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Genética Humana

UNIDADE 1
Unidade 1

Diciplina: GENÉTICA HUMANA

para início de conversa

Olá Prezado(a) aluno(a)!

Seja bem-vindo ao nosso primeiro encontro da disciplina de Genética Humana.

Nesta modalidade de ensino, pretendo que você aprenda os conteúdos da disciplina com autonomia,
dessa forma você deverá estudar o material contido neste guia e no livro texto.

Para que você tenha um bom desempenho, é necessário que haja de sua parte uma importante cooperação,
no sentido do comprometimento para a realização das atividades propostas. Sendo assim, organize-se
para dedicar algumas horas de sua semana para cumprir as tarefas de forma adequada.

Orientações da Disciplina

O conteúdo deste material apresenta uma introdução à genética, para que você compreenda o ensino
enfatizado na disciplina. Entretanto, o estudo pode ser enriquecido com a leitura da bibliografia indicada,
pois ela poderá, eventualmente, ajudá-lo na captação do assunto e facilitar sua atuação nas avaliações
previstas.

Não esqueça: abuse das anotações e dos comentários sobre o texto. Para isso, elabore um resumo.
Depois, uma boa estratégia para fixar os conteúdos estudados é compartilhar as suas anotações e
questionamentos com os colegas e tutores.

Esta unidade proporcionará o contato com importantes fundamentos, definições, características e


curiosidades sobre a disciplina de Genética. As informações talvez representem novidades para você,
então procure contextualizar as discussões dentro da sua própria realidade. Os conceitos aos quais
você terá acesso são bastante difundidos, e entendemos ser de suma importância apresenta-los, pois o
acompanharão durante todo o processo de formação profissional.

Nesta perspectiva, surge a pergunta:- Por que estudar genética? A genética, como nenhuma outra disciplina
científica, é central para vários aspectos de interesse humano, uma vez que os processos genéticos são
fundamentais para a própria vida. As questões de genética parecem surgir em nossa vida cotidiana, e
nenhum ser pensante pode ignorar suas descobertas. A ciência da genética enfoca um material que liga
gerações e explica as similaridades e diferenças entre organismos. Perceba, então, como essa disciplina
é importante.

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Esta ciência enfoca um material que influencia a maneira como os organismos se desenvolvem, funcionam
e se comportam. Em resumo, como eles vivem. Entretanto, antes de iniciar o seu estudo é fundamental
que compreenda/relembre o conceito e a evolução histórica de nosso objeto de estudo nesta disciplina,
ou seja, da Genética Humana.

Espero que goste desta experiência impar e que futuramente essa informações sejam bem aproveitas em
sua caminhada acadêmica.

Preparado? Então vamos lá

O QUE É GENÉTICA?

??? Você sabia?

Você sabia que alguns a definem como o “estudo da hereditariedade”? Pois é, mas os
fenômenos hereditários já eram do interesse dos humanos muito antes da existência
da biologia ou genética como as disciplinas científicas que conhecemos hoje.

As pessoas tinham uma compreensão intuitiva de que algum tipo de material passava dos genitores para
a prole durante a reprodução e afetava a características da prole. Encontrando esse material hereditário,
as pessoas poderiam explicar porque um genitor e seu filho podiam ter um mesmo tipo de nariz ou a
mesma cor dos olhos e porque os irmãos tendem a ser parecidos.

Fique atento!

Você precisa saber que o material hereditário é uma ligação física entre gerações. A prole
recebe de seus genitores, que o receberam de seus pais, e assim em diante. Contudo
a prole não é uma replicação exata de seus pais, e os irmãos não são exatamente
iguais. Alguns aspectos do material hereditário devem contribuir para as diferenças
entre os indivíduos, mesmo parentes próximos. Assim, o material hereditário explica
similaridades entre indivíduos, mas também permite diferenças entre eles.

