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Não sei exatamente quem é o autor (ou autores) de tais perguntas, mas muitas delas
são muito mais relacionadas a concepções filosóficas do que realmente científicas.
Nota-se ao observa-las que há muitos erros de português (de concordância), e por
vezes recheadas de concepções errôneas e fictícias a respeito da evolução. Há também
perguntas repetidas ou que foram respondidas anteriormente em outras questões.
Acredito que o autor, ou autores, de tais perguntas pouco conhece a parte técnica da
biologia evolutiva uma vez que muitos de seus exemplos são meramente hipotéticos e
por vezes levianos demais. Algumas questões demonstram claramente que o autor
não pesquisou previamente na literatura científica para verificar se a construção da
pergunta estava de acordo com os modelos científicos propostos pela evolução
biológica. Sendo assim, resolvi responde-las brevemente uma vez que algumas delas
necessitariam de grandes textos explicando detalhadamente determinados processos
evolucionários. Assim, para evitar um texto ainda maior, respondi-as sucintamente.
01 – Supondo que sua mente seja o resultado de processos não guiados por meio
da seleção natural, como você sabe que a seleção natural produziu a sua mente?
A seleção natural é um fenômeno natural constatável pela ciência, seja por casos
onde bactérias sobrevivem a ação de determinados antibióticos, ou insetos ganhando
resistência a determinados princípios ativos. Não há razão para pressupor que a
sobrevivência por aptidão ou descendência com modificação ocorre nos animais e na
espécie humana não. Vale destacar que as mutações não são guiadas, portanto,
aleatórias embora certas partes do DNA tenham maior probabilidade de sofrerem
processos de mutação. DNA altamente condensado tem menos chances de sofrerem
com mutações. Sendo assim a mutação é aleatória, a seleção natural não, ela faz parte
da luta pela vida.
Existem diversos outros exemplo, com borboletas, bactérias e peixes e como DNA
mitocondrial e outras evidencias evidenciam claramente processos de especiação.
03 – Como se deu o surgimento dos órgãos sexuais nos seres vivos machos e
fêmeas?
Saiba mais Mammalian sex—Origin and evolution of the Y chromosome and SRY
entre 32,3 e 33,8ºC nascem machos. Em plantas esse equilíbrio ocorre com as
plantas monóicas.
07 – De que forma se deu o aparecimento das diferenças dos órgãos sexuais entre
seres vivos?
Essa afirmação é falsa, nem todos os grupos biológicos surgem da mesma forma. A
evolução e origem das espécies pode ocorrer de diversas formas, sob diferentes
mecanismos atuando conjuntamente, processos de especiação podem ser de tipos
diferentes e a evolução em si pode ocorre de forma anagênica ou cladogênica. Há
grupos biológicos que emergem por hibridismo, outros por colonização de áreas sem
predadores, por preenchimento de nichos após grandes catástrofes. Sendo assim, a
ideia de que tudo surge da mesma forma é errônea. Até mesmo estruturas biológicas
que são análogas assim o são por terem emergido sob circunstâncias embriológicas
diferentes as mesmas funções.
Genes Hox, em especial gene distal less. Este gene tem como função produzir
manchas ocelares em borboletas da família Nymphalidae. O mesmo gene é homólogo
ainda entre aracnídeos, onde são responsáveis pela produção das fiandeiras e
pulmões foliáceos, bem como nas branqueias de crustáceos, nas pernas do onicoforo
e muito provavelmente (99% de certeza) em trilobitas por serem um grupo irmão que
compartilha as mesmas características com crustáceos. Esse gene certamente vem do
ancestral comum de todos os artrópodes que antecede o Cambriano estando presente
certamente na Aysheaea. Diversos genes homólogos demonstram essa claro
relacionamento filogenético.
Pois esta ligada. A biopoiese explica a origem da vida, a partir que a vida ou seus
precursores surgem há competição pelos blocos de replicação ou elementos que
favoreçam a sobrevivência, isto é a evolução ocorrendo, a luta pela sobrevivência,
mas essencialmente, a origem da forma mais primitiva de vida exige explicações da
biopoiese e não da evolução. A evolução emerge quando a vida surge.
A biogênese não faz parte da evolução. Ela não substitui mitos, ela oferece uma
explicação meramente natural. Definição de mitos e contos não se encaixa em
explicações científicas baseadas em modelos explicativos e paradigmas que são
substituíveis. Desta forma, ela não substitui mitos, ela de fato os elimina.
15 – Por que a teoria da evolução não produziu ainda modelo teórico para a origem
da vida que realmente funcione?
17 – Cite exemplos que sustente a tese de que os invertebrados deram origem aos
vertebrados.
Lower Cambrian vertebrates from south China”. Nature 402 (6757): 42–46
Tim Haines, Paul Chambers (2005). The Complete Guide to Prehistoric Life. Firefly
Books
19 – Como explicar as muitas fraudes ocorridas e que ainda ocorrem nos meios
científicos?
Ocorre por grupos que desejam fama e não produzir conhecimento acadêmico com
seriedade. Essas fraudes são inviáveis, mas também é inevitável descobri-las, pois a
metodologia científica por si só é auto-corretiva. Se um experimento é falsificado e
produz um resultado significativo outros grupos de pesquisadores utilizaram aquela
descoberta para fazer novas descobertas. Se tal resultado é falsificado será descoberto
na sua aplicação prática. O fato de ser empírico demonstra que qualquer pessoa em
qualquer lugar do mundo que replique o experimento seguindo exatamente a
metodologia do artigo tem de obter o mesmo resultado. Se não ocorrer claramente,
com seriedade, a verdade aparece.
A evolução biológica não passa por períodos de refutação, ela passa por testes e
eventualmente, a cada período de tempo ela vai sendo atualizada. Isso ocorreu na
21 – Por que os jornalistas da área de ciência não fazem distinção entre Teoria
Especial da Evolução (micro-evoluções, intra-espécies, empiricamente
comprovadas) e a Teoria Geral da Evolução (macro-evoluções, inter-espécies,
empiricamente não-comprovadas)?
Stephen Jay Gould destacou porque a seleção natural não é um conceito tautológico
em seu livro “Darwin e os grandes enigmas da vida” onde a seleção natural cria, no
sentido de manter vivo os aptos, o processo de criação de novas espécies é secundário
a sobrevivência dos aptos. Aconselha-se a leitura de tal capitulo do livro de Gould.
Conceito tautológico é o apresentado na complexidade especificada de Dembski
(Criacionista proponente do Designer inteligente) na qual a complexidade de
informação não pode ocorrer naturalmente porque Dembski a definiu assim; e é
tautológica porque elenca estruturas biológicas (moleculares, como no flagelo
24 – Pode o acaso explicar por que tenha um dia um outro macaco, de nome
Shakespeare, nascido, crescido e sentido a urgência indeclinável de escrever
Hamlet?
Não há uma definição de acaso na pergunta, que não é objetiva. Sendo assim não se
sabe se o autor da pergunta infere que as mutações ou a seleção natural é ao acaso. As
mutações são ao acaso, a seleção natural não. Não existe relação de necessidade da
evolução originar o homem com a necessidade de escrever Hamlet. Hamlet é obra de
nossas faculdades intelectuais, que é uma característica de nossa espécie, assim como
produzir seda é para uma aranha. Não há superioridade ou inferioridade, ambos os
grupos estão vivos e é isto que importa
Estabelecer que tudo que a ciência diz é ao acaso e puramente isto é uma
argumentação descontextualizada de grupos que não conhecem o que significa
produzir conhecimento científico. Aconselha-se uma leitura mais apropriada e
coerente sobre o assunto. Em contra partida pergunta-se: Pode um criador
intencional e perfeito estruturar formas de vida com falhas de projetos em estruturas
biológicas e fisiológicas?
Não esta claro se o autor busca saber mais sobre a origem ao homem moderno ou a
evolução humana como um todo? A pergunta parece ser feita por alguém que jamais
leu artigos ou livros que traçam um perfil evolutivo da espécie humana. Aconselha-se
leitura a livros de autores que trabalham com Paleoantropologia, pois tal pergunta é
o tema de livros inteiros e em algumas linhas não é possível destacar a historia da
humanidade e suas características biológicas, culturais, comportamentais, genéticas e
os fósseis.
Segundo ponto é que a ciência explica como esses processos ocorreram. Porque a
humanidade emergia da forma com que conhecemos é uma pergunta que reflete
intencionalidade especifica e remete interesses específicos para que a humanidade é
como é. Porque talvez seja algo que a filosofia posso responder, pois se apresenta
como um caráter teleológico.
população atual, havia apenas duas pessoas vivendo há, aproximadamente, 6.300
anos atrás, ou seja, 4300 a.C. Isto prova que a humanidade e a civilização são bem
recentes. Se a Terra fosse mais velha, com um milhão de anos, por exemplo, após
25.000 gerações a uma taxa de crescimento de 0,5% e uma média de 2,5 crianças
por família, a população de hoje seria de 10 elevado a 2.100 pessoas, o que é
impossível, já que só há 10 elevado a 130 elétrons no universo conhecido. Explique
este quadro dentro do prisma crescente e evolutivo.
Primeiro ponto: evolução é um processo dinâmico, e por ser assim atua a cada
geração, por essa razão ocorre em escalas de tempo geológica. Geneticistas
concordam que a humanidade passa por um processo de homogenização, devido a
globalização. Isso significa que durante milhares de anos grupos de seres humanos
ficaram restritos a seu ambiente e isso criou especificidades genéticas. Com a
globalização o fluxo de genes entre esses povos é estabelecido e a seleção natural
positiva (estabilizadora) tende a favorecer sua dispersão devido a seus valores
adaptativos, como por exemplo, o gene (e suas versões convergentes) responsável
pela produção da enzima lactase, que metaboliza da lactose.
Esta é definitivamente uma pergunta feita por pessoas que desconhecem a teoria da
evolução e a da termodinâmica. Elas na são antagônicas, nem mesmo se relacionam e
Boltzman deixou isso claro ao descrever as equações da termodinâmica.
Termodinâmica trata da aproveitabilidade de energia de um sistema, a evolução trata
da transformação da vida ao longo do tempo. O fato de haver aumento (ou não) da
complexidade biológica não tem relação com aproveitabilidade de energia de um
sistema. Considerando a terra um sistema aberto então esta apta a manter e fazer a
manutenção da entropia do planeta e do que esta presente nele. Se a entropia do
universo impedisse realmente o aumento da complexidade como propõem os
criacionistas jamais haveria moléculas que são aglomerados complexos de átomos,
bem como a formação de estrelas, planetas ou qualquer estrutura básica do universo.
E sim, a vida chega ao seu estagio máximo d entropia, quando indivíduos morrem ou
espécies são extintas.
31 – Na seleção sexual, supondo que o macho escolhe a fêmea pelos seus aspectos
mais atraentes, e a fêmea escolhe o macho pela sua força física e mental, não seria
essa essas escolhas meramente subjetivas?
Não é subjetivo, animais com cores mais vibrantes, ou que dominam recursos
alimentares, que constroem linhos para fêmeas, ou que cantam com maior
intensidade podem deslocar machos com essas características menos atraentes. O
macho pode combater com outro macho e vencê-lo em uma disputa de seleção
sexual. Há a necessidade da fêmea ainda ter de aceitar no macho vencedor, que nem
sempre ocorre. Essas características estéticas podem servir como atrativo a fêmeas,
mas nem sempre representam a realidade. Machos com excesso de testosterona
podem ser mais bravos ou vibrantes em suas cores, mas ter seu sistema imunológico
afetado, interferindo na prole. Por outro lado, nem sempre os machos perdedores
ficam sem se reproduzir uma vez que pode ser atraente a uma fêmea em outra
localidade onde outros machos sejam populacionalmente menores ou menos
brilhantes. Isso promove a diversidade genética e cada caso é um caso. Depende do
grupo biológico que se olha (mamíferos, aves, artrópodes, repteis, anfíbios). Em
todos esses grupos essas estratégias variam de acordo com o que foi evolutivamente
estabelecido como estratégia reprodutiva.
32 – Por que os encantos das fêmeas e a força do macho são as características mais
seletivas?
Muitos outros artigos mostram essa relação, basta procurar com afinco na literatura
científica. Casuares não atacam seus filhos, atacam animais que se aproximam de
seus filhotes. A informação esta errada.
36 – Até mesmo a mais simples forma de vida é complexa demais para ter surgido
aleatoriamente. Considere um organismo simples constituído de apenas 100 partes.
Existem artigos que demonstram como isto aconteceu, por ser algo extenso,
aconselha-se a leitura de artigos: Human Physique and Sexual Attractiveness: Sexual
Preferences of Men and Women in Bakossiland, Cameroon, A Genome-Wide
Association Study Identifies Novel Alleles Associated with Hair Color and Skin
Pigmentation, Skin color preference, sexual dimorphism and sexual selection: A case
of gene culture co‐evolution?, Why Mammal Body Hair Is an Evolutionary Enigma e
Decreasing Hair Cell Counts in Aging Humans.
O que é o bem? O que é o mal? Não estamos mais falando de ciência neste momento,
e sim de filosofia da moral. O autor mudou a abordagem. Conceito de bom e mal esta
ligado ao desenvolvimento da moralidade. Do ponto de vista biológico, grupos sociais
não humanos podem estabelecer regras básicas de sobrevivência. Leia o livro de
Frans de Waal proposto na questão 45.
Ciência explica fenômenos naturais, ela não justifica se algo é correto ou errado.
Estabelecer o que é correto ou incorreto faz parte da capacidade do homem de julgar,
e faz aprte da sua especificidade.
49 – Como pode ser vantajoso, do ponto de vista da seleção natural, ajudar o rival,
perdoar o inimigo, colocar o último em primeiro lugar e sacrificar a própria libido
em benefício de um propósito religioso que ultrapassa o indivíduo?
Ajudar o rival, perdoar o inimigo pode ter funções importantes na biologia evolutiva,
como fortalecer a estrutura social. Sacrificar a libido em prol de um propósito
religioso pode estar ligado a costumes e tradições mais relacionadas a uma cultura e
estruturação social especifica.
Essa é uma pergunta que sociólogos e antropólogos talvez tenham mais competência
para responder. Biologicamente a religiões pode ser vir como um atuar de coesão
social e há estudos sobre este assunto.
Não se exclui Deus. Existe uma diferença entre produção de conhecimento científico
e ateísmo. A ciência não é ateis, alguns cientistas são. Deus não é testável,
mensurável, empiricamente testável e falseável, portanto, a ciência não pode dizer
que ele existe ou que na existe. A exclusão de Deus no âmbito científico é uma
questão metodológica, epistemológica. Não se prova que uma determinada molécula
foi intencionalmente desenhada para uma determinada função. Isso é inferência
teológica e não cientifica. Sem compreender isto o autor das perguntas jamais vai
conseguir compreender ciência, religião e suas especificidades metodológicas que
garantem a identidade de cada uma delas.
52 – “Vocês podem me dizer alguma coisa sobre evolução, qualquer coisa que seja
E qual a intenção desta pergunta? Não é objetiva e mal estruturada, afinal, em qual
contexto tal pergunta foi feita?
A pergunta não é objetiva. Não esta claro se o autor quer saber sobre o
desenvolvimento ou a evolução do peixe. Se for referente ao desenvolvimento a
resposta pode ser encontrada estudando o desenvolvimento do grupo de peixes na
qual ele faz parte. Se o autor se refere ao fato de que o peixe tem uma estrutura
luminosa há explicação sim, dada por artigos como este: Intracellular bacteria in the
light organ of the deep sea angler fish, Melanocetus murrayi.
56 – Apesar de não haver nenhuma prova direta das transições regulares, pode-se
inventar uma sequência razoável de formas intermediárias — isto é, organismos
viáveis e operantes — entre antepassados e descendentes nas principais transições
estruturais? Que possível utilidade têm os imperfeitos estágios iniciais de estruturas
úteis? Que valor tem a metade de uma mandíbula ou a metade de uma asa?
58 – Teriam alguns animais, colocando o homem entre eles, surgido por divisão?
Pergunta não objetiva. Não esta clara qual a intenção ou o foco da pergunta.
61 – Diz-se que os chimpanzés são nossos parentes mais chegados, de acordo com a
genealogia, então o homem pertence ao mesmo gênero ou a gêneros diferentes
dentro da mesma família?
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe:Mammalia
Superordem: Euarchontoglires
Ordem:Primates
Subordem: Haplorrhini
Infraordem: Simiiformes
Parvordem: Catarrhini
Superfamília: Hominoidea
Família: Hominidae
Subfamília: Homininae
Tribo: Hominini
Pode, pequenas variações podem gerar variações de tal modo a tornar uma população
reprodutivamente isolada de sua porção original e portanto seguir caminhos
evolutivos novos. Ao longo de milhões de anos gerar novos grupos biológicos. Os
fósseis e as evidencias biológicas mostram isso no grupo das aves. Basta procurar na
literatura.
