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MAPAS MENTAIS
Licenciado para - PAULO ROBERTO COSTA CAMARGO - 87747189753 - Protegido por Eduzz.com
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BIOMARCADORES RENAIS ......................................................................................................................................................................................................................................................05

1. FISIOLOGIA RENAL ............................................................................................................................................................................................................................................................06


2. SUMÁRIO DE URINA ..........................................................................................................................................................................................................................................................08
3. DOSAGEM DE UREIA .........................................................................................................................................................................................................................................................18
4. DOSAGEM DE CREATININA ........................................................................................................................................................................................................................................... 20
5. CLEARANCE DE CREATININA ........................................................................................................................................................................................................................................21
6. TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR ..........................................................................................................................................................................................................................22

BIOMARCADORES HEPÁTICOS ..........................................................................................................................................................................................................................................23

1. FISIOLOGIA HEPÁTICA .................................................................................................................................................................................................................................................24


2. BILIRRUBINA DIRETA E INDIRETA ...........................................................................................................................................................................................................................25
3. ALBUMINA ......................................................................................................................................................................................................................................................................26
4. TRANSAMINASES ........................................................................................................................................................................................................................................................ 28
5. GGT E FA........................................................................................................................................................................................................................................................................29

ANÁLISE DO PERFIL GLICÊMICO ........................................................................................................................................................................................................................................30

1. GLICOSE E HORMÔNIOS ..............................................................................................................................................................................................................................................31


2. METABOLISMO DA GLICOSE ......................................................................................................................................................................................................................................32
3. TIPOS DE DIABETES ......................................................................................................................................................................................................................................................34
4. GLICEMIA EM JEJUM .................................................................................................................................................................................................................................................. 35
5. TOTG .................................................................................................................................................................................................................................................................................36
6. HEMOGLOBINA GLICADA ...........................................................................................................................................................................................................................................37
7. OUTROS TIPOS DE EXAME .............................................................................................................................................................................................................................................38

MARCADORES CARDÍACOS ......................................................................................................................................................................................................................................................39

1. FISIOLOGIA CARDÍACA .................................................................................................................................................................................................................................................... 40


2. TROPONINA .........................................................................................................................................................................................................................................................................41
3. MIOGLOBINA .......................................................................................................................................................................................................................................................................42
4. CK-MB ....................................................................................................................................................................................................................................................................................43
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ANÁLISE DO PERFIL LIPÍDICO ...........................................................................................................................................................................................................................................44

1. LIPÍDIOS ............................................................................................................................................................................................................................................................................... 45
2. EXAMES LIPÍDICOS ............................................................................................................................................................................................................................................................47

MARCADORES PANCREÁTICOS ............................................................................................................................................................................................................................................48

1. FISIOLOGIA DO ÓRGÃO.................................................................................................................................................................................................................................................49
2. AMILASE ...........................................................................................................................................................................................................................................................................50
3. LIPASE ...............................................................................................................................................................................................................................................................................51

ANÁLISE DO FERRO ............................................................................................................................................................................................................................................................52

1. FERRO ................................................................................................................................................................................................................................................................................53
2. FERRO SÉRICO .................................................................................................................................................................................................................................................................54
3. FERRITINA SÉRICA .........................................................................................................................................................................................................................................................55
4. TRANSFERRINA E LIGAÇÃO DO FERRO ...................................................................................................................................................................................................................56

EQUILÍBRIO HIDROELETOLÍTICO ........................................................................................................................................................................................................................................57

1. ELETRÓLITOS ...................................................................................................................................................................................................................................................................58
2. SÓDIO E MAGNÉSIO .......................................................................................................................................................................................................................................................59
3. POTÁSSIO E CÁLCIO .......................................................................................................................................................................................................................................................60
4. CLORETO E FÓSFORO .....................................................................................................................................................................................................................................................61

GASOMETRIA ARTERIAL .....................................................................................................................................................................................................................................................62

1. GASOMETRIA ...................................................................................................................................................................................................................................................................63
2. PRINCIPAIS PARÂMETROS .............................................................................................................................................................................................................................................64
3. INTERPRETAÇÃO ............................................................................................................................................................................................................................................................66
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Série de exames laboratoriais com o intuito de avaliar a função renal e


promover um diagnóstico preciso de possíveis patologias existentes.

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Cápsula Fibrosa
Artéria Renal
Filtram o sangue A urina é sintetizada através do processo de
Eliminam substâncias tóxicas pela urina filtração do sangue dentro dos glomérulos
Cápsula renais, localizados no néfron.
Auxiliam na homeostase do organismo
Produzem hormônios Cálice
CÁPSULA DE
Ativam a vitamina D Córtex ARTERÍOLA BOWMAN
AFERENTE
REABSORÇÃO
TUBO
Auxilia na manutenção da saúde óssea
Néfrons URINÍFERO

Mantém o equilíbrio da pressão arterial


Pirâmides Renais EXCREÇÃO

Estimulam a produção de hemácias


Coluna Renal
FILTRAÇÃO
ARTERÍOLA
ERITROPOETINA EFERENTE SECREÇÃO

GLOMÉRULO
RENAL
Cálice Menor

Veia Renal
Ureter Os glomérulos são emaranhados de
capilares sanguíneos.

Unidades funcionais dos rins, responsáveis pela


filtração do sangue e formação da urina. São Após chegarem nos néfrons através das
formados pelo corpúsculo renal (glomérulo e arteríolas aferentes, o sangue passa dos
cápsula de Bowman) e túbulos renais. capilares glomerulares para a cápsula de
Bowman, sendo essa ação denominada como
TÚBULO filtração glomerular.
CÁPSULA DE BOWMAN CONTORCIDO DISTAL
GLOMÉRULO É o líquido que sai dos capilares e entram na cápsula
glomerular. Contém água e todos os pequenos solutos do
BARREIRA DE FILTRAÇÃO
TÚBULO CONTORCIDO sangue, estando livre de proteínas e células sanguíneas.
PROXIMAL

ARTÉRIA Células endoteliais com poros;


É formado através das diferenças de pressão entre o
ALÇA DE HENLE
DUCTO COLETOR
Membrana basal com glicoproteínas;
VEIA glomérulo e a cápsula, sendo eles: pressão hidrostática
sanguínea, pressão coloidosmótica do plasma e a pressão Células podócitas com pedicelos.
hidrostática da cápsula.
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Consiste no volume de filtrado produzido por Após o processo de reabsorção dos túbulos
minuto pelos rins, sem sofrer reabsorção ou renais, a urina está formada e pronta para
secreção tubular - auxilia na verificação do ser eliminada através do ducto coletor.
funcionamento renal.
Do ducto coletor, irá para os cálices menores,
Mulheres = 115 mL/min pelve renal, ureter, bexiga e uretra.
Homens = 125 mL/min

É regulada por mecanismos intrínsecos e Quantidade - Quantidade


+ Quantidade
extrínsecos, atuando na vasoconstrição ou Filtrada Reabsorvida Secretada
vasodilatação das arteríolas aferentes,
=
regulando o fluxo sanguíneo nos glomérulos.
Quantidade Excretada

Ação que ocorre dos túbulos renais (maior


parte nos túbulos proximais), onde parte da
Consiste no transporte de substâncias dos
água e dos solutos retornam para a
capilares para os túbulos renais, com o intuito
circulação sanguínea.
de serem eliminadas posteriormente na urina.

Cada substância é reabsorvida de forma


diferente, em locais distintos do néfron, com o Evitam com que substâncias Auxilia na remoção de resíduos que não
auxílio das células epiteliais. O transporte
importantes sejam eliminadas foram filtrados pelos glomérulos, eliminando
pelos rins. fármacos e atuando no equilíbrio ácido-base.
pode ocorrer de forma transcelular ou
paracelular.

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O Sumário de Urina (ou EAS) é um exame que Tem como intuito avaliar as características
avalia os aspecto físicos, químicos e organolépticas da amostra: volume, aspecto e
microscópicos da urina, com o intuito de coloração.
avaliar possíveis alterações nesse sistema.

COLORAÇÃO DA URINA

A coloração normal da urina é amarelo claro,


tendo essa tonalidade em decorrência da
presença de urocromo - pigmento derivado da
urobilina.
ASPECTO Sua análise e alterações vão envolver
questões de concentração, hidratação,
oxidação de metabólitos , infecções, sangue,
Avaliação do quão turvo ou límpido a urina se
doenças renais e uso de medicamentos.
encontra, sendo possível observar presença
ou ausência de elementos anormais.
LARANJA
VOLUME AMARELO PALHA
Alta excreção de urobilina,
Límpido = não apresenta estruturas em Normal fenazoprimidina, corante
de alimentos
suspensão após homogeneização.
Através do volume podem ser obtidos: AMARELO ÂMBAR ROSA/VERMELHO
Ligeiramente Turvo = pequena quantidade de Urina muito concentrada Presença de sangue,

estruturas em suspensão após homogeneização. Diurese - pouca hidratação. uratos, porfirinas

Hidratação
MARROM PÚRPURA
Turvo = apresenta moderada quantidade de Presença de alguma patologia Bilirrubina em grande Infecções, sulfato de
quantidade, oxidação de indoxil, beterraba, amoras
elementos em suspensão após homogeneização. hemoglobina, etc

Essas informações são mais significativas em PRETO AZUL/VERDE


Muito Turvo = apresenta grande quantidade de
amostras de 24 horas. Cloroquina, bilirrubina, Azul de metileno,
elementos em suspensão após homogeneização. ácido homogentísico, biliverdina, indometacina,
pseudomonas , proporfol etc

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PROTEÍNA

Análise feita a partir de uma tira Sua presença pode indicar danos nos
reagente, contendo áreas glomérulos ou túbulos renais, exercícios
impregnadas com substâncias físicos intensos, desidratação, mieloma
químicas, que apresentam múltiplo, etc.
diferentes colorações quando
entram em contato com a urina.
Identificam:

Bilirrubina Sangue
Suas concentrações normais são < 10 mg/dL
Urobilinogênio Nitrito
ou 150 mg/24h. Quando ultrapassam esse
Corpos Cetônicos Leucócitos limite, são denominados Proteinúria.
Glicose Densidade
Proteína pH
A albumina geralmente é a proteína mais
encontrada devido ao seu baixo peso
molecular.

pH
DENSIDADE
GLICOSE
Apresenta importante papel na regulação do
equilíbrio ácido-base (VR = 4,5 - 8,0). Avalia a capacidade renal de reabsorção e
concentração (VR = 1015 - 1025).
Avaliação de diabetes e distúrbios de
Acidose metabólica ou respiratória reabsorção tubular renal (VR = negativo).
pH ÁCIDO

Refratômero urinômetro
Alguns medicamentos
DENSIDADE

Glicose
Ingestão de grande quantidade de carne
Contraste radiográfico
Antibióticos
Alcalose metabólica e respiratória
pH ALCALINO

Dieta vegetariana Utilização de diuréticos


DENSIDADE

Dieta baseada na ingestão de leite Diabetes insípidus


Sua presença além do limiar é denominada
Alguns medicamentos Insuficiência adrenal
Glicosúria, podendo ser representada por
ITU por bactéria produtora de urease Aldosteronismo
09 Insuficiência da função renal
meio de cruzes (+) ou por mg/dL.
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SANGUE

Hematúria = sangue na urina decorrente


de cálculos renais, glomerulonefrite,
tumores, pielonefrite, etc.
CETONAS
Hemoglobinúria = hemoglobina na urina,
decorrente de transfusões, anemia
As cetonas são compostos derivados da
hemolítica, queimaduras, infecções,
degradação das gorduras para gerar energia.
intoxicações, etc.
Sua presença geralmente está associada a
diabetes, jejum prolongado, dietas pobres em
carboidratos, gastroenterites, etc. UROBILINOGÊNIO

Avalia distúrbios hepáticos e hemolíticos, pois


sua presença está ligada ao aumento da
bilirrubina.
Seu valor de referência é negativo, e sua
presença pode ser representada em cruzes (+),
denominada Cetonúria.

