Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Principais Helmintíases
A apresentação clínica das helmintíases não difere de muitas condições clínicas, mas apresenta dois
fatores de distinção:
-história de exposição;
-eosinofilia.
1-Tricuríase
O parasita envolvido é o trichiura trichiuris. Ocorre principalmente em climas tropicais, com cerca de
25% da população mundial carregando o parasita. A sua transmissão é principalmente via alimentos ou
água contaminados por cistos ou ovos do parasita. A maioria dos casos é assintomática. Os casos
sintomáticos são envolvidos com carga parasitária > 200 e cursam com colite e diarreia sanguinolenta,
podendo evoluir com anemia ferropriva e caracteristicamente prolapse retal.
Diagnóstico: realizado por protoparasitológico de fezes (PPF). O método Kato-Katz pode ser usado para
quantificar a quantidade de ovos.
Tratamento de escolha: albendazol (400 mg/dia 1 vez/dia por 3 dias) ou mebendazol (100 mg 2
vezes/dia por 3 dias). Nenhum dos dois agentes parece ser eficaz em dose única, apesar de um estudo
apresentar 80% de cura com albendazol em dose única.
2-Oxiuríase ou Enterobíase
Causada pelo enterobius vermicularis, ocorre tanto em climas temperados como tropicais, sendo a mais
comum infecção helmíntica nos EUA. A sua contaminação ocorre basicamente por contaminação de
mão ou fomites ou manipulação de alimentos. A maioria das infecções é assintomática, sua
manifestação clínica mais comum é prurido perianal de predomínio noturno; caso o parasita migre,
quadros de apendicite e salpingite crônica podem ocorrer. Enterocolite eosinofílica pode ocorrer, mas
eosinofilia periférica é muito rara.
Diagnóstico: swab anal (5 exames com sensibilidade de 99%). O parasita não costuma ser eliminado nas
fezes, assim o exame protoparasitológico de fezes não costuma ser útil.
Tratamento: mebendazol e albendazol são as drogas de primeira escolha. Dose única de mebendazol
tem eficácia de 95% e dose única de albendazol, repetida em 2 semanas, tem taxa de sucesso próxima a
100%. Outra opção é o pamoato de pirantel (11 mg/Kg dose maxima de 1 g), quando utilizada duas
doses com intervalo de duas semanas entre elas tem eficácia próxima a 100%.
3-Ascaridíase
Apresenta distribuição mundial, com uma estimativa de mais de 1 bilhão de pessoas infectadas pelo
mundo, ocorrendo principalmente em regiões de climas tropicais. É um dos parasitas com ciclo
pulmonar obrigatório causando a síndrome de Loefler que causa um quadro de tosse seca,
broncoespasmo e febre associada à eosinofilia e à alteração radiográfica pulmonar com infiltrados
pulmonares. A ascaridíase é associada com várias síndromes clínicas, sendo sua principal complicação a
obstrução intestinal e, ocasionalmente, obstrução biliar. O achado mais comum é dor abdominal, que
ocorre em 98% dos pacientes, e diarreia. Reações de hipersensibilidade com dermatite urticariforme
ocorre usualmente no final do ciclo pulmonar.
Tratamento: mebendazol e albendazol são as drogas de escolha, mas outras medicações foram testadas
com sucesso, incluindo o pamoato de pirantel. Em casos de obstrução intestinal, a piperazina deve ser
utilizada. Uma dose única de albendazol 400 mg tem eficácia de quase 100%.
4-Ancilostomíase
Causada pelo ancylostoma duodenale, suas infecções ocorrem principalmente em regiões tropicais
sendo rara em locais com baixa precipitação pluviométrica. A contaminação ocorre por via de alimentos
e água contaminada por cistos ou ovos do parasita e apresenta ciclo pulmonar obrigatório. Os pacientes
apresentam prurido no local de penetração do parasita. Posteriormente, evoluem com dor abdominal,
diarreia e anemia ferropriva, que pode ser marcante, manifestações dispépticas. O ciclo pulmonar
costuma ser assintomático.
Tratamento: mebendazol e albendazol são as drogas de escolha. O albendazol em dose única apresenta
maior eficácia. Outra opção é o pamoato de pirantel. A ivermectina não apresenta boa resposta nesses
pacientes.
5-Estrongiloidíase
Causada pelo strongyloides stercoralis. Os pacientes podem se contaminar por penetração da pele por
contato direto com solo contaminado e pode ocorrer transmissão por via sexual. Ocorre ciclo pulmonar
obrigatório nesses pacientes. A maioria das infecções é oligossintomática e eosinofilia é frequente, mas
não ocorre em todos os pacientes. Manifestações clínicas incluem dor abdominal, principalmente em
região epigástrica e diarreia com muco são características marcantes da infecção. Pode ocorrer invasão
maciça de outros órgãos, como o pulmão, sobretudo com o uso de corticoides. Um discussão mais
aprofundada sobre as manifestações da estrongiloidíase é um assunto de uma outra revisão de nosso
site.
Diagnóstico: o exame protoparasitológico de fezes faz a maioria dos diagnósticos, mas a análise do suco
duodenal pelo método de Boerman e, mais recentemente, com método de placa de Agar, é a maneira
mais fidedigna de realizar o diagnóstico.
Tratamento: tiabendazol e ivermectina são consideradas drogas de primeira escolha para o tratamento.
Um estudo recente demonstrou eficácia de 100% quando usada em regime de duas doses. Cambendazol
e albendazol também são opções. For a de nosso país, a medicação mais utilizada para o tratamento é a
ivermectina, com o esquema mais frequente com duas doses de ivermectina de 200 mcg/kg em dias
consecutivos ou com interval de duas semanas entre elas.
