Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Antrax
Autor:
Rodrigo Antonio Brandão Neto
Médico Assistente da Disciplina de Emergências Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
USP
Última revisão: 20/04/2015
Comentários de assinantes: 0
Introdução
O Bacillus anthracis, é um micro-organismo de grandes dimensões, aeróbico, gram-positivo,
formador de esporos e encapsulado. Os esporos são encontrados no solo em todas as partes do
mundo, embora a doença ativa seja mais comum em locais mais quentes e mais úmidos. A
infecção ocorre principalmente em mamíferos herbívoros, sejam domésticos ou selvagens que
ingerem esporos. O contato humano com os produtos animais contaminados pode resultar em
três formas de infecção clínica que são a forma cutânea, gastrointestinal e a descoberta mais
recentemente, uma forma de infecção atingindo tecidos moles associados com o uso de drogas.
A forma cutânea do antraz é mais comum, mas as formas não cutâneas normalmente resultam
em doença mais grave frequentemente necessitando de suporte em unidade de terapia intensiva.
O antrax cutâneo já é conhecido de longa data, principalmente devido à cicatriz cutânea
associada a sua infecção. O antrax por inalação foi primeiramente descrito em meados de 1800
em trabalhadores de lã britânicos. A melhora da higiene industrial, reduções na utilização de
materiais de origem animal contaminados, e imunização de trabalhadores em risco
subsequentemente reduziu a incidência de antrax substancialmente nos países desenvolvidos,
apesar de casos ocasionais ainda ocorrem.
Patogênese e Microbiologia
Bacillus anthracis é parte do grupo B. cereus de bacilos. É um micro-organismo sem motilidade,
aeróbico, anaeróbico facultativo, em forma de bastão gram-positivo capaz de formar esporos
dormentes. Sob condições de calor importante, o esporo transforma-se numa forma vegetativa
em forma de haste que se replica em seguida, produzindo fatores de virulência, que provocam a
doença. Quando a forma vegetativa é exposta a temperaturas mais baixas de O , a bactéria pode
2
novamente esporular.
Três fatores desempenham um papel fundamental na patogênese da B. anthracis: a cápsula;
produção de duas exotoxinas; e capacidade das bactérias para atingir altas concentrações
microbianas em hospedeiros infectados. A cápsula permite que as bactérias vegetativas escapem
da fagocitose por células hospedeiras. As duas toxinas são denominadas de toxinas letal e toxina
edemogênica, ambas as toxinas são binárias, cada uma composta de duas proteínas: antígeno
protetor (PA) e fator letal na toxina letal e fator de edema na toxina edemogênica.
A toxina edemogênica é uma adenilciclase dependente da calmomodulina, a toxina letal causa
morte celular, por mecanismos não completamente conhecidos, causando lise de macrógagos.
Ambas as toxinas têm sido implicadas no desenvolvimento de choque e letalidade, embora os
mecanismos exatos ainda sejam pouco claros. No entanto, um número crescente de
componentes bacterianos parecem ter papel na patogênese destas complicações.
Manifestações e Formas Clínicas
O antrax cutâneo é usualmente reconhecido precocemente e o tratamento é quase sempre eficaz,
outras formas (ou seja, gastrointestinal, inalatória e injetável) apresentam sintomas iniciais
muito inespecíficos. Assim, na ausência de um surto conhecido, estas outras formas
frequentemente progridem para uma doença mais avançada antes de serem reconhecidas, e a
morbidade e a mortalidade são elevadas.
