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BIOLOGIA
UNIDADE 2
CURSO DE BIOLOGIA
Eu sou o Professor Ricardo Rosa e serei o responsável pelas videoaulas, material de apoio, plantão de dúvidas
e seleções de exercícios da disciplina de CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ou BIOLOGIA, do seu curso preparatório para
o ENEM e demais vestibulares da ACADEIMA FILADD BRASIL. Em toda as videoaulas, materiais de apoio,
plantões de dúvida e seleção de exercícios vou te apresentar os conteúdos e as orientações necessárias para
que você tenha um excelente desempenho nas provas que prestar e obtenha a sua aprovação. São muitos
anos de experiência na preparação de alunos em cursos pré-vestibulares, que coloco à disposição para você,
querido(a) aluno(a), objetivando que você use o seu tempo com inteligência, disciplina e eficiência. Conte
comigo. Ok? Um grande abraço. Vamos lá. Caro(a) aluno(a) seja bem-vindo ao estudo da UNIDADE 2 ->
MOLÉCULAS – CÉLULAS - TECIDOS. Este tema é um dos pilares da Biologia. Sua importância está em compilar
e sintetizar diversos conceitos e princípios básicos estudados em outras subdivisões das ciências biológicas.
Não se preocupe com termos e conceitos novos, pois serão explicados e exemplificados para o seu melhor
entendimento do módulo. Os requisitos necessários estão no material a seguir. Basta que você assista as
aulas com atenção, leia os textos correspondentes e faça o seu próprio resumo. Ao escrever um texto autoral,
você aprende com eficiência e reduz a utilização da memória. É importante saber que estudo eficiente não é
decoreba. A memória definitiva e de longa duração é importante e não a temporária, que é usada para
decorar conteúdos em véspera de provas. Essa memória se perde rapidamente e em situações de estresse,
como a da prova. É o famoso ‘deu um branco’. Por isso, querido(a) aluno(a) estude SEMPRE escrevendo.
Assista as aulas, faça as suas anotações, leia os textos, faça as suas anotações e seus resumos. A produção
autoral te dá repertório, que é fundamental para as provas que têm questões dissertativas e, principalmente,
para a redação. Por isso, leia e escreva. Combinado? Nas aulas, você terá o que é esperado que você saiba.
Porém, você perceberá que, às vezes, é necessário um conteúdo anterior e básico para entender
completamente a aula assistida. Esse é um caso típico de leitura deste material, entendeu? Nele você
encontra todos os requisitos teóricos para entender as videoaulas. Por isso, assista as aulas, leia o material
de apoio e, se necessário, assista a aula novamente. Você verá que a aula fica muito mais clara e o seu
entendimento maior. Ok? Não indicarei material extra para leitura, ok? Você já tem material suficiente para
assistir, ler e treinar. Ok? Esse é o nosso acordo. Você assistirá as aulas, lerá os textos, fará os seus resumos,
resolverá exercícios e se precisar, assista aulas novamente. O material a seguir é a teoria necessária para que
você estude eficientemente, domine e entenda a UNIDADE 2 -> MOLÉCULAS – CÉLULAS - TECIDOS. No
material, você encontrará as imagens utilizadas nas aulas, ou seja, as LOUSAS e os exercícios resolvidos. A
SELEÇÃO de EXERCÍCIOS estará em um arquivo a parte na pasta de BIOLOGIA. OK? Fácil de achar, não se
preocupe.
A célula é a unidade morfoestrutural e funcional dos seres vivos. Assim, é capaz de produzir seus componentes
e, consequentemente, crescer e multiplicar-se. Alguns organismos são unicelulares e têm o corpo formado
por uma única célula. Mas, em sua grande maioria, os seres são pluricelulares. Um conjunto de células pode
originar um tecido, que pode ser definido como um conjunto de células semelhantes, adaptadas a uma
determinada função. Há quatro tipos básicos de tecidos animais, em função do tipo e função das células que
os constituem: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. Os tecidos, por sua vez, geralmente se reúnem para
formar órgãos, que atuando integradamente, compõem os sis temas ou aparelhos do organismo. E,
finalmente, um conjunto organizado de sistemas, como um todo, forma um indivíduo ou organismo.
A importância da Citologia
A importância reside no fato de que o conhecimento sobre a célula constitui a base para o estudo de outras
disciplinas. Além disso, os fenômenos fisiológicos essenciais dos organismos vivos ocorrem em nível celular,
ou seja, as necessidades básicas de um organismo representam as mesmas de suas células. O estudo que
procura relacionar e integrar a morfologia à fisiologia torna-se mais interessante. É fundamental o estudo do
núcleo, em virtude do papel deste constituinte na coordenação da atividade celular e na transmissão dos
elementos hereditários, os cromossomos e os genes.
O descobrimento da célula
A invenção do microscópio permitiu a descoberta da célula, por Hans e Zacarias Jensen (1590). Robert Hooke,
em 1665, apresentou resultados de suas pesquisas sobre a estrutura da cortiça, observada ao microscópio
em finos cortes. O material apresentava-se formado por pequenos compartimentos hexagonais, delimitados
por paredes espessas. Cada compartimento foi chamado célula (pequena cavidade). O tecido observado por
Hooke, súber, era composto por células mortas, em cujas paredes houve depósito de suberina, tornando-as
totalmente impermeáveis.
A observação da célula
Por apresentarem dimensões tão reduzidas, as células não podem ser vistas a olho nu. Para permitir as suas
observações e estudo, o aparelho habitualmente usado é o microscópio óptico comum ou microscópio
composto, que costuma dar aumentos de até 2 000 vezes. No óptico, as células podem ser observa das vivas
(“a fresco”) ou mortas (“fixadas”) pelo álcool e formol, por exemplo. É comum o uso de corantes para dar
maior realce às estruturas celulares.
Alguns deles podem ser usados em células vivas (corantes vitais), mas, em geral, são aplicados após a morte
(fixação) da célula. Os órgãos são observados, na maioria das vezes, em finos cortes feitos com um aparelho
chamado micrótomo.
O microscópio eletrônico, atualmente mais utilizado nos estudos citológicos, dá aumentos da ordem de até
250 000 vezes. A estrutura da célula observada ao microscópio eletrônico, logicamente com muito mais
detalhes do que se observada ao microscópio comum, é chamada ultraestrutura celular.
Teoria celular
Uma das mais importantes generalizações da Biologia é a teoria celular, que pressupõe as seguintes
premissas:
Todos os organismos vivos são formados por células. Tal generalização estende-se desde os organismos mais
simples, como bactérias, amebas, até os mais complexos, como um homem ou uma frondosa árvore. A única
exceção é o vírus.
Todas as reações metabólicas de um organismo ocorrem em nível celular. Em qualquer organismo, as reações
vitais, ou seja, o metabolismo sempre acontece no interior das células.
As células originam-se unicamente de células preexistentes. Não existe geração espontânea de células. Por
meio de processos de divisão celular, as células-mães produzem células-filhas, provocando a reprodução e o
crescimento dos organismos.
As células são portadoras de material genético. As células possuem DNA (ácido desoxirribonucleico), por
meio do qual características específicas são transmitidas da célula-mãe à célula-filha.
UMA VISÃO GERAL DA CÉLULA
As células são unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos, ou seja, todos os seres vivos são
formados por células - compartimentos envolvidos por membrana, preenchidos com uma solução aquosa
concentrada de substâncias químicas. As formas mais simples de vida são células individualizadas que se
propagam por divisão binária ou cissiparidade. Há muitos tipos diferentes de células, que variam
enormemente em tamanho, forma e funções especializadas. E, em cada organismo multicelular seja ele o
corpo humano ou a planta de milho, há dúzia ou centenas de diferentes tipos celulares, todos altamente
especializados funcionando juntos na forma de tecidos e órgãos.
E, não importa quão grande e complexo seja o organismo, cada um dos seus tipos celulares retém alguma
individualidade e independência. Apesar das muitas diferenças visíveis, várias espécies de células são
admiravelmente semelhantes nas suas características estruturais básicas. As células são pequenas e
complexas, o que torna difícil ver suas estruturas, descobrir sua composição molecular e, mais difícil ainda,
encontrar funções para seus vários componentes.
O problema da origem das células está diretamente relacionado com a origem da vida em nosso planeta.
Admite-se que as primeiras células que surgiram na terra foram as procarióticas, ou seja, células cujo material
genético está disperso no hialoplasma. Isso deve ter ocorrido há 3,5 bilhões de anos, no começo do período
Pré-Cambriano. Naquela época a atmosfera provavelmente continha vapor de água, amônia, metano,
hidrogênio, sulfeto de hidrogênio e gás carbônico. O oxigênio livre só apareceu depois, graças à atividade
fotossintética das células autotróficas. Antes de surgir a primeira célula teriam existido grandes massas
líquidas, ricas em substâncias de composição muito simples. Estas substâncias, sob a ação do calor e radiação
ultravioleta vinda do Sol e de descargas elétricas oriundas de tempestades frequentes, combinaram-se
quimicamente para constituírem os primeiros compostos contendo carbono. Substâncias relativamente
complexas teriam aparecido espontaneamente. Stanley Miller realizou em 1953 experimentos fundamentais
que corroboraram essa possibilidade. Produzindo descargas elétricas em um recipiente fechado, contendo
vapor de água, Hidrogênio, Metano e amônia, descobriu que se formavam aminoácidos, tais como alanina,
glicina, e ácidos aspárticos e glutâmicos.
Estudos posteriores, simulando as condições pre-bióticas, permitiram a produção de 17 aminoácidos (dos 20
presentes nas proteínas).
Teoria Mista
É possível que as organelas que não contêm DNA, como o retículo endoplasmático e o aparelho de Golgi. se
tenham formado a partir de invaginações da membrana celular, enquanto as organelas com DNA
(mitocôndrias, cloroplastos) apareceram por simbiose entre procariontes.