6-Esquistossomose
Causada pelo schistossoma mansoni em nosso país, com transmissão através de água contaminada,
apresentando ciclo pulmonar obrigatório. Em sua forma aguda, pode apresentar quadro de dermatite
com rash prurítico e papular. Ainda em sua fase aguda, até 4 a 8 semanas após a infestação, pode
ocorrer quadro agudo de diarreia, febre, eosinofilia, hepatoesplenomegalia e cefaleia, denominado de
febre de Katayama. Tal quadro é descrito classicamente com o schistossoma hemaetobium no Japão,
mas também ocorre com o schistossoma mansoni no Brasil, sendo mais frequente em visitantes a
regiões endêmicas.
A forma crônica pode apresentar várias formas, das quais a mais comum em nosso meio é a
hepatoesplênica, além do ciclo pulmonar pode ocorrer uma forma de esquistossomose chamada de
hepatopulmonar, uma revisão mais aprofundada sobre esquistossomose está disponível em nosso site.
Diagnóstico: exame parasitológico de fezes pelo método de Kato-Katz, com sensibilidade de 94% para
quatro exames. Biópsia de válvula retal é o padrão-ouro para o diagnóstico, mas pode ser substituída
por seis exames parasitológicos pelo método de Kato-Katz.
Tratamento: praziquantel é a droga mais utilizada mundialmente para o tratamento, mas oxaminiquina
também é opção aceitável. A dose de praziquantel é de 40 mg/Kg divididas em 1 ou 2 doses. Outras
opções incluem mefloquina, artesunato e imatinib.
7-Paragonomíase
Transmitida principalmente pelo consumo de carne sem limpeza apropriada como peixes. Maioria dos
quadros é assintomático , mas podem ocorrer quadros de eosinofilia marcante com dor torácica e
expectoração, muitas vezes com hemoptise, infiltrados pulmonares, derrame pleural eosinofílico e até
invasão de sistema nervoso central, infecção do tecido subcutâneo.
Diagnóstico: protoparasitológico de fezes, mas nos casos cujas manifestações são viscerais, a sorologia
com fixação de complement ou ELISA pode ser útil.
Tratamento: praziquantel 75 mg/kg/dia divididos em três doses parece ser eficaz; recentemente uma
nova medicação, triclabendazol está sendo utilizada em uma ou duas doses de 10/mg/kg/dia.
8-Teníase
A teníase é um helminto cestoide, com contaminação via alimentos com a taenia solium pela carne
suína e a taenia saginata pela carne bovina. A maioria dos casos é assintomática, mas dores abdominais
e diarreia podem ocorrer.
Diagnóstico: o diagnostic é feito pela recuperação das proglótides da taenia nas fezes e no exame
protoparasitológico de fezes.
Tratamento: praziquantel é a droga de escolha com dose de 5 a 10 mg/Kg em dose única. A niclosamida
é uma segunda opção em dose de 2 gramas em adultos, 1500 mg em crianças com 11 a 34 Kgs e 1
grama em crianças.
9-Hymnenolepsíase
Causada pelo Hymnolepsis nana com transmissão por água e alimentos contaminados. Ocorre mais em
crianças e pode causar dor abdominal, anorexia e diarreia. Ainda é descrito tonturas e irritabilidade.
Tratamento: praziquantel é a primeira opção em dose de 25 mg/Kg com repetição da dose após dez
dias, com a niclosamida como segunda opção. Outra opção é a nitazoxanida 500 mg duas vezes ao dia
por três dias.
10-Cisticercose
Causada pelo estágio larvário da taenia solium. Sua principal complicação é a neurocisticercose, que
pode apresentar manifestações epileptiformes, lesões focais, achados de hipertensão intracraniana e
lesões em medula espinal. Na forma extraneural são subcutâneas e cardíacas com cistos cardíacos
podendo causar arritmias.
Diagnóstico: análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) revela pleocitose linfocítica ou eosinofílica com
hipoglicorraquia e hiperproteinorraquia. A sorologia pode ser um importante adjunto aos exames de
imagem e líquor.
Tratamento: terapia cirúrgica para lesões intracranianas sintomáticas pode ser necessária, mas a terapia
medicamentosa é controversa, sendo praziquantel e albendazol as drogas de escolha. Os corticoides
(dexametasona 12 a 16 mg ou prednisona 30 a 40 mg) devem ser usados concomitantemente e a
terapia antiepilética do pacientes deve ser adequada.
11-Toxocaríase
Diagnóstico: o exame diagnóstico definitivo é a detecção da larva em tecido biopsiado. Sorologias pelo
método Elisa também podem ser úteis.
Tratamento: o albendazol 400 mg duas vezes ao dia por cinco dias é uma opção. A dietilcarbamazina é
considerada droga de escolha por alguns autores na dose de 3-4/mg/Kg dia iniciando em dose de 25 mg
ao dia por 21 dias, com o mebendazol sendo uma opção; pode-se utilizar corticoides em pacientes com
envolvimento respiratório, cardíaco ou neurológico severo.
Apesar de muito incomum no Brasil, é necessário comentar sobre o Diphylobothrium latum (tênia do
peixe, aumentando a incidência por causa do aumento do consumo de peixe cru) que pode causar
anemia megaloblástica ao interferir na absorção de vitamina B12. Não se deve esquecer a infecção
produzida pela tênia do peixe, cujas larvas encontram-se nos músculos dos peixes de água doce. A
transmissão ao homem ocorre quando da ingestão de carne mal cozida ou crua. A sintomatologia é
escassa, podendo ocorrer sinais clínicos decorrentes da anemia.
1-Giardíase
Causada pela giardia duodenalis, com transmissão possível por três vias, incluindo água, alimetos e
fecal-oral. O quadro varia desde pacientes assintomáticos, com sintomas dispépticos até quadros
agudos de diarreia aquosa com mal-estar e dor abdominal, até quadros de diarreia crônica, perda de
peso e, em crianças, pode alterar desenvolvimento pondoestatural. A giardíase crônica pode estar
associada a quadros de imunodeficiências. Uma revisão mais específica e aprofundada sobre o assunto
está disponível em nosso site.