NITRITO BILIRRUBINA
LEUCÓCITOS

A bilirrubina é formada através do processo


Suas concentrações são identificadas a partir A presença de nitrito na urina é decorrente da ação
normal de degradação das hemácias. Sua
da pesquisa de Estersase Leucocitária, que de bactérias gram- redutoras de nitrato a nitrito.
forma indireta é transportada até o fígado,
indica de forma significativa infecções do
ligada a albumina e degradada por uma
trato urinário.
enzima, formando a bilirrubina direta.

Seu valor de referência é negativo, e sua presença


pode estar relacionada a infecções no trato urinário.
Seu valor de referência é negativo, e, quando Sua presença na urina pode indicar
presentes, são identificadas por cruzes (+) e problemas hepáticos ou hemolíticos, sendo
10 geralmente estão associadas a bactérias. valor de referência negativo.
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CÉLULAS EPITELIAIS

São encontradas 3 tipos de células epiteliais:


O exame microscópico tem como objetivo tubulares, escamosas e de transição. São mais
analisar os sedimentos urinários, em busca de comumente achados em mulheres, pela
elementos como: descamação natural do trato urinário.

Hemácias; Cristais;
Leucócitos; Leveduras; CÉLULAS TUBULARES
Bactérias; Muco.
Células Epiteliais; São as de maior importância clínica, podem se
apresentar de forma oval, colunar, retangular e
redonda, todas nucleadas. Sua grande presença
pode ser indicativo de necrose dos túbulos renais
PROCEDIMENTO ou efeito secundário de doenças glomerulares.

Após a análise física e química da urina, a


amostra é submetida a centrifugação de
baixa rotação, desprezando o sobrenadante.

CÉLULAS DE TRANSIÇÃO

É adicionado uma pequena quantidade do São células encontradas na bexiga do CÉLULAS ESCAMOSAS

sobrenadante na lâmina, colocando uma indivíduo e sua grande quantidade pode ser
indicativo de infecção urinária - geralmente São as mais comumente observadas, e , só
lamínula por cima para visualização apresentam significado clínico se forem Clue
microscópica. junto com alto número de leucócitos.
A grande quantidade de células Cell.
epiteliais na urina pode ser
indicativo de ausência de
Alguns elementos podem ser observados em higienização ou a coleta do
pequenas quantidades na urina, sendo primeiro jato urinário. Também
considerados normais. podem ter origens patológicas.

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LEUCÓCITOS

São predominantemente granulócitos e sua


presença geralmente é indicativa de infecção
HEMÁCIAS no trato geniturinário.

Apresentam formato discoide, com halo


central e são células anucleadas. Geralmente
são observadas por meio da refratância, que
aparece e desaparece.

É identificado por seu citoplasma de


granulações finas, não sendo possível a
identificação da sua morfologia pela
deterioração na amostra.

São células pequenas, menores que os


leucócitos, estando presentes em casos como:
doenças renais, infecção urinária, anemia FUNGOS / LEVEDURAS
falciforme, atividade física em excesso ou BACTÉRIAS
alguns medicamentos.
Estruturas pequenas e ovais, geralmente
São de fácil visualização devido a movimentação,
relacionados a casos de diabetes ou
estando na forma de cocos ou bacilos. Estão
candidíase. O fungo mais encontrado é a
envolvidas nas infecções e seus principais tipos
Cândida sp.
são Enterobactérias e Staphylococcus.

Podem estar
Sua presença pode influenciar no aspecto,
presentes devido a
coloração e positividade na fita reagente
contaminação da
eritrocitária.
amostra.

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CILINDROS URINÁRIOS

MUCO
São estruturas renais, presentes nos túbulos
contorcidos a partir da solidificação das
É originado da descamação das paredes internas proteínas. Sua presença pode ser indicativo de
da bexiga e da uretra, mais evidenciado em problemas renais ou por outros casos não
mulheres. Não possuem relevância clínica e são patológicos.
encontrados como filamentos finos.

CILINDRO HIALINO

Cilindro transparente, em formato de canudo,


tendo como base a proteína Tamm Horefall. Pode
ser encontrado em glomerulonefrite, pielonefrite,
doença renal crônica, exercícios intensos, etc.

CILINDRO CÉREO
CORPOS OVAIS

São curtos, largos, amarelo, acinzentado ou


Gotículas de gordura observadas por pequenos
incolor e com as bordas serrilhadas (rachaduras).
círculos que contêm pontos em seu interior. Pode CILINDRO LEUCOCITÁRIO
ser indicativo de diabetes, lesão glomerular ou
necrose tubular.
Compostos geralmente por neutrófilos e
Formados a partir encontrados em casos de inflamação ou infecção,
da desidratação dos
pielonefrite, nefrite, etc.
hialinos.

A presença desse cilindro pode indicar estase


urinária extrema, doença renal, diabetes,
13 amiloidose renal, etc.
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CILINDROS URINÁRIOS CILINDRO EPITELIAL

São formados a partir da estease e descamação de


CILINDRO HEMÁTICO células epiteliais tubulares, podendo se organizar
em linhas paralelas aos cilindros ou ao acaso.
São caracterizados por hemácias aglomeradas na
proteína Tamm-Horsfall.

Cilindro Hemático = hemácias intactas.


Cilindro de hemoglobina = cilindro degenerado.

São raramente vistos na urina e indicam


exposição a agentes nefrotóxicos ou vírus, que
causam danos tubulares.

CILINDRO GRANULOSO CILINDRO GRAXO


Possuem cor castanha, laranja-avermelhado ou
incolor e são sempre patológicos. Indicam casos
Apresentam pequenos grânulos em sua superfície. Possuem gotículas de gordura livre ou corpos
como glomerulonefrite aguda, trauma renal,
Quando não patológicos são derivados de ovais gordurosos. Sua presença ocorre quando há
endocardite bacteriana, etc.
lisossomos, já os patológicos vem da degeneração adiposa do epitélio tubular,
desintegração de cilindros e células tubulares. síndrome nefrótica, lúpus, etc.
Presentes em glomerulonefrite e na pielonefrite.
CILINDRO MISTO

São a junção de dois tipos celulares no mesmo


cilindro, estando presente em casos de doença
túbulo-intersticial.

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CRISTAIS URINÁRIOS ÁCIDOS CRISTAL DE URATOS AMORFOS


NORMAIS
Comuns em pH ácido e se apresentam como
grânulos castano-amarelados, em forma de
CRISTAL DE ÁCIDO ÚRICO "poeira".

São normais de urina ácida, possuindo formas de


losango, prisma, oval e roseta. Geralmente
possuem coloração amarela ou castanho-
avermelhada, dependendo da espessura.

Geralmente são visualizados em amostras


refrigeradas, formando um sedimento rosa
característico. Não apresentam importância
clínica.
Pode não apresentar significado clínico na
maioria dos casos, porém possuem relevância em
eventos de gota, aumento do metabolismo de
CRISTAL DE URATO DE SÓDIO
purina e Síndrome de Lesch-Nyhan.

CRISTAL DE ÁCIDO HIPÚRICO São apresentados na forma cristalina ou amorfa,


CRISTAL DE OXALATO DE CÁLCIO possuindo formato de agulha, prisma, feixe ou
São representados na forma de placa ou prisma agrupamentos. Não apresentam significado
alongado, incolores ou castanho-amarelados. Não clínico.
Possuem formato semelhante a um envelope e
coloração incolor. Não tem significado clínico, mas possuem significado clínico e são raramente
podem estar presentes em diabetes e doença renal. encontrados nas amostras.

Mono- Di-
hidratado hidratado

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CRISTAIS URINÁRIOS ALCALINOS CRISTAL DE FOSFATO AMORFO


NORMAIS

São formados por grânulos, assim como os uratos


amorfos. São incolores ou escuros e sua
CRISTAL DE BIURATO DE AMÔNIO refrigeração pode causar a formação de
precipitado branco. Não apresentam significado
Normais de urina alcalina, apresentando formas clínico.
esféricas com espículas irregulares e coloração
castanho-amarelado.

Não apresentam significado clínico, mas podem


ser relacionadas com a presença de bactérias que
realizaram o metabolismo da ureia. CRISTAL DE FOSFATO DE CÁLCIO

CRISTAL DE FOSFATO TRIPLO


Possui formato de prisma longo, são incolores e
CRISTAL DE CARBONATO DE CÁLCIO podem ter bordas delgadas. Podem se agrupar em
Se apresentam em forma retangular, com linhas agulha, estrela, placa irregular ou roseta.
horizontais e diagonais, semelhante a uma
São pequenos, incolores e com formato esférico ou
"tampa de caixão". Pode estar presente na urina
de halter. Não apresentam manifestações clínicas.
com presença de bactéria que metaboliza ureia ou
em pacientes com cistite crônica.

Não possuem significado clínico, porém esses


cristais constituem os cálculos renais.
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CRISTAL DE COLESTEROL
CRISTAIS URINÁRIOS ANORMAIS
DE ORIGEM MEABÓLICA
Sua visualização é facilitada após refrigeração da
amostra, no qual os lipídeos preservam seu
formato. São placas retangulares, grandes,
CRISTAL DE BILIRRUBINA achatadas e incolor.

São identificados como agulhas agregadas ou


grânulos de coloração amarela ou castanho-
avermelhado. Indicam doença hepática.

Sua presença indica intensa ruptura tissular,


nefrite, condições nefríticas, quilúria e síndrome
nefrótica.

CRISTAL DE CISTINA CRISTAL DE TIROSINA CRISTAL DE LEUCINA

Cristais patológicos que se apresentam incolores, Se apresentam como finas agulhas delgadas e São esféricos, com estrias e círculos concêntricos
hexagonais, com chapas finas ou grossas. São agrupadas com coloração negra ou amarela. Podem de coloração amarela ou castanha. Sua presença
encontrados em casos de distúrbio metabólico e ser observados junto com cristais de leucina e indica doença urinária e hepática.
tem a tendência a desenvolver cálculos renais. bilirrubina. Presentes em doenças hepáticas e
distúrbios do metabolismo de aminoácidos.

