Você está na página 1de 46

Tema I – Antes de mim

Genética

Como se definem genética e hereditariedade?

- A genética é a ciência que estuda o processo de transmissão dos traços e características


de uma geração para a seguinte. Esses traços ou características podem ser físicas ou
psicológicas.

- A transmissão de características físicas e psicológicas de uma geração a outra tem o


nome de hereditariedade.

Quais os agentes responsáveis pela transmissão hereditária?

- Os agentes responsáveis pela transmissão hereditária são os cromossomas, ADN e os


genes.

- As células reprodutoras, o óvulo e o espermatozoide, são responsáveis pela


transmissão das características hereditárias.

- Tudo começa com a fecundação, quando o espermatozoide (gâmeta masculino) entra


no óvulo (gâmeta feminino), criando a primeira célula que constitui o individuo, o
chamado ovo ou zigoto.

Qual a importância da meiose e mitose?

- A meiose e a mitose são dois processos de divisão celular.

- A meiose consiste na divisão das células sexuais (gâmetas), de onde resulta a divisão
para metade do número de cromossomas de cada gâmeta. A meiose garante que a soma
dos cromossomas dos dois gâmetas formem uma célula, chamada zigoto, que mantém
os 46 cromossomas que caracterizam o cariotipo humano.
- A mitose é a divisão celular das restantes células do organismo, dela resultando duas
novas células que são a cópia da célula preexistente contendo 46 cromossomas. E irão
continuar a subdividir-se até gerar o organismo. Este processo também é responsável
pela produção de células novas que substituem as células que morrem. Assim, a mitose
permite o crescimento, a regeneração e a renovação dos tecidos.

Molécula do ADN

✓ Cada molécula de ADN parece-se com uma


escada de corda, uma dupla hélice.
✓ Os “degraus da escada” são compostos por
4 bases azotada: Adenina (A), Timina (T),
Guanina (G) e Citocina (C).
✓ Estas bases estão ligadas duas a duas:
Adenina (A) com Timina (T) e a Guanina (G) com
a Citocina (C).
✓ Os lados da escada são constituídos por
desoxirribose (açúcar) e por ácido fosfórico.
✓ A cada conjunto formado por uma
desoxirribose, uma molécula de ácido fosfórico
e uma base azotada dá-se o nome de
nucleótido.

Resumindo…

O ADN é um ácido desoxirribonucleico constituído por uma molécula em forma de


escada em dupla hélice, que é composta por substruturas de fosfatos, bases azotas e
açúcar. Tem codificado todas as características dos genes.
O que são cromossomas?

- São pequenos filamentos enrolados situados no interior dos núcleos celulares. Que
contem as moléculas de ADN.

- Cada cromossoma contem milhares de genes.

O que são genes?

- São segmentos de um cromossoma que codifica potencialmente as características


físicas e psicológicas de um organismo.

O que é o genoma?

- É o conjunto de genes que constituem a informação genética do ser humano.

✓ Os genes formam pares reunindo informação de cada um dos progenitores em


alelos;
✓ Os pares dos alelos podem incluir genes iguais ou diferentes, podem ser
homozigóticos ou heterozigóticos, e podem ainda incluir genes dominantes ou
recessivos;
✓ O gene é dominante quando produz efeito mesmo só estando presente num
alelo;
✓ O gene é recessivo quando só produz efeito se estiver presente nos dois genes
do pai e da mãe;
✓ As características que são determinadas por apenas um gene são chamadas
mendelianas;
✓ As características que resultam de complexas combinações de genes são
designadas por poligénicas.
As influências genéticas e ambientais no comportamento humano

O que é o genótipo?

- É a constituição genética do individuo, o conjunto das determinações genéticas


herdadas pelos nossos progenitores.

- O genótipo é o projeto genético do organismo.

O que é o fenótipo?

- É o conjunto de características observáveis que resultam da interação entre o genótipo


e o meio ambiente onde ocorre o desenvolvimento,

- Em termos simplistas, é a parte visível do genótipo.

O que é hereditariedade especifica?

- Corresponde à informação genética responsável pelas características comuns a todos


os indivíduos da mesma espécie, determinando a constituição física e alguns
comportamentos.

O que é hereditariedade individual?

- Corresponde à informação genética responsável pelas características de um individuo


e que o distingue de todos os outros da mesma espécie. É o que o torna único.

Todos temos a mesma hereditariedade especifica, ou seja, que nos torna humanos, e
todos temos uma hereditariedade individual, ou seja, que nos torna únicos.
A relação entre a complexidade do ser humano e o seu inacabamento biológico

O que é a filogénese?

- Refere-se ao desenvolvimento de uma espécie, isto é, constitui o conjunto de


processos biológicos de transformação que explicam o aparecimento das espécies e a
sua diferenciação.

- Refere-se à história evolutiva de uma espécie.

O que é a ontogénese?

- Refere-se ao desenvolvimento do individuo, isto é, constitui o desenvolvimento do


individuo de acordo com o seu programa genético, ou seja, desde a fecundação até ao
estado adulto.

O que é a lei da recapitulação?

- Chama-se lei da recapitulação ontofilogenética ao desenvolvimento do embrião que


exprime e recapitula etapas de desenvolvimento que correspondem a estádios de
evolução. Desta forma a ontogénese seria determinada pela filogénese.

- Mas o individuo é um produto da interação entre fatores genéticos e fatores


ambientais, e é essa interação que garante a adaptação ao meio ambiente, uma
condição necessária para a sobrevivência.

- Assim, ao contrário do que defendia a lei da recapitulação, a ontogénese é a causa da


filogénese, ou seja, são as transformações ontogenéticas que ocorrem no processo
evolutivo que permitem a adaptação ao meio ambiente.