Construir uma historia evolutiva com os fosseis sim, mas o registro fóssil é
incompleto e lacunas podem ficar abertas, exceto se outras formas de preenche-las
com dados confiáveis for desenvolvida. Lacunas abertas não são espaços para ser
preenchidos por Deus, mas representam um ponto onde a ciência nãopode (ao menos
por um tempo) enxergar.
São não evolutivas. Não há um exemplo sequer de um grupo biológico que tenha
saltado de um grupo biológico para outro em um espaço de uma geração.
Entre 4 bilhões de anos e 600 milhões de anos a terra e a vida passaram por diversos
eventos. A terra se formou com seus precursores da vida, a origem da quiralidade da
vida, dos primeiros blocos de replicação, do DNA, da célula, da diferenciação dos 3
domínios biológicos, multicelularidade, origem de células nervosas, da reprodução
sexuada e diversos fenômenos climatológicos. Pra saber mais sobre a”Explosão
Cambriana sugere-se a leitura de A VIDA ANTES DO CAMBRIANO E A ORIGEM
DOS ARTRÓPODES – HOUVE UMA EXPLOSÃO CAMBRIANA?
69 – Por que, afinal, toda espécie ameaçada em sua sobrevivência não poderia
reagir ao desafio pelo o aumento de sua fertilidade? “Por que não seriam
eliminadas todas as espécies, exceto as mais férteis” – Popper
Alguns grupos biológicos aceleraram sim sua fertilização. É o caso de pulgões que
muitas vezes dão origem a prole por partenogênese onde sua prole muitas vezes já
nasce prenha de filhotes também por partenogênese. Grupos de insetos têm diversos
exemplos de como a reprodução pode ser acelerada. Borboletas fêmeas de algumas
espécies de Heliconius quando ainda estão em fase pupal tem um macho que a
protege para que assim que eclodir já se reproduzam antes mesmo da fêmea dar o
primeiro voo. Em algumas espécies o macho abre uma fissura no casulo esse
reproduz com a fêmea antes dela eclodir da pupa.
Ao que parece o cuco parasita a ninhada, a fêmea não tem a percepção de que aquele
animal não corresponde a mesma espécie. A associação é de que a mãe precisa cuidar
da prole, e a prole apresenta um imprint da mãe parasitada como responsável por
sua sobrevivência. Sendo o canto do cuco mais forte que a do filho original da mãe,
esta tende a alimenta-lo uma vez que a vocalização é a referência que a mãe tem para
determinar qual dos filhos tem mais fome.
Organs do not appear suddenly during evolution; instead they are composed of far
simpler structures. In some cases it is even possible to trace particular molecules or
physiological pathways as far back as pre-animal history. What emerges is a
fascinating picture, showing how animals have combined ancestral and new
elements in novel ways to form constantly changing responses to environmental
requirements. The Evolution of Organ Systems starts with a general overview of
current animal phylogeny, followed by review of general body
organization including symmetry, antero-posterior axis, dorso-ventral axis, germ
layers, segmentation, and skeletons. Subsequent chapters then provide a detailed
description of the individual organ systems themselves – integument, musculature,
nervous system, sensory organs, body cavities, excretory system, circulatory
system, respiratory system, intestinal system, gonads and gametes. Generously
illustrated throughout, this accessible text is suitable for both upper level
undergraduate and graduate students taking courses in animal evolution,
organogenesis, animal anatomy, zoology and systematics.
A fada protetora das mariposas tocou a sua varinha de condão e… eis que,
coincidindo exatamente com a Revolução Industrial em Manchester e em Liverpool,
no vale do Ruhr, na Bélgiva, em Pittsburgh e em Detroit, as asas das mariposas se
enegreceram. Por que não houve mutações vermelha, azul, amarela, alaranjada,
verde, cor-de-rosa? Por que não mutações nas pernas, nas antenas, nos olhos? Por
que não mutações no comportamento? Onde estão os milhões de anos do
gradualismo dogmaticamente proposto por Darwin? Não parece um pouco forte
nos obrigarem a aceitar de mão beijada a explicação?” (Penna, p.p. 150, 151).
Sim, de dinossaruros não aviários. O uso das penas em dinossauros era certamente
ligado a manutenção da temperatura. As penas estavam presentes em diversos
grupos de dinossaruso Theropodes. Em especial os filogenéticamente relacionados ao
Archaeopteryx: Maniraptora, Ovirapterosauria, Dromaeosauria e Avilinae onde o
Archaeopteryx representa uma sequencia de transição de mais de 25 fósseis.
77– Por que os lobos comem entre si, se existem veados para ser comidos?
Novamente, precisa entender a ecologia local para saber se este tipo de ataque
realmente ocorre, segundo: se é natural ou; gerenciado por alterações ecológicas que
diminuem a oferta alimentar e desencadeiam comportamentos incomuns.
Primeiro detalhe. Tamanduás não são Australianos, são brasileiros. O Brasil tem uma
quantidade grande de marsupiais, embora a maior diversidade esta presente da
Austrália.
vitimado por predadores; ou ser espalhafatoso e fugir na savana, para mostrar aos
predadores que não adianta tentar; ou ainda ser espalhafatoso de modo a ser mais
facilmente caçado e assim controlar a população?
Valores morais podem emergir em grupos biológicos, mas a evolução como ciência
explica mecanismos evolutivos, fenômenos naturais. Ciência explica, é diferente de
justificar valores morais ou imorais.
Não faz sentido a pergunta. Faz sentido o elefante ter mais filhotes com as fêmeas,
maximizando seus genes em genomas variados. Por isso essa relação de várias
fêmeas para poucos machos. A proporção de machos e fêmeas se estabiliza quando
machos são expulsos e com a troca de indivíduos entre s grupos. Leia “O gene
egoísta” de Richard Dawkins.
Ora, a sua função fisiológica, substituir um endométrio na qual nenhum embrião foi
fixado. A menstruação também protege o útero e ovidutos de agentes patogênicos
contidos no esperma desalojando o tecido endometrial infectado e entregam as
células do sistema imunológico para a cavidade uterina. Esta hipótese prevê que:
patógenos uterinos devem ser mais prevalentes antes da menstruação do que após;
na história da vida das mulheres, o momento da menstruação deve acompanhar uma
carga de patógenos; e em primatas, a menstruação deve aumentar com a
promiscuidade do sistema reprodutivo. Alguns estudos propõem uma hipótese
alternativa, de que o endométrio é derramado e reabsorvido quando a implantação
falha porque a regressão cíclica e a renovação é energeticamente menos onerosa do
que a manutenção do endométrio no estado metabolicamente ativo necessário para a
implantação do embrião. .
sopa primordial) não conseguiram nem explicar nem provar a gênese acidental da
vida?
A primeira coisa é que evolução é uma matéria e origem da vida é outra. Essa
digressão é necessária apenas de haver correspondência entre as duas ela não são a
mesma coisa. Gênese da vida (Química da vida ou Biopoiese) é um processo
complicado mas muitos avanços desde Miller tiveram sucesso. Desde a compreensão
da origem e evolução do código genético até possíveis passos iniciais. Há diversos
artigos que demonstram esses avanços. Muitos avanços foram feitos inclusive por um
mexicano que foi aluno de Miller. Antonio Lazcano teve vários avanços sobre as
propriedades básicas para a vida surgir e até conceituar a vida. É interessante que o
autor das perguntas acompanhe os avanços nesta área para que possa fazer
pontuações mais profundas. Segue alguns artigos:
Arturo Becerra, Luis Delaye, Sara Islas, and Antonio Lazcano. The Very Early Stages
of Biological Evolution and the Nature of the Last Common Ancestor of the Three
Major Cell Domains. Annu. Rev. Ecol. Evol. Syst. 2007. 38:361–79
Rajan, A. How did protein amino acids get left-handed while sugars got right-
handed? Term Paper for Physics. December 9, 2006
Lethal Mutants and Truncated Selection Together Solve a Paradox of the Origin of
Life.
How did LUCA make a living? Chemiosmosis in the origin of life. Nick Lane,1
Todos os Australopitecineos são relacionados. Diz que os que estão mais relacionados
a humanidade são aqueles que fazem parte da linhagem que deu origem ao homem.
Por exemplo, Paranthropus boisei e P. robustos fazem parte da evolução humana
mas não estão presentes na linhagem humana, é uma linhagem paralela que se
desenvolveu e não gerou resultado de sobrevivência.
Motivação é o que faz algo se tornar vivo? A ideia de motivo e intencionalidade para
que a vida tenha sentido é uma concepção humana, por essa razão tantas pessoas
acreditam que o único motivo delas estarem aqui é para servir um Deus. Sem ele não
há razão para viver, mas o homem estabelece motivos para sua vida após a existência
e não anteriormente, o que demonstra que a vida não precisa ter sentido, mas que
nós damos sentido a ela. Quanto aos outros seres vivos, que motivos eles teriam para
não estar vivo e se deixarem morrer?
Desenhados eles são. O que a comunidade cientifica dize que os desenhos presentes
nas estruturas biológicas são resultados de processos naturais. Neste ponto volta-se a
pergunta: como a comunidade cristã/criacionista/proponentes do designer
inteligente sabe que os seres vivos foram intencionalmente desenhados? Não se testa
intencionalidade, esta fora do escopo da ciência. Dawkins e Crick destacam isto
porque as evidencias cientificas mostram que não é preciso entidades sobrenaturais
para demonstrar a origem das espécies e a modificação no formato de estruturas
biológicas. Mecanismos evolutivos podem transformar essas estruturas sem a
necessidade de uma entidade sobrenatural. Não significa que Deus não exista, mas
que do ponto de vista biológico uma concepção sobrenatural é descartável e não é
cientificamente metodológica. Sendo assim a biologia estuda as formas e desenhos
das estruturas biológica, estuda pela biologia evolutiva.
Sim. Mutações aleatórias têm efeitos sobre a estrutura proteica e sua atuação.
A virtude da castidade pode ser hereditariamente transmitida? Não faz sentido algum
esta pergunta. Não há um gene para castidade e se houvesse não passaria a geração
seguinte exatamente pela castidade. A castidade é uma imposição cultural ou
religiosa e um posicionamento pessoal não populacional. O autor aprece desconhecer
conceitos básicos de biologia.
A questão do altruísmo já foi relatada aqui em outras questões e pode ser respondida
com a leitura do livro “O gene egoísta” de Dawkins. O autor dá a entender que só
porque um indivíduo da sua espécie tem um comportamento sua prole realmente
terá. É como acreditar que pais mal educados teriam filhos mal educados. Sugere-se
muita leitura ao autor;
Protozoários deram origem aos seres humanos? Porque são perguntas feitas para a
filosofia. A ciência explica como. O autor da pergunta presume direcionalidade,
progressão objetivo na natureza. Porque protozoários deveriam dar origem a um ser
humano? Onde isso fundamenta uma regra em que a humanidade deve ser o topo da
escala de superioridade da vida?
Mecanismos evolutivos são cruéis, mas são amorais (não imorais). A vivenciam em
grupos sociais (característica de aves e mamíferos principalmente) exige regramento
social. A ideia de sentimentos em relação aos outros, de se posicionar em relação ao
próximo é muito mais antiga do que 2 ou 3 mil anos. Outros grupos de primatas
exibem compaixão e tantos outros sentimentos e emoções tão quanto os homens.
Frans de Waal destaca isso em seu livro “O Bonobo e o ateu”. O regramento moral é
uma criação da vida social e esperar que o ser humano deva ser em sua natureza cruel
é reduzir a especificidade da natureza a uma natureza genérica. Ou seja, o fato de
termos consciência de nossos atos e conscientemente nos posicionarmos em relação
aos outros nos permite criar conceito de moralidade que são culturalmente ajustados
por essa ideia.
culturalmente, o conceito de beleza pode variar, mas há características que podem ser
universais. Na Mauritânia o conceito de beleza são mulheres obesas que indicam alta
grau nutricional para cuidar dos seus filhos. Mulheres magras da Mauritânia
geralmente não conseguem, ou tem dificuldade em encontrar um parceiro.
101 – Como explicar o caso da mosca que se nutre de cogumelos, sendo que a fêmea
imóvel, partenogênica, fica no cogumelo e cria. Quando se exaurem os recursos,
produz descendência normal, capaz de voar, que vai em busca de novos
cogumelos… Porém, por que uma reprodução tão rápida, enquanto ainda estão no
estágio de larva ou de pupa, e por que a autodestruição, o sacrifício supremo pela
descendência?… Qual seria, nesse caso, a vantagem para as moscas que se
alimentam de cogumelos, oferecida por uma morfologia juvenil persistente nas
fêmeas reprodutoras?
A pergunta esta mal formulada, não compreende-se bem que caso se esteja falando.
Seria interessante o nome científico do animal para procurar na literatura científica.
Muitas vezes a reprodução é acelerada devido a pressão do ambiente ou por questões
fisiológicas. Assim favorece-se a partenogênese como alternativa e a reprodução
sexuada como mecanismo que aumenta a variabilidade na espécie. Muitas espécies
de borboletas, mariposas e efeméridas passam maior parte do tempo de suas vidas
em estagio larval, é a estratégia desenvolvida ao longo dos milhões de anos de
evolução. No livro de Stephen Jay Gold “Darwin e os grandes enigmas da vida” há
capítulos sobre este tipo de reprodução.
A natureza do homem pode significar muita coisa. O homem tem uma classificação
biológica. Essa pergunta é muito mais filosófica que científica. Geralmente
criacionistas alegam que o biólogo evolucionista é um defensor do naturalismo
filosófico, mas grande das perguntas aqui presentes são de cunho muito mais
filosófico que científico. Se as perguntas fossem feitas com base da evolução como
ciência grande parte delas deveriam ter sido retiradas.
105 – Supondo que o cérebro seja resultado da evolução, agindo pela seleção
natural sobre as populações humanas, durante centenas de milhares de anos em
seus antigos meios, não se deve então conceder valor algum aos propósitos e
objetivos religiosos da humanidade? Os objetivos morais ou estéticos seriam
meramente aspectos subjetivos de fenômenos que devem apenas e tão somente
serem estudados no nível experimental do materialismo científico?
Supondo não. Cientificamente há livros e modelos que explicam sua evolução e suas
evidências. A religião pode ter seu valor adaptativo muito forte, principalmente no
estabelecimento de regramento moral em grandes cidades. Existem teorias a respeito
de como o sistema nervoso pode justificar o papel evolutivo e sociológico da religião.
Mas existe uma distinção grande entre se estabelecer uma religião como mecanismo
cultural e Deus realmente existir. Seriam os aspectos teológicos do cristianismo
subjetivos? Teriam eles valores concretos ao invés dos valores do Código de Manu? O
que faz um especial e o outro não?
Seria interessante observar qual espécie se trata, pois deve haver um mecanismo de
compensação. Ou o comportamento de corte só é apresentado quando não há perigo
de predação por perto.
108 – Levando em conta o contexto cultural em que estava inserido, você acredita
que Darwin fez uso em sua(s) obras(s) de argumentos de superioridade de uma
“raça” em detrimento de outra? Você acredita que Darwin era racista?
Não. Ao Passar pelo Brasil Darwin condenou a escravidão. Darwin não era racista.
Essa pergunta tem a ver com a moralidade e com aspectos raciais.Os criacionistas
sempre puxam as ideias do Darwin para fora do contexto, tentando atribuir valores
morais á aspectos científicos mesmo quando os cientistas deixam claro que as
alegações científicas explicam fenômenos naturais e não justificam os atos das
pessoas. Dizer que o darwinismo fundamenta comportamentos imorais é um
equivoco triplo do darwinismo social. 1) é diluir a especificidade da natureza humana
a uma natureza genérica, desconsiderando o fato de que somos natureza com
atributos próprios que nos definem como espécie (cultura, trabalho, história e etc) 2)
acaba forçando o ideológico discurso de orientação liberal de que é natural para a
evolução a eliminação dos mais fracos, ou seja, que é eticamente válido a
desigualdade socioeconomica e a miséria. Geralmente os criacionistas não sabem o
que Darwin quis dizer com evolução por seleção natural como levam as suas
alegações para um discurso anti-ético e descontextualizado. 3) ignora o contexto
histórico em que Darwin formula os paradigmas dominantes naquele momento de
expansão do capitalismo, cultura européia como a única válida e de afirmação das
abordagens positivistas cartesianas. Distorcida “biologização” da política e
politização da biologia no nazismo, num uso tendencioso da antropologia para
justificar a existências de raças ou de desigualdades. Mesmo assim, durante o debate
houve criacionistas afirmando que a Eugenia fomentou as ideias de Darwin quando
na verdade a Eugenia foi um termo criado posteriormente as ideias de Darwin.