Volte ao passado e comece a imaginar. O ponto de partida da genética foi o jardim de um mosteiro da
Europa Central na década de 1860, quando um monge agostiniano chamado Gregor Mendel , realizou
uma série de experimentos com ervilhas de jardim durante uma década. O trabalho de Mendel mostrou
que as características dos seres vivos são transmitidas dos genitores para a prole de maneira previsível.
Esse monge concluiu que as características das ervilheiras são controladas por unidades descontínuas de
herança, que hoje chamamos de genes.

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Palavras do Professor

Talvez você esteja se perguntando: - Mas o que é um gene? Um gene é um trecho de uma molécula de
ácido desoxirribonucleico, abreviado como DNA. A palavra genética vem do grego genetikós (capaz de
procriar), gene é o radical que contém o significado da palavra.

Fonte: http://res.cloudinary.com/dk-find-out/image/upload/q_80,w_1440/A-Alamy-DG0PF5_bnhdua.jpg

Mendel estudou vários genes nas ervilhas de jardim. Cada um desses genes está associado a características
diferentes, por exemplo, altura da planta, ou cor da flor, ou textura da semente.

Ele descobriu que tais genes existem em formas diferentes, que hoje chamamos de alelos. Uma forma do
gene para altura por exemplo, permite que as ervilhas cresçam mais de dois metros; outra forma limita
seu crescimento para cerca de um metro. Mendel propôs que as plantas de ervilhas levavam duas cópias
de cada gene.

Essas cópias podem ser iguais (indivíduos homozigotos) ou diferentes (indivíduos heterozigotos). Durante
a reprodução, uma das cópias é aleatoriamente incorporada a cada célula sexual ou gameta. Os gametas
femininos (ovócitos) se unem aos gametas masculinos (espermatozoides) na fertilização para produzir
células únicas, chamadas zigotos, que se desenvolverão em novas plantas.

Leitura complementar

Meu caro(a), para que fique claro em sua mente o real significado de gene e alelo, é
interessante que você acesse os seguintes links (leitura obrigatória): Link 1 e Link 2.

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Nesses sites você encontrará informações objetivas acerca do assunto.

Guarde essa ideia!

Dando continuidade, é extremamente importante que você entenda que os diferentes alelos podem
produzir dissimilaridade nos aspectos observáveis, ou fenótipo, de um organismo. Também é relevante
saber que o conjunto de alelos para uma dada característica é chamado de genótipo e o complemento
básico de DNA de um organismo é chamado de genoma.

As células somáticas da maioria dos animais e plantas contém duas cópias de seu genoma, esses
organismos são diploides. As células da maioria dos fungos, algas e bactérias contém apenas uma cópia
do genoma; são organismos haploides. O próprio genoma é feito de uma ou mais moléculas extremamente
longas de DNA organizadas em cromossomos. Nas células diploides, cada cromossomo e seus genes
componentes estão presentes duas vezes.

Veja o vídeo!

Neste momento, é interessante que você pare um pouco a leitura e visualize um vídeo
de aproximadamente 47 minutos produzido pela Science, que relata o histórico e as
maiores descobertas no ramo da genética. O vídeo encontra-se disponível no seguinte
link. Espero que você goste e aproveite esta indicação.

Palavras do Professor

Agora que você já sabe a história da genética e descobriu conceitos importantes para o desenrolar da
disciplina, podemos dar continuidade ao assunto e seguir para o nosso próximo ponto de interesse.
Até aqui você já ouviu falar sobre o DNA, mas o que foi apresentado ainda é muito superficial para a
complexidade desta molécula.

Então eu pergunto a você :- Qual a estrutura do DNA? Quais os elementos que o formam? E se você já
ouviu falar de DNA, o que seria então o RNA? Se você ainda não sabe responder a esses questionamentos,
não se preocupe, pois a partir de agora iniciaremos um estudo aprofundado do DNA e do RNA e suas
composições químicas e estruturas moleculares.

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COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ESTRUTURA DO DNA E DO RNA

Acesse o Ambiente Virtual

Caro(a) estudante, antes de dar início a esse novo tópico, peço que você se dirija ao seu
livro texto e faça uma leitura da página 2 até a página 11. Nestas páginas encontram-se
importantes informações a cerca do assunto será abordado.

