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MATERIAL COMPLEMENTAR

BIOLOGIA
UNIDADE 2
CURSO DE BIOLOGIA

Material de Apoio - UNIDADE 2


MOLÉCULAS – CÉLULAS – TECIDOS
ORIENTAÇÃO DE ESTUDO

Eu sou o Professor Ricardo Rosa e serei o responsável pelas videoaulas, material de apoio, plantão de dúvidas
e seleções de exercícios da disciplina de CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ou BIOLOGIA, do seu curso preparatório para
o ENEM e demais vestibulares da ACADEIMA FILADD BRASIL. Em toda as videoaulas, materiais de apoio,
plantões de dúvida e seleção de exercícios vou te apresentar os conteúdos e as orientações necessárias para
que você tenha um excelente desempenho nas provas que prestar e obtenha a sua aprovação. São muitos
anos de experiência na preparação de alunos em cursos pré-vestibulares, que coloco à disposição para você,
querido(a) aluno(a), objetivando que você use o seu tempo com inteligência, disciplina e eficiência. Conte
comigo. Ok? Um grande abraço. Vamos lá. Caro(a) aluno(a) seja bem-vindo ao estudo da UNIDADE 2 ->
MOLÉCULAS – CÉLULAS - TECIDOS. Este tema é um dos pilares da Biologia. Sua importância está em compilar
e sintetizar diversos conceitos e princípios básicos estudados em outras subdivisões das ciências biológicas.
Não se preocupe com termos e conceitos novos, pois serão explicados e exemplificados para o seu melhor
entendimento do módulo. Os requisitos necessários estão no material a seguir. Basta que você assista as
aulas com atenção, leia os textos correspondentes e faça o seu próprio resumo. Ao escrever um texto autoral,
você aprende com eficiência e reduz a utilização da memória. É importante saber que estudo eficiente não é
decoreba. A memória definitiva e de longa duração é importante e não a temporária, que é usada para
decorar conteúdos em véspera de provas. Essa memória se perde rapidamente e em situações de estresse,
como a da prova. É o famoso ‘deu um branco’. Por isso, querido(a) aluno(a) estude SEMPRE escrevendo.
Assista as aulas, faça as suas anotações, leia os textos, faça as suas anotações e seus resumos. A produção
autoral te dá repertório, que é fundamental para as provas que têm questões dissertativas e, principalmente,
para a redação. Por isso, leia e escreva. Combinado? Nas aulas, você terá o que é esperado que você saiba.
Porém, você perceberá que, às vezes, é necessário um conteúdo anterior e básico para entender
completamente a aula assistida. Esse é um caso típico de leitura deste material, entendeu? Nele você
encontra todos os requisitos teóricos para entender as videoaulas. Por isso, assista as aulas, leia o material
de apoio e, se necessário, assista a aula novamente. Você verá que a aula fica muito mais clara e o seu
entendimento maior. Ok? Não indicarei material extra para leitura, ok? Você já tem material suficiente para
assistir, ler e treinar. Ok? Esse é o nosso acordo. Você assistirá as aulas, lerá os textos, fará os seus resumos,
resolverá exercícios e se precisar, assista aulas novamente. O material a seguir é a teoria necessária para que
você estude eficientemente, domine e entenda a UNIDADE 2 -> MOLÉCULAS – CÉLULAS - TECIDOS. No
material, você encontrará as imagens utilizadas nas aulas, ou seja, as LOUSAS e os exercícios resolvidos. A
SELEÇÃO de EXERCÍCIOS estará em um arquivo a parte na pasta de BIOLOGIA. OK? Fácil de achar, não se
preocupe.

Boas aulas, boas leituras, boas práticas, bom estudo!

Prof. Ricardo Rosa / 2021


AULA 0 – INTRODUÇÃO

A célula é a unidade morfoestrutural e funcional dos seres vivos. Assim, é capaz de produzir seus componentes
e, consequentemente, crescer e multiplicar-se. Alguns organismos são unicelulares e têm o corpo formado
por uma única célula. Mas, em sua grande maioria, os seres são pluricelulares. Um conjunto de células pode
originar um tecido, que pode ser definido como um conjunto de células semelhantes, adaptadas a uma
determinada função. Há quatro tipos básicos de tecidos animais, em função do tipo e função das células que
os constituem: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. Os tecidos, por sua vez, geralmente se reúnem para
formar órgãos, que atuando integradamente, compõem os sis temas ou aparelhos do organismo. E,
finalmente, um conjunto organizado de sistemas, como um todo, forma um indivíduo ou organismo.

A importância da Citologia

A importância reside no fato de que o conhecimento sobre a célula constitui a base para o estudo de outras
disciplinas. Além disso, os fenômenos fisiológicos essenciais dos organismos vivos ocorrem em nível celular,
ou seja, as necessidades básicas de um organismo representam as mesmas de suas células. O estudo que
procura relacionar e integrar a morfologia à fisiologia torna-se mais interessante. É fundamental o estudo do
núcleo, em virtude do papel deste constituinte na coordenação da atividade celular e na transmissão dos
elementos hereditários, os cromossomos e os genes.
O descobrimento da célula
A invenção do microscópio permitiu a descoberta da célula, por Hans e Zacarias Jensen (1590). Robert Hooke,
em 1665, apresentou resultados de suas pesquisas sobre a estrutura da cortiça, observada ao microscópio
em finos cortes. O material apresentava-se formado por pequenos compartimentos hexagonais, delimitados
por paredes espessas. Cada compartimento foi chamado célula (pequena cavidade). O tecido observado por
Hooke, súber, era composto por células mortas, em cujas paredes houve depósito de suberina, tornando-as
totalmente impermeáveis.
A observação da célula
Por apresentarem dimensões tão reduzidas, as células não podem ser vistas a olho nu. Para permitir as suas
observações e estudo, o aparelho habitualmente usado é o microscópio óptico comum ou microscópio
composto, que costuma dar aumentos de até 2 000 vezes. No óptico, as células podem ser observa das vivas
(“a fresco”) ou mortas (“fixadas”) pelo álcool e formol, por exemplo. É comum o uso de corantes para dar
maior realce às estruturas celulares.
Alguns deles podem ser usados em células vivas (corantes vitais), mas, em geral, são aplicados após a morte
(fixação) da célula. Os órgãos são observados, na maioria das vezes, em finos cortes feitos com um aparelho
chamado micrótomo.
O microscópio eletrônico, atualmente mais utilizado nos estudos citológicos, dá aumentos da ordem de até
250 000 vezes. A estrutura da célula observada ao microscópio eletrônico, logicamente com muito mais
detalhes do que se observada ao microscópio comum, é chamada ultraestrutura celular.

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Unidades de medida
Para exprimir dimensões celulares, usamos habitualmente três unidades: micrômetro, nanômetro e
angström, esquematizados no quadro a seguir:

Teoria celular
Uma das mais importantes generalizações da Biologia é a teoria celular, que pressupõe as seguintes
premissas:
Todos os organismos vivos são formados por células. Tal generalização estende-se desde os organismos mais
simples, como bactérias, amebas, até os mais complexos, como um homem ou uma frondosa árvore. A única
exceção é o vírus.
Todas as reações metabólicas de um organismo ocorrem em nível celular. Em qualquer organismo, as reações
vitais, ou seja, o metabolismo sempre acontece no interior das células.
As células originam-se unicamente de células preexistentes. Não existe geração espontânea de células. Por
meio de processos de divisão celular, as células-mães produzem células-filhas, provocando a reprodução e o
crescimento dos organismos.
As células são portadoras de material genético. As células possuem DNA (ácido desoxirribonucleico), por
meio do qual características específicas são transmitidas da célula-mãe à célula-filha.
UMA VISÃO GERAL DA CÉLULA
As células são unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos, ou seja, todos os seres vivos são
formados por células - compartimentos envolvidos por membrana, preenchidos com uma solução aquosa
concentrada de substâncias químicas. As formas mais simples de vida são células individualizadas que se
propagam por divisão binária ou cissiparidade. Há muitos tipos diferentes de células, que variam
enormemente em tamanho, forma e funções especializadas. E, em cada organismo multicelular seja ele o
corpo humano ou a planta de milho, há dúzia ou centenas de diferentes tipos celulares, todos altamente
especializados funcionando juntos na forma de tecidos e órgãos.
E, não importa quão grande e complexo seja o organismo, cada um dos seus tipos celulares retém alguma
individualidade e independência. Apesar das muitas diferenças visíveis, várias espécies de células são
admiravelmente semelhantes nas suas características estruturais básicas. As células são pequenas e
complexas, o que torna difícil ver suas estruturas, descobrir sua composição molecular e, mais difícil ainda,
encontrar funções para seus vários componentes.

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Uma célula animal típica tem um diâmetro de 10 a 20 micrômetros, o que é aproximadamente 5 vezes menor
que a menor partícula visível a olho nu. Somente quando microscópios ópticos de boa qualidade tornaram-
se disponíveis, no início do século XIX pode-se descobrir que tecido animais e vegetais são agregados de
células individuais. Esta descoberta, proposta como a doutrina celular por SCHLEIDEN E SCHWANN, em 1838,
marca o nascimento formal da biologia celular. Células animais não são apenas minúsculas, mas também
incolores e translúcidas e para visualizá-las é importante o desenvolvimento de técnicas de microscopia.

AULA 1 - ORIGEM E EVOLUÇÃO DAS CÉLULAS.

O problema da origem das células está diretamente relacionado com a origem da vida em nosso planeta.
Admite-se que as primeiras células que surgiram na terra foram as procarióticas, ou seja, células cujo material
genético está disperso no hialoplasma. Isso deve ter ocorrido há 3,5 bilhões de anos, no começo do período
Pré-Cambriano. Naquela época a atmosfera provavelmente continha vapor de água, amônia, metano,
hidrogênio, sulfeto de hidrogênio e gás carbônico. O oxigênio livre só apareceu depois, graças à atividade
fotossintética das células autotróficas. Antes de surgir a primeira célula teriam existido grandes massas
líquidas, ricas em substâncias de composição muito simples. Estas substâncias, sob a ação do calor e radiação
ultravioleta vinda do Sol e de descargas elétricas oriundas de tempestades frequentes, combinaram-se
quimicamente para constituírem os primeiros compostos contendo carbono. Substâncias relativamente
complexas teriam aparecido espontaneamente. Stanley Miller realizou em 1953 experimentos fundamentais
que corroboraram essa possibilidade. Produzindo descargas elétricas em um recipiente fechado, contendo
vapor de água, Hidrogênio, Metano e amônia, descobriu que se formavam aminoácidos, tais como alanina,
glicina, e ácidos aspárticos e glutâmicos.
Estudos posteriores, simulando as condições pre-bióticas, permitiram a produção de 17 aminoácidos (dos 20
presentes nas proteínas).

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Também foram produzidos açúcares, ácidos graxos e as bases nitrogenadas que formam parte do DNA e
RNA. Esta etapa de evolução química foi provavelmente precedida de outra na qual se formaram as proteínas
pela polimerização dos aminoácidos. Essa etapa posterior provavelmente teve lugar em meios aquosos onde
as moléculas orgânicas se concentravam para formar uma espécie de "Sopa Primordial" na qual foram
favorecidas as interações e onde se formaram complexos maiores denominados coacervados ou
proteinoides, com uma membrana externa envolvendo um fluido no interior (micelas).
Posteriormente originou-se o código genético, talvez primeiro como RNA, e em seguida o DNA e as diversas
moléculas que participaram na síntese de proteínas e na replicação, produzindo células capazes de se
autoperpetuarem.
É razoável supor-se que a primeira célula a surgir foi precedida por agregados de micelas que apresentavam
apenas algumas das características hoje consideradas peculiares dos seres vivos (metabolismo, crescimento
e reprodução). Isto é, a primeira célula era das mais simples, porém mesmo uma célula desse tipo é ainda
complexa demais para admitir-se que ela tenha surgido ao acaso, já pronta e funcionando. É possível que
não havendo Oxigênio na atmosfera, os primeiros procariontes foram heterotróficos e anaeróbicos.
Posteriormente surgiram os procariontes autotróficos, tais como as algas azuis – cianofíceas, que contém
pigmentos fotossintéticos. Através da fotossíntese se produziu o Oxigênio da atmosfera e este permitiu o
surgimento de organismos aeróbicos a partir dos quais, recém originaram-se os eucariontes.
Até aquele momento a vida só estava presente na água, porém, finalmente, as plantas e os animais
colonizaram a Terra. Há 3 teorias para explicar o fato do aperfeiçoamento das células procariontes
autotróficas iniciais.
Teoria da Invaginação da Membrana Plasmática – TEROIA DE ROBERTSON.
Por mutação genética, alguns procariontes teriam passado a sintetizar novos tipos de proteínas, e isso levaria
ao desenvolvimento de um complexo sistema de membranas, que, invaginando-se da membrana plasmática,
teria dado origem às diversas organelas delimitadas por membranas. Assim teriam aparecido o retículo
endoplasmático, o aparelho de Golgi, os lisossomos e as mitocôndrias. Pelo mesmo processo surgiria a
membrana nuclear, principal característica das células eucariontes. Embora à primeira vista este teoria
pareça sólida, ela não tem apoio em fatos conhecidos. É, ao contrário, de difícil aceitação, pois não existe
célula intermediária entre procarionte e eucarionte, nem se encontrou fóssil que indicasse uma possível
existência destes tipos intermediários.

Teoria da Simbiose de Procariontes – TEORIA ENDOSSIMBIÔNTICA


Segundo esta teoria alguns procariontes passaram a viver no interior de outros, criando células mais
complexas e mais eficientes. Vários dados apoiam a suposição de que as mitocôndrias e os cloroplastos
surgiram por esse processo. Demonstrou-se, por exemplo, que tais organelas contêm DNA, e que esse DNA
contém informação genética que se transmite de uma célula a outra, de um modo comparável à informação
contida no DNA dos cromossomas nucleares. Ainda mais, ao menos no que se refere às mitocôndrias,
demonstrou-se também que a molécula de DNA é circular, como nas bactérias. Estas e outras observações
nos levam à conclusão de que mitocôndrias e cloroplastos de fato se originaram por simbiose.

Teoria Mista
É possível que as organelas que não contêm DNA, como o retículo endoplasmático e o aparelho de Golgi. se
tenham formado a partir de invaginações da membrana celular, enquanto as organelas com DNA
(mitocôndrias, cloroplastos) apareceram por simbiose entre procariontes.

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ORGANIZAÇÃO CELULAR DE SERES PROCARIONTES E EUCARIONTES
A microscopia eletrônica demonstrou que existem fundamentalmente duas classes de células: as
procarióticas, cujo material genético não está separado do citoplasma por uma membrana e as eucarióticas,
com um núcleo bem individualizado e delimitado pelo envoltório nuclear. Embora a complexidade nuclear
seja utilizada para dar nome as duas classes de células, há outras diferenças importantes entre procariontes
e eucariontes. Do ponto de vista evolutivo, considera-se que os procariontes são ancestrais dos eucariontes.
Os procariontes surgiram faz cerca de 3 bilhões de anos ao passo que os eucariontes, 1 bilhão de anos.
E apesar das diferenças entre as células eucarióticas e procarióticas, existem semelhanças importantes em
sua organização molecular e em sua função. Por exemplo, veremos que todos os organismos vivos utilizam
o mesmo código genético e uma maquinaria similar para a síntese de proteínas. As células procarióticas
caracterizam-se pela pobreza de membranas, que nelas quase se reduzem à membrana plasmática.
Os seres vivos que têm células procarióticas compreendem as bactérias e as cianofíceas ou algas azuis. As
células eucarióticas, por definição e em contraste com as células procarióticas, possuem um núcleo (caryon,
em Grego) que contém a maioria do DNA celular envolvido por uma dupla camada lipídica. O DNA é assim
mantido num compartimento separado dos outros componentes celulares que se situam num citoplasma,
onde a maioria das reações metabólicas ocorrem. No citoplasma, no entanto, organelas distintas podem ser
reconhecidas. Dentre elas, duas são proeminentes, os cloroplastos (nas células vegetais) e as mitocôndrias
(animais e vegetais), envoltas numa bicamada de membrana que é distinta da membrana nuclear. Ambas as
organelas possivelmente têm origem simbiótica. Apesar de possuírem uma estrutura relativamente simples,
as células procarióticas são bioquimicamente versáteis e diversas: por exemplo todas as principais
metabólicas são encontradas em bactérias, incluindo os três processos para obtenção de energia: glicólise,
respiração e fotossíntese.

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COMPARAÇÃO ENTRE A COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE PROCARIOTOS E EUCARIOTOS
COMPONENTE BACTÉRIA - E. COLI CÉLULA DE MAMÍFERO
ÁGUA 70 % 70 %
ÍONS INORGÂNICOS (Na, K, Mg, Ca, Cl, etc.) 1% 1%
PEQUENOS METABÓLITOS 3% 3%
PROTEÍNAS 15 % 18 %
RNA 6% 1,1 %
DNA 1% 0,25 %
FOSFOLIPÍDIOS 2% 3%
OUTROS LIPÍDIOS --- 2%
POLISSACARÍDEOS 2% 2%
-12 -9
VOLUME TOTAL DA CÉLULA 2 x 10 cm cúbicos 4 x 10 cm cúbicos
VOLUME RELATIVO DA CÉLULA 1 2000

A célula procariótica mais bem estudada é a bactéria Escherichia coli. Dada a sua simplicidade estrutural,
rapidez de multiplicação e não patogenicidade. A E. coli revelou-se excelente para os estudos de biologia
molecular.
A organização da célula
Analisaremos nesse item a descrição sumária de uma célula animal típica, observada ao microscópio
eletrônico, a fim de que tenhamos uma primeira ideia sobre organização celular.
Reconhecemos na ilustração de uma célula, a seguir, três componentes fundamentais: membrana,
citoplasma e núcleo.

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A membrana plasmática
É uma película delgada de contorno irregular que envolve a célula e através da qual são absorvidos água,
alimento e oxigênio (para respiração) e eliminadas várias substâncias. O processo de eliminação de uma
substância pela célula será uma secreção, caso se trate de um produto que a célula fabricou com finalidade
útil (hormônio, por exemplo), ou uma excreção, isto é, quando é expulso um resíduo (escória), resultante de
reações químicas que ocorrem na célula. A membrana plasmática “seleciona” as substâncias que entram na
célula e dela saem, de acordo com suas necessidades. Diz-se, portanto, que ela possui permeabilidade
seletiva.
O citoplasma e os organoides celulares
O citoplasma é o constituinte celular mais volumoso; formado pelo citosol e os organoides celulares. O
citosol, também chama do de hialoplasma, é um líquido transparente homogêneo e sem estrutura, no qual
estão mergulhados os organoides celulares.
Imersos no hialoplasma, encontramos os organóides celulares, entre os quais citaremos: retículo
endoplasmático (uma rede de vesículas e canais que se intercomunicam e que auxilia a distribuição e o
armazenamento de substâncias celulares), ribossomos (pequenos grânulos, nos quais ocorre a síntese de
proteínas), mitocôndrias (corpúsculos esféricos ou alongados relacionados com a respiração celular,
processo que fornece a energia necessária às atividades celulares), lisossomos (pequenas “bolsas” contendo
enzimas digestivas), complexo de Golgi (pilha de vesículas circulares e achatadas, das quais as secreções são
liberadas para fora da célula) e centríolos (dois cilindros perpendiculares entre si relacionados com a divisão
celular).
O núcleo
Situado, geralmente, na parte central da célula, o núcleo apresenta uma membrana, a carioteca, que envolve
o carioplasma, líquido no qual estão imersos o nucléolo e os cromossomos, onde encontram-se os genes,
elementos responsáveis pela coordenação das diversas atividades celulares, constituídos por DNA.
A CÉLULA PROCARIÓTICA

Possuem estrutura celular muito simples.


Estão presentes a membrana plasmática, o
material genético (cromatina) aparece disperso
no hialoplasma, onde a única organela
presente é o ribossomo. Observe, portanto,
que não existe membrana envolvendo o
material genético, nem delimitando o núcleo.
Esse tipo de célula caracteriza os seres
PROCARIONTES, representados pelos
integrantes do reino Monera, ou seja, as
algas azuis ou cianofíceas (cianobactérias) e
as bactérias. Observe o esquema de uma
bactéria.

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A CÉLULA EUCARIÓTICA
Possuem estrutura celular mais complexa, apresentando membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo. No
citoplasma estão presentes um complexo sistema membranoso, organelas membranosas e granulares, além
de estruturas proteicas microtubulares e microfilamentosas. O material genético ou cromatina (DNA)
encontra-se envolvido pela carioteca ou membrana nuclear. Os seres que possuem esse tipo de célula são
chamados de EUCARIONTES e representados pelas algas, fungos, animais e vegetais. Observe, a seguir a
complexidade dessas células:

AULA 2 – ASPECTOS BIOQUÍMICOS DAS ESTRUTURAS CELULARES

Por metabolismo entende-se o conjunto de reações bioquímicas que ocorrem nas células e que são
fundamentais para a existência, manutenção, manifestação e propagação da vida. Pode-se dividi-lo,
considerando as estruturas celulares e as substâncias químicas envolvidas, em metabolismo energético, de
construção e de regulação.
Podemos considerar mais duas ideias sobre metabolismo celular: Anabolismo - reações químicas de síntese,
que a partir de moléculas menores produzem moléculas maiores; e Catabolismo – reações químicas de
degradação que transformam moléculas grandes em unidades menores.
A Citologia estuda a célula, sua estrutura e funções. No entanto, é fundamental entender bem a sua
composição química celular. A análise do conteúdo celular revela a existência de componentes minerais e
orgânicos. Os primeiros compreendem a água e os sais minerais, os últimos estão agrupados em quatro
categorias: açúcares, lipídios, proteínas e os ácidos nucléicos. Os ácidos nucleicos estão presentes nas células
de qualquer organismo e suas quantidades são variáveis entre espécies diferentes. Estudaremos seus detalhes
e a causa dessa variação mais adiante e, por essa razão, não estão presentes na tabela a seguir:

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CONSTITUINTES CÉLULAS ANIMAIS % CÉLULAS VEGETAIS %

Água 60 75

Substâncias minerais 4,3 2,45

Glicídios 6,2 18,0


Substâncias
Lipídios 11,7 0,5
orgânicas
Proteínas 17,8 4,0

ÁGUA
A água é solvente universal e, portanto, necessária para que as substâncias possam se encontrar e reagir. A
água também ajuda a evitar variações bruscas de temperatura, atuando na termorregulação dos seres vivos,
pois apresenta valores elevados de calor específico, calor de vaporização e calor de fusão. Organismos
pecilotérmicos não podem viver em lugares com temperaturas abaixo de zero, pois como não são capazes
de controlar a temperatura do corpo, a sua água congelaria e os levaria à morte. É importante nos processos
de transporte de células e de substâncias, intra e extracelulares, a água tem importante participação, assim
como na eliminação de excretas celulares. A água também tem função lubrificante, em regiões onde há
atrito, como nas articulações.
A quantidade de água varia de acordo com a taxa metabólica. Quanto maior a atividade química
(metabolismo) de um órgão, maior o teor hídrico. Ver tabela a seguir:

ESTRUTURA ORGÂNICA TEOR DE ÁGUA

Encéfalo de embrião 92,0

Músculos 83,4

Cérebro 77,8

Pulmões 70,9

Coração 70,9

Osso 48,2

Dentina 12,0

De acordo com a Idade. Por exemplo, o encéfalo do embrião tem 92% de água e o do adulto 78%. A taxa de
água em geral decresce com a idade e, finalmente, com a espécie. Por exemplo, na espécie humana há 64%
de água, nas medusas 98%, nos esporos e sementes vegetais há 15%.

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SAIS MINERAIS
Nos líquidos intra e extracelular, encontramos grande variedade de sais minerais dissociados em cátions (íons
carregados positivamente) e ânions (íons carregados negativamente). Aparecem na composição da célula
sob duas formas básicas: imobilizada como componentes de estruturas esqueléticas (cascas de ovos, ossos,
etc.) e dissociada ou ionizada. Veja a tabela abaixo:
Componente dos ossos e dentes. Ativador de certas enzimas, participando de processos como a
Cálcio (Ca2+)
contração muscular e a coagulação.

Magnésio (Mg2+) Faz parte da molécula de clorofila; é necessário, portanto, à fotossíntese.

Presente na hemoglobina do sangue, pigmento fundamental para o transporte de oxigênio.


2+
Ferro (Fe ) Componente de substâncias importantes na respiração e na fotossíntese (citocromos e
ferrodoxina).

Tem concentração intracelular sempre mais baixa que nos líquidos externos. A membrana
+
Sódio (Na ) plasmática, por transporte ativo, constantemente bombeia o sódio, que tende a penetrar por
difusão. Importante componente da concentração osmótica do sangue juntamente com o K .

É mais abundante dentro das células. Por transporte ativo, a membrana plasmática absorve o
Potássio (K+) potássio do meio externo. Os íons sódio e potássio estão envolvidos nos fenômenos elétricos
que ocorrem na membrana plasmática, na concentração muscular e na condução nervosa.

Componente dos ossos e dentes. Está no ATP, molécula energética das atividades celulares. É
Fosfato (PO4-3)
parte integrante do DNA e RNA, no código genético.

Cloro (Cl-) Componente dos neurônios (transmissão de impulsos nervosos ).

Iodo (I-) Entra na formação de hormônios tireoidianos

Componentes orgânicos da célula


Entre os compostos orgânicos, aparecem os polímeros, moléculas gigantes (macromoléculas) formadas por
uma cadeia de moléculas chamadas de monômeros.

Podemos citar os seguintes polímeros: proteínas, ácidos nucléicos e polissacarídeos, cujos monômeros são,
respectivamente, aminoácidos, nucleotídeos e monossacarídeos.

POLISSACARÍDEOS (GLICÍDEOS)
Os glicídios são também conhecidos como açúcares, sacarídios, carboidratos ou hidratos de carbono. São
moléculas compostas principalmente de: carbono, hidrogênio, oxigênio. Os açúcares mais simples são os
monossacarídios, que apresentam fórmula geral CnH2nOn .

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O valor de n pode variar de 3 a 7 conforme o tipo de monossacarídio. O nome do açúcar é dado de acordo
com o número de átomos de carbono da molécula, seguido da terminação OSE. Por exemplo, triose, pentose,
hexose. São monossacarídios importantes: glicose, frutose, galactose, ribose e desoxirribose. A junção de
dois monossacarídeos dá origem a um dissacarídio. Quando temos muitos monossacarídeos ligados, ocorre
a formação de um polissacarídeo, tal como o amido, o glicogênio, a celulose, a quitina, etc.
Os glicídios são a fonte primária de energia para as atividades celulares e possuem também funções
estruturais. Enquanto as plantas produzem seus próprios carboidratos, os animais incorporam-nos através
do processo de nutrição.