Historicamente fica claro que houve uso descontextualizado da ciência para fomentar
tais atrocidades. Darwin nunca diz que o correto seria eliminar todos os fracos no
sentido social, disse que na natureza os animais vivem em constante competição
pelos recursos de sobrevivência e constatou os inaptos ou fracos perecem e os fortes
sobrevivem. Darwin jamais pregou qualquer ato de crueldade usando sua teoria,
mesmo porque quando passou pelo Brasil repugnou a escravidão. Todas essas
atitudes tomadas com finalidade eugênica ocorreram muito depois da publicação da
origem das espécies. Seria como descontextualizar o fato de que Louiz agassiz (que
foi um criacionista) explicou a origem do homem branco e negro usando a poligênia.
Os aspectos morais disto podem ser perigosos. Conheço cristãos que dizem que o
homem branco é criação de Deus e o negro veio do macaco. Isso é racismo pregado
por certos grupos ou indivíduos cristãos que usam a religião para sustentar seu
preconceito. Vale lembrar também que a Ku Klux Klan (KKK) tem toda sua ideologia
racista e doutrinaria embasada no cristianismo. Se a alegação é de que o
evolucionista não tem direito para falar de moralidade então os cristãos também não
teriam. A ciência não define aspectos da moralidade por que é amoral. O que ela
explica são fenômenos, e pode explicar a moralidade como fenômeno biológico, mas
nunca seu exercício dela em definir o que é certo ou errado.
110 – Se, como explica Hilliday, que os leões machos, irmãos ou primos-irmãos em
uma mesma linguagem matrilinear, se protegem uns aos outros e se permitem
pacificamente partilhar as fêmeas, isso poderia ser explicado pelo propósito
teleonômico de favorecer a propagação dos genes que possuem em comum? Como
sabem os leões do grupo que seus genes são comuns? Quanto à explicação de que as
leoas não reproduzem com a frequência que seria de desejar, para não enfraquecer
a estabilidade social e a coesão do grupo, então por que entram logo em cio ao
término da agressão violenta dos invasores?
111 – O Homo sapiens teria sido produto de uma escada que desde o começo sobe
diretamente em direção ao nosso estado atual? Em caso afirmativo, o que teria
acontecido com a nossa escada já que se diz que reconhece três linhagens
coexistentes de hominídeos: o A. africanus, os robustos australopitecinos, e o H.
Não há uma escada cujo o objetivo é nossa estado atual. Não há intencionalidade,
propósito, progresso foco na humanidade como topo da evolução. Na realidade cerca
de 6 linhagens ligadas a evolução humana coexistiram.
112– Por que os bebês humanos “nascem antes do tempo”? Por que teria a evolução
prolongado tanto nosso desenvolvimento geral, mas contido nosso tempo de
gestação, dando-nos, portanto, um bebê essencialmente embriônico? Por que a
gestação não foi igualmente prolongada, junto com o resto do desenvolvimento?
Por causado desenvolvimento do tamanho do cérebro que cresce ainda mais após o
nascimento até o fechamento das fissuras cranianas. Após o nascimento é mais fácil o
desenvolvimento, a especialização de certos órgãos. A gestação dos chimpanzés é de 7
a 8 meses.
113 – Em relação ao nosso cérebro, por que ele teria se desenvolvido tão grande
num grupo de mamíferos pequenos, habitantes de árvores, mais parecidos com
ratos do que com mamíferos convencionalmente mais avançados?
A pergunta 106 é semelhante a esta. Mas há sim o risco de ser predado durante o
comportamento de corte. O investimento na geração seguinte é sempre mais válido.
Estratégias alternativas são criadas. Quero-queros fazem ninhos em locais abertos e
constantemente são expostos, a estratégia alternativa é o grito de intimidação e o
ataque.
116 – Vários roedores têm bolsas nas bochechas para guardar comida, e que estão
internamente ligadas à faringe… Supondo que realmente tais bolsas evoluíram
gradualmente como resultado de pressão seletiva a fim de segurar mais comida na
boca, e supondo que os roedores com bolsas, ratos-cangurus e ratos com bolsa
invaginaram as bochechas para formar bolsas externas revestidas por pele sem
ligação com a boca ou faringe, qual seria a finalidade de uma dobra inicial no
exterior? Teriam esses hipotéticos antepassados corrido sobre três pernas
enquanto, com a quarta perna, metiam alguns pedaços de comida numa prega
imperfeita?
A primeira questão é que a expansão Cambriana hoje não é mais tão misteriosa
quanto era a uma ou duas décadas atrás. A segunda é que condições físico-químicas
oceânicas podem interferir na fossilização. A ausência de oxigênio no fundo do mar é
um fator fundamental na fossilização. É preciso que não haja oxigênio após o
soterramento do animal morto na lama do fundo do mar. Isso porque o oxigênio é
usado no metabolismo das bactérias, que atuam decompondo exatamente nas partes
moldes do animal. Outra característica é a aparente escassez de sulfato na água do
mar. Isso porque existem bactérias que utilizam o sulfato em vez de oxigênio para
realizar a decomposição. O sulfato é um constituinte comum na água dos mares
modernos. Em muitos ambientes marinhos o sulfato é mais usado pelas bactérias do
que o próprio oxigênio na atividade metabólica/decompositora. Ainda assim, a baixa
concentração de sulfato poderia desencadear a decomposição lenta do animal
soterrado na lama dos mares Cambriânicos. Então, ainda sim a presença mínima de
sulfato poderia permitir que as bactérias ainda sim executassem sua tarefa, exceto
pela presença também do carbonato de cálcio.
Supondo não. Penas não surgiram subitamente. Ela passou por processos de
especialização. Acredita-se que a primeira função, dada pela plumagem, veio a ser o
controle termal do animal.
Os asiáticos têm cabelo preto, em linha reta, escasso no corpo e no rosto, mas por
muito tempo no couro cabeludo. Em seção transversal, cabelo asiático é circular.
Calvície masculina é relativamente rara. A cabeça é braquecefalica ou mesocefálico, o
crânio geralmente desprovidos de cumes da testa proeminente . Os tipos de sangue
asiáticos mais prevalentes são O (38%) e B (30%). Os dentes da frente (incisivos) de
asiáticos, muitas vezes exibir uma forma de pá característica.
123 – Diante dos graves problemas ambientais, e levando em conta o alto grau de
adaptação das espécies, conforme reza o darwinismo, a seleção natural e outros
mecanismos evolutivos não seriam por si mesmos capazes de superar esses
obstáculos, e de tal modo que se torna desnecessária a demasiada preocupação dos
ambientalistas?
124 – A teoria do teosinto como origem do milho sempre sofreu por causa de um
importante dilema: Como isso pode acontecer? Como a espiga do teosinto, tão
diferente do milho, pode se transformar no sabugo moderno?
Cereal que representa hoje 21% da nutrição humana foi “domesticado” há 9 mil anos
a partir do teosinto, uma espécie de capim. No início do século 20,cientistas
descobriram evidências de que o milho seria “próximo” de uma grama mexicana
chamada de teosinto. George W. Beadle, um aluno da Universidade Cornell, no início
da década de 1930, descobriu que o milho e o teosinto possuíam cromossomos muito
similares. Além disso, ele produziu híbridos férteis do milho e do teosinto que
pareciam como intermediários entre as duas plantas. Ele até relatou que conseguia
fazer que os grãos do teosinto estourassem como pipoca. Beadle concluiu que as duas
plantas eram membros da mesma espécie, sendo o milho a forma domesticada do
teosinto. O pesquisador também realizou outras descobertas fundamentais na
genética, pelas quais dividiu o prêmio Nobel em 1958. Mais tarde, ele se tornou reitor
e presidente da Universidade de Chicago.
Apesar da ilustre reputação de Beadle, sua teoria ainda gerava dúvidas três décadas
depois de ter sido proposta. As diferenças entre as duas plantas pareciam, para
muitos cientistas, grandes demais para terem evoluído em apenas alguns milhares de
anos de domesticação. Para comprovar sua tese, Beadle cruzou o milho com o
128 – Por que, então, diante dessa perturbadora falta de evidências, a nossa
literatura está repleta de comentários sobre o óbvio bom senso evolucionário do
canibalismo sexual?
Errado, há evidências.
129 – Por que a grande maioria dos darwinistas têm receio de fazer perguntas do
tipo “por que” quando que os físicos o fazem sempre e naturalmente?
132 – Como o darwinismo poderia ser encaixado num conceito científico em que
existam: 1. Observação, 2. Formulação de hipóteses, 3. Predição, 4. Teste das
predições?
Basta ler qualquer artigo cientifico que eles demonstram quais evidencias podem ser
usadas para formular hipóteses, testara e concluir propondo um modelo. Seja por
registros fósseis, por analise de marcadores genéticos ou analise morfológica
comparativa. A taxonomia faz isso constantemente.
133 – Por que o neodarwinismo não pode ser submetido ao rigor do método
científico?
136 – Seriam necessárias pelo menos 75 milhões de mutações “corretas” para que
surgisse um ser humano moderno e um chimpanzé a partir de um ancestral comum
– este é um cenário bastante “provável”?
Que referências temos afirmando isto? O que nos aproxima dos chimpanzés é a
homologia dos genes. O que nos torna diferentes deles é cerca de 1%. Seria este 1%
representando 75 mudanças? Mas essas mudanças são em relação ao genoma nuclear
ou mitocondrial? Se for nuclear, são variações em que trechos do genoma? Região de
DNA espaçador ou em gene?. Se for nos genes em que região ocorrem? Reguladora
ou codificante?
Um genoma humano conte 3,5 bilhões de pares de bases. Sem referências não é
possível se a informação é correta ou inventada.
137 – A existência dos chamados fósseis vivos lança dúvidas sobre as interpretações
convencionais do registo fóssil?
Fóssil vivo é um termo incorreto. São animais atuais que preservam características
primitivas, mas carregas apomorfias (e sinapomorfias) também. Portanto, talvez
sejam referencias para estudar uma determinada característica, mas eles não
representam grupos primitivos. Pode ter sofrido processos de anagênese, e
certamente não são a mesma espécie.
Não, grupos biológicos podem ser vistos ao longo as camadas compondo novos
nichos e com mudanças morfológicas. O que o registro fóssil mostra é que fosseis de
grupos biológicos surgem em uma camada e em camadas posteriores e não
anteriores. Não encontramos fosseis de mamíferos no pré-cambriano. Há coerência
datacional na paleontologia e geologia.
Não. Perde-se informação das que morrer. As que sobrevivem tem variações no
genoma que geram novas variações e contam com a transferência lateral de genes.
Não, ele era cristão, com formação teológica. Não há relatos de que interpretava
literal e cientificamente gêneses. Darwin aceitava as ideias de Lamarck sim. Nunca
as negou e aceitava como um mecanismo evolutivo, o que demonstra que Darwin
apenas tornou uma concepção cientificamente testável já que o conceito de que as
formas de vidas estavam relacionadas historicamente já ocorria desde antes de
cristo com filósofos gregos, e ate mesmo religiosos como Agostinho de Hippona.
Sim, Darwin era evolucionista, seu avo foi seu maior incentivador.
141 – Por que as mais de 3.000 mutações artificiais induzidas desde 1908 na mosca
da fruta, Drosophila melanogaster, não produziram um único plano de formas
novo e vantajoso? Por que a mosca da fruta continua a ser uma mosca da fruta?
145 – Responda com sinceridade: você já leu o livro de Darwin “A Origem das
Espécies”?
Foi lido “A Origem das Espécies”, “A origem do Homem e a seleção sexual”, e muitos
autores de biologia evolutiva, bem como artigos. E você, já leu a Origem das espécies
para fazer tais perguntas e suposições incoerentes? Eu a bíblia e outros livros
sagrados antes de decidir qual é a melhor caracterização dogmática de uma religião
ou Deus?
147 – Neste seu livro, Darwin tentou explicar a origem das espécies através da
seleção natural, mas desde a primeira edição (26 de novembro de 1859) ele
destacou que a evolução ocorria e que a seleção natural apesar de ser o mais
importante processo, não era o único. Como classificar então sua teoria de evolução
em relação às demais que tinham sido propostas muito antes de Darwin e Wallace,
se a seleção natural não é a vera causa da evolução?
Seleção natural é o principal mecanismo evolutivo, foi isto que Darwin destacou, mas
que na o único. Hoje sabemos de outros mecanismos evolutivos; exaptação, seleção
sexual, deriva genética e outros menos conhecidos.
148 – É cada vez mais evidente que uma grande parte do chamado DNA junk (lixo
do DNA) — ao qual, até há pouco tempo atrás, se dava o nome de “lixo
evolucionista” — desempenha efetivamente funções específicas. Explique-as com
base nos mecanismos conhecidos da evolução.
149 – Levando em conta que a Teoria da Evolução nada tem que ver com a origem
da vida, a partir de que instante no suposto processo evolutivo ela passou a agir ou
atuar?
Anteriormente o autor relacionou origem da vida e evolução como algo único. Aqui
ele faz essa separação. A seleção natural atua a partir do momento em que há
competição pela formação da vida. No caso da origem da vida, certamente foi a
demanda por blocos de replicação, ou componentes catalíticos.
150 – Existe algum ser vivo que não esteja adaptado ao meio ambiente onde vive?
Em caso afirmativo: quais?
Aparentemente não.
152 – Embora a lei biogenética promulgada por Ernst Haeckel (1834-1919) tenha
sido desmentida ainda durante a vida de Haeckel, por que continua a ser incluída
em muitos livros escolares?
Sim, complexidade especifica é um conceito que nunca foi aceito na biologia, pois é
uma mascara matemática para a ideia de complexidade irredutível. Esta ideia já foi
discutida no ambiente acadêmico, Demski jamais teve suas ideias aceitas por serem
falhas e presumir que algo especificado é irredutível. Veja mais em:
COMPLEXIDADE ESPECIFICADA – UMA MASCARA PARA UM DEUS-DE-
LACUNA. Parte I e COMPLEXIDADE ESPECIFICADA – UMA MASCARA PARA UM
DEUS-DE-LACUNA. Parte II.
154 – Por que, em 150 anos de investigação de fósseis, não conseguiram desvendar
as ligações em falta entre peixes e anfíbios, entre anfíbios e répteis e entre répteis,
aves e mamíferos?
Esta conta esta errada. Analisemos o caso do Grand Canyon. O Grand Canyon foi
moldado pelo Rio Colorado durante 6 milhões de anos, à medida que as águas
percorriam o leito do rio. Ou seja, temos um dos melhores fatores de erosão do
planeta terra, a água. A água do Rio Colorado aprofundando o rio ao longo de 446
quilômetros. Ele pode medir entre 200 e 30 quilômetros de largura e atinge
profundidades de 1,5 mil metros. Ou seja, com 6 milhões de anos de existência a
erosão expos cerca de um quilometro e meio de profundidade e não significa
necessariamente que esta ao nível do mar, embora essa grande erosão tenha exposto
cerca de dois bilhões de anos da história geológica da Terra à medida que este e os
seus afluentes foram expondo camada após camada de sedimentos. O que também
serviu para estudos geológicos que atestam a idade da terra em escalas de tempo
maiores que a da Terra jovem.
156 – Por que nenhum delta de rio do planeta tem mais do que alguns milhares de
anos, contradizendo as alegações de que a Terra existe há bilhões de anos?
157 – Por que os limites da sucessão de leitos nas formações geológicas apresentam
normalmente muito pouca ou nenhuma erosão superficial, bioturbação ou
formação do solo, contradizendo a atribuição da longa idade destas camadas?
158 – Supondo que a origem da vida seja definitiva e oficialmente integrada aos
ditames evolucionistas, como você explicaria a origem do primeiro ser vivo?
Sendo assim o que ocorreu no caso dos fósseis do município alemão de Nusplingen
foram variações geográficas de uma espécie e não a origem de varias espécies. Até
poucos anos atrás, o tempo de formação do platô de calcário de Nusplingen eram
calculados usando comparações com o período de deposição de calcário em corpos
modernos de água. Agora, no entanto, é calculada predominantemente usando algas
e carbonato de cálcio de exoesqueleto, que ainda existe hoje, portanto há ai uma
extensão deste tempo em que as variações ocorreram.
