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Bioquímica Clínica

Produzido por: Karla Maciel


Resumo de

@estuda.biomedica
Licenciado para - Izabela Santos Sales - 13023375640 - Protegido por Eduzz.com
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Karla aqui!
É um prazer me dedicar em te ajudar nos estudos, e agora
com este novo material de bioquímica clínica. É nesse setor
que dosamos glicose, colesterol, uréia, creatinina. Aqui vou
explanar pra você de forma simples e prática o que cada
marcador significa, pra que ele é usado e como você pode
realizar as interpretações. Você vai perceber que nos tópicos
de "Como Interpretar" terá duas colunas, uma com a seta pra
cima que vai te indicar quando a dosagem estiver acima do
valor de referência e a seta pra baixo que indica quando as
concentrações estiverem abaixo do valor de referência, nessa
aba você vai poder conferir as causas sugestivas do que pode
estar acontecendo com o paciente, beleza? Ou seja, é sobre
probabilidade e não assertividade. Até porque várias coisas
podem influenciar no resultado do exame e em várias
situações é necessário fazer associações com outros
parâmetros ou até mesmo com outro setor dentro do
laboratório.
Não basta apenas olharmos valores de referência, precisamos
entender o que está acontecendo, e o que pode ter
desencadeado o evento através da fisiologia. Para entender
algo patológico, precisamos entender o que é fisiológico!

Bons estudos :)

Obs: Valores de referência podem variar de um laboratório para o outro, são variações pequenas
mas podem existir; As unidades de medidas também podem variar, mas a maioria é medida em
mg/dL (há exceções).
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Introdução...................................................................................4
Função Renal...............................................................................6
Função Hepática.......................................................................12
Função Cardíaca.......................................................................18
Metabolismo da Glicose..........................................................22
Perfil Lipídico.............................................................................26
Função Pancreática.................................................................30
Função Pulmonar......................................................................32
Metabolismo do Ferro............................................................34
Ionograma..................................................................................38
Gasometria Arterial................................................................44
Metodologias............................................................................47
Equipamentos...........................................................................50
Conclusão....................................................................................51
Referências................................................................................52

ATENÇÃO!!!
Este material é de uso exclusivo daquele que o adquiriu. Portanto, fica
proibido o compartilhamento e/ou a comercialização do mesmo, visto que se
trata de um crime previsto no art.184 do código penal brasileiro, com pena
de 3 meses a 4 anos de reclusão ou multa

Karla | @estuda.biomedica
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Querido (a) biomedfriend, não tem condições de eu


começar esse resumo sem falar de uma parte CRUCIAL
dentro do laboratório!!!
Se houver erros aqui, vai influenciar lá na frente e inclusive
no resultado do exame do paciente (que pode te custar
uns reais se o paciente quiser levar pra justiça). Então,
vamos lá... não quero ninguém sendo processado aqui.

70% das causas dos


Fase pré-analítica erros laboratoriais
É a etapa anterior a análise das amostras

Solicitação dos exames


Cadastro do paciente
Identificacão do paciente e dos tubos
Coleta
Armazenamento e transporte das amostras
até o local da análise

Fase analítica

É o momento da realização dos exames!

Fase pós-analítica

É a etapa posterior a análise das amostras

Digitação dos laudos


Entrega dos resultados
Interpretação dos resultados

Karla | @estuda.biomedica
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Dentre todas as fases citadas, a pré-analítica é onde se


deve ter cuidado dobrado, principalmente na hora da
recepção e da coleta.
É na recepção onde pegamos os dados do paciente,
nome, idade etc. Nem todos os laboratórios trabalham
com aquelas etiquetas com código de barras onde o
sistema é todo interfaceado, tem lab que faz a
identificação nos tubos manualmente, e colocam
apenas um número de registro sequencial e as iniciais
do paciente. Imagina que durante a coleta a Joana
Martins da Silva e o João Melo de Souza vão realizar
exames, ambos terão as iniciais "JMS", então é
necessário colocar mais informações além das iniciais,
pra depois não ocorrer troca de resultados.
Durante a coleta é necessário evitar coágulo e
hemólise, portanto se deve homogeneizar os tubos com
anticoagulante DELICADAMENTE, se a coleta for na
seringa não puxar o êmbolo com muita força e esperar
o álcool secar bem.
O coágulo além de entupir os equipamentos, também
pode interferir nos resultados, assim como a hemólise. A
quebra das hemácias dá uma falsa elevação nos níveis
de: AST, LDH e potássio.

E antes de prosseguir, quero te falar que os resultados


dos exames não podem ser interpretados
isoladamente, dependendo da investigação é
necessário exames complementares e claro, as
informações do paciente. Ele já tem alguma doença?
Toma algum medicamento que pode interferir no
exame? Quais os sintomas ele está sentindo? Tudo isso
deve ser levado em conta. Não se trata de valores de
referência e sim de VIDAS.

Karla | @estuda.biomedica
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Uréia 15 a 45mg/dL

Sintetizada principalmente no fígado.


Formada a partir do catabolismo das
proteínas e dos ácidos nucleicos

QUANDO É UTILIZADA?

Avaliação da função renal


Em conjunto com a creatinina sérica na
hiperuricemia pré-renal, renal e pós-renal
Diagnóstico de insuficiência renal
Avaliação da função glomerular
Doença renal crônica
Hemorragia digestiva alta
Indivíduos que precisam de acompanhamento
nutricional, como: queimaduras e câncer

COMO INTERPRETAR?