PRINCIPAIS MONOSSACARÍDEOS

CARBOIDRATO PAPEL BIOLÓGICO

Ribose ( 5C) Uma das matérias-primas necessárias à produção de ácido ribonucléico.

Desoxirribose (5C) Matéria-prima necessária à produção de ácido desoxirribonucléico (DNA).

é a molécula mais usada pelas células para obtenção de energia. Sintetizada pelos seres
Glicose (6C)
clorofilados, na fotossíntese. Abundante em vegetais, no sangue, no mel.

Frutose (6C) Muito comum em frutas e, também, apresenta papel fundamentalmente energético.

Galactose (6C) Um dos monossacarídeos constituinte da lactose do leite. Papel energético.

LIPÍDIOS
Fazem parte deste grupo as gorduras, os óleos, as ceras e os esteróides, compreendem um grupo muito
heterogêneo, cuja característica comum é a insolubilidade em água e a solubilidade em solventes orgânicos,
como o xilol, o éter, a benzina e o clorofórmio. As gorduras e os óleos formam o grupo dos triglicerídios, pois,
por hidrólise, ambos liberam um álcool chamado glicerol e 3 "moléculas" de ácidos graxos. O ácido graxo
pode ser saturado ou insaturado. O saturado é aquele onde há somente ligações simples entre os átomos de
carbono, como por exemplo, o ácido palmítico e o ácido esteárico. O ácido graxo insaturado possui uma ou
mais ligações duplas entre os carbonos, como, por exemplo, o ácido oléico.

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R = 10 ou mais átomos de carbono. Veja a seguir,
Um lipídio é chamado "gordura" quando está no estado sólido à temperatura ambiente; caso esteja no
estado líquido será denominado "óleo". As ceras são duras à temperatura ambiente e macias quando são
aquecidas. As ceras, por hidrólise, liberam "uma" molécula de álcool e ácidos graxos, ambos de cadeia longa.
Os esteróides são lipídios de cadeia complexa. Como exemplo pode-se citar o colesterol e alguns hormônios:
estrógenos, testosterona.

Estes, com as proteínas, entram na constituição das membranas celulares e se encontram distribuídos em
todos os tecidos, principalmente nas membranas celulares e nas células de gordura. Também são
armazenados na forma de reserva alimentar, podendo ser usados como fontes de energia. Nos animais, estão
presentes no tecido adiposo; nos vegetais, aparecem nas sementes oleaginosas.
A maioria dos lipídeos é derivada ou possui na sua estrutura ácidos graxos. Algumas substâncias classificadas
entre os lipídeos possuem intensa atividade biológica; elas incluem algumas das vitaminas e hormônios.
Embora os lipídeos sejam uma classe distinta de biomoléculas, veremos que eles geralmente ocorrem
combinados, seja covalentemente ou através de ligações fracas, como membros de outras classes de
biomoléculas, para produzir moléculas hídricas tais como glicolipídeos, que contêm tanto carboidratos
quanto grupos lipídicos, e lipoproteínas, que contêm tanto lipídeos como proteínas.
Em tais biomoléculas, as distintas propriedades químicas e físicas de seus componentes estão combinadas
para preencher funções biológicas especializadas. Ao contrário das demais biomoléculas, os lipídeos não são
polímeros, isto é, não são repetições de uma unidade básica. Embora possam apresentar uma estrutura
química relativamente simples, as funções dos lipídeos são complexas e diversas, atuando em muitas etapas
cruciais do metabolismo e na definição das estruturas celulares.

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Alguns lipídeos têm a habilidade de formar filmes sobre a superfície da água, ou mesmo de formar agregados
organizados na solução; estes possuem uma região, na molécula, polar ou iônica, que é facilmente hidratada.
Este comportamento é característico dos lipídeos que compõe a membrana celular. Os lipossomos são
"microenvelopes" capazes de envolverem moléculas orgânicas e entregarem-nas ao "endereço biológico"
correto.
ESTERÓIDES
Os esteróides são lipídeos derivados do colesterol. Eles atuam, nos organismos, como hormônios e, nos
humanos, são secretados pelas gônadas, córtex adrenal e pela placenta. A testosterona é o hormônio sexual
masculino, enquanto que o estradiol é o hormônio responsável por muitas das características femininas.
O colesterol é um esteróide importante na estrutura das membranas biológicas, e atua como precursor na
biossíntese dos esteróides biologicamente ativos, como os hormônios esteróides e os ácidos e sais biliares .
O excesso de colesterol no sangue é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças
arteriais coronarianas, principalmente o infarto agudo do miocárdio.

LIPOPROTEÍNAS
São associações entre proteínas e lipídeos encontradas na corrente sanguínea, e que tem como função
transportar e regular o metabolismo dos lipídeos no plasma. A fração lipídica das lipoproteínas é muito
variável, e permite a classificação das mesmas em 5 grupos:
1. Quilomícron = É a lipoproteína menos densa, transportadora de triacilglicerol exógeno na corrente
sanguínea
2. VLDL = "Lipoproteína de Densidade Muito Baixa", transporta triacilglicerol endógeno
3. IDL = "Lipoproteína de Densidade Intermediária", é formada na transformação de VLDL em LDL
4. LDL = "Lipoproteína de Densidade Baixa", é a principal transportadora de colesterol; seus níveis
aumentados no sangue aumentam o risco de infarto agudo do miocárdio
5. HDL = "Lipoproteína de Densidade Alta"; atua retirando o colesterol da circulação. Seus níveis
aumentados no sangue estão associados a uma diminuição do risco de infarto agudo do miocárdio.

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PROSTAGLANDINAS
Estes lipídeos não desempenham funções estruturais, mas são importantes componentes em vários
processos metabólicos e de comunicação intercelular. Os anti-inflamatórios não esteróides, como a aspirina,
agem bloqueando as enzimas responsáveis pela formação de intermediários, que impedem o ciclo de
formação das prostaglandinas e evitam a sinalização inflamatória.
FUNÇÕES GERAIS DOS LIPÍDIOS
São constituintes da membrana plasmática e de todas as membranas internas da célula (fosfolipídios);
fornecem energia quando oxidados pelas células como combustível alternativo à glicose, pois são os
compostos bioquímicos mais calóricos para geração de energia metabólica através da oxidação de ácidos
graxos;. São normalmente usados como reserva energética; fazem parte da estrutura de algumas vitaminas
(A, D, E e K); originam alguns hormônios (andrógenos, progesterona, etc.) e prostaglandinas ajudam na
proteção contra a dessecação e excesso de transpiração. Oferecem isolamento térmico, elétrico e mecânico
para proteção de células e órgãos e para todo o organismo (panículo adiposo sob a pele), o qual modela a
forma do corpo
Um fosfolipídio de membrana

.
VITAMINAS
A maioria das vitaminas necessárias ao nosso organismo atua como coenzima. Vitaminas são substâncias
orgânicas essenciais, que têm de ser obtidas do alimento, uma vez que o organismo não consegue fabricá-
las. Podem ser agrupadas em hidrossolúveis, representadas pelo complexo B e pela vitamina C; e em
lipossolúveis, representadas pelas vitaminas D, E, K e A.
• Vitamina A – antixeroftálmica > Necessária para o crescimento normal e para o funcionamento
normal dos olhos, do nariz, dos pulmões. Previne resfriados e várias infecções . Evita a “cegueira
noturna”; xeroftalmina, “olhos secos” em crianças; cegueira total. Pode ser encontrada em vegetais
amarelos (cenoura, abóbora, batata doce, milho), pêssego, nectarina, abricó, gema de ovo,
manteiga, fígado.

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• Vitamina B1 – tiamina > Auxilia na oxidação dos carboidratos. Estimula o apetite. Mantém o tônus
muscular e o bom funcionamento do sistema nervoso. Evita a perda de apetite, fadiga muscular,
nervosismo, beribéri (homem) e polineurite (pássaros). Encontrada em cereais na forma integral e
pães, feijão, fígado, carne de porco, ovos, fermento de padaria, vegetais de folhas.
• Vitamina B2 – riboflavina > Auxilia na oxidação dos alimentos. Essencial à respiração celular. Mantém
a tonalidade saudável da pele. Atua na coordenação motora. Evita a Ruptura da mucosa da boca, dos
lábios, da língua e das bochechas. Encontrada em vegetais de folhas (couve, repolho, espinafre etc),
carnes magras, ovos, fermento de padaria, fígado, leite.
• Vitamina B (PP) - ácido nicotínico > Mantém o tônus nervoso e muscular e o bom funcionamento do
aparelho digestório. Previne a Inércia e falta de energia, nervosismo extremo, distúrbios digestivos,
pelagra (homem) e língua preta (cães). Encontrada no lêvedo de cerveja, carnes magras, ovos, fígado,
leite.
• Vitamina B6 – piridoxina > Auxilia a oxidação dos alimentos. Mantém a pele saudável. Evita Doenças
de pele, distúrbios nervosos, inércia e extrema apatia. Encontrada no lêvedo de cerveja, cereais
integrais, fígado, carnes magras, peixe, leite.
• Vitamina B12 – cianocobalamina >Importante para a maturidade das hemácias. Evita a Anemia
perniciosa. Encontrada no Fígado. Leite e seus derivados, em carnes, peixes, ostras e leveduras.
• Vitamina C - ácido ascórbico (Anti-escorbútica) > Previne infecções. Mantém a integridade dos vasos
sangüíneos e a saúde dos dentes. Previne escorbuto, a Inércia e fadiga em adutos, insônia e
nervosismo em crianças, sangramento das gengivas, inflamações nas juntas, dentes alterados,
escorbuto. Encontrada em frutas cítricas (limão, lima, laranja), tomate, couve, repolho e outros
vegetais de folha, pimentão, morango, abacaxi, goiaba, caju.
• Vitamina D - ergosterol = precursor da vitamina D (Anti-raquítica) > Atua no metabolismo do cálcio e
do fósforo. Mantém os ossos e os dentes em bom estado. Previne o raquitismo, problemas nos
dentes, ossos fracos, contribui para os sintomas da artrite, raquitismo, osteomalácia (adultos).
Encontrada no lêvedo, óleo de fígado de bacalhau, gema de ovo, manteiga.
• Vitamina E - tocoferol (Anti-oxidante) > Promove a fertilidade. Previne o aborto. Atua no sistema
nervoso involuntário , no sistema muscular e nos músculos involuntários. Previne a esterilidade do
macho, aborto. Oxidação de ácidos graxos insaturados e enzimas mitocondriais. Encontrada no óleo
de germe de trigo, carnes magras, laticínios, alface, óleo de amendoim.
• Vitamina K - Anti-hemorrágica > Atua na coagulação do sangue. Previne hemorragias prolongadas. A
sua falta retarda o processo de coagulação. Encontrada em vegetais verdes, tomate, castanha,
espinafre, alface, repolho, couve, óleos vegetais.

PROTEÍNAS
As proteínas são polímeros nos quais os monômeros são moléculas de aminoácidos e formam o grupo mais
numeroso e diversificado das moléculas orgânicas. Todo aminoácido é formado por um Carbono assimétrico
ligado a quatro ligantes diferentes, uma Carboxila (COOH), uma Amina (NH2)), um Hidrogênio (H) e um Grupo
Radical (R).

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A seguir, a fórmula geral dos aminoácidos:

Na natureza existem 20 tipos de aminoácidos, que diferenciam-se pelo Grupo Radical.


Veja a seguir, algumas fórmulas:

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A ligação química entre dois AA chama-se ligação peptídica, e acontece sempre entre o C do radical ácido de
um AA e o N do radical amina do outro AA. Veja a figura a seguir:

Quando a ligação ocorre entre dois AA chamamos a molécula formada de dipeptídio, com três AA de
tripeptídio e acima de quatro é chamada de polipeptídio. As proteínas são sempre polipeptídios e costumam
ter acima de 80 AA. Existem vinte tipos diferentes de AA que fazem parte das proteínas. Um mesmo AA pode
aparecer várias vezes na mesma molécula.
Os aminoácidos podem ser classificados em essenciais, quando não são produzidos pelo organismo e,
portanto, devem estar presentes em sua dieta; e naturais, quando podem ser produzidos pelo organismo.
Os aminoácidos que são naturais para uma dada espécie podem ser essenciais para outra. Esse é um dos
pontos que justifica a ampla diversidade na composição das dietas dos animais.
Na tabela abaixo a relação dos aminoácidos e a sua relação com o organismo humano.

Aminoácidos naturais Aminoácidos essenciais

Asparagina (Asn) Prolina (Pro) Cisteína (Cis) Metionina (Met) Triptofano (Tri)

Glutamina (Gln) Alanina (Ala) Tirosina (Tir) Isoleucina (Iso) Valina (Val)

Arginina (Arg) Glutamato (Glu) Serina (Ser) Leucina (Leu) Treonina (Tre)

Histidina (His) Aspartato (Asp) Glicina (Gli) Lisina (Lis) Fenilalanina (Fen)

Apesar de existirem somente 20 AA, o número de proteínas possível é praticamente infinito. As proteínas
diferem entre si devido a quantidade de aminoácidos na molécula, aos tipos presentes e a sua seqüência na
molécula. Duas proteínas podem ter os mesmos AA nas mesmas quantidades, porém se a seqüência dos AA
for diferente, as proteínas serão diferentes.

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ESTRUTURA PROTÉICA
A sequência dos AA na cadeia polipeptídica é o que chamamos de estrutura primária da proteína. Se a
estrutura primária de uma proteína for alterada, a proteína é mudada. A estrutura primária é importante
para a forma espacial da proteína.
O fio proteico (estrutura primária) não fica esticado, mas sim enrolado como um fio de telefone (forma
helicoidal), devido à projeção espacial da ligação peptídica. Essa forma é chamada de estrutura secundária.
Em muitas proteínas a própria hélice (estrutura secundária) sofre dobramento sobre si mesma, adquirindo
forma globosa chamada de estrutura terciária. É essa estrutura terciária (espacial = tridimensional) que
determina a função biologicamente ativa, fazendo a proteína trabalhar como enzima, anticorpo, hormônio
ou receptores de membrana.

PROTEÍNAS –

DESNATURAÇÃO PROTÉICA
Vários fatores tais como temperatura, grau de acidez (pH), concentração de sais e outros podem alterar a
estrutura espacial de uma proteína, sem alterar a sua estrutura primária. Mas, a principal conseqüência é a
perda do papel biológico. Este fenômeno é chamado de desnaturação

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Agora, discutiremos com mais detalhe, apenas, os papéis estrutural e enzimático das proteínas. As demais
funções serão apresentadas posteriormente junto ao estudo da membrana plasmática (receptores
permeases), grupos sanguíneos (anticorpos) e fisiologia do sistema endócrino (hormônios). Uma das funções
das proteínas é a função estrutural, pois fazem parte da arquitetura das células e tecidos dos organismos.

PROTEÍNAS ESTRUTURAIS

PROTEÍNA PAPEL BIOLÓGICO

Colágeno Proteína presente nos ossos, cartilagens e tendões, e também na pele. Aumenta a resistência
desses tecidos à tração.
Queratina Recobre a superfície da pele dos vertebrados terrestres. É o mais abundante componente de
unhas, garras, corpos, bicos e pelos dos vertebrados. Impermeabilizando as superfícies corpóreas,
Actina e diminuindo
Principais constituintes do músculo. a desidratação.
Responsáveis pela contratilidade do músculo.
miosina
Albumina Proteína mais abundante do plasma sanguíneo, conferindo-lhe viscosidade, pressão osmótica e
função tampão.
Hemoglobina Proteína presente nas hemácias. Relacionada ao transporte de gases pelas células vermelhas do
sangue.

A maior parte das informações contidas no DNA dos organismos, é referente à fabricação de enzimas. Cada
reação que ocorre na célula necessita de uma enzima específica, isto é, uma mesma enzima não catalisa duas
reações diferentes.

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Além da função estrutural as proteínas atuam como enzimas ou biocatalisadoras das reações bioquímicas
que ocorrem nas células. Diminuem a energia de ativação requerida pelas reações, tornando-as mais
espontâneas e aumentando suas velocidades. A especificidade das enzimas é explicada pelo modelo da chave
(reagente) e fechadura (enzima), pois a forma espacial da enzima deve ser complementar à forma espacial
dos reagentes (substratos). As enzimas são reversíveis, ou seja, a mesma molécula pode ser usada diversas
vezes. A desnaturação de uma enzima implica na sua inatividade, pois perdendo sua forma espacial ela não
consegue mais se encaixar ao seu substrato específico. Veja o modelo, a seguir:

Um inibidor enzimático tem forma semelhante ao substrato (reagente). Encaixando-se na enzima, bloqueia
a entrada do substrato, inibindo a reação química.

Cinética Enzimática
A temperatura, o pH e a concentração do substrato são fatores importantes na determinação da velocidade
da atividade enzimática. Veja os gráficos, a seguir:

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Toda enzima apresenta condições ótimas de funcionamento, nas quais a velocidade da reação é máxima.
Acima das temperaturas ótimas e fora dos limites dos pH ótimos, ocorre desnaturação.
Veja os exemplos, a seguir:

A composição química do DNA


O ácido desoxirribonucleico (DNA) é um polímero. Chamamos polímeros às macromoléculas forma das pelo
encadeamento de unidades repetitivas, os monômeros. São polímeros, por exemplo, as proteínas, cujos
monômeros são os aminoácidos.

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O DNA é um polímero definido co mo um polinucleotídeo, por ser constituído por uma sucessão de unidades
menores, os nucleotídeos, que representam os monômeros. Nucleotídeos são moléculas orgânicas
complexas formadas pela união de três moléculas: fosfato, pentose e base nitrogenada.
Se retirarmos o fosfato de um nucleotídeo, teremos um nucleosídeo. O fosfato é derivado do ácido fosfórico
(H3PO4) e a pentose (C5H10O5) é a desoxirribose.

As bases nitrogenadas são estruturadas a partir de carbono (C), hidro gênio (H) e nitro gênio (N) e pertencem
a duas categorias: púricas e pirimídicas. As púricas, com anel duplo, são a adenina (A) e a guanina (G). As
pirimídicas, com anel simples, são a cito sina (C) e a timina (T).

O fosfato e a desoxirribose são constantes em todos os nucleotídeos. A variação da base nitrogenada


determina a existência de quatro tipos de nucleotídeos.

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A relação de Chargaff
Em 1950 o austríaco Erwin Chargaff, analisando amostras de DNA provenientes de diferentes células
pertencentes a variadas espécies, mostrou que em todos os DNAs as quantidades de adenina igualam as de
timina, enquanto as de citosina igualam as de guanina. Daí a famosa Relação de Chargaff: A = T e C = G ou
A/T = 1 e C/G = 1.

A estrutura do DNA
Através de informações ob tidas em estudos da difração dos raios X e de análises químicas, Watson e Crick,
em 1953, propuseram o modelo da estrutura do DNA: macromolécula constituída por duas cadeias
polinucleotídicas dispostas helicoidalmente. Pode-se formar uma dupla-hélice para representar a molécula
de DNA, esquematizada a seguir:

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No modelo de Watson e Crick para a molécula de DNA (Fig. 6), cada “corrimão da escada” é constituído por
grupos fosfato ligados a desoxirriboses. Cada degrau é formado por uma base púrica (A ou G) ligado a uma
base pirimídica (C ou T). Em cada degrau as bases são unidas por ligações químicas conhecidas como pontes
de hidrogênio. A configuração molecular permite a ocorrência de duas pontes entre A e T e três entre C e G.
O pareamento de A com T e de C com G explica as igualdades: A = T e C = G, evidenciadas pela análise química.
A figura a seguir mostra que o enrolamento da dupla-hélice é à direita (dextrógira) e uma volta se completa
a cada 34 angströns. Como cada nucleotídeo ocupa um espaço de 3,4 angströns, em cada volta completa da
hélice ocorrem 10 nucleotídeos. O diâmetro da molécula é de 20 angströns.
Existem vírus que apresentam DNA formado por uma cadeia única de nucleotídeos, evidentemente que,
neste caso, não ocorre a Relação de Chargaff, pois as quantidades de A e T, bem como de C e G são diferentes.
A localização do DNA nas células
A reação de Feulgen é específica para o DNA. Quando a célula é submetida a essa reação, observamos que
qualquer estrutura celular contendo DNA adquire uma cor púrpura.
A reação de Feulgen indica que o DNA se localiza, principalmente, nos cromossomos. Pequena quantidade
de DNA também é encontrada nos cloroplastos e mitocôndrias. É em razão da presença de DNA que esses
organoides citoplasmáticos são capazes de se duplicar.

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As funções do DNA
O DNA exerce a sua atividade de material genético por meio de duas funções: replicação e transcrição. Por
meio da replicação o material genético, ou seja, o DNA produz, na célula-mãe, cópias exatas que passam para
as células-filhas. Assim, é só lembrar que: os trilhões de células existentes no corpo humano começaram a
partir da divisão de uma única célula, o ovo ou zigoto. Por sua vez, o zigoto resultou da fusão de um óvulo
materno com um espermatozoide paterno, células transmissoras do material genético de pais para filhos. A
outra função do DNA é a transcrição, na qual o DNA origina o RNA, molécula que atua na síntese das proteínas
necessárias ao funcionamento celular e, consequentemente, à vida.
A Replicação do DNA
Replicação é o processo de duplicação do DNA. O processo é inicia do com a separação das pontes de
hidrogênio, permitindo que a molécula se abra à maneira de um zíper. Cada base nitrogenada das duas
cadeias separadas atrai o seu nucleotídeo complementar, em meio aos disponíveis na célula. As cadeias
parentais servem de molde aos novos filamentos, sendo o processo ativado pela enzima DNA-polimerase.
No final teremos duas novas moléculas, cada uma das quais com uma cadeia nova e a outra proveniente da
molécula-mãe. A replicação é chamada de semiconservativa, dado que cada molécula-filha conserva na sua
estrutura uma das metades da molécula-mãe. Veja a seguir:

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A grande importância do processo de replicação reside no fato das informações contidas no patrimônio
genético parental (genoma) serem transmitidas às gerações subsequentes.

Transcrição
Os genes, constituídos por DNA, são os portadores da mensagem genética, que contém as instruções
necessárias para a síntese das proteínas nos ribossomos. Na chamada transcrição, o DNA cromossômico
sintetiza o RNA nuclear, para o qual transcreve a mensagem genética. Saindo do núcleo, o RNA leva a
mensagem genética para os ribossomos.
A estrutura do RNA
O RNA difere do DNA em três aspectos:
1. apresenta ribose (pentose) no lugar
da desoxirribose;
2. da base pirimídica uracila ou uracil
no lugar de timina;
3. é constituído por uma cadeia
simples, não existindo pareamento
e, consequentemente, igualdade
entre as quantidades de bases.

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Não existe replicação de RNA. Transcrição é o processo segundo o qual todo RNA é sintetizado pelo DNA.
Como ocorre na replicação, as pontes de hidrogênio se partem, separando as duas hélices do DNA. Apenas
uma delas serve de molde para a transcrição, atraindo e complementando nucleotídeos de RNA.
Assim, as bases adequadas pareiam-se da mesma maneira que no DNA, com uma diferença. No RNA não há
TIMINA e no seu lugar surge a URACILA.
A enzima atuante é a RNA-polimerase. Uma vez formada, a molécula de RNA destaca-se, voltando o DNA à
sua primitiva estrutura (Fig. 3). A cadeia do DNA que forma o RNA é chamada de cadeia ou hélice ativa.

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Os tipos de RNA e suas funções
Não existe na célula apenas um tipo de RNA, e sim, três: RNA-ribossômico (RNAr), RNA-mensageiro (RNAm)
e RNA-transportador (RNAt), todos relacionados com o processo da síntese proteica.
O RNAr associado a proteínas forma os ribossomos, organoides citoplasmáticos responsáveis pela síntese de
proteínas. O RNAm copia a mensagem genética do DNA, enviando-a para os ribossomos. O RNAt tem como
função o transporte de aminoácidos do hialoplasma para os ribossomos, onde são encadeados para formar
uma proteína.

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A localização do RNA nas células
O RNAr é o que aparece em maior quantidade na célula, sendo produzido no nucléolo e usado para formar
os ribossomos. O RNAm e o RNAt são produzidos no núcleo e migram para o citoplasma, aparecendo no
hialoplasma e associados aos ribossomos, onde participam, como veremos, da síntese de proteínas.

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AULA 3 - ESTRUTURA E FISIOLOGIA CELULAR – MEMBRANA PLASMÁTICA

As membranas celulares capacitam as células a criarem barreiras que confinam moléculas particulares a
compartimentos específicos. As membranas celulares consistem de uma dupla camada contínua (uma
bicamada) de moléculas de lipídios na qual as proteínas estão embebidas. A bicamada lipídica fornece a
estrutura básica e a função de barreira de todas as membranas celulares. As moléculas de lipídios da
membrana têm tanto regiões hidrofóbicas quanto hidrofílicas. Elas arranjam-se espontaneamente em
bicamadas quando colocadas em água, formando compartimentos fechados que se resselam quando
rompidos.
Existem três classes principais de moléculas lipídicas da membrana: fosfolipídios, esteróis e glicolipídios. A
bicamada lipídica é fluida, e moléculas lipídicas individuais são capazes de difundir-se dentro de sua própria
monocamada; entretanto, elas não saltam espontaneamente de urna monocamada para a outra. As duas
camadas da bicamada lipídica têm diferentes composição de lipídios, refletindo as funções diferentes das
duas faces de uma membrana celular.
As células ajustam a fluidez de suas membranas pelas modificações da composição lipídica dessas
membranas. A bicamada lipídica é impermeável a todos os íons e moléculas polares grandes, mas ela é
permeável a moléculas apolares pequenas tais como o oxigênio e o dióxido de carbono e a moléculas polares
muito pequenas como a água.
As proteínas de membrana são responsáveis pela maioria das funções de uma membrana, tal como o
transporte de pequenas moléculas hidrossolúveis pela bicamada lipídica. As proteínas transmembranas
estendem-se através da bicamada lipídica, em geral como uma ou mais alfa-hélices, mas algumas vezes como
uma folha beta-pregueada na forma de um barril. Outras proteínas da membrana não se estendem através
da bicamada lipídica, mas são ligadas a um ou a outro lado da membrana, quer por associação não-covalente
com outras proteínas da membrana quer por ligação covalente a lipídios. Muitas das proteínas e parte dos
lipídios expostos na superfície das células têm, a eles ligados, cadeias de açúcares, as quais auxiliam a
proteger e a lubrificar a superfície celular e estão envolvidas no reconhecimento célula-célula, trata-se do
glicocálix.
A membrana plasmática mantém o conteúdo interno ou citoplasmático separado, porém não isolado do
meio externo, visto que ela possui uma PERMEABILIDADE SELETIVA quanto ao que entra e sai das células. As
membranas celulares são muito DELGADAS, por exemplo: a membrana plasmática, que mede cerca de 75 Å
de espessura, devido a essa dimensão, não são visíveis ao microscópio óptico comum. Na figura, vemos o
modelo estrutural mais aceito atualmente, que é o proposto pelos cientistas Singer e Nicholson em 1972. As
proteínas apresentam uma mobilidade especial, podendo se deslocar lateralmente ou atravessar a bicamada
lipídica, projetando-se nas superfícies interna ou externa da membrana plasmática.
Conclui-se, portanto, que a membrana é relativamente FLUIDA, pois as moléculas de proteínas apresentam
certa liberdade de movimentação. Por isso, o modelo de Singer e Nicholson é denominado MOSAICO FLUIDO.
Esse modelo explica todas as capacidades e funções membranosas, especialmente a sua permeabilidade
seletiva. Os lipídios e as proteínas são exemplos de compostos que participam diretamente na formação de
membranas celulares. Na verdade, são os principais componentes estruturais de membranas celulares com
os lipídios, principalmente os fosfolipídios, totalizando 60% a 75% do total e as proteínas 25% a 40%. Em
menor quantidade, podem-se encontrar antígenos, enzimas, glicídios e outras moléculas permanentes ou
transitórias. Por isso, as membranas celulares são denominadas lipoprotéicas, pois representam uma
associação entre lipídios e proteínas.