Os estudos realizados pelo biólogo David Reznick e sua equipe que pesquisa
pequenos peixes (Poecilia reticulata) em águas ricas e pobres em predadores mostra
que mudanças podem ocorrer nos animais em por processos seletivos em apenas
dezoito gerações. Formação de rápidas de espécies ou de variações geográficas
(microevolutivas) também foram observadas em lugares cujas condições são de
enorme stress ambiental. Por exemplo, em plantas crescendo em montões de
mineração, de resíduos contaminados com metais pesados (Junker, 1993), ou
camundongos expostos a toxinas ambientais (Garagna et al, 1997). Isso não é
novidade, um outro exemplo de desenvolvimento microevolutivo é o de fauna ricas
em espécies de ciclídeos no Lago Malawi, já descrito até por Dawkins em seus livros,
e que passou a existir nos últimos 200 anos. Condições ambientais deturpadas, como
documentado nas fases de seca do lago têm contribuído para isso, segundo o qual,
sob diferentes pressões de seleção, com as formas básicas com um genótipo muito
diversificado (polivalência genética), novas populações fundadoras constantemente
surgem (Fehrer, 1997)
Artigos
* David N. Reznick, Frank H. Shaw, F. Helen Rodd und Ruth G. Shaw, Evaluation of
the rate of evolution in natural populations of guppies (Poecilia reticulata), Science
275, 28. March 1997, pages 1934–1937.
* Reinhardt Junker, Prozesse der Artbildung, in S. Scherer (HG)´s Buch „Typen des
Lebens“, Berlin, 1993, pages 31–45.
* Silvia Garagna, Maurizio Zuccotti, Carlo Alberto Redi und Ernesto Capanna,
Trapping speciation, Nature 390, 20. November 1997, pages 241–242.
Estrutura dômica originada por injeção, de baixo para cima, de materiais menos
densos e menos plásticos. O autor deixa vago informações sobre o conteúdo da
pergunta. Precisa ser mais objetivo e fornecer informações sobre a origem dessas
alegações que até agora se demonstram falaciosas. Por exemplo: Onde esta
informação foi adquirida? O que significa “rapidamente” no contexto da pergunta? E
qual a relação disto com a evolução biológica?
163 – Como os organismos são inter-relacionados, e como que nós sabemos isso?
164 – Por que até hoje a declaração de Louis Pasteur: “Omne vivum ex vivo” (toda
a vida provém da vida) – não foi contestada e muito menos refutada?
Toda vida realmente provem da vida, mas a origem da vida provém da química
orgânica. Que embora não seja vida em si contém as propriedades de construção da
primeira forma de vida. izer que vida só gera vida é demonstrar o caráter biológica na
questão, e não da química. E de certo modo esta certo, a vida não surge
espontaneamente, mas em passos iniciais da química orgânica. E posteriormente a
vida gera somente a vida. Diferente da alegação de que o barro deu origem a vida em
um conto divino.
Não é impossível. A sopa primordial proposta por Miller foi o passo inicial para a
compreensão de tal fenômeno e ainda vem sendo estudada. Artigos sobre assunto já
foram destacados na resposta a pergunta 89
Bengtson, S.; Budd, G.. (2004). “Comment on ‘‘Small bilaterian fossils from 40 to 55
million years before the Cambrian’’”. Science 306: 1291
Budd, G. E.; Jensen, S. (2000). “A critical reappraisal of the fossil record of the
bilaterian phyla”. Biological Reviews of the Cambridge Philosophical Society 75(2):
253–95.
C.-W. Li, J.-Y. Chen, J. H. Lipps, F. Gao, H.-M. Chi & H.-J. Wu. Ciliated protozoans
Erwin, D. H., Lalflamme, M., Tweedt, S. M., Sperling, E. A., Pisani, D. & Peterson, K.
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the early history of animals. Science 304, 1091–1097.
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688-695, 1 December 2006
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ecology and evolution of the Ediacara biota”. Trends in Ecology and Evolution 24(1):
31–40
167 – Visto que uma hipotética sopa primordial certamente teria contido água, é
possível que longas cadeias de aminoácidos e proteínas completas, se pudessem
formar?
168 – Como teria surgido o primórdio da asa antes que pudesse capacitar o animal
para o vôo?
169 – Como aceitar que o cego acaso possa encaminhar a evolução por caminhos
altamente progressivos, tais como a origem das aves e dos mamíferos?
Existem diversos grupos que adotaram a posição bípede por pressões seletivas
diferentes. Na linhagem humana existem diversas teorias envolvendo biomecânica,
questões energéticas, adaptação a predação na África antiga, mudança de eixo
gravitacional. Um livro que explica tal processo foi escrito por Craig Standford
chamado “Como nos Tornamos Humanos”. Para outros grupos biológicos pode
haver motivações distintas, como no caso dos dinossauros Saurischia/Theropoda/ ou
mesmo do Dinossauro papagaio cujas modificações foram anatômicas e histológicas
(Veja aqui)
171– Pode a MICROevolução explicar a enorme diferença que existe entre uma
sardinha e um homem?
Segue alguns artigos que elucidam um pouco sobre a entomologia: Evolution of the
Insects, Origin and evolution of insect wings and their relation to metamorphosis, as
documented by the fossil record, The origin and evolution of
segmentation e Evolutionary origin of insect wings from ancestral gills.
Este capitulo é sobre a origem dos insetos e foi escrito pelo geneticista Sean B Caroll
sobre a perspectiva dos genes Hox: Shaking the Tree: Readings from Nature in the
History of Life.
Primeiros catalizadores de reações podem não ter sido de origem biológica, como
ocorre em certos grupos argiloso.
175 – Se as espécies derivam de outras espécies por graus insensíveis porque não
encontramos inumeráveis formas de transição? Porque não está tudo na natureza
no estado de confusão? Porque são as espécies tão bem definidas?
Depende sob que olhar você observa a evolução. Como a transição é gradual não se
espera sempre espécies intermediarias. É mais comum enxergar ao olhar grupos
biológicos inteiros, como de peixes para anfíbios, ou de répteis para aves.
Tecnicamente poderíamos dizer que cada geração entre dois animais ou grupos de
animais são intermediários. Por exemplo, Borboletas Junonia atlites e Junonia
iphita que são espécies irmãs mas não tem irtermediario, mas as analises
moleculares, anatômicas e comportamentais colocam elas lado a lado na filogenia
feita por parcimônia e analise de verossimilhança em uma matriz estatística de
analise bayesiana. Bem como ocorre com as borboletas Boloria euphrosyne e Boloria
178 – Como explicar que as espécies cruzadas umas com outras ficam estéreis ou
produzem descendentes estéreis, enquanto que as variedades cruzadas umas com
outras ficam fecundas?
Esta pergunta é filosófica. Vantagens ao saber da morte inevitável podem ter maior
valor a psicologia evolutiva, envolvendo inconsciente coletivo, a origem da
sociologiologia e um marco importante em direção à experiência completa da
consciência humana é a consciência de si, com oconhecimento de que se é um
indivíduo entre muitos. Talvez tenha tido uma função muito mais sociológica e
importante ligada a concepção religiosa e o controle das atitudes dos membros das
primeiras sociedades. E bem perto da consciência de si mesmo que esta a consciência
da morte. Quando a certeza da morte surge pela primeira vez na mente dos ancestrais
certamente começou a se importar com os seus mortos, criou-se rituais funerários
mais alegorizados e respeito a finitude de si mesmos. Isso pode ser visto como uma
tomada de redias das atitudes e decisões a serem todas na vida.
Não somente disto, socialização, aspectos genéticos e uma série de outros fatores
atrelados uns aos outros. Características podem ser modelados por elementos
multifatoriais
181 – Como a espécie humana pôde ser mais reprodutiva em descendentes que os
grandes macacos, já que a duração de sua vida reprodutiva e quase a mesma (de
20 a 25 anos), que trazem ao mundo apenas um descendente da cada vez e a
duração dos cuidados paternos é mais prolongada no homem que no chimpanzé?
Nem sempre, isto tem a ver com costumes e tradições locais e pode ainda ser variável
de acordo com o tempo. A espécie humana alcançou seu primeiro bilhão de pessoas
em 1860. A 2 mil anos atrás a população humana era bem menor que a atual. Por
exemplo, até o ano 1000 a estimativa de crescimento populacional da humanidade
era de 310 000 habitantes no mundo.
Cro-Magnon é uma designação informal que se dá aos restos mais antigos conhecidos
na Europa de Homo sapiens, ou seja, era da mesma espécie que nós seres humanos
atuais. Entretanto, há restos mais antigos de Homo sapiens na África. A designação
não se enquadra totalmente nas formas convencionais de denominação dos
hominídeos, sendo frequentemente usada para designar, em sentido genérico, os
povos mais antigos conhecidos na Europa que podem ser integrados entre os
modernos humanos.
183 – Diz que do suposto Homo habilis até o Homo sapiens, o volume do cérebro
quase dobrou de tamanho, passando de uma média de 700 cm3 para 1350 cm3.
Houve então um crescimento correspondente na inteligência?
Sim e não. As evidencias paleoantropológicas mostra que sim, mas nem sempre
tamanho do cérebro esta relacionado á inteligência. O que torna um grupo biológico
mais inteligente é a relação entre o numero de circuitarias sinápticas do sistema
Adaptação favorece a sobrevivência. Nada mais que isto. Não existe fixismo onde
espécies não podem sofrer alterações e se tornarem inadaptáveis.
185 – Se o homem veio de uma espécie ancestral graças à ação da seleção natural
promovendo uma adaptação em relação ao meio-ambiente, que tipo de ambiente
seria este?
O homem veio de uma espécie ancestral graças à ação da seleção natural e outros
mecanismos, novamente o autor suprime a atuação de outros mecanismos incitando
um ultra-darwinismo. Depende do ambiente, cada ambiente tem sua dinâmica
ecossistema e com pressões seletivas específicas.
188 – Qual seria a razão pela qual o suposto vermezinho Pikaia, o qual
supostamente teria dado origem à linhagem dos vertebrados, sobreviveu melhor
que a maior parte das outras espécies que foram dizimadas?
Bom, o autor destas perguntas sempre se focou na seleção natural e muitas vezes
confundiu com a sexual. Suponho que ele também seja relacionado a um ultra-
darwinista. No rinoceronte Indiano há um único corno, presente em ambos os sexos,
que mede entre 20 e 53 cm, e que, tal como as nossas unhas, é feito de queratina. Os
juvenis não apresentam corno, pois este só começa a crescer a partir dos seis anos. É
importante referir que o corno não é usado como arma. Não há evidências de
enfrentamento na defesa dos territórios em Rinocerontes africanos ou de Sumatra, já
que os territórios são demarcados com urina, fezes, galhos quebrados e solo
revolvido. Mas pode ser usado pra intimidar outros grupos que queira invadir seu
território, e pode ser usado para raspar arvores e deixar suas marcas.
194 – No que diz respeito à zebra. Sabe-se que a zebra de Grévy (Equus grevy)
apresenta numerosas listras estreitas verticais em todo o corpo, no sentido da
frente para trás; a zebra de Burchell (Eqqus burchelli), por sua vez, possui largas
listas que parte da horizontal do flanco traseiro até mais ou menos o meio do corpo,
assim como listas verticais na parte anterior do corpo. Pergunta: há
verdadeiramente uma utilidade adaptativa nesses diferentes sistemas de listas?
Sim, camuflagem. Estude Sean B Carroll no livro “Infinitas formas de grande beleza”
195 – No que concerne aos comportamentos humanos diversos, qual, afinal seriam
as provas diretas que confirmam que são eles frutos da seleção natural ou que são
determinados geneticamente?
Qual método de datação foi usado? O autor não especifica e na maioria das vezes é de
propósito, pois a datação é feita de modo errado. Método do carbono 14 só é válido
para material orgânico. Este tipo de coisa ocorre muito com grupos criacionistas,
como é o caso das falácias pregadas pela Answer in Genesis.
2 – Russel Humphreys, The Earth’s magnetic Field is young, impact No. 242, August
1993.
Como se pode ver, não há qualquer trabalho publicado em site científico, mas apenas
em sites criacionistas, bem como o que vemos são dois livros e um artigo que tem por
base bibliografia séria que se encontra deliberadamente distorcida.
Outras possíveis rotas para se produzir o C-14 são as seguintes de acordo com (Davis
1977):
13C + 1n → 14C + γ
17O + 1n → α + 14C
15N + 1n → d + 14C
16O + 1n → 3He + 14C
d = deutério.
O C-14 pode ser encontrado em combustíveis fósseis a taxa de 1%, o que indicaria
uma idade de 40 mil anos para tais depósitos.
Todavia, a taxa de 1% é aquela que se encontra nos organismos vivos, o que indica
contaminação por bactérias que vivem nessa região.
Sua taxa de produção pode variar conforme os fluxos de raios cósmicos, e.g. caso
ocorra uma explosão de supernova e devido às variações no campo magnético
terrestre, sendo que neste caso a variação na taxa atinge valores bem significativos,
embora as variações no ciclo do carbono tornem estes efeitos difíceis de serem
percebidos (Davis 1977).
Ou
1n → 1p + -1β0 + νea
Ou
d → u + e− + νea
d = quark down
u = quark up
Sem título
O texto original menciona que foi encontrado C-14 (taxa de 0,09%) em diamantes,
resultando uma idade máxima de 58 mil anos. Ainda, há a alegação de que invocar a
contaminação dos diamantes não procede, pois diamantes não se contaminam.
Acerca do método do C-14/N-14, este serve apenas para datar materiais orgânicos
entre 50 e 70 mil anos, com base no isótopo C-14. Não se datam rochas, petróleo,
carvão ou diamantes por esse método.
Caso se use esse método para fazer uma datação que não aquela de material orgânico,
vc até poderá achar valores, mas, seguramente sua amostra estará contaminada por
material orgânico recente.
O C-14 decai em N-14 e uma partícula beta. Até poderia ter esse nitrogênio
aprisionado no retículo de uma rocha, mas jamais, em tempo algum C14 é para medir
idade de rochas, mesmo porque não haveria C14 aprisionado em retículo de rochas.
Ele decairia antes da rocha se formar. Se fosse uma rocha ígnea então, caso ela
contenha algum carbono, este será de origem mineral.
Sem título
Conforme Michell (1995), os veios de kimberlita mais jovens foram formados entre
70 e 150 milhões de anos na África do Sul e outros veios têm entre 60 e 1.600 milhões
de anos. Os diamantes são trazidos do fundo da terra pelo magma que se solidifica
em rochas como kimberlita e lamproita. Não é o magma que contém diamantes, mas
os xenólitos.
Os diamantes naturais são formados a partir de minerais que contêm carbono, entre
140 a 190 Km de profundidade, na litosfera, abaixo das placas continentais estáveis,
por acreção, ou ainda em locais onde houve impacto de asteróide, uma vez que a
pressão varia de 4,5 a 6,0 GPa. A idade de formação desses diamantes oscila entre 1 a
3,3 bi de anos.
O C ao reagir com o O2 forma o CO2 que é absorvido por plantas e depois estas por
animais, incorporando-se a estrutura dos organismos. O C-14 decai no N-14, em uma
partícula beta e num antineutrino do elétron. Daí, não faz sentido dizer que foram
encontrados traços de C-14 em diamantes, pois carbono de minerais não se faz na
atmosfera. É aquele formado por reações de fusão nuclear dentro do núcleo das
estrelas, sendo que minerais demoram a se cristalizar e o fazem sob condições
especiais, nos núcleos de corpos celestes como planetas ou mesmo meteoritos.
Dessa forma, rechaçar uma possível contaminação do material por resíduo biológico
é no mínimo imprudente e sem sentido, uma vez que diamantes são encontrados em
veios e, nestes veios seguramente pode haver contaminação biológica. Idem em
laboratório ao se limpar um diamante com determinado produto orgânico derivado
de álcool ou mesmo o fato de manusear o material.
Assim, tem de se tomar muito cuidado em dizer que um poço de petróleo tem 2 mil
anos ou que um diamante tem 58 mil anos. Temos de ver se há contaminação por
agentes e resíduos biológicos e se há estratos radioativos em suas proximidades.
Campo magnético:
O texto se encontra no site do ICR e se chama Earth Magnetic Field Young e afirma
que o campo magnético do planeta está decaindo e, ao que parece não admite suas
flutuações, exceto aquelas ocorridas durante o dilúvio [SIC!!!]. O campo magnético
da Terra oscila e se reverte de tempos em tempos e isso já aconteceu muitas vezes e
vai continuar acontecendo enquanto existir um núcleo de Fe fundido no interior do
Planeta. O campo magnético da Terra é revertido em intervalos que variam entre
dezenas de milhares de anos a alguns milhões de anos, com um intervalo médio de
aproximadamente 250.000 anos.