Renais: nefrites,
pielonefrites, IRA, IRC
Pré-renais: ICC
Pós-renais: obstrução
do trato urinário por
cálculos, carcinomas Desnutrição
ou pólipos Gravidez normal
Dieta hiperproteica Dieta hipoprotéica
Idade >40 anos
Catabolismo elevado
(febre, infecções, uso
de corticóide)

Karla | @estuda.biomedica
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creatinina 0,5 a 1,2mg/dL

Formada no tecido muscular a partir da


creatina e creatina fosfato, também é
sintetizada no fígado. Após a entrada na
circulação, é excretada pelas vias renais
(de forma proporcional a massa muscular
de cada pessoa).

QUANDO É UTILIZADA?

Avaliação da função renal


Associada a uréia para avaliar a disfunção renal
Avaliação da função glomerular
Esclerose lateral amiotrófica
Dermatomiosite
Inanição
Distrofias musculares
Traumatismo

COMO INTERPRETAR?

Insuficiência renal
aguda
Insuficiência renal Distrofias musculares
crônica Desnutrição com
Obstrução do trato diminuição da massa
urinário muscular
Desidratação Doença renal grave
Choque
Alta ingestão de carne

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Homens: 90 a 139ml/min
clearance de creatinina Mulheres: 80 a 125ml/min

É considerado a creatinina em uma amostra


de urina de 24 horas e a concentração de
creatinina plasmática, para saber a
quantidade de sangue está sendo filtrada
pelos rins por minuto. É um método de baixa
sensibilidade pois é um exame que a coleta
da urina é realizada pelo próprio paciente,
logo é possível a presença de interferentes.

QUANDO É UTILIZADA?

Avaliação da função renal


Avaliação da função glomerular
Monitoramento da eficiência do tratamento na
doença renal

COMO INTERPRETAR?

Com o tempo é normal


ocorrer uma
diminuição
progressiva, mas nas
Dietas doenças renais é
Gravidez possível fazer algumas
Exercícios físicos associações com
Hipotireoidismo outras complicações,
como: anemia,
hipertensão,
neuropatia e doença
óssea

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cálculo clearance

Creatinina na urina (mg/dL) Volume urinário 24h (mL)


X
Creatinina no soro (mg/dL) 1440 minutos

Exemplo:
Creatinina sérica: 1,1mg/dL

Creatinina urinária: 100mg/dL

Volume urinário de 24 horas: 1800ml

Tempo de 24h: 1440min

100 1800
X = 90,90 x 1,25 = 113,6 ml/min
1,1 1440

Valores de Referência
Idade Homens Mulheres
20-30 88-146 81-134
31-40 82-140 75-128
41-50 75-133 69-122
51-60 68-126 64-116
61-70 61-120 58-110
71-80 55-113 52-105

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cistatina c 0,5 a 1,0mg/L

Proteína não glicosilada que pode ser


encontrada nos líquidos corporais. Tem sido
considerada um marcador eficiente do perfil
renal, pois sua concentração não depende
de idade, gênero, dieta, massa muscular,
peso corporal ou processo inflamatório.
Filtrada pelos glomérulos, reabsorvida e
degradada nos túbulos contorcidos
proximais.

QUANDO É UTILIZADA?

Novo marcador para a estimativa da Taxa de


filtração glomerular
Superior a creatinina sérica
Na avaliação de casos cadiovasculares adversos

COMO INTERPRETAR?

Geralmente, quando há elevação na


concentração plasmática de Cistatina C está
associado com a diminuição do ritmo de
filtração glomerular.
Também pode estar aumentada no
tratamento com glicocorticóides e distúrbios da
tireóide.

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Homens: 2,5 a 8,0mg/dL


ácido úrico Mulheres: 1,9 a 7,5mg/dL

É formado a partir do metabolismo das


purinas. Sintetizado principalmente pelo
fígado e na mucosa intestinal, uma parte é
excretada via renal e outra pelo trato
gastrointestinal

QUANDO É UTILIZADO?

Avaliação da função renal (correlacionando com


a uréia e creatinina)
Monitoramento da Gota
Monitoramento do tratamento quimioterápico de
neoplasias

COMO INTERPRETAR?

Insuficiência renal
Gota
Hiperuricemia Fármacos uricosúricos
assintomática Doença de Wilson
Leucemia Síndrome de Fanconi
Policitemia Xantinúria
Uso de farmácos Neoplasias
Acidose metabólica
Dieta
Etilismo

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aspartato aminotransferase

Também conhecida por TGO (Transaminase


glutâmico oxalacética), está presente em
várias células do corpo. Encontrada
principalmente no coração, fígado, músculo
esquelético e rins.

Homens: até 37U/L


Mulheres: até 31U/L

QUANDO É UTILIZADO?

Sensível para lesão hepatobiliar aguda


Se eleva antes do aumento da bilirrubina sérica

COMO INTERPRETAR?

Hepatocarcinoma
Necrose hepática
Pancreatite aguda
Cirrose hepática
Hepatites
Icterícia obstrutiva
Mononucleose
Hipotireoidismo
Lesões da musculatura esquelética
Cateterização

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alanina aminotransferase

Também chamada de TGP (Transaminase


glutâmico pirúvico), está presente
principalmente no fígado e nos rins, e em
quantidades mais baixas no coração e no
músculo esquelético, logo é mais específico
nas lesões hepáticas que o TGO/AST
Homens: até 41U/L
Mulheres: até 31U/L

QUANDO É UTILIZADO?

Sensível para lesão hepatobiliar aguda


Se eleva antes do aumento da bilirrubina sérica

COMO INTERPRETAR?

Hepatite viral
Hepatite tóxica
Mononucleose
Cirrose
Icterícia obstrutiva
Carcinoma metastásico
Infarto agudo do miocárdio

RELAÇÃO AST/ALT

Nas doenças hepáticas tendem a se elevar na mesma proporção.


