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Você sabe o que é DNA?

Descubra o que há
em comum entre você e tantos outros seres
vivos
Início/Você sabe o que é DNA? Descubra o que há em comum entre você e tantos outros seres vivos
É possível que você já tenha usado o termo, mas você sabe realmente o que é DNA? Também
conhecido como a molécula da vida, ele está presente em todos os seres vivos e desempenha papel
fundamental em diversas tecnologias que hoje entregam inovações para a sociedade. Ele é a base de
todas as características dos seres vivos, presente nas células de humanos, animais e plantas. Venha
conosco e desvende os segredos do DNA.

O que é DNA
Talvez a primeira coisa que você deva saber é que DNA é uma sigla que sequer está em português.
A palavra é formada pelas letras de deoxyribonucleic  acid. Em português isso quer dizer ácido
desoxirribonucleico ou, como é conhecido em Portugal, ADN.

Mas agora vamos ao que interessa: de fato, o que é DNA?

Trata-se da molécula que contém as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e


funcionamento de todos os seres vivos, seja um ser humano, um cachorro, um pé de alface ou um
fungo. Parece importante, não é?! E é mesmo. Isso porque a função do DNA é armazenar e
transmitir para os descendentes as informações genéticas do organismo.
Sequências de DNA formam os cromossomos. Cada organismo tem um número diferente de
cromossomos. O ser humano, por exemplo, tem 46 (recebemos 23 da mãe e outros 23 do pai).
O gene, por sua vez, é a parte funcional do DNA.

A descoberta do DNA
A estrutura do DNA foi descoberta conjuntamente pelo norte-americano James Watson e pelo
britânico Francis Crick em 7 de Março de 1953. Isso foi tão revolucionário que rendeu aos
pesquisadores, em 1962, o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina, juntamente com o colega
Maurice Wilkins. Saiba um pouco mais dessa história no vídeo abaixo.

Watson, Crick e Wilkins ficaram mundialmente famosos. Mais recentemente, entretanto, veio à tona
a contribuição decisiva que a pesquisadora Rosalind Franklin deu para a descoberta que lhes
rendeu o Prêmio Nobel e pela qual ela não foi reconhecida em vida.

A estrutura do DNA
O DNA tem estrutura dupla hélice (helicodial), que lembra uma escada torcida. As duas hélices, ou
filamentos, são formadas por fosfato (ácido e açúcares) e unidas por substâncias conhecidas como
bases nitrogenadas, que seriam os degraus da escada.
Os pares de bases nitrogenadas são as únicas porções que variam na estrutura do DNA. São elas:

 Adenina (A);
 Timina (T);
 Citosina (C);
 Guanina(G).

Os pares são sempre iguais. A interage com a T


(A-T), e C com G (C-G) ou vice-versa (T-A e G-C) para formar as hélices. Desde o momento em
que entendemos o que é DNA e qual é a sua estrutura, passamos a investigar a origem dos genes, seu
funcionamento e expressão.

Apenas na década de 1980 é que foi possível manipular e combinar, em laboratório, genes de seres
vivos de diferentes espécies desenvolvendo-se a tecnologia de DNA recombinante. Esses foram os
primeiros passos para o desenvolvimento dos transgênicos.

Sequenciamento do DNA
O sequenciamento (ou mapeamento) do DNA (ou do genoma) de um organismo é a técnica utilizada
para determinar o número e ordem das bases nitrogenadas que fazem parte do DNA de um ser vivo.
Quando se diz que um genoma (conjunto completo de genes e demais porções do DNA) foi
sequenciado significa que foi determinada toda a sequência do DNA daquele organismo.

Por meio do sequenciamento do DNA das espécies é possível obter informações sobre a linha de
evolução delas. Isso significa: saber quem tem o DNA mais parecido. Foi isso que ajudou a
descobrir que nosso DNA é 98,5% igual ao dos chimpanzés. Além disso, o mapeamento dos
genomas pode conter informações que ajudem a diagnosticar doenças, a formular novos
medicamentos e a prevenir males que podem vir a se desenvolver.

