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Universidade do Oeste Paulista – 

Unoeste

Medicina – 4º Termo

Patrick Matsubara Fugarino

1ª Semana integradora
Caso: DMR

Presidente Prudente - SP
2023
Hipótese: Pacientes que apresentam vícios, falta de saneamento básico e vacinação
são mais propícios a contrair ou agravar um quadro de tuberculose

Objetivos
1-Explicar as causas da linfonodomegalia e citar os órgãos linfoides e suas funções (Imuno)
2-Compreender a alteração de eusinofilos no leucograma (Imuno)
3-Descrever o ciclo da ancilostomíase, suas formas de transmissão e diagnostico (Parasito)
4-Descrever farmacologicamente o esquema medicamentoso para tuberculose (Farmaco)
5-Explicar as causas e efeitos da falta de adesão ao tratamento para tuberculose (MBE)
6-Caracterizar o bacilo causador da tuberculose e definir o método de BAAR (Micro)
7-Definir hemoptise e explicar suas causas
8-Citar os achados semiológicos da palpação, ausculta e percussão da tuberculose (PPM)
9-Compreender a finalidade de cada tipo de Raio-X citado no caso (PPM)
10-Descrever a toracocentese (PPM)
11-Definir o calendário vacinal do homem e a vacina para tuberculose (PAPP)
12-Descrever o acompanhamento pós-alta da tuberculose e o processo de notificação
compulsório envolvido (PAPP)
13-Descrever os aspectos anatomopatologicos da tuberculose (Patologia)
14-Estimar a prevalência, Incidência e a mortalidade da tuberculose no Brasil de 2010 a 2020
(epidemio)
1-Explicar as causas da linfonodomegalia e citar os órgãos linfoides e suas
funções (Imuno)
Os linfonodos são aglomerados estruturados de linfócitos envolvidos por uma cápsula de
tecido fi broso, que recebem os vasos linfáticos aferentes que drenam a linfa para o seio
subcapsular. A linfonodomegalia é dada por um aumento em volume do órgão que é frequente
correlacionada com doenças hematológicas, mas aparece também em doenças infecciosas, em
doenças autoimunes, em reações ao uso de medicamentos, em metástases carcinomatosas e
em outras doenças em que o mecanismo fisiopatológico não é bem conhecido. Porém esse
aumento se é causado pelo alto uso dos linfócitos presentes no linfonodo para realizar a
reação imunitária contra o agente infeccioso. No caso da linfonodomegalia de linfonodo
supraclavicular direito as causas mais comuns são a Neoplasia de mediastino, pulmão ou
esôfago, porem podem ser causadas por infecções como a tuberculose como no exemplo do
caso
Os órgãos linfoides presentes no corpo humano são divididos em primários e secundários. Os
primários são os que produzem componentes celulares do sistema imunológico, como os
linfócitos T e linfócitos B sendo eles: Medula Ossea e o Timo. Já os secundários são aqueles
nos quais existem grandes quantidades de linfócitos e exercem funções de reconhecimento e
desencadeamento da resposta imunitária, sendo eles: Linfonodos e Baço.

Referência
ML Ghirardelli, V Jemos, PG Gobbi. Diagnostic approach to lymph node enlargement.
Haematologica 1999;84(3):242-247;
https://www.haematologica.org/haematologica/article/view/1323

PORTO, Celmo C.; PORTO, Arnaldo L. Exame Clínico, 8a edição. Grupo GEN, 2017.

2-Compreender a alteração de eusinofilos no leucograma (Imuno)


A eusinofilia presente no leucograma significa a quantidade aumentada de leucócitos do tipo
eusinofilo. O eusinofilo é uma célula imunitário que apresenta função na reação alérgica e
Anti-parasitária. Portanto, visto que não foi referida uma reação alérgica envolvida, é
sugestivo de uma infecção por parasitas, como o N. Americanus, causador da ancilostomose,
por exemplo.
Referência
D. Mendes1, M. Camargo, V. Aun, M. Fernandes, W. Aun, J. Mello ; Rev. bras. alergia
imunopatol ; 23(2): 84-91, mar.-abr. 2000. ilus, tab Artigo em Português | LILACS | ID: lil-
273915