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Veja o modelo abaixo:

ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA
As especializações da membrana são regiões diferenciadas, constituindo adaptações que executam várias
funções, como: absorção, transporte, aderência e reconhecimento. As principais são: microvilosidades,
invaginações de base, desmossomos, junções e glicocálix.
• Microvilosidades - As microvilosidades são expansões cilíndricas da membrana que aparecem na
superfície livre da célula. É evidente que, com essas especializações, ocorre um considerável aumento da
superfície celular e consequentemente da capacidade de absorção. Situadas no epitélio intestinal, as
microvilosidades aumentam a eficiência na absorção do alimento digerido na cavidade intestinal.
• Invaginações de base - Uma das funções dos rins é a regulação da quantidade de água existente no
organismo. Cada rim é formado por cerca de um milhão de estruturas idênticas denominadas néfrons ou
canais renais. As células desses canais renais possuem, na base, profundas invaginações relacionadas
com o transporte de água reabsorvida pelos rins. Entre as invaginações, as mitocôndrias são abundantes.
• Os contatos intercelulares - Os epitélios são tecidos constituídos por células justapostas, entre as quais
se encontra uma substância intercelular que funciona como um cimento, ligando as células. Além da
substância citada, a adesão entre as células é mantida por especializações, como os desmossomos, as
interdigitações e as junções. Desmossomos São espécies de “botões adesivos” que aparecem nas
membranas adjacentes de células vizinhas. Interdigitações São dobras da membrana que se encaixam,
aumentando a adesão intercelular.

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• Junções estreitas ou oclusivas - Encontradas em células do epitélio intestinal, são regiões diferenciadas
que vedam o espaço intercelular, impedindo a passagem de líquidos entre as células, fator que regula o
controle de absorção para cada célula. Junções comunicantes ou nexos - contrariamente às anteriores,
permitem a passagem de íons e pequenas moléculas, associando metabólica mente as células vizinhas.
O glicocálix e o reconhecimento intercelular - Nas células animais, a membrana plasmática é frequentemente
recoberta por uma delgada película, chamada cutícula ou glicocálix, de natureza glicoproteica. Além de
proteger a membrana, o glicocálix atua no reconhecimento celular, através de um complexo código
molecular. É por meio do glicocálix que se dá a distinção das células de um mesmo organismo e a rejeição de
células estranhas, como, por exemplo, as de um enxerto (Fig. 6).

AS FUNÇÕES DA MEMBRANA PLASMÁTICA


Manutenção da integridade celular - Se a membrana for lesionada, o citoplasma extravasa, e a célula se
desintegra no processo chamado de citólise. Contudo, pequenas lesões não afetam a estrutura celular
porque a membrana apresenta a capacidade de regeneração, isto é, reconstrução rápida sem destruir a
célula. A regeneração possibilita os processos de micromanipulação, por meio dos quais a célula pode ser
submetida, por exemplo, a transplantes de núcleo.
Reconhecimento intercelular - Na superfície da célula, existe um mecanismo de reconhecimento molecular
pelo qual uma célula é capaz de distinguir células similares ou estranhas. É por meio desse processo que as
células se identificam e unem-se, originando os tecidos, ou ainda, rejeitam-se, como acontece nos
transplantes.

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Permeabilidade seletiva - Para sobreviver, a célula deve realizar uma série de trocas com o meio externo.
Substâncias essenciais, como água, oxigênio e nutrientes, devem entrar na célula, enquanto gás carbônico e
substâncias tóxicas, resultantes da atividade celular, devem ser eliminadas. Através da chama da
permeabilidade seletiva, a membrana regula a entrada e saída de substâncias, permitindo à célula manter
uma com posição química equilibrada e diferente do meio externo.

A PERMEABILIDADE SELETIVA E OS TRANSPORTES DE MEMBRANA


A bicamada lipídica das membranas celulares é altamente impermeável à maioria das moléculas
hidrossolúveis e a todos os íons. A transferência de nutrientes, metabólitos e íons através da membrana
plasmática e membranas celulares internas é realizada por proteínas transportadoras de membrana. As
membranas celulares contêm uma variedade de proteínas transportadoras, cada uma das quais é
responsável pela transferência de um tipo particular de soluto através da membrana.
Existem duas classes de proteínas transportadoras de membrana - proteínas carreadoras e proteínas-canal.
O gradiente eletroquímico representa a força impulsora resultante que atua sobre um íon devido ao seu
gradiente de concentração e ao campo elétrico. No transporte passivo, um soluto sem carga move-se
espontaneamente a favor de seu gradiente de concentração, e um soluto carregado (um íon) move-se
espontaneamente a favor de seu gradiente eletroquímico. No transporte ativo, um soluto sem carga, ou um
íon, é transportado contra o seu gradiente de concentração ou eletroquímico, em um processo que requer
energia.
As proteínas carreadoras ligam solutos específicos (íons inorgânicos, pequenas moléculas orgânicas, ou
ambos) e os transferem através da bicamada lipídica por sofrerem mudanças conformacionais que expõe o
sítio ligante de soluto primeiro em um lado da membrana e depois no outro. As proteínas carreadoras podem
atuar como bombas para transportar um soluto contra o seu gradiente eletroquímico, usando energia
fornecida pela hidrólise de ATP, por um fluxo "para baixo" de Na+ ou de íons H+, ou pela luz. A bomba de Na+
/ K+ da membrana plasmática de células animais é uma ATPase que transporta ativamente Na+ para fora da
célula e K+ para dentro, mantendo o forte gradiente de Na+ através da membrana, que é usado para
impulsionar outros processos de transporte ativo e para transmitir sinais elétricos.

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As proteínas-canais formam poros aquosos de um lado para o
outro da bicamada lipídica, pelos quais solutos podem difundir-
se. Enquanto o transporte por proteínas carreadoras pode ser
ativo ou passivo, o transporte por proteínas-canal é sempre
passivo. A maioria das proteínas-canal é um canal iônico do
tipo seletivo que permite íons inorgânicos de tamanho e cargas
apropriados cruzarem a membrana a favor de seus gradientes
eletroquímicos. O transporte pelos canais iônicos é no mínimo
1.000 vezes mais rápido do que o transporte por qualquer
proteína carreadora conhecida. A maioria dos canais iônicos
tem portões e abre-se transitoriamente em resposta a um
estímulo específico, tal como uma mudança no potencial de
membrana (canais com portões controlados por voltagem) ou
a ligação de um ligante (canais com portões controlados por
ligantes). Veja uma ilustração das proteínas-canal.

Mesmo quando abertos por seu estímulo específico, os canais iônicos não permanecem abertos
continuamente: eles oscilam aleatoriamente entre as conformações aberta e fechada. Um estímulo ativador
aumenta à proporção do tempo que o canal gasta no estado aberto. O potencial de membrana é determinado
pela distribuição desigual de cargas elétricas nos dois lados da membrana plasmática e é alterado quando
íons fluem através de canais abertos. Na maioria das células animais, canais vazantes seletivos ao K+ mantém
o potencial de membrana de repouso em um valor negativo, próximo do valor em que a força impulsora para
o movimento de K+ através da membrana é próxima a zero. Os neurônios propagam sinais sob a forma de
potenciais de ação, os quais podem propagar-se sem enfraquecimento, por longas distâncias em um axônio.
Os potenciais de ação geralmente são mediados por canais de Na+ controlados por voltagem que abrem em
resposta à despolarização da membrana plasmática. Os canais de Ca2+ controlados por voltagem, nos
terminais nervosos, acoplam sinais elétricos à liberação de neurotransmissor nas sinapses. Canais iônicos
controlados por transmissor reconvertem esses sinais químicos em sinais elétricos nas células-alvo pós-
sináptica.
Os neurotransmissores excitatórios abrem canais controlados por transmissor que são permeáveis ao Na+ e,
portanto, despolarizam a membrana da célula pós-sináptica em direção ao potencial limiar para a descarga
de um potencial de ação. Neurotransmissores inibitórios abrem canais de Cl- controlados por transmissor e,
portanto, suprimem a descarga por manterem a membrana da célula pós-sináptica polarizada.
Os componentes hidrofóbicos, solúveis nos lipídios, atravessam facilmente a membrana, por ser esta
constituída de uma bicamada lipídica, como é o caso dos ácidos graxos, hormônios esteroides e anestésicos.
As substâncias hidrófilas, insolúveis nos lipídios, penetram nas células com mais dificuldade, dependendo do
tamanho da molécula e também de suas características químicas. A configuração molecular poderá permitir
que a substância seja transportada por intermédio de um dos mecanismos especiais desenvolvidos durante
a evolução, como o transporte ativo e a difusão facilitada.

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Difusão Passiva > Muitas substâncias penetram nas células ou delas saem por difusão passiva, isto é, como a
distribuição do soluto tende a ser uniforme em todos os pontos do solvente, o soluto penetra na célula quando
sua concentração é menor no interior celular do que no meio externo, e sai da célula no caso contrário. Neste
processo não há consumo de energia.

Difusão Facilitada > Algumas substâncias, como a glicose, galactose e alguns aminoácidos têm tamanho
superior a 8 Angstrons, o que impede a sua passagem através dos poros. São, ainda, substâncias não solúveis
em lipídios, o que também impede a sua difusão pela matriz lipídica da membrana. No entanto, estas
substâncias passam através da matriz, por transporte passivo, contando, para isto, com o trabalho de
proteínas carreadoras ou permeases (proteínas transportadoras). A combinação entre a glicose, por exemplo,
e a proteína carreadora forma uma combinação lipossolúvel que passa, então, a difundir-se de um lado para
outro da membrana. Do outro lado da membrana, a glicose separa-se do carreador, passa para o interior da
célula, enquanto o carreador retorna ao meio externo para buscar mais moléculas de glicose.

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Osmose > É um fenômeno de difusão em presença de uma membrana semipermeável. Nele, duas soluções
de concentrações diferentes estão separadas por uma membrana que é permeável ao solvente e
praticamente insolúvel ao soluto. Há, então, passagem do solvente de onde está em maior quantidade
(solução hipotônica) para onde está em menor quantidade (solução hipertônica). Com esta passagem,
verifica-se um aumento da quantidade de água na solução hipertônica, fazendo com que haja maior diluição
da solução e, consequentemente, diminuição da sua concentração. Podemos dizer que é a osmose que
possibilita isotonia entre uma solução hipertônica e uma hipotônica, com passagem de solvente através de
uma membrana semipermeável. Essa pode, inclusive, ser fatal para a célula, como no caso das hemácias que,
em presença de soluções pouco concentradas, sofrem hemólise.

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Observe na figura abaixo, que as hemácias (A) em soluções hipotônicas (2) ganham água por osmose,
podendo sofrer ruptura da membrana. Já em solução hipertônica, perderão água e murcharão, como mostra
a situação 1
A presença da parede celular nas células vegetais torna peculiar este fenômeno, onde a célula vegetal,

mesmo em meios muito pouco concentrados em relação aos seus vacúolos, não explode (deplasmólise). Em
soluções hipertônicas esses dois tipos de células apresentam, respectivamente, crenação e plasmólise.

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Normalmente, a concentração do suco vacuolar é maior do que a solução do solo; isso significa que a pressão
de difusão da água dentro da célula é menor que a pressão da difusão no meio externo. Consequentemente
a tendência maior é a água penetrar na célula do que sair. Essa tendência será tanto maior quanto maior a
concentração da solução do suco vacuolar. Em outras palavras, quanto maior a pressão osmótica do suco
vacuolar, maior a tendência de penetração da água. Existe, pois, uma força no interior da célula com
tendência para retirar a água do ambiente. A esta força chamaremos de pressão osmótica do suco vacuolar,
que será representada por PO ou Si (sucção interna da célula). A água penetra no vacúolo da célula e começa
a distendê-lo. Consequentemente, surge uma pressão (pressão de turgescência) sobre a membrana
celulósica.
Esta, como é dotada de elasticidade, vai distendendo-se, originando uma força contrária à distensão,
tendendo a voltar à sua posição inicial. Essa força será chamada pressão de turgescência (turgor) e
representada por PT ou M (resistência da membrana).

A penetração de água no interior da célula vegetal vai depender destas forças:


a) pressão osmótica do suco vacuolar (PO) – favorável à entrada de água;
b) pressão de turgescência (PT) – contrária à entrada de água.
Isso permite dizer que a entrada de água nas células vegetais depende de seu deficit de pressão de difusão
(DPD ou Sc). A fórmula a esquerda permite calcular a sucção celular (Sc ou DPD) da célula. A tendência de a
água entrar na célula vegetal depende de uma pressão favorável (PO) e outra contrária (PT). Esquema, a
direita, mostrando o movimento osmótico na célula vegetal.

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Plasmólise – A célula perderá água, contraindo-se até ficar frouxa se for mergulhada em uma solução de
concentração superior à do vacúolo, isto é, dentro de uma solução hipertônica em relação ao DPD da célula.
O vacúolo continua a perder água, o citoplasma vai afastando-se da parede celular. O espaço que existe entre
o citoplasma e a pare de está cheio com a solução externa, já que a membrana celulósica é permeável. Às
vezes, o afastamento do citoplasma da parede celulósica não é total, ficando o citoplasma ligado à parede
por meio de finos ligamentos de Hecht. Nessa situação DPD = PO e PT = 0.
A plasmólise não provoca a morte da célula vegetal. Se agora a célula for mergulhada em água ou solução
hipotônica, ela volta a absorver água até voltar ao esta do inicial. O fenômeno é chamado desplasmólise. A
seguir, ilustrações sobre a plasmólise e desplasmólise da célula vegetal.

Em seguida, o Diagrama de Höfler, que mostra as variações de volume de uma célula vegetal colocada em
diferentes meios. Em 1, a célula está murcha e em 3 está túrgida.

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Transporte Ativo > Neste caso há consumo de energia e a substância pode ser transportada de um local de
baixa concentração para um outro de alta concentração. O soluto na difusão ativa pode ser transportado
contra um gradiente. O transporte ativo é bloqueado pelos inibidores da respiração como o dinitrofenol,
cianetos, azida, e iodoacetato, inibidores da síntese de ATP. O esquema abaixo mostra um processo passivo
e a favor do gradiente de concentração, representado por A e um processo ativo e contrário ao gradiente de
concentração, representado por B.

A bomba de sódio e potássio - É comum observarem-se diferenças de concentrações iônicas entre os meios
intra e extracelular. Para exemplificar, utilizaremos a célula nervosa ou neurônio e o glóbulo vermelho do
sangue ou hemácia. Se compararmos a concentração de íons de potássio (K+) e sódio (Na+), verificamos que
a concentração de K+ é maior dentro do neurônio, enquanto a concentração de Na+ é maior no líquido que
o envolve. A hemácia possui no citoplasma concentração de K+ 20 vezes maior do que no plasma; este, por
sua vez, apresenta concentração de Na+ 20 vezes maior do que na hemácia. Nos dois casos exemplificados,
salientamos que essas concentrações não se igualam, apesar de a membrana apresentar permeabilidade
passiva aos dois íons.

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Para manter a diferença iônica, a célula continuamente absorve K+ e elimina Na+, através da bomba de Na+
e K+. Uma proteína conhecida como bomba Na+_K+ ATPase funciona transportando K+ para o interior e Na+
para o exterior da célula. Os íons Na+ intracelulares ligam-se à ATPase que, transformando ATP em ADP,
obtém energia necessária à sua mudança de conformação, expelindo-os para o meio extracelular. Na Fig. 1,
os íons K+, por mecanismo idêntico, são transferidos para o citoplasma. Veja o esquema da bomba de Na+ e
K+, a seguir:

Transporte em quantidade > O transporte em quantidade para dentro da célula, também chamado
endocitose, é feito por dois processos denominados fagocitose e pinocitose. Quando a transferência de
macromoléculas tem lugar em sentido inverso, isto é, do citoplasma para o meio extracelular, o processo
recebe o nome genérico de exocitose.

Fagocitose: É o nome dado ao processo pelo qual a célula, graças à formação de pseudópodos, engloba, no
seu citoplasma, partículas sólidas. A fagocitose é um processo seletivo, conforme pode ser observado no
exemplo da fagocitose de paramécios pelas amebas. Nos mamíferos, a fagocitose é feita por células
especializadas na defesa do organismo, como os macrófagos. Muitas células exibem esse fenômeno, como
os macrófagos e as células endoteliais dos capilares sanguíneos.

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Pinocitose: É o nome dado ao processo pelo qual a célula, graças à delgadas expansões do citoplasma,
engloba gotículas de líquido. Formam-se assim vacúolos contendo líquido, que se aprofundam no citoplasma
tornando-se cada vez menores, o que sugere uma transferência de líquido para o hialoplasma. No processo
da pinocitose formam-se longas projeções laminares da superfície celular, visíveis ao microscópio óptico, que
dão origem a vesículas também grandes no processo chamado de macropinocitose. Observe abaixo, que os
vacúolos originados pela fagocitose (II) e pinocitose (I) são fundidos a lisossomos, produzidos pelo complexo
de Golgi.

MEMBRANA PLASMÁTICA E PATOLOGIA


Da integridade estrutural e do perfeito funcionamento da membrana plasmática, depende a manutenção da
organização e da atividade celular e, consequentemente, a sobrevivência do organismo. Assim, toxinas
bacterianas, por exemplo, podem alterar as funções celulares. Um caso típico é dado pelo vibrião colérico, a
bactéria causadora do cólera. Essa bactéria elimina o colerágeno, uma toxina de natureza proteica.
Modificando a permeabilidade celular, a toxina inibe a absorção de sódio pelas células da parede intestinal
(enterócitos). O processo determina um aumento da pressão osmótica do conteúdo intestinal, que passa a
retirar água das células. A enorme quantidade de água que atinge a cavidade digestória provoca diarreia e
desidratação, sintomas típicos do cólera.

AULA 4 - ESTRUTURA E FISIOLOGIA CELULAR - CITOPLASMA


O citoplasma, situado entre a membrana plasmática e o núcleo, é o constituinte celular mais abundante e
complexo, composto por duas partes: citosol e organoides. O citosol, também chamado de hialoplasma,
citoplasma fundamental ou matriz citoplasmática, é uma solução aquosa que constitui o meio interno da
célula. Imersos no citosol, aparecem os organoides, os elementos responsáveis pelas atividades celulares.
RIBOSSOMOS > são os locais de síntese de proteína e se apresentam sob a forma de partículas globulares
com 15 a 20 nm de diâmetro. Estão presentes em todos os seres celulares. Eles não são limitados por
membranas e, portanto, ocorrem tanto em procariontes quanto em eucariontes.
Os Ribossomos de Eucariontes são ligeiramente maiores que os de procariontes. Estruturalmente, o
ribossomo consiste em uma subunidade pequena e outra maior. Bioquimicamente o ribossomo consiste em
RNA ribossômico (RNAr), umas 50 nucleoproteínas estruturais e origina-se no nucléolo. Observe a ilustração,
a seguir:

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OS RIBOSSOMOS E A PROTEOGÊNESE
Proteogênese é o processo pelo qual os ribossomos, usando como matéria-prima os aminoácidos, produzem
proteínas. Sabemos que proteínas são macromoléculas formadas pelo encadeamento de aminoácidos, sendo
específicas não só para cada organismo, mas também para cada célula. Estas macromoléculas diferem entre
si pelo número, tipo e sequência de aminoácidos. A receita ou informação genética para o encadeamento
dos aminoácidos está contida no DNA intranuclear, e os ribossomos, agentes do processo, estão presentes
no citoplasma. A transmissão da receita, do DNA para os ribossomos, é feita através de outra macromolécula,
o RNA-mensageiro. A função do ribossomo é ler a mensagem contida no RNA-mensageiro e, por meio de
suas informações, encadear aminoácidos e sintetizar proteínas.

RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO > É uma rede de estruturas tubulares e vesiculares achatadas, sendo que os
túbulos e as vesículas são interconectados uns aos outros. Podemos distinguir dois tipos de retículo
endoplasmático: o retículo endoplasmático rugoso ou granular (RER) e o retículo endoplasmáticos liso ou
agranular (REL). O RER também é chamado de ergastoplasma e é formado por sacos achatados, cujas
membranas têm aspecto rugoso devido à presença de grânulos (ribossomos) aderidos à sua superfície
externa, voltada para o citosol. O REL é formado por estruturas membranosas tubulares, sem ribossomos
aderidos e, portanto, de superfície lisa.
Funções do Retículo Endoplasmático:
• Produção de Lipídios: A lecitina e o colesterol são exemplos de componentes lipídicos que existem
em todas as membranas celulares e são produzidas no REL. Outros tipos de lipídios produzidos são
os hormônios esteroides, dentre os quais estão a testosterona e o estrógeno (hormônios sexuais
produzidos nas células das gônadas de animais vertebrados);
• Desintoxicação: O REL participa dos processos de desintoxicação do organismo, sendo que nas
células do fígado as substâncias tóxicas são absorvidas e posteriormente são modificadas ou
destruídas, de modo a não causarem danos ao organismo.
• A atuação do retículo das células hepáticas permite eliminar parte do álcool, medicamentos e outras
substâncias potencialmente nocivas que ingerimos.
• Armazenamento de Substâncias: Os vacúolos das células vegetais são exemplos de bolsas
membranosas derivadas do REL que crescem pelo acúmulo de soluções aquosas ali armazenadas.

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• Produção de Proteínas: As proteínas fabricadas no RER (devido à presença dos ribossomos) penetram
nas bolsas e se deslocam em direção ao aparelho de Golgi, passando pelos estreitos e tortuosos
canais do REL. Abaixo, um detalhe das cisternas (bolsas membranosas) do retículo.

COMPLEXO DE GOLGI > O complexo de Golgi está presente em praticamente todas as células eucariontes e
em geral é formado por quatro ou mais camadas empilhadas de delgadas vesículas achatadas chamadas de
dictiossomo, que se situam próximas ao núcleo.
Funções do Complexo de Golgi:
• Secreção de Enzimas Digestivas: As enzimas digestivas do pâncreas são exemplos de enzimas
produzidas no RER e levadas até as bolsas do complexo de Golgi, onde são empacotadas em
pequenas bolsas, que se desprendem dos dictiossomos e se acumulam em um dos pólos da célula
pancreática. A produção de enzimas digestivas pelo pâncreas é apenas um entre muitos exemplos
do papel do complexo de Golgi nos processos de secreção celular.
• Formação do Acrossomo do Espermatozóide: O acrossomo é uma bolsa de enzimas digestivas do
espermatozóide maduro, que irão perfurar as membranas do óvulo e permitir a fecundação.
• Síntese de glicoproteínas — As proteínas são normalmente sintetizadas nos ribossomos. No sistema
golgiense, os monossacarídeos são transformados em polis sacarídeos e, a seguir, associados às
proteínas, originando as glicoproteínas conhecidas como muco ou mucopolissacarídeos, que
aparecem revestindo, por exemplo, internamente o tubo digestório.

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• Síntese de glicolipídios — O sistema golgiense atua na síntese de lipídios, como é o caso dos
glicolipídios do glicocálix.

• Formação de Lisossomos: Os lisossomos são bolsas circundadas por típica membrana de bicamada
lipídica e cheias com grande número de pequenos grânulos, que são agregados protéicos de enzimas
hidrolíticas (digestivas) capazes de digerir diversas substâncias orgânicas. São originados no
complexo de Golgi e estão presentes em praticamente todas as células eucariontes. Tipos de
Lisossomos: Lisossomo Primário: É o lisossomo propriamente dito, ou seja, a vesícula possuindo no
seu interior as enzimas digestivas; Lisossomo Secundário: Denomina-se também de Vacúolo
Digestivo e resulta da fusão do lisossomo primário com a partícula englobada; Corpúsculo Residual:
É a vesícula lisossômica que por exocitose elimina na periferia celular o material não assimilado;
Vacúolo Autofágico: É quando a vesícula lisossômica digere uma partícula pertencente à própria
célula.
A autofagia é uma atividade indispensável à sobrevivência da célula. São funções dos Lisossomos, a Digestão
Intracelular: A digestão ocorrerá no interior dos vacúolos digestivos, que são bolsas originadas pela fusão do
lisossomo com o fagossomo ou pinossomo e contêm partículas capturadas do meio externo. A digestão
intracelular pode ser classificada em:
Autofagia – quando os lisossomos digerem uma partícula pertencente à própria célula e Heterofagia –
quando a partícula digerida pelos lisossomos é proveniente do meio extracelular.
Observe a figura a seguir: Complexo de Golgi formando vesículas de secreção e lisossomos.

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DOENÇAS LISOSSÔMICAS
As doenças lisossômicas estão associadas a anomalias pertinentes à membrana ou ao conteúdo enzimático
dos lisossomos. Para exemplificar, citaremos as pneumoconioses e a doença de Pompe. As primeiras são
comuns em indivíduos que trabalham em minas, sendo caracterizadas por lesões pulmonares causadoras de
dispneias, ou seja, dificuldades respiratórias. Quando os mineiros inalam partículas de silício, berilo, estanho
e zinco, elas são fagocitadas por células conhecidas como macrófagos. Os lisossomos primários se unem aos
vacúolos digestórios, originando os lisossomos secundários, cujas paredes se rompem por ação das partículas
fagocitadas. Os macrófagos morrem e liberam suas enzimas que causam as lesões pulmonares. Na doença
de Pompe, há acúmulo de glicogênio nos lisossomos, que aumentam de volume. Clinicamente, a doença
caracteriza-se, desde o nascimento do indivíduo, por uma dispneia associada a problemas cardíacos. A morte
acontece ao final do primeiro ano de vida.

