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Aprendizagem Conectada
Atividades Escolares
1° ano do Ensino Médio
História1
Códigos das Habilidades Objetos de conhecimentos
Identificar, contextualizar e criticar as tipologias
evolutivas (como populações nômades e sedentárias,
entre outras) e as oposições dicotômicas (cidade/
campo, cultura/natureza, civilizados/bárbaros,
(EM13CHS105) razão/sensibilidade, material/virtual etc.), explicitando
as ambiguidades e a complexidade dos conceitos e
dos sujeitos envolvidos em diferentes circunstâncias e
processos.
Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do Estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 1° ano ___
Concepção Criacionista
De onde Viemos?
A questão sobre as origens do homem remete a um amplo debate, no qual filosofia,
religião e ciência entram em cena para construir diferentes concepções sobre a existência
da vida humana e, implicitamente, por que somos o único espécime dotado de
características que nos diferenciam do restante dos animais.
Desde as primeiras manifestações mítico-religiosas, o homem busca resposta para
essa questão. Nesse âmbito, a teoria criacionista é a que tem maior aceitação. Ao mesmo
tempo, ao contrário do que muitos pensam, as diferentes religiões do mundo elaboraram
uma versão própria da teoria criacionista.
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A divisão da carga horária por componente curricular deve ser registrada de acordo com o horário de aula da
respectiva unidade escolar.
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humana à solidão da deusa Nu Wa, que, ao perceber sua sombra sob as ondas de um
rio, resolveu criar seres à sua semelhança.
Criacionismo no Cristianismo
O Cristianismo adota a Bíblia como fonte explicativa sobre a criação do homem.
Segundo a narrativa bíblica, o homem foi concebido depois que Deus criou céus e terra.
Também feito a partir do barro, o homem teria ganhado vida quando Deus assoprou o
fôlego da vida em suas narinas. Outras religiões contemporâneas e antigas formulam
outras explicações, e algumas chegam a ter pontos de explicação bastante semelhantes.
Sendo um tema polêmico e inacabado, a origem do homem ainda será uma
delicada questão capaz de se desdobrar em outros debates. Dessa forma, cabe a cada
um julgar e adotar, por meio de critérios pessoais, a corrente explicativa que lhe parece
mais plausível. (BRASIL ESCOLA)
Concepção Evolucionista
Desenvolvida através de anos de pesquisa e observação das espécies por
Charles Darwin, a Teoria da Evolução, ou Evolucionismo, foi uma importante etapa para a
ciência mundial.
O Evolucionismo surgiu por volta de 1850, e tem como base a ideia de que as
características das espécies passam por seleção ao longo das gerações. Essas
características não são escolhidas por acaso, mas sim por conseguirem sobreviver ao
meio.
Podemos dizer que, em resumo do Evolucionismo, a teoria foi criada e
desenvolvida por diversos cientistas, entre eles destacam-se o naturalista Charles Darwin.
Inglês, nascido em 1809, publicou juntamente com Alfred Wallace a obra A Origem das
Espécies, em 1859, uma série de estudos sobre os mecanismos de evolução das
espécies. A obra marcou época por apresentar um diferente ponto de vista, em que os
principais tópicos das ideias de Darwin eram os seguintes:
– Em todas as suas características, seres da mesma espécie podem apresentar
variações, logo conclui que não são idênticos entre si.
– Organismos possuem uma enorme capacidade de reprodução, porém isso não
significa que todos os descendentes chegarão à idade adulta.
– A quantidade de seres de uma espécie é relativamente constante ao longo das
gerações
– Com isso, existe uma grande luta pela vida entre estes seres, porque apesar de
nascerem muitos, um número limitado consegue chegar à maturidade, o que
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mantém constante o número de indivíduos.
– Organismos com variações favoráveis ao meio conseguem sobreviver mais do que
organismos com variações menos favoráveis
– Por suas variações favoráveis, estes seres têm mais chances de garantir
descendência. Como as características são transmitidas de pais para filhos, os
descendentes também ganham essas variações.
– Podendo se concluir que ao longo das gerações, a influência da seleção natural
sobre os seres é o que mantém ou melhora o grau de adaptação ao ambiente.
Charles Darwin chegou a essas conclusões após uma pesquisa feita em várias
partes do mundo em uma viagem de circum-navegação entre os anos 1831 e 1836. Foi
nesta viagem que o cientista pode notar que diversas espécies parentes tinham diferentes
características dependendo de sua localidade.
Ele ainda pode perceber que entre seres extintos e seres presentes da mesma
espécie que vivem no mesmo ambiente há características comuns. Essas observações o
levaram a afirmar que havia um caráter mutável entre as espécies e não imutável como
era se pensado antes. Chegando à conclusão de que as espécies não se mantinham da
mesma forma ao longo do tempo, elas “evoluíam”.
Mas é preciso salientar que para ele, o significado de evoluir não é
necessariamente se tornar algo melhor. Evoluir, em resumo do Evolucionismo, é mudar
biologicamente com o intuito de se adaptar ao meio em que se vive. Esse processo
Darwin, deu o nome de Seleção Natural.
O conceito de Seleção Natural, em resumo do Evolucionismo, proposto por
Charles Darwin, parte do primórdio da adequação de um aspecto atraente ao ambiente. O
fato deste aspecto se conservar o torna favorável conforme ele é transmitido para as
gerações futuras.
Enquanto esse aspecto ou característica favorável se estabelece na população
como uma característica padrão, sendo transmitida para várias gerações, os aspectos
que não são favoráveis a esse organismo, se tornam cada vez menos frequentes, até não
se perpetuarem reprodutivamente.
Agindo diretamente no conjunto de características particulares, a Seleção Natural
dá mais importância aos meios favoráveis, o que acaba por provocar adaptação do
mesmo. Sendo possível a sobrevivência do organismo portador destas características,
pois essas variações são bem-sucedidas. O organismo se torna mais preparado
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reprodutivamente, com condições para provocar o nascimento de uma nova espécie.