3-Descrever o ciclo da ancilostomíase, suas formas de transmissão e diagnostico


(Parasito)
O ciclo da ancilostomíase ocorre em tres fases dentro do ser Humana. Inicialmente a
fase de penetração, que ocorre quando a larva filarioide (forma infectante) penetra através da
pele do individuo até chegar a sua circulação. Percorrendo pelos vasos até chegar aos
pulmões, dando inicio a fase pulmonar, onde perfura os alvéolos pulmonares e caminham em
direção a traqueia, ascendendo até a faringe, onde descem pelo esôfago e sistema digestório.
Então o parasita adulto se aloja definitivamente no intestino delgado e atinge a maturidade
sexual, dando inicio a fase final do verme adulto que produz cerca de 10 a 20 mil ovos
diariamente de ancilostoma que serão expelidos nas fezes e eclodirão e formarão larvas
filarioides que podem penetrar na pele exposta e dar inicio a uma nova infecção.
Visto que o meio de contaminação é pela infecção do parasita pela pele exposta, a
transmissão ocorre através do contato direto da larva filarioide proveniente das fezes de um
individuo contaminado. Porém, apesar de menos comum, também é possível realizar uma
contaminação por conta da ingestão da larva, que ganha acesso direto ao sistema digestorio e
vai em direção ao intestino delgado e atinge sua maturidade, continuando o ciclo da mesma
forma
O diagnóstico da ansilostomiase ocorre inicialmente por meio de uma avaliação clinica
juntamente com uma anamnese com relatos de exposição da pele ao solo contaminado e uma
eusinofilia inexplicada. Para se estabelecer o diagnostico deve-se fazer uso da Coprocultura
(exame de fezes - EPF) no qual será avaliada a presença de ovos de ansilostoma (N.
americanus, A. duodenale ou A. ceylanicum). Para haver uma precisão no diagnostico a
infecção deve ter ocorrido a mais de 8 semanas.

Referência
Parasitologia Humana – David Pereira Neves, 13º edição.
B. Guimaraes, B. Texeira, L. Toledo, L. Damasceno, M. Almeida, M.Martins, NA
INFECÇÕES POR PARASITAS: ANCILOSTOMÍASE Vol.26,n.3,pp.84-88 (Mar – Mai
2019) Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research - BJSCR

4-Descrever farmacologicamente o esquema medicamentoso para tuberculose


(Farmaco)
O esquema farmacológico para a tuberculose é o RIPE (rifampicina, isoniazida,
pirazinamida e etambutol)
A rifampicina é um medicamento antibiótico bactericida que age na DNA polimerase
das células procariontes, inibindo sua reprodução. Seu princípio ativo é metabissulfito de
potássio e tem como contraindicações a pacientes com história de hipersensibilidade à
qualquer rifamicina. Rifampicina está contraindicado quando administrado simultaneamente
com a combinação de saquinavir/ritonavir. Podendo ter como efeitos adversos
reações cutâneas e distúrbios gastro intestinais, mas também podem ocorrer disfunção
hepática e púrpura trombocitopência
A isoniazida é um medicamento bacteriostatico que apresenta como mecanismo de
ação a inibição de uma enzima necessária para a formação da parede celular da micobacteria.
Ela é contraindicada para pacientes que possuam hipersensibilidade a Isoniazida e que
apresentem discrasias sanguíneas, enfermidades do sistema nervoso
central (como epilepsia, esquizofrenia) e insuficiência hepática ou renal severas. E podendo
der como efeitos adversos Neurite periférica, geralmente precedida de parestesia dos pés e das
mãos, é o efeito adverso mais comum da isoniazida.
A pirazinamida produz um metabolito, ácido propiônico, que reduz o pH para um
nível que impede o crescimento de M. tuberculosis. A pirazinamida apresenta concentrações
bacteriostáticas ou bactericidas de acordo com a dose e susceptibilidade do microorganismo.
É contraindicado para portadores de insuficiência hepática e porfiria. Alergia a Pirazinamida
ou a qualquer outro componente do produto. E pode ter como efeitos adversos artralgias,
vômitos, anorexia, mal-estar geral, anemia sideroblástica, urticária e aumento de ácido úrico
O etambutol apresenta caráter bacteriostatico, inibindo a síntese de enzimas
relacionadas ao metabolismo celular e multiplicação. O etambutol não deve ser usado em
crianças menores de seis anos de idade pela dificuldade de se avaliar alterações visuais, nos
casos de hipersensibilidade a este medicamento ou a outros componentes da fórmula e
também em pacientes com neurite óptica. E pode ter como efeitos adversos prurido; dor
articular; distúrbios gastrintestinais; dor abdominal; mal-estar; cefaléia; tontura; confusão
mental; desorientação e possível alucinação; gota aguda ou hiperuricemia
Referência
Bula rifampicina,
Bula isoniazida,
Bula pirazinamida
Bula etambutol