A célula procariótica mais bem estudada é a bactéria Escherichia coli. Dada a sua simplicidade estrutural,
rapidez de multiplicação e não patogenicidade. A E. coli revelou-se excelente para os estudos de biologia
molecular.
A organização da célula
Analisaremos nesse item a descrição sumária de uma célula animal típica, observada ao microscópio
eletrônico, a fim de que tenhamos uma primeira ideia sobre organização celular.
Reconhecemos na ilustração de uma célula, a seguir, três componentes fundamentais: membrana,
citoplasma e núcleo.
Por metabolismo entende-se o conjunto de reações bioquímicas que ocorrem nas células e que são
fundamentais para a existência, manutenção, manifestação e propagação da vida. Pode-se dividi-lo,
considerando as estruturas celulares e as substâncias químicas envolvidas, em metabolismo energético, de
construção e de regulação.
Podemos considerar mais duas ideias sobre metabolismo celular: Anabolismo - reações químicas de síntese,
que a partir de moléculas menores produzem moléculas maiores; e Catabolismo – reações químicas de
degradação que transformam moléculas grandes em unidades menores.
A Citologia estuda a célula, sua estrutura e funções. No entanto, é fundamental entender bem a sua
composição química celular. A análise do conteúdo celular revela a existência de componentes minerais e
orgânicos. Os primeiros compreendem a água e os sais minerais, os últimos estão agrupados em quatro
categorias: açúcares, lipídios, proteínas e os ácidos nucléicos. Os ácidos nucleicos estão presentes nas células
de qualquer organismo e suas quantidades são variáveis entre espécies diferentes. Estudaremos seus detalhes
e a causa dessa variação mais adiante e, por essa razão, não estão presentes na tabela a seguir:
Água 60 75
ÁGUA
A água é solvente universal e, portanto, necessária para que as substâncias possam se encontrar e reagir. A
água também ajuda a evitar variações bruscas de temperatura, atuando na termorregulação dos seres vivos,
pois apresenta valores elevados de calor específico, calor de vaporização e calor de fusão. Organismos
pecilotérmicos não podem viver em lugares com temperaturas abaixo de zero, pois como não são capazes
de controlar a temperatura do corpo, a sua água congelaria e os levaria à morte. É importante nos processos
de transporte de células e de substâncias, intra e extracelulares, a água tem importante participação, assim
como na eliminação de excretas celulares. A água também tem função lubrificante, em regiões onde há
atrito, como nas articulações.
A quantidade de água varia de acordo com a taxa metabólica. Quanto maior a atividade química
(metabolismo) de um órgão, maior o teor hídrico. Ver tabela a seguir:
Músculos 83,4
Cérebro 77,8
Pulmões 70,9
Coração 70,9
Osso 48,2
Dentina 12,0
De acordo com a Idade. Por exemplo, o encéfalo do embrião tem 92% de água e o do adulto 78%. A taxa de
água em geral decresce com a idade e, finalmente, com a espécie. Por exemplo, na espécie humana há 64%
de água, nas medusas 98%, nos esporos e sementes vegetais há 15%.
Tem concentração intracelular sempre mais baixa que nos líquidos externos. A membrana
+
Sódio (Na ) plasmática, por transporte ativo, constantemente bombeia o sódio, que tende a penetrar por
difusão. Importante componente da concentração osmótica do sangue juntamente com o K .
É mais abundante dentro das células. Por transporte ativo, a membrana plasmática absorve o
Potássio (K+) potássio do meio externo. Os íons sódio e potássio estão envolvidos nos fenômenos elétricos
que ocorrem na membrana plasmática, na concentração muscular e na condução nervosa.
Componente dos ossos e dentes. Está no ATP, molécula energética das atividades celulares. É
Fosfato (PO4-3)
parte integrante do DNA e RNA, no código genético.
Podemos citar os seguintes polímeros: proteínas, ácidos nucléicos e polissacarídeos, cujos monômeros são,
respectivamente, aminoácidos, nucleotídeos e monossacarídeos.
POLISSACARÍDEOS (GLICÍDEOS)
Os glicídios são também conhecidos como açúcares, sacarídios, carboidratos ou hidratos de carbono. São
moléculas compostas principalmente de: carbono, hidrogênio, oxigênio. Os açúcares mais simples são os
monossacarídios, que apresentam fórmula geral CnH2nOn .
PRINCIPAIS MONOSSACARÍDEOS
é a molécula mais usada pelas células para obtenção de energia. Sintetizada pelos seres
Glicose (6C)
clorofilados, na fotossíntese. Abundante em vegetais, no sangue, no mel.
Frutose (6C) Muito comum em frutas e, também, apresenta papel fundamentalmente energético.
LIPÍDIOS
Fazem parte deste grupo as gorduras, os óleos, as ceras e os esteróides, compreendem um grupo muito
heterogêneo, cuja característica comum é a insolubilidade em água e a solubilidade em solventes orgânicos,
como o xilol, o éter, a benzina e o clorofórmio. As gorduras e os óleos formam o grupo dos triglicerídios, pois,
por hidrólise, ambos liberam um álcool chamado glicerol e 3 "moléculas" de ácidos graxos. O ácido graxo
pode ser saturado ou insaturado. O saturado é aquele onde há somente ligações simples entre os átomos de
carbono, como por exemplo, o ácido palmítico e o ácido esteárico. O ácido graxo insaturado possui uma ou
mais ligações duplas entre os carbonos, como, por exemplo, o ácido oléico.
Estes, com as proteínas, entram na constituição das membranas celulares e se encontram distribuídos em
todos os tecidos, principalmente nas membranas celulares e nas células de gordura. Também são
armazenados na forma de reserva alimentar, podendo ser usados como fontes de energia. Nos animais, estão
presentes no tecido adiposo; nos vegetais, aparecem nas sementes oleaginosas.
A maioria dos lipídeos é derivada ou possui na sua estrutura ácidos graxos. Algumas substâncias classificadas
entre os lipídeos possuem intensa atividade biológica; elas incluem algumas das vitaminas e hormônios.
Embora os lipídeos sejam uma classe distinta de biomoléculas, veremos que eles geralmente ocorrem
combinados, seja covalentemente ou através de ligações fracas, como membros de outras classes de
biomoléculas, para produzir moléculas hídricas tais como glicolipídeos, que contêm tanto carboidratos
quanto grupos lipídicos, e lipoproteínas, que contêm tanto lipídeos como proteínas.
Em tais biomoléculas, as distintas propriedades químicas e físicas de seus componentes estão combinadas
para preencher funções biológicas especializadas. Ao contrário das demais biomoléculas, os lipídeos não são
polímeros, isto é, não são repetições de uma unidade básica. Embora possam apresentar uma estrutura
química relativamente simples, as funções dos lipídeos são complexas e diversas, atuando em muitas etapas
cruciais do metabolismo e na definição das estruturas celulares.
LIPOPROTEÍNAS
São associações entre proteínas e lipídeos encontradas na corrente sanguínea, e que tem como função
transportar e regular o metabolismo dos lipídeos no plasma. A fração lipídica das lipoproteínas é muito
variável, e permite a classificação das mesmas em 5 grupos:
1. Quilomícron = É a lipoproteína menos densa, transportadora de triacilglicerol exógeno na corrente
sanguínea
2. VLDL = "Lipoproteína de Densidade Muito Baixa", transporta triacilglicerol endógeno
3. IDL = "Lipoproteína de Densidade Intermediária", é formada na transformação de VLDL em LDL
4. LDL = "Lipoproteína de Densidade Baixa", é a principal transportadora de colesterol; seus níveis
aumentados no sangue aumentam o risco de infarto agudo do miocárdio
5. HDL = "Lipoproteína de Densidade Alta"; atua retirando o colesterol da circulação. Seus níveis
aumentados no sangue estão associados a uma diminuição do risco de infarto agudo do miocárdio.
.
VITAMINAS
A maioria das vitaminas necessárias ao nosso organismo atua como coenzima. Vitaminas são substâncias
orgânicas essenciais, que têm de ser obtidas do alimento, uma vez que o organismo não consegue fabricá-
las. Podem ser agrupadas em hidrossolúveis, representadas pelo complexo B e pela vitamina C; e em
lipossolúveis, representadas pelas vitaminas D, E, K e A.
• Vitamina A – antixeroftálmica > Necessária para o crescimento normal e para o funcionamento
normal dos olhos, do nariz, dos pulmões. Previne resfriados e várias infecções . Evita a “cegueira
noturna”; xeroftalmina, “olhos secos” em crianças; cegueira total. Pode ser encontrada em vegetais
amarelos (cenoura, abóbora, batata doce, milho), pêssego, nectarina, abricó, gema de ovo,
manteiga, fígado.
PROTEÍNAS
As proteínas são polímeros nos quais os monômeros são moléculas de aminoácidos e formam o grupo mais
numeroso e diversificado das moléculas orgânicas. Todo aminoácido é formado por um Carbono assimétrico
ligado a quatro ligantes diferentes, uma Carboxila (COOH), uma Amina (NH2)), um Hidrogênio (H) e um Grupo
Radical (R).
Quando a ligação ocorre entre dois AA chamamos a molécula formada de dipeptídio, com três AA de
tripeptídio e acima de quatro é chamada de polipeptídio. As proteínas são sempre polipeptídios e costumam
ter acima de 80 AA. Existem vinte tipos diferentes de AA que fazem parte das proteínas. Um mesmo AA pode
aparecer várias vezes na mesma molécula.
Os aminoácidos podem ser classificados em essenciais, quando não são produzidos pelo organismo e,
portanto, devem estar presentes em sua dieta; e naturais, quando podem ser produzidos pelo organismo.
Os aminoácidos que são naturais para uma dada espécie podem ser essenciais para outra. Esse é um dos
pontos que justifica a ampla diversidade na composição das dietas dos animais.
Na tabela abaixo a relação dos aminoácidos e a sua relação com o organismo humano.