O giro de 180 graus ocorre quando há uma mudança nos padrões de circulação do
ferro derretido que flui em torno do núcleo da Terra e, em conseqüência, como um
dínamo, é criado o campo magnético. A intensidade do campo acontece por um
período de tempo, antes que o ritmo de circulação seja estabelecido e uma nova
polaridade ocorra. Ainda não foi descoberto por quanto tempo o processo ocorre
antes que os novos pólos estejam estabelecidos.
O campo magnético da Terra não é tão simples como se acreditava. Além do dipolo
norte-sul, existe um campo magnético mais débil e disperso por todo o planeta,
provavelmente gerado no núcleo externo da Terra. De acordo com Brad Singer, um
campo magnético mais débil é crítico para a inversão geomagnética.
Se o dipolo mais potente (norte-sul) tem sua força de campo magnético reduzida para
um nível inferior de intensidade, comparada com a do campo magnético distribuído,
normalmente mais débil, a inversão geomagnética torna-se viável. Segundo Bradford
Clement, a reação para esse fenômeno é que na ausência do campo magnético norte-
sul, o núcleo da Terra desenvolve um campo secundário mais fraco com vários “mini-
pólos” na superfície. Veja aqui, aqui e aqui
Eventualmente, os dois pólos principais são estabelecidos outra vez, mas em lados
opostos do planeta, e restauram sua primazia. Dessa forma, achar que a queda no
campo magnético da Terra é evidência de uma Terra jovem, trata-se de mais uma das
criações dos criacionistas, ou seja, é puro nonsense.
Referências
Mitchell, Roger Howard. Kimberlites, Orangeites, and Related Rocks. New York:
Springer, 1995
O fato de ser semelhante não significa que seja primitivo. Características primitivas
podem ser mantidas em grupos de animais recentes. Aranhas da família Liphistidae
na Ásia detém o abdomen segmentado, que é uma condição primitiva, mas são
grupos biológicos de espécies recentes que mantiveram tais características. Amebas
“gigantes” apenas demonstram que os seres unicelulares podem manter-se íntegros
ao longo e bilhões de anos e variar em outras características morfológicas ou
metabólicas.
205 – Por que estratos de rochas com a alegada que existiriam alegadamente há
milhares de milhões de anos contêm zircões, cuja idade, tendo por base o seu teor de
hélio, é de apenas 4.000 a 8.000 anos?
Em uma breve pesquisa nota-se que a pergunta foi construída segundo fontes não
científicas e tendenciosas, como a 95 theses e também essas: Larry Vardiman,
Andrew A. Snelling, Eugene F. Chaffin, Radioisotopes and the age of the Earth, Vol.
2, Institute for Creation Research, El Cajon, CA, 2005, page 56, também a ICR Acts &
Facts, Vol. 31. No. 10 October, 2002. e no Don DeYoung, Thousands … not Billions,
Challenging an Icon of Evolution, Master Books, 2005.
205
De acordo com a figura acima, há diversos decaimentos alfa desde o U-238 até o
O He foi isolado pela primeira vez em nosso planeta no ano de 1895 por Willian
Ramsay.
Ou seja, o isótopo pai perde 2 prótons e dois nêutrons o que demanda um rearranjo
em sua estrutura eletrônica, que o faz perder 2 elétrons. Assim:
α42 + 2e → He42
Assim, respeitada a série do U-238 que decai até Pb-206, do U-235 que decai até
Pb-207 e do Th-232, que decai até Pb-208, temos, respectivamente as seguintes
reações para a formação de He:
Ainda há outros isótopos instáveis presentes nas rochas que decaem emitindo
partículas alfa como ocorre com o Sm-147 ao decair em Nd-143.
A datação por He pode ser utilizada para datar rochas do final do Cenozóico e do
Pleistoceno, uma vez que estas rochas e seus minerais não foram sujeitos à complexa
história das demais rochas e minerais mais antigos. Assim, é provável que todo o
hélio tenha permanecido retido nos retículos cristalinos dos minerais.
Fósseis, bem como minerais e rochas, podem ser datado pela metodologia do hélio. A
quantidade relativamente grande de hélio produzida em rochas pode tornar possível
estender esta metodologia para rochas e minerais jovens, em torno de algumas
dezenas de milhares de anos de idade.
Uma complicação adicional para a datação por He reside no fato de que núcleos de
He viajam em média de 15 a 20 micrometros de distância de seus nuclídeos pais á
medida que são produzidos.
Com isso, dado que essas medidas são similares ao tamanho típico de um cristal,
requer-se uma correção para cima nas medidas de He ou para baixo no teor de Sm, U
e Th medidos, dado que parte deste He foi ejetado do mineral.[Farley, K.A., Wolf,
R.A., and Silver, L.T. (1996), The effects of long alpha-stopping distances
on (U-Th)/He ages, Geochim. Cosmochim. Acta, 60, 4223-4229.] e
[Hourigan, J.K., Reiners, P.W., and Brandon, M.T. (2005), U-Th
zonation-dependent alpha- ejection in (U-Th)/He chronometry,
Geochim. Cosmochim. Acta, 69 , 3349-3365.].
Essa correção de ejeção alfa varia de cerca de 20-40% da idade medida para zircão ou
cristais de apatita com tamanhos típicos. A incerteza associada à correção depende de
incertezas nas medições de dimensões do cristal, da correspondência de morfologias
cristalinas analisadas e originais, e da distribuição de nuclídeos pais, tanto dentro do
cristal como em aproximadamente 20 – mm no ambiente externo durante
acumulação de He na rocha.
Isso indica que as correções na ejeção de partículas alfa pode ser bastante exata e
precisa, caso medidas microscopicamente apropriadas sejam feitas e caso se realizem
as devidas assunções quanto aos cristais datados.
Hoje a técnica de datação por “trítio-hélio” tem sido utilizada para investigar as taxas
oceânicas de utilização de oxigênio. Como exemplo, uma taxa aparente de utilização
de oxigênio de 0,20 ± 0,02 mililitros por litro de água por ano foi obtida para a água
subtropical (com temperatura de 18 ° C ) no Mar dos Sargaços.[Jenkins. Tritium-
Helium Dating in the Sargasso Sea: A Measurement of Oxygen
Utilization Rates].
Assim, podemos concluir que a datação por He não se trata de um problema para a
geocronologia como, deliberadamente, de modo mentiroso afirmam os criacionistas.
Ainda, há que se ter em mente que rochas que passaram por processos repetidos de
fusão e metamorfismo não são adequadas á utilização da metodologia aqui discutida.
206 – Como que a vida média dos elementos radioativos é constante, já que quando
os materiais radioativos são aquecidos a temperaturas de plasma, a meia-vida do
urânio-238, por exemplo, cai de 4,5 mil milhões de anos para apenas 2,08 minutos?
em seu interior. Em sentido oposto ao núcleo solar, estas forças são as exercidas pela
pressão termodinâmica, produzida pelas altas temperaturas internas. No sentido do
núcleo solar, atua a força gravitacional. O grau de ionização do plasma é determinado
pela “temperatura do elétron” relativa ao potencial de ionização (e, com menos
intensidade, pela densidade), numa relação chamada equação de Saha, abaixo
descrita para um gás composto de uma única espécie atômica.
imagem
Onde:
e = base neperiana;
e = carga do elétron
Z = número de prótons do núcleo após a ejeção da partícula alfa, sendo Z*e = carga
nuclear;
As relações entre prótons e nêutrons, no que se refere aos isótopos estáveis, originam
o “cinturão de estabilidade”. Neste diagrama, os núcleos instáveis podem estar acima,
abaixo ou entre os extremos do cinturão de estabilidade.
Para os núcleos que se encontram acima do cinturão de estabilidade, sua relação n/p
é muito alta, sendo que a diminuem emitindo nêutrons (desintegração beta). Ou seja,
convertem nêutrons em prótons.
Para os núcleos que estão abaixo sua relação n/p é baixa, sendo que a aumentam por
emissão de pósitron. Ou seja, convertem prótons em nêutrons.
Os núcleos que estão nessas faixas têm de decair em núcleos que se encontram
dentro do cinturão de estabilidade, ou ao menos em núcleos próximos a ele.
imagem
Mesmo que se levasse o elemento químico ao estado de plasma, tal decaimento não
seria acelerado. Embora o estado de plasma ionize um gás, se tal decaimento
acelerado acontecesse, toda a estrutura atômica e constantes envolvidas na equação
da meia vida se alterariam. Assim, mesmo elementos estáveis cairiam na faixa de
instabilidade presente na carta de nuclídeos e, com isso até mesmo o hidrogênio, o
deutério, trítio, hélio, lítio e demais elementos químicos decairiam quando em uma
estrela.
Estrelas do tamanho do sol chegam até a síntese do ferro por meio da fusão nuclear
normal, uma vez que, ao se tornarem gigantes vermelhas essas estrelas aumentam
seu calor conforme demonstra o diagrama de Hertzsprung Russell, abaixo.
imagem
207 – Por que, tendo por base o calor que é irradiado pelo interior da Terra, a
quantidade de hélio que emerge do interior da Terra corresponde a apenas 4% da
quantidade que seria de esperar se a Terra tivesse 4,5 mil milhões de anos?
Essa informação foi extraída do 95 theses que não é uma entidade científica, de fato,
nem mesmo seu ceticismo é cientificamente justificável (Leia mais sobre o assunto
aqui)
As dúvidas apontadas pelo site de onde foi extraída a pérola, resumidamente, são as
seguintes:
Coloca em dúvida o fato de a Terra ainda manter seu aquecimento, ainda que
originado por decaimento de isótopos radioativos, achando que o planeta já deveria
ter esfriado.
Acompanhe a discussão; quando uma rocha cristaliza, ela forma o retículo cristalino,
que é semelhante a uma gaiola. Obviamente que se a rocha estiver rachada, os gases
podem escapar. Mas a quantidade que escapa é tão ínfima que não altera em nada
nossos objetivos.
Entretanto, como sempre, em tudo que criacionistas criam, impera a mentira. He não
se trata de um subproduto do decaimento da série do U-238 e nem do U-235 levam
ao He, mas ao Rn-222 o qual se mantém aprisionado no retículo cristalino, sendo sua
meia vida de 3,8 dias e depois decai em Po-218.
O He-4 é oriundo do decaimento alfa (2p e 2n) que ocorre na série do Urânio, sendo
que esta partícula alfa ao encontrar-se com elétrons, dentro da rocha, acaba por
combinar-se e formar um núcleo de He. Quando um isótopo sofre um decaimento
alfa, sua estrutura eletrônica também muda. A equação do decaimento alfa é dada
por:
Uma vez que nosso isótopo pai perdeu 2 prótons, para se estabilizar deverá perder 2
elétrons e são estes elétrons que se unem a nossa partícula alfa, que é um núcleo de
He ionizado e assim formam o He42 estável. Esse é o He presente na atmosfera
terrestre.
Mas o He estelar não nos interessa para a datação radioativa, pois é produzido ao
longo de quase todo o decaimento do U-238. O que nos interessa é o U-230 e o
Pb-206, ou seja, as duas pontas.
Mais uma vez a mentira impera!!! O He pode sim escapar da atmosfera a taxas
calculadas quase que ao mesmo nível das taxas de produção.
Ou seja, a ideia de uma Terra jovem com base no He é falsa, não se sustenta.
Por que?
Bom, Banks e Holzer (em Banks, P. M. & T. E. Holzer. 1969. “High-latitude plasma
transport: the polar wind” in Journal of Geophysical Research 74, pp. 6317-6332.)
mostraram que o vento polar contabiliza uma fuga de 2 a 4 x 106 ions/cm2 /seg de
He-4, que é próxima ao fluxo estimado de produção de (2.5 +/- 1.5) x 106
átomos/cm2/seg.
Cálculo para o He-3 levam a resultados similares, ou seja, a uma taxa virtualmente
idêntica ao fluxo de produção estimado.
Possivelmente, essas variações no campo magnético terrestre pode ser uma das
causas de equilíbrio nas proporções de He produzida e perdida.
Teoria cinética dos gases elaborada por Daniel Bernoulli diz que os gases consistem
em um grande número de moléculas se movendo em todas as direções, onde elas
colidem entre si e esse impacto causa uma pressão na superfície de contato que
podemos sentir.
Isso é uma relação entre temperatura e a velocidade das partículas, em que, por amos
à brevidade e ao bom senso, não entraremos no mérito de sua discussão. É suficiente
saber que a teoria cinética de gases nada tem a ver com taxa de escape de gases para o
espaço. O escape de He se relaciona à massa da molécula de He, cuja interação com a
gravidade terrestre é muito pequena e sua densidade em relação a outros gases é
baixa, somente sendo menor que a da molécula de H. Assim, a força gravitacional
atua mais intensamente na molécula He que na molécula de H.
Um planeta pode adquirir uma atmosfera com os gases fluindo do seu interior, pode
capturar materiais voláteis de cometas e asteróides que o atingem ou ter gravidade
suficiente para atrair gases do meio interplanetário.
Todavia é importante saber como os planetas perdem atmosfera, mais do que como
eles adquirem uma.
A atmosfera terrestre gradualmente perde gases para o espaço, porém essa taxa é
pequena. Para o H e o He, a taxa é de 3Kg e 50 G por segundo, respectivamente, o
que em escala geológica é bem significativo.
1 – Por escape térmico – é o mais comum e simples dos processos. O sol aquece todos
os corpos do sistema solar. Para se livrarem desse calor valem-se de 2 formas:
1.1 – Escape de Jeans: O ar evapora átomo por átomo, molécula por molécula no topo
da atmosfera, em um local conhecido como exobase (500 Km acima da superfície
aqui na Terra). Porém o processo para atingir a exobase é lento.
Aqui o ar é tão tênue que raramente as partículas de gás colidem. Porém, nada
impede que partículas com velocidades suficiente escapem para o espaço,
sobrepujando a força de gravidade.
O hidrogênio ao fluir pode capturar e arrastar moléculas mais pesadas, a uma taxa
que diminui com a massa da partícula.
A evidência para a ocorrência de que este escape possa ter ocorrido nos primórdios
da Terra é dada por 3 pistas:
1.2.2 – estrelas são fontes de UV, que possibilita o escape hidrodinâmico e o sol não é
exceção. 1.2.3 – Planetas terrestres jovens podem ter tido atmosferas ricas em H
(redutoras), sendo que o H advém de reações entre a H2O e o Fe, a partir de gases de
nebulosas ou de moléculas de H2O quebradas pela RUV, lembrando que nos
primórdios da Terra ela era quente e houve intenso bombardeio de asteróides o que
propiciou a H2O estar em estado gasoso. Sem duvida isso propiciaria o escape
hidrodinâmico e o arraste de outros gases com a consequente perda para o espaço.
2- Por escape não térmico: aqui, reações químicas ou o choque de partículas, acima
da exobase, catapultam átomos à velocidade de escape.
Este tipo de escape pode envolver íons, partículas que normalmente ficam presas ao
planeta devido ao campo magnético seja ele global (do planeta) ou localizado (devido
a um vento solar).
Com a troca de carga, um íon de H colide com um H neutro e captura seu elétron.
Resultado: um H neutro com alta velocidade e imune ao campo magnético. Este
processo responde pela perda de 60 a 90% do H terrestre.
Estes íons leves podem levar outros íons consigo, sendo que, no passado, se o vento
polar fora mais forte, poderia mesmo ter carregado o Xe.
A evidência para tal é que o Kr, que não tem o mesmo padrão isotópico do Xe,
embora mais leve, deveria ser mais propenso a escapar, mas resiste à ionização,
sendo que o vento polar não o afetaria.
A ejeção ocorre quando não há campo magnético, o que deixa a atmosfera vulnerável
ao vento solar. Este colide com os íons, há troca de carga o que propicia seu escape.
O He pode escapar do planeta por muitas via e conforme demonstrado, sua taxa de
escape é muito próxima de sua taxa de produção, o que invalida a tese criacionista de
que a quantidade de He atestaria uma “Terra jovem”.
Referências utilizadas:
E. Ronald Oxburgh und R. Keith O´Nions, Helium Loss, Tectonics, and the
Terrestrial Heat Budget, Science 237, 25 September, 1987, pages 1583–1588.
Melvin A. Cook, Where is the Earth´s Radiogenic Helium?, Nature 179, 26 January,
1957, page 213.
209 – Como explicar o fato de que, a maioria dos filos de animais que está
representada no registro fóssil aparece pela primeira vez, ‘plenamente formada’, no
Cambriano? “As novas espécies geralmente aparecem no registro fóssil
subitamente, não conectadas com seus ancestrais por uma série de formas
intermediárias.” Ernst Mayr, biólogo evolucionista.