5-Explicar as causas e efeitos da falta de adesão ao tratamento para tuberculose


(MBE)
A evasão do tratamento da tuberculose é causada por múltiplos fatores, sendo mais
presente no sexo masculino, principalmente na faixa etária dos 30 anos e com baixa
Escolaridade. Suas caudas principais, são:
Fatores ligados ao tratamento: determinados pela complexidade do esquema
terapêutico, quantidade de comprimidos a serem ingeridos, os efeitos secundários dos
medicamentos e suas características específicas como sabor, cheiro e a regressão dos sintomas
no início da terapêutica, Os efeitos colaterais indesejáveis das drogas, seja pelo próprio
princípio ativo ou pelos seus metabólitos, estão relacionados a uma maior taxa de abandono
do tratamento, uma vez que acarretam maior tempo de terapia, que costuma durar cerca de 6
meses e maior número de hospitalizações e de consultas ambulatoriais e domiciliares.
fatores ligados ao doente: capacidade de lidar com situações determinadas pelo
adoecimento, depressão e comorbidades ligadas à saúde mental e ao uso abusivo de
substâncias psicoativas lícitas ou ilícitas.Um grande fator é o estilismo e tabagismo, que
afetam boa parte da população, e propiciam a evasão do tratamento.
fatores ligados à doença: relacionados à gravidade do quadro clínico, à percepção
sobre a gravidade da doença, ao tempo de duração do tratamento e aos sintomas; ƒ

fatores ligados ao contexto social: situações de vulnerabilidade social e a ausência de


apoio para realizar o tratamento, a influência exercida por familiares e amigos e sua
participação no tratamento; ƒ
fatores ligados ao serviço: acesso à assistência e aos insumos, a existência de um fluxo
claro de atendimento e de infraestrutura adequada, uma boa comunicação e, principalmente, a
qualidade da relação estabelecida com a equipe de saúde.
Referência
S. Souza. D. Silva. Passando pela experiência do tratamento para tuberculose; Disponivel em:
https://doi.org/10.1590/S0104-07072010000400005
Manual de Recomendações para o controle da Tuberculose no Brasil, MS, 2019

6-Caracterizar o bacilo causador da tuberculose e definir o método de BAAR


(Micro)
O bacilo da tuberculose, também chamado de bacilo de koch ou BK é uma micobacteria
bacilar em forma de ramos alongados e tortuosos, conhecidos como cordas. Em sua estrutura
apresenta uma camada externa de cera chamada Ácido Micolico, que dificulta a coloração.
Logo se faz necessário uma técnica diferente para realizar a microscopia, sendo feito o uso de
calor para desestabilizar a estrutura desta camada de cera protetiva e permitindo que haja a
pigmentação do bacilo pela coloração de Ziehl-nilsen.

A pesquisa de BAAR (bacilo álcool-ácido resistente) ou BK é uma tecnida de baciloscopia de


visualização de bactérias ao microscópio específica para micobactérias (Micobacteria
tuberculosis), já que esse tipo de bactéria não se cora por Gram. Na baciloscopia faz-se a
análise de uma amostra de escarro na lamina, a qual é submetida a coloração que identifica as
bactérias, que serão coradas através da coloração de Ziehl-Neelsen. Essa coloração é utilizada
especificamente para micobactérias, cuja parede celular constituída por ácidos micólicos é
resistente à descoloração por álcool-ácido, preservando a cor do corante inicial, fucsina
concentrada. Por essa razão, os bacilos apresentam uma coloração vermelha ao final do
procedimento. Seguidamente deve-se analizar 100 campos da amostra fazendo a contagem
dos bacilos por campo e fazendo uma media após a contagem. Com isso conseguimos
identificar se há um negativo para o bacilo ou se há um positivo (entre +, ++, +++) Portanto
pode-se realizar o diagnóstico com alto grau de sensibilidade e especificidade
Referência
Trabulsi, L. R; Alterthum, F. Microbiologia. 6° ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2015.