Diagnóstico: os pacientes não apresentam leucocitose e eosinofilia, mas a análise das fezes pelo exame
protoparasitológico de fezes é suficiente para realizar o diagnóstico na maioria dos casos. Em alguns
casos, pode ser necessário realizar sorologia e aspirado de suco duodenal.
Tratamento: metronidazol 250 mg 3 vezes/dia por cinco dias e albendazol 400 mg/dia por cinco dias são
as drogas de escolha. Tinidazol e furazolidona são opções de segunda escolha. Em pacientes
assintomáticos, pode-se considerar não tratar.
2-Amebíase
Causada pela entamoeba hystolytica, a transmissão ocorre principalmente pela ingestão de cistos
amebianos. Mais de 90% das infecções pela Entamoeba hystolitica são assintomáticas, porém os
pacientes podem apresentar quadro de diarreia com fezes sanguinolentas, dor abdominal, febre e perda
de peso em até 50% dos pacientes sintomáticos. Os pacientes podem apresentar ainda quadro de
diarreia crônica e manifestações extraintestinais, com abscesso hepático e manifestações pulmonares.
Uma revisão específica sobre a amebíase está disponível em nosso site.
3-Malária
A malária é a principal doença parasitária no mundo, principalmente nos países mais pobres. Suas
manifestações são inespecíficas, com febre, prostração, mialgias, letargia, náuseas, vômitos, diarreia e
hipotensão postural. A hemólise secundária ao ciclo eritrocítico do parasita pode ser grave e ocasionar
quadros importantes de anemia. A febre e outras manifestações ocorrem caracteristicamente em
períodos de 48 horas em pacientes infectados com plasmodium vivax e ovale, e a cada 72 horas no caso
do plasmodium malarie. Os pacientes com malária causada por plasmodium falciparum apresentam
quadro mais grave, muitas vezes com febre contínua, além de manifestações de sistema nervoso
central, hipoglicemia, manifestações respiratórias e colapso hemodinâmico.
Qualquer paciente com malária e quadro de prostração, alteração de consciência, convulsões, choque,
desconforto respiratório e sangramento anormal deve ser tratado como emergência.
1. Malária cerebral: índice de Glasgow menor do que 11, com parasitemia por plasmodium falciparum
na exclusão de outras causas de encefalopatia.
2. Anemia severa: Hb < 5 g/dL ou hematócrito < 15% em presença de parasitemia > 10.000/mL.
4. Insuficiência renal: débito urinário menor do que 400 mL em 24 horas ou creatinina > 3 mg/dL.
4-Leishmaniose
Diagnóstico: em pacientes com leishmaniose visceral, sorologia por ELISA ou teste de aglutinação ou por
identificação do agente em hemoculturas ou aspiração esplênica. Nos pacientes com leishmaniose
cutânea, o diagnóstico é realizado pela identificação dos micro-organismos ou por PCR.
Tratamento: as drogas antimoniais pentavalentes são o tratamento mais comum no Brasil com o
glucantime em dose de 20 mg/Kg/dia por 28 a 30 dias. A anfotericina B é uma opção mais utilizada nos
EUA com dose de 0,75-1 mg/Kg dia por 15 dias e depois a mesma dose em dias alternados por mais 30-
40 dias. Outras alternativas incluem miltefosine e paromicina.
Agente
Tratamento de escolha
Alternativa
Comentários
Ancilostomíase
Mebendazol
Albendazol
Pamoato de pirantel
Ascaridíase
Levamizol
Pamoato de pirantel
Mebendazol
Amebíase
Metronidazol
Tinidazol
Emetina
Cisticercose
Albendazol
Praziquantel
Enterobíase
Albendazol
Mebendazol
Pamoato de pirantel
Esquistossomose
Praziquantel
Oxaminiquina
Estrongiloidíase
Ivermectina
Tiabendazol
Albendazol
Cambendazol
Tricuríase
Albendazol
Mebendazol
Giardíase
Metronidazol
Albendazol
Tinidazol
Furazolidona
Teníase
Praziquantel
Niclosamida
Albendazol
Mebendazol
Himenolepsíase
Praziquantel
Niclosamida
Toxocaríase
Dietilcarbamazina
Albendazol
Mebendazol
Mefloquina
Quinino e doxiciclina
Cloroquina e primaquina
Malária por infecção mista P. falciparum e vivax
Leishmaniose
Antimoniais pentavalentes
Anfotericina B e pentamidina
Medicações
Albendazol
Modo de Ação
Causa degeneração seletiva dos microtúbulos citoplasmáticos do intestino e tegumento dos parasitas.
Indicações
A maioria das helmintoses intestinais é tratada com 400 mg via oral em dose única. Neurocisticercose é
tratada com dose de 15 mg/kg/dia ou 400 mg divididos em duas tomadas diárias.
Efeitos Adversos
Em geral, é bem tolerado, mas podem ocorrer icterícia e hepatite. Cefaleia, vertigens, náuseas e dor
abdominal também descritos.
Apresentações Comerciais
Monitoração
Controle de cura em três semanas. Com uso prolongado, recomenda-se dosar transaminases, embora
seja desnecessário na maioria dos casos.
Classificação na Gestação
Interações Medicamentosas
Nenhuma significativa.
Tiabendazol
Modo de Ação
Indicações
Dose de 50 mg/kg/dia até dose máxima de 3 g por 2 a 5 dias. Em caso de larva migrans visceral, manter
tratamento por sete dias.
Efeitos Adversos
Náuseas, vômitos, vertigens, diarreia, dor abdominal, anorexia, eritema multiforme e icterícia
colestática.
Apresentações Comerciais
Thiaben®, Thiabendazol® e Tiabendazol® comprimidos de 500 mg e suspensão com 250 mg/5 mL.
