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FACULDADE DE MEDICINA
TEMA:
ABCESSO HEPÁTICO AMEBIANO
O abscesso hepático amebiano foi descoberto pela primeira vez no século XIX, quando o médico alemão
Friedrich Theodor von Frerichs descreveu a doença em 1875. Desde então, houve avanços significativos no
entendimento, diagnóstico e tratamento dessa condição.
No início do século XX, foram realizados estudos adicionais para entender a epidemiologia e a patogênese
do abscesso hepático amebiano. Foi estabelecido que a infecção é causada pela parasita Entamoeba
histolytica, que é transmitida principalmente por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados com
cistos do parasita.
Ao longo dos anos, foram desenvolvidos métodos de diagnóstico mais precisos, como exames de imagem,
como ultrassonografia e tomografia computadorizada, e testes laboratoriais para detectar a presença de
parasitas ou anticorpos específicos.
PREVALÊNCIA
E. histolytica encontra-se distribuída amplamente em todo o mundo.
Sua prevalência é maior nos países das zonas tropicais e subtropicais,
onde a população é carente e é baixo o nível de saneamento.
Porém, a crescente migração de pessoas de países em desenvolvimento
para países desenvolvidos favoreceu a disseminação do parasito por todo
o mundo. Há grande quantidade de pessoas infectadas em regiões frias,
como o canadá, norte dos Estados Unidos e Europa.
Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, mais de 100 mil
indivíduos morrem anualmente vitimados pela doença, o que a torna a
segunda principal causa de morte por infecção provocada por protozoário
parasita, afeta mais homens que mulheres.
AGENTE ETIOLOGICO
Existem alguns fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolver um abscesso hepático
amebiano. Esses fatores incluem:
1. Infecção por Entamoeba histolytica: A principal causa do abscesso hepático amebiano é a infecção pelo
parasita Entamoeba histolytica. Portanto, estar exposto a áreas ou populações onde a infecção é comum
aumenta o risco.
2. Viagens para áreas endêmicas: Viajar para regiões onde a infecção por Entamoeba histolytica é mais
prevalente, como certas partes da América Latina, África e Ásia, pode aumentar o risco de contrair a
infecção.
3. Consumo de água ou alimentos contaminados: A infecção por Entamoeba histolytica ocorre
principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes contendo o parasita. Portanto,
consumir água não tratada ou alimentos mal higienizados aumenta o risco.
4. Condições de higiene precárias: Viver em condições de higiene inadequadas, como falta de saneamento
básico ou acesso limitado a água potável limpa, pode aumentar o risco de infecção.
QUADRO CLÍNICO
Historial
Quadro clinico
Exame físico:
Os achados mais comuns de exames físicos são a dor à percussão, que pode ser observada em até
95% dos pacientes, e hepatomegalia dolorosa em até 85% dos casos. Eliason(12) observou
sensibilidade dolorosa sempre presente sobre a décima costela na
linha axilar média, a icterícia também é um dado importante no exame físico.
Exames complementários
COMPLEMENTÁRIOS
EXAMES LABORATORIAIS:
A maioria dos pacientes com abscesso hepático apresenta leucocitose de
aproximadamente 15000 a 20000/ mm3. Anemia moderada e severa está
presente em pacientes graves e é mais marcada em abscesso piogênico de
longa duração. Hemoglobina varia de 7% a 14%. Em relação à função
hepática, observa-se hipoalbuminemia que, quando severa (abaixo de
2g/dl), indica mau prognóstico. A hiperbilirrubinemia sugere icterícia
obstrutiva indicativa de obstrução biliar ou colangite ascendente. As
aminotransferases apresentam elevação moderada e não são específicas.
Testes sorológicos são utilizados nos diagnósticos do abscesso amebiano
do fígado. O mais utilizado é o teste de hemaglutinação indireta por ser
mais sensível, com até 95% de positividade (títulos acima de 1:64). Estes
títulos podem persistir por 6 a 12 meses.
EXAMES DE IMAGEM
As mais frequentes observações radiológicas são elevação e alteração do
contorno da cúpula diafragmática direita com restrição respiratória. Compressão
segmentar e atelectasia com reação pleural, derrame ou empiema no pulmão
direito podem ser observados em até 80% dos pacientes.
Estes achados podem ser observados ocasionalmente no pulmão esquerdo se o
abscesso envolver grande parte do lobo hepático esquerdo. Radiografia simples
do abdome em duas incidências demonstra sombra hepática alargada no
abdome superior direito devido à hepatomegalia.
O exame ultra-sonográfico tem sido utilizado de rotina em pacientes com
suspeita de abscesso hepático, e lesões de 2 cm podem ser observadas no
parênquima. Como o centro desses abscessos contém fluídos, eles apresentam
aparência de cistos de parede espessa com margem central irregular e debris.
A tomografia computadorizada tem se tornado um importante e valioso
método diagnóstico para detecção de lesões que ocupam espaço. A detecção de
abscessos ou cistos são geralmente inequívocos se únicos ou múltiplos e com
até 0,5 cm de diâmetro. Essas lesões são geralmente bem definidas devido a sua
baixa densidade tecidual quando comparadas ao parênquima hepático normal
DIFERENCIAIS