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Citrulina liga-se ao aspartato por meio de 1 ATP,


formando a argininosuccinato. Uma parte da sua
composição é perdida (fumarato), dando origem a
arginina. Arginina + H2O quebra e gera a ureia.
A ureia é uma substância nitrogenada sintetizada CH4N2O
NH2 O
no fígado durante o ciclo da ureia. É filtrada pelos - C
rins, sendo um produto da decomposição das OOC CH CH2 CH2 CH2 NH C NH2 + H2O
NH2 NH2
proteínas e sua retenção no corpo é tóxica. (ureia)

Sua eliminação ocorre na


Carbomoil fosfato se liga a ornitina (perdendo o
urina e no suor.
fósforo) e forma a citrulína, que é a substância
que sai da mitocôndria indo para o citosol.
Pode ser encontrada no sangue, urina e linfa,
tendo como objetivo avaliar a função renal junto a
creatinina.
O íon amônio irá se unir ao íon bicarbonato,
utilizando 2 ATPs, formando o carbimoil fosfato.
O
NH4 + + HCO3-
Ocorre no (amônio) (bicarbonato) P C NH2
fígado! (carbomoil fosfato)

Os aminoácidos (componentes da proteína)


possuem a seguinte composição: GLUTAMATO
H Após a transformação do α-cetoglutarato em glutamato, a
-
OOC CH2 CH2 C COO- substância é capaz de entrar na matriz da mitocôndria dos
H HIDROGÊNIO
hepatócitos, ocorrendo:
NH3
-
OOC C NH3+
Transaminação = o glutamato transfere amina e
CARBOXILA
R GRUPO AMINA Em contrapartida, o α-cetoglutarato transfere 1 oxigênio para o oxalacetato, e o último transfere
Ambos produzem
oxigênio para o aminoácido, dando origem ao α- oxigênio para o primeiro - gera o aspartato.
RADICAL α-cetoglutarato
cetoácido:
Inicialmente, o aminoácido perde o grupo amina e o Desaminação Oxidativa = o NAD+, NADP+ e a água
-
NH3 + H
OOC C O interagem com a glutamina, fazendo com que o
hidrogênio, transferindo-os para o α-cetoglutarato, que =
mesmo perca o grupo amina e o hidrogênio e ganhe
está presente nas células hepáticas. NH4
R oxigênio da água - gera amônio. (amônio)
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CH4N2O

Após a sua formação, a ureia vai para a corrente Doença Pré-Renal = diminuição da filtração
sanguínea e é levada para os rins para ser renal mantendo as funções do órgao.
excretada na urina.
Doença Renal = glomerulonefrite, necrose
tubular aguda, nefrite intersticial aguda,
doença vascular aguda.

Doença Pós-Renal = obstrução uretral ou na


Mais de 90% da ureia é excretada pelos rins. saída da bexiga por cálculos, carcinomas ou
pólipos.

Valor de Referência = 15 - 45 mg/dL Outras causas = alto catabolismo, idade


superior a 40 anos, dieta com altos índices de
proteínas.
Sua análise é feita a partir de uma amostra de
sangue, e seus valores séricos aumentados
indicam que essa substância não está sendo
eliminada como deveria, apontando uma doença
renal ou pré-renal.

Gravidez;
Desnutrição;
Dieta Hipoproteica.

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C4H7N3O
A creatina é uma substância produzida nos A creatina é uma substância produzida pelo
músculos a partir do metabolismo da creatina e fígado, rins e pâncreas, sendo transportado
da creatina fosfato - promovem energia para posteriormente para os músculos esqueléticos.
contração.

Seu índice é proporcional a massa


muscular do indivíduo.

Praticamente toda sua concentração é excretada


pela urina, havendo livre filtração glomerular e
secreção tubular.

Nos músculos, essa substância é convertida em


creatinofosfato, composto que promove energia
para realizar a contração muscular. Essa
Pode ser utilizada para avaliar a função renal e
substância sofre ação da enzima creatina-
suas disfunções, esclerose lateral amiotrófica,
quinase, transformando-a em creatinina.
traumatismos, dermatomiosite, etc. Seu valor de
referência é: ALTOS ÍNDICES BAIXOS ÍNDICES

Insuficiência renal; Desnutrição;


Homens: 0,7 - 1,3 mg/dL
Mulheres: 0,6 - 1,1 mg/dL
Obstrução do trato urinário; Distrofias musculares.
Desidratação; A creatinina é liberada de forma constante na
corrente sanguínea para ser filtrada pelos
Choque;
Para avaliação dos rins, é necessário avaliar a glomérulos renais, sem sofrer reabsorção.
creatinina em conjunto com a ureia, pelo primeiro Alto consumo de carne.
ser menos sensível a doenças mais precoces.

20
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C4H7N3O
Clearance é o processo de filtração no qual Para se obter o clearance de creatinina, utiliza-se
determinada substância será filtrada e excretada a creatinina plasmática e urinária, o volume
pelos rins sem sofrer reabsorção e secreção - nesse urinário em 24h e a superfície corpórea do
caso a creatinina. paciente.

1440 é a quantidade de minutos em um dia .


1,73 é a altura média de um adulto.

Creatinina urinária Volume urinário em


Clearance de (mg/dL) 24h (mL) 1,73 (m²)
creatinina =

Creatinina Superfície corpórea


plasmática (mg/dL) 1440 min do paciente (m²)

Esse exame compara a concentração de creatinina


plasmática com a concentração de creatinina
presente na amostra do paciente.

Crianças = 70 a 130 mL/min/1,73 m²;


Mulheres = 85 a 125 mL/min/1,73 m²;
CREATININA NORMAL Seus valores podem diminuir Homens = 75 a 115 mL/min/1,73 m².
naturalmente com o tempo!
CREATININA NORMAL CLEARANCE
Amostra = urina de 24h.

CREATININA ELEVADA BAIXOS ÍNDICES ALTOS ÍNDICES

A creatinina não é considerada o soluto ideal para CREATININA BAIXA CLEARANCE Doenças renais; Gravidez;
se analisar o clearance, pois uma parte da sua
Anemias; Exercício físico intenso;
composição sofre secreção nos túbulos renais.
CREATININA BAIXA Hipertensão; Hipotireoidismo;
Porém é utilizada na rotina laboratorial por ser
endógena e pode ser dosada a qualquer momento. CREATININA ELEVADA CLEARANCE Neuropatia, etc. Dieta.

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A Taxa de Filtração Glomerular (TFG) é a


avaliação da depuração de uma substância que Normal = ≥ 90 mL/min/1,73 m²;
não é reabsorvida e nem secretada pelos rins, Redução da função = < 90 mL/min/1,73 m²;
somente filtrada. Falência Renal = < 15 mL/min/1,73 m².

Pode ser utilizado para determinação do


diagnóstico e tratamento da doença renal crônica,
sendo aplicada uma equação que leva em
consideração aspectos como idade, peso, gênero e
creatinina plasmática ou cistatina C.

ESTÁGIO 3
ESTÁGIO 1
Diminuição moderada da taxa de filtração
glomerular, 30 - 59 mL/min/1,73 m². A taxa de filtração glomerular se
apresenta normal, ou seja, ≥ 90
A cistatina C é uma proteína produzida por todas mL/min/1,73 m².
as células nucleadas e filtrada livremente pelos A Taxa de Filtração ESTÁGIO 4
Glomerular tende a
rins. ESTÁGIO 2
diminuir com o passar Diminuição grave da taxa de filtração
dos anos. glomerular, 15 - 29 mL/min/1,73 m².
Leve diminuição da taxa de filtração
glomerular, entre 60-89 mL/min/1,73 m²,
Não são substancialmente afetadas por fatores
ESTÁGIO 5 sendo considerada como doença renal na
como estado nutricional. doenças inflamatórias,
presença de albumina e hemácias na
massa muscular, etc.
Insuficiência renal ou falência renal, urina, ou alguma anomalia estrutural.
22 < 15mL/min/1,73 m².
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Série de exames laboratoriais com o intuito de analisar as funções hepáticas


e possíveis lesões celulares.

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I = Lobo Caudado IV = Porção lateral do setor medial


II e III = Lobo Esquerdo V, VI, VII e VIII = Lobo Direito

O fígado é o segundo maior órgão do corpo Hepatócitos são as células do fígado que
humano, e possui funções glandulares Veia hepática
realizam as suas funções e estão organizados
exócrinas e endócrinas, sendo elas: direita Veia hepática média nos lobos hepáticos.
Veia hepática esquerda
Exócrina = enviam substâncias para o
intestino delgado.

Endócrina = enviam hormônios para a


corrente sanguínea.

Há a ramificação dos vasos sanguíneos nos


Fissura Umbilical
lobos para que os mesmos troquem substâncias
Ducto hepático
com os hepatócitos.
Veia cava inferior
Ducto
Metaboliza, conjuga e excreta substâncias; cístico
Artéria hepática
Endógenas (ex: bilirrubina) e exógenas (ex: drogas) Veia porta
Vesícula Ducto
biliar colédoco
Realiza a produção de algumas proteínas;
Ex: albumina, lipoproteínas, fatores de coagulação.

Regulação do metabolismo;
Ex: carboidratos, lipídios, proteínas.
A bile é um suco digestivo repleto de sais
Armazenamento de substâncias; biliares, colesterol e bilirrubina- está última é
Ex: vitamina A, D, E, K, ferro, ácido fólico, etc. derivada da degradação da hemoglobina,
dando a cor esverdeada a bile.
Função endócrina;
Ex: ativação da vitamina D, T4, T3, IGF-1, etc. Ocorre quando o fígado perde a capacidade de
liberar a bilirrubina que acaba se acumulando Após a fabricação dessa substância, o fígado a
Função imunológica;
no sangue, o que leva a condição de cor envia para a vesícula biliar, onde será
Filtra a circulação sistêmica - bactéria e hemácias.
amarelada na pele e na esclera dos olhos. armazenada. Sua liberação ocorre em conjunto
Formação e secreção da bile. com o suco pancreático, indo em direção ao
A bile realiza a emulsificação da gordura, intestino delgado.
facilitando a absorção pelo intestino.
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A bilirrubina é um produto do catabolismo do Bilirrubina Direta = até 0,4 mg/dL


grupo Heme da hemoglobina (localizada dentro Bilirrubina Indireta = até 0,8 mg/dL
das hemácias) que é responsável por 70% da
Bilirrubina total = até 1,2 mg/dL
bilirrubina produzida pelo organismo.

AUMENTO BILIRRUB. INDIRETA

Anemia hemolítica;
Encefalopatia bilirrubínica;
Síndrome de Gilbert, etc.

AUMENTO BILIRRUB. DIRETA

Icterícia obstrutiva;
Hepatocarcinoma;
Hepatite viral, etc.

O anel porfirínico do grupo Heme será convertido em


No retículo endoplasmático das células do fígado, a
Após 120 dias de vida das hemácias, elas são biliverdina pela enzima heme-oxigenase . Em seguida,
bilirrubina indireta irá sofrer a ação da enzima
levadas ao baço, onde serão degradadas pelos ao sofrer a ação da enzima biliverdina-redutase, a
glicuronil transferase, transformando-a em
macrófagos (hemocaterese). Dessa forma, a biliverdina se transforma em bilirrubina indireta
bilirrubina direta (conjugada com ácido glicurônico).
hemoglobina será exposta e sofrerá processos que (não conjugada).
irão liberar o grupo Heme.

A bilirrubina indireta (lipossolúvel) se liga a


A bilirrubina direta irá fazer parte da bile, se
albumina e vai para a circulação sanguínea com o
armazenando na vesícula biliar. Posteriormente, será
objetivo de chegar nos hepatócitos.
ejetada no intestino para emulsificar a gordura.

Parte da bilirrubina irá sofrer a ação de bactérias, se


transformando em urobilinogênio para ser excretado
pelas fezes ou será reabsorvida e secretada pela
urina.
25 Bilirrubina + Albumina
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A albumina é a proteína mais abundante no


plasma sanguíneo, tendo como função manter o VALOR DE REFERÊNCIA
equilíbrio osmótico e transportar substâncias
4,0 a 5,3 g/dL
pelo sangue.

