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Virologia x Odontologia
A equipe BBAO
VIROLOGIA APLICADA A ODONTOLOGIA
Vírus (latim) = veneno
Propriedades
Especificidade de hospedeiro
Especificidade de tecido
Ex: Vírus da hepatite – células hepáticas
Vírus HIV – células de defesa
Superfície externa do vírus (proteínas de ligação)
deve interagir com receptores específicos da
superfície da célula
VIROLOGIA APLICADA A ODONTOLOGIA
Vírion = entidade viral completa e infecciosa
Não são microrganismos e sim patógenos
Componentes dos vírus
Genoma
Apenas um tipo de ácido nucléico (DNA ou RNA)
Armazena as informações genéticas
Corne ou cerne: Aglomerado de proteínas virais, envolvidas na replicação
do vírus e complexadas ao genoma.
Não são constituídos por organelas
Capsídeo
Capa protéica que envolve externamente o genoma
Proteção contra nucleases
Fortemente associada com o ácido nucléico, podendo ser
denominada como nucleocapsídeo
Capsídeo
Monômeros
Protômero Capsômero
de proteínas
CAPSÍDEO
Apresenta sítios específicos na sua superfície, que pode interagir com receptores da
membrana citoplasmática da célula hospedeira e desencadear a infecção viral.
Proteínas são imnuogênicas e induzem o sistema imunológico do hospedeiro.
VIROLOGIA APLICADA A ODONTOLOGIA
Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios
Exceção!
Vírus da hepatite B: seu envoltório tem constituição exclusivamente protéica, o que
dificulta sua inativação.
Resistência por 30 min à temperatura de 100o C
Multiplicação Viral
Necessidade da maquinaria celular do hospedeiro
Parasitas intracelulares obrigatórios
Nem todas as células podem ser infectadas por todos os vírus
ESPECIFICIDADE Células susceptíveis e permissivas
Presença de receptores de membrana para interação inicial
entre vírus e célula do hospedeiro
Célula do hospedeiro deve oferecer condições metabólicas
Multiplicação Viral
Vírus helicoidais
- longos bastões Herpesvírus
- rígidos ou flexíveis
- pode ter envelope
TMV Ebola
Taxonomia e classificação
TMV
Taxonomia e classificação
TMV
Taxonomia e
..
classificação ..
..
D
N
A
..
..
..
R
N
A
TMV
Infecção viral
Infecção aguda
Doença
Doença
Tipos de infecção
Doença
Doença
Doença Não infeccioso Doença
Períodos de infecção
1. PENETRAÇÃO
- Pele, vias respiratórias, corrente sanguínea
2. DISSEMINAÇÃO DO VÍRUS
- Corrente sanguínea, sistema linfático, neurônios.
3. INFECÇÃO TECIDUAL
• Transmissão horizontal
- Contato direto ou indireto
- Veículo: água ou alimentos contaminados
- Vetores
• Transmissão vertical
Doenças virais com manifestações bucais
Vírus causadores de doenças com manifestações bucais
usualmente são dermotrópicos, produzindo lesões
cutâneas com ciclo evolutivo característico
Herpesvírus
Deriva do latim “Herpein”: rastejar, arrastar – causam infecções crônicas, latentes e
recorrentes
Subfamília Alphaherpesvirinae : lesões na pele e mucosas (HHV 1 e 2, vírus varicela-zóster)
Subfamília Beta e Gammaherpesvirinae : manifestações sistêmicas (Esptein-Barr,
citomegalovírus e HHV 6, 7 e 8)
Doenças virais com manifestações bucais
Herpesvírus
Família Vírus
Herpes labial
Herpes simples tipo 1
Herpes genital
Alphaherpesvirinae Herpes simples tipo 2
Catapora/ herpes-
Vírus da varicela -zóster
zóster
Família Linfomas,
Herpesviridae Espstein-Bar (HHV-4)
Betaherpesvirinae leucoplasia pilosa,
Vírus da citomegalia (HHV-5) citomegalia
Herpesvírus tipo 6 (HHV-6)
Exantema mútiplo
Herpesvírus tipo 7 (HHV-7)
Gamaherpesvirinae Nenhum
Herpesvírus tipo 8 (HHV-8)
Sarcoma de Kaposi
Doenças virais com manifestações bucais
Herpesvírus
Podem causar dois tipos de infecções: produtivas e não produtivas
Infecção latente
Excesso de sol, alterações hormonais, debilidade geral podem induzir a saída do genoma
viral do estado de latência, caracterizando os quadros de manifestações recorrentes.