Projeto Genoma Humano

É o projeto de pesquisa internacional que teve como objetivo mapear o DNA do ser humano.
Financiado pelo governo norte-americano e concluído em 2003, o projeto Genoma Humano
revelou que o nosso DNA é formado por cerca de 20 mil genes, diversas áreas que não são
genes. Tudo isso distribuído em 23 pares de cromossomos.

Depois do projeto, cientistas descobriram que é possível alterar genes que aumentam a nossa
predisposição a determinadas doenças, como alguns tipos de câncer. Ativar ou silenciar o gene
patológico (aquilo que está relacionado com uma patologia, que é um conjunto de sintomas
associado a uma doença).

Você já comeu DNA hoje?


Se você tem olhos castanhos, isso se deve à parte do seu DNA que determina essa característica. Da
mesma maneira, uma alface é crespa por causa de um gene que confere essa característica a ela.
Quando comemos uma alface crespa ingerimos tudo que está nesta alface, inclusive o DNA, que,
como o restante da planta, será digerido pelo nosso organismo.

Ainda que o DNA esteja em muitos dos alimentos que consumimos, algumas pessoas se perguntam
se existe algum risco em consumi-lo. A bióloga, doutora em Ciências Biológicas pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Adriana Brondani, explica que ninguém precisa ficar
preocupado. “O DNA será digerido, assim como os demais componentes dos alimentos”, explica.

E para aqueles que questionam sobre a segurança de ingerir um DNA de um organismo transgênico
é preciso lembrar que DNA é sempre DNA. Ou seja, a digestão é exatamente igual a que fazemos
com um DNA não modificado. Como o Brasil cultiva soja geneticamente modificada há 20 anos e
milho transgênico há mais de uma década, é muito provável que a maioria dos alimentos
processados e bebidas contenham algum derivado desses transgênicos.

Portanto, não há risco na ingestão de DNA de alimentos como plantas ou carnes,

sejam eles transgênicos ou não.

SAIBA MAIS
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Biotecnologia a serviço da alimentação


Interferir na genética dos alimentos é uma prática antiga que foi ficando cada vez mais precisa ao
longo dos anos, principalmente com a descoberta da estrutura do DNA e o advento
da biotecnologia.

Graças à biotecnologia é possível fazer modificações no DNA de plantas, bactérias, fungos, por
exemplo, para que eles ganhem novas características, como resistência a insetos, adição de
nutrientes, capacidade de produzir novas substâncias etc.

As novas variedades obtidas por meio dessas modificações são chamadas de transgênicas porque
tiveram um gene de outro organismo transferido para o seu.

A agricultura é uma das áreas que mais tem se beneficiado com os transgênicos. Hoje é impossível
pensar na produção de alimentos sem eles, pois garantem alimento em quantidade e qualidade
necessária para a demanda crescente da população mundial.

Você sabe o que é DNA? Nunca vi nem comi, só


ouço falar!
Agora que você sabe tudo sobre o DNA, apostamos que você gostaria de vê-lo, não é mesmo?

Nas frutas, apesar de ficar protegido dentro da célula, que é envolta por uma camada de gordura,
essa proteção pode ser destruída com uma espécie de detergente. Depois de rompida a camada de
gordura, o DNA é liberado com tudo que está dentro da célula.

Siga os passos abaixo e faça sua própria extração de DNA de morangos.