Veja o vídeo!

Para complementar o estudo, você pode ainda visitar o seguinte link. Este vídeo tem
aproximadamente 12 minutos e contém informações acerca das diferenças encontradas
entre o DNA e o RNA.

Espero que até agora esteja tudo bem com seus estudos, lembre-se que o seu tutor estará aguardando a
sua sinalização para lhe ajudar com qualquer dúvida. Vamos então continuar.

Dando continuidade, há uma informação que você precisa saber a respeito dos genes. Eles são constituídos
de substâncias chamadas de ácidos nucleicos, que são as maiores moléculas encontradas no mundo vivo.
Os ácidos nucléicos são responsáveis pelo controle dos processos vitais básicos em todos os seres. Essas
moléculas foram denominadas de “ácidos nucléicos”, porque se acreditava que fossem encontradas
apenas no núcleo das células. Atualmente sabe-se que os ácidos nucléicos também são encontrados nos
cloroplastos e nas mitocôndrias.

Os ácidos nucleicos são feitos de blocos estruturais elementares chamados nucleotídeos. O grande
impacto no estudo dos ácidos nucleicos veio em 1953 quando James Watson e Francis Crick deduziram a
maneira como os nucleotídeos são organizados.

Cada nucleotídeo tem três componentes: (1) uma molécula de açúcar; (2) uma molécula de fosfato, que tem
propriedades químicas ácidas; e (3) uma molécula contendo nitrogênio, que tem propriedades químicas
levemente básicas.

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Estrutura de um nucleotídeo
Fonte: http://sereduc.com/6KJpdz

??? Você sabia?

Caro(a) aluno(a), você sabia que existem dois tipos de ácido nucleico: o RNA e
o DNA? No Ácido Ribonucleico, ou RNA, o açúcar constituinte é a ribose, no ácido
desoxirribonucleico, ou DNA, o açúcar constituinte é a desoxirribose. No RNA ou no
DNA, um nucleotídeo é distinto do outro por sua base nitrogenada. Ocorrem dois
tipos de bases nitrogenadas: as púricas, que apresentam dois anéis; e, as pirimídicas
apresentam um só anel.

Na formação dos ácidos nucléicos as bases púricas se combinam com as pirimídicas da seguinte forma:

No DNA

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No RNA

Watson e Crick propuseram que os nucleotídeos são ligados, um ao outro, em uma cadeia. As ligações são
formadas por interações químicas entre o fosfato de um nucleotídeo e o açúcar do outro nucleotídeo. As
bases contendo nitrogênio não estão envolvidas nessas interações. Assim, uma cadeia de nucleotídeos
consiste em um arcabouço de fosfato-açúcar ao qual as bases se ligam, uma base a cada açúcar no
arcabouço. De uma extremidade a outra da cadeia, as bases formam uma sequência linear característica
desta cadeia particular.

Guarde essa ideia!

É importante que você saiba que Watson e Crick ainda descobriram que as moléculas
de DNA consistem em duas cadeias de nucleotídeos. Tais cadeias são mantidas unidas
por atrações químicas fracas entre pares de bases nitrogenadas particulares. Devido
a estas regras de pareamento de bases, a sequência de uma cadeia de nucleotídeos
uma molécula de DNA pode ser prevista pela outra. Neste caso, então, as duas cadeias
de uma molécula de DNA são complementares. O dois filamentos de uma molécula
de DNA apresentam uma configuração helicoidal. Tais moléculas helicoidais podem
ser extraordinariamente grandes. Algumas contém centenas de milhões de pares de
nucleotídeos, e seu tamanho de uma extremidade a outra excede a 10 centímetros. Não
fosse extremamente fina (cerca de centésimo de milionésimo de um centímetro), nós
seríamos capazes de vê-las a olho nu.

Dica

Neste momento você precisa parar e prestar atenção para a seguinte informação;
o RNA, como o DNA, consiste em nucleotídeos unidos um ao outro em uma cadeia.
Entretanto, ao contrário do DNA, as moléculas de RNA geralmente são unifilamentares.