Esta pergunta já foi respondida na questão 68 e tantas outras. Elas estão sim
conectadas, a grande maioria dos grupos que surgem pertencem ao filo dos
artrópodes. E outros a filos que foram extintos. Isso é uma conexão.
As teorias científicas que explicam as origens do sal marinho iniciaram com as idéias
de Robert Boyle e Edmond Halley.
Esta teoria propôs que os sais e outros minerais tinham sido transportados para o
mar pelos rios, tendo sido carregados a partir das terras, devido às chuvas, que
erodiram rochas e carregaram particulado para os mares, no que consiste no
fenômeno da lixiviação.
Esta idéia foi mantida por Lavoisier, que considerava o oceano como uma vasta bacia
de decantação das águas fluviais, o que gerou o famoso paradoxo: “é a água doce que
salga a água do mar”.
Halley notou que do pequeno número de lagos no mundo que não têm saídas para o
oceano (como o Mar Morto e o Mar Cáspio), a maioria tinha alto teor de sais. Este
processo foi denominado de “intemperismo continental”.
Entretanto, a teoria proposta por Boyle, Halley e Lavoisier estava correta em parte.
Dividem-se em: aerólitos – meteoritos rochosos que podem ser côndritos (contêm
côndrulos- grãos arrendondados, formados pela condensação da matéria bruta na
forma de poeira cósmica que estava dispersa no disco proto-planetário que deu
origem ao sistema solar.) e acôndritos (não contêm côndrulos), sideritos –
meteoritos metálicos ou siderólitos meteoritos metálico-rochosos.
Outro ponto é que mares fechados como o Mar de Aral, o Mar Morto e o Mar Cáspio
não possuem balanço iônico como ocorre com os oceanos. Ainda, a presença de
elementos como rádio, ítrio, escândio e lantânio (em proporções muito baixas),
demonstra que os oceanos e a crosta terrestre possuem uma origem comum.
Os íons solúveis nas águas dos rios provêm de alteração química da crosta
continental.
Os rios possuem 35% de íons carbonato, enquanto os mares têm apenas 0,21%; nos
rios há 20,3% de íons cálcio, enquanto que no mar há 1,2%; nos rios há 5,5% de íons
cloreto; nos rios há 11,7% de sílica, enquanto que nos mares há apenas traços. Com
isso, há a indicação de que os sais marinhos tiveram origem diversa daquele dos rios.
[POPP, José Henrique. Geologia Geral. 6ª Ed. Rio de Janeiro, LTC, p.
203 – 236]
Entretanto, para os cloretos, os rios não seriam seus provedores, sendo que a maior
parte desses cloretos é oriunda de cloretos marinhos reciclados, graças aos aerossóis
ou sais cíclicos.
Seguindo o autor, o balanço iônico da água dos rios é bem diferente daquele da água
do mar, principalmente no que se refere aos íons cloreto e sódio.
Assim, os dados acima invalidam a tese de uma reconcentração das águas da chuva e
continentais nos oceanos.
Logo, levantar o problema acerca da salinidade do mar é o mesmo que inquirir sobre
origem dos oceanos. É remontar a acreção planetária, o que nos leva a uma origem
cósmica da salinidade oceânica.
De acordo com o exposto, a maioria dos tempos de residência é calculada com base
no aporte fluvial e na sedimentação. Mas essa medida é útil, pois demonstra o
período de tempo no qual um elemento químico, na forma de um íon permanece em
solução até sedimentar-se. Assim, há uma relação entre tempo de residência de um
elemento químico e o seu teor na água do mar, conforme o gráfico abaixo:
Sem título
A presença dos outros íons dominantes como cloreto, resultaram do escape de gases
a partir do interior da Terra, através de vulcões e fontes hidrotermais, na forma de
ácido clorídrico.
Sem título
A salinidade do oceano tem se mantido estável ao longo das eras, com ligeiras
variações, provavelmente como uma consequência de um sistema tectônico/químico
que recicla os componentes da água, o leito marinho e a água do oceano em si
mesma.
Dessa forma, o teor de sal nos mares pode variar ao longo do tempo, para mais e para
menos, dependendo das condições climáticas.
Tampouco, esse teor é alterado pelos volumes de água dos rios que deságuam no
mar, sendo o maior responsável pelo teor de sais nos oceanos o próprio leito
oceânico, o qual é reciclado.
Assim, como se pode perceber, o sal presente nos oceanos, ou qualquer outro
composto químico ou elemento químico não é uma medida de tempo para a idade da
Terra, como mentirosamente os criacionistas afirmam em seus jogos retóricos.
Veja também:
http://www.uff.br/ecosed/Origens.pdf
http://www.mares.io.usp.br/iof201/c3.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua_do_mar
http://journals.tubitak.gov.tr/earth/issues/yer-11-20-5/yer-20-5-1-1005-11.pdf
http://yak.ifz.ru/pdf-lib-yak/SP1050-277.pdf
http://www.scotese.com/
http://science1.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/2000/ast06oct_1/
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POMEROL, Charles et al. Princípios de Geologia. 14ª Ed. Porto Alegre: Bookman,
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Detlef Busche, Reza Sarvati und Ulf Siefker, Kuh-e-Namak: Reliefgeschichte eines
Salzdoms im abflusslosen zentraliranischen Hochland, Petermanns Geographische
Mitt. 146/2, 2002, pages 68–77.
212 – Como explicar o fato de a evolução darwiniana — quaisquer que sejam suas
virtudes — não fornecer uma heurística frutífera em biologia experimental? Por que
então ela é considerada a pedra angular da biologia experimental moderna?
Henry Morris
Henry Morris
Essa pergunta é respondida pela pergunta 211, no que se refere aos sistemas de
reciclagem dos leitos oceânicos e de remoção de íons da água do mar. A pergunta foi
retirada originalmente do 95 theses. Um dos argumentos a favor de uma terra com
idade recente repetidos com mais freqüência pelo criacionista Henry Morris centra-
se no fluxo de sedimentos dos rios para os oceanos.
Morris
Esta é uma pérola em que o autor se vale de utilização apenas dos dados que lhe
convêm. Mas por quê o níquel? Por que não a prata, que dá uma idade de 2,1 milhões
de anos, ou o sódio, que dá uma idade de 260 milhões?
A resposta é clara; Morris já sabe quão antiga é a Terra, pois Deus disse-lhe que o
planeta tem menos de 10 mil anos de idade. Por isso ele sente-se livre para selecionar
da sua tabela as datas que gosta, e rejeitar as outras que não gosta, sem explicação. A
partir dos dados que Morris apresentou, também poderíamos igualmente concluir
(do número relativo ao fluxo do alumínio) que a Terra só tem 100 anos de idade, e
que a Declaração de Independência, a Guerra de 1812 e a Guerra Civil Americana
realmente nunca ocorreram. Presumivelmente, todas as indicações de que estas
coisas aconteceram mesmo são simplesmente parte da “aparência de antigüidade”
que os criacionistas alegam que Deus deu ao universo.
Dada a grande disparidade que resulta do “método de datação” de Morris, que resulta
em “idades” variando entre 260 milhões de anos e até apenas 100 anos, não nos deve
surpreender que o raciocínio dele esteja errado e que a metodologia utilizada está
errada.
É verdade que há uma taxa com a qual estes vários metais são depositados nos
oceanos pelo influxo dos rios. Mas também há vários processos que removem estes
minerais dos oceanos; a tectonia de placas como foi explicado na questão 211.
Ainda note no gráfico abaixo que o níquel permanece dissolvido na água do mar por
um período entre 105 e 106 anos até ser reciclado. [POMEROL, Charles et al.
Há 2,5 mil milhões de anos, a quantidade de níquel já tinha baixado para metade e
algumas centenas de milhões de anos depois os metanogenes estavam em declínio,
por falta de nutrientes.
POMEROL, Charles et al. Princípios de Geologia. 14ª Ed. Porto Alegre: Bookman,
2013.
W.H. Durum und J. Haffty, Geochimica et Cosmochimica Acta, Vol. 27, 1963, page
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Eugen Seibold und Wolfgang H. Berger, The sea floor, Springer Berlin, 1996, pages
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214 – Como é concebível um universo com a idade de 6 bilhões de anos, visto que
alguns planetas entram em órbita caótica após uns “escassos” 10 milhões de anos?
Isso porque a cosmologia diz que o universo tem 13,8 bilhões de anos. As fontes
usadas pelo autor não correspondem as usadas no corpo acadêmicos. Como
explicaria um criacionista o fato da luz de estrelas (300mil/km/s) distantes demorar
milhões de anos para chegar a Terra? Porque não há astrônomos e cosmólogos que
usam a idade da bíblia como referencia para estudar a origem do cosmos? Porque há
registros arqueológicos de cidades (inclusive bíblicas) mais antigos que 10 mil anos?
216 – Como que os quatro planetas de gás tem anéis, visto que a idade máxima de
um anel não ultrapassa algumas dezenas de milhares de anos?
Existem teorias para isto. Uma teoria concluiu que a formação desses anéis ocorreu
junto com a dos planetas, há cerca de 4 bilhões de anos. Estudos recentes apontam
que sejam mais novos, tendo apenas algumas centenas de milhões de anos (e não
milhares como sugere a pergunta).
217 – Por que o nosso sistema solar contém um número muito menor de cometas de
curta duração do que seria de esperar num sistema planetário com milhares de
milhões de anos?
Errado, nosso sistema solar tem muitos asteróides de curta duração, e cinturões
deles. A ideia que se tem do Sistema Solar é que os cometas de longa duração vêm da
Nuvem de Oort (engloba o sistema solar), os cometas de curta duração vêm da
Cintura de Kuiper (além da órbita de Netuno), e os asteróides vêm da Cintura de
Asteróides (entre Marte e Júpiter). No entanto, já foram encontrados 12 cometas
ativos na Cintura de Asteróides. A Cintura de Asteróides contém mais de 1 milhão de
objetos, com tamanhos entre 1 metro de 800 km de diâmetro. Estes objetos são
asteróides que não se conseguiram unir para formar um planeta terrestre. Mas
recentemente têm sido surpreendentemente encontrados cometas nesta região, o que
vai contra a nossa ideia “ordenada” do sistema solar. E poderão haver muitos mais:
cometas “dormentes” que se parecem com asteróides, mas se vierem para mais perto
do Sol mostram a sua cauda (o gelo é sublimado). Recentemente, uma equipe de
astrônomos propôs uma imagem diferente para o Cinturão de Asteróides: no passado
existiam muitos mais cometas nesta região, e atualmente existirá um cemitério de
cometas dormentes que se assemelham a “rochas mortas” (asteroides).
Os objetos na Cintura de Asteróides são atraídos pela gravidade de Júpiter, por isso
as suas órbitas variam um pouco, colocando-se mais perto de Júpiter em alguns
momentos e mais perto do Sol em outras alturas da órbita. O fato da distância ao Sol
diminuir, faz com que a sua temperatura aumente ligeiramente. Isso faz algum do
gelo dos cometas sublimar.
Nem tudo que ocorre na vida é relacionado a genes. Isto parece ser algo muito mais
relacionado a questões sociológicas. A pergunta não é objetiva.
219 – Até que ponto a seleção natural é exclusiva, enquanto agente da mutação
evolutiva? Todas as características dos organismos devem ser encaradas como
adaptações?
Depende. É exclusiva, ou seja, pune com a morte, quando não trás aptidão na luta
pela sobrevivência, ou se variações nos genes causam danos permanentes a estrutura
funcional dos organismos. Mas nem sempre uma característica negativa compromete
a sobrevivência e por vezes pode auxiliar em outras ocasiões, Como o caso da anemia
falciforme que em certos locais, como a África, pode ser vantajoso.
Não sabemos se ela pode criar tudo. Onipotente é conceito teológico e não científico.
224 – Como explicar a conduta selvagem e impiedosa de líderes políticos, tais como
Lenin, Stalin, Mao, Hitler, Mussolini, num contexto histórico em que a ciência e a
sociedade foram tão fortemente influenciadas por conceitos do darwinismo social?
Qual teria sido a influência dos conceitos darwinistas nas mentalidades desses
ditadores? Como entender o fato de que no mesmo período histórico grande parte
da população mundial esteve sob domínio de várias pessoas tão psicologicamente
desequilibradas?
Quais tipos? O autor não cita tais alelos ou suas ações. O que pode acontecer é que
variações em alelos ocorram. Se elas expressarem uma característica negativa
certamente comprometerá a sobrevivência. Mas muitas características só se
expressam em homozigose.
227 – Qual a relação entre as espécies vivas e as que se encontravam sob a forma
de fósseis?
Qualquer beneficio que traga ainda que seja rudimentar pode favorecer a
sobrevivência. Planarias não enxergam, mas distinguem claridade de escuridão em
seus ocelos. Isso tem um valor adaptativo no seu estilo de vida. O estágio atual de
uma estrutura ou de um órgão não é seu estado final. Variações podem ocorrer e
promover pequenas vantagens no futuro. A biota atual não é o topo da diversificação
da vida. A evolução é dinâmica e novas funções podem surgir nos órgãos.
229 – Pode-se afirmar que as formas como as pessoas selecionam com seus
parceiros são determinadas por mecanismos psicológicos complexos que evoluíram
a partir da seleção natural?
230 – Por quais razões existem, na Via Láctea, muito menos vestígios do que seria
de esperar de uma supernova após muitos milhares de milhões de anos?
Supernova é o nome dado aos corpos celestes surgidos após as explosões de estrelas
(estimativa) com mais de 10 massas solares. Há diversas supernovas na Via Láctea
sim, veja a lista aqui.
Cada grupo tem suas especificidades. Quem destaca o ser humano como auge do
processo evolutivo ou auge da criação descaracteriza as especificidade s de cada
grupo biológico. O ser humano é especial porque tem consciência e dom da fala
apurado. Ora, as outras espécies tem características tão peculiares como as nossas.
Seja um ornitorrinco com sua grande eletrorrecepção, seja o Pitohui tendo penas
toxicas, seja as borboletas com suas asas aerodinâmicas ou o besouro bombardeiro
com suas características peculiar.
É exatamente reconhecer que o gênero humano faz parte da natureza e que somos
parte da biota universal. Temos nosso papel ecológico e somos parte da vida na terra,
estamos inclusos a outras formas de vida, aos animais, como primatas, e quebrar o
preconceito e o antropocentrismo humano colocando a nossa vida como parte da
natureza e parte do universo. Acabar com a mesquinhez da superioridade divina da
humanidade.
Pensamento, alma e cultura são determinados diretamente pelos genes? Até que
ponto um gene pode influenciar o pensamento? Qual gene influenciaria tal
pensamento? Eis perguntas que a biologia faz cotidianamente e que a evolução
também pode explicar.
Veja o livro do Dawkins chamado “O gene egoísta” que trata deste termos como
metáforas. São resultado de processos evolutivos, mas cada comportamento ou
característica, por mais que seja diferente de outras apenas ocorre por permitir a
sobrevivência.
Arbítrio humano esta sobre a especificidade humana. Decidir o que é correto ou não
fazer e consequências do resultado esta além dos genes. Quem decide isto é o homem
em sua consciência e não os genes. Estamos cientes da natureza do homem? Creio
que esta seja uma condição muito mais filosófica do que cientifica evolucionista.
Especialmente no que diz respeito a verdade. O que é a verdade? É âmbito da ciência
defini-la?
237 – Como pode um processo que não tem propósito, nem finalidade, nem
liberdade, gerar um ser em que propósitos e finalidades orientam decisivamente a
capacidade de fazer escolhas livres e conscientes entre alternativas de egoísmo ou
amor, de falsidade ou verdade?
Nem sempre. Covardia e coragem pode ser um termo cunhado por nós. Fugir de uma
luta em que não se pode ganhar pode significar a sobrevivência. Richard Dawkins fala
sobre estratégias evolutivamente estáveis em seu livro “O gene egoísta” e trata da
questão dos pombos e falcões. La trás exatamente este perfil evolutivo e vale a pena
dar uma lida uma vez que traça como esses comportamentos são variáveis dentro de
situações reais.
239 – Argumenta Wilson que a perda dos genes positivos, sofrida pela morte dos
indivíduos disciplinados e devotados, pode ser mais do que compensada pelo ganho
de genes obtido graças à expansão posterior do grupo beneficiado. O cálculo de
probabilidade decrescente na base das tabelas matemáticas de proximidade no
parentesco de Hamilton exige dos macacos uma capacidade de trabalho mental
que, confesso, é muito superior à minha própria. Mesmo lendo Hamilton, eu não
entendi exatamente como funciona. Será que os bugios possuem essa inteligência
pêlos números, inclusive de cálculo de probabilidades, cálculo integral, etc.?