Asparagina (Asn) Prolina (Pro) Cisteína (Cis) Metionina (Met) Triptofano (Tri)
Glutamina (Gln) Alanina (Ala) Tirosina (Tir) Isoleucina (Iso) Valina (Val)
Arginina (Arg) Glutamato (Glu) Serina (Ser) Leucina (Leu) Treonina (Tre)
Histidina (His) Aspartato (Asp) Glicina (Gli) Lisina (Lis) Fenilalanina (Fen)
Apesar de existirem somente 20 AA, o número de proteínas possível é praticamente infinito. As proteínas
diferem entre si devido a quantidade de aminoácidos na molécula, aos tipos presentes e a sua seqüência na
molécula. Duas proteínas podem ter os mesmos AA nas mesmas quantidades, porém se a seqüência dos AA
for diferente, as proteínas serão diferentes.
PROTEÍNAS –
DESNATURAÇÃO PROTÉICA
Vários fatores tais como temperatura, grau de acidez (pH), concentração de sais e outros podem alterar a
estrutura espacial de uma proteína, sem alterar a sua estrutura primária. Mas, a principal conseqüência é a
perda do papel biológico. Este fenômeno é chamado de desnaturação
PROTEÍNAS ESTRUTURAIS
Colágeno Proteína presente nos ossos, cartilagens e tendões, e também na pele. Aumenta a resistência
desses tecidos à tração.
Queratina Recobre a superfície da pele dos vertebrados terrestres. É o mais abundante componente de
unhas, garras, corpos, bicos e pelos dos vertebrados. Impermeabilizando as superfícies corpóreas,
Actina e diminuindo
Principais constituintes do músculo. a desidratação.
Responsáveis pela contratilidade do músculo.
miosina
Albumina Proteína mais abundante do plasma sanguíneo, conferindo-lhe viscosidade, pressão osmótica e
função tampão.
Hemoglobina Proteína presente nas hemácias. Relacionada ao transporte de gases pelas células vermelhas do
sangue.
A maior parte das informações contidas no DNA dos organismos, é referente à fabricação de enzimas. Cada
reação que ocorre na célula necessita de uma enzima específica, isto é, uma mesma enzima não catalisa duas
reações diferentes.
Um inibidor enzimático tem forma semelhante ao substrato (reagente). Encaixando-se na enzima, bloqueia
a entrada do substrato, inibindo a reação química.
Cinética Enzimática
A temperatura, o pH e a concentração do substrato são fatores importantes na determinação da velocidade
da atividade enzimática. Veja os gráficos, a seguir:
As bases nitrogenadas são estruturadas a partir de carbono (C), hidro gênio (H) e nitro gênio (N) e pertencem
a duas categorias: púricas e pirimídicas. As púricas, com anel duplo, são a adenina (A) e a guanina (G). As
pirimídicas, com anel simples, são a cito sina (C) e a timina (T).
A estrutura do DNA
Através de informações ob tidas em estudos da difração dos raios X e de análises químicas, Watson e Crick,
em 1953, propuseram o modelo da estrutura do DNA: macromolécula constituída por duas cadeias
polinucleotídicas dispostas helicoidalmente. Pode-se formar uma dupla-hélice para representar a molécula
de DNA, esquematizada a seguir:
Transcrição
Os genes, constituídos por DNA, são os portadores da mensagem genética, que contém as instruções
necessárias para a síntese das proteínas nos ribossomos. Na chamada transcrição, o DNA cromossômico
sintetiza o RNA nuclear, para o qual transcreve a mensagem genética. Saindo do núcleo, o RNA leva a
mensagem genética para os ribossomos.
A estrutura do RNA
O RNA difere do DNA em três aspectos:
1. apresenta ribose (pentose) no lugar
da desoxirribose;
2. da base pirimídica uracila ou uracil
no lugar de timina;
3. é constituído por uma cadeia
simples, não existindo pareamento
e, consequentemente, igualdade
entre as quantidades de bases.
As membranas celulares capacitam as células a criarem barreiras que confinam moléculas particulares a
compartimentos específicos. As membranas celulares consistem de uma dupla camada contínua (uma
bicamada) de moléculas de lipídios na qual as proteínas estão embebidas. A bicamada lipídica fornece a
estrutura básica e a função de barreira de todas as membranas celulares. As moléculas de lipídios da
membrana têm tanto regiões hidrofóbicas quanto hidrofílicas. Elas arranjam-se espontaneamente em
bicamadas quando colocadas em água, formando compartimentos fechados que se resselam quando
rompidos.
Existem três classes principais de moléculas lipídicas da membrana: fosfolipídios, esteróis e glicolipídios. A
bicamada lipídica é fluida, e moléculas lipídicas individuais são capazes de difundir-se dentro de sua própria
monocamada; entretanto, elas não saltam espontaneamente de urna monocamada para a outra. As duas
camadas da bicamada lipídica têm diferentes composição de lipídios, refletindo as funções diferentes das
duas faces de uma membrana celular.
As células ajustam a fluidez de suas membranas pelas modificações da composição lipídica dessas
membranas. A bicamada lipídica é impermeável a todos os íons e moléculas polares grandes, mas ela é
permeável a moléculas apolares pequenas tais como o oxigênio e o dióxido de carbono e a moléculas polares
muito pequenas como a água.
As proteínas de membrana são responsáveis pela maioria das funções de uma membrana, tal como o
transporte de pequenas moléculas hidrossolúveis pela bicamada lipídica. As proteínas transmembranas
estendem-se através da bicamada lipídica, em geral como uma ou mais alfa-hélices, mas algumas vezes como
uma folha beta-pregueada na forma de um barril. Outras proteínas da membrana não se estendem através
da bicamada lipídica, mas são ligadas a um ou a outro lado da membrana, quer por associação não-covalente
com outras proteínas da membrana quer por ligação covalente a lipídios. Muitas das proteínas e parte dos
lipídios expostos na superfície das células têm, a eles ligados, cadeias de açúcares, as quais auxiliam a
proteger e a lubrificar a superfície celular e estão envolvidas no reconhecimento célula-célula, trata-se do
glicocálix.
A membrana plasmática mantém o conteúdo interno ou citoplasmático separado, porém não isolado do
meio externo, visto que ela possui uma PERMEABILIDADE SELETIVA quanto ao que entra e sai das células. As
membranas celulares são muito DELGADAS, por exemplo: a membrana plasmática, que mede cerca de 75 Å
de espessura, devido a essa dimensão, não são visíveis ao microscópio óptico comum. Na figura, vemos o
modelo estrutural mais aceito atualmente, que é o proposto pelos cientistas Singer e Nicholson em 1972. As
proteínas apresentam uma mobilidade especial, podendo se deslocar lateralmente ou atravessar a bicamada
lipídica, projetando-se nas superfícies interna ou externa da membrana plasmática.
Conclui-se, portanto, que a membrana é relativamente FLUIDA, pois as moléculas de proteínas apresentam
certa liberdade de movimentação. Por isso, o modelo de Singer e Nicholson é denominado MOSAICO FLUIDO.
Esse modelo explica todas as capacidades e funções membranosas, especialmente a sua permeabilidade
seletiva. Os lipídios e as proteínas são exemplos de compostos que participam diretamente na formação de
membranas celulares. Na verdade, são os principais componentes estruturais de membranas celulares com
os lipídios, principalmente os fosfolipídios, totalizando 60% a 75% do total e as proteínas 25% a 40%. Em
menor quantidade, podem-se encontrar antígenos, enzimas, glicídios e outras moléculas permanentes ou
transitórias. Por isso, as membranas celulares são denominadas lipoprotéicas, pois representam uma
associação entre lipídios e proteínas.
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA
As especializações da membrana são regiões diferenciadas, constituindo adaptações que executam várias
funções, como: absorção, transporte, aderência e reconhecimento. As principais são: microvilosidades,
invaginações de base, desmossomos, junções e glicocálix.
• Microvilosidades - As microvilosidades são expansões cilíndricas da membrana que aparecem na
superfície livre da célula. É evidente que, com essas especializações, ocorre um considerável aumento da
superfície celular e consequentemente da capacidade de absorção. Situadas no epitélio intestinal, as
microvilosidades aumentam a eficiência na absorção do alimento digerido na cavidade intestinal.
• Invaginações de base - Uma das funções dos rins é a regulação da quantidade de água existente no
organismo. Cada rim é formado por cerca de um milhão de estruturas idênticas denominadas néfrons ou
canais renais. As células desses canais renais possuem, na base, profundas invaginações relacionadas
com o transporte de água reabsorvida pelos rins. Entre as invaginações, as mitocôndrias são abundantes.
• Os contatos intercelulares - Os epitélios são tecidos constituídos por células justapostas, entre as quais
se encontra uma substância intercelular que funciona como um cimento, ligando as células. Além da
substância citada, a adesão entre as células é mantida por especializações, como os desmossomos, as
interdigitações e as junções. Desmossomos São espécies de “botões adesivos” que aparecem nas
membranas adjacentes de células vizinhas. Interdigitações São dobras da membrana que se encaixam,
aumentando a adesão intercelular.
Mesmo quando abertos por seu estímulo específico, os canais iônicos não permanecem abertos
continuamente: eles oscilam aleatoriamente entre as conformações aberta e fechada. Um estímulo ativador
aumenta à proporção do tempo que o canal gasta no estado aberto. O potencial de membrana é determinado
pela distribuição desigual de cargas elétricas nos dois lados da membrana plasmática e é alterado quando
íons fluem através de canais abertos. Na maioria das células animais, canais vazantes seletivos ao K+ mantém
o potencial de membrana de repouso em um valor negativo, próximo do valor em que a força impulsora para
o movimento de K+ através da membrana é próxima a zero. Os neurônios propagam sinais sob a forma de
potenciais de ação, os quais podem propagar-se sem enfraquecimento, por longas distâncias em um axônio.
Os potenciais de ação geralmente são mediados por canais de Na+ controlados por voltagem que abrem em
resposta à despolarização da membrana plasmática. Os canais de Ca2+ controlados por voltagem, nos
terminais nervosos, acoplam sinais elétricos à liberação de neurotransmissor nas sinapses. Canais iônicos
controlados por transmissor reconvertem esses sinais químicos em sinais elétricos nas células-alvo pós-
sináptica.