Noventa e cinco por cento dos casos de antrax relatados são cutâneos e ocorrem principalmente
na África, na Ásia e na Europa Oriental. A doença normalmente aparece quando esporos
patogênicos são introduzidos por via subcutânea através de um corte ou abrasão em uma área
exposta da pele. Os esporos evoluem para formas vegetativas que produzem o edema local. A
lesão primária da pele é geralmente uma pápula indolor, pruriginosa que aparece 3-5 dias após a
infecção inicial. A lesão forma uma vesícula que sofre necrose central, deixando uma escara
característica preta rodeada por edema, cerca de 90% das lesões ocorrem em face, pescoço,
braços ou mãos. Na histologia, as lesões de pele do antrax mostram necrose e edema maciço
com infiltração linfocitária, formação de abscesso e com pontos focais de hemorragia evidentes
e eventualmente focos de trombose. O tratamento com antibióticos é recomendado para o antraz
cutâneo para diminuir a probabilidade de doença sistêmica. Sem tal terapia, a mortalidade
devido a edema maligno (caracterizada por edema grave, induração, múltiplas bolhas, e os
sintomas de choque) tem sido relatada como sendo de até 20%. Com o tratamento antibiótico
adequado, a morte devido ao antrax cutâneo é incomum.
A maioria dos casos de antrax gastrointestinal é causada por ingestão de carne mal cozida em
que as formas vegetativas dos bacilos se desenvolvem e replicam. Esta forma clínica é
subdividida em bucofaríngea ou de trato gastrointestinal inferior, podendo ocorrer lesões desde
a boca até o cólon descendente. A forma buco-faríngea está associada com o desenvolvimento
de uma úlcera oral ou esofágica seguido por linfadenopatia regional, edema e sepse. A forma
gastrointestinal inferior manifesta-se como lesões intestinais primárias que ocorrem
predominantemente no íleo terminal ou ceco. Os pacientes têm como manifestações iniciais
náuseas, vômitos e mal-estar, que em seguida progridem rapidamente para diarreia
sanguinolenta, abdome agudo ou sepse. Ulceração da mucosa gastrointestinal, que
frequentemente apresentam necrose, podem causar hematemese. Dois a quatro dias após o
início dos sintomas, ascite clara ou purulenta pode ocorrer com B. anthracis em cultura. No trato
gastrointestinal pode-se observar necrose da mucosa, edema extenso e linfadenite mesentérica.
Bacilos de antrax podem ser visto nos tecidos da mucosa, submucosa e linfáticas juntamente
com os infiltrados inflamatórios. A taxa de mortalidade em pacientes graves se aproxima de
100% em algumas séries, mas varia em geral de 4 a 60%. O paciente apresenta perda de sangue,
fluidos e eletrólitos e choque. Em pacientes com perfuração intestinal pode ocorrer toxemia
importante. Nos pacientes que se recuperam os sintomas melhoram em 10-14 dias.
O antrax inalatório ocorre por inalação de esporos de antrax menores que 5 micras, pois as
partículas maiores que isto são retidas na via aérea e eliminadas pelo clearence mucociliar. Na
via aérea, os macrófagos alveolares fagocitam e transportam os esporos para linfonodos hilares
e mediastinais onde germinam e produzem toxinas bacterianas. A apresentação clínica do antraz
inalatório é em duas fases. Inicialmente, os pacientes apresentam sintomas prodrômicos
similares à gripe com tosse, febre e fadiga que duram de horas a alguns dias, comumente quatro
dias e depois resolvem-se espontaneamente. A segunda fase, também denominada de fulminante
é caracterizada por febre crescente, dispneia, diaforese e choque. Meningites hemorrágicas
podem complicar o quadro, com os pacientes apresentando sinais meníngeos, delírio e
obnubilação. Alguns pacientes evoluem com piora e apresentam cianose e hipotensão
rapidamente progressivas rapidamente podendo ter evolução letal em poucas horas. Pacientes
com antrax inalatório tipicamente apresentam adenopatia e derrames pleurais hemorrágicos e
alargamento do mediastino, o achado de alargamento do mediastino sem outra explicação
plausível é o mais clássico achado da doença e é causado por um processo de mediastinite. O
exame anátomo-patológico mostra focos de pneumonite necrosante e hemorragia e necrose de
linfonodos peribrônquicos e mediastinais. Muitos pacientes também têm lesões gastrointestinais
e leptomeníngeas devido à disseminação hematogênica.