No meio científico, a Teoria da Evolução acabou causando uma grande polêmica.
Apesar de existirem antigos indícios de cientistas que já acreditavam que todas as
mudanças no mundo orgânico e inorgânico eram por causa de uma lei. Contrariando a
ideia de que essas mudanças ocorriam por intervenção geradas por algum milagre, como
escreveu o naturalista Jean-Baptiste de Lamarck.
Outra crença bem definida na época era que as características das espécies eram
imutáveis, ou seja, desde sua origem eram as mesmas. Não existindo o ideal de mudança
sem uma intervenção divina apontada por Darwin .
Essas percepções eram bastantes influenciadas pela religião cristã, em que todos
os seres vivos desde o início do mundo foram criados por Deus. Até mesmo Charles
Darwin, teve dúvidas sobre suas convicções religiosas após os resultados de seus
estudos, o que o fez atrasar a apresentação de sua teoria por 20 anos.
Outra polêmica que rodeia a teoria é relacionada aos seres humanos. Em resumo
do Evolucionismo, existe a indicação de que os humanos têm um ancestral comum com
algumas espécies de macacos, como o chimpanzé, por exemplo. Alguns recentes
estudos de decodificação genética mostram a semelhança de 98% em genes de humanos
e chimpanzé. Entretanto, é importante destacar que isso não significa que o homem vem
do macaco, mas que tem ancestrais em comum. (RESUMO ESCOLAR).
Desafio de História
1. Com base na leitura dos textos apresentados, escreva o que você entendeu por
Criacionismo e Evolucionismo? Qual a diferença entre essas duas concepções?
2. Faça uma pesquisa com no máximo dois membros de sua família. Em qual dessas
teorias eles acreditam? Escreva a opinião de cada um.
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Disponível em https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/primeiros-seres-humanos.htm
Durante milhares de anos, e até hoje, grande parte das civilizações respondeu a
essas perguntas tendo por base suas percepções religiosas do mundo. Gregos, hindus,
vikings, judeus, entre outros, acreditam que o ser humano surgiu a partir da criação de
uma divindade, ou de várias divindades. Essas explicações se inserem no que se
convencionou chamar de Criacionismo, a explicação de que o ser humano foi criado em
algum momento por uma divindade.
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Mas com o desenvolvimento do racionalismo na Europa ocidental e as pesquisas
empíricas, passou-se a criar teorias científicas para explicar a origem do ser humano a
partir de um processo evolutivo iniciado há bilhões de anos. Essas teorias e as pesquisas
que dão base a elas estão sujeitas a constantes questionamentos e continuações,
alterando-se de acordo com os resultados alcançados. No que se refere à origem do ser
humano, há mais dúvidas que certezas sobre uma origem precisa. As pesquisas
paleológicas e arqueológicas possibilitam ver similitudes entre os seres humanos e
algumas espécies de macacos, o que leva a argumentar sobre a existência de um
ancestral comum. Só que em algum momento houve uma divisão evolutiva, que teria
originado os macacos e os seres humanos como os conhecemos.
Algumas pesquisas apontam que os hominídeos teriam dado origem ao ser
humano. Os hominídeos seriam uma família que incluiria o gênero australopithecus e
também o gênero humano. Dentre os australopithecus, encontram-se o australopithecus
animensis, que teria vivido entre 4,2 e 3,9 milhões de anos atrás, e o australopithecus
afarensis, que possivelmente habitava a Terra há 3,9 a 3 milhões de anos. Os dois
possivelmente caminhavam sobre dois pés.
Do gênero homo, o primeiro hominídeo seria o homo habilis, que viveu há 2,4 a 1,5
milhões de anos, fabricando instrumentos grosseiros de pedra, além de desenvolver uma
linguagem rudimentar.
Do homo habilis teria descendido o homo erectus. Habitou a África e depois
alcançou a Europa, a Ásia e a Oceania, por volta de 1,8 milhões e 300 mil anos atrás.
Descobriu o fogo, passou a cobrir o corpo e utilizar instrumentos e ferramentas mais
precisas, provavelmente também elaborou melhor sua linguagem, frente às novas
experiências adquiridas.
Descendente do homo erectus foi o homo neanderthalensis, que conviveu com o
homem moderno, mas não se sabe os motivos que o levaram a desaparecer. Viveu entre
230 e 30 mil anos atrás, criando armas e ferramentas sofisticadas, além de enterrar seus
mortos com flores e objetos.
Também do homo erectus descendeu o homo sapiens, desenvolvedor de
sofisticadas ferramentas, objetos de trabalho, linguagem muito bem articulada e uma
diversidade cultural espantosa. Ele próprio acredita que descende tanto dos deuses
quanto do homo erectus. Continua violento como seus antepassados. Surgiu há cerca de
120 mil anos e ainda hoje habita as cidades e os campos do mundo.
Nossa Espécie
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Os humanos atuais são resultado de grupos distintos, que viveram em várias
regiões e em habitats variados, desde florestas a desertos, uma diversidade que resultou
nas atuais características da espécie Homo sapiens.
Um trabalho, liderado por Eleanor Scerri, da Universidade de Oxford, no Reino
Unido, e que teve a colaboração do pesquisador do Instituto Gulbenkian de Ciência em
Portugal Lounes Chikhi, defende, ao contrário das teses prevalecentes, que “milênios de
separação deram origem a uma desconcertante diversidade de formas, uma mistura” de
antepassados que acabou por moldar as espécies humanas.
“A evolução das populações humanas na África foi multirregional. Nossos
antepassados foram multiétnicos. E a evolução do nosso material cultural foi
multicultural”, afirma Eleanor Scerri no estudo.
Os antropólogos salientam que os humanos atuais não derivam de uma única
população de antepassados, com origem em uma só região da África, como é aceito e
referido com frequência em várias áreas do conhecimento.