VACÚOLOS > Qualquer porção no citoplasma delimitado por um pedaço de membrana lipoprotéica. As
variedades mais comuns são: " Vacúolos relacionados com a digestão intracelular "vacúolos contráteis (ou
pulsáteis)" vacúolos vegetais As inclusões São formações não vivas existentes no citoplasma, como grãos de
amido gotas de óleo. O conjunto de inclusões denomina-se paraplasma. A seqüência das estruturas formadas
durante a digestão intracelular é: Vacúolo alimentar, Vacúolo digestivo e Vacúolo residual.

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PEROXISSOMOS > Os peroxissomos são, em termos físicos, semelhantes aos lisossomos, mas diferem em
dois aspectos importantes: Primeiro, acredita-se que sejam formados por auto–replicação (ou talvez por
brotamento do REL) e não pelo complexo de Golgi; Segundo, contêm oxidases e não hidrolases. Além de
conterem enzimas que degradam gorduras e aminoácidos, têm também grandes quantidades da enzima
catalase, que converte o peróxido de hidrogênio ( água oxigenada ) em água e gás oxigênio. Os peroxissomos
estão presentes em grandes quantidades nas células de defesa como os macrófagos e também existem nas
células vegetais, onde participam do processo da fotorespiração. A função dos peroxissomos no metabolismo
celular ainda é pouco conhecida, mas acredita-se que participem dos processos de desintoxicação da célula.

MITOCÔNDRIAS > As mitocôndrias ou condriomas são formadas principalmente por duas bicamadas
lipídicas: uma membrana externa e outra membrana interna. Enquanto a membrana externa é lisa, a
membrana interna possui inúmeras pregas chamadas cristas mitocondriais, nas quais se fixam enzimas
oxidativas. A cavidade interna das mitocôndrias é preenchida por um fluido denominado matriz mitocondrial
contendo grande quantidade de enzimas dissolvidas, necessárias para a extração de energia dos nutrientes.
As mitocôndrias produzem moléculas de ATP, que armazenam e liberam energia para todas as atividades
celulares. A equação simplificada do processo respiratório, que ocorre nas mitocôndrias aparece, a seguir:

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Sua composição química é riquíssima, notando-se principalmente a presença de DNA, RNA, proteínas,
carboidratos, enzimas, ATP (adenosina – trifosfato), ADP (adenosina – difosfato), etc. São encontradas nas
células eucariontes, sendo substituídas pelos mesossomos nas bactérias. No interior das mitocôndrias ocorre
a respiração celular, que é o processo em que moléculas orgânicas de alimento reagem com gás oxigênio,
transformando – se em gás carbônico e água e liberando energia. Toda mitocôndria surge da reprodução de
uma outra mitocôndria, sendo que a divisão da mitocôndria denomina-se Condrocinese ou Condrogênese.
Observe a microfotografia de uma mitocôndria com as cristas bastante evidentes.

PLASTOS > Os plastos são orgânulos citoplasmáticos encontrados nas células de plantas e de algas. São
classificados em Cromoplastos, que são plastos coloridos que armazenam pigmentos e Leucoplastos, que são
plastos incolores que armazenam substâncias nutritivas como os Amiloplastos (amido), os Oleoplastos
(óleos) e os Proteoplastos (proteínas).

PLASTOS Cloroplastos Xantoplastos Eritroplastos Cianoplastos Feoplastos

PIGMENTOS Clorofila Xantofila Eritrofila Cianofila Feofila

COR Verde Amarelo Vermelho Azul Parda

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Os cloroplastos são orgânulos citoplasmáticos discóides que apresentam duas membranas envolventes e
inúmeras membranas internas, que formam pequenas bolsas discoidais e achatadas chamadas tilacóides. Os
tilacóides se organizam uns sobre os outros e formam estruturas cilíndricas que lembram pilhas. Cada pilha
é um granum, que significa grão em latim.
O espaço interno do cloroplasto é preenchido por um fluido viscoso chamado estroma, que corresponde à
matriz das mitocôndrias e contém DNA, enzimas e ribossomos. Os cloroplastos são as centrais energéticas
da própria vida. Funções dos Plastos: Participação da Fotossíntese (Cromoplastos) e Armazenamento de

Substâncias Nutritivas (Leucoplastos).

Origem das Mitocôndrias e Cloroplastos


Durante os anos oitenta, Lynn Margulis propôs a TEORIA DA ENDOSIMBIOSE para explicar a origem das
mitocôndrias e cloroplastos de procariontes. De acordo com esta idéia, um procarionte maior engolfou ou
cercou um procarionte menor há uns 1.5 bilhão ou 700 milhões de anos atrás.
Em vez de digerir o organismo menor, o grande e o pequeno entraram em um tipo de simbiose conhecido
como mutualismo, em que ambos os organismos se beneficiam e nenhum é danificado. O organismo maior
ganhou excesso de ATP fornecido pela "protomitocôndria" e açúcar em excesso fornecidos pelo "
protocloroplasto ", enquanto fornecia um ambiente estável e as matérias-primas que o endosimbionte
requeria. Esta relação é tão forte que agora células de eucarionte não podem sobreviver sem mitocôndria
(igualmente eucariontes fotossintéticos não podem sobreviver sem cloroplastos), e os endosimbiontes não
podem sobreviver fora dos anfitriões. Todos eucariontes têm mitocôndria.

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CENTRÍOLOS > Os centríolos são estruturas citoplasmáticas que estão presentes na maioria dos organismos
eucariontes, com exceção dos vegetais superiores. O centríolo é um cilindro cuja parede é constituída por
nove conjuntos de três microtúbulos e geralmente ocorrem aos pares nas células. Os centríolos são
desprovidos de membrana e são constituídos por túbulos de natureza proteica (tubulina). Os centríolos
originam estruturas locomotoras denominadas cílios e flagelos, que diferem entre si quanto ao comprimento
e número por célula e possuem um eixo de sustentação chamado axonema (envolvido por uma membrana
lipoprotéica). Os flagelos são longos e pouco numerosos e executam ondulações que se propagam da base
em direção a extremidade livre. Os cílios são curtos e muito numerosos e executam um movimento
semelhante ao de um chicote, com a incrível frequência de 10 a 40 batimentos por segundo.

Função dos Centríolos:


• Orientar a Divisão Celular, pois originam uma estrutura denominada fuso mitótico, onde se prendem
os cromossomos;
• Originar Cílios e Flagelos:- Locomoção da Célula, Movimentação de Líquido Extracelular e Limpeza
das Vias Respiratórias. Flagelos trabalham como chicotes que puxam (como nas Chlamydomonas ou
Halosphaera) ou empurrando (dinoflagellates, um grupo de Protista unicelular) o organismo pela
água. Cílios trabalham como remos em um navio viking (o Paramecium tem 17,000 cílios, cobrindo
sua superfície exterior, que remam dando-lhe movimento). Abaixo e a esquerda, a ultraestrutura do
centríolo e a direita, a figura mostra os movimentos de cílios e flagelos.

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Cílios e flagelos: são projeções filiformes que agem na movimentação de células. Os cílios são curtos e
numerosos, enquanto os flagelos são longos e em número reduzido. Ambos possuem a mesma
ultraestrutura, na qual aparecem nove pares de microtúbulos, dispostos em círculo ao redor de um par
central e tais túbulos são envolvidos por um prolonga mento da membrana plasmática. Cílios e flagelos
inserem-se em estruturas denominadas corpúsculos basais, formações semelhantes aos centríolos.
Determinam a mobilidade de espermatozoides, bactérias, algas e protozoários. Epitélios ciliados promovem
a movimentação de partículas, como é o caso das vias respiratórias. O estudo da fisiologia animal evidencia
um grande número de exemplos de estruturas ciliadas. Veja ilustração sobre a ultraestrutura de cílios e
flagelos.

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CITOESQUELETO
O citoplasma de uma célula eucariótica é sustentado e organizado por um citoesqueleto de filamentos
intermediários, microtúbulos e filamentos de actina. Os filamentos intermediários são polímeros estáveis de
proteínas fibrosas, em forma de corda, que conferem resistência mecânica às células. Alguns tipos revestem
internamente a membrana nuclear formando a lâmina nuclear; outros estão distribuídos por todo o
citoplasma. Observe o esquema abaixo:

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Os microtúbulos são tubos rígidos e ocos formados pela polimerização de subunidades diméricas de tubulina.
São estruturas polarizadas com uma extremidade " - ", de crescimento mais lento, e uma extremidade " + "
de crescimento mais rápido. Os microtúbulos são concentrados em centros organizadores, como o
centrossomo – também chamados Centríolos, e crescem centrifugamente.
As extremidades " - " estão imersas no centro organizador. Muitos dos rnicrotúbulos estão, na célula, em um
estado dinâmico lábil no qual alternam entre um estado de crescimento e um de retração. Estas transições,
conhecidas como instabilidade dinâmica, são controladas pela hidrólise do ATP ligado aos dímeros de
tubulina.
Cada dímero de tubulina possui uma molécula de ATP firmemente ligada, que é hidrolisada a ADP depois que
a tubulina se organiza em microtúbulo. A hidrólise do ATP reduz a afinidade da subunidade por sua vizinha e
diminui a estabilidade do polímero, causando sua desagregação. Os mícrotúbulos podem ser estabilizados
por proteínas que capturam a extremidade " + " , um processo que influencia a posição do feixe de
microtúbulos dentro de uma célula. As células possuem muitas proteínas associadas a microtúbulos, que os
estabilizam, ligando-os a outros componentes celulares e utilizando-os para funções específicas. As
quinesinas e as dineínas são proteínas motoras que usam a energia de hidrólise do ATP para se deslocar
unidirecionalmente ao longo dos microtúbulos. Elas transportam organelas membranosas e outras
estruturas e, desta maneira, mantêm a organização espacial do citoplasma.
Os cílios e flagelos eucarióticos são formados por um feixe de microtúbulos estáveis. Seu batimento é
conseqüência da flexão dos microtúbulos, comandada por unia proteína motora chamada dineína ciliar. Os
filamentos de actina são polímeros helicoidais de moléculas de actina. Eles são mais flexíveis dos que os
microtúbulos e encontrados frequentemente formando feixes ou redes associados com a membrana
plasmática.
Os filamentos de actina são estruturas polarizadas, contendo uma extremidade de crescimento rápido e uma

de crescimento lento e sua montagem e desmontagem são controladas pela hidrólise do ATP que está
firmemente ligado a cada um dos monômeros de actina.
As diferentes formas e funções dos filamentos de actina nas células dependem de múltiplas proteínas
ligadoras de actina. Estas proteínas controlam a polimerização dos filamentos, as ligações cruzadas entre eles
formando redes frouxas ou feixes rígidos, ligam-nos às membranas ou os deslocam uns em relação aos
outros.

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As miosinas são proteínas motoras que usam a energia de hidrólise do ATP para se deslocar sobre os
filamentos de actina; elas podem transportar organelas ao longo dos trilhos de filamentos ou permitir o
deslizamento dos filamentos, uns sobre os outros, nos feixes contráteis. Uma rede de filamentos de actina
forma, sob a membrana plasmática, o córtex celular, que é responsável pela forma e pelo movimento da
superfície celular, incluindo os movimentos envolvidos com o deslocamento de uma célula sobre uma
superfície, como a DIAPEDESE e mesmo com a formação de PSEUDÓPODOS. A contração muscular depende
do deslizamento dos filamentos de actina pelos filamentos de Actina, comandado pelo movimento repetitivo
das cabeças de miosina. A contração é iniciada pelo aumento súbito dos níveis de Ca 2+ citosólico, o que
libera, via proteínas ligadoras de Ca 2+, um sinal para o aparelho contrátil.

AULA 5 - ESTRUTURA E FISIOLOGIA CELULAR - NÚCLEO.

INTÉRFASE é o período que separa


duas divisões, e caracteriza-se por
intensa atividade. Os componentes
do núcleo interfásico estão
representados na figura.

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O envoltório nuclear e o nucleoplasma
Também chamado de envelope nuclear, é constituído por uma dupla membrana com duas lâminas: externa
e interna, separadas pelo espaço perinuclear e providas de uma série de poros. De natureza lipoproteica, o
envoltório está em continuidade com o retículo endoplasmático, do qual é uma diferenciação. Os poros do
envoltório intervêm na regulação das trocas entre o núcleo e o citoplasma. Assim, quanto maior for a
atividade metabólica de uma célula, maior será a quantidade de poros. No interior do envoltório,
encontramos o nucleoplasma, um gel proteico cujas propriedades são comparáveis às do hialoplasma, nele
estão imersos o nucléolo e a cromatina.
O nucléolo
Nucléolos são corpúsculos intranucleares ricos em RNA ribossômico. Ao microscópio eletrônico, verifica-se
que não se apresentam envolvidos por membranas, sendo constituídos por duas porções: uma granular e
periférica e outra central e fibrilar. Uma importante função do nucléolo é a produção dos ribossomos, daí ser
bastante desenvolvido nas células com intensa síntese proteica. No início da divisão celular, os nucléolos
fragmentam-se, sendo reconstituídos no fim da divisão, a partir da expressão de genes chamados RON’s, ou
seja, regiões organizadoras do nucléolo, localizados nos chamados cromossomos organizadores nucleolares.
Cromatina

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É no interior do núcleo, nos eucariontes, que aparecem os filamentos de cromatina, as estruturas celulares
portadoras dos genes. São chamados de CROMONEMAS. No núcleo interfásico, esses filamentos estão
representados por um amontoado de grânulos e filamentos dificilmente observados ao microscópio óptico.
A todo esse conjunto de material cromossômico interfásico, dá-se o nome de cromatina. A cromatina é
composta de longos filamentos, que se apresentam distendidos ou enrolados helicoidalmente. As porções
enroladas são chamadas de condensadas, e as distendidas, descondensadas. Os cromonemas são
constituídos por DNA e proteínas básicas, chamadas HISTONAS.
Em relação à estrutura e função, a cromatina é classificada em: eucromatina e heterocromatina, mostradas
na figura a seguir. A eucromatina aparece descondensada na interfase, condensando-se progressivamente
durante a divisão celular, sendo geneticamente ativa, ou seja, capaz de produzir o RNA-mensageiro. No
estágio interfásico, a heterocromatina apresenta-se condensada formando grânulos conhecidos como
cromocentros, sendo chamada de inativa por não produzir o RNA-mensageiro.

Número e tamanho
As células em geral não possuem mais do que um núcleo, mas existem células binucleadas, como as do fígado
e as cartilaginosas, e plurinucleadas como é o caso das musculares estriadas. O tamanho do núcleo varia de
um tipo celular a outro, mas é fixo para o mesmo tipo. O volume do núcleo interfásico é proporcional ao
volume celular, o que é expresso pela chamada relação núcleo-plasmática (RNP), que pode ser assim
expressa:

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Na célula jovem, o núcleo é volumoso e a RNP elevada. Durante o crescimento celular, a RNP diminui porque
o volume citoplasmático aumenta e o nuclear permanece inalterado. Quando a RNP atinge certo valor
mínimo e crítico, a célula se divide.
A função do núcleo
A principal função do material genético, que está presente no núcleo é controlar e regular todas as atividades
metabólicas da célula. A sua importância na vida da célula pode ser evidenciada com uma experiência
clássica, conhecida por merotomia. Uma ameba é cortada em dois fragmentos: um nucleado e outro
anucleado. O primeiro sobrevive e o segundo degenera, devido à falta do material genético.
A estrutura cromossômica
Cada cromossomo é constituído por uma única molécula de DNA associada a proteínas, cujo conjunto forma
uma complexa estrutura chamada cromatina. Examinada ao microscópio eletrônico, a cromatina se
apresenta sob a forma de um filamento helicoidal, com 30 nm de espessura. Quando distendido, este
filamento passa a ter 11 nm de espessura, com uma estrutura semelhante a um colar de contas. Assim, as
contas são representadas pelos nucleossomos, e o fio, pela molécula de DNA, com 2 nm de espessura. Cada
nucleossomo é formado por um octâmero, constituído por quatro pares de moléculas proteicas, chamadas
de histonas.
Acompanhe o ciclo cromossômico de condensação na ilustração a seguir.

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A forma do cromossomo
Em um cromossomo condensado há uma região estrangulada que o divide em duas partes, os braços.
Chamada de constrição primária ou centrômero, esta região, serve para a fixação do cromossomo nas fibras
do fuso durante a mitose. Além da constrição primária, certos cromossomos possuem estreitamentos que
aparecem sempre no mesmo lugar, são as constrições secundárias. O estudo do processo de reorganização
nucleolar mostrou que as constrições secundárias têm uma região chama da zona Sat, satélite ou região
organizadora do nucléolo.

Na extremidade de um dos braços, em certos cromossomos,


pode-se ver uma pequena esfera presa por fina trabécula;
trata-se do satélite. As extremidades dos cromossomos são
denominadas telômeros, e os protegem e finalizam.

Conforme a localização do centrômero e o tamanho relativo dos braços, distinguem-se quatro tipos de
cromossomos: acrocêntrico, submetacêntrico, metacêntrico e telocêntrico..

• Acrocêntrico – Cromossomo, cujo centrômero é subterminal, ou seja, situa-se quase na extremidade do


cromossomo, dividindo-o em dois braços, um grande e outro muito pequeno.
• Submetacêntrico – Cromossomo, cujo centrômero é submediano, dividindo o cromossomo em dois braços
desiguais, um menor e outro ligeiramente maior.
• Metacêntrico – Cromossomo com o centrômero mediano, dividindo o cromossomo em dois braços iguais.
• Telocêntrico – Cromossomo com centrômero terminal.

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A duplicação dos cromossomos

A duplicação cromossômica é feita


longitudinalmente e acontece no período S da
interfase, sendo determinada pela replicação do
DNA.

Após a duplicação, cada cromossomo apresenta-se


dividido em duas metades denominadas
cromátides, unidas pelo centrômero que
permanece indiviso, ou seja, sem dividir-se.
O número de cromossomos e a diploidia
A PLOIDIA de uma célula indica a quantidade de conjuntos cromossomos que possui.
A célula que possui apenas um conjunto simples de cromossomos é dita HAPLÓIDE, ou seja, tem apenas um
único exemplar de cada tipo de cromossomos. Pode-se dizer, também, que apresenta apenas um GENOMA,
que é o conjunto das moléculas de DNA que a célula possui. Lembre-se, que uma molécula de DNA é
equivalente geneticamente a um cromossomo.
A célula DIPLÓIDE possui dois conjuntos de cromossomos, ou pares de homólogos ou, ainda, dois genomas.
O genoma é representado por (n).
As células humanas são diploides e possuem 46 cromossomos ou moléculas de DNA. Portanto, deve-se ser
identificada assim: 2n = 46, por ter dois genomas, uma vez que são diploides, totalizando 46 cromossomos.
Veja o exemplo, a seguir:

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O cariótipo

O número, o tamanho e a forma dos cromossomos


entre os indivíduos de uma determinada espécie não
variam. A esse conjunto de características ou
constantes cromossômicas dá-se o nome de
cariótipo. O exame do cariótipo, também chamado
de cariotipagem, é feito durante a metáfase,
quando os cromossomos são mais visíveis, por
estarem condensados ao máximo. Para análise do
cariótipo, fotografa-se a célula em metáfase,
recortando-se os cromossomos que são arrumados
em ordem de tamanho decrescente. A cariotipagem
humana, por exemplo, é realizada com células
cultivadas em laboratório e obtidas por biópsia de
medula óssea, pele, testículos e sangue. Espécies
diferentes possuem cariótipos distintos. Ilustração
do cariótipo humano aparece a seguir:
Cariótipo humano

AULA 6 - DIVISÃO CELULAR


A maioria das células realiza um ciclo celular que, basicamente, consiste num programa para o crescimento
e a divisão ou proliferação celular. O ciclo compreende duas etapas: interfase e mitose ou divisão celular. A
interfase é um intervalo entre as divisões, durante o qual ocorre o crescimento da célula. O exame de um
tecido com célula em divisão, como, por exemplo, a extremidade de uma raiz, mostra que a maioria das
células está em interfase; somente uma pequena porcentagem aparece em divisão.
A interfase
Na interfase, distinguimos três fases designadas por: G1, S e G2.
A fase G1 (do inglês gap, intervalo) é caracterizada por dois processos: crescimento e diferenciação. Nesta
fase, acontece a síntese de proteínas, processo que depende da atividade dos genes. Cada cromossomo
aparece descondensado e formado por uma molécula de DNA, na qual estão contidos os genes. Ao entrar
em atividade, cada gene realiza a transcrição, ou seja, sintetiza uma molécula de RNA-mensageiro, cuja
função é transmitir aos ribossomos a informação genética necessária à síntese de proteínas estruturais e
reguladoras. As primeiras entram na edificação das estruturas celulares; as reguladoras são as enzimas que
ativam o metabolismo celular. Por meio desses processos, ocorrem o crescimento e a diferenciação da célula.
Durante a diferenciação, a célula sofre importantes transformações estruturais e morfológicas, adaptando-
se a exercer uma função específica.
Em S (S de síntese), há a síntese de DNA, permitindo a replicação da molécula e a consequente duplicação
dos filamentos de cromatina. Nesta fase, cada filamento ou molécula de DNA aparece constituído por duas
cromátides unidas pelo centrômero.

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Durante G2, em menor escala, a célula novamente cresce e sintetiza proteínas necessárias para a divisão
celular, como, por exemplo, os microtúbulos que formarão o fuso mitótico. A seguir, a célula entra em M,
etapa que corresponde à divisão celular, ou mi tose. Eventualmente, a célula pode sair de G1 e entrar em
G0, fase na qual o metabolismo celular é relativamente estável e não há crescimento. Células musculares e
nervosas que não se dividem estão constantemente em G0.
A seguir, o ciclo celular e um destaque da INTÉRFASE esquematizados:

O controle do ciclo celular


O ciclo celular é regulado pela ativação e desativação de um sistema de controle complexo e formado por
duas proteínas: a quinase, dependente da ciclina (Cdk), e a ciclina. Para ser ativada e iniciar o ciclo, a Cdk
deve se associar a um segundo tipo de proteína, a ciclina. A cada ciclo celular as ciclinas são sintetizadas e
usadas para ativar as Cdk. São conhecidas, atualmente, duas ciclinas: a ciclina de fase S, que desencadeia a
duplicação do DNA e a ciclina mitótica, que promove o início da mitose (M).
Danos irreverssíveis no material genético (DNA) podem descontrolar o ciclo celular e ativar mecanismos que
determinam o suicídio celular programado, fenômeno conhecido por apoptose. Células em G0 não sintetizam
ciclinas. Em células cancerosas, a síntese dessas proteínas é intensa.

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Características e funções da mitose

A mitose é o processo de divisão


celular que permite a distribuição dos
cromossomos e dos constituintes
citoplasmáticos da célula-mãe,
equitativamente, entre as duas
células-filhas. É o processo
responsável pela multiplicação dos
organismos unicelulares e pelo
crescimento e regeneração dos
pluricelulares, graças ao aumento do
número de células. A mitose é
dividida em duas etapas: a
cariocinese ou divisão do material
genético do núcleo e a citocinese ou
divisão do citoplasma. A cariocinese
é um processo contínuo, mas, para
efeito didático, é dividido em quatro
fases: prófase, metáfase, anáfase e
telófase esquematizadas na figura a
seguir.

FASES DA MITOSE
• PROFÁSE: Nesta fase cada cromossoma é composto pôr 2 cromátides resultantes da duplicação do
DNA no período S da intérfase. Estas cromátides estão unidas pelos filamentos do centrômero. A
Profáse caracteriza-se pela espiralização ou condensamento dos cromossomas, que se tornam mais
curtos e grossos devido ao processo de helicoidização. Os nucléolos se desorganizam e os centríolos,
que foram duplicados durante a interfase, migram para pólos opostos da célula. O citoesqueleto se
desorganiza e seus elementos vão constituir-se no principal componente do fuso mitótico que inicia
sua formação do lado de fora do núcleo. O fuso mitótico é uma estrutura bipolar composta por
microtúbulos e proteínas associadas. O final da Profáse, também é denominada de pré-metáfase,
sendo a principal característica desta fase, o desmembramento do envoltório nuclear em pequenas
vesículas que se espalham pelo citoplasma. O fuso é formado por microtúbulos ancorados nos
centríolos (centrossomas) e que crescem em todas as direções. Quando os microtúbulos dos
centrossomos opostos interagem na Zona de sobreposição, proteínas especializadas estabilizam o
seu crescimento. Os cinetócoros dos centrômeros ligam-se na extremidade de crescimento dos
microtúbulos. O fuso agora entra na região do nuclear e inicia-se o alinhamento dos cromossomos
para o plano equatorial.

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• METÁFASE: Nesta fase os cromossomas duplos ocupam o plano equatorial do aparelho mitótico. Os
cromossomas adotam uma orientação radial, formando a placa equatorial. Os cinetocoros das duas
cromátides estão voltados para os pólos opostos. Ocorre um equilíbrio de forças.

• ANÁFASE: Inicia-se quando os crentrômeros tornam-se funcionalmente duplos. Com a separação dos
centrômeros, as cromátides separam-se e iniciam sua migração em direção aos pólos. O centrômero
precede o resto da cromátide. Os cromossomas são puxados pelas fibras do fuso e assumem um
formato característico em V ou L dependendo do tipo de cromossoma. A anáfase caracteriza-se pela
migração polar dos cromossomas. Os cromossomos movem-se na mesma velocidade cerca de 1
micrômetro por minuto. Dois movimentos podem ser distinguidos: Os microtúbulos cinetocóricos
encurtam quando os cromossomos se aproximam dos pólos.
• TELÔFASE: A telófase inicia-se quando os cromossomas-filhos alcançam os pólos. Os microtúbulos
cinetocóricos desaparecem e os microtúbulos polares alongam-se. Os cromossomas começam a se
desenrolar, num processo inverso a Profáse. Estes cromossomas agrupam-se em massas de
cromatina que são circundadas pôr cisternas de RE, os quais se fundem para formar um novo
envoltório nuclear
• CITOCINESE: Ë o processo de clivagem e separação do citoplasma. A citocinese tem inicio na anáfase
e termina após a telófase com a formação das células filhas. Em células animais forma-se uma
constricção, ao nível da zona equatorial da célula mãe, que progride e estrangula o citoplasma. Esta
constrição é devida a interação molecular de actina e miosina e microtúbulos. Como resultado de
uma divisão mitótica teremos 2 células filhas com numero de cromossomos iguais a da célula mãe.