Monitoração
Classificação na Gestação
Interações Medicamentosas
Pamoato de Pirantel
Modo de Ação
Efeitos Adversos
Apresentações Comerciais
Monitoração
Classificação na Gestação
Classe C.
Interações Medicamentosas
Ivermectina
Modo de Ação
Indicações
0,15 mg/kg no tratamento da oncocercose e 0,2 a 0,4 mg/kg nos outros casos, em dose única via oral.
Efeitos Adversos
Cefaleia, prurido e edema cutâneo são relatados, efeitos provavelmente secundários a destruição de
parasitas. Aumento de transaminases e alterações discretas em ECG também são descritas.
Apresentações Comerciais
Monitoração
Classificação na Gestação
Interações Medicamentosas
Levamizol
Modo de Ação
Medicação com ação imunomoduladora impedindo crescimento celular em células específicas, o que
justifica seu uso em neoplasia de cólon. É pouco utilizada recentemente e tem seu uso descontinuado
nos Estados Unidos.
Indicações
Efeitos Adversos
Náuseas e vômitos ocorrem em até 20% dos pacientes. Diarreia, desconforto abdominal, cefaleia e
tonturas são relatados.
Apresentações Comerciais
Monitoração
Interações Medicamentosas
Efeito dissulfiram com o uso com álcool, pode aumentar níveis séricos da fenitoína.
Mebendazol
Modo de Ação
Indicações
Tratamento da ascaridíase, ancilostomíase, oxiuríase, tricuriose, hidatidose e infecção por larva migrans.
Efeitos Adversos
Monitoração
Classificação na Gestação
Interações Medicamentosas
Artemisina
Modo de Ação
Apresenta ligação com ferro do pigmento do plasmodium e produz radicais livres que danificam as
proteínas do parasita.
Indicações
Tratamento do plasmodium falciparum resistente à cloroquina no paciente com malária grave. A adição
de artesunato por três dias está associada com diminuição de falhas terapêuticas, como demonstrado
em meta-análise recente.
Deve ser usada em combinação com doxiciclina, pois, caso contrário, recidivas são comuns.
Artemeter®: dose de 2,4 mg/kg via endovenosa, seguida de 1,2 mg/kg por 4 dias.
Efeitos Adversos
Na maioria das vezes, são leves e infrequentes. Alterações gastrintestinais, prurido e raramente
hipotensão são descritos. Aumento de transaminases e diminuição de neutrófilos e reticulócitos são
descritos.
Apresentações Comerciais
Classificação na Gestação
Não determinada.
Interações Medicamentosas
Oxaminiquina
Modo de Ação
Indicações
Tratamento da esquistossomose.
Efeitos Adversos
Vertigens podem ocorrer em até 40% dos pacientes. Cefaleia, sonolência, aumento de transaminases,
eosinofilia e raramente convulsões também podem ocorrer, sendo contraindicado em pacientes com
epilepsia.
Apresentações Comerciais
Monitoração
Classificação na Gestação
Interações Medicamentosas
Modo de Ação
Indicações
Tratamento da leishmaniose.
Efeitos Adversos
Apresentações Comerciais
Dosagem de enzimas pancreáticas em caso de dor abdominal; realização de ECG seriado durante
tratamento.
Classificação na Gestação
Não determinada.
Interações Medicamentosas
Cambendazol
Modo de Ação
Semelhante ao tiabendazol.
Indicações
Tratamento da estrongiloidíase.
Posologia e Modo de Uso
Efeitos Adversos
Apresentações Comerciais
Monitoração
Classificação na Gestação
Não determinada.
Interações Medicamentosas
Modo de Ação
Indicações
2 mg/kg via oral 3 vezes/dia por dez dias como tratamento da toxocaríase.
Efeitos Adversos
Apresentações Comerciais
Monitoração
Sem recomendações específicas.
Classificação na Gestação
Classe X.
Interações Medicamentosas
Emetina
Modo de Ação
Alcaloide com ação emetizante e propriedades tóxicas a alguns micro-organismos, como a entamoeba
hystolytica.
Indicações
Dose de 1 mg/kg/dia com dose máxima de 60 mg/dia, dividida em duas doses intramusculares ao dia,
por cinco dias.
Efeitos Adversos
Diarreia, vômitos, neuropatia periférica, fraqueza e arritimias cardíacas são relatadas. Raros casos de
insuficiência cardíaca também são citados.
Apresentações Comerciais
Monitoração
Classificação na Gestação
Não determinada.
Interações Medicamentosas
Modo de Ação
Indicações
Principalmente para tratamento da giardíase, mas também para tratar amebíase, tricomonas e
eventualmente salmoneloses e shigueloses.
Efeitos Adversos
Náuseas, vômitos, diarreia, alterações da cor da urina, cefaleia, reações alérgicas, febre, anemia
hemolítica, agranulocitose (raro) e infiltrados pulmonares.
Apresentações Comerciais
Monitoração
Hemograma completo pode ser realizado, mas sem recomendação específica.
Classificação na Gestação
Interações Medicamentosas
Mefloquina
Modo de Ação
Indicações
Diarreia, dor abdominal, náuseas, vômitos e vertigens. Elevação transitória de transaminases pode
ocorrer.
Apresentações Comerciais
Monitoração
Uso prolongado requer exames oftalmológicos de rotina a cada seis meses a um ano.
Classificação na Gestação
Interações Medicamentosas
Uso com antiarritímicos aumenta risco de convulsões. Carbamazepina e fenobarbital podem diminuir
seus efeitos.
Niclosamida
Modo de Ação
Indicações
Efeitos Adversos
Apresentações Comerciais
Monitoração
Interações Medicamentosas
Piperazina
Modo de Ação
Indicações
Na ascaridíase, 75 mg/kg por dois dias e repetir a dose em duas semanas. Na oxiuríase, dose de 65
mg/kg/dia por sete dias. Sua principal indicação é na oclusão intestinal por bolos de áscaris, devendo-se
administrar óleo mineral ou outro laxativo 2 horas antes do uso da piperazina.