Observa-se elevação acentuada do AST na hepatite alcoólica e
cirrose por conta da lesão mitocondrial (AST é de origem
mitocondrial).
ALT geralmente se eleva de forma acentuada nas hepatites agudas
e AST nas doenças crônicas

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gamaglutamiltransferase

Responsável pelo metabolismo extracelular


da glutationa. Através das membranas
celulares realiza a catalização da
transferência de aminoácidos e peptídios
que contém o grupo gamaglutamil. Está
presente nas células do baço, pâncreas, rins,
coração, cérebro e outros.

Homens: 7 a 58U/L
Mulheres: 5 a 39 U/L

QUANDO É UTILIZADO?

Monitoramento da doença hepatobiliar


Verificar se o aumento de fosfatase alcalina é
por causas ósseas ou não
Triagem para alcoolismo oculto
Auxilia no diagnóstico de lesões hepáticas
quando há doença óssea, gravidez ou infância

COMO INTERPRETAR?

Icterícia obstrutiva
Carcinoma metastásico
Colestase
Alcoolismo
Hepatocarcinoma
Hepatites
Fármacos que induzem o sistema microssomal
hepático (fenitoína, fenobarbital, carbamazepina e
outros)

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fosfatase alcalina

Se origina principalmente no fígado,


osteoblastos e placenta, por esta razão é
normal sua concentração estar elevada na
gravidez e indivíduos que estão em fase de
crescimento, ou seja, as crianças e
adolescentes.
Adultos: 27 a 100 U/L
Até 16 anos: 75 a 390 U/L

QUANDO É UTILIZADA?

Diagnóstico e tratamento de doenças hepáticas,


ósseas, intestinais e das paratireoides.

COMO INTERPRETAR?

Doenças obstrutivas das vias


biliares
Metástases hepáticas
Cirrose
Desnutrição crônica
Hepatites
Hipotireoidismo
Doença de Paget
Hipofosfatassemia
Raquitismo
Anemia perniciosa
Osteomalacia
Osteíte deformante
Fase de consolidação de
fraturas

RELAÇÃO GGT/FAL

FAL GGT POSSIBILIDADE


<3x VSR Doenças hepatobiliares

Obstrução biliar, cirrose biliar primária, colangite


>3x VSR
esclerosante primária, metástases

Normal Causas não hepáticas

*VSR= Valor superior de referência

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bilirrubinas

Pigmento formado a partir da degradação


do heme (o heme contido na hemoglobina/
hemácias). Na forma indireta (não
conjugada) é insolúvel, ligada a albumina e é
transportada até o fígado. Se torna solúvel
após a conjugação com o ácido glicurônico,
denominando-se bilirrubina direta
(conjugada). É determinada a partir da
dosagem da bilirrubina total e direta, a
subtração da bilirrubina direta - bilirrubina
total nos fornece o valor da bilirrubina
indireta
Indireta: Direta:
Até 0,8mg/dl Até 0,4mg/dL

QUANDO É UTILIZADA?

Avaliação da função hepática; metabolismo e


excreção de bilirrubina
Monitoramento da eficácia da fototerapia
neonatal
COMO INTERPRETAR?

bilirrubina indireta bilirrubina direta

Icterícia obstrutiva
Encefalopatia bilirrubínica Colestases
Anemias hemolíticas Hepatocarcinoma
Síndrome de Gilbert Carcinoma metastásico
Icterícia fisiológica do recém- Hepatites e cirosse com colestase
nascido intrahepática
Carcinoma ou fibrose de cabeça de
pâncreas com obstrução extra-
hepática

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albumina 4,0 a 5,3mg/dL

Útil na avaliação da cronicidade e da


gravidade da lesão hepática. É a proteína
mais abundante, constitui mais de 50% da
proteína plasmática total

QUANDO É UTILIZADA?

Determinação do estado nutricional


Avaliação de doença crônica
Avaliação de doença hepática

COMO INTERPRETAR?

Desidratação Síndrome nefrótica


Diuréticos Queimaduras
Diarréia Desnutrição
Doença de Addison Hepatopatias
Vômito Neoplasias
Estados catabólicos

tempo de protrombina 9,6 a 12,4 segundos

Avalia a atividade dos fatores da coagulação


da via extrínseca que são sintetizados pelo
fígado

QUANDO É UTILIZADA?

Avaliação dos distúrbios da coagulação


relacionados a via extrínseca
Avaliação da função hepática, refletindo
anormalidades dos fatores VII, II, X

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COMO INTERPRETAR?

Cirrose em estado avançado


Doenças hepaticas
Anticoagulante circulantes Hipercoagulabilidade
Deficiência de: Fibronogênio,
Protrombina, Fator V, Fator
VIII, Fator X e Vitamina K

O QUE É O RNI?

O RNI (Relação Normatizada Internacional) é uma padronização de


cálculo para minimizar variações interlaboratoriais, refere-se a
relação do valor do tempo de protrombina (TP ou TAP) do paciente
e a média dos valores do TP de plasmas frescos normais. E como
se trata de uma padronização, independente do kit de reagentes
utilizado, o RNI (ou INR) será o mesmo!

Valor de referência:
1,0

O quão mais próximo de 1,0 for, melhor é!

Homens: 39 a 308U/L
creatinoquinase - ck Mulheres: 26 a 192U/L

Possui 3 frações: CK-BB (Cérebro), CK-MB


(Coração) e CK-MM (Músculo esquelético).
Cataliza a fosforilação da creatina em creatina
fosfato
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QUANDO É UTILIZADA?

Diagnóstico de doença musculoesquelética,


juntamente com aldose
Pode ser solicitada com CK-MB, as demais
isoenzimas não são muito utilizadas
COMO INTERPRETAR?