240 – O velho bolchevista que está pronto a aceitar a violência injusta e sacrificar
não somente a vida, mas também a honra, o amor-próprio e o nome, em benefício
de um movimento, de um partido e de um grupo humano – onde teria encontrado a
justificação genética para seu comportamento?
Pergunta muito mais filosófica que científica. Sobre o altruísmo o assunto já foi
respondido nas questões 45, 46, 55, 70, 95 e 235. Aspectos como a guerra, suicídio,
fraticídio são muito mais ligados a aspectos psicossociais. E qual a relação entre
epigenética com tais comportamentos? O autor estabelece correlações falsas, sem
base em artigos e presume muito mais do que afirma. O que é notável é que o numero
de guerras vem diminuindo ao longo do tempo em que a sociedades humanas forma
crescendo. Isso foi algo notado por Steve Pinker.
Porque tal dualismo? Será que a inteligência não emerge no encontro desses dois
mundos? O que é inteligência? A pergunta me aprece muito mais filosófica do que
científica.
243 – Como surgiu a consciência? Como floresceu essa instância ética antinatural?
Melhor ainda – e tenhamos a coragem de usar a expressão! – como se criou,
sobrenaturalmente, a função por Kant denominada imperativo categórico?
No que diz respeito a consciência, ela é sim resultado de processos evolutivos, ligado
ao sistema nervoso central. NEUROSCIENCE AND PHILOSOPHY MUST WORK
TOGETHER, “NÃO É MAIS POSSÍVEL DIZER QUE NÃO SABÍAMOS”, DIZ PHILIP
LOW e ASPECTOS RELIGIOSOS E NEUROBIOLÓGICOS DA CONSCIÊNCIA.
Imperativo pode emergir como um sistema moral adotado por grupos biológicos que
vivem em sociedade, e por assim viver precisam de regramentos. Ainda sim, é algo
muito mais ligado ao desenvolvimento de uma linha filosófica e pouco tem a ver com
uma determinação genética.
245 – No que diz respeito aos famigerados genes egoístas, quando consideramos o
próprio método de reprodução sexual, ao misturar seus genes com os de seu
parceiro sexual, perde o animal 50% do seu patrimônio genético. Como levar em
conta esse fenômeno?
A divisão celular é algo necessário a reprodução. O fato de que genes ou alelos sejam
divididos na reprodução favorece a evolução caso o gameta do sexo oposto também
tenha um alelo que favoreça sua luta pela sobrevivência. A lógica dos genes egoístas é
metafórica e não literal como aprece sugerir o autor da pergunta. Sugere-se ler o livro
“O gene egoísta” com atenção.
246 – Não se deve então conceder valor algum aos propósitos e objetivos religiosos
da humanidade? E, nesse caso, não passam estes de expressões de um
antropomorfismo obsoleto? Os objetivos morais ou estéticos “não são senão”
aspectos subjetivos de fenômenos que devem, apenas, ser estudados no nível
experimental do materialismo científico?
Nas estruturas biológicas, nos genes, na taxa de mutação, nos fósseis. Enfim, as
evidencias estão nas estruturas biológicas.
Sim, microevolutiva. Por ser gradual a evolução trabalha em pequenas variações, que
ao longo de diversas gerações pode proporcionar a origem de novas espécies e grupos
biológicos. Um exemplo mais requintado sobre isso é encontrado em um artigo na
qual demonstra que a diferença de cor da plumagem em algumas aves é utilizada no
reconhecimento da espécie entre as espécies incipientes e está ligado a uma única
substituição de aminoácidos no receptor de melanocortina-1.
250 – O que seria necessário para falsificar a sua crença, por exemplo, que
criaturas terrestres são definitivamente peixes modificados, transformados através
de etapas lentas, pequenas e totalmente fortuitas de animais que respiravam pelas
guelras a animais que respiram por pulmões?
Crença soa como algo relacionado a religião. Evolução não se crê, ou se aceita como
um modelo paradigmático ou não. Negar é algo perfeitamente natural, mas
nãosignifica que a negação seja uma, refutação. Crença no sentido religioso é com
base na fé, onde crer vem do verbo credere relacionado ao Creatore (Criador), ou
seja, ser divino e supremo. A evolução não tem este caráter de crença. Sobre
falseamento da evolução, já foi dito na questão 33.
A pergunta não é objetiva, nem clara. Ao que parece o autor quer evidencias
anatômicas de como animais terrestres se tornaram aquáticos. Ou ao menos é isto
que parece. Existem evidencias de animais marinhos que anteriormente eram
terrestres. Seja o ouvido interno do pakicetus, onde o auditório bulla é formado a
partir do ossoectotimpânico. Isso sugere que se trata de uma transição entre este
grupo extinto de mamíferos terrestres e os modernos cetáceos. Baleias também têm
aparatos tipicamente relacionados a animais terrestres com vestígios evolutivos
clássicos. Anfíbios têm evidências de estruturas que se originaram em ambiente
aquático e hoje são terrestres. Os artigos científicos demonstram isto, e muitas já
foram citados em questões anteriores.
252– Quando aconteceu a grande queda dos pêlos e qual a vantagem isso
representou para o homem?
Na questão 121 parte há parte dessa resposta e principalmente nos artigos da questão
41.
Sim, já foi disponibilizado aqui textos sobre o assunto. Basta rever outras questões.
Para a biologia dos morcegos sugere-se Phylogenetic relationships of Icaronycteris,
Archaeonycteris, Hassianycteris, and Palaeochiropteryx to extant bat lineages, with
comments on the evolution of echolocation and foraging strategies in
Microchiroptera. Bulletin of the AMNH ; no. 235, Auditory features and affinities of
the Eocene bats Icaronycteris and Palaeochiropteryx (Microchiroptera, incertae
sedis) / Michael J. Novacek. American Museum novitates ; no. 2877, Auditory
Features and Affinities of the Eocene Bats Icaronycteris and
Palaeochiropteryx (Microchiroptera, incertae sedis), A evolução do morcego: ele voa
na ponta dos dedos e Primitive Early Eocene bat from Wyoming and the evolution of
flight and echolocation
Contribui? Uma zebra aceitar ser uma contribuinte para a sobrevivência de um leão?
A evolução é uma luta pela sobrevivência, não pela contribuição. Existe um equilíbrio
natural que é recorrente das relações ecológicas, das constantes do universo, mas é
da assimetria que surgem as transformações; seja no cosmo, com a explosão de
supernovas gerando matéria prima para formação estelar ou na inaptidão dos fracos,
favorecendo o diferencial. Essa alegação parece muito mais filosófica ligada a
simetria do cosmos do que o que se nota hoje.
A argumentação é teleológica. Comparação é feita com algo que por nós foi criado.
Não é possível comparar o DNA com algo que foi criado por nós exatamente porque o
que foi criado por nós sabemos que foi criado por alguém dotado de inteligência.
Existem determinadas tecnologias que o homem desenvolveu melhor do que em
grupos biológicos. O ser humano hoje e capaz de armazenar informações
convencionais em moléculas de DNA por exemplo.
para criar vida, sendo que também exigiria a capacidade de construir todas as
máquinas biológicas necessárias?
261 – Por que os estudos de línguas antigas revelaram que a linguagem começou
por ser complexa e se foi simplificando ao longo do tempo, contrariando a noção de
um desenvolvimento evolucionista ascendente dos seres humanos?
264 – De onde veio o espaço para o universo? De onde veio a matéria? De onde
veio a energia para organizar tudo?
A pergunta é sobre física e até mesmo sobre filosofia, mas não de evolução biológica.
A física não trata mais da existência do nada absoluto, de fato, nem a filosofia.
Aconselha-se estudar mais sobre assuntos ligados a singularidade, origem do
universo, termodinâmica, oscilações quânticas e vácuo quântico. A cosmologia pode
fornecer mais informações sobre este assunto que parece ser apresentado de forma
leviana pelo autor.
265 – De onde vêm as leis do universo (gravidade, inércia, etc)? Como é que a
matéria se organizou de forma tão perfeita?
Novamente, a pergunta é sobre física. As leis da física derivam das quatro forças
fundamentais da natureza. Isto esta relacionado a origem do universo sobre a
perspectiva da mecânica quântica, especialmente do vácuo e menor estado de energia
e a separação dessas forças no tempo de Planck. Aconselha-se Le artigos sobre o
assunto uma vez que exige conhecimento técnico e muita leitura sobre o assunto que
não permitiria sintetizar algo em um espaço tão pequeno quanto este.
266 – Quando, onde, porquê e como surgiu a vida a partir de matéria sem vida?
Como aprendeu a vida a reproduzir-se?
268 – Porque motivo um animal reproduziria mais do seu tipo, uma vez que isso
significaria mais bocas para alimentar e diminuiria as hipóteses de sobrevivência?
Será que o indivíduo tem o instinto ou impulso para sobreviver ou será a espécie?
Como explica a origem e a essência desse impulso?
O sistema imune desliga uma importante via, necessária para o sistema imune atacar
corpos estranhos. Como resultado, as células imunes nunca são recrutadas para o
local da implantação e assim não podem prejudicar o desenvolvimento do feto. Esse
processo é a produção de quimiocinas, resultantes da resposta inflamatória local.
Elas recrutam vários tipos de células imunes, incluindo linfócitos T ativados, que
acumulam-se e atacam o tecido ou patógeno. O recrutamento das células T pelas
quimiocinas é uma parte integral da resposta imune. A equipe descobriu que no
começo da gravidez os genes responsáveis pelo recrutamento das células do sistema
imune são desligados dentro da decídua (anexo embrionário encontrado somente nos
mamíferos placentários). Como resultado dessas mudanças, os linfócitos T não são
capazes de acumular dentro da decídua e, consequentemente, não atacam o feto nem
a placenta.
270 – Será possível que semelhanças de “design” entre animais diferentes, prove
que eles tiveram um “designer” em comum, em vez de um ancestral em comum?
Sim, a seleção natural, por essa razão aves e morcegos tem design igual e evidencias
evolutiva de cada um desses grupos biológicos. É mais coerente pressupor uma
explicação natural diante das evidencias do que chutar uma explicação sobrenatural,
pra fora da condição do universo.
271 – Qual é o resultado final de uma crença na evolução (estilo de vida, sociedade,
Eis um exemplo: The Origin of Whales and the Power of Independent Evidence
275 – O que evoluiu primeiro (como, durante quanto tempo, e funcionou sem os
outros)? O sistema digestivo, a comida a ser digerida, o apetite, a capacidade de
encontrar e comer os alimentos certos, os sucos digestivos, a resistência do corpo
aos próprios sucos digestivos (estômago, intestinos, etc.)? O sistema imunitário ou a
necessidade dele? O sistema nervoso, o sistema circulatório, o sistema de reparação
ou o sistema hormonal? A vontade de reproduzir ou a capacidade para reproduzir?
Os pulmões, o revestimento de muco que os protege, a garganta, ou a mistura
perfeita de gases que seriam respirados nos pulmões?
276 – O que evoluiu primeiro: O DNA ou RNA para levar as mensagens do DNA a
diferentes partes da célula?
Por co-evolução. Mimetismos são consolidados por co-evolução. O autor precisa ler
mais sobre o acaso, parece ser aficionado pelo assunto.
Pensamento já foi discutido (questão 104, 233 e 234) Personalidade esta ligada a
construção do ser pela formação da mente e a psicologia tem explicações sobre isto.
Como o assunto exige bastante leitura e texto sugere-se literatura especializada.
Comportamentos, emoções consciência, personalidade estão relacionados a origem
do sistema nervoso central que também há literatura especializada sobre o assunto.
Mas existem sim modelos experimentais e explicativos sobre tais temas. Entretanto,
o autor não consegue fazer uma distinção clara sobre o que ele quer abordar sobre o
tema, se é sobre pensamento, personalidade, comportamento, reprodução sob a
perspectiva da genética, da bioquímica. Não é objetivo ou sucinto em suas perguntas.
282 – O que você teria dito há 75 anos atrás se eu lhe dissesse que tinha um
Celacanto no meu aquário?
283 – O que é assim tão científico na ideia de que o hidrogênio se pode tornar num
humano? É esse o pressuposto da teoria.
Hidrogênio forma o Universo, pois é o isótopo mais comum do universo e não possui
nêutrons (exceto em deutério e lítio) e também participa das pontes de hidrogênio do
DNA. O autor tem pouco conhecimento em bioquímica e química da vida. Sugere-se
leitura de química básica.
285 – Você concorda que tudo o que começa a existir tem uma causa para a
existência? Você nega a lei de causa e efeito?
286 – Quando o “Big Bang” começou o universo, o que foi que explodiu? Donde veio
o primeiro pedaço de matéria, se não de Deus? Donde veio a energia que causou a
explosão? Donde veio o espaço para dentro do qual a explosão se expandiu?
O autor tem dificuldades em aceitar pontos de vista contrários a sua fé, por essa razão
sente necessidade absoluta de afirmar constantemente que só pode vir de Deus. Se o
questionário é feito com base cientifica o autor tem de estar aberto a críticas.
Argumentar que Deus criou não prova nada, apenas que o autor tem uma opinião
sobre o assunto que é respaldada no máximo pela sua fé, e nada mais.
287 – De que maneira pernas evoluíram para asas sem evoluir primeiramente
para [alguma coisa] parcialmente perna, parcialmente asa? Tal [aleijão] seria
inferior, para se locomover, a qualquer uma das duas [alternativas de membros]
totalmente desenvolvidas. Aquela [forma transitória] não tornaria a extinção mais
provável [que tudo], pelo fato de esta criatura ter mais dificuldade em buscar
comida e em fugir de predadores? (A mesma pergunta pode ser feita para escamas
e penas, ou guelras e pulmões, e outros órgãos).
mamífero do deserto de Kalahari, o Suricato, sendo que aqueles que não têm o
privilégio sexual são destinados a servir como guardas, empregados domésticos e
baby-sitters para a pequena tribo, fazendo o que se pode denominar de “voto de
castidade”. Qual a vantagem, já que os guardas ou empregados não se reproduzem,
não demonstrando assim nenhuma vantagem genética? Pela lógica da seleção
natural, tal comportamento não já deveria ter sido naturalmente superado?
289 – O ouvido, como é sabido, é formado por ossinhos internos (malleus, incus e
stapes). Segundo os darwinistas tal órgão teria evoluído a partir de ossos do
maxilar inferior dos répteis, sem que haja formas de transições extintas conhecidas.
Afinal, para que serve 5% de um ouvido? E, como é possível três ossos terem sido
transladado lenta e gradualmente da queixada de um réptil para o ouvido de um
mamífero, por mutações aleatórias, até que coordenadamente tenha sido formado
um perfeito aparelho de audição?
290 – Para que a ameba sequer se incomodaria de evoluir para criaturas “mais
avançadas” tais como o dodô e os dinossauros, uma vez que estas vieram a ser
extintas, enquanto que a ameba ainda está por ai?
A ameba sequer deseja evoluir? Ao que aprece o autor não conhece a teoria da
evolução dada as perguntas por ele aqui feitas. É mais apropriado dizer que a
evolução é resultado da luta pela sobrevivência. Nenhum animal tem intenção ou
desejo de evoluir. O processo evolutivo ocorre ao longo de gerações. E o fato de
existirem eucariotos e amebas por ai apenas demonstra que a vida não exige
necessariamente progressão e aumento de complexidade. Evoluir pode significar
simplesmente sobreviver. Elefantes e amebas eu sobrevivem estão aptos, são seres
capazes de sobreviver. Gerar novas espécies não é a intenção, nem o foco ‘da luta pela
sobrevivência. Recomenda-se ao autor ler livros do ensino médio para que tenha
conceitos básicos antes de participar de debates ou grupos de discussão.
291 – De que forma a vida aprendeu a se auto reproduzir, ou, ao menos, saber que
havia esta necessidade?
O livro “O Que É Sexo?” as autoras Lynn Margulis e Dorion Sagan tratam de vários
aspectos da reprodução e sua origem.
293 – Por qual motivo algo se reproduziria naturalmente, uma vez que, com isto,
apenas criaria disputa por comida, por espaço ambiental e por recursos, e uma
necessidade de prover e trabalhar em benefício deles [os seus descendentes]?
Se não se reproduzisse não haveria prole. Portanto, só prevalece quem cria a geração
seguinte, que é a geração que da existência a espécie.
296 – Somos ensinados que a vida pode ter surgido de proteínas que se
transformou em carboidratos, porém que isso não pode acontecer na presença de
oxigênio. Contudo, já se foi encontrado óxido de ferro de períodos bem antes da
formação da vida na terra. Como explicar isso na concepção evolucionista?