- Pois um ser que não se modificasse, no sentido de adaptação, morreria e uma espécie
que não mudasse extinguir-se-ia.
O que é a epigénese?

- Teoria segundo a qual as características de um organismo, tanto físico como


comportamentais, resultam da interação entre influências genéticas (inatas) e
ambientais (adquiridas).

O que é o preformismo?

- Antiga teoria biológica, hoje desacreditada, segundo a qual o desenvolvimento de um


embrião não é mais do que o crescimento de um organismo que já estava, à partida,
formado.

- Ou seja, o desenvolvimento de um individuo limitava-se ao aumento do tamanho do


ser em miniatura e à ampliação das estruturas preexistentes no ovo.

TODOS OS SERES HUMANOS ESTÃO PROGRAMADOS

- São programas genéticos fechados, os que preveem de forma determinada os


processos evolutivos e comportamentos característicos de uma espécie.

- São programas abertos, os que não estão totalmente programados.

- O ser humano tem um programa aberto porque este é constituído por um conjunto
de genes que não determinam de forma absolutamente rígida características e
comportamentos.

- O ser humano tem um programa genético incomparavelmente mais aberto do que


qualquer outro animal.

- Daí o seu inacabamento biológico.

O que significa o inacabamento biológico da espécie humana?

- Significa que somos biológica e fisiologicamente inacabados ao nascer e que o nosso


desenvolvimento se faz a um ritmo mais lento do que outras espécies.
- O inacabamento biológico do ser humano designa-se por neotenia.

- A neotenia representa um atraso no desenvolvimento que faz com que o individuo se


desenvolva mais devagar, dependendo dos adultos.

- O processo de desenvolvimento do cérebro está ligado ao retardamento


ontogenético, ou seja, ao prolongamento do período de infância e adolescência.

A prematuridade do ser humano é uma vantagem?

- Sim é uma vantagem, porque possibilita uma maior capacidade de aprender e de


desenvolver muitas competências.

- A longa infância do ser humano é o que permite a progressiva cerebralização e a


consequente aquisição de competências e capacidades.

- Permite que cada um se construa a si mesmo na interação com os outros,


conquistando a nossa independência.

- Dentro dos limites inscritos na nossa dimensão genética e biológica, o nosso


desenvolvimento não tem fronteiras.
Cérebro

Qual a unidade básica do Sistema Nervoso?

- A unidade básica do sistema nervoso é o neurónio. Os neurónios são células


especializadas que assumem um grande número de funções no organismo.

- Cada neurónio é constituído por três elementos essenciais: o corpo celular, as


dendrites e o axónio.

✓ Corpo celular – centro metabólico do neurónio, responsável pelas reações


químicas que irão originar a produção de energia. O corpo celular contem o
núcleo, o armazém energético da célula onde esta incluída a informação
genética.
✓ Dendrites- ramificações que partem do corpo celular e têm como função a
receção de informação vinda de outras células em contacto com o neurónio.
✓ Axónio- prolongamento de tamanho variável que parte do corpo celular e
conduz os impulsos deste para outras células. Frequentemente, os axónios
estão envolvidos pela bainha de mielina, uma camada de matéria gorda que
isola eletricamente o axónio do meio ambiente.

Tipos de neurónios e as suas funções

Neurónios aferentes ou sensoriais – recolhem a informação dos órgãos dos sentidos e


órgãos internos e conduzem-na ao sistema nervoso central, permitindo, por exemplo
ouvir um som do alarme do despertador e perceber o calor acolhedor que se faz sentir
debaixo dos cobertores.

Neurónios de conexão ou interneurónios - interpretam informação e elaboram


respostas, por exemplo, facilitam a interpretação mental do som do alarme do
despertador, traduzindo numa mensagem: é hora de acordar.
Neurónios eferentes ou motores – transmitem a informação do sistema nervoso central
aos músculos, órgão e glândulas, comandando um conjunto de movimentos que, por
exemplo, nos levam a esticar o braço e pressionar o botão do alarme que toca.

A comunicação entre os neurónios

O impulso nervoso entra no neurónio, através da fenda sináptica, pelas dendrites,


passando posteriormente pelo corpo celular e percorrendo o axónio. Na sinapse é
transformado em energia química, através da estimulação dos neurotransmissores,
estabelecendo assim a comunicação com um outro neurónio.

Nota: característica fundamental – enquanto que no interior de um neurónio a


comunicação é essencialmente de natureza elétrica, as mensagens transmitidas entre
diferentes neurónios são de natureza química.

Neurónios espelho – são neurónios ativados quando realizamos determinado ato ou


quando observamos um ser semelhante a nós a realizar esse ato. Os cientistas
descobriram que estes neurónios são cruciais para a compreensão da nossa capacidade
de anteciparmos as intenções e sermos empáticos com os outros.

O funcionamento global do cérebro humano

O sistema nervoso é uma rede complexa responsável pelo controlo e coordenação de


ações voluntárias e involuntárias e pela transmissão de sinais entre diferentes partes do
organismo.

O sistema nervoso é constituído por:

✓ Sistema nervoso central (SNC) – processa e coordena as informações, é o núcleo


de processamento responsável por todos os nossos comportamentos,
sensações, sentimentos e pensamentos. As duas estruturas fundamentais do
SNC são o cérebro e a medula espinal (a comunicação entre os dois é realizada
pelos neurónios).
o Medula Espinal – estruturalmente é um prolongamento do cérebro que
tem duas funções essenciais: a condução de informação do cérebro para
o resto do corpo e vice-versa e a coordenação de respostas elementares,
como, por exemplo, a atividade reflexa.
✓ Sistema nervoso periférico (SNP) – constituído por nervos que permitem a
comunicação entre o SNC e o meio exterior. Do SNP fazem parte o Sistema
Nervoso Autónomo (SNA) e o Sistema Nervoso Somático (SNS).