Os RNA podem ser agrupados em duas classes gerais. Uma classe de RNA é intermediária no processo
de decodificação dos genes em cadeias polipeptídicas. Chamaremos estes RNA “informacionais” de RNA
mensageiros, pois eles passam a informação como um mensageiro, do DNA para a proteína. Na minoria
restante de genes, o próprio RNA é o produto funcional final. Nos referiremos a estes RNA como “RNA
funcionais”.

RNA mensageiros (mRNA): Para a maioria dos genes, o mRNA é apenas um intermediário necessário para
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a síntese de uma proteína, que é o produto funcional final que influencia o fenótipo.

RNA funcionais: Se enquadram em uma variedade de classes que desempenham diversos papéis. Eles
nunca são traduzidos em polipeptídeos. Cada classe de RNA funcional é codificada por um pequeno
número de genes. Entretanto, embora o número de genes que os codificam sejam relativamente poucos,
alguns RNA funcionais contribuem para uma grande porcentagem de RNA na célula, porque eles são
tantos estáveis quanto transcritos em muitas cópias.

• RNA transportador (tRNA) - são responsáveis por trazer o aminoácido correto para o mRNA no
processo de tradução;
• RNA ribossômico (rRNA) - são os principais componentes dos ribossomos, que são grandes
máquinas macromoleculares que guiam a montagem da cadeia de aminoácido pelo mRNA e
tRNA.
• RNA pequenos nucleares (snRNA) - são a parte de um sistema que processa os RNA transcritos
em células eucarióticas. Alguns snRNA guiam a modificação de rRNA. Outros se unem a várias
subunidades proteicas para formar o complexo de processamento de ribonucleoproteínas
(chamado spliceossomo) que remove os íntrons dos mRNA eucarióticos.
• Micro-RNA (miRNA) - são unifilamentares curtos, com 20 a 22 nucleotídeos, que são cortados em
precursores pequenos em forma de grampo e bloqueiam a expressão de mRNA complementares
ou parcialmente complementares causando sua degradação ou reprimindo sua tradução.

Fique atento !

Fique atento! Agora iremos sintetizar o que foi visto, apresentando as principais características do DNA
e do RNA:

• DNA
• Apresenta-se como fita dupla, formando uma dupla hélice (modelo de Watson e Crick);
• Apresenta a pentose desoxirribose com exclusividade;
• Apresentam a base nitrogenada “Timina” com exclusividade;
• Promove a Duplicação ou Replicação: Sintetiza cópias idênticas de si mesmo;
• Promove a transcrição: Sintetiza moléculas de RNAm (mensageiro);
• O DNA é encontrado em maior quantidade no núcleo (na cromatina) que no citoplasma
(nas mitocôndrias e cloroplastos).

• RNA
• É sintetizado pelo DNA;
• É constituído por fita única de nucleotídeos;
• Apresenta o açúcar ribose em seus nucleotídeos, em vez da desoxirribose encontrada
no DNA;
• A base piramidina uracil está presente em lugar da timina.

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Palavras do Professor

Bom, agora que você já viu as características do DNA e do RNA, creio que é mais
fácil responder as perguntas realizadas anteriormente. Sendo assim, pegue uma caneta
e um papel e responda as seguintes perguntas: Qual a estrutura do DNA? Quais os
elementos que o formam? Qual a estrutura do RNA? Quais as principais diferenças
entre o DNA e o RNA?

Tendo respondido as perguntas, podemos passar para o nosso próximo objeto de estudo. Continue atento
a explicação e não esqueça de anotar as principais informações.

REPLICAÇÃO DO DNA

Veja o vídeo!

Querido(a) aluno(a), você sabe me responder o que é a replicação do DNA? Se não, não
se preocupe! A partir de agora entraremos no extraordinário processo de replicação.
Antes, contudo, você precisa acessar um vídeo de aproximadamente 7 minutos a partir
do link. A visualização do vídeo é de natureza obrigatória. Espero que goste.