O trabalho, publicado nos Trends in Ecology and Evolution, vem desafiar a visão
estabelecida com base no estudo de ossos, artefatos de pedra e análises genéticas, a
que se juntaram reconstituições mais detalhadas do clima e habitats da África, nos
últimos 300 mil anos.
Os cientistas defendem que é necessário “olhar para todas as regiões da África
para compreender a evolução humana e resumem suas conclusões em uma expressão”:
“uma espécie, várias origens”.
Scerri aponta que utensílios de pedra e outros artefatos encontrados em vários
locais são de diferentes períodos. “Há uma tendência continental para uma cultura
material mais sofisticada, mas essa „modernização‟ claramente não tem origem em uma
região ou não ocorre em um único período de tempo”, afirma.
Quanto aos fósseis humanos, “quando olhamos para a morfologia dos ossos
humanos nos últimos 300 mil anos, vemos uma complexa mistura de características
arcaicas e modernas em diferentes locais e em diferentes períodos de tempo”, explica
Chris Stringer, pesquisador no London Natural History Museum, que também participou
do estudo.
Na análise genética, “é difícil conciliar os padrões que vemos nos africanos vivos
e o DNA extraído dos ossos dos africanos que viveram nos últimos 10 mil anos com a
existência de uma população humana ancestral”, explica ainda Mark Thomas,
especialista nessa área e cientista na Universidade College London.
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O estudo divulgado não põe em questão a teoria geralmente aceita de que após
surgir como espécie distinta, o Homo sapiens coexistiu durante bastante tempo com
outras espécies de humanos, como o Homo floresiensis, o Homo neanderthalensis ou
o Homo naledi, que foram desaparecendo face à expansão da espécie humana atual.
Artefatos culturais encontrados em várias regiões da África (Foto: Eleanor Scerri / Francesco d‟Errico /
Christopher Henshilwood)
2) Escreva o nome de todas as espécies de seres humanos que aparecem nos textos.
3) “A evolução das populações humanas na África foi multirregional. Nossos
antepassados foram multiétnicos. E a evolução do nosso material cultural foi
multicultural”, afirma Eleanor Scerri no estudo. Explique com suas palavras o que é dito
nesse parágrafo do texto. (mínimo 4 linhas).
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Aprendizagem Conectada
Atividades Escolares
1° ano do Ensino Médio
Geografia2
Códigos das Habilidades Objetos de conhecimentos
Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do Estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 1° ano ___
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A divisão da carga horária por componente curricular deve ser registrada de acordo com o horário de aula da
respectiva unidade escolar.
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Confira lugares para aproveitar o feriado em Mato Grosso e arredores
Lagoa Encantada em Primavera do Leste
Lagoa encantada
neste final de semana, já que sexta-feira temos mais um
(Foto: Conhecendo MT) feriado.
Reserva do Cabaçal
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Disponível em http://www.morrodamesa.com.br/
As origens de Poxoréu são garimpeiras. No fim do século XIX, garimpeiros
procuravam infrutiferamente diamantes nas cabeceiras do Rio São Lourenço. Mas a 24 de
junho de 1924, João Arenas Teixeira dirigiu-se à Fazenda Firmeza, de Antônio Barcelos,
a fim de formar uma expedição ao Rio São Lourenço. Com Pedro José, José Pacífico,
Antônio Diamantino, Rueda, Francisco Louzada, Félix Abadie e mais um companheiro
foram examinando os cascalhos indicadores de diamante, as formas, no jargão
garimpeiro.
A região, já bem conhecida, apresentava rios ainda sem nomes. O primeiro
diamante foi encontrado no dia 29 de junho e por isso deram o nome de São Pedro ao
córrego. A notícia do diamante se espalhou e a região dos córregos São Paulo, Pombas,
Sete, São Pedro sentiu a corrida garimpeira. A corrutela maior foi a de São Pedro.
Em 1927, ocorreu incêndio desolador em São Pedro e os garimpeiros mudaram-se
para o sopé do Morro da Mesa, a 30 quilômetros da região explorada até então, às
margens do Rio Poxoréu. Assentaram-se os começos de Poxoréu.
A primeira denominação do lugar foi Morro da Mesa, em referência ao exuberante
morro que tem a forma de mesa talhada em arenito triássico. Posteriormente o nome foi
alterado para Poxoréu. A denominação, de certa forma, foi uma homenagem ao povo
boróro.
Poxoréu tornou-se lugar de referência na região, ponto de escala de avião na rota
Cuiabá-Goiás. O município de Poxoréu foi criado em 05 de março de 1939, através dos
Decretos-Lei nº145 e nº 208.
Inicialmente dizia-se Poxorêu, com pronúncia fechada. No entanto, o povo
habituou-se com a pronúncia aberta Poxoréu. Mais tarde, um estudo de numerologia,
executado a pedido do prefeito Lindberg Nunes Rocha, em seu segundo mandato,
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determinou a mudança da grafia para Poxoréo, através da Lei Municipal no 01, de 7 de
julho de 1968.
Crédito: Confederação Nacional dos Municípios
Fonte: Fonte: Disponível em: <https://br.sputniknews.com/brasil/2019110614740488-ibge-miseria-no-brasil-
bate-recorde-e-atinge-135-milhoes>. Acesso em: 8 abr. 2020
Dessa forma, vamos aprendendo que um noticiário e também um texto
histórico são formas diferentes de falarmos sobre paisagem.
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Paisagem urbana
A pesquisa mostra também que a gradual melhora dos indicadores econômicos em 2018
não freou o aumento da miséria no país, tendo em vista que entre 2017 e 2018, 200 mil
pessoas passaram a integrar o grupo em situação de miséria.
Nesse texto, podemos verificar rapidinho qual tipo de mensagem essa paisagem quer nos
comunicar. E partir dela, temos outras informações que nos ajudam a compreender
melhor todas essas informações.
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VAMOS RESUMIR?
Usamos 04 tipos de mensagens para discutirmos sobre o tema de nossa aula: a
paisagem.