O tempo de incubação após inalação em geral é de dez dias, mas existem descrições de casos
que os sintomas só apareceram seis semanas após a exposição, sugerindo que os esporos de
antrax podem permanecer viáveis nos pulmões por muitos dias. O diagnóstico precoce de antraz
por inalação é difícil e requer um alto índice de suspeição. A taxa de mortalidade é variável com
poucas séries de casos, com as primeiras séries com mortalidade de até 89%, mas hoje com a
maioria dos pacientes tratados com recuperação. A impressão em estudos retrospectivos é que o
tratamento precoce com antibióticos e outras modalidades de tratamento diminui sensivelmente
a mortalidade.
A maioria dos casos são descritos em usuários de drogas injetáveis e descritos recentemente, os
pacientes usualmente apresentam edema de tecidos moles com infecção de 1 a 10 dias após o
uso de droga injetável. As alterações de pele foram observadas em alguns casos, com alterações
semelhante a outras manifestações cutâneas de uso de drogas injetáveis. Um paciente
apresentou dor abdominal e peritonismo após uso de drogas injetáveis com injeção inicial em
região inguinal, em muitos dos casos foram necessários desbridamentos cirúrgicos e/ou
fasciotomia. Estas lesões não são similares às lesões descritas na forma cutânea do antrax e a
escara escurecida característica do antrax cutâneo não foi encontrada nestes pacientes.
Diagnóstico
Pode ser confirmado pelo isolamento do B. anthracis, podendo ser isolado no sangue, exsudato
de lesões cutâneas, líquor, líquido pleural, escarro e fezes. Em infecções sistêmicas, os
organismos podem frequentemente ser cultivados a partir do sangue, se a amostra é recolhida
antes da terapia antimicrobiana. antrax deve imediatamente ser considerado se a coloração de
Gram mostrar altas concentrações de bacilos gram-positivos de crescimento em cadeias e em
pacientes com necrose da pele. O diagnóstico também pode ser realizado por PCR de vários
espécimes como sangue ou líquido pleural mas são poucos disponíveis.
O CDC nos Estados Unidos tem uma definição precisa, com quadro clínico compatível em
pacientes em que se isola o micro-organismo ou confirmar o diagnóstico em pelo menos dois
exames como PCR, imuno-histoquímica tecidual ou detecção de antígeno protetor por ELISA
ou imunoblot.
Manejo
O tratamento do antrax com antimicrobianos, com pelo menos uma medicação bactericida deve
ser considerado no contexto dos pacientes com doença ativa provável ou diagnosticada e
naqueles que tenham sido potencialmente expostos, mas ainda não demonstram sintomas
clínicos. Entre os pacientes com doença ativa diagnosticada, as recomendações de tratamento
diferem dependendo da forma clínica. Todos os pacientes com suspeita de infecção por antrax
devem realizar punção lombar para avaliar a possibilidade de meningite associada, a internação
hospitalar é indicada em todos pacientes com manifestações sistêmicas da infecção pelo antrax.
Para pacientes com antraz por inalação, o CDC recomenda tratamento com ciprofloxacina ou
doxiciclina e um ou dois antimicrobianos adicionais por um período não inferior a 60 dias.
Embora a penicilina mostre boa sensibilidade in vitro para o antraz, o tratamento inicial com
outros agentes até os resultados do antibiograma serem conhecidos tem sido sugerido. A terapia
inicial deve ser intravenosa (IV), com o ajuste do regime de tratamento com agentes
antimicrobianos orais conforme a evolução. Para os pacientes afetados com a doença inalatória
grave (ou seja, com choque e insuficiência respiratória), a ciprofloxacina endovenosa é
recomendada em vez de doxiciclina como agente antimicrobiano de escolha, exceto se
contraindicação para uso da ciprofloxacina, a dose de ciprofloxacina é de 400 mg EV a cada 8
horas. O tratamento dos casos graves devem também incluir pelo menos um agente com uma
penetração adequada do SNC (por exemplo, penicilina ou ampicilina, meropenem, rifampina,
ou vancomicina) com a medicação mais recomendada sendo o meropenem, para cobrir possível
envolvimento das meninges. Clindamicina também é recomendado por causa de sua potencial
capacidade de inibir a produção de exotoxina, a dose de clindamicina é de 900 mg a cada 8
horas.