Você já pôde perceber que a própria estrutura da molécula de DNA sustenta uma das funções essenciais
do gene, que é a de ter diversidade de estrutura para regular os processos vitais, isto é, ser capaz de existir
ou possuir informação para o desenvolvimento de todos os tipos de órgãos, tecidos, células e processos
bioquímicos que caracterizam as espécies. No entanto, esta molécula que é o material genético, necessita
ter a habilidade de replicar a si mesma, realizando a sua autoduplicação exata, ou seja, sintetizar a si
mesma.

Quando Watson e Crick deduziram a estrutura de dupla hélice do DNA com seu pareamento complementar
de bases, eles imediatamente reconheceram que a especificidade do pareamento de bases poderia
fornecer o princípio fundamental para um mecanismo simples de duplicação do DNA. Se os dois filamentos
complementares de uma dupla hélice se separam, por rompimentos das pontes de hidrogênio de cada
par de bases, cada filamento parental poderia dirigir a síntese de um novo filamento complementar
por causa das exigências específicas de pareamento de bases. Isto é, cada filamento poderia funcionar
como um molde, um único filamento de DNA que especifica a sequência de nucleotídeos de um novo
filamento complementar. A adenina, por exemplo, no filamento parental, serviria como um molde para a
incorporação de timina no filamento complementar. Este mecanismo de replicação do DNA é chamado
replicação semiconservativa porque cada um dos filamentos complementares da dupla hélice parental é
conservado durante o processo.

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Como colocado acima, a replicação correta do DNA (também chamada de autoduplicação, duplicação
ou síntese de DNA) é essencial para transmitir a informação genética às células filhas, originadas pela
divisão celular. A replicação ocorre antes da divisão celular, seja uma divisão mitótica ou meiótica. Observe
a figura:

Fonte: http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2007/10/replicacao-de-DNA.jpg

Bom , até aqui você viu um pouco sobre a replicação do DNA, o que precisa ser entendido a partir de agora
é para que haja o processo de duplicação é preciso de um desenrolamento parcial da dupla hélice, seguido
pelo rompimento das pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas, o que propicia o afastamento dos
filamentos do DNA (abertura da molécula do DNA), dando origem à chamada forquilha de replicação, local
de síntese das novas moléculas de DNA.

Surge então a pergunta: Onde se inicia a replicação do DNA ao longo do cromossomo? Há somente uma
origem ou a síntese de DNA se inicia em mais de um ponto? O ponto de origem ocorre em local aleatório,
ou ele ocorre em uma região específica na extensão do cromossomo? O segundo aspecto é: uma vez
iniciada, a replicação prossegue em uma só direção ou em ambas as direções, a partir da origem? Em
outras palavras, a replicação é unidirecional ou bidirecional?

Note que este processo de separação dos filamentos inicia em pontos específicos, os chamados pontos
de origem da replicação ou replicons, a partir dos quais começa a síntese do DNA (Fig. 5). Esta origem
de replicação é única em procariontes e múltipla em eucariontes (uma célula de mamífero possui de
50.000 a 100.000 replicons). Ao ocorrer a abertura do DNA nos pontos de origem, forma-se uma bolha de
replicação. Nos eucariontes, ocorre a formação de várias bolhas de replicação sobre a cadeia de DNA, as
quais vão aumentando de tamanho até coalescerem, ou seja, até se unirem em uma só.

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Fonte: http://sweetpics.site/d/dna-replication-steps.html

Voltando ao nosso raciocínio, o processo de replicação do DNA ocorre em ambas as direções na bolha de
replicação é, portanto, bidirecional. Assim, em cada extremidade da bolha de replicação, forma-se uma
forquilha de replicação, que são os locais onde estão ocorrendo a síntese e onde se encontram as enzimas
e proteínas essenciais para este processo.

A medida que a DNA polimerase III se move para adiante, a dupla hélice está continuamente se
desenrolando adiante da enzima para expor outros trechos de filamentos únicos de DNA que irão atuar
como moldes. A DNA polimerase III atua na forquilha de replicação, a zona onde a dupla hélice está se
desenrolando. Entretanto como a DNA polimerase sempre adiciona nucleotídeos na ponta crescente 3’,
apenas um dos filamentos com polaridade inversa pode servir como molde para a replicação no sentido da
forquilha. Para este filamento, a síntese pode ocorrer de modo contínuo no sentido da forquilha.

