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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

LAYANE NUNES ARAUJO

TRABALHO SOBRE AMEBIASE

ARAPIRACA- AL
2023
LAYANE NUNES ARAUJO

TRABALHO SOBRE AMEBIASE

TEABALHO SOLICITADO PARA OBTENÇÃO DE


DE NOTA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
ALGOS ,COM APRENSENTAÇÃO
ORIENTADRO RENAN ROCHA DA SILVA

ARAPIRACA –AL
A amebíase é uma infecção causada pelo protozoário Entamoeba histolytica.
Essa parasitose intestinal é uma das formas de verminose, embora seja
importante destacar que a amebíase não é causada por vermes, mas por
protozoários.

História da Amebíase:

1. Descoberta:
- A amebíase foi descoberta pelo cientista alemão Friedrich Lösch em 1875,
que observou os trofozoítos (forma ativa) do protozoário em amostras de fezes
de pacientes com disenteria.

2. Identificação do Agente Causador:


- Em 1903, o médico brasileiro Carlos Chagas, conhecido por suas
contribuições para a pesquisa de doenças tropicais, identificou e caracterizou a
Entamoeba histolytica como o agente causador da amebíase.

3. Transmissão: - A transmissão da amebíase ocorre principalmente através


da ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos (forma de
resistência) do protozoário. O parasita pode causar infecção tanto no intestino
grosso, resultando em amebíase intestinal, quanto em outros órgãos, como o
fígado, causando amebíase extraintestinal.

4. Cenário Global:
- A amebíase é uma infecção comum em muitas partes do mundo,
especialmente em áreas onde as condições sanitárias são precárias.
Populações de países em desenvolvimento, com acesso limitado a água
potável e saneamento básico, são mais suscetíveis à doença. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) estima que existem milhões de casos de amebíase a
cada ano, resultando em uma carga significativa de morbidade em várias
regiões do mundo.

5. Manifestações Clínicas:
- Os sintomas da amebíase variam desde formas assintomáticas até quadros
graves de disenteria, com diarreia sanguinolenta. Em casos mais graves, o
parasita pode invadir tecidos e causar abscessos, principalmente no fígado.

6. **Tratamento e Controle:**
- O tratamento da amebíase geralmente envolve o uso de medicamentos
antiparasitários, como o metronidazol. A prevenção inclui práticas de higiene
pessoal, saneamento básico e medidas de controle da qualidade da água.
**Pesquisas Contemporâneas:**
- Pesquisas contemporâneas buscam entender melhor a diversidade genética
de Entamoeba histolytica e a variabilidade na gravidade das infecções. Além
disso, esforços estão em andamento para desenvolver vacinas e estratégias de
controle mais eficazes.
A história da amebíase reflete o progresso na compreensão da doença, desde
a identificação do agente causador até os avanços no diagnóstico, tratamento e
prevenção. A pesquisa contínua e a implementação de medidas de saúde
pública são essenciais para reduzir a prevalência da amebíase e melhorar a
qualidade de vida em regiões afetadas.
A amebíase é uma infecção causada pelo protozoário Entamoeba histolytica.
Aqui está um resumo da morfologia da Entamoeba histolytica:

Forma Trofozoíta:

1. **Tamanho:**
- Os trofozoítos, a forma ativa do protozoário, geralmente têm um tamanho de
20 a 30 micrômetros, embora variações possam ocorrer.

2. **Núcleo:**
- Possui um núcleo central com cromatina granular.

3. **Carioplasma:**
- O citoplasma contém grânulos finos, vacúolos digestivos e frequentemente
inclusões eritrocíticas.

4. **Forma:**
- A forma trofozoítica é amebóide, o que significa que se move através da
formação de pseudópodes.

5. **Pseudópodes:**
- A ameba utiliza pseudópodes temporários, extensões do seu corpo, para se
locomover e se alimentar.

Forma de Cisto:

1. **Encistamento:**
- Em condições desfavoráveis, os trofozoítos podem se transformar em cistos
como parte do processo de encistamento.

2. **Parede Cística:**
- O cisto tem uma parede cística resistente que protege a forma quiescente
do protozoário.

3. **Número de Núcleos:**
- Geralmente, o cisto contém quatro núcleos, embora esse número possa
variar.

4. **Presença de Cromatina:**
- Os cistos contêm cromatina mais densa e são mais resistentes às
condições ambientais adversas.

Localização:

1. Local Preferido:**
- A Entamoeba histolytica geralmente reside no intestino grosso, colonizando
a mucosa do ceco e cólon.

2. **Invasão Tecidual:**
- Em casos graves, os trofozoítos podem invadir a mucosa intestinal,
causando danos e resultando em sintomas mais graves.

Diagnóstico:
1. **Exame Microscópico:**
- O diagnóstico da amebíase muitas vezes envolve a identificação de
trofozoítos ou cistos nas fezes por meio de exames microscópicos.

2. Identificação de Trofozoítos Móveis.


- Os trofozoítos móveis podem ser observados em amostras de fezes
frescas.

3. Identificação de Cistos:
- Cistos são frequentemente identificados em amostras de fezes formadas e
em amostras conservadas em solução de fixação.

A morfologia da Entamoeba histolytica é essencial para o diagnóstico e


compreensão da amebíase. A identificação precisa das formas trofozoíticas e
císticas é crucial para orientar o tratamento e prevenir a disseminação da
infecção.

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