AUMENTO DE ALBUMINA

Desidratação;
Diarreia;
Vômitos;
Doença de Addison;
Diuréticos.

São sintetizadas exclusivamente pelas células


hepáticas, contendo uma vida média de 15 a 20 DIMINUIÇÃO DE ALBUMINA
dias. Por isso, são ineficazes no momento da
avaliação de lesões agudas ou leves. Doenças hepáticas;
Síndrome nefrótica;
Desnutrição;
Auxilia na determinação de doenças hepáticas, Neoplasias;
avaliação da função renal (pois as proteínas não Queimaduras.
devem ser filtradas pelos glomérulos), estado
nutricional e doenças crônicas.

26
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A forma mais promissora de avaliar a função


hepática é através da análise dos fatores de VALOR DE REFERÊNCIA
coagulação, substâncias que são em sua maioria
10 a 12,5 segundos.
sintetizadas pelo fígado.

AUMENTO DOS ÍNDICES


Com exceção do fator VIII.
Uso de dicumarínicos;
Doença hepática;
O exame utilizado para realizar a análise desses Deficiência de vitamina K;
fatores é o tempo de protombina (TAP), que é o Cirrose em estado avançado.
fator de coagulação II produzido exclusivamente
pelo fígado, através da vitamina K.
DIMINUIÇÃO DOS ÍNDICES

Hipercoagulabilidade.
Protrombina promove a conversão de
fibrinogênio em fibrina.

O tempo de protrombina pode mostrar alterações


O exame analisa o tempo em que a PADRONIZAÇÃO RNI
em cerca de 24 horas. Pode ser utilizado para
protombina fica ativado. avaliação de distúrbios hepáticos e de coagulação A Relação Normatizada Internacional (RNI) é uma
relacionados a via extrínseca. forma de padronização do cálculo de TAP para
diminuir a diferença dos resultados.
TAP do paciente (seg) / TAP médio normal (seg).
Valor de referência = 1,0.

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O Aspartato Aminotransferase (AST) ou A Alanina Aminotransferase (ALT) ou


Transaminase Glutâmico Oxalacética (TGO) é Transaminase Glutâmico Pirúvico (TGP) é uma
uma enzima liberada no plasma no momento da enzima que indica lesão celular, e está presente
lesão celular. de forma predominante no citoplasma dos
hepatócitos.

São encontrados em células hepáticas,


cardíacas, renais, musculares esqueléticas, Exame mais específico para
pancreática, etc. No fígado, está presente nas lesão hepática.
mitocôndrias e no citoplasma dos hepatócitos.
>1 = lesão reversível
Índice de Ritis = AST/ALT <1 = lesão grave (necrose)
Se eleva de forma acentuada nos
casos de hepatites agudas, sendo
VALORES DE REFERÊNCIA sensível em lesões hepatobiliares
VALORES DE REFERÊNCIA agudas.
Exame menos específico para Mulheres = até 31 U/L
Mulheres = até 31 U/L
lesão hepática. Homens = até 41 U/L
Homens = até 37 U/L

Se elevam acentuadamente em casos de


VALORES AUMENTADOS VALORES AUMENTADOS
hepatite alcoólica e cirrose, em doenças
crônicas.

Hepatites; Hepatite viral;

Hepatocarcinoma; Hepatite tóxica;

Cirrose hepática; Mononucleose;

Pancreatite aguda; Cirrose infecciosa;


28 Lesão no músculo esquelético, etc. Icterícia obstrutiva, etc.
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O Gama-Glumatiltransferase (GGT) é uma A Fosfatase Alcalina (FA) é uma enzima


enzima que tem como função transferir um presente no fígado (ductos biliares) e
grupo gama-glumatil para um aceptor osteoblastos e placenta e intestino. Importante
(peptídeo ou aminoácido) através da membrana marcador de disfunção hepática e função das
celular. célula ósseas.

RELAÇÃO GGT E FAL

FA GGT POSSÍVEL CAUSA


Altos Níveis >3x VSR Cirrose biliar, colangite, etc
Sua presença é predominante nos ductos Altos Níveis <3x VSR Doenças hepatobiliares
Suas causas de aumento natural estão
biliares e no fígado, mas também se encontra Altos Níveis Normal Sem causa patológica relacionadas com o período gestacional,
nos runs, pâncreas, etc. menopausa, em crianças e adolescentes pela
fase de crescimento.

Sensível para doença hepatobiliar,


porém pouco específica.
O diagnóstico diferencial de lesão
VALORES DE REFERÊNCIA VALORES DE REFERÊNCIA hepática ou óssea é feito pela
determinação de GGT/5'nucleotidase.
São utilizados para monitorar doenças Mulheres = 5 a 39 U/L Adultos = 27 a 100 U/L
hepatobiliares, triagem de alcoolismo oculto,
Homens = 7 a 58 U/L Homens = 75 a 390 U/L
etc. Cerca de 30% dos etilistas apresentam um
GGT normal.
VALORES AUMENTADOS VALORES AUMENTADOS VALORES DIMINUIDOS

Icterícia obstrutiva; Obstrução das vias biliares; Anemia perniciosa;


Alcoolismo; Doenças hepáticas; Desnutrição;
Hepatites infecciosas; Osteíte deformante; Hipotireoidismo;
Colangite; Fratura óssea. Hipofosfatasemia.
29 Fármacos como barbitúricos, etc.
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Série de exames laboratoriais realizados com o intuito de analisar a


concentração de glicose no sangue em determinados períodos.

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A glicose é um composto orgânico obtido através


INSULINA
da alimentação, sendo a principal fonte de
energia do corpo. Seu surgimento ocorre a partir
Sua produção ocorre nas células beta do
da metabolismo do colesterol no fígado.
pâncreas, promovendo a absorção da glicose do
sangue para os tecidos, reduzindo a glicemia.
Glicólise = quebra da glicose com o intuito de
fornecer energia. Nível de açúcar no sangue

Glicogênese = formação do glicogênio, que é a


forma de armazenamento da glicose. Armazenamento da glicose;
Gasto energético da glicose.
Glicogenólise = quebra do glicogênio em
momentos de jejum, estimulado pelo glucagon.
Ações bioquímicas que são
Gliconeogênese = o corpo utiliza outras fontes hiperglicemiantes.
de substrato para obter glicose.
Após estímulo que aumenta a presença de glicose
no sangue, a insulina se desloca para os
receptores de insulina das células, que se dividem
em subunidades alfa e beta. A subunidade beta
GLUCAGON A ativação da tirosina-quinase produz uma série de possui uma porção de tirosina-quinase que
fosforilações intracelulares em cascata, como na molécula realiza fosforilação.
Produzido pelas células alfa do pâncreas, IRS, que promove a translocação das vesículas com GLUT-4,
promove a conversão do glicogênio em glicose que são receptores de glicose, para a membrana celular.
Insulina
com o intuito de aumentar a glicemia. Receptor de
Insulina
HIPERGLICEMIA
Subunidade alfa

Estimulam a saída de glicose do fígado, através da


A fosforilação da IRS também promove o aumento da
glicogenólise e gliconeogênese. Além disso,
síntese de glicogênio e proteína, além da alteração da
estimulam a oxidação de ácidos graxos e a Fora da célula Subunidade beta
expressão gênica que leva ao crescimento e diferenciação
cetogênese, com o intuito de fornecer um
celular e ações anti-apoptóticas.
nutriente alternativo.
Citosol

Tirosina-
HIPOGLICEMIA
31 quinase
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ETAPA 5

ETAPA 4
Glicólise é o processo que ocorre no citosol celular Para a formação da glicose, utiliza-se somente o
e transforma 1 molécula de glicose em 2 de gliceraldeido 3-fosfato, dessa forma, o di-
piruvato e energia. Consiste em 10 etapas: hidroxiacetona fosfato deve ser transformado no A frutose 1,6-bifosfato é quebrada em duas
mesmo através da enzina tirose fosfato isomerase. moléculas, di-hidroxiacetona fosfato e
gliceraldeido 3-fosfato, por meio da enzima
aldolase.
ETAPA 1

Ocorre a transformação da glicose em glicose 6-


fosfato através da enzima hexoquinase e
glicoquinase, por meio da utilização do grupo
fosforila vindo da molécula de ATP.

ETAPA 2
ETAPA 3

Processo de isomerização, ou seja, modifica o


formato da molécula com os elementos já A frutose 6-fosfato recebe um grupo fosforila de
presentes através da enzima glicose 6-fosfato outra molécula de ATP, indo para o carbono 1
isomerase. Transforma uma glicose 6-fosfato em através da enzima fosfofrutoquinase-1, a
uma frutose 6-fosfato. transformando em frutose 1,6-bifosfato.

32
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ETAPA 10

Através da ação da enzima piruvato quinase, há a


ETAPA 6 transferência de um grupo fosforila para o ADP,
formando ATP e o fosfoenolpiruvato se torna
piruvato.
A enzima gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase
realiza oxidação e fosforilação no gliceraldeido 3-
fosfato, utilizando o NAD+ e um fósforo inorgânico,
formando NADH+ e 1,3-bifosfoglicerato.

ETAPA 9

ETAPA 7
Há uma desidratação pela enzima enolase,
transformando a molécula 2-fosfoglicerato em
A 1,3-bifosfoglicerato é uma molécula de alta fosfoenolpiruvato e a produção de água.
energia que transfere um grupo fosforila através
da enzima fosfoglicerato quinase para a molécula
de ADP, formando a ATP e 3-fosfoglicerato. ETAPA 8

A enzima fosfoglicerato mutase realiza a


transformação do 3-fosfoglicerato em 2-
fosfoglicerato, mudando a posição do grupo
fosforila.

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Distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia


persistente, decorrente da deficiência na produção da insulina
(hormônio) ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos.

Há um problema na secreção de insulina, ou o A secreção de insulina ocorre normalmente, mas


pâncreas produz pouca insulina por uma o receptor de insulina das células não responde
deficiência nas células beta-pancreáticas ou adequadamente, impossibilitando a ligação para
não há nenhuma produção. a abertura das células e a entrada da glicose.

Dessa forma, as células não se abrem para a Receptor não


capta insulina
entrada da glicose, o que faz com que a
substância se acumule no sangue.

Glicose não
entra na célula

Corresponde a maioria dos casos de diabetes


mellitus, com etiologia complexa e multifatorial,
Pâncreas não
produz insulina envolvendo componentes genéticos e ambientais
(ex: predisposição genética, sedentarismo,
hipertensão, obesidade, etc).
DM TIPO IA

Ocorre a deficiência de insulina por destruição


autoimune das células beta-pancreáticas,
confirmada pela positividade de 1 ou mais
autoanticorpos.

Aparece normalmente na infância, em pessoas Diabetes tipo LADA - latente autoimune do


magras, jovens, sendo perceptível pelos sintomas adulto - ocorre por uma agressão ao sistema
(poliúria, mal-estar, sudorese e tremores). imune que destroem as células Beta. Ocorre
A gestação consiste em uma condição diabetogênica, uma
de maneira mais lenta que a DM1A.
vez que a placenta produz hormônios hiperglicemiantes e
enzimas placentárias que degradam a insulina.
DM TIPO IB
Diabetes tipo Mody - diabetes juvenil de início
A denominação IB, ou idiopáticos, é atribuída Isso causa um consequente aumento compensatório na tardio - a produção ou a eficiência da insulina
aos casos de DMI nos quais os autoanticorpos produção de insulina e sua resistência, podendo evoluir no corpo é prejudicada em função de
não são detectáveis na circulação com a disfunção das células beta. mutações genéticas.