✓ Sistema Nervoso Autónomo (SNA) – tem um papel importante no equilíbrio


interno do organismo. É responsável por controlar funções involuntárias, como
a respiração ou o batimento cardíaco. Inclui o Sistema Nervoso Simpático e o
Sistema Nervoso Parassimpático.

✓ Sistema Nervoso Simpático – Tem como função a preparação do corpo para uma
emergência e a resposta a um estímulo do ambiente quando o organismo se
encontra ameaçado, excitando e ativando os órgãos necessários às respostas.

✓ Sistema Nervoso Parassimpático – visa reorganizar as atividades desencadeadas


pelo Sistema Nervoso Simpático relaxando o organismo. Acalma o corpo,
reduzindo o consumo de energia, retornado ao equilíbrio interno.

NOTA: o funcionamento intercalado do sistema simpático e do sistema


parassimpático garante a homeostasia, isto é o equilíbrio interno do organismo.

✓ Sistema Nervoso Somático (SNS) – Permite que ocorram interações entre o SNC
e o meio exterior através dos nervos sensoriais e dos nervos motores.
Constituição do cérebro

O cérebro é o centro de controlo de todo o organismo, quer das ações voluntárias quer
da maioria das ações involuntárias.

O seu funcionamento obedece a dois princípios:

✓ Especialização: existem zonas que têm um papel específico.


✓ Integração: funções complexas, como a linguagem, a memória, a aprendizagem
ou o amor envolvem a coordenação de várias áreas do cérebro.

O cérebro é dividido em dois hemisférios. O hemisfério direito controlo a formação de


imagens, as relações espaciais, a perceção das formas, das cores, das tonalidades
afetivas e o pensamento abstrato. O hemisfério esquerdo é responsável pelo
pensamento lógico, pela linguagem verbal, pelo discurso, pelo cálculo e pela memória.

Desta forma, apesar de os dois hemisférios terem funções especializadas, o seu


funcionamento é complementar e integral. Cada hemisfério tem quatro lobos e cada um
dos lobos integra áreas corticais.
Lobos Frontais

- Localizam-se na parte da frente do cérebro e são responsáveis pelas atividades


cognitivas que requerem concentração, pelos comportamentos de antecipação,
planificação de atividades, pelo pensamento abstrato, pela memória, pelo raciocínio
complexo e intervêm também na regulação das emoções.

- Inclui o córtex motor, que é responsável pelo planeamento e coordenação dos


movimentos complexos.

- A área de Broca que é responsável pela produção da linguagem.

- Áreas pré-frontais que são muito importantes, porque são responsáveis pelas
principais funções intelectuais, isto é, estão relacionadas com a memória, permitindo
recordar o passado, planear o futuro, resolver problemas, antecipar acontecimentos,
refletir, tomar decisões, organizar o pensamento e envolvem complexas relações com
as emoções.

Lobos parietais

- Localizam-se na parte superior do cérebro e são constituídos por duas subdivisões.

- A área anterior designa-se por córtex somatossensorial, tem como função receber as
informações sensoriais.

- A área posterior designa-se por córtex somatossensorial associativo é uma área


secundária que coordena e integra as informações sensoriais recebidas na área
anterior.

Lobos temporais

- Localizado na parte lateral de cada hemisfério, na zona por cima das orelhas. Têm como
função processar os estímulos auditivos.
- A área auditiva primária (córtex auditivo) recebe os sons elementares e a área auditiva
secundária (córtex auditivo associativo) identifica e reconhece os sons recebidos na área
auditiva primaria.

- A área de Wernicke está relacionada com a produção do discurso, pois permite-nos


reconhecer o que os outros dizem.

Lobos occipitais

- Localizados na parte inferior do cérebro, processam os estímulos visuais.

- Na área visual primária (córtex visual) recebe-se a informação visual e na área visual
secundária (córtex visual associativo) coordena-se os dados recebidos na área visual
primária permitindo o reconhecimento da imagem, ou objeto que foi visto.

Efeitos e lesões nas diferentes áreas do cérebro

Lobo frontal

Apraxia – Incapacidade de coordenar os movimentos numa sequência.

Paralisia cortical – Incapacidade de produzir movimentos.

Afasia de Broca – Dificuldade na formação de palavras e frases; expressão verbal


lentificada e pouco articulada. A capacidade de compreensão não fica
necessariamente afetada.

Lobo pariental

Anestesia cortical – perda de sensibilidade tátil, térmica e de dor.

Agnosia somotossensorial – dificuldades de localização de sensações táteis ou


térmicas ou na distinção de sensações de diferente qualidade e intensidade.
Lobo temporal

Surdez cortical – perda de audição.

Agnosia auditiva – perda de capacidade de reconhecer ou identificar sons.

Afasia de Wernicke – dificuldade na interpretação do significado de palavras


escritas ou faladas e consequente apresentação de um discurso sem sentido.

Lobo occipital

Cegueira cortical – perda de visão.

Agnosia visual – perda da capacidade de reconhecer ou identificar aquilo que é


visto. Apesar do individuo continuar a ver, é incapaz de reconhecer aquilo que vê.

Alexia – perda da capacidade de compreender os sinais gráficos que constituem


as palavras.