Doenças virais com manifestações bucais
Vírus causadores de doenças com manifestações bucais
usualmente são dermotrópicos, produzindo lesões
cutâneas com ciclo evolutivo característico
Herpesvírus
Herpes simples:
Responsáveis por lesões cutâneas
Penetram no hospedeiro por microfissuras e escariações da pele e mucosas
Herpesvírus
Herpes simples:
Responsáveis por lesões cutâneas
Penetram no hospedeiro por microfissuras e escariações da pele e mucosas
Vírus do herpes simples do tipo 1
Vírus do herpes simples do tipo 2
Herpesvírus
Caracterização das lesões
Aparecimento de uma mácula com leve prurido
Evolução para pápula
Acúmulo de líquido no interior da pápula – formação
de vesícula
Vesícula preenchida por secreção purulenta (pústula) –
estágio mais contagioso pela presença eleveada de
elementos virais no exsudato
Rompimento da vesícula e liberação do exsudato
Formação de crosta
Eliminação da crosta – pele intacta
Doenças virais com manifestações bucais
Herpesvírus
Paramyxoviridae
Casos de infertilidade
Prevenção com vacinação
Hepatite A
Causada pelo vírus da hepatite A (HVA)
Transmissão pela via fecal-oral
Ingestão de água e alimentos contaminados
Período de incubação varia de 2 a 6 semanas (média de 30 dias)
Vírus penetra pelo TGI sem causar infecção aparente, alcança o
fígado e provoca lesões hepáticas
Sinais e sintomas: icterícia, prostração, alteração nos níveis das
enzimas hepáticas, escurecimento da urina e fezes claras
Evolução para quadros crônicos é rara
Hepatites Virais
Inflamação do tecido hepático, desencadeada
por diversos fatores ou por patógenos
Doença extremamente debilitante
Pode ser assintomática
Hepatite A
Medidas profiláticas:
Saneamento básico
Cuidados com preparo de alimentos e água
Hábitos de higiene
Imunização
Hepatites Virais
Inflamação do tecido hepático, desencadeada
por diversos fatores ou por patógenos
Hepatite B
Causada pelo vírus da hepatite B (HVB)
Dentre todos os vírus, é o mais resistente a inativação
Cápsideo altamente organizado, conferindo grande estabilidade ao genoma
Transmissão parenteral, sexual e vertical – contato com sangue
Frequente evolução para quadros crônicos. Pacientes crônicos assintomáticos continuam
eliminando partículas virais nas secreções
Evolução do quadro clínico avaliado por “marcadores virais” – quantificação de proteínas
virais e anticorpos
Medida profilática: imunização e cuidados com a manipulação de fluidos dos pacientes
Hepatites Virais
Inflamação do tecido hepático, desencadeada
por diversos fatores ou por patógenos
Hepatite C
Via de transmissão sanguínea
Maioria das manifestações é subclínica.
Quando há sintomas, são mais brandos em relação a hepatite B
Grande complicação é a cronicidade, podendo evoluir para cirrose
Hepatite D
Causada pelo “agente delta” – partícula viral incompleta que requer a presença de outro vírus para se
multiplicar (VHB)
Via de transmissão sanguínea
Pode evoluir rapidamente para hepatite fulminante
Doenças virais com manifestações bucais
Rubéola
Rubivirus
A transmissão da rubéola congênita (especialmente até 3o mês) pode gerar hipoplasia
do esmalte, lábios e palato com fissurados e irrupção dental retardada.
Citomegalia
Citomegalovírus
Manifestações bucais agudas como gengivite e ulcerações eritematosas nas mucosas.
Vírus apresenta tropismo pelas glândulas salivares, podendo levar à obstrução e xerostomia.
Mononucleose infecciosa
Esptein-Barr
“Doença do beijo”
Associado ao HIV, pode haver leucoplasia pilosa (lesões esbranquiçadas no dorso e
bordas da língua, com aspecto de pêlo às lesões.
AIDS
Síndrome da Imunodeficiência adquirida
Doença que acomete células do sistema imune
Infecção Primária:
Viremia transitória (vírus detectável no sangue por meio da invasão de macrófagos)
Invasão das células do hospedeiro – órgãos linfóides (vírus não detectável no sangue)
A infecção pode permanecer latente por muitos anos sem afetar o funcionamento do SI
Sintomas da primo-infecção: febre, linfoadenopatia, faringite, dores de cabeça
Regressão dos sintomas após 2 meses
Sintomas clínicos da AIDS surgem cerca de 10 anos após a primo-infecção – redução da
população de células CD4+
AIDS
Síndrome da Imunodeficiência adquirida
Doença que acomete células do sistema imune