Hipertermia maligna
Uremia
Infarto
Anoxia cerebral
Síndrome de Reye
Necrose do intestino
Neoplasias metastáticas
Atresia biliar

Homens: 39 a 308U/L
ck-mb Mulheres: 26 a 192U/L

Fração mais específica para Infarto agudo do


miocárdio, se eleva em torno de 4 a 6h depois
dos sintomas, tem um pico entre 16 e 24h e
normaliza entre 48 e 72h
QUANDO É UTILIZADA?

Auxilia no diagnóstico do IAM - Infarto agudo do


miocárdio
COMO INTERPRETAR?

Lesão do
miocárdio

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Homens: 19 a 92ug/L
mioglobina Mulheres: 12 a 76ug/L

Hemoproteína, transportadora de oxigênio.


Presente no músculo esquelético e cardíaco.
Depois do início dos sintomas se eleva
precocemente, entre 1 a 2h e normaliza após
12 a 24h
QUANDO É UTILIZADA?

Marcador precoce do IAM, pode se elevar antes


do CK-MB

COMO INTERPRETAR?

IAM
Lesão muscular

TnI até 1ng/mL


troponinas TnT até 0,1ng/mL

Controlam a interação entre actina e


miosina, formam um complexo com 3
polipeptídios: Troponina C (TnC), Troponina I
(TnI) e Troponina T (TnT). São de alta
sensibilidade, se elevam entre 4 a 8h após
sintomas, tem o pico entre 36 e 72h e se
estabiliza dias depois (+/- 5 a 14 dias).
QUANDO É UTILIZADA?

Diagnóstico de síndrome coronariana aguda


Diagnóstico de necrose miocárdica irreversível
Diagnóstico de infarto do miocárdio

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COMO INTERPRETAR?

Infarto agudo do
miocárdio
Fibrina no soro
Anticorpos heterofílicos
Reação cruzada com
anticorpos humanos

proteína c reativa ultrassensível

Até 1mg/dL - Baixo risco


1 a 3mg/dL - Risco moderado
>3mg/dL - Alto risco

Proteína de fase aguda de alta sensibilidade,


consegue detectar níveis bem baixos.

QUANDO É UTILIZADA?

Avaliação de risco para doença cardiovascular


Determinação do risco de hipotensão

COMO INTERPRETAR?

Infarto agudo do
miocárdio
Acidente vascular
encefálico

OUTROS:
- Homocisteína: utilizado para avaliar indivíduos com risco de IAM
- LDH (Desidrogenase Láctica): já foi usado como marcador cardíaco, mas já
entrou em desuso
- AST/TGO: Também já foi útil no perfil cardíaco, mas hoje é mais utilizado como
marcador hepático

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glicemia em jejum

Normal: 70 a 99mg/dL
Intolerância: 100 a 125mg/dL
Diabetes: > 125mg/dL

A glicose é a nossa principal fonte de energia,


advém dos carboidratos. A concentração da
glicose é regulada pela insulina e glucagon.
Serve como um teste de triagem, pois está
relacionado com o nível de glicose do momento.

QUANDO É UTILIZADA?

Diagnóstico de diabetes
Controle de diabetes
Diagnóstico de hipoglicemia e outros distúrbios
relacionados ao metabolismo dos carboidratos

COMO INTERPRETAR?

Diabetes Desnutrição
Estresse Doença de Addison
Uso de corticóide Neoplasias
Síndrome de Cushing Utilização de insulina
Acromegalia exógena
Feocromocitoma Restrição alimentar
Glucagoma Insulinomas

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glicemia após sobrecarga de glicose

Também conhecido como TOTG (Teste Oral de


Tolerância à Glicose). Utilizado em pacientes
com resultados limítrofes (entre 100-
125mg/dL) e gestantes. Após 2h da coleta para
dosagem de glicemia em jejum, o paciente
deve ingerir 75g de glicose anidra (dextrosol) e
realizar nova coleta. Para realização da curva
glicêmica é necessário realizar nova coleta:
30min/60min/90min/120min após a ingestão
do dextrosol.

Normal: Até 139mg/dL

QUANDO É UTILIZADA?

Diagnóstico de diabetes
Diagnóstico de diabetes gestacional
Diagnóstico de diabetes pré-gestacional

COMO INTERPRETAR?

Diabetes
Tolerância à glicose
diminuída
Diabetes gestacional
Diabetes pré-gestacional

*Pós-prandial: Dosagem da glicose após uma refeição


Primeiro é coletado uma amostra do paciente em jejum, após um
lanche ele retorna para uma nova coleta. Mas como indivíduos são
diferentes e se alimentam em quantidades diferentes, as vezes pode
optar-se pela ingestão de dextrosol, de concentração já conhecida.

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Normal: até 4 a 6%
hemoglobina glicada a1c Diabetes controlado: até 7%

Se deve a reação de glicação irreversível entre


a hemoglobina A e a glicose, o que nos permite
saber o nível de açucar no sangue dos últimos
3 meses.

QUANDO É UTILIZADA?

Monitoramento do pacientes diabéticos


Auxilia no diagnóstico de diabetes

COMO INTERPRETAR?