Os neurotransmissores excitatórios abrem canais controlados por transmissor que são permeáveis ao Na+ e,
portanto, despolarizam a membrana da célula pós-sináptica em direção ao potencial limiar para a descarga
de um potencial de ação. Neurotransmissores inibitórios abrem canais de Cl- controlados por transmissor e,
portanto, suprimem a descarga por manterem a membrana da célula pós-sináptica polarizada.
Os componentes hidrofóbicos, solúveis nos lipídios, atravessam facilmente a membrana, por ser esta
constituída de uma bicamada lipídica, como é o caso dos ácidos graxos, hormônios esteroides e anestésicos.
As substâncias hidrófilas, insolúveis nos lipídios, penetram nas células com mais dificuldade, dependendo do
tamanho da molécula e também de suas características químicas. A configuração molecular poderá permitir
que a substância seja transportada por intermédio de um dos mecanismos especiais desenvolvidos durante
a evolução, como o transporte ativo e a difusão facilitada.
Difusão Facilitada > Algumas substâncias, como a glicose, galactose e alguns aminoácidos têm tamanho
superior a 8 Angstrons, o que impede a sua passagem através dos poros. São, ainda, substâncias não solúveis
em lipídios, o que também impede a sua difusão pela matriz lipídica da membrana. No entanto, estas
substâncias passam através da matriz, por transporte passivo, contando, para isto, com o trabalho de
proteínas carreadoras ou permeases (proteínas transportadoras). A combinação entre a glicose, por exemplo,
e a proteína carreadora forma uma combinação lipossolúvel que passa, então, a difundir-se de um lado para
outro da membrana. Do outro lado da membrana, a glicose separa-se do carreador, passa para o interior da
célula, enquanto o carreador retorna ao meio externo para buscar mais moléculas de glicose.
mesmo em meios muito pouco concentrados em relação aos seus vacúolos, não explode (deplasmólise). Em
soluções hipertônicas esses dois tipos de células apresentam, respectivamente, crenação e plasmólise.
Em seguida, o Diagrama de Höfler, que mostra as variações de volume de uma célula vegetal colocada em
diferentes meios. Em 1, a célula está murcha e em 3 está túrgida.
A bomba de sódio e potássio - É comum observarem-se diferenças de concentrações iônicas entre os meios
intra e extracelular. Para exemplificar, utilizaremos a célula nervosa ou neurônio e o glóbulo vermelho do
sangue ou hemácia. Se compararmos a concentração de íons de potássio (K+) e sódio (Na+), verificamos que
a concentração de K+ é maior dentro do neurônio, enquanto a concentração de Na+ é maior no líquido que
o envolve. A hemácia possui no citoplasma concentração de K+ 20 vezes maior do que no plasma; este, por
sua vez, apresenta concentração de Na+ 20 vezes maior do que na hemácia. Nos dois casos exemplificados,
salientamos que essas concentrações não se igualam, apesar de a membrana apresentar permeabilidade
passiva aos dois íons.
Transporte em quantidade > O transporte em quantidade para dentro da célula, também chamado
endocitose, é feito por dois processos denominados fagocitose e pinocitose. Quando a transferência de
macromoléculas tem lugar em sentido inverso, isto é, do citoplasma para o meio extracelular, o processo
recebe o nome genérico de exocitose.
Fagocitose: É o nome dado ao processo pelo qual a célula, graças à formação de pseudópodos, engloba, no
seu citoplasma, partículas sólidas. A fagocitose é um processo seletivo, conforme pode ser observado no
exemplo da fagocitose de paramécios pelas amebas. Nos mamíferos, a fagocitose é feita por células
especializadas na defesa do organismo, como os macrófagos. Muitas células exibem esse fenômeno, como
os macrófagos e as células endoteliais dos capilares sanguíneos.
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO > É uma rede de estruturas tubulares e vesiculares achatadas, sendo que os
túbulos e as vesículas são interconectados uns aos outros. Podemos distinguir dois tipos de retículo
endoplasmático: o retículo endoplasmático rugoso ou granular (RER) e o retículo endoplasmáticos liso ou
agranular (REL). O RER também é chamado de ergastoplasma e é formado por sacos achatados, cujas
membranas têm aspecto rugoso devido à presença de grânulos (ribossomos) aderidos à sua superfície
externa, voltada para o citosol. O REL é formado por estruturas membranosas tubulares, sem ribossomos
aderidos e, portanto, de superfície lisa.
Funções do Retículo Endoplasmático:
• Produção de Lipídios: A lecitina e o colesterol são exemplos de componentes lipídicos que existem
em todas as membranas celulares e são produzidas no REL. Outros tipos de lipídios produzidos são
os hormônios esteroides, dentre os quais estão a testosterona e o estrógeno (hormônios sexuais
produzidos nas células das gônadas de animais vertebrados);
• Desintoxicação: O REL participa dos processos de desintoxicação do organismo, sendo que nas
células do fígado as substâncias tóxicas são absorvidas e posteriormente são modificadas ou
destruídas, de modo a não causarem danos ao organismo.
• A atuação do retículo das células hepáticas permite eliminar parte do álcool, medicamentos e outras
substâncias potencialmente nocivas que ingerimos.
• Armazenamento de Substâncias: Os vacúolos das células vegetais são exemplos de bolsas
membranosas derivadas do REL que crescem pelo acúmulo de soluções aquosas ali armazenadas.
COMPLEXO DE GOLGI > O complexo de Golgi está presente em praticamente todas as células eucariontes e
em geral é formado por quatro ou mais camadas empilhadas de delgadas vesículas achatadas chamadas de
dictiossomo, que se situam próximas ao núcleo.
Funções do Complexo de Golgi:
• Secreção de Enzimas Digestivas: As enzimas digestivas do pâncreas são exemplos de enzimas
produzidas no RER e levadas até as bolsas do complexo de Golgi, onde são empacotadas em
pequenas bolsas, que se desprendem dos dictiossomos e se acumulam em um dos pólos da célula
pancreática. A produção de enzimas digestivas pelo pâncreas é apenas um entre muitos exemplos
do papel do complexo de Golgi nos processos de secreção celular.
• Formação do Acrossomo do Espermatozóide: O acrossomo é uma bolsa de enzimas digestivas do
espermatozóide maduro, que irão perfurar as membranas do óvulo e permitir a fecundação.
• Síntese de glicoproteínas — As proteínas são normalmente sintetizadas nos ribossomos. No sistema
golgiense, os monossacarídeos são transformados em polis sacarídeos e, a seguir, associados às
proteínas, originando as glicoproteínas conhecidas como muco ou mucopolissacarídeos, que
aparecem revestindo, por exemplo, internamente o tubo digestório.
• Formação de Lisossomos: Os lisossomos são bolsas circundadas por típica membrana de bicamada
lipídica e cheias com grande número de pequenos grânulos, que são agregados protéicos de enzimas
hidrolíticas (digestivas) capazes de digerir diversas substâncias orgânicas. São originados no
complexo de Golgi e estão presentes em praticamente todas as células eucariontes. Tipos de
Lisossomos: Lisossomo Primário: É o lisossomo propriamente dito, ou seja, a vesícula possuindo no
seu interior as enzimas digestivas; Lisossomo Secundário: Denomina-se também de Vacúolo
Digestivo e resulta da fusão do lisossomo primário com a partícula englobada; Corpúsculo Residual:
É a vesícula lisossômica que por exocitose elimina na periferia celular o material não assimilado;
Vacúolo Autofágico: É quando a vesícula lisossômica digere uma partícula pertencente à própria
célula.
A autofagia é uma atividade indispensável à sobrevivência da célula. São funções dos Lisossomos, a Digestão
Intracelular: A digestão ocorrerá no interior dos vacúolos digestivos, que são bolsas originadas pela fusão do
lisossomo com o fagossomo ou pinossomo e contêm partículas capturadas do meio externo. A digestão
intracelular pode ser classificada em:
Autofagia – quando os lisossomos digerem uma partícula pertencente à própria célula e Heterofagia –
quando a partícula digerida pelos lisossomos é proveniente do meio extracelular.
Observe a figura a seguir: Complexo de Golgi formando vesículas de secreção e lisossomos.
VACÚOLOS > Qualquer porção no citoplasma delimitado por um pedaço de membrana lipoprotéica. As
variedades mais comuns são: " Vacúolos relacionados com a digestão intracelular "vacúolos contráteis (ou
pulsáteis)" vacúolos vegetais As inclusões São formações não vivas existentes no citoplasma, como grãos de
amido gotas de óleo. O conjunto de inclusões denomina-se paraplasma. A seqüência das estruturas formadas
durante a digestão intracelular é: Vacúolo alimentar, Vacúolo digestivo e Vacúolo residual.
MITOCÔNDRIAS > As mitocôndrias ou condriomas são formadas principalmente por duas bicamadas
lipídicas: uma membrana externa e outra membrana interna. Enquanto a membrana externa é lisa, a
membrana interna possui inúmeras pregas chamadas cristas mitocondriais, nas quais se fixam enzimas
oxidativas. A cavidade interna das mitocôndrias é preenchida por um fluido denominado matriz mitocondrial
contendo grande quantidade de enzimas dissolvidas, necessárias para a extração de energia dos nutrientes.
As mitocôndrias produzem moléculas de ATP, que armazenam e liberam energia para todas as atividades
celulares. A equação simplificada do processo respiratório, que ocorre nas mitocôndrias aparece, a seguir:
PLASTOS > Os plastos são orgânulos citoplasmáticos encontrados nas células de plantas e de algas. São
classificados em Cromoplastos, que são plastos coloridos que armazenam pigmentos e Leucoplastos, que são
plastos incolores que armazenam substâncias nutritivas como os Amiloplastos (amido), os Oleoplastos
(óleos) e os Proteoplastos (proteínas).
de crescimento lento e sua montagem e desmontagem são controladas pela hidrólise do ATP que está
firmemente ligado a cada um dos monômeros de actina.