Os pacientes afetados com casos localizados ou não complicados de antrax cutâneo devem ser
tratados com ciprofloxacina oral ou doxiciclina por 60 dias. A Amoxicilina oral pode ser
utilizada se melhora clínica. Para os casos graves de antrax cutâneo com sinais de
comprometimento sistêmico, edema extenso, ou lesões na cabeça ou no pescoço, terapia
endovenosa com mais de um antimicrobiano é recomendada. Deve-se lembrar ainda que em
gestantes, a doxiciclina deve ser evitada e a ciprofloxacina é o tratamento inicial, podendo ser
trocada por penicilina, caso o antibiograma mostre suscetibilidade a este antibiótico. Em casos
suspeitos de antrax adquirido por via injetável com infecção do tecido mole deve ser iniciado
tratamento antibiótico empírico para B. anthracis, bem como outras causas mais comuns de
infecção de partes moles. Alguns autores recomendam esquema terapêutico com oxacilina,
ciprofloxacina e clindamicina por via intravenosa, em combinação com outros antibióticos,
como a penicilina e o metronidazol (isto é, um regime com cinco antibióticos). O desbridamento
agressivo de tecidos acometidos também é um dos pilares para o manejo destes pacientes.
Usuários de drogas injetáveis suspeitas de terem disseminado infecção por antrax, sem
evidência de infecção dos tecidos moles devem ser tratados como doença inalatória com
possível envolvimento meníngeo.
Os corticoesteroides podem ser utilizados como terapia adjuvante em pacientes com doença
grave e envolvimento meníngeo, mas ainda não são uma recomendação universal.
Terapias antitoxina
As terapias antitoxina ainda são considerados em fase de investigação. Uma imunoglobulina
específica contra o antrax tem sido testada, as duas modalidades terapêuticas são o
raxibacumab, que é um anticorpo monoclonal, e a gamaglobulina específica para o antrax.
Como algumas séries de casos mostram mortalidade diminuída com antitoxinas, estas devem ser
administradas a todos pacientes com manifestações sistêmicas do antrax, de qualquer forma seu
uso necessita de consulta com especialista.
Profilaxia pós-exposição
A profilaxia após uma possível exposição à antrax inclui antibióticos, bem como o uso de
vacina para acelerar a imunidade do hospedeiro. Alguns estudos sugerem que a vacinação pós-
exposição pode encurtar a duração da profilaxia com antibióticos necessários para proteger
contra o antrax inalatório.
A conferência do CDC de profilaxia pós-exposição ao antrax recomenda o tratamento com
ciprofloxacina e doxiciclina como primeira linha. A antibioticoterapia deve ser continuada por
60 dias. O CDC também recomenda o uso de três doses da vacina contra antrax administrada
com 10 dias de exposição e, em seguida, 2 e 4 semanas após a exposição. Este regime tem sido
aconselhada para crianças e mulheres grávidas ou lactantes, também.
Terapias de suporte e em terapia intensiva
Pacientes com infecção por antraz e choque devem ser tratados de forma agressiva com o
mesmo tipo de suporte hemodinâmico utilizado para o choque séptico devido a outros tipos de
infecção bacteriana. Deve-se notar, no entanto, que são atualmente desconhecidos os efeitos
vasculares das toxinas do antrax e como estas podem alterar a resposta e o suporte
hemodinâmico convencional. Estudos em ratos descobriram que, em contraste com a sepse por
E. coli e lipopolissacarídeo (LPS), o suporte com reposição de volume fluido pioraram os
desfechos. Alguns estudos sugerem que a drenagem torácica ou toracocentese pode ser
importante no manejo dos casos de antrax por inalação.
Os glicocorticoides também têm sido considerados como possível terapia adjuvante para
pacientes com doença sistêmica grave, devido à inalação de antrax. Uma análise retrospectiva
de 70 casos de antrax com meningoencefalite relataram uma diminuição de 14% na mortalidade
global entre os pacientes tratados com glicocorticoides comparado à terapia antimicrobiana
isolada.