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Variação da quantidade de DNA no ciclo celular
Durante o período G1 da interfase, a quantidade de DNA corresponde ao estoque diploide de cromos somos.
Durante a fase S, essa quantidade dobra e assim permanece em G2, na prófase e metáfase. Por ocasião da
anáfase, a partição dos cromossomos leva a quantidade de DNA nas células-filhas ao valor do estado diploide.
O gráfico abaixo mostra a variação da quantidade de DNA no ciclo celular.

A MITOSE E AS ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS


Além dos cromossomos, as células-filhas devem herdar da célula-mãe as organelas citoplasmáticas.
Organelas que se autoduplicam, como é o caso de cloroplastos e mitocôndrias, dobram a cada ciclo celular e
são distribuídas pelas células-filhas. Os ribossomos são formados dos nucléolos e os lisossomos pelo sistema
golgiense. Outras organelas membranosas, como, por exemplo, o sistema golgiense e o retículo
endoplasmático, fragmentam-se durante a divisão celular e são distribuídas pelas células-filhas.

Diferenças entre a Mitose Animal e a Vegetal


Os fenômenos morfológicos da mitose, anteriormente descritos, são observados nas células animais, e o
mesmo processo, com duas diferenças fundamentais, acontece nas células vegetais.

Mitose astral e anastral - Na célula


animal, os centríolos aparecem
envolvidos pelas fibras do áster,
falando-se em mitose astral. Os
vegetais superiores não possuem
centríolo e, consequentemente, não
formam ásteres; tal mitose é
conhecida por anastral.
Citocinese - Na célula animal, a citocines e ocorre por estrangulamento da membrana plasmática, sendo
chamada de centrípeta. Já nos vegetais não ocorre o processo de estrangulamento citoplasmático.
Na região equatorial, apare cem, no meio do fuso, vesículas limitadas por uma membrana. Inicialmente, as
vesículas aparecem na região central e depois aumentam para a periferia; por isso, falamos em divisão
centrífuga.

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O conjunto de tais vesículas constitui o fragmoplasto. As vesículas fundem-se, formando uma lâmina que
separa as duas células-filhas. No interior da cavidade formada pela confluência de tais vesículas, acumula-se
celulose, originando nova membrana esquelética.

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OS AGENTES ANTIMITÓTICOS
Também chamados de inibidores da mitose, os agentes antimitóticos compreendem radiações ou substâncias químicas
capazes de bloquear as mitoses. Esses inibidores atuam principalmente obre o DNA, o fuso e a citocinese.
Inibidores da Síntese do DNA - Sabemos que a mitose só acontece após a síntese do DNA, que ocorre na interfase. Por
essa razão, os agentes que impedem a síntese do DNA atua m como antimitóticos. Entre os bloqueadores da síntese do
DNA, citaremos os raios X e a aminopterina.
Inibidores do Fuso Mitótico - Quando uma

célula é tratada pela colchicina, os fenômenos

mitóticos desenrolam-se normalmente até a

metáfase, mas o fuso de divisão não se forma.

A célula pode voltar a um estado interfásico,

ficando tetraploide. O mesmo acontece quando


Inibidores da citocinese - A cisteamina e a citocalasina inibem a divisão do citoplasma e provocam a formação de
as células absorvem a vincalencoblastina.
células binucleadas.

MEIOSE: CARACTERIZAÇÃO E IMPORTÂNCIA

Organismos simples podem reproduzir-se através de divisões simples. Este tipo de reprodução assexuada é
simples e direta e produz organismos geneticamente iguais. A reprodução sexual por sua vez, envolve uma
mistura de genomas de dois indivíduos, para produzir um indivíduo que difere geneticamente de seus
parentais. A mistura de genomas é realizada pela fusão de células haplóides que formam células diplóides.
A meiose é o tipo de divisão celular, em que uma célula diplóide (2n), após duplicar os cromossomos, sofre
duas divisões sucessivas, produzindo quatro células-filhas haplóides (n) totalmente diferentes
geneticamente. Logo, a meiose é responsável por aumentar a variabilidade genética das populações.

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As células produzidas por meiose animal chamam-se gametas e as de origem vegetal são os esporos. Desse
modo, é simples compreender a razão da constância no número de cromossomos nas espécies, ao longo das
gerações. Para que isso aconteça, os gametas haplóides (n) fundem seus núcleos durante a fecundação e
originam zigotos diplóides (2n) que, por meio de divisões mitóticas, formam organismos adultos diplóides.
Se os gametas fossem diplóides (2n), a fecundação produziria um organismo tetraplóide (4n) e a cada geração
sucessiva o número cromossômico duplicaria, tornando a vida como a conhecemos inviável. Observe as duas
figuras a seguir, sobre a caracterização e importância da meiose.

Formação de células haplóides (n) Constância cromossômica

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A Recombinação Gênica é um evento
exclusivo da meiose e também aumenta a
variabilidade genética das populações. É
caracterizada pelo crossing-over ou
permutação, que consiste na troca de partes
entre cromossomos homólogos, contribuindo
para que haja novas combinações gênicas e
aumentando a variabilidade das espécies.
Vejamos, a seguir, de que maneira o crossing-
over origina novas combinações gênicas ou
recombinações. Suponha a existência de um
organismo que tenha dois genes A e B num
cromossomo e dois genes a e b no homólogo.
Se não houvesse crossing-over, os gametas,
que recebem apenas um dos cromossomos,
seriam portadores de duas combinações
gênicas: A e B ou a e b. Com a ocorrência de
crossing-over, fenômeno que acontece com os
cromossomos já duplicados, formam-se
quatro combinações gênicas: AB, Ab, aB e ab.

Nos animais, a meiose forma gametas, chamada de gamética. Nas plantas, forma esporos, chamada de
espórica e em certas algas e fungos é chamada zigótica, dado que acontece na primeira divisão do zigoto e
origina organismos adultos haplóides. Veja os ciclos de vida e o momento em que a meiose ocorre, a seguir:

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FASES DO PROCESSO MEIÓTICO
A meiose ocorre apenas em células diplóides das linhagens germinativas localizadas nas gônadas (testículos
e ovários) e é constituída por duas divisões celulares: Meiose I e Meiose II. Antes do início da meiose I as
células passam por um processo semelhante ao que ocorre durante a intérfase das células somáticas. Os
núcleos passam pelo intervalo G1, que precede o período de síntese de DNA, período S, quando o teor de
DNA é duplicado, e pelo intervalo G2. A primeira divisão meiótica (MEIOSE I) é chamada reducional, pois
reduz o número de cromossomos de uma célula diplóide (2n) e forma duas células haplóide (n). A segunda
divisão (MEIOSE II) é chamada equacional, forma mais duas células filhas com o mesmo número haplóide de
cromossomos.

Meiose – Visão Geral

Fases da Meiose I
Prófase I - É uma fase complexa e de longa duração, em que cada cromossoma é composto pôr 2 cromátides
resultantes da duplicação do DNA no período S da intérfase. Estas cromátides estão unidas pelos filamentos
do centrômero. A Profáse caracteriza-se pela espiralização ou condensamento dos cromossomas, que
tornam-se mais curtos e grossos devido ao processo de helicoidização. Os nucléolos se desorganizam e os
centríolos, que foram duplicados durante a interfase, migram para pólos opostos da célula. O citoesqueleto
se desorganiza e seus elementos vão constituir-se no principal componente do fuso acromático, que inicia
sua formação do lado de fora do núcleo. Trata-se de uma estrutura bipolar composta por microtúbulos e
proteínas associadas ancorados nos centríolos (centrossomas) e que crescem em todas as direções. Quando
os microtúbulos dos centrossomos opostos interagem na Zona de sobreposição, proteínas especializadas
estabilizam o seu crescimento. Os cinetócoros dos centrômeros ligam-se na extremidade de crescimento dos
microtúbulos. O fuso agora entra na região do núcleo e inicia-se o alinhamento dos cromossomos para o
plano equatorial. Para efeito de estudo, é dividida em cinco estágios: leptóteno, zigóteno, paquíteno,
diplóteno e diacinese. Acompanhe nas ilustrações ao final da descrição dos estágios.

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Leptoteno - Os cromossomos aparecem pouco condensados e se distribuem ao acaso no núcleo. Ao longo
dos cromossomos, estão os cromômeros, grânulos que representam regiões condensadas. Cada
cromossomo já está dividido em duas cromátides, mas normalmente isso não é visível.

Zigoteno - Os cromossomos homólogos começam a combinar-se


estreitamente ao longo de toda a sua extensão. O processo de
pareamento dos cromossomos homólogos ou sinapse é muito
preciso. Neste estágio ocorre o fenômeno da sinapse, que consiste
no pareamento dos cromossomos homólogos. A associação de
cada par de homólogos é chamada bivalente.
Paquiteno - Os cromossomos já atingiram alto grau de condensação
e aparecem nitidamente duplicados, isto é, formados por duas
cromátides. Sendo composto por quatro cromátides, cada par
cromossômico é chamado de tétrade. Durante o paquíteno, pode
ocorrer a troca de pedaços entre cromátides não-irmãs de um par
de cromossomos homólogos. A esse fenômeno de trocas dá-se o
nome de crossing-over ou permutação. Acompanhe a evolução do
crossing-over, a seguir.

Meiose e Crossing - over


A permuta ou crossing-over ocorre na PROFASE I , que se
divide em 5 sub-fases: leptóteno, zigóteno, PAQUÍTENO -
quando ocorre a quebra e fusão invertida, DIPLÓTENO -
quando os QUIASMAS são visíveis e finalmente a diacinese.

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Meiose e Crossing - over
Troca de segmentos entre cromátides
homólogas - nunca irmãs. Permite
Recombinação Gênica.
Ocorre quando os cromossomos
homólogos estão pareados (sinapse)
na Prófase I da Meiose.
Os cromossomos homólogos,que
estão pareando ao se espiralizarem
sofrem quebras em locais
correspondentes.
Muitas vezes essas quebras são
reparadas erradamente, ou seja os
segmentos são trocados.

Meiose e Crossing - over

As TÉTRADES ou BIVALENTES, correspondem a um par de cromossomos


homólogos pareados, e apresenta como o nome indica “4 cromátides”.

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Meiose e Crossing - over

Gametas recombinantes possuem cromossomos recombinantes, ou


seja, que são produto da ocorrência de crossing-over.

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Diplóteno - A duplicação cromossômica é mais nítida e os bivalentes se separam. Embora os cromossomos
homólogos se separem, seus centrômeros permanecem intactos, de modo que cada conjunto de cromátides-
irmãs continua ligado inicialmente. Essa separação é completa, notando-se que em determinados pontos,
denominados quiasmas, as cromátides homólogas aparecem cruzadas. O quiasma é indicativo e
consequência do crossing-over; assim, o número de quiasmas representa o número de permutações
ocorridas no estágio anterior.
Diacinese - A principal característica da diacinese é o processo de
terminalização dos quiasmas. Aqui, o que se observa é que os
quiasmas, à medida que os homólogos se afastam, vão migrando
para as extremidades dos cromossomos. Tal processo diminui o
número de quiasmas e o estágio termina com o desaparecimento do
nucléolo e a desintegração do envoltório nuclear.
Estágios da Prófase I

Metáfase I - Os cromossomos situam-se na zona equatorial da célula. Há o desaparecimento da membrana


nuclear. Forma-se um fuso e os cromossomos pareados se alinham no plano equatorial da célula.
Os centrômeros ligam-se às fibras do fuso, estando os homólogos unidos às fibras de polos opostos.
Anáfase I - É a fase em que há
migração dos cromossomos Etapas da Meiose – Anáfase I
duplicados para os polos. Em
contraste com a anáfase da
mitose, os centrômeros não se
dividem neste momento. Os
dois membros de cada
bivalente se separam e seus
respectivos centrômeros com
as cromátides-irmãs unidas são
puxados para pólos opostos da
célula. Os bivalentes
distribuem-se
independentemente uns dos
outros e, em consequência, os
conjuntos paterno e materno
originais são separados em
combinações aleatórias.

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Telófase I - Quando os cromossomos atingem os polos, forma-se a carioteca em torno de cada grupo e ocorre
citocinese, a divisão do citoplasma. O número total de cromossomos de cada célula-filha é metade do
número da célula-mãe. Entretanto, como ainda não houve a divisão do centrômero, cada cromossomo
consiste em duas cromátides.
Fotos com os aspectos gerais da Meiose I

Divisão I da Meiose
Prófase I

Metáfase I Anáfase I Telófase I

INTERCINESE – Trata-se de um pequeno intervalo entre as duas divisões. A meiose II tem início nas células
resultantes da telófase I, sem que ocorra a Intérfase. A meiose II também é constituída por quatro fases:
Fase da Meiose II
Prófase II - É muito rápida e corresponde ao período de desintegração das cariotecas e formação de novo
fuso, geralmente perpendicular ao primeiro. Os cromossomos não perdem a sua condensação durante a
telófase I. Assim, depois da formação do fuso e do desaparecimento da membrana nuclear, as células
resultantes entram logo na metáfase II.
Metáfase II - Os cromossomos, ainda constituídos cada um por duas cromátides, alinham-se no centro do
fuso. A cada cinetócoro de cada centrômero ligam-se duas fibras do fuso, uma de cada pólo.
Anáfase II - É na anáfase II que os centrômeros se dividem, as fibras do fuso se encurtam permitindo a
separação das cromátides ou cromossomos-filhos pólos opostos e assumem um formato característico em V
ou L dependendo do tipo de cromossoma.. Tem início a citocinese, que é um processo de clivagem e
separação do citoplasma. Em células animais ocorre por constricção, ao nível da zona equatorial da célula
mãe, que progride e estrangula o citoplasma. Essa constricção é devida a interação molecular de actina,
miosina e microtúbulos. Os cromossomos movem-se na mesma velocidade cerca de 1 micrômetro por
minuto. Dois movimentos podem ser distinguidos.: Os microtúbulos cinetocóricos encurtam quando os
cromossomos aproximam-se dos pólos.Como resultado, formam-se quatro células filhas haplóides.

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Etapas da Meiose – Anáfase II

Telófase II - A telófase inicia-se quando os cromosomos-filhos alcançam os pólos, onde começam a


descondensação. Em seguida, os cromossomos agrupam-se em massas de cromatina que são circundadas
pôr cisternas de RE, os quais se fundem para formar um novo envoltório nuclear. O nucléolo reaparece e os
microtúbulos cinetocóricos desaparecem e os microtúbulos polares alongam-se. O processo termina com a
formação de quatro células-filhas, cada uma com n cromossomos.
Fotos com os aspectos gerais da Meiose II

A MEIOSE E A DIVERSIDADE GENÉTICA

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Na meiose, as células produzidas na divisão I são geneticamente diferentes por duas razões. A primeira é a
ocorrência de crossing-over, que produz cromossomos com novas combinações gênicas. A segunda é a
disjunção, totalmente ao acaso, dos homólogos para as células-filhas. Exemplificando: no núcleo diploide,
existem dois pares de cromos somo designados por 1 e 2. Para a célula-filha, existem várias possibilidades.
Assim, ela pode receber o cromossomo 1 materno e o 2 paterno, ou o 1 paterno e o 2 materno, ou, então,
ambos maternos ou ambos paternos.

Meiose - Divisão Reducional (R!)

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VARIAÇÃO DA QUANTIDADE DE DNA AO LONGO DO PROCESSO MEIÓTICO

Quantidade de DNA Ciclo Celular

4x

2x

x
G1 S G2 PI MI AI TI PII MII AII TII

COMPARANDO MITOSE E MEIOSE

MITOSE (E!) MEIOSE (R!)

Ocorrem em células somáticas e promove crescimento e Ocorre em células germinativas e promove a formação de
regeneração gametas em animais e esporos em vegetais

Células (n) ou (2n) podem sofrer mitose e originam duas Apenas células (2n) podem sofrer meiose e originam 4
células idênticas geneticamente células totalmente diferentes geneticamente

Uma duplicação cromossômica para duas divisões


Uma duplicação cromossômica para uma divisão celular.
celulares.

Células-filhas com o mesmo número de cromossomos da Células-Filhas com a metade do número de cromossomos
célula-mãe (divisão equacional). da célula-mãe (divisão reducional).

Não há crossing-over. Há crossing-over.

Não promove variabilidade genética. Promove grande variabilidade genética

Não há separação dos cromossomos homólogos, apenas Há separação dos cromossomos homólogos na divisão I e
de cromátides irmãs. de cromátides irmãs na divisão II.

Não há pareamento de cromossomos homólogos. Há pareamento de cromossomos homólogos.

GAMETOGÊNESE
Gametogênese é o processo de formação dos gametas. Os gametas são produzidos nas gônadas, estruturas
pertencentes ao sistema genital. As gônadas masculinas são chamadas de testículos, e as femininas, são os
vários.

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Os gametas são origina dos de células germinativas ou gônias, localizadas nas gônadas. O conjunto das células
germinativas constitui o germe ou linhagem germinativa. A formação de espermatozoides é denominada
espermatogênese, e a produção dos óvulos, ovogênese ou oogênese. Veja a seguir, a ilustração dos dois
processos e a as respectivas descrições, em sequência.

A Espermatogênese
O processo de formação de espermatozoides é dividido em quatro períodos: germinativo, de crescimento,
de maturação e de espermiogênese.
Período Germinativo - As células germinativas masculinas, denominadas espermatogônias, dividem-se
ativamente por mitose. Nos machos de mamíferos, a multiplicação mitótica das espermatogônias acontece
durante toda a vida do indivíduo. É importante lembrar que as gônias são células diploides.

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Período de Crescimento - É o período em que a espermatogônia para de se dividir e passa por um período
de crescimento, antes de iniciar a meiose. Com o crescimento, a espermatogônia transforma-se em
espermatócito I.
Período de Maturação - Cada espermatócito I – dito espermatócito primário ou de primeira ordem – sofre
divisão meiótica. Cada espermatócito I, pela divisão I da meiose, produz dois espermatócitos II, os quais, pela
divisão II da meio se, resultam em um total de quatro células denominadas espermátides. Os espermatócitos
II e as espermátides são haploides.
Período de Espermiogênese - É o processo de transformação da espermátide em espermatozoide. As
espermátides são haploides, mas não funcionam como gametas. Elas sofrem um processo de diferenciação,
transformando-se em espermatozoides. Tal pro cesso de diferenciação é a espermiogênese

A Ovogênese
No processo de formação do óvulo, distinguem-se três períodos: germinativo, de crescimento e de ma tu
ração.
Período Germinativo - As células germinativas, chama das de ovogônias, dividem-se por mitose. Nas fêmeas
de mamíferos, tal processo termina logo após o nasci mento.
Período de Crescimento - As ovogônias não mais se dividem e crescem, transformando-se em ovócitos I,
também chamados ovócitos primários ou de primeira ordem.
Período de Maturação - É o período em que ocorre a meiose. O ovócito I, pela divisão I da meiose, origina
duas células-filhas de tamanhos diferentes: uma grande, que ficou praticamente com todo o citoplasma do
ovócito I, e outra muito pequena, contendo núcleo envolvido por delgada película do citoplasma. A célula
grande é o ovócito II (secundário ou de segunda ordem) e a célula pequena, o primeiro glóbulo ou corpúsculo
polar. Na divisão II da meiose, o ovócito II origina uma célula grande, o óvulo, e outra pequena, o segundo

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glóbulo ou corpúsculo polar. O primeiro corpúsculo polar pode-se dividir, originando dois corpúsculos
polares.

A seguir, o processo de gametogênese animal detalhado.

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Principais Diferenças entre Espermatogênese e Ovogênese
1. O período germinativo é bem mais curto na ovogênese do que na espermatogênese.
2. O período de crescimento é mais lento e mais pronunciado na ovogênese.
3. No período de maturação, ca da ovócito I produz um óvulo, enquanto cada espermatócito I origina
quatro espermatozoides.
4. Na ovogênese, não existe um período correspondente ao da espermiogênese.
Considerações sobre a gametogênese humana

A produção de espermatozoides começa na puberdade, ao redor dos 12 anos, continuando durante toda a
vida e decrescendo com a idade. Na mulher, a fase de multiplicação inicia-se no período fetal e termina na
15a. semana da vida fetal. A fase de crescimento, que forma os ovócitos I, perdura até o sétimo mês da
embriogênese. No sétimo mês, os ovócitos I iniciam a divisão I da meiose, for mando os ovócitos II. A segunda
divisão da meiose só acontece quando o ovócito II é fecundado.
Em cada ejaculação, um homem elimina de 200 a 300 milhões de espermatozoides, que permanecem vivos
durante 4 a 5 dias no interior do aparelho reprodutor feminino. O óvulo é uma célula esférica com 1 mm de
diâmetro. Contém um núcleo com 23 cromossomos e abundante citoplasma, onde aparece o vitelo,
substância nutritiva que será usada pelo futuro embrião.

AULA 7 - ASPECTOS GERAIS DO METABOLISMO CELULAR.


As mitocôndrias, os cloroplastos e muitas bactérias produzem ATP por um mecanismo fundamentado em
membranas conhecido como acoplamento quimiosmótico. As mitocôndrias produzem a maior parte do ATP
das células animais, utilizando a energia derivada da oxidação de açúcares e ácidos graxos. As mitocôndrias
estão envoltas por duas membranas concêntricas, onde a mais interna delas envolve a matriz mitocondrial.
O espaço da matriz contém muitas enzimas, incluindo aquelas do ciclo do ácido cítrico – Ciclo de Krebs. Essas
enzimas produzem grandes quantidades de NADH e FADH2 a partir da oxidação da acetil-CoA. Na membrana
mitocondrial interna, elétrons de alta energia doados pelo NADH e pelo FADH2 passam através de uma cadeia
transportadora de elétrons (a cadeia respiratória), eventualmente combinando-se com o oxigênio molecular
(02) em uma reação energeticamente favorável. Parte da energia liberada pelas transferências de elétrons
ao longo da cadeia respiratória é aproveitada para bombear H+ para fora da matriz, conseqüentemente
criando um gradiente eletroquímico de prótons (H+) transmembrânico.

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O bombeamento de prótons é conduzido por três grandes complexos enzimáticos respiratórios embebidos
na membrana. O gradiente eletroquímico de prótons através da membrana mitocondrial interna resultante
é então aproveitado para produzir ATP pelo refluxo de H+ para a matriz através da ATP-sintase, uma enzima
localizada na membrana mitocondrial interna. O gradiente eletroquímico de prótons também promove o
transporte ativo de metabólitos para dentro e para fora da mitocôndria. Na fotossíntese em cloroplastos e
bactérias fotossintetizantes, elétrons de alta energia são gerados quando a luz solar é absorvida pela clorofila;
esta energia é capturada por complexos protéicos conhecidos por fotossistemas, os quais estão localizados
na membrana tilacóide dos cloroplastos.
Cadeias transportadoras de elétrons associadas com os fotossistemas transferem elétrons da água para o
NADP+ para formar NADPH, com a produção concomitante de um gradiente eletroquímico de prótons através
da membrana tilacóide. O oxigênio molecular (02) é gerado como subproduto. Assim como nas mitocôndrias,
o gradiente de prótons através da membrana tilacóide é utilizado por uma ATP-sintase embebida na
membrana para gerar ATP. O ATP e o NADPH produzidos durante a fotossíntese são utilizados no cloroplasto
para direcionar o ciclo de fixação de carbono no estroma cloroplástico, produzindo, conseqüentemente,
carboidratos a partir do CO2. Os carboidratos são então exportados para o citosol onde são metabolizados
para fornecer carbono orgânico, ATP (via mitocôndrias) e força redutora para o resto da célula. Os
mecanismos de acoplamento quimiosmótico estão amplamente espalhados e são de origem muito antiga.
Acredita-se que tanto as mitocôndrias quanto os cloroplastos tenham evoluído de bactérias que foram
endocitadas por células eucarióticas primitivas. As bactérias que vivem em ambientes semelhantes àqueles
que, acredita-se, existiam na Terra primitiva também utilizam o acoplamento quimiosmótico para produzir
ATP.

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AULA 8 - METABOLISMO ENERGÉTICO - FOTOSSÍNTESE

As plantas são seres autótrofos. Graças à presença de clorofila em suas folhas, elas são capazes de captar
energia luminosa do sol e utilizá-la na síntese de moléculas orgânicas, que lhes servirão para diversos fins,
inclusive alimento. Esse processo, que será explicado a seguir, é chamado de fotossíntese.

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O Cloroplasto

Nos cloroplastos ocorre a reação da mais fundamental importância para a vida das plantas e, indiretamente,
para a vida dos animais: a fotossíntese. Os cloroplastos são geralmente discoidais. Sua cor é verde devido a
presença de clorofila. No seu interior existe um conjunto bem organizado de membranas, as quais formam
pilhas unidas entre si, que são chamadas de grana. Cada elemento da pilha, que tem o formato de uma
moeda, é chamado de tilacóide. Todo esse conjunto de membranas encontra-se mergulhado em um fluído
gelatinoso que preenche o cloroplasto, chamado de estroma, onde há enzimas, DNA, pequenos ribossomos
e amido. As moléculas de clorofila se localizam nos tilacóides, reunidas em grupos, formando estruturas
chamadas de “complexos de antena”.
Fase clara
A fotossíntese é dividida em duas fases: clara e escura. A fase clara, também chamada de fotoquímica,
consiste na incidência da luz solar sob a clorofila A. Elétrons são liberados e recebidos pela plastoquinona
(aceptor primário de elétrons). Estes elétrons passam por uma cadeia transportadora liberando energia
utilizada na produção de ATP. Os elétrons com menos energia entram na molécula de clorofila A repondo os
liberados pela ação da luz. A molécula de clorofila absorve energia luminosa. Esta energia é acumulada em
elétrons que, por este fato, escapam da molécula sendo recolhidos por substâncias transportadoras de
elétrons. A partir daí, estes irão realizar a fotofosforilação, que, dependendo da substância transportadora,
poderá ser cíclica ou acíclica.
Em todos os dois processos, os elétrons cedem energia, que é utilizada para a síntese de ATP através de
fosforilação. A Fotofosforilação acíclica está relacionada basicamente com a fotólise da água, pois os elétrons
não voltam a fazer parte da molécula de água. Já, na Fotofosforilação cíclica, o elétron sai da clorofila A, é
captado pela ferrodoxina e passa por transportadores de elétrons, havendo nos cloroplastos, portanto,
liberação de energia, que será utilizada na síntese de ATP. É importante citar que estes processos acontecem
simultaneamente nos cloroplastos.