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A glicemia é conceituada pela presença de glicose Hipoglicemia = cerca de 50 mg/dL ou menos;


no sangue. Sua dosagem geralmente é realizada Normal = 70 a 99 mg/dL;
em jejum em um período de 8 até 12 horas. Pré-diabetes = 100 a 125 mg/dL;
Diabetes = > 125 mg/dL;

É recomendada a ausência de qualquer


ingestão alimentar, exceto água. VALORES AUMENTADOS

A dosagem é realizada com amostra de soro, Diabetes;


plasma ou sangue total, no tubo cinza com Utilização de corticoide;
fluoreto de sódio, amarelo ou vermelho. Acromegalia;
Estresse;
Glucagoma, etc

VALORES DIMINUÍDOS

O método utilizado é o enzimático com oxidase ou


Desnutrição;
hexoquinase, que são colorimétricos, ou seja,
modificam a cor do analito. Insulinomas;
Neoplasias;
Diagnóstico de diabetes; Utilização de insulina medicamentosa;
Controle de diabete; Restrição alimentar, etc.
É indicado armazenar em refrigerador
Diagnóstico de hipoglicemia.
e realizar centrifugação da amostra.

Somente o exame de glicose em jejum não é suficiente para


acompanhar o controle glicêmico em pacientes com Diabetes
Mellitus, pois apenas entrega a medida no momento da coleta.
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O Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) tem Normal = até 139 mg/dL;
como intuito avaliar a glicemia do paciente antes Intolerância = 140 a 199 mg/dL;
e após o mesmo ingerir uma carga controlada de Diabético = ≥ 200 mg/dL.
glicose (75g).

VALORES AUMENTADOS
1. Análise da glicemia em jejum.
2. Ingestão da glicose anidra.
3. Nova análise da glicemia após 2h da ingesta. Diabetes;
Diabetes gestacional;
Diabetes pré-gestacional;
Menor tolerância à glicose.

Durante a gestação (24ª a 25ª semana) seus


valores normais em jejum é <92 mg/dL, após 1h
<180 mg/dL e após 2h <153 mg/dL.

Em pacientes normais a glicemia se mantém


controlada mesmo com a glicose ingerida. Já em
pacientes diabéticos, não há o controle da Exame mais minucioso por avaliar a glicemia do paciente em
quantidade dessa substância no sangue, horários sequenciais após a ingestão da glicose (75g), com o
extrapolando o limite. intuito de observar a diminuição desses índices de acordo com
O exame é realizado para diagnosticar diabetes
o tempo.
mellitus, gestacional ou pré-gestacional.

Durante o período de exame deve evitar Avaliação após: 30, 60, 90, 120 e 180 min (clássica)
movimentos intensos, fumo, ingestão de Avaliação após: 30, 60, 90 e 120 min (simplificada)
alimentos e água. Avaliação após: 30, 60, 90, 120, 180 e 240 min (prolongada)

Dessa forma, é possível realizar um gráfico com a relação da


36 quantidade de glicose pelo tempo.
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A hemoglobina é uma proteína presente no Diagnóstico de diabetes;


interior das hemácias, que promove a coloração Acompanhar o quadro de diabetes (análise do
avermelhada a mesma e auxilia na captação e tratamento e possíveis complicações).
transporte de oxigênio pelo corpo através da
corrente sanguínea.

Normal = < 5,7%;


Pré-diabetes = ≥ 5,7 a 6,4%;
Diabetes = ≥ 6,5%.

VALORES AUMENTADOS
Essa proteína pode sofrer um processo de glicação
irreversível, ou seja, algumas moléculas de glicose
se ligam a hemoglobina A1 por um processo Diabetes;
natural, formando a hemoglobina glicada Desencadeadores de hiperglicemia.
(HbA1c).
Não necessita
jejum, sendo VALORES DIMINUÍDOS
utilizado o
Glicemia em Jejum TOTG HbA1c
sangue total!

Normal <99mg/dL <139 mg/dL <5,6 % Hemoglobinopatias.

Pré- 100 a 125mg/dL 140 a 199mg/dL 5,7 a 6,4% A hemácia tem uma sobrevida de 120 dias
Diabetes
circulantes, dessa forma, através do exame, é
Em pacientes com hiperglicemia, o excesso de
possível ter uma análise dos últimos 3 meses
glicose facilita o processo de ligação com a Diabetes >126mg/dL >200mg/dL >6,5%
aproximadamente.
hemoglobina aumentando os seus índices.

37
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A frutosamina é uma reação de glicação, ou seja, É um exame realizado em jejum de no mínimo 8


reação estável entre uma proteína e a glicose. horas, com o intuito de diagnosticar possíveis
insulinomas e investigar causas de hipoglicemia.

Ocorrem em sua maior parte nas proteínas


plasmáticas, contendo uma meia vida em torno de
2 semanas. Dessa forma, é possível avaliar a
presença da glicose nesses últimos dias. Além disso, analisa a produção de insulina
endógena e possíveis resistências a mesma. Seus
valores são analisados junto com a glicemia em
Sua utilização auxilia no monitoramento do jejum.
tratamento em questão de semanas e em casos de
hemólises e hemoglobinopatias.
VALOR DE REFERÊNCIA
Método = colorimétrico com absorbância em
fotômetro, utilizando amostra de soro sem jejum. 6 a 19 anos = 2,2 a 49 µUI/mL;
20 a 59 anos = 2 a 25 µUI/mL;
> 60 anos = 6 a 35 µUI/mL.
VALOR DE REFERÊNCIA Índice Homa IR = avalia o índice de resistência à
insulina. Utilizando o cálculo:
Normal = 205 a 285 µmol/L
Glicemia x Insulina = Resultado / 22.5 VALORES ALTERADOS
Valor Normal = > 2,15.
VALORES ALTERADOS
Índice Homa Beta = avalia o trabalho do pâncreas Aumento = insulinomas, resistência â insulina;
para produzir insulina. Utilizando o cálculo:
Diminuição = pancreatite crônica, galactosemia,
Aumento = diabetes descontrolada;
etc.
Diminuição = baixa albumina e alto Insulina x 20 / Glicemia
catabolismo proteico. Valor Normal = 167 a 175.
38
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Série de exames laboratoriais com o intuito de analisar a quantidade de


substâncias que são liberadas na corrente sanguínea no momento de uma
lesão cardíaca.

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Transporte do oxigênio para o corpo; VEIA CAVA ARTÉRIA AORTA Pericárdio = membrana que reveste
SUPERIOR
Transporte de nutrientes para as células; externamente o coração e pode ser dividido
ARTÉRIA PULMONAR
em dois folhetos: pericárdio fibroso e
Recolhe os resíduos metabólicos ; TRONCO PULMONAR
VÁLVULA SEMILUNAR pericárdio seroso.
Regular a temperatura corporal;
VEIAS
Defesa do organismo - sistema imunológico. PULMONARES ÁTRIO ESQUERDO
Miocárdio = músculo estriado cardíaco que
ÁTRIO DIREITO
realiza contração e relaxamento do coração,
VÁLVULA MITRAL
com o intuito de promover o bombeamento
VÁLVULA TRICÚSPIDE sanguíneo (células: miócitos).
VENTRÍCULO
ESQUERDO
VENTRÍCULO DIREITO

SEPTO Para realizar essa atividade, o músculo


VEIA CAVA INFERIOR INTERVENTRICULAR necessita de energia contínua proveniente do
Artérias = transportam o sangue do coração oxigênio, fornecidas pelas artérias coronárias
para os órgãos e tecidos, carregando sangue
rico em oxigênio, com exceção das artérias
Endocárdio = membrana que fica na
pulmonares.
superfície interna do miocárdio, reveste as
câmaras cardíacas e cobre o esqueleto fibroso
Veias = transportam o sangue pobre em das valvas.
oxigênio dos órgãos e tecidos em direção ao
coração, com exceção das veias pulmonares.
O infarto agudo do miocárdio consiste na necrose
de uma porção do músculo cardíaco devido a
Capilares = os menores e mais numerosos interrupção do fluxo de sangue para a artéria
vasos sanguíneos, que facilitam as trocas de coronária.
substâncias entre o sangue e as células,
fazendo conexão entre as artérias e as veias.
A lesão causada no tecido cardíaco libera
Coronárias = são artérias que irrigam o substâncias na corrente sanguínea capazes de
próprio coração para que o mesmo consiga serem dosadas através dos marcadores que
realizar suas funções.. identificam a lesão e sua extensão.

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As troponinas são proteínas presentes no músculo São utilizadas para diagnosticar infarto do
cardíaco e esquelético, auxiliando no momento da miocárdio, síndrome coronariana e necrose do
contração muscular. Podem ser classificadas em: miocárdio irreversível.

Troponina C (TnC) - ligada ao cálcio


Troponina T (TnT) - ligada à tropomiosina VALOR DE REFERÊNCIA

Troponina I (TnI) - inibitória


Troponina T = até 0,1 ng/mL;
Essas proteínas formam um complexo regulando Troponina I = até 0,16 ng/mL.
a interação dependente de cálcio da miosina com
a actina.
VALOR AUMENTADOS

Infarto agudo do miocárdio;


Fibrina no soro;
Reação cruzada;
Anticorpos heterofílicos.

Quando ocorre lesão musculas, essas substâncias


são lançadas na corrente sanguínea, sendo
possível quantificá-las. TnT = a elevação dos níveis ocorre de 4 a 6
horas após a dor precordial, tendo o pico em
12 horas e se mantendo elevada por 7 a 10 O exame de troponina ultra-sensível tem a
dias. (ELISA qualitativo ou quantitativo) capacidade de aumentar significativamente a
sensibilidade diagnóstica em fases precoces da
Para análise, são utilizadas com mais frequência
TnI = a elevação dos níveis ocorre de 4 a 6 lesão cardíaca, detectando níveis muito baixos da
a TnT e o TnI, pois seus genes se apresentam
horas após a dor precordial, tendo o pico em proteína no sangue.
diferentes no músculo cardíaco e esquelético -
mais específicas. 12 horas e se mantendo elevada por 3 a 7 dias.
(ELISA com fluorescência ou quimiolumine.)
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A mioglobina é uma hemoproteína citosólica de


Homens = 19 a 92 µg/L;
ampla distribuição pelos tecidos musculares,
tendo como função realizar o armazenamento de Mulheres = 12 a 76 µg/L.
O2.

VALOR AUMENTADOS

Infarto agudo do miocárdio;


Lesão muscular.

Está presente no músculo cardíaco e esquelético,


sendo o marcador de alta sensibilidade para
detecção de reinfarto e monitoramento da
reperfusão.

Tem como desvantagem a baixa especificidade de Elevação ocorre em 1 a 3 horas após a dor precordial; Imunoturbidimetria;
doença muscular ou renal, além do possível falso Nefelometria;
O pico ocorre de 6 a 8 horas;
negativo caso a coleta seja realizada em
Os níveis se normalizam em até 24 horas; Imunoensaios;
momentos tardios.
ELISA com quimioluminescência;
Aglutinação em Látex.