Levinson, W. Microbiologia e imunologia médicas.13° ed. – Porto Alegre: Editora AMGH,


2016.
7-Definir hemoptise e explicar suas causas
Hemoptise é a eliminação de sangue pela boca através da glote, advindo dos pulmões ou
brônquios, sendo sugestivo de infecções, , doenças pulmonares, neoplasias, vasculites,
coagulopatias, trauma, uso de drogas e corpo estranho

Referência
Semiologia Médica - Celmo Celeno Porto - 8a Edição. 2019. Editora Guanabara Koogan
8-Citar os achados semiológicos da palpação, ausculta e percussão da tuberculose
(PPM)
Na avaliação física do paciente com tuberculose pode-se notar na sua auscuta um
sopro anfórico (característico de presença de cavernas/cavitações pulmonares) e um murmúrio
vesicular reduzido. Durante a sua percussão é comum notar um som submacico na região
acometida pela tuberculose, frequentemente no ápice dos pulmões, principalmente no ápice
do pulmão direito por conta do brônquio ser mais verticalizado. Na palpação pode-se
evidenciar uma redução na expansibilidade toraxica, porem não costuma-se encontrar
anormalidades ao examinar o tórax do paciente com tuberculose.
Já numa analise clinica, os sintomas da tuberculose são característicos: Tosse por três
semanas ou mais, com ou sem catarro, febre, sudorese noturna, cansaço, dor no peito, falta de
apetite, emagrecimento e em casos mais graves hemoptise. Dados estes sintomas
evidenciados, deve-se realizar uma baciloscopia para confirmar o diagnostico.

Referência
Semiologia Médica - Celmo Celeno Porto - 8a Edição. 2019. Editora Guanabara Koogan

Site do governo: https://www.saude.go.gov.br/biblioteca/7652-tuberculose

Wolinsky, E. (1994). Conventional Diagnostic Methods for Tuberculosis. Clinical Infectious


Diseases, 19(3), 396–401. http://www.jstor.org/stable/4458038

Silva DR, Rabahi MF, Sant’Anna CC, Silva-Junior JLR, Capone D, Bombarda S, et al.
Diagnosis of tuberculosis: a consensus statement from the Brazilian Thoracic Association. J
Bras Pneumol. 2021;47(2):e20210054
9-Compreender a finalidade de cada tipo de Raio-X citado no caso (PPM)

1)Postero anterior e Perfil: Solicitadas como protocolo padrão para uma visualização
tridimensional do paciente

2)Decúbito lateral (Laurell): é indicada principalmente para auxiliar na identificação de


derrame pleural e na diferenciação de derrame e espessamento pleural. Deve ser realizada
com o paciente deitado sobre o lado em que se suspeita haver doença pleural.

Referência
Wada, Danilo Tadao, Jose Antonio Hiesinger Rodrigues, and Marcel koenigkam Santos
“Aspectos técnicos e analise da radiografia de tórax." Medicina (Ribeirão Preto) 52.supl1.
(2019): 5-15.

10-Descrever a toracocentese (PPM)


Procedimento de emergência: realizar punção com agulha na borda superior do arco costal
inferior ao local onde há o derrame. Essa punção ocorre no espaço intercostal (EIC), linha
hemiclavicular. Indicação: pneumotórax hipertensivo.
Drenagem de tórax: Realizar uma incisão de 1 a 2 cm no quarto ou quinto EIC, linha axilar
média ou anterior, borda superior do arco costal, sob anestesia local Indicações: pneumotórax,
hemotórax e tórax aberto.
Fazer dissecação dos planos, do tecido celular subcutâneo e da musculatura intercostal na
borda superior do arco costal. Após essa dissecção, é possível avaliar adequadamente e com
mais segurança o local a ser incisado para se adentrar o tórax. Incisar a musculatura até a
pleura, abri-la em 1,5 cm e introduzir o dedo na cavidade Pleural, isso irá confirmar que se
atingiu o interior da cavidade pleural, além de permitir diagnosticar a presença de estruturas
estranhas como epíplon ou vísceras, no caso de hérnia diafragmática traumática e aderências
pleurais, que devem ser liberadas para uma correta introdução do dreno multiperfurado em
direção ao crânio posterior sob selo d'água.