Diabetes
Fatores que
Hemoglobinopatias
desencadeiam a
hiperglicemia

HbA1c Glicemia TOTG


Normal <5,6% <99mg/dL <139mg/dL
Pré-diabetes 5,7 a 6,4% 100 a 125mg/dL 140 a 199mg/dL

Diabetes >6,5% > 126mg/dL >200mg/dL

TOTG durante a gestação:


Entre a 24ª a 28ª semana
Jejum Após 1h Após 2h
Valores
<92mg/dL <180mg/dL <153mg/dL
normais

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Outros

205 a 285umol/L
frutosamina (pacientes não diabéticos)

Avalia o controle glicêmico de pacientes


diabéticos nos últimos 15 dias

Diabetes
Fatores que Desnutrição
desencadeiam a Nefropatias
hiperglicemia Hepatopatias

Insulina 2,6 a 24,9 uUI/mL

Útil para diagnóstico de insulinoma e casos de


hipoglicemia

Galactosemia
Insulinomas Defeitos de oxidação de
Resistência insulínica ácidos graxos
Pancreatite crônica

ÍNDICE HOMA Até 3,5

Avalia o grau de resistência à insulina

Resistência a
insulina

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colesterol total Até 200mg/dL

Sua elevação está relacionado a doenças


cardiovasculares. É um esteroide transportado
no sangue, precursor da vitamina D, ácidos
biliares, progesterona e estrogênios.

QUANDO É UTILIZADO?

Avalia o risco de desenvolver doenças


cardiovasculares e aterosclerose
Geralmente solicitado com triglicerídeos, HDL e
LDL

COMO INTERPRETAR?

Hipercolesterolemia
idiopática Lesão hepática
Hiperlipoproteinemia Hipertireoidismo
Hipotireoidismo Desnutrição
Doença de von Gierke Anemias crônicas
Nefrose Hipobetalipoproteinemia
Doença pancreática Abetalipoproteinemia
Uso de medicamentos Doença de Tangier
(esteroides e hormônios)

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hdl >40mg/dL

Lipoproteína de alta densidade, mais conhecida


como o "bom colesterol". Produzido no fígado,
tem como função transportar o colesterol
periférico para o fígado, chamado também de
transporte reverso do colesterol. Quanto mais
alto seu nível, menor a probabilidade de
desenvolver doença cardiovascular.

QUANDO É UTILIZADO?

Avalia o risco de desenvolver doenças


cardiovasculares e aterosclerose
Geralmente solicitado com LDL, triglicerídeos e
colesterol total

COMO INTERPRETAR?

Obesidade
Sedentarismo
Exercícios físicos
História familiar
periódicos
Tabagismo
Uso moderado de álcool
Doença hepática
Uso de insulina
Nefrose
Hiperalfalipoproteinemia
Uremia
familiar
Hipoalfalipoproteinemia
Hipobetalipoproteinemia
Doença de Tangier
Uso de estatinas
Deficiência familiar de
LCAT

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ldl <100mg/dL

Lipoproteína de baixa densidade, mais


conhecida como "colesterol ruim", responsável
por depositar o colesterol nos tecidos e órgãos.
Quanto maior sua concentração, maior a
probabilidade de desenvolver doenças
cardiovasculares.

QUANDO É UTILIZADO?

Determina o risco de desenvolver doenças


cardiovasculares e aterosclerose
Geralmente solicitado com HDL, triglicerídeos e
colesterol total

COMO INTERPRETAR?

Hipercolesterolemia
familiar
Hiperlipidemia familiar
combinada
Diabetes melito Abetalipoproteinemia
Hipotireoidismo Uso de estrogênios
Síndrome nefrótica
Insuficiência renal crônica
Dieta hiperlipídica
Mieloma múltiplo

CÁLCULO LDL (mg/dL)


LDL = Colesterol total - (HDL + VLDL)

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triglicerídeos <150mg/dL

É uma importante fonte de energia para o


organismo, formado por três moléculas de
ácidos graxos e uma de glicerol. Quando em
grandes quantidades, deixa o soro do paciente
turvo. Dos triglicerídeos totais, a maior parte
está presente no VLDL. Transporta triglicerídeos do
fígado para os tecidos

QUANDO É UTILIZADO?

Avalia o risco de desenvolver doenças


cardiovasculares e aterosclerose
Geralmente solicitado com HDL, LDL e colesterol
total
COMO INTERPRETAR?

Deficiência de
lipoproteína lipase
Abetalipoproteinemias
Deficiência de apo C-II
Desnutrição
Hipertrigliceridemia
Perda de peso recente
familiar
Exercícios físicos
Síndrome nefrótica
rigorosos
Hipotireoidismo
Diabetes melitus

CÁLCULO VLDL= Triglicerídeos


(mg/dL) 5

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amilase Até 125UI/L

Enzima produzida pelo pâncreas e glândulas


salivares, e ainda pelo intestino delgado,
ovários, placenta, fígado e tubas uterinas.
Catalisa a hidrólise do amido e do glicogênio.
Na pancreatite aguda é possível que os níveis
de amilase ultrapassem o limite superior do
valor de referência em até 4 a 6 vezes mais.

QUANDO É UTILIZADA?

Diagnóstico e monitoramento da pancreatite e


outras doenças relacionadas ao pâncreas
Na investigação de qualquer evento inflamatório
intra-abdominal
COMO INTERPRETAR?

Pancreatite aguda
Pancreatite crônica
Obstrução dos ductos
pancreáticos Lesão permanente nas
Câncer de pâncreas células que produzem a
Insuficiência renal amilase, normalmente
Caxumba relacionada a pancreatite
Perfuração do intestino crônica
Obstrução duodenal
Cetoacidose diabética
Gravidez ectópica
Etanol, colinérgicos

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lipase Até 160UI/L

Enzima produzida principalmente pelo


pâncreas, atua na digestão dos lipídeos. Sua
dosagem é mais específica que a amilase. Na
pancreatite aguda os níveis séricos da lipase se
elevam dentro de 4 a 8h e retornam ao valor
normal no decorrer de 8 a 14 dias.

Como entender essa especificidade? A amilase é produzida


em outros lugares além do pâncreas. Já a concentração da
lipase é praticamente 9.000 vezes maior no pâncreas do
que em qualquer outro tecido, logo ela é mais específica

QUANDO É UTILIZADA?