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Em todos os dois processos, os elétrons cedem energia, que é utilizada para a síntese de ATP através de
fosforilação. A Fotofosforilação acíclica está relacionada basicamente com a fotólise da água, pois os elétrons
não voltam a fazer parte da molécula de água. Já, na Fotofosforilação cíclica, o elétron sai da clorofila A, é
captado pela ferrodoxina e passa por transportadores de elétrons, havendo nos cloroplastos, portanto,
liberação de energia, que será utilizada na síntese de ATP. É importante citar que estes processos
Fase escura
Ocorre no estroma dos cloroplastos e é nesta fase que se forma a glicose, pela reação inicial entre o gás
carbônico atmosférico e um composto de 5 carbonos, a ribulose difosfato (RDP), que funciona como
“suporte” para a incorporação do CO2. É caracterizada por um conjunto de reações chamado de Ciclo de
Calvin. Nele, a molécula de CO2 se liga ao “suporte” de RDP desencadeando um ciclo de reações no qual se
formam vários compostos de carbono. Para formação de uma molécula de glicose é necessário que ocorram
6 ciclos destes. Os átomos de Hidrogênio da água são adicionados a compostos de carbonos, obtidos a partir
de CO2, havendo uma redução deste gás, com produção de glicose.

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Estrutura molecular das clorofilas a e b

Esquema simplificado de todas as etapas da fotossíntese

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Fatores limitantes correspondem a agentes químicos, físicos ou biológicos que influenciam diretamente na
taxa de ocorrência de um processo, alterando a sua intensidade e velocidade.
Os processos biológicos, normalmente, são dependentes de muitos fatores e se um desses fatores estiver
em menor quantidade ou intensidade a VELOCIDADE ou INTENSIDADE do processo será diretamente
proporcional a este fator, mesmo que os demais estejam em condições ideais. Ou seja, a velocidade do
processo SEMPRE dependerá do fator que estiver em menor intensidade ou quantidade.
Na fotossíntese há diversos fatores limitantes:
1. Luminosidade
2. Temperatura
3. Concentração do CO2
4. Quantidade de água doce no estado líquido
5. pH
6. Pigmentos fotossintéticos – CLOROFILA
A seguir, observe no gráfico, a relação entre os processo de RESPIRAÇÃO CELLUAR e a FOTOSSÍNTESE, com
destaque ao fator limitante LUMINOSIDADE ao longo do dia.

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AULA 9 - METABOLISMO ENERGÉTICO - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO

É um conjunto de reações de oxirredução para a obtenção de energia a partir de uma fonte energética
orgânica e que ocorre obrigatoriamente em todas as células. As reações de oxirredução consistem na
transferência de H+ de um composto orgânico para outro com desprendimento de energia. A fonte de
energia mais utilizada é a glicose (não a mais energética), os aminoácidos e os ácidos graxos fornecem mais
energia mas são menos utilizados.

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Glicólise
Fase que ocorre ainda no citoplasma e que se constitui em uma seqüência de nove reações catalizadas por
enzimas. Porém, basta valorizar que a glicose que penetra na célula na forma de glicose 6-fosfato, sofre
degradação até formar 2 ácidos pirúvicos ( piruvato ) , 4 ATP’s e 2 NADH’s. O NAD - nicotinamida
dinucleotídeo é um transportador intermediário de energia, que carrega H+ livre liberados das reações de
simplificação. A forma reduzida – NADH, transferirá a sua energia para a formação de ATP posteriormente,
já dentro da mitocôndria. Lembre-se que o ATP - trifosfato de adenosina é um nucleotídeo, ou seja formado
por adenina ( uma base nitrogenada ) , uma pentose ( a ribose ) e um grupo fosfato, que se liga
reversivelmente a mais dois radicais fosfato. É a molécula que irá armazenar energia, que não será utilizada
imediatamente pela célula. Se toda a energia produzida fosse liberada de forma imediata, a célula
literalmente "queimaria". É importante citar que a energia de ativação para que a respiração celular inicie é
de 2 ATP’s. Veja o esquema abaixo:
Ciclo de Krebs

Esse processo ocorre na matriz mitocondrial. E tem início com cada um dos dois piruvatos (3C) originados na
glicólise entrando na mitocôndria e, na MATRIZ, convertendo-se em Acetil-Coenzima A (2C). Esse processo
ocorre por DESCARBOXILAÇÃO, dando origem a 2 moléculas de CO2 (que serão posteriormente liberadas
para o meio) e liberando energia suficiente para formar 2NADH. A partir daí tem início uma série de reações
que compõe, propriamente, o Ciclo de Krebs, que se inicia com a doação do radical acetil do Acetil-CoA para
um composto denominado Oxaloacetato, que é regenerado ao final de cada volta completa do ciclo.

Esta reação tem como produto o Ácido Cítrico ou Citrato, o primeiro intermediário da via, e é catalizada pela
enzima Citrato-Sintase, uma enzima reguladora alostérica. É importante frisar que os fenômenos químicos
básicos que ocorrem neste momento : a DESCARBOXILAÇÃO e a DESIDROGENAÇÃO, são os responsáveis pela
grande liberação de energia, representada pela formação de 3 NADH’s , 1 FADH2 e 1 ATP por volta do ciclo.

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Somam-se ainda, por volta, mais 2 moléculas de CO2 . São 8 as etapas enzimáticas do Ciclo de Krebs, veja a
sequência:

1. Síntese do Citrato;
2. Conversão do Citrato a Isocitrato, via Cis-Aconitato;
3. Oxidação descarboxilativa do Isocitrato a alfa -Cetoglutarato ; (formação de NADH e CO2)
4. Oxidação descarboxilativa do alfa – cetoglutarato a Succinil-CoA; (formação de NADH e CO2)
5. Hidrólise do Succinil-CoA a Succinato; (formação de 1 ATP)
6. Oxidação do Succinato a Fumarato; (formação de FADH2 )
7. Hidratação do Fumarato a Malato;
8. Oxidação do Malato a Oxaloacetato, que inicia um novo ciclo. (formação de NADH )

Cadeia Respiratória
Processo metabólico de síntese de ATP a partir da energia liberada pelo transporte de elétrons na cadeia
respiratória. Esta fase ocorre nas cristas mitocondriais .Depende de alguns fatores:
• Energia Livre obtida do transporte de elétrons
• Uma enzima transmembrana denominada ATPase

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A ENERGIA - Durante o fluxo de elétrons , ocorre Liberação de energia livre suficiente para a síntese de ATP
em 3 locais da cadeia respiratória: Complexos I, III e IV. Estes locais são denominados "SÍTIOS DE
FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA". Nestes locais a liberação de energia livre é em quantidade suficiente à
necessária para a síntese do ATP. O balanço energético da respiração celular mostra que para cada
molécula/mol de glicose ocorre a formação de 38 moléculas/mol de ATP.

RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA - Não utiliza o oxigênio, e é também denominada de fermentação. Ocorre em


certas bactérias - fermentação ácida (lática ou acética) e em lêvedos, fermentação alcoólica. Produz 4 ATP e
consome 2, produzindo um saldo de apenas 2 ATP. É utilizada na industrialização do pão, laticínios e de
bebidas alcoólicas. As leveduras são células eucarióticas que possuem mitocôndrias e realizam os dois tipos
de respiração simultaneamente. As fibras musculares estriadas também realizam os dois tipos de respiração.
A dor muscular observada após exercício físico intenso deve-se ao acúmulo de ácido lático entre as fibras
musculares. Esse ácido leva de 7 a 10 dias para ser reabsorvido pelo organismo.

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AULA 10 - CODIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO GENÉTICA.

Todos os seres vivos existentes na Terra apresentam duas propriedades típicas: autopreservação e
autorreprodução.
Chamamos de autopreservação a capacidade que os organismos têm de manter sua individualidade, através
de uma série de características próprias, mantidas num ambiente em constante modificação.
Autorreprodução é a habilidade de produzir descendentes da mesma espécie. Estas duas propriedades
dependem, em nível celular, da existência de duas macromoléculas, presentes em todos os organismos:
proteínas e ácidos nucleicos. As numerosas proteínas existentes em qual quer organismo podem ser
agrupadas em: estruturais e reguladoras.
Proteínas estruturais
Associadas com outras substâncias, principalmente os lípides, são responsáveis pela morfologia dos
organismos, já que fazem parte das estruturas celulares e, consequentemente, dos tecidos, órgãos e
sistemas.
Proteínas reguladoras
São as enzimas e os hormônios. As primeiras são especializadas na catálise de reações biológicas que
determinam as atividades celulares, responsáveis por toda a fisiologia do organismo. Os hormônios são
proteínas produzidas em órgãos especializados, servindo para regular o funcionamento de um organismo.
Portanto, funcionalmente, podemos afirmar que as características de um organismo dependem das
proteínas. Os ácidos nucleicos constituem o material genético, responsável pela síntese das proteínas
estruturais e reguladoras.
O dogma central da genética molecular
A relação DNA – RNA – proteínas esquematizada na figura 1 é conhecida como o dogma central da genética
molecular, que estuda as atividades gênicas celulares por meio da ação dessas macromoléculas.
Replicação
É o processo de replicação do DNA, na interfase, que determina a divisão celular responsável pelo
crescimento, regeneração e reprodução dos organismos como se verifica no esquema a seguir.
Transcrição
O DNA situa-se nos cromossomos, estruturas localizadas no interior do núcleo; já a síntese de proteínas
ocorre nos organoides citoplasmáticos, conhecidos como ribossomos, sob o comando genético do DNA. Por
meio da transcrição, o DNA forma o RNA mensageiro (RNAm), para o qual transcreve a mensagem genética,
na verdade, uma receita para síntese de uma proteína.
Tradução
Saindo do núcleo, o RNAm atinge o ribossomo, que recebe a mensagem contida e codificada no DNA. Na
tradução, o ribossomo, de acordo com as instruções codificadas no RNAm, seleciona e encadeia os
aminoácidos sintetizando a proteína. A seguir apresentamos um esquema que resume a atividade gênica.

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A colinearidade DNA e proteína
O DNA e a proteína são polímeros, isto é, moléculas formadas por uma sequência linear de monômeros. No
DNA e na proteína os monômeros são, respectivamente, nucleotídeos e aminoácidos. O DNA é colinear com
a proteína que ele codifica, ou seja, a sequência de nucleotídeos do DNA especifica a sequência de
aminoácidos de uma proteína.
A seguir, exemplo da correspondência entre a sequência de nucleotídeos no DNA e a sequência de
aminoácidos na PROTEÍNA.

O Conceito de gene
O gene é um segmento de DNA que codifica a sequência de aminoácidos de uma proteína.

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O código genético
No caso do código genético existem 4 símbolos, representados pelos 4 tipos de nucleotídeos, abreviados pela
letra inicial. As proteínas são constituídas por 20 tipos de aminoácidos. Se cada nucleotídeo codificasse um
único aminoácido, apenas 4 poderiam ser codificados. Dois nucleotídeos também seriam insuficientes, pois,
reunidos dois a dois, só permitem 16 arranjos com repetição, ou seja: desse modo, apenas 16 aminoácidos
seriam codificados. Assim temos:

Se a mensagem genética fosse constituída por arranjos de 3 letras, com repetição, teríamos 64 possibilidades,
mais do que suficientes para codificar 20 tipos de aminoácidos.

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A representação completa do código genético
Nas tabelas de código genético, os códons são representados em termos de RNA mensageiro.

Códons de iniciação e terminalização


A síntese de uma proteina é iniciada quando um ribossomo se organiza, no RNAm, sobre o códon de iniciação
AUG. Este códon codifica o aminoácido metionina (Met), de forma que todas proteínas começam com a
metionina. A cadeia termina quando o ribossomo atinge um dos três códons de terminalização ou finalização
representados por: UAA, UAG e UGA.
As propriedades do código genético
O código genético apresenta duas propriedades: degeneração e universalidade. Dizemos que o código é
degenerado porque a maioria dos aminoácidos é codificada por dois ou mais códons. O fato é notório,
quando verificamos que existem 64 códons para codificar apenas 20 aminoácidos. O código é universal
porque cada códon codifica sempre o mesmo aminoácido em qualquer organismo, inclusive os vírus.
Algumas exceções ao conceito de universalidade foram descobertas no DNA mitocondrial, onde, por
exemplo, AUA codifica isoleucina no código do DNA nuclear universal e metionina no código do DNA
mitocondrial humano. A vida depende de um armazenamento estável e compacto da informação genética.
A informação genética é carregada por moléculas de DNA muito longas, codificada na seqüência linear de
nucleotídeos A, T, G e C.
Uma molécula de DNA existe na forma de uma dupla hélice composta de um par de fitas complementares
de nucleotídeos que são mantidos unidos por pontes de hidrogênio entre os pares de bases G-C e A-T. Cada
fita de DNA tem uma polaridade química devido à ligação alternada de açúcares e fosfatos em seu esqueleto.
No esquema, 1 > grupo fosfato, 2 > desoxirribose e 3 > base nitrogenada

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.As duas fitas de uma molécula de DNA correm antiparalelas - isto é, em orientações opostas. Cada uma das
fitas do DNA pode atuar como um molde para a síntese de uma outra fita. Uma dupla hélice de DNA carrega,
então, a mesma informação em cada uma de suas fitas.
Uma molécula de DNA é duplicada (replicada) pela polimerização de novas fitas complementares sobre cada

uma das fitas velhas da dupla hélice de DNA. Esse processo de replicação do DNA, no qual duas moléculas de
DNA idênticas são formadas a partir da molécula original, propicia a informação genética ser copiada e
passada de uma célula à sua célula-filha e de pais à sua prole. Enquanto uma molécula de DNA replica, suas
duas fitas são separadas de modo a formar uma ou mais forquilhas de replicação em forma de Y. A enzima
DNA-polimerase, situada na forquilha, coloca uma nova fita de DNA complementar sobre cada fita parental,
fazendo, portanto, duas novas moléculas de dupla hélice.
A DNA-polimerase replica um molde de DNA com uma fidelidade notável, cometendo menos do que um erro
a cada 107 bases lidas. Isso é possível porque a enzima remove seus próprios erros de polimerização à medida
que se move ao longo do DNA (verificação). Uma vez que a DNA-polimerase pode sintetizar um novo DNA
em apenas uma direção, apenas uma das fitas na forquilha de replicação, a fita-líder, pode ser replicada de
uma forma contínua.
Na fita complementar, o DNA é sintetizado pela polimerase em um processo de "costura para trás"
descontínuo fazendo pequenos fragmentos de DNA que são somente unidos pela enzima DNA-ligase para
fazer uma única fita de DNA contínua. A característica do mecanismo de verificação, DNA-polimerase torna-
a incapaz de iniciar nova cadeia de DNA. A síntese do DNA é iniciada por uma RNA-polimerase chamada de
primase, que faz pequenos fragmentos de RNA chamados de iniciadores, que são subseqüentemente
retirados e substituídos por DNA.

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A replicação do DNA necessita da cooperação de muitas proteínas – veja o esquema anterior, as quais
formam uma máquina de replicação multienzimática, situada na forquilha de replicação, que catalisa a
síntese de DNA. Erros na replicação do DNA e reações químicas que danificam os nucleotídeos do DNA
podem causar modificações na sequência de nucleotídeos do mesmo. Se essas modificações não forem
corrigidas eficientemente, elas darão origem a mutações, muitas das quais seriam prejudiciais ao organismo.
A informação genética pode ser estavelmente armazenada em sequências de DNA apenas porque uma
variedade de enzimas de reparo do DNA confere o mesmo continuamente, corrige os erros de replicação e
substitui os nucleotídeos danificados. O DNA pode ser facilmente reparado porque uma fita pode ser
corrigida usando a outra fita como molde.
Os raros erros de cópia que escapam da maquinaria de replicação do DNA são resolvidos pelas proteínas de
reparo de pareamento incorreto, as quais monitoram o DNA recém-replicado e reparam os erros de cópia. A
precisão total da replicação do DNA, incluindo o reparo de pareamento incorreto, e um erro a cada 109
nucleotídeos copiados. O dano no DNA causado por reações químicas e irradiação ultravioleta é corrigido
por uma variedade de enzimas que reconhecem o DNA danificado e removem um pequeno segmento da fita
do DNA que o contém. O DNA ausente é ressintetizado por uma DNA-polimerase de reparo que usa a fita
não-danificada como molde. A DNA-ligase liga o DNA para completar o processo de reparo.

DNA A PROTEÍNAS – A EXPRESSÃO GÊNICA

O fluxo da informação genética em todas as células vivas é de DNA ---> RNA ---> proteína. A conversão das
instruções de DNA para RNA e proteínas é chamada expressão gênica. Para expressar a informação genética
presente no DNA, a sequência de nucleotídeos de um gene é primeiramente transcrita para RNA. Transcrição
é catalisada pela enzima RNA-polimerase. Sequências de nucleotídeos na molécula de DNA indicam à RNA-
polimerase onde começar e terminar a transcrição. O RNA difere em diversos aspectos do DNA. Ele contém
o açúcar ribose ao contrário da desoxirribose e a base uracila (U) em vez da timina (T). Os RNAs nas células
são sintetizados como moléculas de fita simples, as quais frequentemente se dobram em formas
tridimensionais precisas. As células produzem diferentes tipos funcionais de RNA, incluindo RNA-mensageiro
(mRNA), que carrega as instruções para produzir proteínas; RNA ribossomal (rRNA), que é um componente
dos ribossomos; e RNA-transportador (tRNA), que atua como uma molécula adaptadora na síntese de
proteínas, carregando os aminoácidos até o local da síntese protéica.
No DNA de células eucarióticas, a maioria dos genes é dividida em um número menor de regiões codificantes
(éxons) intercalados por regiões não-codificantes (íntrons). Quando um gene eucariótico é transcrito de DNA
para RNA, ambos, éxons e íntrons, são copiados para produzir o transcrito de RNA primário. Os íntrons são
removidos dos transcritos primários de RNA no núcleo pelo processo de SPLICING de RNA.
Na reação catalisada pelos pequenos complexos de ribonucleoproteínas conhecidos como snRNPs, os
íntrons são retirados dos transcritos primários e os éxons, unidos. O RNAm então move-se para o citoplasma.
A tradução de sequências de nucleotídeos do RNAm para uma proteína ocorre no citoplasma em grandes
conjuntos de ribonucleoproteínas chamadas ribossomos. Estas se ligam à cadeia de RNAm e se movem
paulatinamente ao longo da cadeia de RNAm, traduzindo a mensagem em proteína. Veja a seguir um
polirribossomo, ou seja, um RNAm sendo traduzido por vários ribossomos simultaneamente.

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Acompanhe com a figura abaixo: a sequência de nucleotídeos no RNAm (2) é lida em conjuntos de três
nucleotídeos (códons), pelo ribossomo (1). Cada códon correspondendo a um aminoácido (3). A
correspondência entre aminoácidos e códons é determinada pelo código genético. As combinações possíveis
dos quatro diferentes nucleotídeos no RNA produzem 64 códons diferentes no código genético, a maioria
dos aminoácidos é determinada por mais um códon. O RNAt (4) atua como uma molécula adaptadora na
síntese de proteínas, pois carrega os aminoácidos especificados pelo RNAm. Cada RNAt apresenta um trio de
bases (anticódons), que se liga aos códons correspondentes somente na presença do ribossomo.

Enzimas chamadas aminoacil-RNAt-sintetases ligam aminoácidos aos seus RNAt apropriados. Cada RNAt
contém uma sequência de três nucleotídeos, o anticódon, o qual se une com o códon no RNAm através do
pareamento complementar de bases entre o códon e o anticódon. A síntese de proteínas se inicia quando
um ribossomo é montado em um códon de iniciação (AUG) no RNAm, um processo que é regulado pelas
proteína chamadas fatores de iniciação.
A cadeia de proteína finalizada é liberada do ribossomo quando um códon de terminação (UAA, UAG, ou
UGA) é alcançado. A ligação gradual de aminoácidos em uma cadeia polipeptídica é provavelmente catalisada
por uma molécula de RNAr na subunidade ribossomal maior.

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A degradação de proteínas na célula é cuidadosamente controlada. Algumas proteínas são degradadas no
citosol por grandes complexos de proteínas chamadas de proteossomos. A partir do nosso conhecimento
dos organismos dos dias atuais e das moléculas que eles contêm, parece provável que os sistemas vivos
iniciaram com uma solução de moléculas de RNA que poderiam catalizar sua própria replicação. Foi proposto
que, assim que as células evoluíssem, os DNAs de dupla hélice substituiriam o RNA por serem moléculas mais
estáveis para o armazenamento de maiores quantidade de informação genética. Enquanto as proteínas
substituíram os RNAs como os principais componentes catalíticos e estruturais. O fluxo de informação nas
células dos dias atuais é DNA ---> RNA ---> proteína, o RNA servindo primariamente como um intermediário.
Algumas reações importantes, entretanto, ainda são catalisadas pelo RNA: estas provavelmente fornecem
uma vaga impressão, do mundo antigo, baseado no RNA.

CROMOSSOMOS E REGULAÇÃO GÊNICA


O material genético de uma célula eucariótica está confinado em um ou mais cromossomos, cada um
formado de uma única, imensamente longa, molécula de DNA que contém muitos genes. O DNA nos
cromossomos contém, além dos genes, muitas origens de replicação, um centrômero e dois telômeros. Estas
sequências garantem que o cromossomo possa ser replicado eficientemente e passado para as células-filhas.
Os cromossomos nas células eucarióticas consistem de DNA firmemente ligado a uma massa
aproximadamente igual de proteínas especializadas. Estas proteínas entrelaçam o DNA numa forma mais
compacta, possibilitando que ele caiba dentro do núcleo celular. O complexo de DNA e de proteína nos
cromossomos é chamado de cromatina. As proteínas associadas com DNA incluem as histonas, que
compactam o DNA numa estrutura ordenada, repetida de partículas de DNA-proteínas chamadas de
nucleossomos.

Os nucleossomos são compactados, com a ajuda da Histona H1, para formar a fibra de 30-nm (nanômetros).
Esta fibra posteriormente poderá ser mais enrolada e entrelaçada. Algumas formas de cromatina são tão
compactas que os genes também compactados são transcricionalmente silenciosos. Este é o caso de todos
os genes nos cromossomos mitóticos durante a divisão nuclear (mitose) quando os cromossomos tornam-se
altamente condensados.
Regiões específicas dos cromossomos chamadas de heterocromatina, são também condensadas e inativas,
mesmo em células que não estão em divisão. Genes artificialmente transferidos para regiões de
heterocromatina são frequentemente silenciados. Uma célula eucariótica típica expressa somente uma
fração dos seus genes, e os distintos tipos de células num organismo multicelular surgem porque diferentes
conjuntos de genes são expressados a medida que a célula se diferencia.

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Embora todas as etapas envolvidas na expressão de um gene possam, em princípio, ser reguladas para a
maioria dos genes, a iniciação da transcrição é o ponto mais importante de controle. A transcrição de genes
individuais é ligada ou desligada nas células pelas proteínas regulatórias. Estas atuam ligando-se a sequências
curtas de DNA chamadas de sequências regulatórias de DNA. Embora cada proteína regulatória tenha
características únicas, a maioria liga-se ao DNA usando um pequeno número de sítios da estrutura da
proteína, A sequência exata de aminoácidos que é dobrada no sítio determina a sequência particular de DNA
que é reconhecida. A RNA-polimerase liga-se ao DNA e inicia a transcrição num sítio chamado de promotor.
Em bactérias, as proteínas regulatórias geralmente ligam-se a sequências regulatórias do DNA próximas do
sítio de ligação da RNA-polimerase e ativa ou reprime a transcrição do gene. Em eucariotos, estas sequências
regulatórias de DNA são frequentemente separadas do promotor por muitos milhares de pares de
nucleotídeos. Para iniciar a transcrição, as RNA-polimerase eucarióticas requerem a montagem de um
complexo de fatores gerais de transcrição no promotor. Acredita-se que proteínas regulatórias de genes
eucarióticos atuam afetando o processo de montagem, aumentando a sua velocidade (para ativadores) e
diminuindo (para repressores). Veja o esquema:

Em eucariotos, a expressão de um gene é geralmente controlada pela combinação de proteínas regulatórias


de genes. Em plantas e animais multicelulares, a produção de diferentes proteínas regulatórias em diferentes
tipos celulares garante a expressão de somente aqueles genes apropriados para aquele tipo de célula. Uma
única proteína regulatória, se expressada numa célula precursora apropriada, pode disparar a formação de
uma célula especializada ou mesmo de um órgão inteiro.

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AULA 11 - SÍNTESE PROTEICA.
As etapas da síntese proteica
A síntese proteica é um processo complexo que compreende três etapas: transcrição, ativação de
aminoácidos e tradução. A primeira ocorre nos cromossomos, a segunda no hialoplasma e a terceira nos
ribossomos.
A transcrição
A primeira etapa da síntese proteica e, portanto, da ação gênica é a transcrição, que corresponde à formação
do RNA mensageiro. O gene que codifica uma proteína sintetiza o RNAm para o qual transcreve a sua
mensagem. Destacando-se do DNA, o RNAm atravessa um poro do envoltório nuclear e atinge o citoplasma,
onde se prende a um ribossomo, formando um molde para a síntese de uma proteína (Fig. 1).

A ativação dos aminoácidos


Nesta etapa atuam os RNA transportadores (RNAt), pequenas moléculas formadas por uma cadeia com cerca
de 80 nucleotídeos, que se dobra lembrando uma folha de trevo. Distinguem-se no RNAt duas regiões de
união: o anticódon e o extremo da molécula. O anticódon é uma sequência de três bases complementares a
um códon do RNAm. Assim, por exemplo, o anticódon GAA é complementar ao códon CUU do RNAm. A
ativação do aminoácido implica na fixação deste ao RNAt. O processo é catalisado pela enzima aminoacil
RNAt sin tetase e envolve gasto de ATP.

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O extremo da molécula é a região de fixação do aminoácido. Nesta etapa da síntese proteica cada aminoácido
é apanhado por um tipo específico de RNAt e levado para o ribossomo.
A tradução
Tradução é a produção de uma proteína de acordo com a especificação do RNAm. Nesse processo o
ribossomo movimenta-se ao longo do RNAm, encadeando aminoácidos e formando a proteína. O ribossomo
é um diminuto organoide granular com 100 a 150 Å de diâmetro, formado pela união de duas sub unidades
de tamanho diferente. A subunidade menor liga-se ao RNAm; na subunidade maior existem dois sítios usados
para a fixação de aminoácidos. Acompanhe a tradução observando a figura a seguir.