A relação entre o cérebro e a capacidade de adaptação e de autonomia do ser humano

Função de suplência

- É a capacidade de recuperar uma função perdida em caso de lesão cerebral. Dada a


capacidade de plasticidade do cérebro, é possível que outras regiões cerebrais possam
assumir as funções das áreas afetadas pelas lesões.

Plasticidade do cérebro

- A interação com os outros e com o mundo em geral transforma continuamente o nosso


cérebro, esta reorganização permanente tem como base uma importante capacidade
do cérebro, a plasticidade.

- É a capacidade do cérebro em se remodelar em função das experiências do individuo,


em reformular as suas conexões em função das necessidades e dos fatores do meio
ambiente.
- As redes neuronais modificam-se em função das experiências vividas e é a plasticidade
fisiológica que permite a aprendizagem ao longo da vida.

Plasticidade e idade

- A plasticidade cerebral não ocorre do mesmo modo durante toda a vida do individuo,
diminui progressivamente com a idade, contudo, o ser humano mantem alguma
plasticidade cerebral durante praticamente toda a vida.
Cultura

O que é a cultura?

- É o modo de vida que resulta das interações sociais, no qual se incluem as atitudes,
os valores, as normas, as crenças, os conhecimentos, os hábitos, os objetos, etc.

- É adquirida após o nascimento e transmite-se de geração em geração através da


linguagem.

- A cultura transforma o individuo, na medida em que a forma de pensar e agir de


cada membro de um grupo social é moldada pelos grupos sociais a que pertence.

- Ao mesmo tempo, a cultura também é transformada pelo individuo, estando ela


própria em constante processo de mutação.

- O ser humano é produto e produtor de cultura, ou seja, produto porque aquilo


que cada um de nós é resulta, em parte, dos valores, ideias, crenças, etc. assimilados
culturalmente, e produtor porque cada um de nós contribui para modificar padrões
culturais, que serão transmitidos à geração seguinte.

A importância da cultura

- A cultura é importante porque é o principal fator humanizador.

- A cultura é um sistema que constitui o ambiente de proteção do individuo na sua


relação com o mundo.

- A cultura pretende dotar cada um de nós de um conjunto de ferramentas que nos


permitam integrar e interagir com a restante sociedade.

- Neste sentido, culturalmente aprendemos não só o que é ou não socialmente


correto fazer como também aprendemos noções básicas que podem fazer a
diferença em termos de sobrevivência.
O que são padrões culturais?

- São formas próprias e tipificadas de pensar, sentir e agir especificas de uma


determinada cultura.

- Cada grupo social assume padrões culturais diferentes em função dos seus modos
próprios de pensar e agir.

- Exemplo: a forma como nos cumprimentamos, nos vestimos ou nos sentamos à


mesa são manifestações do padrão cultural em que estamos inseridos.

O que é a socialização?

- Socialização é o processo através do qual o indivíduo aprende e interioriza os


padrões culturais, sistema de valores, de normas e comportamentos do grupo social
onde está inserido, desde que nasce e ao longo da sua vida.

- Através deste processo é construída a identidade social de cada individuo. Bem


como a sua integração nos contextos socioculturais.

- Pois, apesar de a criança quando nasce já trazer os genes necessários ao ser


humano, é um ser culturalmente em branco.

- Neste processo, a aprendizagem por modelação ou modelagem assume particular


importância, já que muitos dos nossos hábitos que assumimos como nossos foram-
nos transmitidos pelos vários agentes de socialização - a família, a escola, os meios
de comunicação social ou as empresas - com os quais contactámos ao longo da vida
e de quem copiamos modelos de atuação.

Socialização primária

- É o processo de integração social que ocorre durante a infância e adolescência.

- Processo em que o indivíduo adquire competências sociais básicas,


comportamentos considerados adequados, normas e valores, associados às
principais regras de relacionamento entre os membros de um grupo social.
Socialização secundária

- É o processo de integração social a partir da idade adulta, sempre que acorre um


processo de adaptação a novas situações sociais, que implique novas competências.

- Por outras palavras, é a capacidade de ajustar o nosso comportamento ou forma


de pensar/estar em função de uma alteração que ocorre na vida.

O que é a individuação?

- É o processo através do qual cada um de nós se torna único e irrepetível,


independentemente de podermos ter recebido estímulos semelhantes aos nossos
amigos ou familiares.

- Através dos processos de socialização e individuação, que ocorrem paralelamente,


cada individuo desenvolve a sua identidade pessoal.

O que é a auto-organização?

- É a capacidade que temos de integrar as experiências na nossa história pessoal, de


as organizar e de lhes atribuir um significado.

- Cada ser humano integra a sua forma pessoal de ver, sentir e agir sobre o mundo,
ou seja, cada ser humano atribui significados pessoais às experiências que vive.

- A auto-organização permite-nos construir permanentemente a continuidade e a


coerência de um sentido de nós próprios e o mundo.

O caso das crianças selvagens

- As crianças selvagens são exemplos de crianças que se desenvolveram fora da


sociedade e consequentemente não passaram pelo processo de socialização.

- Na generalidade dos casos analisados de crianças selvagens foram detetados


alguns aspetos comuns, como dificuldades de interação, ausência total ou parcial
da fala e reduzida expressão facial, o que nos permite sublinhar a importância da
socialização no desenvolvimento humano.

- A aquisição de comportamentos e de capacidades próprias do ser humano só se


verifica se as crianças viverem em sociedades humanas.

- Não basta a herança genética para nos tornarmos humanos. A sua herança genética
tornou-as crianças humanas, com traços físicos, mas o meio não as estimulou para
serem parecidas aos Homens, no comportamento, nas reações, no sentimento.

- A inteligência humana resulta do contacto social. Podemos, então, considerar dois


aspetos centrais do processo que constroem em cada criança um ser humano: a
socialização e a cultura.