Efeitos Adversos
Apresentações Comerciais
Monitoração
Classificação na Gestação
Classe B.
Interações Medicamentosas
Pirimetamina
Modo de Ação
Na toxoplasmose cerebral em pacientes com AIDS, dose de ataque de 200 mg seguida de 50 a 100 mg
diários pelo resto da vida. Após 3 a 8 semanas, pode-se tentar reduzir a dose para 25 mg/dia. Associa-se
com sulfadiazina 2 a 6 g/dia divididos em 4 doses diárias. Na toxoplasmose em imunocompetentes, 25
mg/dia por 3 a 4 semanas associados com 2 a 6 g de sulfadiazina.
Efeitos Adversos
Apresentações Comerciais
Monitoração
Hemograma periódico.
Classificação na Gestação
Classe C.
Interações Medicamentosas
Hepatotoxicidade no uso conjunto com lorazepam. Supressão medular no uso com sulfonamidas. Pode
ainda aumentar os níveis séricos de neurolépticos.
Praziquantel
Modo de Ação
Indicações
Apresentações Comerciais
Monitoração
Classificação na Gestação
Classe B.
Interações Medicamentosas
Primaquina
Modo de Ação
Indicações
Efeitos Adversos
Dor abdominal, náuseas, dispepsia, prurido, cefaleia, anemia em pacientes com deficiência da G6PD e
raramente arritimias.
Apresentações Comerciais
Comprimidos de 15 mg.
Monitoração
Interações Medicamentosas
Quinino
Modo de Ação
Indicações
Dose de ataque de 20 mg/kg e, depois, 10 mg/kg a cada 8 horas na malária grave; com a melhora do
quadro clínico, pode-se passar para o uso oral. A medicação deve ser diluída em solução glicosada e
infundida lentamente.
O uso oral é feito por meio do sulfato de quinino 650 mg a cada 8 horas por 3 a 10 dias, associando-se
clindamicina (900 mg a cada 8 horas) ou doxiciclina (200 mg/dia).
Efeitos Adversos
Zumbido, cefaleia às vezes intensa, anemia hemolítica, embaçamento visual, hipoglicemia e arritmias.
Apresentações Comerciais
Impalud® e Quinino ampolas® com 500 e 600 mg e Sulfato de quinino® comprimidos de 500 mg.
Monitoração
Classificação na Gestação
Classe X.
Interações Medicamentosas
Pode diminuir a ação da cloroquina; também aumenta efeito da amiodarona, glimeperida, fluoxetina,
nateglinida, entre outras medicações.
Tinidazol
Modo de Ação
Indicações
Efeitos Adversos
Náuseas, vômitos, diarreia, flatulência, fadiga, anorexia, dispepsia e gosto amargo na boca.
Monitoração
Classe C.
Interações Medicamentosas
Referências
Craig P, Ito A. Intestinal cestodes. Curr Opin Infect Dis 2007; 20:524.
Drugs for Parasitic Infections, 3rd Ed, The Medical Letter, New Rochelle, NY 2013.
Hotez PJ, Brooker S, Bethony JM, et al. Hookworm infection. N Engl J Med 2004; 351:799.
Diemert DJ. Ascariasis. In: Tropical Infectious Diseases: Principles, Pathogens and Practice, 3 rd ed,
Guerrant RL, Weller PF, Walker DH (Eds), Saunders Elsevier, Philadelphia 2011. P.794.
Comentários
Versão Original
Área do Associado
Acesso TEMFC
Associe-se
Logo da SBMFC
Parasitoses Intestinais
PARASITOSES INTESTINAIS
O que são?
As parasitoses intestinais são muito frequentes na infância. São consideradas problema de saúde
pública, principalmente nas áreas rurais e periferias das cidades dos países chamados subdesenvolvidos,
onde são mais frequentes. As parasitoses são a doença mais comum do mundo, atingindo cerca de 25%
da população mundial (1 em cada 4 pessoas!). Sua transmissão depende das condições sanitárias e de
higiene das comunidades. Além disso, muitas dessas parasitoses relacionam-se a déficit no
desenvolvimento físico e cognitivo e desnutrição.
Exemplos de parasitoses
AMEBÍASE (ameba)
A ameba é um parasita do intestino grosso, onde ela se aloja causando diarreia. Ela pode invadir a
parede do intestino e causar diarreia com sangue, o que já é um caso grave. Também pode ir até o
fígado, pulmão ou cérebro, causando doença nesses locais.
GIARDÍASE (giárdia)
A giárdia fica no intestino delgado do homem, onde podem se juntar e cobrir toda a parede do intestino,
impedindo a absorção dos alimentos e causando diarreia, chegando até a dar perda de peso e anemia.
ASCARIDÍASE (lombriga)
O áscaris é também conhecido como lombriga e também fica no intestino do homem, mas também
passa pelo pulmão. Por isso, em casos mais graves, ocorre a saída de vermes pela boca ou pelo nariz das
pessoas, além de obstrução do intestino, tendo às vezes até que operar o intestino para retirar os
vermes.
ANCILOSTOMÍASE (amarelão)
O ancilóstomo ou também amarelão entra pela pele das pessoas, podendo causar irritação, até chegar
no intestino, passando também pelo pulmão. Ele suga o sangue pela parede do intestino, podendo
causar diarreia pela inflamação e também anemia importante.
O oxiúros fica na parte final do intestino, e é conhecido por causar coceira na região do ânus,
principalmente à noite. Nas meninas também pode causar corrimento vaginal.