Ao sítio 1 se acopla um RNAt que apresenta um anticódon complementar ao primeiro códon do RNAm.
No sítio 2, encaixa-se o segundo RNAt específico que transporta o segundo aminoácido. Entre os dois
primeiros aminoácidos, forma-se a ligação peptídica produzindo um dipeptídeo, enquanto o primeiro RNAt
é liberado. O ribossomo desloca-se e aparece agora no segundo e terceiro códons do RNAm. O dipeptídeo
aparece no sítio 1, ficando o sítio 2 livre para o acoplamento do terceiro RNAt. Com o deslocamento do
ribossomo, o processo vai-se repetindo até a formação completa do polipeptídeo, ou seja, da proteína.
Finalmente o RNAm e a proteína desligam-se do ribossomo.
O polissomo - A cadeia do RNAm é muito longa, permitindo que vários ribossomos realizem simultaneamente
a tradução. Chamamos de polissomos ou polirribossomos um conjunto de ribossomos ligados a uma
molécula de RNAm, executando o processo de tradução.

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A importância das proteínas
Proteínas são substâncias essenciais para a vida das células. Assim, a própria estrutura celular depende das
proteínas nela contidas, dado que elas entram na constituição da membrana e dos constituintes nucleares e

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citoplasmáticos. A fisiologia celular é comandada por enzimas que são proteínas. A síntese de todas as
proteínas é controlada pelo DNA através do RNA. Controlando essa síntese, o DNA dirige todas as atividades
celulares, responsáveis pelas características dos diferentes organismos.

TEXTO EXTRA - MUTAÇÃO


Conceito
A mutação gênica é uma mudança na estrutura do gene. Consiste numa alteração na sequência de bases do
DNA ocorrida por um erro no processo de replicação. A mutação pode alterar o código genético e,
consequentemente, uma característica do organismo.
Importância
As mutações gênicas são importantes para o processo de evolução biológica, porque produzindo novas
características, aumentam as variações dos organismos.
O meio ambiente atuando sobre essas variações realiza a chamada seleção natural, conservando as
favoráveis e eliminando as desfavoráveis. A moderna teoria sintética da evolução reconhece, na mutação
gênica, um dos mais importantes fatores evolutivos.
Tipos de mutação
As mutações gênicas podem ser classificadas em: substituição, deficiência e inserção.
Substituição - Consiste na substituição de uma base por outra, como observamos na figura 1, onde na cadeia
inferior, adenina foi substituída por guanina. As substituições são classificadas em dois tipos: transições e
transversões. Transição é substituição de purina por purina (A por G ou G por A) ou pirimidina por pirimidina
(C por T ou T por C). Transversão é troca de purina por pirimidina ou vice-versa (A ou G por T e vice-versa).

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Deleção - É a perda de bases, como se verifica na figura 2, em que, na cadeia inferior, adenina foi suprimida.
Inserção - É a colocação de um ou mais nucleotídeos numa cadeia de DNA, na figura 3 notamos a inserção
de G – C.
Mutações somáticas e germinativas - As mutações somáticas ocorrem nas células somáticas, podem alterar
uma característica do organismo, mas não são transmitidas para os descendentes. As mutações germinativas
podem ser transmitidas aos descendentes e são importantes para a variabilidade genética e a evolução dos
organismos.
A degeneração e a mutação - A degeneração do código genético constitui, para o organismo, uma proteção
contra a mutação, uma vez que o novo códon pode codificar o mesmo aminoácido, não alterando a proteína
e, consequentemente, o caráter.
Agentes mutagênicos - As mutações podem ser espontâneas, quando determinadas por alterações químicas
nas bases, e induzidas, quando decorrentes da ação de agentes físicos e químicos. Entre os agentes físicos
citamos os raios X, alfa, beta e gama, capazes de alterar as bases e produzir quebras nas cadeias do DNA.
Como agentes químicos aparecem os análogos de bases, substâncias que têm estruturas moleculares
semelhantes às bases do DNA e, se presentes, podem ser incorporadas durante a replicação. As sim,
bromouracil é quase igual à timina e pode substituí-la na replicação do DNA. Contudo, diferentemente da
timina, o bromouracil pareia com a guanina, produzindo uma mutação do tipo transição (Fig. 4) com
substituição de A – T por G – C.

AULA 12 - DIFERENCIAÇÃO CELULAR.


A diferenciação celular ocorre pela expressão gênica diferencial entre as células. Em cada tipo de célula há
um conjunto gênico específico ativo e se expressando. Quanto maior a especialização e complexidade da
célula menor a sua capacidade de se dividir. Células extremamente especializadas normalmente não saem
de G1 na interfase.

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AULA 13 - PRINCIPAIS TECIDOS ANIMAIS E VEGETAIS

As células vegetais são eucarióticas e apresentam mitocôndrias, complexo golgiense, retículo


endoplasmático, vacúolos, plastídios e a parede celular celulósica.
Célula vegetal com as principais organelas.

A parede celular envolve a membrana plasmática e diferentemente do que se imagina, é parte dinâmica da
célula e passa por modificações durante o crescimento e desenvolvimento celular.

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É responsável não só pela forma e rigidez da célula, mas também pela restrição da expansão do protoplasto,
pela defesa contra bactérias e fungos e por impedir a ruptura da membrana pela entrada de H2O no interior
da célula. A parede celular é formada durante a telófase, fase final da mitose, momento no qual os grupos
de cromossomos iniciam a separação e migração para as regiões polares. Nesse momento, nota-se a
formação de um fuso de aspecto fibroso, o fragmoplasto entre os grupos de cromossomos. O fragmoplasto,
na linha mediana, inicia a formação da placa celular. Essa etapa é considerada a primeira evidência da parede
celular que se inicia como um disco suspenso no fragmoplasto.
Divisão celular. Formação da parede celular na região equatorial da célula vegetal.

São os dictiossomos e retículo endoplasmático os responsáveis pela liberação das vesículas que formam a
placa celular que se estende lateralmente até fundir-se com a parede da célula mãe. Depois de formada a
parede celular, o protoplasma libera o material para formação da lamela média que irá unir células
adjacentes.
Formada externamente à membrana plasmática, a parede celular apresenta-se como primária e secundária.
As primeiras camadas formam a parede primária e as camadas depositadas posteriormente, conforme ocorre
o desenvolvimento celular, formam a parede secundária que fica localizada internamente à parede primária
e externamente à membrana plasmática, ficando assim entre a membrana e parede primária.
As células com paredes secundárias, geralmente, são células mortas. A lignina é um componente frequente
nas paredes secundárias de tecidos como o xilema e o esclerênquima. O incremento de lignina na parede
celular leva a lignificação da parede e aumenta sua resistência.
Entre as paredes primárias de duas células vizinhas encontra-se a lamela média e tem como função preencher
espaços entre as células e funciona como uma espécie de cimento que irá unir células vizinhas. Fazendo a
conexão entre células vizinhas encontram-se os plasmodesmos, estes são formados por pequenos
canalículos e pelas projeções do retículo endoplasmático liso.

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Parede celular primária e secundária e a presença dos plasmodesmos.

Os plasmodesmos atravessam a parede primária e a lamela média de células adjacentes permitindo a


intercomunicação celular.
O vacúolo é uma estrutura característica da célula vegetal representando, muitas vezes, cerca de 90% do
espaço intracelular. É delimitado por uma membrana simples denominada tonoplasto. Contendo em seu
interior água e diversas substâncias orgânicas e inorgânicas, muitas das quais estão dissolvidas, constituindo
o chamado suco vacuolar. Devido à composição das substâncias existentes no interior do vacúolo (açúcares,
ácidos orgânicos, proteínas, sais e pigmentos) seu pH geralmente é ácido.
Osmoticamente ativo, o principal papel que o vacúolo desempenha é a osmorregulação, participa da
manutenção do pH da célula, é responsável pela autofagia (digestão de outros componentes celulares) e
também pode ser compartimento de armazenagem dinâmico, no qual íons, proteínas e outros metabólitos
são acumulados e mobilizados posteriormente.
Plastídios - Os estudos de filogenia dos eucariontes revelam que as mitocôndrias e os plastídios parecem ser
remanescentes de organismos que estabeleceram relações simbióticas com os ancestrais dos eucariontes
atuais. Estes estudos demonstram que os plastídios são organelas derivadas de cianobactérias, podem se
autoduplicar e possuem genoma próprio. Os plastídios são classificados de acordo com a presença ou
ausência de pigmento, ou com o tipo de substância acumulada, sendo encontrados três grandes grupos de
plastídios: cloroplastos, cromoplastos e leucoplastos.

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Proplastídio e formação os plastídios.

Os cromoplastos são plastídios portadores de pigmentos carotenóides e usualmente não apresentam


clorofila ou outros componentes da fotossíntese, sendo encontrados usualmente nas células de pétalas e em
outras partes coloridas de flores. Já os leucoplastos são tipos de plastídios que não possuem pigmentos e
podem armazenar várias substâncias. Os que armazenam amido são chamados de amiloplastos e são comuns
em órgãos de reserva com as raízes, caules e sementes. Um bom exemplo são os tubérculos de batata inglesa
(Solanum tuberosum – Solanaceae). O estioplasto é um tipo de plastídio que se desenvolve no escuro e é
considerado um cloroplasto em fase de diferenciação. Isso por que na presença da luz se converte
rapidamente em cloroplasto.
Os cloroplastos são organelas celulares que contém como pigmento principal a clorofila, estando também
presentes os pigmentos carotenóides, ambos associados à fotossíntese. São encontrados em todas as partes
verdes da planta, sendo mais numerosos e diferenciados nas folhas. No sistema de tilacóides do cloroplasto
de plantas superiores distinguem-se pilhas de tilacóides em forma de discos chamados de grânulo e os
tilacóides de estroma, os quais conectam os grânulos (grana) entre si.

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MERISTEMAS
As plantas não param de crescer. A explicação para esse fenômeno é que as células vegetais podem sofrer
muitas divisões sucessivas e um grupo especial de células, denominadas meristemas são as responsáveis por
esta característica dos vegetais.
As células meristemáticas apresentam capacidade de sofrer divisões sucessivas e por isso podem originar um
ou vários tecidos diferentes. Dependendo de sua capacidade em originar os tecidos vegetais, as células
meristemáticas são classificadas como unipotentes (originam apenas um tipo de célula), multipotentes
(originam vários tipos diferentes de células) , pluripotentes (originam todos os tipos de célula) e totipotentes
(capazes de originar um organismo inteiro).
Os meristemas são responsáveis pela formação dos diversos tecidos que formam o corpo da planta e são
divididos em meristemas primários ou apicais e meristemas secundários ou laterais.
Os meristemas primários são responsáveis pelo crescimento em comprimento e são representados pela
protoderme, pelo procâmbio e pelo meristema fundamental.
Os meristemas secundários são responsáveis pelo crescimento em espessura e são representados pelo
câmbio e pelo felogênio.
As células meristemáticas são responsáveis pela origem dos diversos tipos celulares que formam o corpo da
planta. Caracterizam-se por serem pequenas, isodiamétricas, possuírem parede celular primária delgada,
muitos pequenos vacúolos, proplastídios e redução de algumas organelas.
Meristemas apicais da raiz e do caule.

O crescimento da planta pode ser primário ou secundário. O primário é determinado pelos meristemas
localizados nas pontas do caule e da raiz e o secundário pelos meristemas laterais: felogênio e câmbio.

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EPIDERME
A epiderme é o tecido mais externo dos órgãos vegetais em estrutura primária (crescimento em
comprimento), sendo substituída pela periderme em órgãos com crescimento secundário (crescimento em
espessura).
Tem origem nos meristemas apicais, mais precisamente na protoderme. Geralmente é composta por uma
única camada de células vivas, vacuoladas, perfeitamente justapostas e sem espaços intercelulares. Sua
principal função é de revestimento, podendo desempenhar várias outras funções, como proteção contra
choques mecânicos e a invasão de agentes patogênicos (defesa), além de restringir a perda de água.
Pode, ainda, realizar trocas gasosas através dos estômatos, absorver água e sais minerais por meio de
estruturas especializadas, como os pêlos radiculares, proteger a planta contra a radiação solar devido à
presença de cutícula espessa e presença de tricomas.
A característica mais importante da parede das células epidérmicas das partes aéreas da planta é a presença
da cutina. A cutina é uma substância de natureza lipídica, que pode aparecer tanto como incrustação entre
as fibrilas de celulose, como depositada externamente sobre a parede, formando a cutícula.
O processo de incrustação de cutina na matriz da parede é denominado cutinização e à deposição de cutina
sobre as paredes periclinais externas, dá-se o nome de cuticularização. A cutícula ajuda a restringir a
transpiração; por ser brilhante ajuda a refletir o excesso de radiação solar e por ser uma substância que não
é digerida pelos seres vivos, atua também como uma camada protetora contra a ação dos fungos e bactérias.
A formação da cutícula começa nos estádios iniciais de crescimento dos órgãos. Acredita-se que a cutina é o
resultado da polimerização de certos ácidos graxos produzidos no reticulo endoplasmático das células
epidérmicas e depositada externamente através de poros existentes na parede celular.

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A epiderme pode apresentar vários tipos de células exercendo diferentes funções, constituindo um tecido
complexo, como as células-guarda dos estômatos (únicas células epidérmicas que sempre apresentam
cloroplastos). Entre os diversos tipos de células epidérmicas merecem destaque os estômatos.
O termo estômato é utilizado para indicar uma abertura, o ostíolo, delimitado por duas células epidérmicas
especializadas, as células-guarda. A abertura e o fechamento do ostíolo são determinados por mudanças no
formato das células-guarda, causadas pela variação do turgor dessas células. Muitas espécies podem
apresentar ainda duas ou mais células associadas às células-guarda, que são conhecidas como células
subsidiárias. Estas células podem ser morfologicamente semelhantes às demais células epidérmicas, ou
apresentarem diferenças na morfologia e no conteúdo.
Secção da folha evidenciando epiderme.

Visão geral do estômato.

O estômato, juntamente com as células subsidiárias, forma o aparelho estomático ou complexo estomático.
Em secção transversal, podemos ver sob o estômato uma câmara subestomática, que se conecta com os
espaços intercelulares do mesofilo.
Os estômatos desempenham uma importante função, são responsáveis pelas trocas gasosas de CO2, O2 e
H2O com a atmosfera. Durante a respiração celular, absorvem O2 e eliminam CO2, durante a fotossíntese,
absorvem CO2 e eliminam O2 e na transpiração eliminam H2O.

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As células-guarda, ao contrário das demais células epidérmicas, são clorofiladas e geralmente têm o formato
reniforme, quando em vista frontal e são comuns nas eudicotiledônea. As paredes dessas células apresentam
espessamento desigual: as paredes voltadas para o ostíolo são mais espessas e as paredes opostas são mais
finas.
O tipo, número e posição dos estômatos são bastante variados. Quanto à sua posição na epiderme, os
estômatos podem se situar acima, abaixo ou no mesmo nível das demais células epidérmicas, em criptas
estomáticas ou mesmo em protuberâncias. A sua frequência também é variável, mas geralmente são mais
numerosos nas folhas. No entanto, este número também varia nas duas superfícies foliar, bem como, em
diferentes folhas de uma mesma planta ou nas diferentes regiões da mesma folha.
A posição dos estômatos nas folhas, geralmente, está relacionada às condições ambientais. Nas folhas
flutuantes das plantas aquáticas, os estômatos são encontrados apenas na face superior da folha, enquanto
que, nas plantas de ambientes xéricos (secos), os estômatos podem aparecer na face inferior da folha,
escondidos em criptas estomáticas ou não, numa tentativa de reduzir a perda de água na forma de vapor,
quando estes se abrem.
Quanto à distribuição dos estômatos, as folhas podem ser classificadas em: anfiestomáticas, quando os
estômatos estão presentes nas duas faces da folha; hipoestomáticas, com os estômatos apenas na face
inferior da folha e epiestomáticas, com os estômatos presentes apenas na face superior.
Os tricomas, tipos especiais de células epidérmicas, são altamente variados em estrutura e função e que
podem ser classificados em: tectores, secretores e peltados. Os tricomas tectores não produzem nenhum
tipo de secreção e acredita-se que possam, entre outras funções, reduzir a perda de água por transpiração
das plantas que vivem em ambientes xéricos (secos), auxiliar na defesa contra insetos predadores e diminuir
a incidência luminosa. Os tricomas secretores podem apresentar funções variadas, dentre elas: produção de
substâncias irritantes ou repelentes para afastar os predadores; substâncias viscosas para prender os insetos
(como nas plantas insetívoras) e substâncias aromáticas para atrair polinizadores. Os tricomas peltados
(escamas) estão relacionados com a absorção de água da atmosfera.
Tricomas tectores e glandulares

Pelos radiculares são projeções das células epidérmicas, que se formam inicialmente como pequenas papilas
na epiderme da zona de absorção de raízes jovens das plantas. Estes são vacuolados e apresentam paredes
delgadas, recobertas por uma fina cutícula e estão relacionados com absorção de água do solo. Estes também
são conhecidos como pelos absorventes.

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SÚBER OU CORTIÇA
Súber ou cortiça é um tecido formado por células mortas, caracterizadas pela suberificação de suas paredes
celulares; geralmente apresenta formas prismáticas. Com frequência, o lúmen celular está cheio de ar. As
células são justapostas, sem deixar espaços intercelulares. A suberificação consiste na deposição de suberina
(gordura) sobre a membrana primária, geralmente formando várias camadas.
O súber é um tecido de proteção adulto e secundário, que substitui a epiderme no caule e na raiz. Protege
contra ferimentos, perda de água por transpiração e funciona também como um eficiente isolante térmico
(altas temperatura e fogo) para as plantas. No súber, com frequência, encontramos as lenticelas, que formam
saliências macroscópicas. Esses espaços intercelulares se abrem para o meio externo, permitindo trocas
gasosas, que ocorrem sem controle vegetal, uma vez que esses poros não são reguláveis.

PARÊNQUIMA, COLÊNQUIMA E ESCLERÊNQUIMA


O parênquima, o colênquima e o esclerênquima são tecidos simples, presentes no corpo primário da planta,
pertencentes ao sistema fundamental e são originados a partir do meristema fundamental.

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O parênquima é constituído de células vivas, considerado um tecido potencialmente meristemático,
conserva a capacidade de divisão celular. Geralmente suas células possuem apenas paredes primárias
delgadas, com grandes vacúolos e espaços intercelulares característicos. Esse tecido está distribuído em
quase todos os órgãos da planta, apresentando funções essenciais como: fotossíntese, reserva, transporte,
secreção e excreção. Comumente o parênquima se especializa para determinada função, podendo-se
distinguir três tipos básicos de parênquima: de preenchimento, clorofiliano e de reserva.
Dependendo da posição no corpo do vegetal e do conteúdo apresentado por suas células, os principais tipos
de parênquima são: fundamental, clorofiliano, reserva, aquífero e aerênquima.
Fundamental ou de Preenchimento: encontrado no córtex e na medula do caule e no córtex da raiz.
Apresenta células aproximadamente isodiamétricas, vacuoladas, com pequenos espaços intercelulares.
Clorofiliano: ocorre nos órgãos aéreos dos vegetais, principalmente nas folhas. O tecido está envolvido com
a fotossíntese, convertendo energia luminosa em energia química, armazenando-a sob a forma de
carboidratos. Os dois tipos de parênquimas clorofilianos mais comuns encontrados no mesofilo são: o
parênquima clorofiliano paliçádico, cujas células cilíndricas se apresentam dispostas perpendicularmente à
epiderme e o parênquima clorofiliano esponjoso, cujas células, de formato irregular, se dispõem de maneira
a deixar numerosos espaços intercelulares.
Desenho esquemático de um corte transversal de uma folha

Reserva: o parênquima pode atuar como tecido de reserva, armazenando amido, proteínas, óleos e outras
substâncias resultantes do metabolismo celular. São bons exemplos de parênquimas de reserva, o
parênquima cortical e medular dos órgãos tuberosos e o endosperma das sementes.
Aerênquima: as angiospermas aquáticas e aquelas que vivem em solos encharcados desenvolvem
parênquima com grandes espaços intercelulares, o aerênquima, que pode ser encontrado no mesofilo,
pecíolo, caule e nas raízes dessas plantas. O aerênquima promove a aeração nas plantas aquáticas, além de
conferir-lhes leveza para a sua flutuação.

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Aerênquima da região cortical da raiz.

Aquífero: as plantas suculentas de regiões áridas, como certas cactáceas, euforbiáceas e bromeliáceas
possuem células parenquimáticas que acumulam grandes quantidades de água em seus parênquimas
aquíferos. Neste caso, as células parenquimáticas são grandes e apresentam grandes vacúolos contendo água
e seu citoplasma aparece como uma fina camada próxima à membrana plasmática.
O colênquima, assim como o parênquima, é constituído de células vivas e é capaz de retornar à atividade
meristemática. Possui parede primária com espessamento irregular, com campos primários de pontuação.
Possui função de sustentação em regiões onde o crescimento é primário ou que estão sujeitas a movimentos
constantes. Pode ser classificado de acordo com o tipo de espessamento da parede celular, podendo ser:
angular; lamelar, lacunar e anelar. Às vezes o colênquima pode sofrer espessamento mais acentuado e
lignificar-se, sendo convertido em esclerênquima.

Colênquima angular Colênquima lamelar

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Colênquima lacunar. Espaço intercelular (setas) Colênquima anelar

O esclerênquima é um tecido de sustentação, normalmente possui células mortas com parede secundária
espessa, uniforme e com deposição de lignina, o que lhe fornece um revestimento estável, evitando ataques
químicos, físicos ou biológicos. É encontrado em vários órgãos, fornecendo proteção e sustentação. Há
basicamente dois tipos celulares no esclerênquima: as fibras e as esclereides.
As fibras são células longas e largas, com paredes secundárias espessas e lignificadas, suas extremidades são
afiladas e possuem a função de sustentar partes do vegetal que param de crescer em comprimento. Já as
esclereides são células isoladas ou em grupos esparsos, distribuídas por todo o sistema fundamental da
planta. Possuem paredes secundárias espessas, muito lignificadas, com numerosas pontuações simples. Há
vários tipos de esclereides: braquiesclereídes ou células pétreas (polpa da pêra), macroesclereídes (sementes
das leguminosas - feijão), osteoesclereídes (semente das leguminosas), astroesclereides (folhas de
Nymphaea SP - lírio d'água) e tricoesclereídes (folhas da oliveira e de bananeira).

Braquioesclereídes Macroesclereídes Osteoesclereídes Astroesclereídes

ESTRUTURAS SECRETORAS
Muitos dos metabólitos que resultam das diversas atividades celulares ficam depositados em células
especiais, denominadas idioblastos excretores, ou serem liberadas para o meio externo através dos tricomas
secretores. O material secretado, denominado exsudato, apresenta uma composição química bastante
variável (água, mucilagem, goma, proteínas, óleo, resinas, látex e néctar). De um modo geral, as células
secretoras se caracterizam por apresentarem paredes primárias delgadas, núcleo desenvolvido, citoplasma
ativo, com organelas envolvidas na síntese protéica, muitos vacúolos diminutos, muitos plasmodesmos e
mitocôndrias em grande quantidade para garantir o suprimento energético utilizado nas diversas atividades
de síntese. São exemplos de estruturas secretoras: nectários, glândulas digestivas, glândulas de sal,
hidropódios, tricomas urticantes, laticíferos, hidatódios.

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Os tricomas urticantes são bons exemplos de estruturas secretoras e funcionam como defesa das plantas
contra a herbivoria. O tricoma consiste de uma única célula vesiculosa na base e gradualmente afilada em
direção ao ápice, cuja região intermediária entre a base e o ápice lembra um tubo capilar fino. Quando este
tricoma é tocado, o ápice rompe-se ao longo de uma linha determinada e o líquido que está no interior do
tricoma é introduzido no corpo do animal.
Outro exemplo são os nectários presentes em órgãos vegetativos (raiz, caule e folha) e reprodutivos (flor,
fruto e semente) das plantas. Apresentam diversas funções, entre elas atrair agentes polinizadores, no caso
das flores. Os nectários produzem, principalmente, sacarose, glicose e frutose que servem de recompensa
para os agentes polinizadores. Basta observar os insetos e aves que visitam as flores em busca de alimento e
acabam por atuar na primeira etapa da reprodução das angiospermas, a polinização. Quanto à posição, o
nectário pode ser classificado em extrafloral, quando ocorrem em folhas, caules e pecíolos e floral, quando
restritos à flor.

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Nectários florais e extraflorais

SISTEMA VASCULAR
Uma das principais mudanças na estrutura do corpo das plantas para conquista do ambiente terrestre foi o
desenvolvimento de um sistema vascular capaz de transportar água, sais minerais e nutrientes e os
compostos orgânicos produzidos durante o processo de fotossíntese.
Repor eficientemente a água perdida pela transpiração é uma adaptação fundamental e pode restringir o
porte da planta e o habitat ocupado. As primeiras plantas a apresentarem esse sistema, foram as pteridófitas
(plantas vasculares mais simples), que se tornou mais complexo nas gimnospermas e finalmente nas
angiospermas. As briófitas por não possuírem esse tipo de sistema são chamadas plantas avasculares e, como
conseqüência, têm pequeno porte e estão restritas a ambientes terrestres úmidos no interior de florestas.
Formado pelo xilema e floema, o sistema condutor origina-se do procâmbio (xilema e floema primários) e do
câmbio (xilema e floema secundários).
Elementos traqueais do xilema e do floema

O xilema é o tecido responsável pelo transporte de água e solutos das raízes para as folhas e copa.
Responsável, também, pelo armazenamento de nutrientes e suporte mecânico. Esse sistema pode
apresentar-se como primário (originado do procâmbio), ou secundário (formado a partir do câmbio). Sendo,
portanto, um tecido complexo e formado por elementos traqueais, células parenquimáticas e fibras. Há dois

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tipos básicos de elementos traqueais: as traqueídes, mais encontradas em gimnospermas; e os elementos
de vaso, dotados de placas de perfuração e mais frequentes em angiospermas.
Tanto as traqueídes como os elementos de vaso perdem seus protoplasmas, tornando-se aptos para o
transporte de água e sais minerais. A deposição de parede secundária pode variar de acordo com o
desenvolvimento do sistema vascular da planta.
Terminados os processos de diferenciação, síntese e deposição de material de parede, lignificação da parede
depositada, lise do citoplasma e formação das placas de perfuração, a célula torna-se funcional em condução.
A placa de perfuração está presente nos elementos de vaso e ausente nas traqueídes. Os elementos de vaso
são característicos das angiospermas e é considerado um avanço evolutivo. Já as traqueídes são células
características das gimnospermas.
Traqueídes e elementos de vaso

Traqueídes (gimnospermas) Elementos de vaso (angiospermas)


Floema
O floema é o principal tecido responsável pela condução de materiais orgânicos, em solução, nas plantas
vasculares. Realiza o movimento entre os órgãos produtores (folhas) e os consumidores e de reserva. Esse
tecido pode apresentar-se como primário (originado do procâmbio), ou secundário (formado a partir do
câmbio). Sendo, portanto, um tecido complexo formado por elementos crivados, células parenquimáticas,
células especializadas (células companheiras, de transferência e albuminosas), fibras e esclereides.