Distúrbios pancreáticos
Peritonite, intestino estrangulado ou infartado,
cisto pancreáticos

COMO INTERPRETAR?

Pancreatite aguda
A ausência total de
Colescistite aguda
lipase (congênita) está
Obstrução do ducto
relacionada a má
pancreático (cálculo ou
absorção dos lipídios e
carcinoma)
esteatorreia grave
Insuficiência renal

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alfa-1 antitripsina 88 a 174mg/dL

Sua produção ocorre principalmente pelas


células parenquimais hepáticas. Inibidor mais
relevante da elastase leucocitária. Protege os
pulmões de lesão causada pela enzima
proteolítica.

QUANDO É UTILIZADA?

Investigação de pessoas com doença pulmonar


obstrutiva crônica familiar, enfisema, asma,
bronquiectasia
Deficiência de AAT (Alfa-1 Antritripsina
Diagnóstico de cirrose hepática juvenil e do
adulto

COMO INTERPRETAR?

Infecções Deficiência genética


Vasculites Enfisema pulmonar
Artrite Doença hepática crônica
Neoplasias Cirrose hepática
Carcinoma hepatocelular

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dímero d 500ng/dL

Sua formação acontece após a degradação da


fibrina no último processo da coagulação
relacionado a fibrinólise. É indicado quando o
indivíduo apresenta falta de ar, tosse e dor
torácica.
Como nos casos de COVID,
esse exame foi bastante
solicitado

QUANDO É UTILIZADO?

Auxilia no diagnóstico e monitoramento de casos


que seguem com hipercoagulabilidade

COMO INTERPRETAR?

Coagulação intravascular disseminada


Tromboembolismo pulmonar
Trombose venosa profunda
Infarto agudo do miocárdio
Sepse
Neoplasias
Insuficiência cardíaca
Anemia falciforme
Pneumonias
Pós-operatório

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ferro sérico 50 a 150ug/dL

Reflete o nível do metal no organismo ligado a


transferrina. Encontra-se no corpo, como:
hemoglobina (presente na hemácia) e proteínas
como mioglobina e citocromos. Pode indicar
deficiência nutricional, ou ainda uma
sobrecarga.

QUANDO É UTILIZADO?

Diagnóstico de anemias
Diagnóstico de hemocromatose e hemossiderose
Diagnóstico de toxicidade aguda do ferro
Monitoramento ao tratamento da anemia

COMO INTERPRETAR?

Deficiência alimentar
Anemia sideroblástica Doença inflamatória
Hemocromatose crônica
hereditária Neoplasias
Hemossiderose Gestação
Anemias hemolíticas Parasitoses
Doença hepática crônica Hemorragia aguda
Resistência a insulina Período menstrua
Porfiria cutânea tardia Alterações gastrintestinais
Hemocromatose neonatal Necessidade fisiológica
Transfusão maçica (em período de
crescimento)

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Mulheres: 20 a 200ug/dL
ferritina sérica Homens: 20 a 250ug/dL

Produzida no fígado e responsável pelo


armazenamento do ferro. Trata-se de uma
grande proteína de 24 subunidades que contém
cadeias leves e pesadas. Sua alteração não
está apenas ligado a anemia ferropriva, pois
também é um marcador de fase aguda.

QUANDO É UTILIZADA?

Deficiência de ferro
Monitoramento do tratamento com ferro
Diferenciação de anemias
Monitoramento do estado do ferro
Detecção de sobrecargas de ferro

COMO INTERPRETAR?

Infecções crônicas
Doenças renais
Artrite reumatóide
Neoplasias Deficiência de ferro
Doenças hepáticas
Hemocromatose
Hemossiderose
Alcoolismo
Hipertireoidismo

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capacidade total de ligação do ferro

250 a 450ug/dL

CTLF ou ainda chamada de total iron-binding


capacity (TIBC). Relacionado a concentração de
transferrina, pois o TIBC avalia a capacidade do
sangue de ligação do ferro a transferrina.
Usado principalmente no diagnóstico de anemia
por carência de ferro e doenças inflamatórias
crônicas.

QUANDO É UTILIZADO?

Deficiência de ferro
Triagem para sobrecarga de ferro
Final da gestação

COMO INTERPRETAR?

Deficiência crônica de
ferro Doença inflamatória
Uso de contraceptivos crônica
orais Neoplasias
Gravidez Uremias
Necrose hepática Nefrose
Hemorragia aguda

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transferrina 200 a 300mg/dL

Betaglobulina responsável pelo transporte de


ferro no plasma. Tem meia vida de
aproximadamente entre 8 a 10 dias. Geralmente
sua alteração está associada com a anemia
ferropriva, mas também se altera nas
infecções, doença hepatocelular e síndrome
nefrótica.

QUANDO É UTILIZADA?

Deficiência de ferro
Triagem para sobrecarga de ferro
Final da gestação

COMO INTERPRETAR?

Deficiência crônica de
ferro Infecções
Uso de contraceptivos Neoplasias
orais Uremias
Gravidez Nefrose
Necrose hepática
Hemorragia aguda

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sódio 136 a 145mEq/L

Principal cátion extracelular, possui grande


influência sobre a osmolalidade plasmática. É
fundamental na manutenção da distribuição de
água e pressão osmótica.

Hiponatremia Hipernatremia

QUANDO É UTILIZADO?

Diagnóstico e tratamento da desidratação e


hiper-hidratação
Equilíbrio eletrolítico, acidobásico e hídrico

COMO INTERPRETAR?