A síntese no outro filamento molde ocorre no sentido “errado”, pois neste filamento o sentido 5’ para 3’
da síntese está distante da forquilha de replicação. A natureza da maquinaria de replicação requer que
a síntese de ambos os filamentos ocorra na região da forquilha de replicação. Portanto, a síntese que se
move se afastando da forquilha não pode durar muito. Ele deve ser em curtos segmentos: a polimerase
produz um segmento, então move-se para trás para a ponta 5’ do segmento, onde a forquilha crescente
expôs um novo molde, e começa novamente o processo. Os trechos curtos (1000 a 2000 nucleotídeos) do
filamento de DNA recém sintetizados são chamados de fragmentos de Okazaki.

Agora, observe que a DNA polimerase pode ampliar uma cadeia, mas não começa-la, portanto, a síntese
do filamento deve ser iniciada por um primer, ou uma curta cadeia de nucleotídeos, que se liga ao filamento
molde para formar um segmento de DNA dúplice. Os primeiros são sintetizados por um conjunto de
proteínas chamado primossomo, do qual o componente central é uma enzima chamada primase, um tipo
de RNA polimerase. A primase sintetiza um trecho curto de RNA complementar a uma região específica
do cromossomo.

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Fique atento!

Você deve notar que uma DNA polimerase diferente, a poli I, remove os primers de
RNA e preenche os espaços resultantes com DNA. Outra enzima, a DNA ligase, une a
ponta 3’ do DNA preenchedor de espaço a ponta 5’ do fragmento de Okazaki posterior.
O novo filamento assim formado, é chamado de filamento de replicação descontínua
(lagging). A DNA ligase une os pedaços quebrados do DNA catalisando a formação
de uma ligação fosfodiéster entre a ponta 5’fosfato de um fragmento e o grupo 3’-OH
adjacente de outro filamento.

Nosso assunto de replicação encerra por aqui. A partir de agora, daremos início a um novo assunto, a
síntese proteica.

Mai uma vez lhe pergunto, você conversou com seu tutor? Não esqueça que ele lhe espera para lhe ajudar
no que for preciso.

SÍNTESE PROTEICA: TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO

Acesse o Ambiente Virtual

Estamos chegando ao final da nossa unidade, mas ainda existem importantes conceitos
que precisam ser abordados para que você possa compreender os assuntos futuros.
Antes de iniciarmos a abordagem da síntese proteica, indico a leitura do nosso livro
texto da página 18 até a página 29, lá você encontrará importantes subsídios para o
assunto em estudo.

Para darmos início ao tema, você deve entender que o problema central que se apresenta na expressão
gênica através da síntese proteica é a transferência sem erro da informação contida no DNA para uma
sequência de aminoácidos. Como os ácidos nucléicos são formados por nucleotídeos e as proteínas por
aminoácidos, o processo se resume basicamente na conversão de urna sequência de nucleotídeos em uma
sequência de aminoácidos. O código para esta conversão está contido no mRNA, sendo complementado
pelo tRNA.

Convencionou-se chamar de códon ao trio de nucleolídeos do RNA mensageiro que é complementar e,


portanto, reconhecido pela sequência de três nucleotídeos do RNA de transferência, chamada anticódon.
Estes dois RNAs se prendem por ligações químicas fracas (pontes de hidrogênio) que se formam entre as
bases do trio nucleotídico do códon e as do trio complementar do anticódon.

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O RNA possui apenas quatro bases diferentes, porém existem cerca de 20 aminoácidos formando as
proteínas. Isto levou à suposição, experimentalmente comprovada, de que o código genético é escrito
com três bases para cada aminoácido. São os códons de terminação UAA, UAG e UGA. O códon AUG,
conhecido como códon de iniciação, é parte do sinal para início da cadeia polipeptídica. Isso quando ele
está localizado na extremidade do mRNA; quando está situado em outra posição na molécula do mRNA,
codifica o aminoácido metionina.