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Extração caseira de DNA


Você vai precisar de:

 Alguns morangos maduros (4 ou 5)


 Um saco plástico com fecho do tipo ziplock grande
 2 colheres de chá de sal de cozinha
 900 ml de água
 50 ml de detergente incolor
 Filtro de papel (coador de café)
 1 pote de vidro
 1 tubo de ensaio grande
 1 bastão de vidro ou pau-de-laranjeira (de tamanho compatível com o tubo de ensaio)
 Álcool absoluto gelado

Como fazer:

1. Coloque um morango, previamente lavado e sem as sépalas (as folhinhas verdes) em um


saco plástico.
2. Esmague o morango com o punho por, no mínimo, 2 minutos.
3. Adicione a solução de extração (água, sal e detergente) ao conteúdo do saco.
4. Misture tudo, apertando com as mãos, por 1 minuto.
5. Derrame o extrato no aparato filtrante e deixe filtrar diretamente dentro do tubo. Não encha
totalmente o tubo (encha somente até 1/8 do seu volume total).
6. Derrame devagar o álcool gelado no tubo, até que o mesmo esteja cheio pela metade.
7. Mergulhe o bastão de vidro ou o pau-de-laranjeira dentro do tubo no local onde a camada de
álcool faz contato com a camada de extrato.
8. Mantenha o tubo ao nível dos olhos para ver o que está acontecendo.
DNA
BIOLOGIA
O DNA (ácido desoxirribonucleico) é um tipo de ácido nucleico relacionado com o
armazenamento e transmissão das informações genéticas.
O DNA é um ácido nucleico encontrado, geralmente, na forma de
dupla-hélice.
O DNA (ácido desoxirribonucleico) é um tipo de ácido nucleico que
possui destaque por armazenar a informação genética da grande
maioria dos seres vivos. Essa molécula é formada por nucleotídeos e
apresenta, geralmente, a forma de uma dupla-hélice. Nos
organismos eucarióticos, o DNA é encontrado no núcleo da célula,
nas mitocôndrias e nos cloroplastos. Nos procariontes, o DNA está
localizado em uma região que não é delimitada por membrana,
denominada de nucleoide.

→ Composição do DNA
O DNA é composto por nucleotídeos, os quais são compostos por três
partes:

 Um carboidrato de cinco carbonos (pentose)


 Uma base nitrogenada
 Um ou mais grupos fosfato
No que diz respeito ao açúcar presente no DNA, é verificada a
presença de uma desoxirribose. A desoxirribose é uma pentose que
se diferencia da ribose por possuir uma hidroxila a menos que esse
último açúcar.

Observe as diferentes bases nitrogenadas presentes nos ácidos nucleicos. A uracila não está presente
no DNA.
As bases nitrogenadas possuem um ou dois anéis, que apresentam
átomos de nitrogênio, e estão classificadas em dois grupos: as
pirimidinas e purinas. As pirimidinas possuem apenas um anel de
seis átomos, sendo ele composto de carbono e nitrogênio. Já as
purinas possuem dois anéis: um anel de seis átomos fusionados a um
anel com cinto átomos. Citosina (C), timina (T) e uracila (U) são
pirimidinas, enquanto a adenina (A) e a guanina (G) são purinas.
Das bases nitrogenadas citadas, apenas a uracila não é observada no
DNA.
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→ Estrutura do DNA
O DNA é formado por duas cadeias de polinucleotídeos (fita), que
são constituídas por vários nucleotídeos. Os nucleotídeos são unidos
uns aos outros por ligações denominadas fosfodiéster(grupo fosfato
ligando dois açúcares de dois nucleotídeos). Nessas ligações, um
grupo fosfato conecta o carbono 3’ de um açúcar ao carbono 5’ do
próximo açúcar.
Essa junção dos nucleotídeos forma um padrão típico de repetição de
unidade de açúcar-fosfato, que forma a cadeia principal. A essa cadeia
principal estão ligadas as bases nitrogenadas.

Observe as ligações entre os nucleotídeos e a complementaridade das bases nitrogenadas.