Em pacientes com infecções de tecidos moles, o desbridamento cirúrgico agressivo é
recomendado para o controle de infecção de partes moles. A drenagem de coleções
extravasculares quando presentes também pode ser importante.
Não existem dados que sugerem que a transmissão de paciente para paciente ou pessoa-a-pessoa
do antrax. Por isso, enquanto as precauções de barreira são recomendadas para todos os
pacientes hospitalizados com antrax, a utilização de medidas de proteção para transmissão por
via inalatória não são indicadas. Precauções de contato devem ser utilizadas em pacientes com
drenos. Os profissionais de saúde ou contatantes domiciliares só devem receber profilaxia pós-
exposição, se for demonstrado que estas pessoas foram expostas a aerosol de antrax ou
partículas de antrax na superfície. Curativos retirados de drenagem, como lesões antraz cutâneo,
devem ser eliminados como resíduos de risco biológico.
Referências
1-Gicks CW et al. An overview of anthrax infection including the recently identified form of
disease?in injection drug users. Intensive Care Med (2012) 38:1092–1104
2-Swartz MN. Recognition and management of anthrax--an update. N Engl J Med 2001;
345:1621.
3- Hendricks KA, Wright ME, Shadomy SV, et al. Centers for disease control and prevention
expert panel meetings on prevention and treatment of anthrax in adults. Emerg Infect Dis 2014;
20.
4- Artenstein AW, Opal SM. Novel approaches to the treatment of systemic anthrax. Clin Infect
Dis 2012; 54:1148.
Carbúnculo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Nota: Se procura pela banda estadunidense, consulte Anthrax (banda); para a pedra
preciosa, consulte Almandina.
Carbúnculo
Lesão na pele causada por carbúnculo
Especialidade Infectologia
Tratamento Antibióticos, antitoxinas[6]
CID-10 A22
CID-9 022
DiseasesDB 1203
MedlinePlus 001325
eMedicine med/148
MeSH D000881
Índice
1Sinais e Sintomas
2Causa
o 2.1Transmissão
o 2.2Virulência
o 2.3Rotas de infecção
3Prevenção
4Tratamento
5Epidemiologia
6História
o 6.1Ataques biológicos
7Referências
8Ligações externas
Causa[editar | editar código-fonte]
O Bacillus anthracis é um bacilo grande Gram-positivo, com cerca de 8 micrómetros por 3,
dispostos aos pares ou individualmente. O B. anthracis, como todos os do seu género,
produz endósporos quando encontra situações de adversidade.
Os esporos do B.anthracis são centrais, aparecendo a meio do bacilo como uma zona
mais clara na técnica Gram.
Tem cápsula antifagocítica e produz dois tipos de toxina principais. A toxina causadora
de edema é composta de uma porção que reconhece o receptor especifico na célula alvo,
sendo internalizada por endocitose, e outra com actividade de adenilato ciclase,
promovendo a secreção de liquidos. A toxina letal é citotóxica.
Transmissão[editar | editar código-fonte]
Os casos humanos de carbúnculo devem-se normalmente ao contato direto com animais
infectados ou com couro, lã ou carne infectados. As vítimas geralmente têm profissões
relacionadas com a manipulação de animais ou de produtos derivados. [17]
Virulência[editar | editar código-fonte]
Prevenção[editar | editar código-fonte]
A vacina utilizada nos Estados Unidos não contém células de B. anthracis e não provoca
Anthrax. A vacina contra o antraz foi licenciada em 1970 e foi revalidada em 2008. Protege
contra a forma cutânea e pulmonar. É recomendada a todos que trabalhem com
herbívoros em países onde o Antraz é mais comum. Essas pessoas devem receber cinco
doses da vacina (no músculo): a primeira dose, quando o risco de exposição potencial é
identificado e as doses restantes em 4 semanas e aos 6, 12 e 18 meses após a primeira
dose.[17]
Tratamento[editar | editar código-fonte]
O tratamento para as infecções de carbúnculo cutâneo e gastrointestinal inclui doses
elevadas de antibióticos como penicilina, tetraciclinas, eritromicina ou cloranfenicol. Nos
casos de infecção pulmonar, o tratamento recomendado é
com ciprofloxacina ou doxiciclina, sendo mais eficaz logo após a exposição. Além disso, a
profilaxia com antibióticos é crucial nos casos de antraz pulmonar, para salvar vidas. [18]
Epidemiologia[editar | editar código-fonte]
Atualmente infecções de carbúnculo são incomuns. Estima-se que em todo o mundo
ocorram entre 2.000 e 20.000 casos por ano humanos, sendo 95% cutâneos. As áreas
mais comuns são o Oriente Médio, partes tropicais da Ásia, toda a África, região andina,
América Central e partes da Europa como Espanha, Irlanda, Suécia e Grécia. Geralmente
infectam pessoas que cuidam e consomem produtos de herbívoros domésticos ou
selvagens como vacas, cabras, ovelhas, camelos e antílopes.[19]
É mais comum em países em desenvolvimento ou em países sem uma política
pública de saúde que ataque o problema, já que as vacinações são a regra nos países
desenvolvidos.