As diferentes formas e funções dos filamentos de actina nas células dependem de múltiplas proteínas
ligadoras de actina. Estas proteínas controlam a polimerização dos filamentos, as ligações cruzadas entre eles
formando redes frouxas ou feixes rígidos, ligam-nos às membranas ou os deslocam uns em relação aos
outros.
Número e tamanho
As células em geral não possuem mais do que um núcleo, mas existem células binucleadas, como as do fígado
e as cartilaginosas, e plurinucleadas como é o caso das musculares estriadas. O tamanho do núcleo varia de
um tipo celular a outro, mas é fixo para o mesmo tipo. O volume do núcleo interfásico é proporcional ao
volume celular, o que é expresso pela chamada relação núcleo-plasmática (RNP), que pode ser assim
expressa:
Conforme a localização do centrômero e o tamanho relativo dos braços, distinguem-se quatro tipos de
cromossomos: acrocêntrico, submetacêntrico, metacêntrico e telocêntrico..
FASES DA MITOSE
• PROFÁSE: Nesta fase cada cromossoma é composto pôr 2 cromátides resultantes da duplicação do
DNA no período S da intérfase. Estas cromátides estão unidas pelos filamentos do centrômero. A
Profáse caracteriza-se pela espiralização ou condensamento dos cromossomas, que se tornam mais
curtos e grossos devido ao processo de helicoidização. Os nucléolos se desorganizam e os centríolos,
que foram duplicados durante a interfase, migram para pólos opostos da célula. O citoesqueleto se
desorganiza e seus elementos vão constituir-se no principal componente do fuso mitótico que inicia
sua formação do lado de fora do núcleo. O fuso mitótico é uma estrutura bipolar composta por
microtúbulos e proteínas associadas. O final da Profáse, também é denominada de pré-metáfase,
sendo a principal característica desta fase, o desmembramento do envoltório nuclear em pequenas
vesículas que se espalham pelo citoplasma. O fuso é formado por microtúbulos ancorados nos
centríolos (centrossomas) e que crescem em todas as direções. Quando os microtúbulos dos
centrossomos opostos interagem na Zona de sobreposição, proteínas especializadas estabilizam o
seu crescimento. Os cinetócoros dos centrômeros ligam-se na extremidade de crescimento dos
microtúbulos. O fuso agora entra na região do nuclear e inicia-se o alinhamento dos cromossomos
para o plano equatorial.
• ANÁFASE: Inicia-se quando os crentrômeros tornam-se funcionalmente duplos. Com a separação dos
centrômeros, as cromátides separam-se e iniciam sua migração em direção aos pólos. O centrômero
precede o resto da cromátide. Os cromossomas são puxados pelas fibras do fuso e assumem um
formato característico em V ou L dependendo do tipo de cromossoma. A anáfase caracteriza-se pela
migração polar dos cromossomas. Os cromossomos movem-se na mesma velocidade cerca de 1
micrômetro por minuto. Dois movimentos podem ser distinguidos: Os microtúbulos cinetocóricos
encurtam quando os cromossomos se aproximam dos pólos.
• TELÔFASE: A telófase inicia-se quando os cromossomas-filhos alcançam os pólos. Os microtúbulos
cinetocóricos desaparecem e os microtúbulos polares alongam-se. Os cromossomas começam a se
desenrolar, num processo inverso a Profáse. Estes cromossomas agrupam-se em massas de
cromatina que são circundadas pôr cisternas de RE, os quais se fundem para formar um novo
envoltório nuclear
• CITOCINESE: Ë o processo de clivagem e separação do citoplasma. A citocinese tem inicio na anáfase
e termina após a telófase com a formação das células filhas. Em células animais forma-se uma
constricção, ao nível da zona equatorial da célula mãe, que progride e estrangula o citoplasma. Esta
constrição é devida a interação molecular de actina e miosina e microtúbulos. Como resultado de
uma divisão mitótica teremos 2 células filhas com numero de cromossomos iguais a da célula mãe.
Organismos simples podem reproduzir-se através de divisões simples. Este tipo de reprodução assexuada é
simples e direta e produz organismos geneticamente iguais. A reprodução sexual por sua vez, envolve uma
mistura de genomas de dois indivíduos, para produzir um indivíduo que difere geneticamente de seus
parentais. A mistura de genomas é realizada pela fusão de células haplóides que formam células diplóides.
A meiose é o tipo de divisão celular, em que uma célula diplóide (2n), após duplicar os cromossomos, sofre
duas divisões sucessivas, produzindo quatro células-filhas haplóides (n) totalmente diferentes
geneticamente. Logo, a meiose é responsável por aumentar a variabilidade genética das populações.
Nos animais, a meiose forma gametas, chamada de gamética. Nas plantas, forma esporos, chamada de
espórica e em certas algas e fungos é chamada zigótica, dado que acontece na primeira divisão do zigoto e
origina organismos adultos haplóides. Veja os ciclos de vida e o momento em que a meiose ocorre, a seguir:
Fases da Meiose I
Prófase I - É uma fase complexa e de longa duração, em que cada cromossoma é composto pôr 2 cromátides
resultantes da duplicação do DNA no período S da intérfase. Estas cromátides estão unidas pelos filamentos
do centrômero. A Profáse caracteriza-se pela espiralização ou condensamento dos cromossomas, que
tornam-se mais curtos e grossos devido ao processo de helicoidização. Os nucléolos se desorganizam e os
centríolos, que foram duplicados durante a interfase, migram para pólos opostos da célula. O citoesqueleto
se desorganiza e seus elementos vão constituir-se no principal componente do fuso acromático, que inicia
sua formação do lado de fora do núcleo. Trata-se de uma estrutura bipolar composta por microtúbulos e
proteínas associadas ancorados nos centríolos (centrossomas) e que crescem em todas as direções. Quando
os microtúbulos dos centrossomos opostos interagem na Zona de sobreposição, proteínas especializadas
estabilizam o seu crescimento. Os cinetócoros dos centrômeros ligam-se na extremidade de crescimento dos
microtúbulos. O fuso agora entra na região do núcleo e inicia-se o alinhamento dos cromossomos para o
plano equatorial. Para efeito de estudo, é dividida em cinco estágios: leptóteno, zigóteno, paquíteno,
diplóteno e diacinese. Acompanhe nas ilustrações ao final da descrição dos estágios.
Divisão I da Meiose
Prófase I
INTERCINESE – Trata-se de um pequeno intervalo entre as duas divisões. A meiose II tem início nas células
resultantes da telófase I, sem que ocorra a Intérfase. A meiose II também é constituída por quatro fases:
Fase da Meiose II
Prófase II - É muito rápida e corresponde ao período de desintegração das cariotecas e formação de novo
fuso, geralmente perpendicular ao primeiro. Os cromossomos não perdem a sua condensação durante a
telófase I. Assim, depois da formação do fuso e do desaparecimento da membrana nuclear, as células
resultantes entram logo na metáfase II.
Metáfase II - Os cromossomos, ainda constituídos cada um por duas cromátides, alinham-se no centro do
fuso. A cada cinetócoro de cada centrômero ligam-se duas fibras do fuso, uma de cada pólo.
Anáfase II - É na anáfase II que os centrômeros se dividem, as fibras do fuso se encurtam permitindo a
separação das cromátides ou cromossomos-filhos pólos opostos e assumem um formato característico em V
ou L dependendo do tipo de cromossoma.. Tem início a citocinese, que é um processo de clivagem e
separação do citoplasma. Em células animais ocorre por constricção, ao nível da zona equatorial da célula
mãe, que progride e estrangula o citoplasma. Essa constricção é devida a interação molecular de actina,
miosina e microtúbulos. Os cromossomos movem-se na mesma velocidade cerca de 1 micrômetro por
minuto. Dois movimentos podem ser distinguidos.: Os microtúbulos cinetocóricos encurtam quando os
cromossomos aproximam-se dos pólos.Como resultado, formam-se quatro células filhas haplóides.
4x
2x
x
G1 S G2 PI MI AI TI PII MII AII TII
Ocorrem em células somáticas e promove crescimento e Ocorre em células germinativas e promove a formação de
regeneração gametas em animais e esporos em vegetais
Células (n) ou (2n) podem sofrer mitose e originam duas Apenas células (2n) podem sofrer meiose e originam 4
células idênticas geneticamente células totalmente diferentes geneticamente
Células-filhas com o mesmo número de cromossomos da Células-Filhas com a metade do número de cromossomos
célula-mãe (divisão equacional). da célula-mãe (divisão reducional).
Não há separação dos cromossomos homólogos, apenas Há separação dos cromossomos homólogos na divisão I e
de cromátides irmãs. de cromátides irmãs na divisão II.
GAMETOGÊNESE
Gametogênese é o processo de formação dos gametas. Os gametas são produzidos nas gônadas, estruturas
pertencentes ao sistema genital. As gônadas masculinas são chamadas de testículos, e as femininas, são os
vários.
A Espermatogênese
O processo de formação de espermatozoides é dividido em quatro períodos: germinativo, de crescimento,
de maturação e de espermiogênese.
Período Germinativo - As células germinativas masculinas, denominadas espermatogônias, dividem-se
ativamente por mitose. Nos machos de mamíferos, a multiplicação mitótica das espermatogônias acontece
durante toda a vida do indivíduo. É importante lembrar que as gônias são células diploides.
A Ovogênese
No processo de formação do óvulo, distinguem-se três períodos: germinativo, de crescimento e de ma tu
ração.
Período Germinativo - As células germinativas, chama das de ovogônias, dividem-se por mitose. Nas fêmeas
de mamíferos, tal processo termina logo após o nasci mento.
Período de Crescimento - As ovogônias não mais se dividem e crescem, transformando-se em ovócitos I,
também chamados ovócitos primários ou de primeira ordem.