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A creatinofosfoquinase (CK) é uma proteína que Mulheres = 26 a 192 U/L;


apresenta importante função na regulação da Homens = 39 a 308 U/L.
produção e uso do fosfato nos tecidos que
realizam contração - catalisa a reação da
creatina em creatina fosfato.
VALOR AUMENTADOS
Pode ser dividida em isoenzimas, são elas:
Lesão do miocárdio.
CK-BB (cérebro);
CK-MB (coração);
CK-MM (músculo esquelético).

A CK-MB começa a se elevar 4 horas após o início


da dor precordial, chegando ao pico em 24 horas e
voltando aos níveis normais em 48 horas.

Pode ser utilizado para diagnóstico de doenças Imunoinibição = analisa a quantidade de


musculoesqueléticas e em casos de lesões enzimas na amostra através do consumo de
cardíacas junto com o CK-MB. Seus valores substratos (atividade).
normais são:
Imunoensaio = utiliza anticorpos monoclonais
Homens = 39 a 308 U/L; para medir a massa da enzima presente na
Mulheres = 26 a 192 U/L. Se eleva simultaneamente ou um amostra (mais confiável).
pouco depois da CK-MB

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Série de exames laboratoriais com o intuito de promover um diagnóstico


diferencial amplo para avaliar anormalidades dos níveis séricos de lipídios
e lipoproteínas.

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Os lipídios são substâncias orgânicas apolares, Reserva energética através dos adipócitos;
classificados em sua maioria como ésteres de
Isolante térmico e elétrico;
ácido graxo + álcool. Por serem apolares, devem
se ligar a lipoproteínas para se transportarem Estrutura da membrana através do fosfolipídio;
pela corrente sanguínea. Fazem parte dos hormônios sexuais;
Impermeabilizante;
Álcool - OH Carregadores de vitaminas lipossolúveis.

Ácido Graxo O
C- =
OH

EXEMPLO:
Os lipídios são digeridos pelo intestino delgado,
- OH
CH2 onde os sais biliares emulsificam as gorduras em
O micelas com o intuito de facilitar a ação das
-

CH - OH - CH2 - CH2 - (...)


=
C
+ OH - lipases.
-

CH2 - OH
Ácido Graxo
Glicerol
O ácido graxo e o glicerol são metabolizados no fígado. O
Síntese por desidratação
glicerol entra na via glicolítica e o ácido graxo é convertido A lipase hidrolisa as ligações éster dos lipídios,
em acetil-CoA. liberando ácidos graxos e glicerol, por exemplo,
que serão convertidos em triacilgliceróis.
O acetil-CoA entra no ciclo do ácido cítrico podendo gerar
O
energia para o fígado ou sendo exportada para outros
=

CH2 - O - C - CH2 - CH2 - CH2 - (...) tecidos em forma de corpos cetônicos.


Triacilgliceróis e carboidrato se juntam a
-

CH - OH
Quando os corpos cetônicos atingem outros tecidos, proteínas transportadoras formando os
-

CH2 - OH voltam a ser acetil-CoA com o intuito de serem quilomícrons, que irão circular pelo sangue até
metabolizados para gerar energia. Em casos de excesso de chegar aos órgãos onde serão metabolizados
Monoglicerídeo (fígado e coração).
energia pela alimentação, essa substância pode ser
45 armazenada em forma de gordura nos adipócitos.
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O colesterol é um lipídio esteroide apolar que tem


Lipoproteínas são a associação entre proteínas e como função:
lipídios, que tem como intuito atuar no transporte
e na regulação do metabolismo dos lipídios. São Formação da membrana celular;
compostos por: Sintetiza hormônios;
Produz ácidos biliares;
Triglicerídeos (TG);
Atua no metabolismo de vitaminas.
Éster de colesterol;
Colesterol; Pode ser obtido por meio endógeno (produzido
Fosfolipídio; pelo corpo) ou exógeno (através da alimentação).
Apolipoproteínas. São transportados pelas lipoproteínas HDL, LDL E
VLDL.

São lipoproteínas de menor densidade que


transportam o triacilglicerol vindo da dieta do
Rico em
intestino para os tecidos musculares, adiposos e
TG
fígado. Logo após se transformam em quilomícrons
remanescentes, indo para os hepatócitos.

São lipoproteínas de densidade baixa, formadas a Lipoproteína de alta densidade que é produzida
Rico em
partir do VLDL (forma indireta) ou IDL (forma Colesterol no intestino delgado e no fígado, levando o
direta), que tem como função transportar o colesterol dos tecidos periféricos para o fígado
São lipoproteínas de densidade muito baixa,
colesterol do fígado para os tecidos extra- (caminho reverso do LDL).
produzidas por meio de gordura endógena
Rico em hepáticos. Retorna para o fígado após o transporte.
(carboidratos) no fígado, que tem como função Rico em
transportar o triacilglicerol e colesterol do fígado TG Essa substância reduz o risco de doenças
Seu excesso pode elevar o risco de problemas Proteína
para o tecido adiposo e muscular através da lipólise. cardiovasculares por retirar os lipídios dos vasos
cardiovasculares pela deposição na parede dos
Logo após, torna-se IDL. sanguíneo.
vasos.
46
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O colesterol total (CT) é a soma do colesterol livre São importantes reservas energéticas para o Análise de lipoproteínas de baixa densidade (LDL)
com o esterificado, ou seja, do HDL, LDL e VLDL. organismo, estando em maior quantidade no por meio da detecção do colesterol nessa
Pode ser dosado diretamente através de um teste VLDL. Sua grande quantidade pode deixar a substância. Podem ser diretamente dosadas,
enzimático, produzindo um cromógeno. amostra turva. Seu cálculo é feito por: porém utiliza-se geralmente a equação de
Friedwald:
VLDL = TRIGLICERÍDEOS

5 LDL = CT - (HDL + VLDL)

Elevação = pode está relacionada a VALOR DE REFERÊNCIA Elevação = hipercolesterolemia, diabetes mellitus,
hipercolesterolemia, hipotireoidismo, nefrose, síndrome nefrótica, dieta hiperlipídica,
doença pancreática, medicamentos, etc. ADULTO CRIANÇA / ADOLESCENTE hipotireoidismo, sedentarismo, etc.
Desejável = < 150 mg/dL Desejável = < 100 mg/dL
Diminuição = associado a lesão hepática, Limite = 150 a 200 mg/dL Limite = 100 a 129 mg/dL
Diminuição = abetalipoproteinemia e utilização
Alto = 200 a 499 mg/dL Alto = > 130 mg/dL
hipertireoidismo, anemias crônicas, de estrogênios.
Muito alto = > 500 mg/dL
abetalipoproteinemia, etc.

Pode ser utilizado para identificar o risco de


VALORES NORMAIS ATÉ 19 ANOS desenvolvimento de doenças cardíacas e
aterosclerose.
Desejável = <170 mg/dL
No limite = 170 a 199 mg/dL Dosagem da lipoproteína de alta densidade (HDL)
pelo método de reação enzimática ou precipitação
Elevado = > 200 mg/dL
seguido de colesterol por espectrofotometria. VALORES NORMAIS

Aumento = exercício físicos periódicos, uso de


Ótimo = <100 mg/dL;
VALORES NORMAIS ACIMA DE 19 ANOS insulina e estatinas, hipobetalipoproteinemia, etc
Desejável = 100 a 129 mg/dL;
Diminuição = obesidade, sedentarismo, doença No limite = 130 a 159 mg/dL;
Desejável = <200 mg/dL hepática, uremia, etc. Elevado = 160 a 189 mg/dL;
No limite = 200 a 240 mg/dL Muito elevado = ≥ 190 mg/dL.
Valor de referência = ≥ 40 mg/dL.
47 Elevado = > 240 mg/dL
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Série de exames laboratoriais com o intuito de analisar possíveis patologias


pancreáticas.

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O pâncreas é um órgão anfícrino, ou seja, que Duodeno


Sua porção endócrina é formado por conjuntos de
produz secreções endócrinas (hormônios) e Canal
células denominadas Ilhotas Pancreáticas
exócrinas (suco pancreático). pancreático
Pâncreas
acessório (Langerhans).
Canal Biliar
Células acinares
CÉLULAS ALFA
Canal Ilhas pancreáticas
pancreático
Células delta
principal Secretam o glucagon em resposta a diminuição da
Células alfa
Células beta
glicemia. Esse hormônio estimula o fígado a
realizar glicogenólise e lipólise, com o intuito de
manter a homeostasia do corpo.
Canal
Se localiza abaixo do fígado e atrás do estômago,
Pancreático
dividido em cabeça, corpo e cauda.
CÉLULAS BETA

Só são acionados quando


Responsáveis por secretar a insulina em casos de
estão no intestino. aumento de glicemia. Esse hormônio promove a
entrada da glicose nas células, além de permitir o
ENZIMAS PRODUZIDAS armazenamento da glicose em glicogênio e
gordura.
Produz e secreta bicarbonato de sódio para
neutralizar a acidez do quimo; Tripsina e quimiotripsina = atuam na digestão
das proteínas. CÉLULAS DELTA
As células acinares produzem enzimas
digestivas com o intuito de auxiliar na Lipase pancreática = atua na digestão das
São responsáveis por liberar somatostatina, que
digestão do alimento. gorduras (triglicerídeos).
tem como função inibir a porção endócrina do
pâncreas.
Amilase pancreática = atua na digestão do
amido (carboidrato).
Ambas as substâncias irão percorrer o canal
pancreático, e a união dá origem ao suco Nucleases = atuam na digestão dos ácidos Células Epsilon produzem a grelina, que estimula o
pancreático. Aumentam o pH (básico). nucleicos (DNA e RNA). apetite. Já as células Polipeptídeos Pancreáticas
inibem a função exócrina.
49
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A amilase é uma enzima produzida pelo pâncreas


e glândulas salivares, tendo como função VALOR DE REFERÊNCIA
catalisar o desdobramento do amido e do
glicogênio vindos da dieta. No soro = 60 a 160 U/dL;
Na urina = 1500 a 1800 U/d;
Líquido duodenal = 50.000 a 80.000 U/dL;

Catalisa a hidrólise das ligações α-1,4 da amilose,


amilopectina e glicogênio, liberando maltose e
isomaltose.

VALOR AUMENTADO

Pancreatite aguda ou crônica;


A pancreatite aguda é um distúrbio inflamatório Obstrução do canal pancreático;
agudo do pâncreas associado a edema,
Caxumba;
intumescências, necrose, etc.
Insuficiência renal;
Obstrução do duodeno;
Gravidez ectópica;
Realizar diagnóstico de pancreatite e outras
Os níveis de amilase aumentam 2 a 12 horas após Perfusão do intestino, etc
doenças do órgão;
o início das dores abdominais, sendo 4 a 6 vezes
maiores que o valor de referência. 20% dos Investigar eventos inflamatórios abdominais.
pacientes podem apresentar índices normais de
amilase mesmo com a patologia. VALOR DIMINUIDO

Lesões permanentes nas células pancreáticas


Se normaliza no terceiro ao quarto dia.
causadas geralmente por pancreatite crônica
50
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A lipase é uma enzima específica que tem como


VALOR DE REFERÊNCIA
função catalisar a hidrólise dos ésteres de glicerol
de ácidos graxos - triglicerídeos - na presença de
sais biliares e colipase. Normal = até 160 UI/L

Esse valor pode variar de acordo com o método


utilizado em cada laboratório.