Porém com o Degelo da Sibéria, no ano de 2016, a incidência de carbúnculo (português
europeu)
ou antraz (português brasileiro) na Rússia e na Iacútia acabou aumentando extremamente,
elevando-se a oitava e inclusive com um aumento muito extremo da mortalidade na região.
Isso porque existia na região cadáveres antigos que possuíam resíduos de patógenos da
espécie Bacillus anthracis e pertenciam a pessoas que morreram até 1941, quando a
doença desapareceu da região, por mais que durante esses 75 anos os cadáveres
estavam congelados e dentro de pergelissolo ou permafrost, houve o degelo os cadáveres
com resíduos de Bacillus anthracis passaram a ficar expostos e assim ajudando a espalhar
o patógeno.[20][21] Essa nova onda de antraz na atualidade recente do Século XXI foi
reconhecida através da morte de um menino de 12 anos na Nenétsia por causa do
carbúnculo e a infecção de 20 pessoas e a morte de uma pessoa na região [22]
História[editar | editar código-fonte]
Antrax
A Desciclopédia não é um consultório de medicuzinho.
Por isso, tome vergonha e vá procurar um para fazer seu check-up.
O Antrax é uma doença, mais conhecida como um pozinho (não confundir com drogas)
que você manda para aquela pessoa que enche o teu saco, como o seu vizinho. Essa
doença não é muito perigosa, pois se tratada corretamente, as chances de morte do
infectado caem de 120% para 119,84%.
Ela é causada por micro-organismos produzidos em laboratório com a finalidade de matar,
matar e matar. O Antrax é considerado uma das maiores invenções da humanidade, pois
graças a ele, qualquer um pode se livrar da sogra, do chefe, do valentão da escola,
dos políticos, etc.
Acredita-se que devido ao alto número de vendas de antrax para gente que quer se livrar
de um FDP através de uma carta amorosa até organizações terroristas como
os Teletubbies, os esporos com o antrax estão espalhados pelos 7 continentes,
incluindo Acre e a Camada de Ozônio.
O antrax é muito eficiente nas guerras, pois basta espalhar um pouco do pó que a batalha
está terminada, não importa quanto forem maneiras e incríveis as armas do inimigo.
Porém, o manseio dos esporos deve ser feito com extremo cuidado. Uma das medidas de
segurança é manter o negócio afastado de usuários de droga, que podem confundir os
esporos com outra coisa.
Índice
[ocultar]
História[editar]
Usar homens-bomba é coisa do passado. Agora a moda é usar Antrax.
O surgimento do antrax ocorreu durante muitos anos atrás, mais precisamente no início da
Idade Momentânea Contemporânea. A bactéria que causa essa doença foi primeiramente
planejada em algum laboratório de uma base secreta dos Estados Unidos da América. Os
cientistas desenvolviam um micro-organismo para combater pragas nas plantações
americanas.
