia: Mellitus = algo que tem doce, mel;
necessidades por um bom tempo. termo do latim que se refere popularmente ao
"sangue e urina doce".
Entretanto, o controle dos níveis séricos da glicose torna-
se essencial ao organismo por ser a o único nutriente em Diabetes Tipo 1: também conhecida como
estados fisiológicos para o Encéfalo, Retina e Epitélio Diabetes Mellitus Dependente de Insulina (DMID)
Germinativo das Gônodas. e ocorre pela ausência de insulina (as células
O Encéfalo e sua Necessidade pela Glicose: beta não secretam insulina).
durante o jejum, a gliconeogênese ocorre Diabetes Tipo 2: também conhecida como
destinada ao metabolismo neural do encéfalo. Diabetes Mellitus Não Dependente de Insulina
Assim, nesse período é essencial que o pâncreas (DMNID), é causada pela insensibilidade das
não secrete insulina, pois isso faria com que a células teciduais aos efeitos metabólicos da
glicose fosse diretamente para outros tecidos, insulina (Resistência Insulínica).
deixando o encéfalo sem material energético.
DIABETES MELLITUS TIPO 1
MOTIVOS PELO QUAL É IMPORTANTE QUE A
Lesões nas células beta das ilhotas pancreáticas, ou
GLICOSE SANGUÍNEA NÃO AUMENTE DEMAIS
enfermidades que alterem/lesionem essas células podem
A glicose contribui para o equilíbrio osmótico do acarretar na Diabetes Mellitus Tipo 1.
líquido extracelular, sendo assim, caso as Os fatores genéticos em determinados casos podem serem
concentrações de glicose aumentem muito, irá os próprios destruidores das células beta.
provavelmente gerar desidratação celular, o que é
fatal para os tecidos.
10
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

Desenvolvimento da Diabetes Mellitus Tipo 1 Disfunção do Sistema Nervoso Autônomo, o que


Geralmente, esse quadro começa em torno pode resultar em deficiência dos reflexos
dos 14 anos de idade, por isso é cardíacos e da contratilidade do músculo
frequentemente chamado de Diabetes cardíaco, deterioração do controle vesical dentre
Juvenil. outros sintomas associados.
Porém, pode ocorrer em qualquer fase. Hipertensão e Aterosclerose: junto ao excesso da
1 Aumento da glicemia. glicose pode ocorrer a hipertensão, que é dada
por lesão renal e alteração do fluxo cardíaco. A
2
Lipólise para liberar energia para os tecidos e Aterosclerose também se desenvolve
formar colesterol no fígado. secundariamente frequentemente, decorrente do
metabolismo desordenado dos lipídeos.
3 Depreciação das proteínas para uso energético e
Na DM o metabolismo de carboidratos é alterado
gliconeogênese.
para os lipídeos, aumentando então a liberação
A CONCENTRAÇÃO DE GLICOSE ATINGE NÍVEIS de ácidos graxos no sangue, ou seja, eleva-se os
EXTREMAMENTE ALTOS NA DIABETES MELLITUS E níveis de cetoácidos. Os níveis elevados desses
ácidos se elevam e resultam na acidose
GERA CONSEQUÊNCIAS PATOLÓGICAS
metabólica.
A ausência ou ineficiência da insulina nos tecidos leva ao Esse quadro leva ao Coma Diabético quando
aumento muito acentuado da glicose sanguínea. Esse ligado ao aumento da diurese, pelo fato do
aumento apresenta diversos efeitos no metabolismo do corpo concentrar ainda mais cetoácidos e ter
organismo. pouco líquido no plasma, causando queda do
pH.
O excesso de glicose nos túbulos renais faz com
A DM Deprecia as Proteínas do Corpo: a falta do
que esse excesso seja eliminado na urina, pois é
metabolismo da glicose gera aumento do
mais glicose do que os túbulos podem reabsorver.
catabolismo proteico e lipídico pela ausência de
Quando a glicemia alta é atingida em diabetes energia, se não tratada pode levar a óbito pela
mellitus grave não tratada, ocorre um estado perca de peso e astenia.
grave de desidratação celular de todos os tecidos.
Isso ocorre pelo fato da glicose não se difundir DIABETES MELLITUS TIPO 2
pelas membranas das células, o que
Esse é o tipo mais comum e prevalente de diabetes.
consequentemente gera aumento do gradiente
osmótico, consequentemente isso gera a saída de Desenvolvimento da DM Tipo 2
água das células. A DM2 é ligada ao aumento da quantidade de
Caso a glicemia seja elevada por tempo insuina no organismo (hiperinsulinemia),
prolongado, os vasos sanguíneos passam a por aumento da produção de insulina pelas
funcionar de forma anormal, onde desenvolvem células beta em resposta a queda dos efeitos
alterações estruturais que geram no mal da insulina nos tecidos alvos.
transporte de sangue para os tecidos. Isso gera redução da sensibilidade dos
tecidos a insulina.
Neuropatia Periférica é um sintoma presente em
O armazenamento e o metabolismo de
pacientes diabéticos, consiste na insensibilidade
carboidratos é reduzido e favorece o
dos membros.
aumento da glicemia sanguínea .