Período de Maturação - É o período em que ocorre a meiose. O ovócito I, pela divisão I da meiose, origina
duas células-filhas de tamanhos diferentes: uma grande, que ficou praticamente com todo o citoplasma do
ovócito I, e outra muito pequena, contendo núcleo envolvido por delgada película do citoplasma. A célula
grande é o ovócito II (secundário ou de segunda ordem) e a célula pequena, o primeiro glóbulo ou corpúsculo
polar. Na divisão II da meiose, o ovócito II origina uma célula grande, o óvulo, e outra pequena, o segundo
A produção de espermatozoides começa na puberdade, ao redor dos 12 anos, continuando durante toda a
vida e decrescendo com a idade. Na mulher, a fase de multiplicação inicia-se no período fetal e termina na
15a. semana da vida fetal. A fase de crescimento, que forma os ovócitos I, perdura até o sétimo mês da
embriogênese. No sétimo mês, os ovócitos I iniciam a divisão I da meiose, for mando os ovócitos II. A segunda
divisão da meiose só acontece quando o ovócito II é fecundado.
Em cada ejaculação, um homem elimina de 200 a 300 milhões de espermatozoides, que permanecem vivos
durante 4 a 5 dias no interior do aparelho reprodutor feminino. O óvulo é uma célula esférica com 1 mm de
diâmetro. Contém um núcleo com 23 cromossomos e abundante citoplasma, onde aparece o vitelo,
substância nutritiva que será usada pelo futuro embrião.
As plantas são seres autótrofos. Graças à presença de clorofila em suas folhas, elas são capazes de captar
energia luminosa do sol e utilizá-la na síntese de moléculas orgânicas, que lhes servirão para diversos fins,
inclusive alimento. Esse processo, que será explicado a seguir, é chamado de fotossíntese.
Nos cloroplastos ocorre a reação da mais fundamental importância para a vida das plantas e, indiretamente,
para a vida dos animais: a fotossíntese. Os cloroplastos são geralmente discoidais. Sua cor é verde devido a
presença de clorofila. No seu interior existe um conjunto bem organizado de membranas, as quais formam
pilhas unidas entre si, que são chamadas de grana. Cada elemento da pilha, que tem o formato de uma
moeda, é chamado de tilacóide. Todo esse conjunto de membranas encontra-se mergulhado em um fluído
gelatinoso que preenche o cloroplasto, chamado de estroma, onde há enzimas, DNA, pequenos ribossomos
e amido. As moléculas de clorofila se localizam nos tilacóides, reunidas em grupos, formando estruturas
chamadas de “complexos de antena”.
Fase clara
A fotossíntese é dividida em duas fases: clara e escura. A fase clara, também chamada de fotoquímica,
consiste na incidência da luz solar sob a clorofila A. Elétrons são liberados e recebidos pela plastoquinona
(aceptor primário de elétrons). Estes elétrons passam por uma cadeia transportadora liberando energia
utilizada na produção de ATP. Os elétrons com menos energia entram na molécula de clorofila A repondo os
liberados pela ação da luz. A molécula de clorofila absorve energia luminosa. Esta energia é acumulada em
elétrons que, por este fato, escapam da molécula sendo recolhidos por substâncias transportadoras de
elétrons. A partir daí, estes irão realizar a fotofosforilação, que, dependendo da substância transportadora,
poderá ser cíclica ou acíclica.
Em todos os dois processos, os elétrons cedem energia, que é utilizada para a síntese de ATP através de
fosforilação. A Fotofosforilação acíclica está relacionada basicamente com a fotólise da água, pois os elétrons
não voltam a fazer parte da molécula de água. Já, na Fotofosforilação cíclica, o elétron sai da clorofila A, é
captado pela ferrodoxina e passa por transportadores de elétrons, havendo nos cloroplastos, portanto,
liberação de energia, que será utilizada na síntese de ATP. É importante citar que estes processos acontecem
simultaneamente nos cloroplastos.
É um conjunto de reações de oxirredução para a obtenção de energia a partir de uma fonte energética
orgânica e que ocorre obrigatoriamente em todas as células. As reações de oxirredução consistem na
transferência de H+ de um composto orgânico para outro com desprendimento de energia. A fonte de
energia mais utilizada é a glicose (não a mais energética), os aminoácidos e os ácidos graxos fornecem mais
energia mas são menos utilizados.
Esse processo ocorre na matriz mitocondrial. E tem início com cada um dos dois piruvatos (3C) originados na
glicólise entrando na mitocôndria e, na MATRIZ, convertendo-se em Acetil-Coenzima A (2C). Esse processo
ocorre por DESCARBOXILAÇÃO, dando origem a 2 moléculas de CO2 (que serão posteriormente liberadas
para o meio) e liberando energia suficiente para formar 2NADH. A partir daí tem início uma série de reações
que compõe, propriamente, o Ciclo de Krebs, que se inicia com a doação do radical acetil do Acetil-CoA para
um composto denominado Oxaloacetato, que é regenerado ao final de cada volta completa do ciclo.
Esta reação tem como produto o Ácido Cítrico ou Citrato, o primeiro intermediário da via, e é catalizada pela
enzima Citrato-Sintase, uma enzima reguladora alostérica. É importante frisar que os fenômenos químicos
básicos que ocorrem neste momento : a DESCARBOXILAÇÃO e a DESIDROGENAÇÃO, são os responsáveis pela
grande liberação de energia, representada pela formação de 3 NADH’s , 1 FADH2 e 1 ATP por volta do ciclo.
1. Síntese do Citrato;
2. Conversão do Citrato a Isocitrato, via Cis-Aconitato;
3. Oxidação descarboxilativa do Isocitrato a alfa -Cetoglutarato ; (formação de NADH e CO2)
4. Oxidação descarboxilativa do alfa – cetoglutarato a Succinil-CoA; (formação de NADH e CO2)
5. Hidrólise do Succinil-CoA a Succinato; (formação de 1 ATP)
6. Oxidação do Succinato a Fumarato; (formação de FADH2 )
7. Hidratação do Fumarato a Malato;
8. Oxidação do Malato a Oxaloacetato, que inicia um novo ciclo. (formação de NADH )
Cadeia Respiratória
Processo metabólico de síntese de ATP a partir da energia liberada pelo transporte de elétrons na cadeia
respiratória. Esta fase ocorre nas cristas mitocondriais .Depende de alguns fatores:
• Energia Livre obtida do transporte de elétrons
• Uma enzima transmembrana denominada ATPase
Todos os seres vivos existentes na Terra apresentam duas propriedades típicas: autopreservação e
autorreprodução.
Chamamos de autopreservação a capacidade que os organismos têm de manter sua individualidade, através
de uma série de características próprias, mantidas num ambiente em constante modificação.
Autorreprodução é a habilidade de produzir descendentes da mesma espécie. Estas duas propriedades
dependem, em nível celular, da existência de duas macromoléculas, presentes em todos os organismos:
proteínas e ácidos nucleicos. As numerosas proteínas existentes em qual quer organismo podem ser
agrupadas em: estruturais e reguladoras.
Proteínas estruturais
Associadas com outras substâncias, principalmente os lípides, são responsáveis pela morfologia dos
organismos, já que fazem parte das estruturas celulares e, consequentemente, dos tecidos, órgãos e
sistemas.
Proteínas reguladoras
São as enzimas e os hormônios. As primeiras são especializadas na catálise de reações biológicas que
determinam as atividades celulares, responsáveis por toda a fisiologia do organismo. Os hormônios são
proteínas produzidas em órgãos especializados, servindo para regular o funcionamento de um organismo.
Portanto, funcionalmente, podemos afirmar que as características de um organismo dependem das
proteínas. Os ácidos nucleicos constituem o material genético, responsável pela síntese das proteínas
estruturais e reguladoras.
O dogma central da genética molecular
A relação DNA – RNA – proteínas esquematizada na figura 1 é conhecida como o dogma central da genética
molecular, que estuda as atividades gênicas celulares por meio da ação dessas macromoléculas.
Replicação
É o processo de replicação do DNA, na interfase, que determina a divisão celular responsável pelo
crescimento, regeneração e reprodução dos organismos como se verifica no esquema a seguir.
Transcrição
O DNA situa-se nos cromossomos, estruturas localizadas no interior do núcleo; já a síntese de proteínas
ocorre nos organoides citoplasmáticos, conhecidos como ribossomos, sob o comando genético do DNA. Por
meio da transcrição, o DNA forma o RNA mensageiro (RNAm), para o qual transcreve a mensagem genética,
na verdade, uma receita para síntese de uma proteína.
Tradução
Saindo do núcleo, o RNAm atinge o ribossomo, que recebe a mensagem contida e codificada no DNA. Na
tradução, o ribossomo, de acordo com as instruções codificadas no RNAm, seleciona e encadeia os
aminoácidos sintetizando a proteína. A seguir apresentamos um esquema que resume a atividade gênica.
O Conceito de gene
O gene é um segmento de DNA que codifica a sequência de aminoácidos de uma proteína.
Se a mensagem genética fosse constituída por arranjos de 3 letras, com repetição, teríamos 64 possibilidades,
mais do que suficientes para codificar 20 tipos de aminoácidos.
uma das fitas velhas da dupla hélice de DNA. Esse processo de replicação do DNA, no qual duas moléculas de
DNA idênticas são formadas a partir da molécula original, propicia a informação genética ser copiada e
passada de uma célula à sua célula-filha e de pais à sua prole. Enquanto uma molécula de DNA replica, suas
duas fitas são separadas de modo a formar uma ou mais forquilhas de replicação em forma de Y. A enzima
DNA-polimerase, situada na forquilha, coloca uma nova fita de DNA complementar sobre cada fita parental,
fazendo, portanto, duas novas moléculas de dupla hélice.
A DNA-polimerase replica um molde de DNA com uma fidelidade notável, cometendo menos do que um erro
a cada 107 bases lidas. Isso é possível porque a enzima remove seus próprios erros de polimerização à medida
que se move ao longo do DNA (verificação). Uma vez que a DNA-polimerase pode sintetizar um novo DNA
em apenas uma direção, apenas uma das fitas na forquilha de replicação, a fita-líder, pode ser replicada de
uma forma contínua.