Síndrome nefrótica
Insuficiência cardíaca
Desidratação hipertônica
Secreção inadequada de
Diabetes insípido
ADH (hormônio
Comas hiperosmolares
antidiurético)
Nefropatias com perdas
de sódio

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potássio 3,5 a 5,0mEq/L

Principal cátion intracelular, atua


principalmente na bomba de Na/K, onde sódio
é eliminado e potássio captado. Este fenômeno
é fundamental na manutenção do potencial
elétrico da membrana celular, o que está
totalmente relacionado com a transmissão de
impulsos nervosos e contração muscular.

Hipopotassemia Hiperpotassemia

QUANDO É UTILIZADO?

Avaliação do equilíbrio eletrolítico, arritmias


cardíacas, fraqueza muscular e insuficiência renal
Diagnóstico de hiperpotassemia e de
hipopotassemia

COMO INTERPRETAR?

Doença de Addison
Síndrome de Cushing
Doença renal com
Aldosteronismo
diminuição do fluxo
Doença tubular renal
urinário

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Cloretos 98 a 106mEq/L

Principal ânion extracelular. Atua na


manutenção da homeostase osmótica do
plasma, juntamente com o sódio. Quando se
altera sozinho geralmente está associado com
algum distúrbio do equilíbrio acidobásico.

Hipocloremia Hipercloremia

QUANDO É UTILIZADO?

Avaliação do equilíbrio eletrolítico, acidobásico e


hídrico
Normalmente é avaliado junto com o sódio

COMO INTERPRETAR?

Insuficiência adrenal e
Desidratações hipertônicas cardíaca
Perdas gastrintestinas Queimaduras e vômitos
Acidose tubular renal Cetoacidose diabética
Hiperparatiroidismo Secreção inapropriada de
primário ADH
Doença de Addison

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cálcio 2,15 a 2,57mmol

Está presente principalmente nos ossos. A parte


presente no sangue é de apenas 1%, onde se
encontra na forma ionizada (ou livre), ligado a
ânios, como o fosfato e o bicarbonato, e ainda
ligado a albumina.

Hipocalcemia Hipercalcemia

QUANDO É UTILIZADO?

Diagnóstico de distúrbios de proteínas


Deficiência de Vitamina D
Doenças ósseas e outros, como: rins, paratireoides
ou do trato gastrointestinal

COMO INTERPRETAR?

Deficiência de vitamina D
Hipercalemia maligna
Pseudo-hipoparatireoidismo
Hiperparatireoidismo
Hipoparatireoidismo
primário
Doença renal

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fósforo 0,80 a 1,40mmol

É um mineral fundamental que está presente


nas membranas celulares fosfolipídicas, ácidos
nucleicos, fosfoproteínas, atividade enzimática,
transcrição de genes e crescimento celular.

Hipofosfatemia Hiperfosfatemia

QUANDO É UTILIZADO?

Monitoramento de distúrbios renais e endócrinos


Doenças hemolíticas
Fraqueza muscular e insuficiência respiratória
(raro)

COMO INTERPRETAR?

Hiperparatireoidismo
Insuficiência renal Deficiência congênita de
Hipoparatireoidismo reabsorção tubular de
Pseudo- fosfato
hipoparatireoidismo Deficiência dietética grave
Doenças hemolíticas Hipofosfatemia
oncogênica

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magnésio 1,9 a 2,5mg/dL

Cátion intracelular, fundamental na


preservação da estrutura molecular do DNA,
RNA e ribossomos, faz parte do metabolismo
dos carboidratos e da coagulação do sangue

Hipomagnesemia Hipermagnesemia

QUANDO É UTILIZADO?

Diagnóstico e monitoramento da hipomagnesemia


e da hipermagnesemia
Insuficiência renal, distúrbios gastrointestinais
Monitoramento de pacientes com pré-eclâmpsia

COMO INTERPRETAR?

Pancreatite aguda
Hepatite crônica
Diabetes melito
Insuficiência renal
Hipoparatireoidismo
Desidratação grave
Hiperaldosteronismo
Alcoolismo
Diarréia crônica

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Antes de entendermos como interpretar esse exame


que é bastante solicitado para pacientes na Unidade
de Terapia Intensiva (UTI) e que avalia os distúrbios
acidobásicos, vamos entender primeiro alguns
parâmetros que fazem parte da gasometria.

Potencial hidrogênio (pH)

Indica o estado acidobásico a partir da concentração


de íons hidrônio (H+) dissolvidos no sangue.

> 7,45 = Alcalose < 7,35 = Acidose

pressão parcial de oxigênio (po2)

Avalia a capacidade dos pulmões em oxigenar o


sangue.

> 100mmHg < 80mmHg

pressão parcial de gás carbônico (pco2)

Refere-se ao controle da quantidade de CO2 no


sangue através da frequência e da profundidade da
respiração. Indica a eficiência da ventilação alveolar.
> 45mmHg < 35mmHg
Hiperventilando Hipoventilando

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íons bicarbonato (hco3)

Componente metabólico que atua principalmente na


manutenção do pH sanguíneo (sistema tampão).

> 26mEq/L < 22mEq/L

excesso de base (be)

Avalia o total de ânions dos sistemas tampão


presentes no sangue, e auxiliam se a alteração é de
origem metabólica ou respiratória

> -4mEq/L < -2mEq/L

Saturação de oxigênio (saO %) ²


Avalia se a hemoglobina está de fato transportando
oxigênio.