Dicas

É importante que você note que o código genético é universal, sendo o mesmo para todos os organismos
procariontes e eucariontes. A síntese proteica é um dos processos bioquímicos mais complexos que
ocorrem nas células e como é fácil perceber, de extrema importância biológica. Calcula-se que são
necessárias cerca de 200 proteínas diferentes para que a célula possa produzir moléculas proteicas.

Agora, é necessário que você redobre a atenção. Observe que a síntese de proteínas é dividida em
algumas etapas, a primeira etapa é produzir um filamento de RNA cuja sequência de bases se ajuste a
um segmento do DNA, as vezes seguido de modificações deste RNA para prepara-lo para seus papeis
celulares específicos. Assim, o RNA é produzido por um processo que copia a sequencia de nucleotídeos
do DNA. Esse processo é chamado de transcrição. Por esse motivo, a RNA-polimerase também é chamada
transcriptase. Existe uma enzima que realiza o processo inverso, isto é, a produção de DNA a partir de um
modelo de RNA: é a transcriptase reversa.

Veja o vídeo!

Para que você entenda melhor como ocorre a transcrição, indico um filme de
aproximadamente 2 minutos, que pode ser encontrado no seguinte link. Espero que
goste.

Caro(a) estudante, o próximo passo é a ativação dos aminoácidos por ATP, seguida pela combinação do
grupo carboxila do aminoácido com o respectivo tRNA. Cada aminoácido é ativado por uma sintetase
que tem especificidade dupla: para o aminoácido e para os respectivos tRNAs. Depois da aminoacilação
do tRNA, os eventos da síntese proteica passam a ter lugar nos ribossomos. Os ribossomos oferecem
locais onde os outros componentes da síntese proteica se colocam em posição que torna possível ao
código genético contido no mRNA ser traduzido corretamente, formando-se uma cadeia polipeptídica.
A síntese proteica se continua com a ligação do aminoaciladenilato mais o tRNA iniciador à subunidade
menor do ribossomo. Em seguida, o RNA mensageiro junta-se ao complexo formado pela subunidade
ribossômica menor + tRNA + GTP, de modo que o códon de iniciação, AUG, interage com o anticódon da
tRNA, formando-se assim o complexo de iniciação. Em seguida, a subunidade maior (50S) do ribossomo
junta-se a esse complexo. É interessante notar que o tRNA liga-se à subunidade ribossômica menor sem
interferência do mRNA, que só é adicionado posteriormente.

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??? Você sabia?

Você sabia que sempre que sai um aminoácido, já inserido na nova cadeia polipeptídica,
há transferência do que ficou no ribossomo para o sítio de saída (sítio P), ficando vazio o
sítio de entrada (sítio A)? Pois é, o alongamento da cadeia polipeptídica se continua até
o ribossomo encontrar, no mRNA, um código ou trio de terminação, o que determina
a liberação do último aminoácido e a separação das duas subunidades ribossômicas,
que podem ser usadas novamente para produzir outras novas cadeias polipeptídicas.

Os polirribossomos se formam porque vários ribossomos traduzem simultaneamente a mesma molécula de


mRNA, cada ribossomo dando origem a uma cadeia polipeptídica igual à originada nos outros ribossomos
ligados ao mesmo mRNA. Pode ocorrer uma amplificação da informação gênica durante a tradução,
dependendo principalmente da duração da molécula de mRNA.

Veja o vídeo!

A tradução, como foi vista, é o processo de produção de proteínas. Como um auxílio


para a fixação do conhecimento, visite o seguinte link. O vídeo tem aproximadamente
4 minutos.

Ufa, Parabéns! Você conseguiu concluir mais um tópico da unidade, entretanto nos restam ainda alguns
conceitos importantes a respeito da divisão celular. Então não pare por aqui, dê continuidade aos estudos
para que haja êxito no seu crescimento acadêmico.