Dessa forma podemos resumir agora todas as informações importantes:
1 O que entendemos por paisagem nos quatro tópicos.
2. Os vários tipos de mensagem que foram possíveis utilizar para falarmos
do mesmo assunto.
3. E afinal, como podemos construir nosso conhecimento de geografia a
partir desse assunto.
Desafio de Geografia
1. Reflita e explique como você atua no espaço geográfico em que habita e quais as
suas contribuições para transformar o lugar em que você vive, indicando se são
positivas ou negativas. (FTD.2018)
2. Vá agora na sua janela e veja quais elementos compõem a paisagem que você vê.
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3. No caderno de material indicamos para você quatro tipos de textos e imagens que
nos ajudam a compreender a ocupação do espaço e entender o significado de
paisagem. Agora você está com o desafio de encontrar outra forma de falar sobre
esse assunto.
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4. Agora dê uma olhada nesta imagem. Descreva as modificações que você consegue
observar neste texto.
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Disponível em:
<http://ced3ambiental.blogspot.com/2010/03/ambiente-
natural-e-ambiente-modificado.html > . Acesso em: 8 abr.
2020.
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A crosta é a fina camada da superfície terrestre, e corresponde a uma faixa com
profundidades entre 30 km e 70 km nos continentes e nos oceanos esta profundidade
varia entre 5 km e 10 km, composta por rochas sólidas constituídas por oxigênio, silício,
alumínio, magnésio e ferro.
O manto compreende a segunda camada, representa 83% do volume da Terra,
possui 2.900 quilômetros de extensão e conserva uma temperatura elevada que atinge
3.400ºC. O minério responsável pela formação dessa camada da Terra é o magma,
constituído por silício e magnésio.
O núcleo é formado por minerais como ferro e níquel, corresponde a 16% do
volume do planeta e está dividido em núcleo externo com composição líquida e núcleo
interno com composição sólida. Acredita-se que seu interior seja composto por níquel e
ferro, daí a denominação “nif”.
Minerais e rochas.
Os minerais são compostos químicos inorgânicos, com uma composição
estabelecida, cristalizados e formados a partir de processos inorgânicos ou também
oriundos de asteroides ou meteoritos que atingiram o planeta. Quando agrupados, dão
origem aos diferentes tipos de rochas sendo empregados para diversos fins econômicos.
Entretanto, as rochas são formadas por um conjunto de minerais sólidos resultante
em sua grande maioria da união natural de minerais. A crosta terrestre é formada por
diversos tipos de rochas, sendo classificadas de acordo com sua origem: magmáticas,
sedimentares e metamórficas. O Granito é uma rocha magmática resultante da união
natural dos minerais de quartzo, feldspato e mica, conforme pode ser observado na
imagem abaixo.
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Vamos agora aprender como são formadas as rochas
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de origem, ela altera as suas propriedades mineralógicas, transformando-se em rochas
metamórficas. Exemplo: mármore.
Desafio de Geografia
1. A estrutura interna da Terra pode ser comparada à cebola: pois está dividida em várias
camadas. Entre essas diferentes formas que compõem a estrutura interna do nosso
planeta, qual(is) dela(s) pode(m) ser considerada(s) sólida(s)?
a) ( ) Somente o manto.
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b) ( ) Somente a crosta terrestre.
c) ( ) Somente o núcleo.
d) ( ) A crosta e o núcleo interno.
e) ( ) O manto externo e a crosta.
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Aprendizagem Conectada
Atividades Escolares
1° ano do Ensino Médio
Filosofia3
Códigos das Habilidades Objetos de conhecimentos
(EM13CHS101) Identificar, analisar e comparar diferentes
(EM13CHS101) fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com
(EM13CHS103) vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e
eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos,
sociais, ambientais e culturais.
(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar
evidências e compor argumentos relativos a processos
políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e
epistemológicos, com base na sistematização de dados e
informações de diversas naturezas (expressões artísticas,
textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos e
geográficos, gráficos, mapas, tabelas, tradições orais, entre
outros).
Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do Estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 1° ano ___
TEXTO 1:
Fonte: www.escolaeducacao.com.br
[..] Tinha cinco metros o mapa que dominou o encontro em Berlim, que teve lugar
na Chancelaria do Reich. Mostrava o continente africano, com rios, lagos, nomes de
alguns locais e muitas manchas brancas.
Quando a Conferência de Berlim chegou ao fim, a 26 de fevereiro de 1885, depois
de mais de três meses de discussões, ainda havia grandes extensões de África onde
3
A divisão da carga horária por componente curricular deve ser registrada de acordo com o horário de aula da
respectiva unidade escolar.
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Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
nenhum europeu tinha posto os pés.
Representantes de 13 países da Europa, dos Estados Unidos da América e do
Império Otomano deslocaram-se a Berlim a convite do chanceler alemão Otto von
Bismarck para dividirem a África entre si, "em conformidade com o direito internacional".
Os africanos não foram convidados para a reunião.
À excepção da Etiópia e da Libéria, todos os Estados que hoje compõem África
foram divididos entre as potências coloniais poucos anos após o encontro. Muitos
historiadores, como Olyaemi Akinwumi, da Universidade Estatal de Nasarawa, na Nigéria,
consideram que a Conferência de Berlim foi o fundamento de futuros conflitos internos na
África.
"A divisão da África foi feita sem qualquer consideração pela história da
sociedade, sem ter em conta as estruturas políticas, sociais e econômicas existentes."
Segundo Akinwumi, a Conferência de Berlim causou danos irreparáveis e alguns países
sofrem até hoje com isso.
Novas fronteiras
DESAFIO DE FILOSOFIA
1) Leia a seguir um pequeno trecho do texto que foi trabalhado na primeira semana.
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c) ( ) com a divisão estabelecida na Conferência de Berlim, a África desenvolveu sua
cultura e economia.
d) ( ) a Conferência de Berlim representou o aumento dos conflitos no continente
africano.
e) ( ) as rotas comerciais criadas a partir da divisão da África favoreceram as comunidades
tribais.