Valor de referência ideal: > 95%

Arterial Venoso
Se < 80% está relacionado
com hipóxia
Se < 70% provavelmente a coleta foi
realizada no sangue venoso e não
arterial

Obs: Sangue arterial tende a ser um vermelho mais vivo

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como interpretar?

pH < 7,35 pH > 7,45

Acidose Alcalose

pCo² > 45 HCO³ < 22 pCo² > 45 HCO³ < 22

Respiratória Metabólica Respiratória Metabólica

BE < -5mEq/L = acidose leve


BE < -10mEq/L = acidose grave

BE > 5mEq/L = alcalose leve


BE > +10mEq/L = doses excessivas de bicarbonato

pO² > 65 e SatO² > 90% = oxigenação satisfatória


SatO² < 80% = hipóxia

o que pode ser?


Alcalose respiratória: hiperventilação por ansiedade, febre,
dor, hipóxia; lesões no SNC, tumores, encefalites; hipertensão
intraraniana, intoxicação por salicilatos; alcalose pós-acidose.
Alcalose metabólica: excesso de bicarbonato; perda do suco
gástrico; uso excessivo de diuréticos.
Acidose respiratória: lesão no centro respiratório; obstrução
de vias respiratórias; pneumonias; edema pulmonar;
traumatismo torácico.
Acidose metabólica: insuficiência renal. cetoacidose diabética,
perda excessiva de bases; ingestão excessiva de ácidos; ácido
láctico elevado.

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espectrofotometria

A solução a ser analisada é colocada em uma


cubeta transparente, onde há um caminho de luz
A luz é absorvida pela cor da solução. Quanto
maior a intensidade da cor, maior a concentração
do material
Para isto, mede-se a absorbância da amostra e
depois é realizado um cálculo para saber o
resultado
Supondo que o material já foi analisado pelo
espectrofotômetro e já temos em mãos o resultado
das absorbâncias. Segue exemplo do cálculo:

Glicose (mg/dL) = Absorbância da amostra x 100


Absorbância do padrão

A amostra se trata da amostra biológica do paciente


O padrão é uma substância de concentração já
conhecida (no caso, 100) que vem junto com o kit do
reagente.
Cada kit possui sua técnica e procedimentos, os
cálculos também podem variar, inclusive o número
100 utilizado no cálculo do exemplo.

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Potenciometria (ise)

Mede o potencial elétrico de amostras líquidas,


para a dosagem de íons, como: Na, K e Cl

fluorescência polarizada

É medida de mudança no ângulo de luz polarizada


emitida por uma molécula fluorescente

química seca

Dispensa o uso de água


É empregado um pequeno slide (de uso único) que
contém seis camadas com reagentes sólidos, filtros
e outros
A análise ocorre por meio de uma reação química
medida através da luz
Exemplo de química seca: fita reativa de urina

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turbidimetria

É capacidade de medir a turbidez de uma amostra


Mede-se a diminuição da intensidade de luz
transmitida, em relação a luz incidente, através de
uma suspensão de partículas muito pequenas
É útil para determinar a concentração de drogas,
hormônios, peptídios, proteínas e lipoproteínas
Utiliza os mesmos métodos da espectrofotometria,
e pode ser adaptada a equipamentos de
bioquímica automatizados

nefelometria

Também possui a capacidade de medir a turbidez


de uma solução
Método que mede o espalhamento de um ângulo
de uma luz incidente, por partículas de suspensão
Sensível para quantificar as reações de
precipitação entre antígenos e anticorpos

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Método manual, é necessário


pipetagem, banho-maria e etc, é o
que provavelmente você viu/verá
nas aulas práticas da faculdade e
estágio em laboratório escola.
Mede-se a absorbância e realiza-se
Espectrofotômetro o cálculo para obter o resultado

Método automatizado, os reagentes


ficam em um carrossel. É necessário
configurar na hora apenas quais
exames o equipamento precisa
analisar em cada amostra,
geralmente é indicado a posição o
qual o tubo da amostra deve ficar, é
tudo enumerado em sequência (1, 2,
3...) e a pipetagem? Ele faz sozinho

Bioquímica automatizado
(pequeno porte)
Método automatizado, são os mais
caros, porém cada vez há menos
serviço braçal! Através do código de
barras do tubo do paciente o
equipamento já "sabe" quais
análises precisa realizar, e o
resultado já sai interfaceado, ou
seja, já cai direto no sistema do
analista responsável pelo setor. Se
tiver tudo ok, é só liberar e assinar!

Bioquímica automatizado
(grande porte)
Karla | @estuda.biomedica
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E chegamos ao fim! Isso é tudo? Não! Mas são os


assuntos mais relevantes do setor. Com o tempo a
modernidade foi chegando ao laboratório, o que antes
demorava horas para realizar, hoje em poucos minutos
o exame é realizado e liberado!
Mas não é simplesmente liberar o que o equipamento
soltou como resultado e assinar, é necessário
relacionar a clínica do paciente com os resultados, é
necessário fazer o controle e a calibração dos
equipamentos, é uma máquina... pode pifar como
qualquer outra coisa. A parte pré-analítica é tão
importante quanto a analítica, é um efeito dominó. Por
isso, queira ser o/a melhor! Estude, e se dedique
sempre. Espero ter te ajudado e clareado mais a sua
mente para a bioquímica clínica.

Abraço,
Saudações biomédicas!

Karla | @estuda.biomedica
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BIOCLIN. Bula: Glicose Monoreagente. Disponível em:


<https://quibasa.bioclin.com.br/anexos/INSTRUCOES_
GLICOSE_MONOREAGENTE.pdf>
CUNHA, Andréa Mendonça Gusmão. Coleção Manuais
da Farmácia: Análises Clínicas. Salvador: Sanar, 2019
LIMA, Luciana Moreira. Exames Bioquímicos: Guia
Prático para o Clínico. Rio de Janeiro: Rubio, 1ed. 2016
WILLIAMSON, Mary A. Wallach: Interpretação de
exames laboratoriais. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 10ed. 2016

Karla | @estuda.biomedica
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