Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CARAJÁS-PA
Bactéria Enterococos
- 01-
INTRODUÇÃO
O termo “enterococos” foi usado pela primeira vez em 1899 na frança, referindo-a de
diplococos encontrados no trato gastrintestinal, que tinha o potencial de se tornar patogênico
para os seres humanos. A primeira descrição clínica e patológica de uma infecção por
enterococos foi publicada no mesmo ano, como um caso de endocardite com isolamento em
cultura de cocos gram-positivos em “pares e cadeias curtas” em múltiplos órgãos e na corrente
sanguínea do paciente.
A grande maioria das infecções clínicas em humanos é produzida por duas espécies, E.
faecalis e E. faecium, e os laboratórios clínicos normalmente não identificam as espécies de
enterococos. No entanto, em certos cenários clínicos ou em estudos epidemiológicos, pode ser
importante diferenciar entre essas duas espécies, pois elas apresentam diferente virulência e
perfil de resistência a antibióticos.
- 02-
DESENVOLVIMENTO
Microbiologia
Os enterococos são organismos que têm mecanismos bem adaptados para sobreviver no
trato gastrintestinal dos seres humanos. A microbiota humana compreende milhões de bactérias.
Os enterococos por sua vez apresentam uma população menor em relação aos comensais
anaeróbios em um hospedeiro normal, e parecem ter uma relação simbiótica com o sistema
imunológico e as outras bactérias.
Os enterococos são a segunda ou terceira causa microbiológica de infecções
nosocomiais (ou seja, instalada no atendimento ambulatorial) e têm seu crescimento facilitado
pelo uso dessa medicação. Os inibidores da bomba de prótons são uma estratégia comumente
utilizada para reduzir a incidência de pneumonite por aspiração, aumenta o risco de infecção
nosocomial
A administração de antibióticos de amplo espectro favorece a colonização do trato
gastrintestinal por enterococos, pela regulação negativa da expressão intestinal de peptídeos
intestinais antimicrobianos.
Os enterococos estabelecem seu nicho e alcançam os vasos linfáticos e sanguíneos
através de mecanismos que não são elucidados. Vários determinantes patogênicos têm sido
estudados em enterococos. A citolisina/hemolisina é uma toxina bacteriana, codificada por
plasmídeos, capaz de levar a lise de células eucarióticas (e procarióticas), e mostrou contribuir
para a virulência de E. faecalis.
A gelatinase e a serino protease são enzimas bacterianas que podem contribuir para a
virulência em E. faecalis por diversos mecanismos que incluem, entre outros, a facilitação da
invasão microbiana pela alteração de imunoglobulinas ou moléculas de complemento. Os
componentes da superfície celular são fatores importantes na virulência bacteriana, sendo, em
geral, as primeiras moléculas a interagirem com o tecido hospedeiro e/ou sistema imunológico.
As proteínas de membrana aumentam a aderência e a internalização de enterococos em
várias células eucarióticas (fagócitos, células renais, intestinais e epiteliais), bem como a adesão
de bactérias e proteínas da matriz extracelular. Os polissacarídeos em superfícies bacterianas são
determinantes patogênicos significativos; podem afetar a ação de leucócitos de destruição de
bactérias e certas estirpes de E. faecium, que são resistentes à destruição pela ação de células
polimorfonucleares.
- 03-
- 04-
CONCLUSÃO