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Os elementos crivados são as células mais especializadas do floema. Essas células são vivas e caracterizam-
se, principalmente, pela presença das áreas crivadas, que são poros modificados, nas suas paredes e pela
ausência de núcleo nas células maduras. Os elementos crivados do floema podem ser de dois tipos: células
crivadas e elementos de tubo crivado.
Células condutoras do floema

As células crivadas, consideradas mais primitivas ou mais simples, presentes no floema das pteridófitas e das
gimnospermas são células alongadas e apresentam áreas crivadas, com poros pouco desenvolvidos, nas suas
paredes laterais e terminais. Os elementos de tubo crivado presentes no floema das angiospermas são células
mais curtas e apresentam um maior grau de especialização do que o observado nas células crivadas.
As células companheiras estão associadas ao elemento de tubo crivado por várias conexões citoplasmáticas
e mantêm-se vivas durante todo o período funcional do elemento de tubo crivado. Acredita-se que elas têm
importante papel na distribuição dos assimilados do elemento de tubo crivado, além de comandar as
atividades destes por meio da transferência de moléculas informais e ou outras substâncias. As células
companheiras estão ligadas diretamente à formação de calose em células de elementos de tubo crivado. A
calose pode funcionar com uma defesa e reparar danos causados por injurias e evitar a perda de substâncias
do floema.

A caracterização detalhada dos tecidos animais será apresentada de modo integrado com a anatomia e
fisiologia animal e humana comparadas ao longo da UNIDADE 4 do curso de BIOLOGIA.

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AULA 14 - NOÇÕES DE ENGENHARIA GENÉTICA
A tecnologia do DNA-recombinante revolucionou o estudo da célula, possibilitando aos pesquisadores
selecionarem qualquer gene entre milhares de genes em uma célula, a fim de determinar a estrutura
molecular exata do gene. Um elemento crucial nesta tecnologia é a habilidade de cortar uma grande
molécula de DNA em um conjunto específico e reproduzível de fragmentos de DNA usando nucleases de
restrição, cada uma das quais corta a fita dupla de DNA somente em uma determinada seqüência de
nucleotídeos. Fragmentos de DNA podem ser separados uns dos outros com base no tamanho, usando
eletroforese em gel. Técnicas estão agora disponíveis para determinar a seqüência de nucleotídeos de
qualquer fragmento isolado de DNA. A seqüência nucleotídica completa do genoma de diversos organismos
unicelulares (incluindo diversas bactérias e uma levedura) é conhecida atualmente.
Aquelas de organismos mais complexos (o verme nematóideo, Drosophila, diversas plantas e mesmo
humanos) estão previstas para a próxima década. A hibridização de ácidos nucléicos pode detectar qualquer
seqüência de DNA ou RNA em uma mistura de fragmentos de ácidas nucléicos. Esta técnica baseia-se no fato
que uma fita simples de DNA ou RNA formará uma hélice dupla somente com outra fita de ácido nucléico da
seqüência de nucleotídeos complementares. Os DNAs de fita simples de seqüência conhecida e marcados
com corantes fluorescentes ou radioisótopos são usados como sondas nas reações de hibridização. Veja o
esquema:

Hibridização de ácidos nucléicos pode ser usada para detectar a localização precisa de genes nos
cromossomos ou RNAs nas células e tecidos. As fitas de DNA de qualquer sequência desejada de até 120
nucleotídeos pode ser produzida pela síntese (não enzimática) química no laboratório. As técnicas de
clonagem de DNA permitem que uma sequência de DNA seja selecionada a partir de milhões de outras
sequências e produzidas em quantidades ilimitadas na forma pura.

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Os fragmentos de DNA podem ser ligados in vitro usando DNA-Iigase para formar moléculas de DNA-
recombinante não encontradas na natureza. A primeira etapa em um procedimento típico de clonagem é
inserir o fragmento de DNA a ser clonado em uma molécula de DNA capaz de replicação, tal como um
plasmídio ou genoma viral.
Esta molécula de DNA-recombinante é, então, introduzida em uma célula hospedeira que se está dividindo
rapidamente, normalmente usando uma bactéria, para que o DNA seja replicado em cada divisão celular.
Uma coleção de fragmentos clonados de DNA cromossomal (DNAc) representando o genoma completo de
um organismo é conhecida como uma biblioteca genômica. A biblioteca é freqüentemente mantida como
clones de bactérias, cada clone carregando um fragmento distinto de DNA. Bibliotecas de DNAc contêm
cópias de DNA clonado do RNAm total de um determinado tipo de célula ou tecido. Diferentemente dos
clones de DNA genômico, DNAc adicionados contêm somente seqüências codificantes de proteínas; eles não
possuem íntrons, seqüências regulatórias de genes, e promotores. Eles são então mais adequados para o uso
quando o gene adicionado deve ser expressado para produzir uma proteína.
A reação em cadeia da polimerase (PCR) é uma forma de amplificação de DNA que é executada in vitro
usando uma DNA-polimerase purificada. A PCR requer um conhecimento prévio da seqüência a ser
amplificada, uma vez que dois oligonucleotídeos sintéticos iniciadores que delimitam a parte do DNA a ser
replicada devem ser sintetizados. Genes clonados podem ser inseridos permanentemente no genoma de
uma célula ou organismo por meio de técnicas de engenharia genética. O DNA clonado pode ser alterado in
vitro para criar genes mutantes os quais podem então ser reinseridos na célula ou em um organismo para
estudar a função do gene. A engenharia genética tem conseqüências de longo alcance. Bactérias, leveduras
e células de mamíferos podem ser modificadas para sintetizar, em grandes quantidades, uma determinada
proteína a partir de qualquer organismo, tornando possível estas proteínas raras ou difíceis de serem
isoladas. Veja abaixo:
MELHORAMENTO GENÉTICO E SELEÇÃO ARTIFICIAL
É um engano comum achar que as práticas de melhoramento genético somente começaram a partir das
descobertas mais recentes da Biologia Molecular. De fato, essas práticas são realizadas há muito tempo,
mesmo antes dos avanços no campo molecular.
Bons exemplos de melhoramento genético são encontrados no ramo da agricultura e da pecuária, nas quais
são cruzadas e posteriormente selecionadas as espécies com características de interesse, cujo resultado é a
melhora na produtividade – gado leiteiro e de corte mais produtivos, grãos com mais valor nutritivo. Para
garantir ao longo das gerações a manutenção das características de interesse recorre-se a reprodução
assexuada, como a propagação vegetativa, responsável pela criação de clones a partir de uma planta-mãe,
evitando-se desse modo a variabilidade genética decorrente da reprodução sexuada.
Biotecnologia e engenharia genética
A biotecnologia consiste na realização de um conjunto de técnicas que utilizam organismos vivos ou partes
deles (células e moléculas) para a geração de produtos ou processos de utilização específicas. Apesar de esse
termo ter ganhado notoriedade pública há apenas nos últimos séculos, pela definição essas técnicas têm sido
praticadas pelo homem há milhares de anos, caso do uso de microrganismos fermentadores na produção de
pães, iogurtes e vinhos; grãos e carne para alimentação; fibras vegetais para fabricação de roupas, dentre
outros, todos produtos comercializáveis. A engenharia genética ou tecnologia do DNA recombinante é uma
vertente mais moderna (século XX) da biotecnologia, resultado dos avanços no estudo das estruturas do
material genético (DNA): como o seu mecanismo de replicação e participação na produção de proteínas.

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Contudo, graças a técnicas de manipulação in vitro do DNA, é possível modificar geneticamente organismos
vivos criando inúmeras combinações entres genes de organismos diferentes, bem como selecioná-los em
busca de produtos úteis aos interesses humanos.
Graças ainda a técnicas de engenharia genética, um organismo alvo é modificado a partir da introdução de
genes exógenos – que não existem neles –, dotados de uma função conhecida – informação para síntese de
determinada proteína de interesse –, que passa a existir no corpo do organismo receptor e a produzir essa
substância em grande quantidade até, se necessário.
Para aumentar a produção de proteínas de interesse de plantas e animais por exemplo, muitas vezes são
utilizados microrganismos – leveduras e bactérias –, denominados recombinantes - com características que
permitem o cultivo mais propicio e a rápida multiplicação desses microrganismos, permitindo a produção em
larga escala de substâncias que primariamente eram produzidas em pequena quantidade. São exemplos das
aplicações da engenharia genética:

MANIPULAÇÃO GENÉTICA
Antes de tratar dos conceitos e aplicações próprios da engenharia genética, observe este esquema. Ele
representa o mecanismo natural de reparação de genes defeituosos na molécula de DNA. A engenharia
genética vale-se da atuação dessas enzimas para realizar seus feitos.

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Para compreender como se dá a manipulação dos genes, é necessário conhecer antes os agentes envolvidos
em cada etapa, como as enzimas de restrição, também chamadas de endonucleases de restrição. São
enzimas produzidas regularmente por bactérias cujo papel é garantir a integridade da molécula de DNA, uma
vez que permitem o conserto de erros de pareamento, e também degradam DNA virais invasores. Por
cortarem a molécula de DNA sempre em pontos específicos, produzem fragmentos dela, que podem se ligar
a outras pontas de moléculas de DNA também cortadas pela mesma enzima.
Uma das primeiras enzimas de restrição a ser isoladas foi a Eco Ri, produzida pela bactéria Escherichia coli.
Com a descoberta dessas enzimas, os pesquisadores puderam manipular o DNA com extrema precisão, o que
provocou uma verdadeira revolução na biologia molecular, uma vez que permitiu a montagem de moléculas
de DNA recombinante.

No DNA, ocorre repetição de sítios-alvos ao longo da molécula, assim ela pode ser cortada em vários frag-
mentos de tamanhos diferentes, dependendo da quantidade de sítios.
A TÉCNICA DO PCR
Trata-se de uma reação em cadeia da polimerase (do inglês, polymerase chain reaction), que é utilizada para
multiplicar em milhares de cópias um único pedaço de DNA. Essa técnica pode ser realizada em tubos de
ensaio e vem se revelando mais vantajosa que a do DNA recombinante, uma vez que não necessita da
produção de um plasmídeo recombinante, tampouco de bactérias para clonar os fragmentos de DNA.
Se uma molécula de DNA, originada de uma célula humana, for submetida a altas temperaturas (cerca de 90
°C) ou a pHs extremos, desfazem-se as pontes de hidrogênio que unem suas fitas, processo esse conhecido
como desnaturação. Separadas as fitas, ocorre a produção de novas moléculas de DNA, o que aumenta a
quantidade de amostra. Se essas fitas forem alocadas em ambiente com a temperatura regular do organismo
humano, ou em pH regular da célula, elas tendem a se unir novamente, ocorre, portanto, uma renaturação,
também conhecida por hibridização. Para que ocorra hibridização, é necessário que as duas fitas sejam
dotadas de sequências complementares de bases que permitam o pareamento.

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A partir dessa técnica é possível obter de um pequeno fragmento de DNA uma amostra, suficiente para
análise, por exemplo.

ELETROFORESE EM GEL E SEPARAÇÃO DOS FRAGMENTOS DE DNA


Os fragmentos de DNA formados com a ação das enzimas de restrição e, se necessário, multiplicados pela
PCR, possuem diferentes tamanhos, o que torna possível separá-los e análisá-los individualmente mediante
uma técnica denominada eletroforese em gel. Cada amostra (contendo fragmentos de moléculas de DNA) é
colocada sobre um gel de agarose (do àgar, de algas vermelhas), em pequenos espaços retangulares, uma ao
lado da outra. É sabido que a molécula de DNA é dotada dei carga elétrica negativa e, portanto, ao ser
submetida a um campo elétrico, migrará em direção ao eletrodo positivo.

Para que seja possível visualizar os fragmentos, eles são tratados com um corante – brometo de etidio –, que
possui afinidade pelo DNA e fluoresce, tornando-se visível quando em contato com a luz ultravioleta, sob a
qual fotografa-se o gel para posterior análise. A partir da medição da distância entre as bandas, é possível
calcular o peso molecular e o tamanho dos fragmentos bem como localizar as bandas que compõem o DNA.

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Outra maneira de se visualizar as bandas de DNA é a autorradiografia. No início do processo, os fragmentos
de DNA são marcados com radioisótopo p32 ou com um corante luminescente. Ao final, esse material
sensibiliza um filme fotográfico colocado sobre o gel. Revelado, visualiza-se a posição das bandas.
Para visualizar os fragmentos de DNA separados, cora-se o material com brometo de etídio, que fluoresce
sob luz ultravioleta, revelando as bandas de DNA.
CLONAGEM DE GENES
Trata-se de um método mais complexo de isolamento e amplificação de DNA que a PCR, mas bastante útil
em certas situações. Compreende a utilização de endonucleases de restrição, criação de mapas de restrição
e utilização de vetores para a recombinação e clonagem do gene em estudo. Em etapas: as endonucleases
de restrição fazem a clivagem da molécula do DNA em sequências específicas da molécula, em geral GAATTC
e CTTAAG. As endonucleases de restrição são batizadas com o nome do microrganismo do qual foram
isoladas, com a sequência de descoberta indicada Por exemplo: TaqI, Termus aquaticus; HaeIII, Haemofilus
aegiptius etc.

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DNA RECOMBINANTE
Compreende a união do fragmento de DNA (organismo doador) a uma molécula maior (organismo receptor),
mediante a endonuclease de restrição e a DNA liga-se. A clivagem do DNA com a mesma enzima de restrição
cria extremidades complementares e adesivas, que são unidas pela ação da DNA liga-se. Dessa forma, um
fragmento de DNA pode ser inserido em uma molécula maior, que passa a ser recombinante. Determinado
gene do genoma humano pode ser inserido no genoma de uma bactéria, por exemplo, e ser amplificado ou
mesmo transcrito várias vezes.
Vetores
O vetor, um transportador, é uma molécula de DNA à qual o fragmento de DNA a ser clonado está ligado.
Plasmídeos e vírus de animais são os principais vetores utilizados. Os plasmídeos são mais utilizados para a
clonagem de pequenos fragmentos de DNA; obtidos a partir de células bacterianas. São facilmente
reintroduzidos nessas células e têm autonomia de replicação. O pBR322, plasmídeo amplamente utilizado,
possui os genes de resistência aos antibióticos tetraciclina e ampicilina. Alguns tipos de vírus, como o
bacteriófago l, por exemplo, são utilizados na clonagem de fragmentos maiores de DNA. Os cosmídeos são
estruturas híbridas cujas características do bacteriófago estão associadas aos plasmídeos e são utilizadas para
a clonagem de maiores segmentos de DNA.

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São exemplos de vetores:
Mais usados nos testes de terapia gênica. Inserem o DNA curativo diretamente no
Retrovírus cromossomo, onde ele funciona melhor, mas sob o risco de que possa danificar outros
genes.
Transportam muitos “passageiros”, o que aumenta a possibilidade de êxito. No entanto,
Adenovírus como deixam o material em qualquer lugar da célula, os novos genes nem sempre
trabalham bem.
São esferas de gorduras feitas em laboratórios que não causam doença, preocupação
Lipossomos constante ao se tratar de microrganismos. As cópias produzidas não invadem as células
com eficiência satisfatória.
DNA circular com uma série de genes originados em bactérias, que entram nas células
Plasmídeos
sem causar dano. No entanto, têm capacidade de transporte bastante reduzida.

Uma satisfatória proliferação de bactérias portadoras do DNA recombinante pressupõe que elas sejam
inseridas em meio nutritivo seletivo, a fim de que apenas as portadoras do DNA recombinante cresçaem e
formem colônias. Depois de muitas gerações de bactérias, os plasmídeos são retirados e os fragmentos de
DNA clonados são isolados. Outra possibilidade é retirar apenas os produtos de expressão do fragmento de
DNA clonado, um hormônio, por exemplo, como a insulina ou o hormônio do crescimento humano, bem
como uma proteína que, isolada, poderá servir para a confecção de uma vacina.

TERAPIA GÊNICA
Se trata da utilização genes normais que substituiriam genes alterados causadores de diversas doenças
humanas, que possuem caráter gênico. Esse material genético será introduzido (por um vetor) no indivíduo
afetado, com o objetivo de corrigir uma informação que está errada ou ausente no DNA desse indivíduo,
atenuando os sintomas ou ainda o curando. Observe neste esquema como se dá essa terapia.

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TRANSGÊNICOS OU OGM - Os transgênicos são organismos geneticamente modificados. Alvos de muita
polêmica, são, no entanto, amplamente utilizados hoje em dia, como a soja e o milho.

BIBLIOTECAS DE DNA OU GENETECAS


Caracteriza-se por uma coleção de fragmentos de DNA obtidos pela ação das endonucleases de restrição,
ligados aos vetores apropriados e clonados. Se a biblioteca incluir a totalidade do genoma de uma célula ou
organismo, diz-se tratar-se de uma “biblioteca genômica”. Se a biblioteca incluir apenas moldes de DNAc
(complementares), obtidos pela ação de uma transcriptase reversa, essa é uma “biblioteca de DNA
complementar”. A detecção de determinado segmento de DNA em uma biblioteca genômica é feita
mediante sondas de DNA –sequências de fita única de DNA que hibridizam – pareiam – com a sequência de
interesse, destacando-as do restante da biblioteca. Essas sondas podem ser marcadas com um isótopo
radioativo, um anticorpo, uma substância fluorescente ou outro método de detecção. A utilização conjunta
dessas sondas e de enzimas de restrição permitiram o desenvolvimento de técnicas de detecção de DNA
bastante precisas.
PROJETO GENOMA - O Projeto Genoma Humano é um empreendimento internacional, iniciado
formalmente em 1990 e concluído em 2003, que perseguiu estes objetivos:
• identificar e fazer o mapeamento dos cerca de 80 mil genes que se calculava existirem no DNA das
células do corpo humano;
• determinar as sequências dos três bilhões de bases químicas que compõem o DNA humano; e
• armazenar essa informação em bancos de dados, desenvolver ferramentas eficientes de análise
desses dados e torná-los acessíveis para novas pesquisas biológicas.
• O objetivo principal do PGH foi construir uma série de diagramas descritivos de cada cromossomo
humano, com resoluções cada vez mais apuradas. Para isso seria necessário dividir os cromossomos
em fragmentos menores de modo que pudessem ser propagados e caracterizados; e em seguida
ordenar esses fragmentos, de forma a corresponderem a suas respectivas posições nos
cromossomos (mapeamento).

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Depois de completo o mapeamento, o passo seguinte seria determinar a sequência das bases de cada um
dos fragmentos de DNA já ordenados, a fim de que se descobrissem todos os genes na sequência do DNA e
se desenvolvessem meios de usar essa informação para estudo da biologia e da medicina.
Como vimos, o genoma é responsável pelas características das espécies. O genoma humano é constituído
por 23 pares de cromossomos em suas células, ou seja, cada célula conta com dois genomas completos.
Estima-se que apenas três por cento do genoma codifica uma proteína; os demais 97% são denominados
“DNA não codificante”.
Para os cientistas não importa de que indivíduo vem o DNA, uma vez que todos têm o mesmo conjunto de
genes, exceto os predispostos a algumas doenças, o que varia de pessoa para pessoa.
No dia 26 de junho de 2000, a Celera, de Craig Venter, anunciou que havia sequenciado 100% do genoma
humano e solicitou a patente de 6,5 mil genes, mesmo tendo usado informações do Projeto Genoma
Humano. Até hoje foram descobertos os genomas de mais de 33 espécies, que mostram nossas semelhanças
moleculares resultantes da evolução.
Se os cientistas descobrirem a função de cada gene nos cromossomos, as questões de natureza bioética
ficarão ainda mais complicadas. A predisposição para determinada doença poderá levar a preconceitos e
discriminações?

FINGERPRINT
Trata-se da impressão digital molecular, que contribui decisivamente para identificar casos de paternidade
duvidosa, a partir dessa análise no DNA, dado que cada indivíduo detém uma composição genômica única, à
exceção de gêmeos univitelinos (idênticos). Para essa análise e posterior comparação, é necessária uma
amostra de DNA, que pode ser proveniente de células da raiz de um fio de cabelo ou de células (leucócitos)
sanguíneas, amostra essa que pode ser amplificada mediante a técnica do PCR.
Para a efetiva determinação da fingerprint, os cientistas recorrem aos VNTRs (do inglês, variable number of
tandom repeats), repetições de pequenas sequências de nucleotídeos (entre 15 e 20 bases nitrogenadas)
presentes em trechos do DNA.

A quantidade de repetições em cada gene é bastante variável entre os componentes de uma população. Por
isso, ao comparar cromossomos homólogos de diferentes pessoas, é pouco provável que o número de
repetições seja o mesmo, razão pela qual o VNTR é tido como único para cada um, assim como a impressão
digital. Essas repetições podem ser visualizadas pela técnica de eletroforese, que permite a observação de
repetições particulares.

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Uso do fingerprint na determinação de paternidade
Um casal com três filhos suspeitou anos após o nascimento do último filho que ele tivesse sido trocado por
outro ainda na maternidade. Realizado o fingerprint dos pais e dos três filhos na tentativa de resolver o
problema, obteve-se o seguinte resultado

Analisados os VNTRs de determinado par de cromossomos homólogos do pai, notou-se a existência de cinco
sequências repetidas em um dos cromossomos e, quatro em outro. No caso da mãe, há um cromossomo
com sete sequências repetidas e, no homólogo, três repetições.
Ao fazer a análise dos fingerprints dos dois primeiros filhos - da esquerda para a direita - notou-se que o
primeiro tem cinco e três sequências (cinco derivadas do pai e três, da mãe); o segundo filho tem sete e cinco
sequências repetidas (sete provenientes da mãe e cinco provenientes do pai). O resultado permitiu concluir
que não houve troca de nenhum dos dois primeiros filhos. Mas a análise do fingerprint do terceiro filho,
revela que ele tem seis e duas repetições, portanto ele não é filho biológico do casal, uma vez que os pais
não apresentam esses VNTRs.
USO DE CÉLULAS TRONCO
Células-tronco são tipos celulares indiferenciados capazes de, a partir de diferenciação, dar origem a outros
tipos de células. As células-tronco embrionárias são encontradas em embriões, têm capacidade de se
transformar em qualquer célula do corpo, razão pela qual são denominadas totipotentes. No corpo há outras
células-tronco, que continuam a existir até mesmo na idade adulta.

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É o caso do tecido hematopoiético, constituinte da medula vermelha, que contém células-tronco adultas,
diferenciáveis tão somente nessas células e não em outras. Por isso são denominadas multipotentes.
Atualmente, essas células multipotentes são utilizadas para repor a medula óssea destruída por
quimioterapia ou radioterapia contra o câncer.
Uma vez capazes de dar origem a qualquer tipo celular, as células tronco embrionárias são preferenciais para
pesquisas. Podem ser retiradas do blastocisto – uma esfera com aproximadamente 100 células.
A fonte de células-tronco totipotentes às centenas de milhares literalmente são embriões obtidos de ten-
tativas de fertilização in vitro, congelados em nitrogênio líquido em clinicas e hospitais que realizam esse
procedimento. Os embriões gerados em excesso são armazenados e destinados a outras tentativas, caso as
primeiras implantações não funcionem. O fato é que regularmente sobram embriões.
Há muitos países que proíbem a destruição desses embriões ou o reaproveitamento deles para pesquisas
científicas, o que gera um problema com proporções consideráveis. Depois de cinco a sete anos em estoque,
esses embriões podem degenerar em qualidade e passam a ser inservíveis para doações ou implantações.
Para grupos religiosos e antiaborto, a destruição de um embrião é o mesmo que matar um ser humano.
Evidentemente, milhões de vidas podem ser salvas e outros milhões de pacientes podem ser curados, se a
pesquisa com células-tronco puder avançar. Porém, é igualmente evidente a polêmica e a questão ética
associadas ao uso indevido delas. Em princípio, os cientistas obtêm essas células de embriões que são
descartados por clínicas de fertilidade. Os embriões criados pelo espermatozoide e pelo óvulo de um casal,
mas não implantados nem destruídos pela clínica, podem servir como fontes de células-tronco.
Apesar de todas as esperanças em torno dos tratamentos com células-tronco, ainda há muito trabalho a ser
feito, há muitas pesquisas a serem realizadas antes que muitos desses avanços prometidos ou esperados
possam ser efetivamente aplicados às necessidades dos indivíduos. Contudo, é inegável que a terapia com
essas células são uma fonte de esperança para milhões de pessoas portadoras, por exemplo, de mal de
Parkinson, diabetes, mal de Alzheimer, câncer, e outros problemas genéticos.
Apesar de poderem crescer em quantidade ilimitada em laboratório, as células embrionárias podem ser
rejeitadas pelo sistema imunológico do paciente depois de transplantadas. Considerando que as células-
tronco adultas oferecem a possibilidade de ser retiradas do próprio paciente, evita-se o risco de rejeição. No
entanto, ainda há dúvidas sobre sua capacidade de transformação em outras células, bem como a produção
delas em laboratório em quantidade necessária ainda é bastante difícil.
CLONAGEM
A clonagem reprodutiva produz uma “cópia” de um indivíduo existente mediante uma técnica chamada
transferência nuclear, que se baseia na remoção do núcleo de um óvulo que é substituído pelo núcleo de
outra célula somática. Feita a fusão, as células passam a se diferenciar. Ao alcançar o estado de blastocisto –
fase em que ocorre a implantação do embrião na cavidade uterina –, a massa celular apresenta dois grupos
celulares: a camada externa vai formar a placenta e o saco amniótico; e camada interna dá origem aos tecidos
do feto. Passado o período de gestação, surge um indivíduo com material genético idêntico ao do doador da
célula somática.
Na clonagem terapêutica, os estágios iniciais são idênticos à clonagem com fins reprodutivos, à exceção do
blastocisto que não é introduzido em um útero, mas utilizado em laboratório como fonte de células-tronco
totipotentes destinadas à produção de tecidos ou órgãos para transplante. O objetivo dessa técnica é
produzir uma cópia saudável do tecido ou do órgão de um paciente para transplante.

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As células-tronco embrionárias podem ser utilizadas no intuito de restaurar a função de um órgão ou tecido,
transplantando novas células para substituírem as células lesionadas pela doença ou as células com defeito
genético cujo funcionamento é inadequado, caso de doenças neurológicas, diabetes, cardiopatias, derrames,
lesões da coluna cervical, doenças sanguíneas.
Dentre outras questões delicadas, essa técnica apresenta ampla gama de aspectos bioéticos, uma vez que
após a coleta do material, que destino deve ser dado ao embrião? Quando precisamente começa uma nova
vida? Até que ponto valeria a pena sacrificar “uma vida” para salvar outra?

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