TENÍASE (tênia)
A tênia é o maior parasita do homem, podendo ocupar todo o intestino do homem, ou seja, chegar a
medir até 12 metros! A principal complicação da teníase é a neurocisticercose, que é quando os cistos
da tênia vão até o cérebro das pessoas, podendo causar epilepsia em pessoas que nunca tiveram antes
Esse quadro também é conhecido pela sua transmissão pela carne do porco, quando mal passada.
TRANSMISSÃO
O mais importante é aprender que a maioria das parasitoses é transmitida pela alimentação ou pela
água e pelo contato direto com os pés no chão. O germe entra pela boca ou pela pele até chegar no
intestino onde ele vai crescer e se alimentar.
COMO SABER SE TENHO VERME?
A maioria dos quadros de todas as verminoses não causa nenhum sintoma nas pessoas. Você pode ter
verme e não saber, mas isso também não é um problema! Caso sinta algum sintoma, o médico poderá
pedir um exame de fezes para diagnosticar.
O QUE FAZER?
Mesmo sem sentir nada, quem tem chances aumentadas de ter verme deve tomar remédio a cada 4
meses, sem precisar fazer exame de fezes. Ao persistirem os sintomas, consulte um médico.
bsbenevides@hotmail.com
Logo SBMFC Branco
Informações de contato:
Horário de Funcionamento
Fale Conosco
Secretários
Redes Sociais
BUSCAR
Login ou Cadastre-se
O Programa
Produtos Participantes
Farmácias
Cuidados e Bem-estar
Pele e Beleza
Saúde e Tratamento
Especiais
Quero Comprar
Revista
Sou Farmácia
Fale Conosco
COMPARTILHE:
+A-A
As parasitoses intestinais são infecções causadas por protozoários e helmintos, como ameba, lombriga e
giárdia, e são mais comuns em crianças, segundo a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e
Comunidade (SBMFC). Os parasitas intestinais costumam entrar no corpo humano na forma de cistos e
ovos, principalmente, através da água e de alimentos contaminados. Ao chegar no intestino, esses
parasitas se desenvolvem e se multiplicam, causando sintomas bastante incômodos.
As parasitoses intestinais podem provocar uma grande variedade de sintomas. “O quadro clínico varia
desde nenhum sintoma, passando por discretos sintomas digestivos, como leve distensão abdominal,
azia e eructações (arrotos), até cólicas abdominais, dor epigástrica (dor abdominal logo abaixo das
costelas), diarreia e vômitos, em casos mais agudos e extremos”, afirma a infectologista Diana Ventura.
Febre, tosse, anemia, perda de peso, falta de ar, falta de apetite e coceira no ânus também estão entre
os principais sintomas das parasitoses intestinais. “Em crianças e adolescentes, a infestação crônica
pode acarretar retardo no desenvolvimento, déficit cognitivo, baixa estatura, falta de vitaminas e
desnutrição, que são graves problemas de saúde”, complementa a médica.
Nos adultos, as parasitoses intestinais também podem levar a algumas complicações quando não são
tratadas corretamente: “Podemos citar como exemplos: diarreia crônica, anemia, obstrução das vias
biliares, obstrução intestinal, que também pode ocorrer em crianças, quadros respiratórios, apendicite
aguda e abscesso hepático”, lista Diana.
O tratamento das parasitoses é feito com medicações antiparasitárias. O tempo de tratamento, assim
como o medicamento prescrito pelo médico, pode variar de acordo com o tipo de parasita e o perfil do
paciente. Há medicações disponíveis no mercado que são efetivas contra vários tipos de parasitas,
sendo opção, inclusive, quando não há diagnóstico específico de um agente causador ou nos casos em
que é indicado o tratamento empírico de parasitoses, como pode ser o caso das crianças pré-escolares e
escolares. Além do tratamento com remédios, as mudanças nos hábitos alimentares são fundamentais
para garantir a recuperação do paciente.
Foto: Shutterstock
COMPARTILHE:
INFECTOLOGIA
CRM: 5272472-6 / RJ
VER MAIS
Diarreia
Parasitoses
Estou com una apresentação de coceira em certas partes do corpo e fica manchas , como tenho uso de
omeprazol e também tomando cápsulas de Espinheira Santa , não seria por problemas estomacal ou por
estar com triglicerídeos altos ?
Olá, Paulo. É importante que não se auto medique e relate esses sintomas ao seu médico de confiança,
caso necessário sejam realizados exames para um diagnóstico correto. Abraços!
CARLOS DANIEL
Eu sinto coisas andando na minha barriga e espetando quando eu bebo água meche muito e eu sinto
muita fome foda bora eu como é dos e minutos ainda fico com fome owue pode ser DR.Diana ?
Tiago
Dra no hemograma de minha filha de 4 anos deu eosinofilos 21 % = 2.835, esse nivel pode ser
parasitas ? pode ocorrer leucemia ? estamos preocupados.
Emanuel
Sinto cansaso dor de baixo da custela coseira no anos falta d apetite e perca de peso e dor na boca d
estômago I muitas gases acomuladas
Jaja
Sinto falta de ar e muita dor no estomago falta de apetite perda de peso o que fazer?
Seu Nome
Seu E-mail
Seu Comentário
COMENTAR
RELACIONADAS
Festas de fim de ano: o que muda na rotina de quem tem intolerância à lactose?
Festas de fim de ano: o que muda na rotina de quem tem intolerância à lactose?
Versões sem lactose de produtos derivados do leite são seguros para quem tem intolerância?
Versões sem lactose de produtos derivados do leite são seguros para quem tem intolerância?
COMPARTILHE
O conteúdo apresentado possui copyright e não tem como objetivo substituir ou alterar as orientações
médicas.