297 – Por que nunca se foi comprovado cientificamente, que em processos naturais
as proteínas podem se tornar carboidratos?
Porque as proteínas conhecidas hoje são fruto de reações catalíticas. RNA auto
298 – Por que, apesar de apresentar diferentes vertigens o DNA dos seres vivos
está programado para produzir exatamente a mesma espécie?
Estar programado para produzir a mesma espécie não o torna fixo. Se o DNA fosse
fixo não teríamos nem mesmo doenças causadas por variações no DNA. Reproduzir
sempre a mesma espécie é sinal de expressão dos genes que caracterizam aquela
espécie, mas mesmo produzindo a mesma espécie variações que são vantajosas
tendem a se disseminar dentro da população. Eventualmente em processos graduais
isso pode isolar populações por preferências ou condições sexuais, comportamentais,
anatômicas e permitir que mesmo sendo compatíveis possam não mais se reproduzir,
gerando assim duas espécies que tenderão a seguir caminhos evolutivos
independentes, ainda sim filogeneticamente relacionados.
Dr. Hoch e seus colegas concluíram que as cigarras provavelmente surgiram nesta
caverna a partir de ovos depositados no solo e que aleatoriamente vagaram para as
cavernas em vez de migrar para a superfície. Experimentos com cigarras de caverna
no Havaí nos últimos 20 anos revelaram populações específicas usam um tipo
sinalização vibracional que parece desempenhar um papel no reforço divergência
populacional em espécies incipientes.
Esse tipo de especiação é chamado de isolamento etológico uma vez que a vibração
ou a vocalização é responsável pela separação de duas espécies. Sabe-se que na
Europa o gafanhoto Chorthippus brunneus e o Chorthippus guttulus são tão
próximas que até os entomologistas tem dificuldade de identifica-las. Embora sejam
geneticamente compatíveis, na natureza elas não se cruzam graças a um isolamento
na freqüência de vocalização das fêmeas. Em um experimento laboratorial onde foi
estimulado artificialmente uma mudança no padrão de vocalização de uma das
espécies e mostrou que geneticamente elas eram compatíveis e o que separava essas
duas populações eram unicamente a vocalização.
301 – Por que razão não são as tartarugas vivíparos? Sim, afinal, quando vão para
terra pôr os seus ovos, não correm grandes riscos; porém, quando irrompem, os
filhotes têm de chegar ao mar o mais depressa possível, ficando então sujeitos a
diversos predadores, que os espreitam? Não seria, pois, o nascimento na água por
viviparidade mais infinitamente proveitoso? Como explicar, então, que a nossa mãe
evolução e a nossa parteira a Seleção Natural não tenham encontrado meios para
fazer as tartarugas acederem à viviparidade, tanto mais que a copulação se faz na
água e que os machos nunca vão à terra?
Reproduzir por ovos é uma característica basal dos repteis. É mantida no grupo na
maioria dos casos por uma questão fisiológica. Nem sempre o que é mais proveitoso
se estabelece em uma espécie, afinal, isso não é determinado por um elemento
consciente. Uma tartaruga simplesmente não pode decidir deixar de produzir ovos.
Seria mais vantajoso para o homem liberar o excesso de nitrogênio pela respiração ao
invés da urina, para evitar perda de água. Entretanto, porque não fazemos isto
conscientemente? Por ser fisiologicamente impossibilitado. Se tal característica é
mais vantajosa, por que o criador não fez as tartarugas vivíparas? Ou a excreção do
nosso excesso de nitrogênio pela respiração?
302 – Por que os cascos dos cavalos estão adaptados à corrida, enquanto os
veados, que correm tão bem quanto eles, não tem necessidade deles?
Fazem parte dos Perissodactila, junto com os rinocerontes e antas. Realmente são
grupos que hoje tem baixa diversidade, mas sobreviveram por ter o seu papel
ecológico estabelecido. De fato, esse grupo (especialmente rinocerontes e antas)
passam hoje por períodos de perda de diversidade biológica e perda de habitat.
304 – Se as cascas dos caracóis constituem uma proteção eficaz, como se explica
que três ordens de gasterópodes, desde a lesma comum até aos nudibrânquios
marinhos, a elas tenham renunciado, sem que esse fato tenha, aparentemente, tido
conseqüências negativas à espécie?
305 – Por que razão é a temperatura tão estável nos mamíferos superiores, isto é,
muito claramente por volta dos 37º, quer no coração da África, entre os antílopes
dos desertos queimados pelo Sol, quer nos gelos dos pólos, entre os ursos brancos?
306 – Sabe-se que o cérebro de alguns animais parece ser muito mais desenvolvido
do que aquilo que são as suas necessidades. A par disto pergunta-se: por que razão
tem o gorila um cérebro tão grande, se leva uma vida quase inativa nas florestas,
onde os alimentos são abundantes e ele não tem inimigos?
307 – Por que razão teriam tido os primeiros representantes do gênero Homo um
cérebro bem mais desenvolvido do que o dos macacos atuais, se o modo de vida de
ambos, de caçadores-e-coletores, era exatamente o mesmo?
Veja Eugene E. Harris1,2* and Diogo Meyer. The Molecular Signature of Selection
Underlying Human Adaptations.YEARBOOK OF PHYSICAL ANTHROPOLOGY
49:89–130 (2006)
308 – Por que razão tem o elefante, de quem se não conhecem inimigos, um cérebro
tão grande e instintos tão desenvolvidos?
Elefantes tem inimigos naturais sim. O tamanho do cérebro não tem necessariamente
a ver com inteligência. Essa é uma falsa correlação.
309 – Por que razão tem o golfinho, que vive uma vida idêntica à da foca, um
cérebro tão grande e instintos tão espantosos?
311 – Por que razão nenhum molusco voa e por que razão não existem insetos com
o tamanho de elefantes?
Qual a relação? O autor não é claro em sua pergunta sobre o que exatamente deseja
saber. Todas as gazelas são devoradas? Se elas se reproduzem, certamente estão
adaptadas a alcançar sua idade reprodutiva e perpetuam a espécie, caso contrário,
animais mortos não se reproduzem.
Pelo simples fato de que a biologia evolutiva não defende um plano do universo,
originado por uma força, causa, princípio ou personalidade superior, arquiteto e
criador, que é a causa suprema, exterior à natureza. A homossexualidade pode ter
uma base evolutiva, isso as evidências indicam, agora para suicídio não. Suicídio e
muito melhor explicado por questões sociológicas ou mesmo psiquiátricas do que
evolutiva. O autor tenta estabelecer uma correlação, ou mesmo correspondência
inexistente para certos fatos.
315 – No que concerne aos batráquios anuros, segundo Delsol, seguiu eles pelo
princípio da parcimônia, adaptando-se conforme o ambiente em que viviam.
Porém, se eles viviam bem nos pântanos, como podiam viver também nos desertos,
sem terem alteradas a sua estrutura? O que os empurrou para lá? Ou teremos de
admitir uma particularidade, ou seja, a extraordinária margem de manobra das
espécies vivas? Em outras palavras: quanto menos adaptado está um ser vivo a um
biótipo específico, melhor se comporta? Por que, afinal, foram eles para os desertos,
onde as condições são diametralmente opostas?
Mais aptidão pode significar não ser um animal de hábitos especialistas, mas sim,
generalistas. Nem sempre eles vão para o deserto. É possível que no passado o que é
deserto atual fosse grandes florestas e as mudanças graduais do clima foram
selecionando os ancestrais as novas condições.
317 – Por que quando um argumento adaptativo falha, tenta-se outro em seu
lugar? Se se descobre, por exemplo, que o rosto largo dos Esquimós não foi uma
adaptação ao frio, dever-se-ia afirmar que fora assim constituído para aumentar a
força mastigatória das suas mandíbulas?
Porque alguma função específica ele pode ter, e as vezes não precisa ter uma função
específica. A explicação cientifica é sempre baseada no que é mensurável, nas
hipóteses mais prováveis. Alegar que é resultado de obra divina não é testável, é
apenas especulativo.
318 – Você poderia citar alguns métodos satisfatórios de medição para adaptação
das populações? Em que sentido é possível afirmar que o homem está melhor
adaptado dos que as moscas, as algas ou uma bactéria?
O homem esta melhor adaptado que as moscas, algas ou bactérias? Ao que parece
todos estão igualmente adaptados, pois todos estão vivos. Perpetuando sua espécie. O
autor desconhece o conceito, a definição biológica para adaptação, sobrevivência,
mutação, aleatoriedade e evolução. A genética de população tem exemplos que
demonstram adaptações evolutivas que o homem passou, desde o aumento
significativo de áreas do sistema nervoso central que ocorreram devido a variações
genômicas antigas e mais recentes até funções imunes e fisiológicas ligadas a
alimentação e exposição a doenças.
319 – Se a asa foi constituída pouco a pouco, para que serviam seus embriões, e por
quais razões eram sempre indispensáveis ao seu possuidor? Não seria um jibóico
absurdo dizer-se que um ser vivo tem sempre necessidade de todos os seus órgãos e
em todos os momentos? Sendo assim, para que as penas quando se está sentado, ou
para que as asas quando não se está voando?
A asa não foi constituída pouco a pouco como o autor sugeriu erroneamente em uma
questão anterior. A pergunta não é clara, pois não estabelece conexão entre
embriologia e asas ou mesmo em relação aos órgãos.
Um olho é útil para um peixe de hábitos cavernícolas? Ou seja, que vive em escuto
total. Qual a funcionalidade das pernas em cobras?
321 – Para que servem, afinal, as patas escavadoras do ralo, que se parecem de
forma notória com as da toupeira? Foram elas adaptadas às escavações? Em sendo
assim, como explicar o caso da formiga cultivadora de cogumelos do Brasil, a qual
não possui o menor vestígio de patas escavadoras?
Formigas em geral cultivam folhas mortas, pois o seu alimento são os fungos e não as
folhas. Não há vestígios de aparelhos de escavação porque elas apenas cortam folhas
para carrega-las ao formigueiro, Não existe relação entre escavação e cultivo de
fungos.
322 – Qual a importância de uma estrutura evolutiva que virá a dar origem à asa
quando se encontra no início de seu desenvolvimento? Ou, mais precisamente, qual
é o interesse de um cotoco de asa, que evidentemente não pode servir para voar?
Não há como discutir o valor de meia asa como se cada asa surgisse
independentemente. Ora a estrutura em si surge com os tetrápodes, ou seja,
embriologicamente tem uma origem e única. Em insetos a origem da asa tem valor
diferente, e estruturas que antes não agiam como asas poderiam ter valores
diferentes, ainda que rudimentares. A conformação anatômica das asas em
tetrápodes é remodelada. A evolução constantemente faz isto. Penas tem a mesma
origem embriológica que as escamas. A função a principio não é o voo…mas as penas
tiveram um grande valor adaptativo para os ovirapterossauria e dinossauros
emplumados…bem como a cooptacão das penas para o voo. Basta olhar os artigos.
323 – Sabe-se que há muito tempo coexistem intactas duas espécies distintas de
flagelados, o que parece contrariar os ditames da Seleção Natural, afinal, por que
razão age ela sobre uma espécies e não sobre a outra?
Quais as fontes? Qual contexto isto ocorre? Que tipo de flagelado. O autor não
fornece detalhes ou referencias sobre o assunto. Sendo muito vaga a pergunta torna-
se descontextualizada e inválida.
Não refuta. Estruturas originais podem ter outra função, e ao se modificar podem ter
sua função modificada. Penas serviam para manutenção da temperatura, variações
da pena no corpo e nas asas permitiram o voo. Nem sempre uma estrutura surge para
uma função. Funções pode ser atribuídas e modificadas para novas funções.
325 – Onde foram parar os ossos de milhões de animais que deveriam morrer
durante um processo de mutação a outras espécies? Macacos com asas, sem rabos,
e com escamas, por exemplo?
Macacos nunca tiveram asas ou escamas, primatas sem cauda existem até hoje, são
chamados de antropoides. O autor cita exemplos que não sai reais para tentar
invalidar uma situação real. Falácia do espantalho.
326 – Existe algum animal em plena fase de transição? Algum animal réptil que
esteja virando mamífero? Ou algum réptil que esteja virando ave?
Todos animal de cada geração é uma forma de transição. Espécies anéis demonstram
novas espécies surgindo de outras. Repteis virando mamíferos ou virando aves em
espaço de uma geração é alegação saltacionista e não macroevolucionista. O autor
desconhece as definições dos termos do assunto.
327 – O DNA, em si, não tem mente para escolher coisa alguma, para selecionar
sozinho um novo código de sobrevivência. Como pode haver alguma meta ou
seleção sem nenhuma inteligência envolvida no processo? Em outras palavras,
como um organismo sabe que deve adaptar-se ao seu ambiente a fim de continuar
existindo? Por que simplesmente não morre?
Um organismo não sabe que deve adaptar-se. Ou ele tem essa aptidão ou não. As
variações que ocorrem no genoma podem gerar alterações ou novas estruturas
anatômicas, fisiológicas, metabólica, proteicas que podem gerar alguma vantagem.
Isso garante a sobrevivência.
329 – Outro problema que afeta a possibilidade de a seleção natural criar novas
formas de vida é o fato de que as formas transicionais não podem sobreviver.
Considere, por exemplo, a afirmação darwinista de que os pássaros evoluíram
gradualmente dos répteis durante um longo período de tempo. Isso certamente
exigiria a transição de escamas para penas. As penas são irredutivelmente
complexas. Uma criatura com a estrutura de meia pena não consegue voar. Seria
uma presa fácil na terra, na água e no ar. Como um animal no meio do caminho
entre um réptil e um pássaro; provavelmente não estaria adaptado a encontrar
comida para si mesmo também. Assim, o problema dos darwinistas é duplo:
primeiramente, eles não têm um mecanismo viável para transformar répteis em
pássaros; segundo, mesmo que o mecanismo viável fosse descoberto, de qualquer
maneira a forma transicional muito provavelmente não sobreviveria. De que
maneira urna criatura poderia sobreviver não tendo mais escamas, mas ainda não
tendo penas?
Todas as espécies são formas de transição, a evolução ao cessou. Cada espécie hoje e
cada geração de cada espécie pode ser considerada um intermediário entre dois
grupos biológicos.
330 – As proteínas são os tijolos da vida. Elas são compostas de longas cadeias de
unidades químicas chamadas aminoácidos. A maioria das proteínas tem em sua
estrutura mais de cem desses aminoácidos, os quais precisam estar numa ordem
bastante específica. É o DNA que contém as instruções para ordenar os
aminoácidos nas proteínas, e a ordem é essencial, pois qualquer variação
normalmente faz a proteína ter uma disfunção. É aqui que surge o problema para
os darwinistas. Se todas as espécies compartilham de um ancestral comum,
deveríamos esperar encontrar seqüências de proteínas que fossem formas
transicionais, digamos, do peixe para um anfíbio ou do réptil para o mamífero. Mas
não conseguimos encontrar isso de modo algum. Em vez disso, descobrimos que os
tipos básicos são isolados uns dos outros em nível molecular, o que parece pôr fim a
qualquer tipo de relacionamento ancestral, observa Michael Denton:
Esse código ordenou os aminoácidos nas proteínas de uma tal maneira que os tipos
básicos estão em isolamento molecular uns dos outros. Não existem transições
darwinistas, apenas vazios moleculares distintos. Os darwinistas não podem
explicar a presença desses vazios moleculares por meio da seleção natural, do
mesmo modo que não conseguem explicar a presença de enormes espaços no
registro dos fósseis. Por que não encontramos sequencias de proteínas que formam
formas transicionais entre as espécies?
DNA são os tijolos de construção da vida. Proteínas são resultados de sua tradução.
Miosina é uma proteína presente nos músculos dos vertebrados, mas esta presente
em grupos de cnidários. Muitas proteínas são altamente conservadas e evidenciam
características comuns entre diversos grupos biológicos. Atuam como indicadores de
homologia. Existem proteínas chamadas de “altamente conservadas” que tem sua
função primordial estabelecida. Muitas delas são enzimas e estão presentes nos 3
reinos da biologia. Muitos genes Hox produzem proteínas que atuam como fatores de
transcrição. Existem genes Hox que inclusive foram duplicados duas vezes e
evidenciam relacionamento filogenético entre peixes e tetrápodes.
O autor não consultou a literatura científica antes de fazer tal pergunta. Michael
Denton tem razões para negar a evolução biológica, seu livro revela que ele pertence a
igreja Betesda, portanto, sua negação pode ter interesses proselitistas.