- Os casos das “crianças selvagens” só vêm mostrar que os seres humanos precisam
de cultura.

A diversidade cultural

- A diversidade cultural designa as diferentes formas de ser, de viver, as normas e


sistemas de valores dos grupos humanos e culturas.

- A especificidade de cada pessoa ou grupo de ser valorizada, pois é na diversidade


humana, na diferença de cada um realizar e organizar, que reside a riqueza do ser
humano.
Tema II – A mente e os processos mentais

Processos cognitivos

1) Perceção 2) Memória 3) Aprendizagem

O que são os processos cognitivos?

- A mente humana é um sistema integrado de processos mentais que se afetam


mutuamente. Estes processos são de natureza cognitiva (conhecer – «o quê?»),
emocional (sentir - «Como?») e motivacionais (agir - «Porquê?»).

o Processos cognitivos – Incluem aspetos ligados à utilização da informação que


adquirimos, de nós próprios e do mundo, â sua transformação e criação.
o Processos emocionais – incluem aspetos ligados à dimensão afetiva e
sentimental do sujeito consigo próprio e com o mundo que o rodeia.
o Processos motivacionais ou conativos – incluem aspetos ligados à vontade e à
intenção com que realizamos as nossas ações.

1) Perceção

O que é uma sensação?

- É uma reação dos órgãos recetores sensoriais aos estímulos do meio envolvente.
Implica a existência de um estímulo, por exemplo, visual, sonoro, tátil, olfativo ou
gustativo.

O que é a perceção?

- A perceção é o processo cognitivo que consiste na organização e interpretação dos


dados sensoriais.
As leis da perceção:

- Proximidade – Quando percecionamos um aglomerado de objetos, tendemos a ver os


objetos que estão próximos uns dos outros como uma unidade.

- Semelhança – Os objetos semelhantes ou em posição semelhante são por tendência


agrupados juntos ou vistos como uma unidade.

- Continuidade – É a tendência da nossa perceção ver formas suaves ou continuas em


vez de formas descontinuas.

- Fechamento – Tendemos a completar os objetos que não estão completos.

Que relação existe entre sensação e perceção?

- Através da sensação, recebemos informações sensoriais e, mediante a perceção,


interpretamos e damos sentido a essas informações. O processo cognitivo a que
chamamos perceção começa com a sensação.

Quais são as condicionantes da perceção?

- A nossa perceção é condicionada pelas nossas experiências pessoais, pelos nossos


conhecimentos, expetativas, interesses e pelo contexto cultural em que em que
estamos inseridos.

O que é o limiar absoluto?

- Corresponde à quantidade mínima de energia necessária para que um estímulo seja


identificado pelo observador pelo menos 50 por cento das vezes em que é gerado.

O que é o limiar diferencial?

- Diz respeito à diferença mínima necessária entre dois estímulos para que o observador
os reconheça como distintos um do outro.
O que é a adaptação sensorial?

- A força e a distinção do estímulo sensorial são afetadas pela adaptação sensorial.

- A intensidade da resposta do ser humano aos estímulos sensoriais diminui de


intensidade na presença de estímulos constantes ou repetitivos.

- Assim, os sentidos são seletivos, usando os estímulos sensoriais de forma eficaz para
nos informar do que é importante à nossa volta e do que não é tão relevante.

O que é a perceção de profundidade?

- É a capacidade de percecionar os objetos tridimensionalmente avaliando corretamente


a sua distância.

Indicadores de profundidade:

o Binoculares – quando os dois olhos estão simultaneamente implicados na


perceção da profundidade
o Monoculares – quando é possível percebermos a profundidade com a visão de
um olho.

O que é a disparidade binocular e a estereoscopia?

- Os nossos olhos fazem-nos ver cada objeto de dois pontos de vista ligeiramente
diferentes, o que dá origem a duas imagens retinianas sensivelmente distintas.

- O cérebro processa esta disparidade gerando uma única imagem estereoscópica, isto
é, tridimensional, o que nos dá informações precisas sobre as distâncias relativas dos
objetos no mundo.
O que é a constância percetiva?

- Corresponde ao mecanismo que nos permite estabilizar o mundo que nos rodeia,
garantindo-lhe imutabilidade em termos de tamanho forma, brilho e cor, apesar de os
capturarmos de ângulos e distâncias diferentes.

- A constância percetiva significa estabilidade da perceção, apesar das mudanças de


aparência dos objetos e do seu ambiente físico.

- Graças à constância percetiva, à medida de vemos objetos de diferentes ângulos,


distâncias e condições de iluminação, tendemos a percecioná-los como mantendo o
mesmo tamanho, a mesma forma e a mesma cor.

- Só desta forma conseguimos, por exemplo, compreender que um objeto se mantém


branco quando o captamos ao anoitecer.

2) Memória

O que é a memória?

- É o suporte de todos os processos de aprendizagem.

- É a habilidade de adquirir e conservar informação de uma experiência passada com


base nos processos mentais de codificação, retenção e recuperação.

- É um campo complexo de processos baseados em mecanismos biológicos e


psicológicos.