São formadas pelas células do pâncreas, mas VALOR AUMENTADO


também podem ser encontradas na mucosa
intestinal, leucócitos, adipócitos, língua, etc. Pancreatite aguda ou crônica;
Colecistite aguda;
Obstrução do ducto pancreático;
Sua concentração é muito maior no Insuficiência renal.
pâncreas do que nos outros tecidos.

VALOR DIMINUIDO
Na pancreatite aguda, a lipase aumenta de 4 a 8 Distúrbios no pâncreas;
horas após o início do quadro, atinge seu pico em Enfermidade renal;
até 24 horas e volta a normalidade em 8 a 14 dias. Perionite;
Cisto pancreático;
Intestino estrangulado.
Sua concentração aumenta junto com a amilase,
porém, 20% dos pacientes podem apresentar os
índices de lipase normais mesmo com pancreatite
aguda.
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Série de exames laboratoriais com o intuito de analisar a quantidade de


ferro, seu armazenamento e transporte.

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Fe , Fe

DMT-1

O ferro é um mineral vital para o organismo, Após a ingestão do Fe2+ e Fe3+ pelos alimentos, o
tendo como função no corpo: mineral vai para o estômago e o duodeno, onde há
a presença do citocromo b duodenal - redutase
férrica.
Auxiliar no transporte de oxigênio;
Atuar na proliferação e reparo celular; Sua função é transformar o ferro inorgânico em
Atuar na formação dos citocromos; orgânico para ser melhor absorvido no intestino.
Favorecer a formação de ATP;
Auxiliar na função da catalase;
Auxiliar na síntese do colágeno, etc.
No intestino há a presença dos enterócitos, que
O ferro pode ser obtido através da dieta ou da possuem em sua superfície o DMT-1, estrutura na
própria reabsorção do mesmo que o organismo qual irá permitir a entrada do Fe2+ na célula.
faz, através da degradação das hemácias. Esse
mineral pode ser obtido de duas formas: O ferro pode se armazenar no enterócito na forma
Dentro do eritrócito, é possível a formação de Deoxihemoglobina ou de ferritina ou pode ser transportado para o
Oxihemoglobina a partir da presença de Fe2+, permitindo o plasma pela ferroportina (FPT).
3+ 2+ transporte de oxigênio - funcional.
Fe Fe
Caso haja a presença de Fe3+ na hemácia, há a formação da A atividade da ferroportina é controlada pela
Ferro férrico Ferro ferroso
metahemoglobina, sendo impossibilitada de transportar oxigênio hepcidina - sintetizada no fígado.
Ferro não heme (inorgânico) Ferro heme (orgânico) (vitamina c consegue converter Fe 3+ em 2+).
Abundante nas Abundante nas
proteínas vegetais. proteínas animais. A molécula 2,3 Disfosfoglicerato quebra a ligação do ferro com o oxigênio
para que este seja liberado para as células.
No sangue, o ferro deve ser transportado por meio
HEMOGLOBINA ENTRA O2
HEMOGLOBINA da trasferrina, porém este não possui tanta
FUNCIONAL
IRREGULAR afinidade com o Fe2+. Dessa forma, a hefaestina
ENTRA DE O2
IMPOSSIBILITADA oxida o ferro, transformando-o em Fe3+.
Fe2+
Fe3+ Fe2+
METAHEMMOGLOBINA

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COLORAÇÃO MARROM SANGUE
SAI O2
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Fe , Fe

3+
Fe
O exame de ferro sérico tem como intuito analisar Homens = 75 a 175 µg/dL;
os níveis dessa substância ligada a transferrina Mulheres = 65 a 165 µg/dL;
(Fe3+). 3+
Fe
3+
Fe
VALOR AUMENTADO
3+
Fe Transferrina
3+ Hemocromatose;
Fe
Alimentação rica em ferro;
Anemia hemolítica;
Para a dosagem, o ferro deve ser dissociado da
Doença hepática crônica;
transferrina através da adição de um ácido que
Transfusão sanguínea, etc.
vai precipitar essa proteína.

VALOR DIMINUÍDO

Fluxo menstrual intenso;


Parasitoses;
Neoplasias;
É coletado o soro do paciente em tubo seco Pode ser utilizado no diagnóstico diferencial e
(vermelho) ou em gel separador (amarelo). É Hemorragia aguda;
monitoramento do tratamento de anemias
recomendado jejum de no mínimo 8 horas. (ferropriva, aplásica, etc) e diagnóstico de Gestação;
hemocromatose, hemossiderose e toxicidade Deficiência alimentar;
aguda por ferro. Gestação.
Seus níveis podem apresentar variações
circadianas, sendo mais alto pela manhã e menor Sua determinação deve ser analisada junto com
próximo às 21:00.Geralmente é utilizado o método outros exames, como a saturação da transferrina
colorimétrico por cromógeno ou cromazurol B. e ferritina sérica.

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Fe , Fe

A ferritina é uma proteína globular, composta por Utilizando a metodologia de


3+
aminoácidos hidrofóbicos e hidrofílicos e 24 Fe quimioluminescência, os valores são:
3+
subunidades, divididas em: Fe
Homens = 22 a 280 ng/mL;
3+
Fe Mulheres = 10 a 254 ng/mL.
Cadeias leves = reserva de ferro;
Cadeias pesadas = enzima ferroxidase (Fe+2
3+ 3+
em Fe +3). Fe Fe
3+
Fe VALOR AUMENTADO
Cada complexo de ferritina pode armazenar cerca
de 4.500 íons de Fe+3. Hemocromatose;
Hemossiderose;
Apoferritina = cadeias leves e pesadas sem
Alcoolismo;
ferro.
Processo inflamatório;
Sobrecarga transfusional;
Doenças hepáticas.

O ferro ferroso não pode circular livremente no VALOR DIMINUÍDO


organismo, por formar radicais livres e espécies
reativas de oxigênio. Em condições basais, os níveis de ferritina sérica é Deficiência de ferro;
proporcional ao estoque de ferro corporal,
Dessa forma, a ferritina realiza oxidação do Fe2+ Anemias;
variando com o sexo e idade do paciente.
em Fe3+, armazenando em seu interior para Hipotireoidismo;
liberar quando for necessário. Deficiência de vitamina c;
Doença celíaca.
Em casos de processos infecciosos ou inflamatórios
agudos, a ferritina aumenta seus níveis séricos Podem ser utilizados em casos de deficiência de
para sequestrar o ferro ferroso e impedir que as ferro, monitorar o tratamento com a substância,
substâncias estranhas use para seu metabolismo. diferenciar anemias e detectar sobrecarga.
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Fe , Fe

A transferrina é uma beta globulina produzida A capacidade total de ligação do ferro é uma
pelo fígado, que tem como intuito transportar o medida indireta da transferrina circulante, sendo
ferro que saiu dos enterócitos para as células do necessário jejum de pelo menos 8 horas para
corpo, na forma de Fe3+. realização do exame.

3+ Sua obtenção é feita pela soma da


Fe Transferrina transferrina não saturada com o ferro
sérico.

Possui meia vida de 8 a 10 dias e normalmente Pode ser medido no tubo seco (vermelho) ou com
deve ser realizado em jejum. É utilizado para gel separados (amarelo), sendo utilizado para
avaliar deficiência de ferro, triagem na avaliar deficiência e sobrecarga de ferro e no
sobrecarga do ferro e final da gestação. final da gestação.

VALOR NORMAL VALOR DIMINUÍDO VALOR DIMINUÍDOS VALOR NORMAL

Homens = 215 a 365 mg/dL; Infecções; Deficiência crônica de ferro; Normal = 250 a 425 µg/dL.
Mulheres - 250 a 380 mg/dL. Neoplasias; Utilização de contraceptivos orais;
Uremias; Necrose hepática;
Nefrose; Hemorragia aguda; VALOR DIMINUÍDOS
VALOR AUMENTADO Anemia da doença crônica. Gravidez.
Doenças inflamatórias crônicas;
Deficiência crônica do ferro; Neoplasias;
Uso de contraceptivos orais. Uremia;
Necrose hepática; Nefrose.
Hemorragia aguda, etc.

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Na
Mg

K
Ca
Série de exames laboratoriais com o intuito de analisar desequilíbrio dos
eletrólitos no organismo.

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A lei da eletroneutralidade indica que a soma das


CÁTIONS cargas positivas dos cátions deve ser igual a soma
das cargas negativas dos ânions.
Sódio (Na+)
Potássio (K+) Átomo positivo, com mais
Cálcio (Ca+2) prótons do que elétrons.

Magnésio (Mg+2) O bicarbonato promove equilíbrio ácido-base e o


equilíbrio eletrolítico, por fazer parte de ambos os
processos.

ÂNIONS

Cloreto (Cl-)
Bicarbonato (HCO3-)
Átomo negativo, com mais
Fosfato (HPO4-) elétrons do que prótons.
Sulfato (SO4 -2 ) Carregador de nutrientes e metabólitos;
Formação da estrutura de macromoléculas;
Participação ativa em reações químicas;
Solventes para minerais, vitaminas, etc;
Lubrificante;
Absorção de choques mecânicos;
Apesar dos conjuntos de cátion e ânion terem a
Mantém a pressão osmótica do plasma; Regulação da temperatura corporal.
mesma concentração, possuem quantidades
Regula a distribuição de água no organismo; individuais diferentes.
Regula o pH fisiológica; No estado de equilíbrio, a ingestão de água é
Manutenção da função cardíaca e muscular; Principal cátion extracelular = sódio; proporcional a sua perda, sendo distribuída de
Participa das reações de óxido-redução; Principal cátion intracelular = potássio; forma irregular por todo o organismo.
Participam como cofatores enzimáticos. Principal ânion extracelular = cloreto;
Principal ânion intracelular = fosfatos.

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O sódio é o principal íon extracelular e É o cátion mais prevalente no meio intracelular,


determinante da osmolaridade do plasma, auxiliando nos processos metabólicos do
representando 90% dos cátion inorgânicos. organismo, na preservação do DNA e RNA e
atuando como cofator enzimático e na coagulação
do sangue.

Método = espectrometria de
emissão anatômica

Está presente nos ossos, músculos, plasma e fluido


O rim é o principal órgão para regular o sódio intersticial. Pode ser utilizado para diagnóstico de
extracelular e a água corporal. Sua dosagem é hipo e hipermagnesemia, insuficiência renal,
feita para analisar o equilíbrio hidroeletrolítico e distúrbios gastrintestinais, etc.
desidratação.
VALOR DE REFERÊNCIA
VALOR DE REFERÊNCIA
Normal = entre 136 a 145 mEq/L.
HIPONATREMIA
Normal = 1,9 a 2,5 mg/dL.
Ocorre quando há uma diminuição da
VALOR AUMENTADO
concentração de Na+ no plasma (<136mmol/L),
HIPOMAGNESEMINA VALOR AUMENTADO
sendo causada por possível retenção de água,
Desidratação;
onde há diluição do mesmo no sangue. Diminuição da concentração de
Diabetes insípido; magnésio. Insuficiência renal;
Comas hiperosmolares; Desidratação grave.
HIPERMAGNESEMINA
HIPERNATREMIA
VALOR DIMINUIDO
Aumento da concentração de VALOR DIMINUIDO
Processo em que há aumento da quantidade de magnésio.
Nefropatia;
Na+ no plasma (>150 mmol/L), causada Pancreatite aguda;
Insuficiência cardíaca;
normalmente pela desidratação, no qual os Hepatite crônica;
componentes sanguíneos se tornam mais Síndrome nefrótica;
Alcoolismo.
concentrados. Maior secreção de ADH (diurético).
59 Diabetes Mellitus, etc.
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O potássio é o principal cátion intracelular, O cálcio é um cátion presente principalmente no


devido a sua participação na bomba sódio- tecido ósseo, atuando na mineralização dos ossos
potássio, que auxilia na sua prevalência nessa e dentes, contração muscular, ritmo cardíaco,
região. coagulação sanguínea, etc.