Desafio de Filosofia
Sequência de atividades:
1. Leia o texto disponibilizado sobre a colonização da África.
2. Redija um comentário pessoal sobre a exploração econômica dos países africanos
pelos países europeus.
4
A Alegoria da caverna também é conhecida como “O mito da caverna”.
5
Texto extraído do autor: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 6.ed.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.
6
O presente texto apresenta alguns recortes e acréscimos realizados para facilitar a fluência da leitura. Isso não implicará
em prejuízo para a compreensão do mesmo.
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SÓCRATES: Eles são semelhantes a nós. Primeiro, você pensa que, na situação deles,
eles tinham visto algo mais do que as sombras de si mesmos e dos vizinhos que o fogo
projeta na parede da caverna à sua frente?
GLAUCO: Como isso seria possível, se durante toda a vida eles estão condenados a ficar
com a cabeça imóvel?
SÓCRATES: Não acontece o mesmo com os objetos que desfilam?
GLAUCO: É claro.
SÓCRATES: Então, se eles pudessem conversar, não acha que, nomeando as sombras
que veem, pensariam nomear seres reais?
GLAUCO: Evidentemente.
SÓCRATES: E se, além disso, houvesse um eco vindo da parede diante deles, quando
um dos que passam ao longo do pequeno muro falasse, não acha que eles tomariam
essa voz pela da sombra que desfila à sua frente?
GLAUCO: Sim, por Zeus.
SÓCRATES: Assim sendo, os homens que estão nessas condições não poderiam
considerar nada como verdadeiro, a não ser as sombras dos objetos fabricados.
GLAUCO: Não poderia ser de outra forma.
SÓCRATES: Veja agora o que aconteceria se eles fossem libertados de suas correntes e
curados de sua desrazão. Tudo não aconteceria naturalmente como vou dizer? Se um
desses homens fosse solto, forçado subitamente a levantar-se, a virar a cabeça, a andar,
a olhar para o lado da luz, todos esses movimentos o fariam sofrer; ele ficaria ofuscado e
não poderia distinguir os objetos, dos quais via apenas as sombras, anteriormente. Na
sua opinião, o que ele poderia responder se lhe dissessem que, antes, ele só via coisas
sem consistência, que agora ele está mais perto da realidade, voltado para objetos mais
reais, e que está vendo melhor? O que ele responderia se lhe designassem cada um dos
objetos que desfilam, obrigando-o, com perguntas, a dizer o que são? Não acha que ele
ficaria embaraçado e que as sombras que ele via antes lhe pareceriam mais verdadeiras
do que os objetos que lhe mostram agora?
GLAUCO: Certamente, elas lhe pareceriam mais verdadeiras.
SÓCRATES: E se o forçassem a olhar para a própria luz, não achas que os olhos lhe
doeriam, que ele viraria as costas e voltaria para as coisas que pode olhar e que as
consideraria verdadeiramente mais nítidas do que as coisas que lhe mostram?
GLAUCO: Sem dúvida alguma.
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SÓCRATES: E se o tirassem de lá à força, se o fizessem subir o íngreme caminho
montanhoso, se não o largassem até arrastá-lo para a luz do sol, ele não sofreria e se
irritaria ao ser assim empurrado para fora? E, chegando à luz, com os olhos ofuscados
pelo seu brilho, não seria capaz de ver nenhum desses objetos, que nós afirmamos agora
serem verdadeiros.
GLAUCO: Ele não poderá vê-los, pelo menos nos primeiros momentos.
SÓCRATES: É preciso que ele se habitue, para que possa ver as coisas do alto. Primeiro,
ele distinguirá mais facilmente as sombras, depois, as imagens dos homens e dos outros
objetos refletidos na água, depois os próprios objetos. Em segundo lugar, durante a noite,
ele poderá contemplar as constelações e o próprio céu, e voltar o olhar para a luz dos
astros e da lua mais facilmente que durante o dia para o sol e para a luz do sol.
GLAUCO: Sem dúvida.
SÓCRATES: Finalmente, ele poderá contemplar o sol, não o seu reflexo nas águas ou em
outra superfície lisa, mas o próprio sol, no lugar do sol, o sol tal como é.
GLAUCO: Certamente.
SÓCRATES: Depois disso, poderá raciocinar a respeito do sol, concluir que é ele que
produz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível, e que é, de algum
modo, a causa de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna.
GLAUCO: É indubitável que ele chegará a essa conclusão.
SÓCRATES: Nesse momento, se ele se lembrar de sua primeira morada, da ciência que
ali se possuía e de seus antigos companheiros, não acha que ficaria feliz com a mudança
e teria pena deles?
GLAUCO: Claro que sim.
SÓCRATES: Quanto às honras e louvores que eles se atribuíam mutuamente outrora,
quanto às recompensas concedidas àquele que fosse dotado de uma visão mais aguda
para discernir a passagem das sombras na parede e de uma memória mais fiel para se
lembrar com exatidão daquelas que precedem certas outras ou que lhes sucedem, as que
vêm juntas, e que, por isso mesmo, era o mais hábil para conjeturar a que viria depois,
acha que nosso homem teria inveja dele, que as honras e a confiança assim adquiridas
entre os companheiros lhe dariam inveja? Ele não pensaria antes [...] que mais vale “viver
como escravo de um lavrador” e suportar qualquer provação do que voltar à visão ilusória
da caverna e viver como se vive lá?
GLAUCO: Concordo com você. Ele aceitaria qualquer provação para não viver como se
vive lá.
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SÓCRATES: Reflita ainda nisto: suponha que esse homem volte à caverna e retome o
seu antigo lugar. Desta vez, não seria pelas trevas que ele teria os olhos ofuscados, ao vir
diretamente do sol?
GLAUCO: Naturalmente.