Processos da memória:

o Codificação - É a primeira operação da memória que prepara as informações


sensoriais para serem armazenadas no cérebro.
o Armazenamento - Cada um dos elementos que constituem a memória de um
acontecimento está registado em várias áreas cerebrais, registando diferentes
códigos, contribuindo cada um deles para formar a tal recordação.
o Recuperação – Nesta etapa, recupera-se a informação, isto é, lembramo-nos de
uma dada informação.
Os três tipos de memória e as suas subdivisões:

o Memória sensorial – permite conservar as características físicas de um estímulo


captado pelos órgãos sensoriais durante algumas frações de segundo.
o Memória de curto prazo – unidade processadora ativa e extremamente útil,
funcionando como centro da consciência. É a memória que retém a informação
durante um período limitado de tempo, podendo ser esquecida ou passada para
a memoria de longo prazo.
▪ Memória imediata – analisa a informação e decide se devemos
guardá-la ou não.
▪ Memória de trabalho – mantém a informação enquanto ela nos é
útil.
o Memória de longo prazo – armazena os conhecimentos que possuímos de nós
mesmos e do mundo durante longos períodos de tempo.
▪ Memória implícita ou não declarativa – é uma memória
automática, como andar de bicicleta ou pentear o cabelo. São
comportamentos do dia-a-dia que com o hábito/repetição,
tornam-se automáticos.
▪ Memória explicita ou declarativa – implica a consciência do
passado, do tempo, reportando acontecimentos, factos ou
pessoas. Por exemplo, nomes de pessoas, aniversários, etc.
o Memória episódica – é uma subdivisão da
memória declarativa que contém a memória de
eventos que vivemos pessoalmente, é uma
memória autobiográfica, ou seja, armazena e
“grava” como se fosse um diário mental.
o Memoria semântica – é o armazém dos nossos
conhecimentos gerais, inclui ideias, teorias, factos
(sem significado pessoal), nomes, definições,
normas, leis, etc.
O que é o esquecimento?

- Incapacidade de recordar, de recuperar dados, informações e experiências que


foram memorizadas geralmente na memória a longo prazo.

- O esquecimento não tem sempre um valor negativo, é também essencial, pois é


porque nos esquecemos que continuamos a reter informações adquiridas e
experiências vividas.

- Neste contexto, o esquecimento tem uma função seletiva e adaptativa, ou seja,


afasta a informação que não é útil ou necessária.

- O esquecimento é não apenas uma realidade inerente à memória como também,


essencialmente, uma necessidade.

As duas teorias sobre o esquecimento:

• Teoria da interferência: defende que existe uma competição entre


informação, isto é, que novas informações se intrometem levando-nos a
distorcer ou a esquecer as anteriores.
• Teoria da degradação: defende que o fragmento original da informação vai,
por si só, desaparecendo gradativamente, como um risco de tinta que se
desvanece com o tempo, a menos que façamos algo para o manter intacto.

Nota: Memória, esquecimento e imaginação caminham lado a lado na construção


das nossas lembranças pessoais.

O que é atenção?

- É um fenómeno cognitivo fundamental consiste na fixação da mente num


determinado objetivo.
- Estado de consciência em que os sentidos estão focados em certos aspetos do
ambiente e o sistema nervoso central está em estado de prontidão para responder
a estímulos.

✓ Atenção seletiva – permite fazer tarefas simples, como ler um livro


ou falar com um amigo.
✓ Atenção dividida – é quando tentamos focar os nossos sentidos
em mais do que um estímulo ou quando intercalamos a nossa
atenção com outra tarefa.

3) Aprendizagem

O que é a aprendizagem?

- A sensação, a perceção, a atenção e a memória fornecem à cognição os instrumentos


para aprender, aperfeiçoar e armazenar aprendizagens.

- A aprendizagem é uma mudança relativamente estável e duradoura do


comportamental e de atitudes (crenças, ideias, sentimentos e predisposições)
adquirida como resultado da observação prática, estudo ou experiência, que se traduz
num aumento de competências e saberes.

- Podemos dividir os principais estudos sobre a aprendizagem em:

• Estudos comportamentais da aprendizagem – foca-se, essencialmente, nas


respostas externas e observáveis que resultam da aprendizagem.
• Estudos dos aspetos cognitivos - centra-se na análise dos processos internos
que nem sempre resultam num evento observável.

O que é o condicionamento clássico?

- O condicionamento clássico descrito por Pavlov é explicado recorrendo à sua


experiência com cães.
- Pavlov mostrou comida aos cães e tocou um sino ao mesmo tempo. Depois de um
tempo, os cães começaram a associar o sino com a comida. Eles aprenderam que
sempre que tocava o sino seriam alimentados. Eventualmente, apenas o toque do
sino fazia os cães salivarem. Eles aprenderam a antecipar a comida ao som do sino.

Isto pode ser compreendido do seguinte modo:

Estímulo incondicionado (comida) → resposta incondicionada (salivação)

- Em seguida, ele soava um sino para ver se o cão iria salivar, mas isso não aconteceu.

Estímulo neutro (sino) → Sem resposta (sem salivação)

- Em seguida, tocou o sino e ofereceu a comida, o que fez o cão salivar.

Estímulo incondicionado (comida) + estímulo neutro (sino) → resposta incondicionada


(salivação)

- Após a realização deste procedimento por um tempo, ele percebeu que o cão salivava
cada vez que o sino tocava, mesmo se a comida não fosse apresentada.

Estímulo condicionado (sino) → resposta condicionada (salivação)

- Através da experiência, Pavlov destacou que estímulos neutros podem ser


transformados em estímulos condicionados, produzindo uma resposta condicionada, e
que é possível mudar o comportamento involuntário através do condicionamento.

- Como a aprendizagem por condicionamento clássico explica aquisições cognitivas


através de uma resposta involuntária do sujeito diz-se que o seu papel é passivo.

- As conclusões de Ivan Pavlov no que diz respeito às repostas condicionadas e


aprendidas desempenham um papel fundamental na compreensão da alteração do
comportamento humano, bem como no avanço do tratamento de questões relacionada
com saúde mental.
O que é o condicionamento operante ou instrumental?