11
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

Excesso de Glicocorticoides (Síndrome de


Cushing) ou de GH (Acromegalia): o excesso dos
glicocorticoides e do Hormônio do Crescimento
causam resistência insulínica em muitos tecidos
e redução dos efeitos da insulina no metabolismo
de carboidratos.

Desenvolvimento da DM Tipo 2 Na Resistência à


Mecanismos que geram a Resistência Insulínica:
Insulina Prolongada: quando a resistência à
Alguns estudos postulam que conforme ganha-se insulina é prolongada e grave, mesmo as células
peso, os receptores de insulina nos tecidos podem beta das ilhotas secretando grandes quantidades
ser insuficientes a necessidade energética e/ou de insulina, os níveis de glicose sanguínea
são reduzidos de alguma forma. continuam altos.
Estudos mais recentes postulam que o ganho de
DOENÇAS LIGADAS A RESISTÊNCIA À INSULINA
peso pode gerar alterações na sinalização e
ativação dos receptores de insulina, tal fato gera EXCESSO DE GH – ACROMEGALIA
a hiperglicemia sanguínea. OBESIDADE
Síndrome Metabólica: o processo de resistência EXCESSO DE GLICOCORTICOIDE
insulínica advém de uma séride de distúrbios GESTAÇÃO - DIABETES GESTACIONAL
metabólicos, chamada de Síndrome Metabólica,
MUTAÇÃO DOS RECEPTORES DE INSULINA
que tem como características:
Ganho de peso e obesidade HEMOCROMATOSE
Resistência insulínica LIPODISTROFIA – GENÉTICA OU ADQUIRIDA
Hiperglicemia acentuada no jejum REAÇÃO AUTOIMUNE CONTRA AS CÉLULAS BETA (DM1)
Alterações bo metabolismo lipídico, MUTAÇÃO DOS RECEPTORES E ATIVADORES PPARY
evidenciado pelo aumento de HDL (Colesterol MUTAÇÕES GENÉTICAS QUE LEVAM A OBESIDADE
de Alta Densidade)
DOENÇA DO OVÁRIO POLICÍSTICO
Hipertensão
Outros Fatores Geram Resistência à Insulina: TRATAMENTOS PARA A DIABETES MELLITUS
PCOS – Síndrome do Ovário Policístico: É uma
doença acometida mulheres durante sua fase A DM Tipo 2 quando detectada em estágio inicial pode ser
reprodutiva, ocorre por aumento acentuado da tratada facilmente e corrigida sem uso de insulina, com
produção de hormônios androgênios e da restrição calórica, exercícios físicos e redução de peso.
resistência à insulina.