Common.SkipToMainContent
Logo
MANUAL MSD
A-Z
INÍCIO
ASSUNTOS MÉDICOS
SINTOMAS
EMERGÊNCIAS
RECURSOS
NOTÍCIAS E COMENTÁRIOS
SOBRE
Última revisão/alteração completa jun 2021| Última modificação do conteúdo jun 2021
Transmissão
Diagnóstico
Prevenção
Tratamento
Mais informações
Parasita é um organismo que vive na superfície ou no interior de outro organismo (o hospedeiro) e se
aproveita (por exemplo, obtendo nutrientes) do hospedeiro à custa do hospedeiro. Embora esta
definição, na verdade, se aplique a muitos micróbios, incluindo bactérias, fungos e vírus, os médicos
usam o termo “parasitas” para se referir a
Vermes (helmintos), os quais são maiores e consistem em muitas células e têm órgãos internos
Os protozoários se reproduzem por divisão celular e podem se multiplicar dentro das pessoas. Os
protozoários incluem uma grande variedade de organismos unicelulares, como a Giardia, que infecta o
intestino, e o protozoário da malária, que se desloca na corrente sanguínea.
A maioria dos vermes, ao contrário, produz ovos ou larvas que se desenvolvem no meio ambiente antes
de serem capazes de infectar pessoas. O desenvolvimento no ambiente pode envolver outro animal (um
hospedeiro intermediário). Os vermes incluem nematelmintos, tais como ancilóstomos, e platelmintos,
tais como tênias e trematódeos.
As infecções parasitárias são mais comuns em áreas rurais e em desenvolvimento do que nas áreas
desenvolvidas.
Em áreas desenvolvidas, essas infecções podem ocorrer em imigrantes, em viajantes que retornam ou
em pessoas com sistema imunológico enfraquecido.
Os médicos diagnosticam a infecção obtendo amostras de sangue, fezes, urina, catarro ou outro tecido
infectado e examinando-as ou enviando-as para um laboratório para análise.
Os viajantes para áreas onde alimentos, bebidas e água podem estar contaminados são aconselhados a
cozinhar, ferver, remover a casca ou deixar de lado.
A maioria das infecções parasitárias é mais comum em áreas tropicais e subtropicais, e os parasitas
intestinais estão frequentemente vinculados a áreas com condições sanitárias inadequadas. Uma pessoa
que visita tal área pode adquirir uma infecção parasitária sem perceber e, no seu regresso, é possível
que o médico não diagnostique facilmente a infecção. Nos Estados Unidos e em outros países
industrializados, as infecções parasitárias tendem a afetar principalmente imigrantes, viajantes
internacionais e pessoas com o sistema imunológico debilitado (por exemplo, pessoas com AIDS ou que
tomam medicamentos que suprimem o sistema imunológico – chamados imunossupressores). As
infecções parasitárias podem ocorrer em locais com más condições sanitárias e más práticas de higiene
(como ocorre em alguns hospitais psiquiátricos e creches).
Alguns parasitas são comuns nos Estados Unidos e em outros países industrializados. Os exemplos são
os oxiúros e os protozoários que causam tricomoníase (infecção sexualmente transmissível),
toxoplasmose e infecções intestinais, como giardíase e criptosporidiose.
Transmissão de parasitas
Boca
Pele
Os parasitas que entram pela boca são deglutidos e podem permanecer no intestino ou penetrar pela
parede intestinal invadindo outros órgãos. Muitas vezes os parasitas penetram na boca por transmissão
fecal-oral.
Alguns parasitas podem penetrar diretamente através da pele. Outros são transmitidos por picadas de
insetos.
Em casos raros, os parasitas se disseminam por transfusões de sangue, em órgãos transplantados, por
injeções com uma agulha previamente utilizada por uma pessoa infectada, ou de uma mulher grávida
para o seu feto.
Alguns outros organismos infecciosos, como certos vírus e bactérias, também são transmitidos por esses
mesmos métodos.
A transmissão fecal-oral é uma maneira comum de adquirir um parasita. Fecal se refere a fezes ou
excrementos e oral se refere à boca, incluindo coisas levadas à boca. A infecção que se dissemina pela
via fecal-oral é adquirida quando uma pessoa ingere, de alguma forma, algo que esteja contaminado por
fezes de uma pessoa ou de um animal infectado, como um cão ou gato. Muitos parasitas invadem ou
vivem no trato digestivo da pessoa. Assim, os parasitas ou seus ovos estão frequentemente presentes
nas fezes das pessoas.
As pessoas infectadas muitas vezes disseminam sua infecção quando não lavam as mãos
adequadamente após usar o vaso sanitário. Como suas mãos estão contaminadas, qualquer coisa que
tocarem depois pode ser contaminada por parasitas (ou por bactérias ou vírus que causam distúrbios do
trato digestivo). Se as pessoas com mãos contaminadas tocam em alimentos – em restaurantes,
mercearias ou no lar – os alimentos podem ficar contaminados. Depois disso, qualquer pessoa que
ingerir aqueles alimentos pode contrair a infecção.
A ingestão não tem que envolver alimentos. Por exemplo, se uma pessoa com as mãos contaminadas
tocar em um objeto, como a porta de um banheiro, a porta pode ficar contaminada. Outras pessoas que
tocarem a porta contaminada e depois levarem seus dedos à boca poderão ser infectadas pela via fecal-
oral.
Outras formas pelas quais uma infecção pode se disseminar pela via fecal-oral incluem
Beber água contaminada com esgoto não tratado (em áreas com más condições sanitárias)
Comer moluscos crus (como ostras e mariscos) que foram cultivados em água contaminada
Nadar em piscinas que não foram adequadamente desinfetadas ou em lagos ou partes do oceano que
estejam contaminados com esgoto
Alguns parasitas vivem no interior do corpo e penetram pela pele. Eles podem
Alguns parasitas, como ancilóstomos, penetram na pele da sola dos pés quando a pessoa caminha
descalça em solo contaminado. Outros, como os esquistossomos, que são trematódeos, entram pela
pele quando a pessoa está nadando ou tomando banho em água contendo os parasitas.