Ao observar as extremidades livres de uma cadeia de
polinucleotídicos, é perceptível que, de um lado, temos um grupo
fosfato ligado ao carbono 5' e, de outro, temos um grupo hidroxila
ligado ao carbono 3'. Desse modo, temos duas extremidades em cada
cadeia: a extremidade 5' e a extremidade 3'.
As duas cadeias de polinucleotídios do DNA formam uma dupla-
hélice. As cadeias principais estão localizadas na porção externa da
hélice, já no interior são observadas as bases nitrogenadas que estão
unidas por ligações de hidrogênio. As cadeias principais apresentam
as direções 5’ → 3’ opostas, ou seja, uma cadeia está no sentido 5' →
3’, e a outra, no sentido 3' → 5’. Em razão dessa característica,
dizemos que as fitas são antiparalelas.
A união entre as bases nitrogenadas é que faz com que as duas
cadeias fiquem unidas. Vale destacar que o pareamento ocorre entre
bases complementares, sendo observada sempre a união de uma base
pirimidina com uma base purina. O pareamento entre as bases só
acontece das seguintes formas:
 Adenina é pareada apenas com timina;
 Guanina é pareada sempre com citosina.
Como as bases são combinadas de maneira específica, podemos
concluir que, na dupla-hélice, uma cadeia sempre será
complementar à outra. Sendo assim, se uma cadeia apresentar a
sequência de bases 5'-ACCGTCCA-3', teremos como cadeia
complementar a sequência 3'-TGGCAGGT- 5'. Podemos concluir,
portanto, que a quantidade de A é a mesma de T e a quantidade de G é
a mesma que C.
O modelo descrito acima para a molécula de DNA é a estrutura
proposta por Watson e Crick, no ano de 1953. O modelo por eles
proposto pode ser comparado a uma escada em caracol, em que as
bases nitrogenadas formariam os degraus, e as cadeias de açúcar e
fosfato formariam os corrimãos.
→ Função do DNA
O DNA é uma molécula extremamente importante para os seres
vivos. São funções do DNA:
 Armazenar e transmitir as informações genéticas.

 Funcionar como molde para a síntese da molécula de RNA. O DNA,


portanto, é fundamental para a síntese de proteínas, uma vez que
contém as informações que comandam a síntese de RNA, e o RNA
coordena a produção desses polipeptídeos (DNA → RNA →
Proteína).

→ Replicação e transcrição
Quando o assunto é DNA, dois processos merecem destaque: a
replicação e a transcrição.Quando falamos em replicação, referimo-
nos ao processo pelo qual cópias idênticas à cópia de uma molécula
de DNA são formadas. Para que esse processo ocorra, o DNA
desenrola-se parcialmente e inicia-se a síntese de uma nova fita a
partir da fita do DNA que será copiada. Esse processo é
considerado semiconservativo, pois o novo DNA formado apresentará
uma fita nova e uma fita do DNA original.
Já o processo de transcrição é aquele no qual o DNA é usado para
a formação de umamolécula de RNA. Nesse processo, o DNA abre-
se em um ponto, e uma das fitas é usada como molde para a síntese de
RNA. À medida que o RNA é transcrito, o DNA é fechado
novamente.
Um ponto interessante a ser destacado é que, durante o processo de
transcrição, quem se emparelha com a adenina da fita molde é
a uracila, uma base nitrogenada encontrada no RNA e ausente no
DNA.

→ Diferença entre o DNA e RNA


Observe as diferenças entre o RNA e o DNA.
O DNA e o RNA são os dois tipos de ácidos nucleicos encontrados
nos seres vivos. Apesar de ambos serem constituídos por subunidades
de nucleotídeos ligados por ligações fosfodiéster, eles apresentam
algumas diferenças básicas. Veja a seguir:
 O DNA apresenta desoxirribose como açúcar, já o RNA apresenta
uma ribose.

 As bases nitrogenadas presentes no DNA são citosina, guanina,


adenina e timina. No RNA, são encontradas a citosina, guanina,
adenina e uracila.

 O DNA apresenta duas fitas, mas o RNA é possui fita simples.

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