12
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

Tipos de Insulina: a insulina apresenta diversas Ponto Histórico: a insulina era extraída do
formas. pâncreas de animais, entretanto, as pessoas
Insulina Regular nas farmácias é aplicada e começaram a desenvolver imunidade contra
têm efeito metabólico de 3-8 horas na essa insulina exógena. Hoje em dia a insulina é
captação de glicose. produzida a partir de DNA recombinado da
Outras formas de Insulina (como a mesclada insulina humana com um DNA de plasmídeo
com zinco e outros derivados proteicos) bacteriano inativado.
atuam durante 10-48 horas e são
administradas geralmente em pacientes com
DM em estágio avançado, necessárias para
que o paciente possa se alimentar durante o
dia.

Pacientes com DM Tipo 2 – Indicações TRATAMENTOS DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES


Redução de ingestão calórica e especialmente EM DIABÉTICOS
de carboidratos.
Exercícios físicos para estimular a perca de Geralmente pacientes dom DM grave ou descontrolada
peso.e redução da Resistência à Insulina. apresentam níveis de Colesterol e Triglicerídeos altos, o
Caso a redução da resistência falhe ou for que aumenta o risco de Aterosclerose e Arteriosclerose.
pouca notória, é indicado tratamento ATEROSCLEROSE ATERIOSCLEROSE
FORMAÇÃO DE
farmacológico com medicamentos que ATEROMAS
ESPESSAMENTO DA
PAREDE
aumentem a sensibilidade dos tecidos a (PLACAS DE
INTERNA E
insulina, ou com medicamentos que MATERIAL LIPÍDICO)
DA PAREDE CENTRAL
aumentem a produção e secreção de insulina DA ARTÉRIA

pelo pâncreas.
Para pacientes com DM Tipo 2 grave,
geralmente é necessário administrar
insulina artificial (exógena).
CORRENTE SANGUÍNEA CORRENTE SANGUÍNEA

O tratamento usual é a manutenção de níveis baixos ou


normais de ingestão de carboidratos associado a
medicamentos que aumentam a sensibilidade a insulina
e/ou com a própria insulina para aumentar a mobilização
de glicose para as células, aumentando o metabolismo da
glicose e reduzindo o lipídico.

13
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

Um outro ponto importante é o uso de medicamentos


redutores de lipídeos associados aos medicamentos que
aumentam o metabolismo da glicose.

hipoglicemia
INSULINOMA – HIPERINSULINISMO

É raro, mas ocasionalmente aparece na clínica médica,


esse quadro de hiperinsulinemia provocada por um
Adenoma de Ilhota/s Pancreáticas.

Provocam metástase pelo pâncreas (nas ilhotas)


provocando altos índices de insulina no sangue, além de
também haver produção de insulina nos locais
metastáticos do câncer.

CHOQUE HIPOGLICÊMICO

O encéfalo tem sua base energética vinda da Glicose e não


necessita de Insulina para metabolizar a glicose.
Em pacientes portadores de tumores secretores de
insulina ou em que se administram altas doses de insulina
para controlar a diabetes, favorecem a depreciação das
concentrações sanguíneas de glicose, o que logicamente
prejudicará o encéfalo e manifesto um Choque Insulínico.
Tratamento: aplicação Intravenosa de grande
quantidade de glicose, geralmente faz o paciente
voltar do coma em torno de 1 minuto após a
aplicação.
A administração conjunta de epinefrina (em
baixa dose) pode induzir a gliconeogênese no
fígado, entretanto, para essa administração
conjunta recomenda-se o glucagon. Nesse
caso, deve ser imediata a administração.
14
DANIELLY XAVIER
NATÁLIA PORTO
ÍTALO SABINO
POR:
Licenciado para - Ana Carolina Viana Moreira Estrêla - 11193610605 - Protegido por Eduzz.com

Você também pode gostar