Referência
NETO, Augusto Scalabrini; DIAS Roger Daglius; VELASCO, Irineu Tadeu
.Procedimentos em emergências. 2. ed. Barueri, SP : Manole, 2016
11-Definir o calendário vacinal do homem e a vacina para tuberculose (PAPP)

O calendário vacinal do homem adulto é dado por:

E a vacina responsável pela imunização do paciente contra a tuberculose é a Vacina BCG, que
foi criada em 1.921 por Léon Calmette e Alphonse Guérin, dando origem ao nome BCG. Esta
vacina é administrada ao nascer em uma única dose, contendo a bactéria viva atenuada e
protegendo o individuo de formas mais graves de tuberculoses e meningites,

Referência
Ministerio da saúde, Biblioteca virtual em saúde. Disponivel em:
https://bvsms.saude.gov.br/01-7-dia-da-vacina-bcg-2/#:~:text=A%20vacina%20BC
Shttps://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-
vacinacao/calendario-vacinal-2022/anexo-calendario-de-vacinacao-da-crianca_atualizado_-
final-20-09-2022.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao/
calendario-vacinal-2022/anexo-calendario-de-vacinacao-do-adulto-e-idoso_atualizado_-final-
20-09-2022.pdf
12-Descrever o acompanhamento pós-alta da tuberculose e o processo de
notificação compulsório envolvido (PAPP)
Após a alta do paciente com tuberculose deve-se realizar um acompanhamento do
paciente por 6 meses, requerindo que ele compareça na instituição para uma avaliação de
retorno e para retirar os medicamentos daquele mês, visto que o tratamento da doenca tem a
duração total de 6 meses (sendo 2 meses com o esquema de 4 farmacos e após isso 4 meses
com apenas 2 deles). Nos casos que exista uma necessidade pode-se realizar um tratamento
diretamente observado, como principal ação de apoio e monitoramento do tratamento das
pessoas com TB, pressupõe uma atuação comprometida e humanizada dos profissionais de
saúde. No caso de “faltosos” se faz necessário a reconstrução do plano terapêutico e buscar
uma estratégia de busca de acordo com a realidade do território. É importante que no
acolhimento do usuário seja perguntado qual a melhor forma de contato, quando necessário:
correio eletrônico (e-mail); telefone (números disponíveis de telefones fixos e celulares,
possibilidade de deixar recado e em que termos, com quem falar e o horário melhor para
ligar); também deve ser discutida a possibilidade de realização de visita domiciliar

Referência
Manual de Recomendações para o controle da Tuberculose no Brasil, MS, 2019.

13-Descrever os aspectos anatomopatologicos da tuberculose (Patologia)


As alterações anatomo-patologicas encontradas nos órgãos acometidos pela
tuberculose são a formação de grânulomas imunitários que tentam conter o agente infeccioso
e podem formar nódulos de Gohn e muitas vezes em casos de uma tuberculose Pós-Primaria é
vista a formação de cavernas ou cavitações, que são lesões na região acometida que leva a um
estado de necrose caseosa e que ao atingirem vasos são drenados pelos brônquios e causam
hemoptise. Alem disso é notório que existe uma vertente mais agressiva da tuberculose
chamada tuberculose miliar, que apresenta uma taxa de mortalidade muito mais elevada e
causa danos muito mais rapidamente pois se instaura em diversas regiões do pulmão e leva a
formação de vários focos do bacilo, esse tipo de tuberculose é causado por um contato com
uma grande quantidade de bacilo ou por conta de um sistema imune deficitário.
Referência
Kumar, et al. Robbins e Cotran, bases patológicas das doenças. 8° ed. Rio de Janeiro: editora
Elsevier, 2010.

14-Estimar a prevalência, Incidência e a mortalidade da tuberculose no Brasil de


2010 a 2020 (epidemio)

 Incidência e prevalência por 10.000

Incidencia significa a quantidade de novos casos em relação ao contingente total da


população, considerando apenas os pacientes que desenvolveram a doença agora.
Prevalencia significa a quantidade de casos atualmente em relação a esse contingente
populacional, considerando os novos casos e os casos que perduram.
 Mortes por 100.000

Referência
Brasil, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS.
Disponível em: <http://www.datasus.gov.br>. Acesso em 27 de fevereiro de 2023.

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