- Edward Thorndike utilizou a teoria do condicionamento para explicar comportamento


voluntários

- Aprendemos a comportarmo-nos de certa maneira no sentido de obter recompensas


ou evitar punições. A esta forma de aprendizagem chama-se condicionamento operante
ou instrumental.

- Thorndike estudou a inteligência animal, criando uma caixa-problema: uma caixa de


madeira com uma porta que podia ser aberta a partir de um mecanismo situado no
interior. Colocou um gato dentro da caixa com comida no lado de fora da mesma.

- Concluiu que o tempo necessário para sair da caixa diminuía consideravelmente à


medida que se repetiam os ensaios.

- Esta forma de aprendizagem (por tentativa e erro) deu o nome de lei do efeito, que
afirma o seguinte: numa dada situação, todo o ato que produz um estado satisfatório é
mantido e reforçado; inversamente, as ações cujos resultados conduzem a um estado
incómodo ou nulo serão tendencialmente enfraquecidas ou eliminadas.

- A lei do efeito de Thorndike é a primeira formalização do princípio que está por detrás
de toda a psicologia comportamentalista: a conexão entre o estímulo e resposta e a sua
relevância para o processo de aprendizagem e comportamento.

- O Condicionamento operante, ou instrumental foi investigado por Skinner, que afirma


a existência de uma aprendizagem mais complexa.

- O condicionamento operante explica como as consequências levam a mudanças no


comportamento voluntário. Há dois componentes principais no condicionamento
operante: reforço e punição.

- Os reforços tornam mais provável que o individuo volte a fazer, enquanto as punições
tornam menos provável.

• O reforço positivo é quando um comportamento é reforçado como


consequência de um resultado positivo, aumentando a probabilidade de voltar
a acontecer;
• O reforço negativo é um comportamento que é reforçado de forma a evitar ou
impedir uma condição negativa;
• A punição ocorre quando um comportamento é enfraquecido e a probabilidade
de voltar a acontecer diminui como consequência de uma condição negativa.
• A extinção é quando um comportamento é enfraquecido e até mesmo anulado
porque o resultado não nem a uma condição positiva nem a uma condição
negativa.

- O condicionamento operante está muito presente nosso quotidiano. Maior parte das
coisas que fazemos são influenciadas, num determinado nível, pelo condicionamento
operante.

- No condicionamento operante recorre-se à associação entre o comportamento e as


suas consequências, repetindo-o ou evitando-o consoante produza bons ou maus
resultados. Contrariamente ao condicionamento clássico, o condicionamento operante
implica um papel ativo do sujeito.
Quais são os aspetos cognitivos da aprendizagem?

• Aprendizagem por insight – os estudos foram desenvolvidos pelo psicólogo


Wolfgang Köhler sobre a inteligência dos chimpanzés e a sua capacidade de
resolução de problemas provaram que os mesmos não se limitaram a aprender
por tentativa e erro, mas aprendem também por insight ou compreensão súbita.
Desta forma a aprendizagem por insight é a compreensão da solução de um
problema. É uma experiência completamente cognitiva que consiste na
capacidade de visualizar o problema, pensar numa solução e de seguida iniciar
uma resposta comportamental.

• Aprendizagem latente - a aprendizagem latente é descrita como o tipo de


aprendizagem que não se manifesta imediatamente, mas pode ser solicitada
quando é necessária. Em outras palavras, quando uma recompensa
ou reforço está envolvido, a aprendizagem latente torna-se visível. A teoria é
sustentada por uma experiência realizada em ratos. Um rato era colocado num
o labirinto e ficava lá durante algumas semanas e por meio das suas
deambulações ia decorando o labirinto, mas só vemos evidências desse
conhecimento subjacente quando o mesmo usou o seu conhecimento para
chegar ao fim do labirinto onde esperava uma recompensa.

• Aprendizagem por observação e imitação – uma das teorias de maior influência


na psicologia é a da aprendizagem social de Albert Bandura, a qual defende que
as pessoas compreendem como se devem comportar através do
comportamento dos que os rodeiam, ou seja, através da aprendizagem por
observação. Bandura destacou quatro condições necessárias para que uma
pessoa se transforme com sucesso num modelo de comportamento de alguém:
atenção, retenção, reprodução e motivação. Para sustentar a sua teoria
Bandura realizou uma experiência com crianças usando o chamado boneco
Bobo. A experiência consistia na criação de 3 grupos de crianças, no primeiro
grupo um modelo adulto agredia violentamente o boneco, no segundo grupo o
modelo adulto brincava satisfeito e ignorava o boneco e no terceiro grupo não
existia modelos adultos. Verificou-se que o primeiro grupo de crianças ao brincar
com os brinquedos revelava um comportamento agressivo, agredindo o boneco
e outros brinquedos. O segundo grupo de crianças não foram agressivas com os
brinquedos pelo contrário, demonstraram um comportamento amigável com o
boneco. Através deste estudo, Bandura conseguiu demostrar com êxito que as
crianças aprendiam um comportamento social, neste caso a agressão, ao verem
o comportamento noutra pessoa.

Conclusão: enquanto que na aprendizagem comportamental o sentido está nos eventos


observáveis, na aprendizagem cognitiva destaca-se os processos mentais, que não são
diretamente observáveis. No primeiro caso, a aprendizagem resulta da associação entre
estímulos e respostas, no segundo caso, a aprendizagem recorre do processamento da
informação.

O que é a inteligência?

- É a capacidade de o individuo assimilar conhecimentos, recordar acontecimentos


remotos ou recentes, utilizar corretamente o pensamento e a razão, aprender com a
experiência, enfrentar com sensatez e precisão os problemas, adaptar-se ao ambiente
e estabelecer prioridades entre um conjunto de situações.