Em um certo dia, um dos cientistas pavacilaorticipantes do projeto e espião da Arábia
Saudita decidiu mostrar um recipiente com os esporos em formato de pó para seu
filho, Osaminha. Mesmo com a curta idade, o pequeno Osama percebeu que aquele
negócio se tornaria algo muito importante para seu país. Usando seu kit de química, o
garoto cuidou dos esporos, até eles se desenvolverem.
Outra hipótese diz que a criação do antrax foi mais antiga, acontecendo no período
Paleozóico. Alguns pesquisadores atribuem a uma epidemia de antraz as causas da
extinção dos dinossauros, e não a um asteroide que atingiu o planeta, como afirmam a
maioria dos historiadores. De qualquer forma, a primeira hipótese é a oficial, e ensinada
nas escolas como mais uma matéria inútil que não auxilia
em nadana vida dos vagabundos alunos.
Outra hipótese afirma que o vírus foi criado por russos satãnistas na ilha de
vozrozhdeniya, que por sinal tem o nome de renascimento, estranho? Não tanto quanto a
xereca da sua mãe.
Depois dos esporos estarem prontos, uma mega-operação realizada por organizações
terroristas internacionais misturou o pó do antrax a plantações de coca na Colômbia.
Depois do refino, o antrax se misturava ao outro pó, e assim pôde se espalhar por todo
o mundo. Agora era só esperarem a bactéria fazer o que ela tinha que fazer (matar).
Descoberta[editar]
Um usuário da droga, quando foi aspirar o pó, percebeu que ele estava com uma
consistência diferente. Analizando a substância no microscópio, descobriu o antrax. Mas
não teve tempo de anunciar a descoberta e virar uma estrela no mundo nerd científico,
pois o mesmo morreu. Não se sabe se foi por contaminação ou por overdose.
A primeira pessoa a descobrir o antrax e não morrer, além de seus criadores, foi
um traficante do CV que analizava o sal antes de vender, e viu algo diferente. Como ele
não havia cheirado o negócio, sobreviveu. Quando descobriu o antrax, o bandido negociou
com as autoridades a notícia da descoberta, em troca da libertação dos companheiros que
estavam presos. Devido à enorme eficiência da polícia brasileira, o cara facilmente
enganou os trouxas, não deu informação nenhuma e para piorar os criminosos presos
escaparam.
Desenvolvimento da doença[editar]
Médico cuidando de alguémcontaminado com antrax. Pela sua cara, percebe-se que não é nada de
grave.
A doença começa quando a bactéria de alguma maneira passa pela fiscalização nas
fronteiras e se infiltra no organismo. Geralmente as partes do corpo onde a Canudus
Antracius Fatalus mais facilmente passa são conhecidas como "Ponte da Amizade.
Terminada a parte da infiltração, os esporos ficam ativos, prontos para a ação.
Quando as bactérias saem do sono, elas passam a se multiplicar rapidamente, num ritmo
muito louco. Isso é possível porque um dos genes presentes nesse micro-organismo tem o
mesmo efeito do Viagra, potencializando o desempenho sexual do micróbio, que assim
pode produzir milhares de microbiozinhos.
O problema é que os fluidos expelidos durante essas relações são extremamente
perigosos. Eles tem na sua composição uma mistura de ácido sulfúrico
com urânio radioativo misturado à cocaína (lembre-se que os esporos foram misturados na
droga) e aos outros produtos de má qualidade também presentes junto com a droga (como
pó de mármore).
Com tanta porcaria no organismo, provavelmente você sabe o que acontece. Mas para os
mais burros, aí vai a explicação: Seu corpo não suporta tantas substâncias ruins, e ele
entra em colapso até lhe garantir uma vaga no cemitério. A história é muito triste, mas
essa é a verdade.
Tipos[editar]
O pulmão de alguma pessoa que pegou a forma pulmonar. O que são as manchas roxas, eu não
faço a mínima ideia, por acaso tenho cara de médico?
O antrax pode ocorrer de diversas formas, em vários locais. As diferenças para cada
variação da doença são poucos, já que de qualquer forma o infectado já era.
São 4 formas: Pulmonar, gástrica, cutânea e cerebral.