Na fita complementar, o DNA é sintetizado pela polimerase em um processo de "costura para trás"
descontínuo fazendo pequenos fragmentos de DNA que são somente unidos pela enzima DNA-ligase para
fazer uma única fita de DNA contínua. A característica do mecanismo de verificação, DNA-polimerase torna-
a incapaz de iniciar nova cadeia de DNA. A síntese do DNA é iniciada por uma RNA-polimerase chamada de
primase, que faz pequenos fragmentos de RNA chamados de iniciadores, que são subseqüentemente
retirados e substituídos por DNA.
O fluxo da informação genética em todas as células vivas é de DNA ---> RNA ---> proteína. A conversão das
instruções de DNA para RNA e proteínas é chamada expressão gênica. Para expressar a informação genética
presente no DNA, a sequência de nucleotídeos de um gene é primeiramente transcrita para RNA. Transcrição
é catalisada pela enzima RNA-polimerase. Sequências de nucleotídeos na molécula de DNA indicam à RNA-
polimerase onde começar e terminar a transcrição. O RNA difere em diversos aspectos do DNA. Ele contém
o açúcar ribose ao contrário da desoxirribose e a base uracila (U) em vez da timina (T). Os RNAs nas células
são sintetizados como moléculas de fita simples, as quais frequentemente se dobram em formas
tridimensionais precisas. As células produzem diferentes tipos funcionais de RNA, incluindo RNA-mensageiro
(mRNA), que carrega as instruções para produzir proteínas; RNA ribossomal (rRNA), que é um componente
dos ribossomos; e RNA-transportador (tRNA), que atua como uma molécula adaptadora na síntese de
proteínas, carregando os aminoácidos até o local da síntese protéica.
No DNA de células eucarióticas, a maioria dos genes é dividida em um número menor de regiões codificantes
(éxons) intercalados por regiões não-codificantes (íntrons). Quando um gene eucariótico é transcrito de DNA
para RNA, ambos, éxons e íntrons, são copiados para produzir o transcrito de RNA primário. Os íntrons são
removidos dos transcritos primários de RNA no núcleo pelo processo de SPLICING de RNA.
Na reação catalisada pelos pequenos complexos de ribonucleoproteínas conhecidos como snRNPs, os
íntrons são retirados dos transcritos primários e os éxons, unidos. O RNAm então move-se para o citoplasma.
A tradução de sequências de nucleotídeos do RNAm para uma proteína ocorre no citoplasma em grandes
conjuntos de ribonucleoproteínas chamadas ribossomos. Estas se ligam à cadeia de RNAm e se movem
paulatinamente ao longo da cadeia de RNAm, traduzindo a mensagem em proteína. Veja a seguir um
polirribossomo, ou seja, um RNAm sendo traduzido por vários ribossomos simultaneamente.
Enzimas chamadas aminoacil-RNAt-sintetases ligam aminoácidos aos seus RNAt apropriados. Cada RNAt
contém uma sequência de três nucleotídeos, o anticódon, o qual se une com o códon no RNAm através do
pareamento complementar de bases entre o códon e o anticódon. A síntese de proteínas se inicia quando
um ribossomo é montado em um códon de iniciação (AUG) no RNAm, um processo que é regulado pelas
proteína chamadas fatores de iniciação.
A cadeia de proteína finalizada é liberada do ribossomo quando um códon de terminação (UAA, UAG, ou
UGA) é alcançado. A ligação gradual de aminoácidos em uma cadeia polipeptídica é provavelmente catalisada
por uma molécula de RNAr na subunidade ribossomal maior.
Os nucleossomos são compactados, com a ajuda da Histona H1, para formar a fibra de 30-nm (nanômetros).
Esta fibra posteriormente poderá ser mais enrolada e entrelaçada. Algumas formas de cromatina são tão
compactas que os genes também compactados são transcricionalmente silenciosos. Este é o caso de todos
os genes nos cromossomos mitóticos durante a divisão nuclear (mitose) quando os cromossomos tornam-se
altamente condensados.
Regiões específicas dos cromossomos chamadas de heterocromatina, são também condensadas e inativas,
mesmo em células que não estão em divisão. Genes artificialmente transferidos para regiões de
heterocromatina são frequentemente silenciados. Uma célula eucariótica típica expressa somente uma
fração dos seus genes, e os distintos tipos de células num organismo multicelular surgem porque diferentes
conjuntos de genes são expressados a medida que a célula se diferencia.
Ao sítio 1 se acopla um RNAt que apresenta um anticódon complementar ao primeiro códon do RNAm.
No sítio 2, encaixa-se o segundo RNAt específico que transporta o segundo aminoácido. Entre os dois
primeiros aminoácidos, forma-se a ligação peptídica produzindo um dipeptídeo, enquanto o primeiro RNAt
é liberado. O ribossomo desloca-se e aparece agora no segundo e terceiro códons do RNAm. O dipeptídeo
aparece no sítio 1, ficando o sítio 2 livre para o acoplamento do terceiro RNAt. Com o deslocamento do
ribossomo, o processo vai-se repetindo até a formação completa do polipeptídeo, ou seja, da proteína.
Finalmente o RNAm e a proteína desligam-se do ribossomo.
O polissomo - A cadeia do RNAm é muito longa, permitindo que vários ribossomos realizem simultaneamente
a tradução. Chamamos de polissomos ou polirribossomos um conjunto de ribossomos ligados a uma
molécula de RNAm, executando o processo de tradução.
A parede celular envolve a membrana plasmática e diferentemente do que se imagina, é parte dinâmica da
célula e passa por modificações durante o crescimento e desenvolvimento celular.
São os dictiossomos e retículo endoplasmático os responsáveis pela liberação das vesículas que formam a
placa celular que se estende lateralmente até fundir-se com a parede da célula mãe. Depois de formada a
parede celular, o protoplasma libera o material para formação da lamela média que irá unir células
adjacentes.
Formada externamente à membrana plasmática, a parede celular apresenta-se como primária e secundária.
As primeiras camadas formam a parede primária e as camadas depositadas posteriormente, conforme ocorre
o desenvolvimento celular, formam a parede secundária que fica localizada internamente à parede primária
e externamente à membrana plasmática, ficando assim entre a membrana e parede primária.
As células com paredes secundárias, geralmente, são células mortas. A lignina é um componente frequente
nas paredes secundárias de tecidos como o xilema e o esclerênquima. O incremento de lignina na parede
celular leva a lignificação da parede e aumenta sua resistência.
Entre as paredes primárias de duas células vizinhas encontra-se a lamela média e tem como função preencher
espaços entre as células e funciona como uma espécie de cimento que irá unir células vizinhas. Fazendo a
conexão entre células vizinhas encontram-se os plasmodesmos, estes são formados por pequenos
canalículos e pelas projeções do retículo endoplasmático liso.
O crescimento da planta pode ser primário ou secundário. O primário é determinado pelos meristemas
localizados nas pontas do caule e da raiz e o secundário pelos meristemas laterais: felogênio e câmbio.
O estômato, juntamente com as células subsidiárias, forma o aparelho estomático ou complexo estomático.
Em secção transversal, podemos ver sob o estômato uma câmara subestomática, que se conecta com os
espaços intercelulares do mesofilo.
Os estômatos desempenham uma importante função, são responsáveis pelas trocas gasosas de CO2, O2 e
H2O com a atmosfera. Durante a respiração celular, absorvem O2 e eliminam CO2, durante a fotossíntese,
absorvem CO2 e eliminam O2 e na transpiração eliminam H2O.
Pelos radiculares são projeções das células epidérmicas, que se formam inicialmente como pequenas papilas
na epiderme da zona de absorção de raízes jovens das plantas. Estes são vacuolados e apresentam paredes
delgadas, recobertas por uma fina cutícula e estão relacionados com absorção de água do solo. Estes também
são conhecidos como pelos absorventes.
Reserva: o parênquima pode atuar como tecido de reserva, armazenando amido, proteínas, óleos e outras
substâncias resultantes do metabolismo celular. São bons exemplos de parênquimas de reserva, o
parênquima cortical e medular dos órgãos tuberosos e o endosperma das sementes.
Aerênquima: as angiospermas aquáticas e aquelas que vivem em solos encharcados desenvolvem
parênquima com grandes espaços intercelulares, o aerênquima, que pode ser encontrado no mesofilo,
pecíolo, caule e nas raízes dessas plantas. O aerênquima promove a aeração nas plantas aquáticas, além de
conferir-lhes leveza para a sua flutuação.
Aquífero: as plantas suculentas de regiões áridas, como certas cactáceas, euforbiáceas e bromeliáceas
possuem células parenquimáticas que acumulam grandes quantidades de água em seus parênquimas
aquíferos. Neste caso, as células parenquimáticas são grandes e apresentam grandes vacúolos contendo água
e seu citoplasma aparece como uma fina camada próxima à membrana plasmática.
O colênquima, assim como o parênquima, é constituído de células vivas e é capaz de retornar à atividade
meristemática. Possui parede primária com espessamento irregular, com campos primários de pontuação.
Possui função de sustentação em regiões onde o crescimento é primário ou que estão sujeitas a movimentos
constantes. Pode ser classificado de acordo com o tipo de espessamento da parede celular, podendo ser:
angular; lamelar, lacunar e anelar. Às vezes o colênquima pode sofrer espessamento mais acentuado e
lignificar-se, sendo convertido em esclerênquima.
O esclerênquima é um tecido de sustentação, normalmente possui células mortas com parede secundária
espessa, uniforme e com deposição de lignina, o que lhe fornece um revestimento estável, evitando ataques
químicos, físicos ou biológicos. É encontrado em vários órgãos, fornecendo proteção e sustentação. Há
basicamente dois tipos celulares no esclerênquima: as fibras e as esclereides.