SÓCRATES: E se ele tivesse que emitir de novo um juízo sobre as sombras e entrar em
competição com os prisioneiros que continuaram acorrentados, enquanto sua vista ainda
está confusa, seus olhos ainda não se recompuseram, enquanto lhe deram um tempo
curto demais para acostumar-se com a escuridão, ele não ficaria ridículo? Os prisioneiros
não diriam que, depois de ter ido até o alto, voltou com a vista perdida, que não vale
mesmo a pena subir até lá? E se alguém tentasse retirar os seus laços, fazê-los subir,
você acredita que, se pudessem agarrá-lo e executá-lo, não o matariam?
GLAUCO: Sem dúvida alguma, eles o matariam.
SÓCRATES: E agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar exatamente essa alegoria ao
que dissemos anteriormente. Devemos assimilar o mundo que apreendemos pela vista à
estada na prisão, a luz do fogo que ilumina a caverna à ação do sol. Quanto à subida e à
contemplação do que há no alto, considera que se trata da ascensão da alma até o lugar
inteligível, e não te enganarás sobre minha esperança, já que desejas conhecê-la. Deus
sabe se há alguma possibilidade de que ela seja fundada sobre a verdade. Em todo o
caso eis o que me aparece tal como me aparece; nos últimos limites do mundo inteligível
aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver
sem concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de belo. No mundo visível, ela
gera a luz e o senhor da luz, no mundo inteligível ela própria é a soberana que dispensa a
verdade e a inteligência. Acrescento que é preciso vê-la se quer comportar-se com
sabedoria, seja na vida privada, seja na vida pública.
GLAUCO: Tanto quanto sou capaz de compreender-te, concordo contigo.
Desafio de Filosofia
1) De acordo com a leitura do texto a “Alegoria da Caverna” de Platão, assinale as
alternativas:
A alegoria da caverna, ou o mito da caverna, como também é conhecido, é uma metáfora
utilizada pelo filósofo grego Platão para explicar a diferença entre o mundo das ideias e o
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mundo dos sentidos; o processo de saída da caverna do mundo dos sentidos para a parte
exterior, ou seja, para o mundo das ideias acontece por meio da crítica, do conhecimento,
da filosofia7.
No entanto, a „saída‟ da caverna se mostra perigosa para aqueles que não conseguem
enxergar o mundo exterior. Este grupo, então, reage para não conhecer e reconhecer o
novo.
Assinales as questões corretas8:
a) ( ) A Alegoria da Caverna simboliza o processo de emancipação espiritual que o
exercício da filosofia é capaz de promover, libertando o indivíduo das sombras da
ignorância e dos preconceitos.
b) ( ) A Alegoria da Caverna faz referência ao contraste ser e parecer, isto é, realidade e
aparência, que marca o pensamento filosófico desde sua origem e que é assumido por
Platão em sua famosa teoria das Ideias.
c) ( ) Na Alegoria da Caverna, o prisioneiro que se liberta e contempla a realidade fora da
caverna, devendo voltar à caverna para libertar seus companheiros, representa o filósofo
que, na concepção platônica, conhecedor do Bem e da Verdade, é o mais apto a governar
a cidade.
d) ( ) É uma característica essencial da filosofia de Platão a distinção entre mundo
inteligível e mundo sensível; o primeiro ocupado pelas ideias perfeitas, o segundo pelos
objetos físicos, que participam daquelas Ideias ou são suas cópias imperfeitas.
e) ( ) Na Alegoria da Caverna, Platão pretende descrever os primórdios da existência
humana, relatando como eram a vida e a organização social dos homens no princípio de
seu processo evolutivo, quando habitavam em cavernas.
10
Questão disponível em: <https://blogdoenem.com.br/simulado-filosofia-mito-caverna-platao>. Acesso em:14 abr.
2020.
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Aprendizagem Conectada
Atividades Escolares
1° ano do Ensino Médio
Por que estudar a sociedade em que vivemos? Não basta vivê-la? É possível
conhecer a sociedade cientificamente? A Sociologia serve para quê? Essas são
perguntas que muitos estudantes fazem quando encontram essa disciplina na grade
curricular. E as perguntas não param aí. Vamos procurar respondê-las no decorrer de
nossos estudos.
O que se pode dizer, inicialmente, é que a Sociologia, assim como as demais
ciências humanas (História, Ciência Política, Economia, Antropologia, etc.), tem como
objetivo compreender e explicar as permanências e as transformações que ocorrem nas
sociedades humanas e até indicar algumas pistas sobre os rumos das mudanças.
Através dos tempos, os seres humanos buscam suprir suas necessidades básicas
mediante a produção não só de alimentos, abrigo e vestuário, mas também de normas,
valores, costumes, relações de poder, arte e explicações sobre a vida e sobre o mundo.
Viver em sociedade é participar dessa produção. Ao fazê-lo, acabamos produzindo a
história das pessoas, dos grupos e das classes sociais. Por isso, a Sociologia tem uma
estreita relação com a História. Basta dizer que precisamos de ambas para explicar a
existência da própria Sociologia.
Mas qual é o campo de estudo específico da Sociologia? Para entender os
elementos essenciais da sociedade em que vivemos, os sociólogos procuram dar
respostas a questões como estas:
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• Por que as pessoas agem e pensam de uma forma e não de outra?
• Por que nos relacionamos uns com os outros de determinada maneira,
normalmente padronizada?
• Por que existe tanta desigualdade e desemprego em nosso cotidiano?
• Por que existem a política e as relações de poder na sociedade?
• Quais são nossos direitos e o que significa cidadania?
• Por que existem movimentos sociais com interesses tão diversos? Esses
movimentos são revolucionários ou apenas reformadores?
• O que é cultura? Qual a relação entre cultura e ideologia? Como elas estão
presentes nos meios de comunicação de massa?