DIVISÃO CELULAR

Nosso assunto em questão agora é a divisão celular. Mas, pra você, o que é divisão celular? Como ela ocorre?
Aonde ocorre? Acredito que você já ouviu falar no assunto. Dentre as muitas atividades desempenhadas
pelas células vivas, a divisão é a mais incrível. Uma célula pode dividir-se em duas células, cada uma das
quais também podem dividir-se em duas, e assim em diante ao longo do tempo, para criar uma população
de células chamadas clone. Dentro de um clone, todas as células são geneticamente idênticas. A divisão
celular é parte integral do crescimento de organismos multicelulares e é também a base da reprodução.

Acesse o Ambiente Virtual

Querido(a) aluno(a), o seu livro texto trata com bastante fidedignidade a respeito do
assunto, então conto com sua participação para a realização da leitura do mesmo,
da página 29 até a página 46. Após a leitura, retorne ao seu guia de estudos, para
prosseguirmos com o tema.

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Agora que você já estudou o que é divisão celular, iremos sintetizar o que foi visto para o seu melhor
entendimento. Você observou que cada vez que uma célula se divide ela passa por uma série de fases
coletivamente que formam o ciclo celular. A célula eucariótica pode reproduzir-se por dois processos:
mitose e meiose.

O ciclo celular corresponde ao tempo de geração da célula, isto é, ao período entre duas reproduções
celulares. Ele é divido entre intérfase e mitose. A duração do ciclo celular varia em função do tipo de
célula. Em geral, a intérfase é mais demorada que a mitose, correspondendo aproximadamente 90% do
ciclo celular. É o período compreendido entre duas divisões celulares consecutivas. O núcleo interfásico
apresenta carioteca, nucléolo e cromatina bem característicos. É durante a intérfase que a célula se
prepara para a divisão, tendo como evento mais marcante a duplicação do material genético. A intérfase
é subdividida em três períodos: G1, S e G2.

• G1: transcrição de RNA e síntese de proteínas.


• S: replicação do DNA e duplicação dos filamentos de cromatina.
• G2: transcrição de RNA e síntese de proteínas.

Veja o vídeo!

No livro texto você viu que a mitose é o tipo de divisão em que uma célula dá origem
a duas células-filhas com o mesmo número de cromossomos da célula inicial. Para
complementar o que já foi visto, acesse o link, onde se encontra um vídeo de
aproximadamente 10 minutos, relatando as fases da mitose. Espero que goste.

Diferente da mitose, o processo de meiose é o tipo de divisão em que uma célula origina quatro células-
filhas com a metade do número de cromossomos da célula inicial. A meiose é, portanto, um processo
importantíssimo para a manutenção da carga genética das espécies e ocorre na formação dos gametas.

Através deste processo, células diplóides podem originar células haplóides, o que se faz através de duas
divisões sucessivas. A primeira delas, uma divisão reducional, pela qual uma célula diplóide origina duas
células haplóides (com redução dos cromossomos) e a outra, uma divisão equacional, em que cada uma
das células haplóides resultantes da primeira divisão origina duas outras, porém com mesmo número de
cromossomos.

Veja o vídeo!

Agora que você já entendeu os dois processos de divisão celular, é de grande importância
que você complemente o seu estudo visualizando um vídeo de aproximadamente 5
minutos, disponível no link.

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Palavras do Professor

Caro(a) aluno(a), chegamos ao final da unidade. Neste guia de estudo, você entrou em contato com
fundamentos essenciais para a sua vida acadêmica e profissional. Vimos que os seres vivos contém uma
substância descrita como o seu material genético e compreendemos as diferenças entre o RNA e o DNA.
Além disso, foi observado que na continuidade genética das células, estão envolvidos dois processos
principais, a mitose e a meiose, e anteriormente a essas divisões observamos o processo de transcrição
e tradução.

O nosso anseio é que tenhamos alcançado o objetivo inicial que é a otimização na construção do
conhecimento.

Agora, não deixe a matéria acumular, é hora de realizar as atividades propostas. Se você deixar para
estudar em um único dia, poderá não dar conta da carga de trabalho. Procure aproveitar seus horários
vagos.

Organize-se e mãos à obra.

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