As fibras são células longas e largas, com paredes secundárias espessas e lignificadas, suas extremidades são
afiladas e possuem a função de sustentar partes do vegetal que param de crescer em comprimento. Já as
esclereides são células isoladas ou em grupos esparsos, distribuídas por todo o sistema fundamental da
planta. Possuem paredes secundárias espessas, muito lignificadas, com numerosas pontuações simples. Há
vários tipos de esclereides: braquiesclereídes ou células pétreas (polpa da pêra), macroesclereídes (sementes
das leguminosas - feijão), osteoesclereídes (semente das leguminosas), astroesclereides (folhas de
Nymphaea SP - lírio d'água) e tricoesclereídes (folhas da oliveira e de bananeira).
ESTRUTURAS SECRETORAS
Muitos dos metabólitos que resultam das diversas atividades celulares ficam depositados em células
especiais, denominadas idioblastos excretores, ou serem liberadas para o meio externo através dos tricomas
secretores. O material secretado, denominado exsudato, apresenta uma composição química bastante
variável (água, mucilagem, goma, proteínas, óleo, resinas, látex e néctar). De um modo geral, as células
secretoras se caracterizam por apresentarem paredes primárias delgadas, núcleo desenvolvido, citoplasma
ativo, com organelas envolvidas na síntese protéica, muitos vacúolos diminutos, muitos plasmodesmos e
mitocôndrias em grande quantidade para garantir o suprimento energético utilizado nas diversas atividades
de síntese. São exemplos de estruturas secretoras: nectários, glândulas digestivas, glândulas de sal,
hidropódios, tricomas urticantes, laticíferos, hidatódios.
SISTEMA VASCULAR
Uma das principais mudanças na estrutura do corpo das plantas para conquista do ambiente terrestre foi o
desenvolvimento de um sistema vascular capaz de transportar água, sais minerais e nutrientes e os
compostos orgânicos produzidos durante o processo de fotossíntese.
Repor eficientemente a água perdida pela transpiração é uma adaptação fundamental e pode restringir o
porte da planta e o habitat ocupado. As primeiras plantas a apresentarem esse sistema, foram as pteridófitas
(plantas vasculares mais simples), que se tornou mais complexo nas gimnospermas e finalmente nas
angiospermas. As briófitas por não possuírem esse tipo de sistema são chamadas plantas avasculares e, como
conseqüência, têm pequeno porte e estão restritas a ambientes terrestres úmidos no interior de florestas.
Formado pelo xilema e floema, o sistema condutor origina-se do procâmbio (xilema e floema primários) e do
câmbio (xilema e floema secundários).
Elementos traqueais do xilema e do floema
O xilema é o tecido responsável pelo transporte de água e solutos das raízes para as folhas e copa.
Responsável, também, pelo armazenamento de nutrientes e suporte mecânico. Esse sistema pode
apresentar-se como primário (originado do procâmbio), ou secundário (formado a partir do câmbio). Sendo,
portanto, um tecido complexo e formado por elementos traqueais, células parenquimáticas e fibras. Há dois
As células crivadas, consideradas mais primitivas ou mais simples, presentes no floema das pteridófitas e das
gimnospermas são células alongadas e apresentam áreas crivadas, com poros pouco desenvolvidos, nas suas
paredes laterais e terminais. Os elementos de tubo crivado presentes no floema das angiospermas são células
mais curtas e apresentam um maior grau de especialização do que o observado nas células crivadas.
As células companheiras estão associadas ao elemento de tubo crivado por várias conexões citoplasmáticas
e mantêm-se vivas durante todo o período funcional do elemento de tubo crivado. Acredita-se que elas têm
importante papel na distribuição dos assimilados do elemento de tubo crivado, além de comandar as
atividades destes por meio da transferência de moléculas informais e ou outras substâncias. As células
companheiras estão ligadas diretamente à formação de calose em células de elementos de tubo crivado. A
calose pode funcionar com uma defesa e reparar danos causados por injurias e evitar a perda de substâncias
do floema.
A caracterização detalhada dos tecidos animais será apresentada de modo integrado com a anatomia e
fisiologia animal e humana comparadas ao longo da UNIDADE 4 do curso de BIOLOGIA.
Hibridização de ácidos nucléicos pode ser usada para detectar a localização precisa de genes nos
cromossomos ou RNAs nas células e tecidos. As fitas de DNA de qualquer sequência desejada de até 120
nucleotídeos pode ser produzida pela síntese (não enzimática) química no laboratório. As técnicas de
clonagem de DNA permitem que uma sequência de DNA seja selecionada a partir de milhões de outras
sequências e produzidas em quantidades ilimitadas na forma pura.
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
Antes de tratar dos conceitos e aplicações próprios da engenharia genética, observe este esquema. Ele
representa o mecanismo natural de reparação de genes defeituosos na molécula de DNA. A engenharia
genética vale-se da atuação dessas enzimas para realizar seus feitos.
No DNA, ocorre repetição de sítios-alvos ao longo da molécula, assim ela pode ser cortada em vários frag-
mentos de tamanhos diferentes, dependendo da quantidade de sítios.
A TÉCNICA DO PCR
Trata-se de uma reação em cadeia da polimerase (do inglês, polymerase chain reaction), que é utilizada para
multiplicar em milhares de cópias um único pedaço de DNA. Essa técnica pode ser realizada em tubos de
ensaio e vem se revelando mais vantajosa que a do DNA recombinante, uma vez que não necessita da
produção de um plasmídeo recombinante, tampouco de bactérias para clonar os fragmentos de DNA.
Se uma molécula de DNA, originada de uma célula humana, for submetida a altas temperaturas (cerca de 90
°C) ou a pHs extremos, desfazem-se as pontes de hidrogênio que unem suas fitas, processo esse conhecido
como desnaturação. Separadas as fitas, ocorre a produção de novas moléculas de DNA, o que aumenta a
quantidade de amostra. Se essas fitas forem alocadas em ambiente com a temperatura regular do organismo
humano, ou em pH regular da célula, elas tendem a se unir novamente, ocorre, portanto, uma renaturação,
também conhecida por hibridização. Para que ocorra hibridização, é necessário que as duas fitas sejam
dotadas de sequências complementares de bases que permitam o pareamento.
Para que seja possível visualizar os fragmentos, eles são tratados com um corante – brometo de etidio –, que
possui afinidade pelo DNA e fluoresce, tornando-se visível quando em contato com a luz ultravioleta, sob a
qual fotografa-se o gel para posterior análise. A partir da medição da distância entre as bandas, é possível
calcular o peso molecular e o tamanho dos fragmentos bem como localizar as bandas que compõem o DNA.
Uma satisfatória proliferação de bactérias portadoras do DNA recombinante pressupõe que elas sejam
inseridas em meio nutritivo seletivo, a fim de que apenas as portadoras do DNA recombinante cresçaem e
formem colônias. Depois de muitas gerações de bactérias, os plasmídeos são retirados e os fragmentos de
DNA clonados são isolados. Outra possibilidade é retirar apenas os produtos de expressão do fragmento de
DNA clonado, um hormônio, por exemplo, como a insulina ou o hormônio do crescimento humano, bem
como uma proteína que, isolada, poderá servir para a confecção de uma vacina.
TERAPIA GÊNICA
Se trata da utilização genes normais que substituiriam genes alterados causadores de diversas doenças
humanas, que possuem caráter gênico. Esse material genético será introduzido (por um vetor) no indivíduo
afetado, com o objetivo de corrigir uma informação que está errada ou ausente no DNA desse indivíduo,
atenuando os sintomas ou ainda o curando. Observe neste esquema como se dá essa terapia.
FINGERPRINT
Trata-se da impressão digital molecular, que contribui decisivamente para identificar casos de paternidade
duvidosa, a partir dessa análise no DNA, dado que cada indivíduo detém uma composição genômica única, à
exceção de gêmeos univitelinos (idênticos). Para essa análise e posterior comparação, é necessária uma
amostra de DNA, que pode ser proveniente de células da raiz de um fio de cabelo ou de células (leucócitos)
sanguíneas, amostra essa que pode ser amplificada mediante a técnica do PCR.
Para a efetiva determinação da fingerprint, os cientistas recorrem aos VNTRs (do inglês, variable number of
tandom repeats), repetições de pequenas sequências de nucleotídeos (entre 15 e 20 bases nitrogenadas)
presentes em trechos do DNA.
A quantidade de repetições em cada gene é bastante variável entre os componentes de uma população. Por
isso, ao comparar cromossomos homólogos de diferentes pessoas, é pouco provável que o número de
repetições seja o mesmo, razão pela qual o VNTR é tido como único para cada um, assim como a impressão
digital. Essas repetições podem ser visualizadas pela técnica de eletroforese, que permite a observação de
repetições particulares.
Analisados os VNTRs de determinado par de cromossomos homólogos do pai, notou-se a existência de cinco
sequências repetidas em um dos cromossomos e, quatro em outro. No caso da mãe, há um cromossomo
com sete sequências repetidas e, no homólogo, três repetições.
Ao fazer a análise dos fingerprints dos dois primeiros filhos - da esquerda para a direita - notou-se que o
primeiro tem cinco e três sequências (cinco derivadas do pai e três, da mãe); o segundo filho tem sete e cinco
sequências repetidas (sete provenientes da mãe e cinco provenientes do pai). O resultado permitiu concluir
que não houve troca de nenhum dos dois primeiros filhos. Mas a análise do fingerprint do terceiro filho,
revela que ele tem seis e duas repetições, portanto ele não é filho biológico do casal, uma vez que os pais
não apresentam esses VNTRs.
USO DE CÉLULAS TRONCO
Células-tronco são tipos celulares indiferenciados capazes de, a partir de diferenciação, dar origem a outros
tipos de células. As células-tronco embrionárias são encontradas em embriões, têm capacidade de se
transformar em qualquer célula do corpo, razão pela qual são denominadas totipotentes. No corpo há outras
células-tronco, que continuam a existir até mesmo na idade adulta.