Pulmonar[editar]
Essa forma da doença é adquirida principalmente por usuários de droga que confundem
cocaína com esporos do antrax. Devido à alta concentração de monóxido
de carbono (vindo da fumaça liberada pelos baseados no ar) nos pulmões, a bactéria se
desenvolve melhor, se reproduz mais depressa, e no final você se ferra.
Quem pega antrax no pulmão, já era, não adianta ir ao médico, fazer macumba, implorar
pela cura, etc. A melhor providência a ser tomada nessa hora é comprar um bom caixão,
reservar uma vaga no cemitério, fazer seu testamento e realizar qualquer besteira que
você sempre quis fazer na sua vida, mas nunca teve coragem; como correr pelado pela
rua.
Gástrica[editar]
Ocorre em quem se alimenta exclusivamente da comida do McDonalds. Como
os animais utilizados para fazer o sanduíche vem de áreas contaminadas pelos esporos,
quase todos os hambúrgueres estão infectados. Os principais sintomas são aumento de
peso, gordura excessiva, vício em comer no McDonals, diarréia e oxiurose.(ETA PORRA).
Se muito bem cuidada na fase inicial, as chances de sobrevivência contra a forma gástrica
aumentam muito, chegando a 5%. Os infecitados, quando descobrirem a doenças, devem
fazer as mesmas recomendações dadas contra a forma pulmonar. Quem quiser procurar
um médico, vá em frente, mas não diga que foi avisado.
Cutânea[editar]
Não, cutânea não vem do que você está pensando, e sim de pele. Essa variação do antrax
atinge pessoas que usam sabonetes infectados. Como agora as empresas de cosméticos
acrescentam nos seus produtos substâncias estranhas, esses casos se multiplicaram
rapidamente.
O principal sintoma é a o avanço da idade da pele, que fica velha. As pessoas
desinformadas na maioria das vezes passam a usar mais cosméticos para combater a
doença, mas isso só piora, já que são eles que causam o problema.
Neurológica[editar]
"Tempo de vida após o contágio: Variável, podendo chegar até 1000 milésimos de
segundo..."
Formas de contágio:
1.Burrice aguda - Existem determinados anormais que vêem um pó qualquer e pensam
que o mesmo seja antrax,a partir daí acontece a intoxicação neurológica.Nela,
esses dals acham que vão bater as botas rápido e acabam fazendo uma bobagem coisa
boa, suicidando.Só na outra vida eles percebem que o suposto antrax era pó de giz,sal ou
então açúcar.E aí "Não adianta chorar o antrax inalado...".
2.Injetando antraz diretamente no cérebro - Drogados muitas das vezes se aventuram
injetando novos "pózinhos mágicos do Bob" em diversas partes do corpo.Quando o
lazarento injeta antrax diretamente no cérebro acontece o contágio do tipo 2.Uma vez
injetado no cérebro, o antrax faz um belo trabalho, não sendo por viés tão ruim assim.Ele
apenas paraliza momentaneamente por 24h as seguintes funções cerebrais:
Motoras
Tactéis
Auditivas
Visuais
Respiratórias
Equilíbrio &
Cardíaca
Resumindo:É uma morte muito boa, e também, veja pelo lado bom, se realmente existir
reencarnação você pode acordar noutra vida sendo um filhote de viadinho,UI. Mas pode
ficar despreocupado se você for normal!A forma neurológica só acontece quando o
indivíduo tem uma doença pré-existente: retardadismo, Q.I baixo, loiras, frequentadores de
academia, drogados,etc e tal.
Tratamento[editar]
O Antrax tem tratamento. Ele consiste em rezar muito, ter uma fé imensa, e acreditar que
tudo dará certo. Não existem remédios para combater a doença, e mesmo se existisse, o
doente morreria antes de tomá-lo. Para quem não tem fé, pode procurar pelo tratamento
no SUS, mas é provável que os profissionais capacitados de lá te levem a um convento.
Arma biológica[editar]
Esse pode ser o novo lar da pessoa que você mais odeia. Para isso, é só mandar um pouco de
antrax para o cara.
Isso que dá confundir cocaínacom antrax.