Através desse processo, é possível realizar a


manutenção do potencial elétrico da membrana No plasma, se encontra na forma ionizada, ligada
celular, auxiliando na transmissão dos impulsos a ânions ou albumina, estando presente em
nervoso, por exemplo. apenas 1% do sangue.
VALOR DE REFERÊNCIA VALOR DE REFERÊNCIA

HIPOPOTASSEMIA Normal = entre 3,5 a 5,0 mEq/L. Normal = entre 8,8 a 10,4 mg/dL.
HIPOCALCEMIA
É a diminuição das concentrações plasmáticas de
VALOR AUMENTADO
potássio (< 3,5 mEq/L), podendo ocorrer devido a VALOR AUMENTADO Ocorre quando os níveis de cálcio no sangue se
possível alcalose ou alterações do bicarbonato. encontram baixos, podendo ser ocasionando por
Síndrome de Cushing;
Hipercalcemia maligna; perda do cátion na urina ou quantidade
Doença no túbulo renal; insuficiente dos ossos para o sangue.
Hiperparatireoidismo.
Aldosteronismo.
HIPERPOTASSEMIA

Aumento da quantidade de potássio no plasma VALOR DIMINUIDO VALOR DIMINUIDO HIPERCALCEMIA


(>5mEq/L), podendo ocorrer em casos de
hiponatremia, hipocalemia e acidose metabólica - Doença de Addison; Baixa vitamina D; Aumento da quantidade de cálcio no plasma,
pH baixo provoca a saída do potássio do meio Doença renal; sendo a desordem metabólica mais associada ao
Doença renal;
intracelular. Sintomático ou assintomático. câncer
Hipoparatireoidismo, etc.
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O cloreto é o ânion mais abundante do líquido O fósforo é um mineral que está associado a
extracelular, atuando no equilíbrio osmótico do formação da estrutura óssea, ao sistema-tampão
sangue com o sódio e na produção de ácido fosfato, componente da membrana celular, ao
clorídrico. metabolismo de substâncias e é um componente
dos ácidos nucleicos.

Em situações normais, seus índices irão seguir as


do sódio. Sua alteração sem a mudança dos outros Pode ser utilizado para monitorar os distúrbios
eletrólitos está associada ao distúrbio ácido-base. renais e endócrinos, diagnosticar doenças
hemolíticas, fraqueza muscular e insuficiência
VALOR DE REFERÊNCIA VALOR DE REFERÊNCIA
respiratória.

HIPOCLOREMIA Normal = entre 98 a 106 mEq/L. Normal = entre 2,5 a 4,5 mg/dL.

HIPOFOSFATEMIA
Ocorre quando a concentração plasmática de
VALOR AUMENTADO
cloreto é diminuída, como nos casos de retenção VALOR AUMENTADO
Processo caracterizado pela baixa concentração
de água e alcalose metabólica.
Desidratação hipertônica; Insuficiência renal; plasmática de fosfato (<2,5 mg/dL).
Acidose tubular renal; Hipoparatireoidismo;
Hiperparatiroidismo primário, etc. Doenças hemolíticas, etc.
HIPERCLOREMIA
HIPERFOSFATEMIA
Processo em que a quantidade de cloreto aumenta VALOR DIMINUIDO
no plasma, causada pela desidratação ou VALOR DIMINUIDO Ocorre quando há uma quantidade elevada
problemas renais. Insuficiência adrenal cardíaca; de fosfato no plasma (>4,5 mg/dL).

Doença de Addison; Hiperparatireoidismo;


Queimaduras e vômitos; Diabetes;
Hipofosfatemia oncogênica.
61 Cetoacidose diabética, etc.
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Série de exames que tem como intuito avaliar os gases presentes no sangue
e sua distribuição.

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A gasometria é um exame que tem como objetivo


avaliar a capacidade de retenção e distribuição do pH = potencial de hidrogênio;
oxigênio pela hemácia, além de avaliar o pO2 = pressão parcial de hidrogênio;
equilíbrio ácido-básico. pCO2 = pressão parcial de dióxido de carbono;
HCO3 = íons de bicarbonato;
pH = é o potencial hidrogeniônico, BE = excesso de base;
representado por escala numérica, que
sO2 = saturação de oxigênio.
determina a acidez de uma solução através da
concentração de hidrônio.

Rins = através do seu mecanismo de excreção A coleta deve ser realizada com o paciente em
e reabsorção do bicarbonato consegue repouso, geralmente na artéria radial, utilizando
controlar o pH sanguíneo - metabólica. um tubo de heparina seca ou líquida, tendo o
cuidado para retirar as bolhas de ar na seringa.
Pulmões = através da profundidade da
respiração consegue aumentar ou diminuir a
quantidade de CO2 no sangue, alterando o seu
pH - respiratório.
Acidose = aumento da acidez sanguínea ou
Sistema tampão = regula a produção de
diminuição da base, abaixando pH.
bicarbonato (base) e o ácido carbônico (ácido)
para controlar esses índices no organismos de Alcalose = diminuição da acidez sanguínea ou
forma compensatória. A amostra deve ser armazenada em
acúmulo da base, ocasionando um aumento do pH.
refrigeração de 0-4°C e sua análise não deve
ultrapassar 30 minutos após a coleta.
Bicarbonato = componente básico do sangue.
Alterações nesses mecanismos de
equilíbrio podem ocasionar quadros de CO2 = componente ácido do sangue.
alcalose ou acidose.
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ALCALOSE METABÓLICA

Ocorre quando há aumento das concentrações de


bicarbonato. Pode acontecer em casos de perda de
O potencial hidrogêniônico (pH) é um parâmetro secreção gástrica, ingestão de altas doses de
que tem como intuito indicar a quantidade de íons antiácido, fibrose cística, etc.
H+ no sangue, dando o resultado em uma escala
numérica; Compensação = hiperventilação nos pulmões.

Os índices laboratoriais irão apresentar elevação


ÁCIDO < 7.35 ALCALINO > 7.45 do pH, bicarbonato e pCO2 (compensação).

pCO2

NORMAL = 7.35 - 7.45 Alcalose pCO2

Acidose pCO2

Sua regulação é feita através da ação dos rins


HCO3
(reabsorve bicarbonato) e do pulmão (envolvido
Alcalose HCO3
com CO2), que atuam de forma equilibrada e
Acidose HCO3
compensatória em estado normal.

ACIDOSE RESPIRATÓRIA ACIDOSE METABÓLICA ALCALOSE RESPIRATÓRIA

Ocorre quando há excesso de CO2 por uma Ocorre quando há perda de bicarbonato a nível renal, havendo Ocorre quando há eliminação excessiva de CO2 pelos
incapacidade dos pulmões de eliminá-lo. Geralmente retenção de H+ no organismo. Aparece em casos de insuficiência pulmões, prevalecendo os níveis de bicarbonato.
está atrelado a doença pulmonar obstrutiva renal, cetoacidose diabética, aumento de ácido lático, etc. Pode acontecer em casos de pneumonia, asma, ICC,
crônica, distúrbios neuromusculares, etc. hipotensão, anemia severa, etc.
Compensação = hiperventilação ou aumento da produção
Compensação = aumento do bicarbonato de amônia nos rins. Compensação = diminuição da quantidade de
plasmático pela retenção nos rins. bicarbonato plasmático pelos rins.
Os índices laboratoriais irão apresentar redução do
Os índices laboratoriais irão apresentar elevação Os índices laboratoriais irão apresentar redução
bicarbonato , do pCO2 (compensação) e do pH.
do pCO2 e diminuição do pH. do pCO2, elevação do pH.
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7.35 7.45
ACIDOSE pH ALCALOSE

A pressão parcial de oxigênio (pO2) é um 35 45 A saturação de oxigênio (SO2) tem como intuito
parâmetro que tem como objetivo avaliar a HIPOCAPNIA pCO2 HIPERCAPNIA indicar a porcentagem da hemoglobina oxigenada
eficácia de oxigenação do sangue pelos pulmões, a em relação a sua capacidade total de transportar
partir da pressão exercida pelo oxigênio. 80 100 oxigênio.
HIPOXEMIA pO2 HIPEROXEMIA

VALOR DE REFERÊNCIA = 80 a 100 mmHg 22 26


ACIDOSE ALCALOSE VALOR DE REFERÊNCIA = 95 a 99%
HCO3 METABÓLICA
METABÓLICA

Seu aumento pode estar relacionado a altas doses


-2 +2
de O2, já a diminuição está atrelada a PERDA DE GASES BE GANHO DE GASES Seus baixos índices podem indicar enfisema
hipoventilação, anemia, etc. pulmonar, DPOC, entre outros.

A pressão parcial de dióxido de carbono (pCO2) O bicarbonato real (HCO3) tem como intuito O excesso de base (BE) tem como objetivo avaliar a
tem como intuito avaliar a eficácia da ventilação avaliar a concentração de bicarbonato no plasma quantidade de bases tampão presentes no sangue,
alveolar pelo controle da quantidade de CO2 no da amostra. definindo se a alteração é de origem metabólica
sangue. ou respiratória.
É calculada a partir das medidas do pH e pCO2.

VALOR DE REFERÊNCIA = 35 a 45 mmHg VALOR DE REFERÊNCIA = -2 a +2 mEq/L


VALOR DE REFERÊNCIA = 22 a 26 mmHg
O CO2 é derivado do metabolismo celular, sendo
dissolvido no sangue de acordo com a velocidade e
Grandes quantidades de H+ no plasma fazem com
profundidade da respiração. Quando reage com a
que o HCO3 se ligue ao mesmo, formando ácido
água, produz ácido carbônico.
carbônico, que dará origem ao CO2 + H2O.
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pH BE < -5 mEq/ L = acidose leve;


Identificar se o sangue é arterial ou venoso a BE < -10 mEq/L = acidose grave.
partir da coloração da amostra e da análise do
pO2 e sO2, que se apresentam altas no arterial e BE > +5 mEq/ L = alcalose leve;
baixas no venoso. < 7,35 > 7,45
BE > +10 mEq/L = excesso de bicarbonato.

ACIDOSE ALCALOSE pO2 > 65 e sO2 > 90% = oxigenação satisfatória


sO2 <80% = hipóxia.

pCO2 > 45 HCO3 < 22 pCO2 < 35 HCO3 > 26

RESPIRATÓRIA METABÓLICA RESPIRATÓRIA METABÓLICA

Interpretação dos valores de pH em relação ao


HCO3 e pCO2 para descobrir se há mecanismos
Interpretar o processo metabólica a partir da compensatórios.
análise do HCO3 (bicarbonato).

HCO3 aumentado = alcalose metabólica;


HCO3 diminuído = acidose metabólica.

Interpretar o processo respiratório a partir da


análise de pCO2 (dióxido de carbono).

pCO2 aumentado = acidose respiratória;


pCO2 diminuído = alcalose respiratória.

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