A Sociologia nos ajuda a entender melhor essas e outras questões que envolvem
nosso cotidiano, sejam elas de caráter pessoal, grupal, ou, ainda, relativas à sociedade à
qual pertencemos ou a todas as sociedades. Mas o fundamental da Sociologia é fornecer-
nos conceitos e outras ferramentas para analisar as questões sociais e individuais de um
modo mais sistemático e consistente, indo além do senso comum. Para Pierre Bourdieu,
sociólogo francês contemporâneo, a Sociologia, quando se coloca numa posição crítica,
incomoda muito, porque, como outras ciências humanas, revela aspectos da sociedade
que certos indivíduos ou grupos se empenham em ocultar. Se esses indivíduos e grupos
procuram impedir que determinados atos e fenômenos sejam conhecidos do público, de
alguma forma o esclarecimento de tais fatos pode perturbar seus interesses ou mesmo
concepções, explicações e convicções.
Ora, uma das preocupações da Sociologia é justamente formar indivíduos
autônomos, que se transformem em pensadores independentes, capazes de analisar o
noticiário, as novelas da televisão, os programas do dia a dia e as entrevistas das
autoridades, percebendo o que se oculta nos discursos e formando o próprio pensamento
e julgamento sobre os fatos, ou, ainda mais importante, que tenham a capacidade de
fazer as próprias perguntas para alcançar um conhecimento mais preciso da sociedade à
qual pertencem. Como bem lembrou o sociólogo estadunidense Charles Wright Mills, a
Sociologia contribui também para desenvolver nossa imaginação sociológica, isto é, a
capacidade de analisar nossas vivências cotidianas e estabelecer as relações entre elas e
as situações mais amplas que nos condicionam e nos limitam, mas que também explicam
o que acontece com nossa vida.
Parafraseando o filósofo inglês Alfred N. Whitehead, podemos dizer que a
Sociologia tem por objetivo fazer com que as pessoas possam ver e analisar o bosque e
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as árvores ao mesmo tempo.
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concentrava no campo, passou a se deslocar para as cidades, onde começavam a se
desenvolver as indústrias. Essa mudança desencadeou importantes transformações no
modo de vida dos diferentes grupos sociais, afetando as relações familiares e de trabalho.
Aos poucos, as normas e valores se estruturariam em novas bases, menos religiosas,
estimulando o desenvolvimento de novas ideias.
Grandes transformações políticas também ocorreram, no contexto do que se
chama de Revolução Industrial, impulsionadas por movimentos como os da
Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa. Procurando entender
essas transformações e mostrar caminhos para a resolução dos problemas por elas
gerados, muitos pensadores escreveram e divulgaram suas teorias sobre a sociedade
anterior e sobre a constituição da nova sociedade, que estava vivendo tantas incertezas.
Criaram-se assim as bases sobre as quais a Sociologia viria a se desenvolver como uma
ciência específica. Entre o final do século XIX e início do século XX, os estudiosos que
mais iriam influenciar o posterior desenvolvimento da Sociologia concentravam-se
fundamentalmente em três países: França, Alemanha e Estados Unidos. Na França,
vários autores desenvolveram trabalhos sociológicos importantes; entre eles, Frédéric Le
Play (1806-1882), René Worms (1869-1926) e Gabriel Tarde (1843-1904). O mais
expressivo deles, porém, foi Émile Durkheim (1858-1917), que procurou sistematicamente
definir o caráter científico da Sociologia, inaugurando uma corrente que por muito tempo
seria hegemônica entre os sociólogos franceses.
Na Alemanha, destacaram-se os estudos sociológicos de George Simmel (1858-
1918), Ferdinand Tönnies (1855-1936), Werner Sombart (1863-1941), Alfred Weber
(1868-1958) e Max Weber (1864-1920), este último o mais conhecido deles, pela
extensão e influência de sua obra.
Nos Estados Unidos da América, a Sociologia desenvolveu-se desde o final do
século XIX e início do XX nas universidades de Chicago, de Colúmbia e de Harvard,
principalmente. Muitos foram os sociólogos que se destacaram; entre eles, Robert E. Park
(1864-1944) e George H. Mead (1863-1932). No decorrer do século XX, a Sociologia
tornou-se uma disciplina mundialmente reconhecida. Os sociólogos estão presentes não
só nas universidades, mas também nos meios de comunicação, discutindo questões
específicas ou gerais que envolvem a vida em sociedade. Os mais destacados,
independentemente do país de origem, ministram cursos e conferências em centros
universitários de todos os continentes e têm seus livros traduzidos em muitos idiomas.
No Brasil, a Sociologia tem alcançado uma visibilidade muito grande, seja por
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causa da presença em todo o território nacional de institutos de pesquisa social ou cursos
de graduação e de pós-graduação, seja pela atuação de sociólogos em muitos órgãos
públicos e privados ou nos meios de comunicação de massa. Assim, a Sociologia e os
sociólogos estão presentes no cotidiano do país. (TOMAZI, 2010)
Desafio de Sociologia
Questões:
1. Como é possível duas crianças brincarem com total liberdade sem levar em conta as
suas diferenças sociais?
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2. Por que, em outro momento, quando essas pessoas já são adultas, não conseguem
mais se relacionar da mesma forma, deixando de lado aquilo que as torna
desiguais?
.
Fonte: Disponível em: <http://bit.ly/2PfnZJM>.
Acesso em: 14 abr. 2020.
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Marx, como você já deve ter ouvido falar, foi um pensador extremamente crítico do
modo de produção capitalista, apontando seu caráter desigual, excludente e explorador.
Marx analisou a sociedade alemã do século XIX, porém seu modelo irá servir para
compreender todas as sociedades capitalistas da época, o que nos ajuda a compreender
também alguns problemas sociais que perduram em nossas sociedades capitalistas
contemporâneas.
De lá pra cá, sociólogos e sociólogas vêm aperfeiçoando o estudo da Sociologia,
buscando não apenas entender melhor os fenômenos sociais, como também evidenciar a
importância de pensar sobre eles para que possamos viver em uma sociedade mais justa,
igualitária, harmoniosa e feliz.
A Sociologia busca superar a visão do senso comum, que costuma ser carregada
de pressupostos e preconceitos.