Insetos que transportam e transmitem organismos que causam a doença são chamados vetores. Alguns
insetos vetores transmitem parasitas denominados protozoários (como aqueles que causam malária) e
alguns helmintos (como aqueles que causam cegueira dos rios). Inúmeros desses parasitas têm ciclos de
vida muito complexos.
Os insetos (por exemplo, piolhos) e ácaros (por exemplo, sarna) que perfuram ou vivem sobre a pele são
conhecidos como ectoparasitas. Eles são transmitidos pelo contato próximo com uma pessoa infectada
ou seus pertences.
Os médicos suspeitam de uma infecção parasitária em pessoas que têm sintomas típicos e que vivem
em, ou viajaram para, uma área onde as condições sanitárias são ruins ou onde se sabe que uma
infecção ocorre.
Podem ser necessárias análises de amostras em laboratório, incluindo testes especiais para identificar
proteínas liberadas pelo parasita (testes de antígeno) ou material genético (DNA) do parasita. Amostras
de sangue, fezes, urina, pele ou escarro podem ser utilizadas, dependendo de qual parasita os médicos
estão procurando.
Os médicos podem testar as amostras de sangue para detectar anticorpos ao parasita. Anticorpos são
proteínas produzidas pelo sistema imunológico para ajudar a defender o corpo contra um ataque
específico, incluindo o de parasitas.
Os médicos também podem obter uma amostra de tecido que possa conter o parasita. Por exemplo,
uma biópsia pode ser feita para obter uma amostra de tecido intestinal ou de outro tecido infectado.
Uma amostra de pele pode ser recortada. É possível que para encontrar o parasita seja necessário obter
várias amostras e fazer exames repetidos.
Quando os parasitas vivem no trato intestinal, os próprios parasitas ou seus ovos ou cistos (uma forma
dormente e resistente do parasita) podem ser encontrados nas fezes da pessoa quando uma amostra
for examinada ao microscópio. Ou os parasitas podem ser identificados ao analisar as fezes para
detectar a presença de proteínas liberadas pelo parasita ou materiais genéticos do parasita.
Antibióticos, laxativos e antiácidos não devem ser usados até depois que a amostra de fezes for
coletada. Esses medicamentos podem reduzir o número de parasitas, o suficiente para dificultar ou
impossibilitar vê-los em uma amostra de fezes.
Muitas medidas preventivas são sensatas em todos os lugares, mas algumas são mais importantes em
áreas específicas. As informações sobre precauções necessárias em áreas específicas estão disponíveis
na página sobre saúde dos viajantes (Travelers’ Health) dos Centros de Controle e Prevenção de
Doenças dos EUA.
As pessoas precisam ficar especialmente atentas ao viajar para área onde os métodos de saneamento
sejam questionáveis. Além disso, as pessoas devem pensar nas coisas que estão comendo e bebendo
antes de consumi-las e certificar-se de que os alimentos estejam adequadamente cozidos e que a água
não esteja contaminada. Por exemplo, as pessoas devem evitar beber de lagos e correntes e devem
evitar engolir água ao usar piscinas ou parques aquáticos. Mesmo a água que parece fresca e limpa pode
conter parasitas; por isso, as pessoas não devem se basear apenas no aspecto da água para avaliar se é
segura para beber.
Em áreas do mundo em que alimentos, bebidas e água possam estar contaminados com parasitas, a
recomendação sensata para viajantes é
Visto que alguns parasitas sobrevivem ao congelamento, os cubos de gelo por vezes transmitem doença,
exceto se forem feitos com água purificada.
Lavagem das mãos minuciosa usando água e sabão é muito importante. Pessoas que preparam
alimentos para outras (por exemplo, funcionários de restaurantes) precisam ficar especialmente atentas
em lavar muito bem as suas mãos, pois elas podem disseminar a infecção para muitas pessoas. A
lavagem das mãos é importante nas seguintes situações:
Depois de trocar as fraldas de uma criança ou limpar uma criança que usou o vaso sanitário
Para saber quais precauções tomar em países específicos, as pessoas devem acessar a página Travelers’
Health [Saúde do viajante] dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
Usar inseticida (permetrina ou piretrina) em spray nas casas e no lado de for a das casas.
Aplicar repelentes contra insetos contendo DEET (dietiltoluamida) em áreas expostas da pele
Usar calças compridas e camisas de manga comprida, principalmente entre o anoitecer e o amanhecer,
para proteção contra as picadas de insetos
Se a exposição a insetos for provavelmente longa ou envolver muitos insetos, aplicar permetrina nas
roupas antes de usá-las
Medicamentos antiparasitários
Para algumas infecções parasitárias, nenhum tratamento é necessário porque a infecção desaparece por
si só.
Nenhum medicamento único é eficaz contra todos os parasitas. Em algumas infecções parasitárias,
nenhum medicamento é eficaz.
Mais informações
O seguinte é um recurso em inglês que pode ser útil. Vale ressaltar que O MANUAL não é responsável
pelo conteúdo deste recurso.
Saúde do viajante: Informações para viajantes divulgadas pelos Centros de Controle e Prevenção de
Doenças referentes a advertências de viagem, doenças em várias regiões, bem como recomendações
sobre vacinas e medicamentos
Quiz link
Take a Quiz!
Fornecido a você pela Merck & Co, Inc., Rahway, NJ, EUA (conhecida como MSD for a dos EUA e Canadá)
– dedicada ao uso de ciência inovadora para salvar e melhorar vidas em todo o mundo. Saiba mais sobre
os Manuais MSD e nosso compromisso com o Conhecimento Médico Global
SOBRE
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
PREFERÊNCIAS DE COOKIES
Direitos autorais © 2022 Merck & Co., Inc., Rahway, NJ, EUA e suas afiliadas. Todos os direitos
reservados.