A ciência sociológica nos mostra que uma opinião é diferente de uma análise
crítica, pois enquanto a primeira se reduz a um comentário baseado na própria
experiência, a segunda está ancorada na pesquisa, no conhecimento científico sobre
dado assunto.
Todos e todas temos direito a ter opiniões sobre qualquer assunto, mas achar que
nossas opiniões podem servir de base para analisar a sociedade e apontar caminhos para
o desenvolvimento da mesma é um pensamento errôneo e perigoso que a Sociologia
busca combater.
A Sociologia é uma ciência tão importante como a Química, a História, a Biologia e
a Matemática, sendo seu estudo, em todos os níveis do ensino básico, fundamental para
o aprimoramento do ser humano, como cidadão crítico que vive em sociedade.
Desafio de Sociologia
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c. ( ) A Sociologia surge no período Entre Guerras e sua principal função, desde seu
surgimento, é transformar a sociedade em um lugar mais justo e harmônico.
d. ( ) O primeiro grande pensador da ciência sociológica foi Durkheim, embora Comte seja
considerado o pai da Sociologia,
e. ( ) O primeiro pensador da Sociologia a criticar o sistema capitalista foi Karl Marx.
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES - 1º Ano do Ensino Médio
Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do Estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 1° ano ___
Questão 2
(UNESP,2008) “O mundo seria ordenado demais, harmonioso demais para que se possa
explicá-lo sem supor, na sua origem, uma inteligência benevolente e organizadora. Como
o acaso poderia fabricar um mundo tão bonito? Se encontrassem um relógio num planeta
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qualquer, ninguém poderia acreditar que ele se explicasse unicamente pelas leis da
natureza, qualquer um veria nele o resultado de uma ação deliberada e inteligente. Ora,
qualquer ser vivo é infinitamente mais complexo do que o relógio mais sofisticado. Não há
relógio sem relojoeiro, diziam Voltaire e Rousseau. Mas que relógio ruim o que contém
terremotos, furacões, secas, animais carnívoros, um sem-número de doenças – e o
homem! A história natural não é nem um pouco edificante. A história humana também
não. Que Deus após Darwin? Que Deus após Auschwitz?”
André Comte-Sponville. Apresentação da filosofia, 2002. Adaptado.
Sobre os argumentos discorridos pelo autor, é correto afirmar que a existência de Deus é:
a) defendida mediante um argumento de natureza estética, em oposição ao caráter
ideológico e alienante das crenças religiosas.
b) tratada como um problema sobretudo metafísico e teológico, diante do qual são
irrelevantes as questões empíricas e históricas.
c) abordada sob um ponto de vista bíblico-criacionista, em oposição a uma perspectiva
romântica peculiar ao iluminismo filosófico.
d) problematizada mediante um argumento de natureza mecanicista-causal, em oposição
ao problema ético da existência do mal.
e) tratada como uma questão concernente ao livre-arbítrio da consciência, em detrimento
de possíveis especulações filosóficas.
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES - 1º Ano do Ensino Médio
Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do Estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 1° ano ___
Geografia
1- Leia o Poema a seguir e responda as questões abaixo. Lembre-se que um poema é
uma expressão artística e literária na qual a imaginação e a beleza são mais importantes
que a realidade.
Paisagem, país
feito de pensamento da paisagem,
na criativa distância espacitempo, margem,
documentos, quando as coisas existem
mais do que existimos: nos povoam
e nos olham, nos fixam. Contemplados,
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delas somos pasto somos a paisagem da paisagem
ANDRADE, Carlos Drummond de. Paisagem: Como se faz. In:___As impurezas do
branco. Rio De janeiro: Jose Olympio,1973.
a) Depois de ler o poema, explique o que o autor quis dizer com a frase “A paisagem vai
ser”.
R.______________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
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b) Que elementos podem ser observados em cada uma das paisagens retratadas?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
c) Aponte mudanças e permanências
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
3- (Cesgranrio-adaptada) – Os agentes internos e externos são responsáveis por modelar
e modificar o relevo terrestre, as modificações que ocorrem na crosta e as formas que
assumem essas alterações, é INCORRETO afirmar que
a) os movimentos tectônicos, que provocam dobras e falhas, são os mais duradouros e os
que mais profundas alterações determinam nas paisagens.
b) o vulcanismo extrusivo determina derrames de rochas ácidas e básicas, sendo que as
últimas formam depósitos mais extensos.
c) os falhamentos ocorrem, de um modo geral, em terrenos pouco resistentes, e são
responsáveis pela formação de “horts” (blocos deprimidos) e “graben” (blocos
levantados).
d) as águas correntes são os mais importantes agentes de erosão a sedimentação,
exercendo sua ação, sobretudo por meio do trabalho fluvial.
e) a erosão eólia dá lugar a formas pitorescas (mais estreitas na base), em virtude da
ação do vento ser mais intensa na superfície.
4- São aquelas que surgem a partir do resfriamento do magma expelido em forma de lava
por vulcões, formando a rocha na superfície e em áreas oceânicas. Como nesse processo
a formação da rocha é rápida, ela apresenta características diferentes das rochas
intrusivas. Um exemplo é o basalto.
O texto acima está se referindo a um tipo de rocha. Assinale a alternativa correta.
a) Rochas metamórficas.
B )Rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas.
c) Rochas sedimentares.
d)Rochas ígneas, intrusivas ou plutônicas.
e) Rochas Plutônicas.
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES - 1º Ano do Ensino Médio
Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do Estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 1° ano ___
Sociologia
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3) As ciências sociais se dedicam a fazer boas perguntas sobre a vida social, o conjunto
de relações que as pessoas estabelecem quando vivem juntas. O profissional que se
dedica a este trabalho é
a) o geógrafo.
b) o arqueólogo.
c) o sociólogo.
d) o matemático.
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES - 1º Ano do Ensino Médio
Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do Estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 1° ano ___
Filosofia
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