Charles Spearman

- Propôs a teoria bifatorial da inteligência.

- Acreditava que todo o comportamento inteligente tinha como base um único fator
geral essencialmente inato, que designou por fator G (inteligência geral), comuns a
todas as atividades inteligentes, e fatores S (aptidões específicas) desenvolvidos a partir
do fator geral que dependem da aprendizagem.

- Spearman considerava que o fator G incluía três componentes básicas: a apreensão


das experiências (capacidade para codificar informação), o estabelecimento de
relações (capacidade para inferir ou estabelecer relações entre duas ou mais ideias) e a
edução de correlatos (capacidade para aplicar a relação inferida, criado novas ideias). A
maior ou menos destreza nestas operações justificaria as diferenças individuais de
desempenho na inteligência geral dos indivíduos.

Louis Thurstone

- Thurstone defendeu que o fator G é insuficiente para descrever a inteligência em


geral e propôs sete aptidões gerais primárias: compreensão verbal, fluência verbal,
aptidões numérica e espacial, capacidade de memorizar, velocidade percetiva e
raciocínio lógico.

- Esta perspetiva ficou conhecida como a teoria multifatorial da inteligência.

Howard Gardner

- Este autor propôs a teoria das inteligências múltiplas, que consiste numa teoria
empírica, o que significa que o número de inteligências, a sua delimitação e
configuração podem ser alterados em função de novas observações e conclusões.

- Segundo a sua teoria as capacidades cognitivas humanas envolvem oito inteligências:

o Inteligência linguística – utilizada na leitura de livros, na escrita de textos e na


compreensão das palavras e discursos quotidianos.
o Inteligência lógico-matemática – implicada na resolução de problemas
matemáticos e em tarefas que exigem o pensamento dedutivo.
o Inteligência corporal-cinestésica – determinante para atividades desportivas,
dança e ações que exijam controlo e coordenação de movimento.
o Inteligência musical – ligada à execução, composição e apreciação de padrões
musicais.
o Inteligência espacial – que envolve a deteção de padrões e é usada na
interpretação e compreensão de mapas e na orientação de objetos e pessoas
num determinado espaço.
o Inteligência interpessoal – presente nas relações com os outros, permitindo
compreender as suas emoções e comportamentos.
o Inteligência intrapessoal – implicada na compreensão de si mesmo.
o Inteligência naturalista – utilizada para reconhecer e categorizar seres e objetos
da natureza, com animais, plantas e rochas, por exemplo.

Robert Sternberg

- Sternberg defendeu a existência de inteligências ou modos diferentes de ser


inteligente. Designa-se de teoria triárquica da inteligência.

- Defende que a inteligência é uma súmula de três inteligências:

o Inteligência criativa – capacidade de ir além dos dados, planear, criar e inventar


ideias novas e interessantes que permitem resolver novos problemas.
o Inteligência analítica – capacidade de analisar, comparar e avaliar ideias,
resolver problemas conhecidos e tomar decisões.
o Inteligência prática – capacidade para transformar a teoria na prática, isto é,
transformar as realizações humanas abstratas em produções práticas.

- A inteligência é mais do que a soma de um conjunto de competências verbais ou


matemáticas, envolve um conjunto de dimensões que nos permite a resolução de
problemas, a adaptação aos desafios e a mudanças do meio numa relação bem-
sucedida com os outros e com o mundo que nos rodeia.
A Emoção

O que é a emoção?

- As emoções são reações geralmente repentinas, transitórias e complexas,


significativas para o individuo.

- Envolvem elementos psicológicos, comportamentais e fisiológicos.

- Pode distinguir-se entre emoções primárias (reconhecidas por todos os indivíduos e


culturas) e emoções secundárias (dependem da experiência social para a sua
construção, desenvolvendo-se em determinados contextos sociais ou culturas).

- Normalmente as emoções são exteriorizadas (públicas) e o individuo nem sempre tem


consciência delas.

O que são sentimentos?

- São experiências mentais privadas, que podem ser originados por emoções.

- São subjetivos e implicam, geralmente, um maior grau de consciência.

O que são afetos?

- São sensações subjetivas imediatas (positivas ou negativas) que o individuo


experimenta na relação com uma pessoa, objetos ou situação e que orienta o seu
comportamento.

Dimensões biológicas e sociais dos processos emocionais

As emoções são compostas por três componentes desencadeadas por um estímulo


interno ou externo:

o Componente cognitiva – interpretação e significados atribuídos aos estímulos


sensoriais
o Componente neurofisiológico – ativação dos sistemas nervoso e endócrino
o Componente comportamental – dimensão observável das emoções

- Quando desencadeamos uma resposta emocional, todo o nosso corpo é envolvido,


mas existem estruturas que assumem papéis específicos a nível neurofisiológico.

- As duas mais importantes são a amígdala (pequena estrutura do sistema límbico) e o


córtex orbitofrontal (região do córtex pré-frontal ligada ao sistema límbico)

Exemplo:

- Suponhamos que entramos em casa, com as luzes apagadas, e deparamo-nos com


alguém na penumbra atrás da porta.

- Neste momento, desenvolvemos uma resposta emocional de medo, que implica as três
dimensões biológicas referidas.

- Numa primeira fase, a imagem da sombra atrás da porta é enviada para o tálamo e
deste para o córtex visual, que tem o papel de a interpretar (componente cognitiva).

- Se a imagem da sombra for interpretada como ameaçadora, é enviada uma mensagem


à amígdala (estrutura do sistema límbico), que é ativada (componente neurofisiológico),
dando lugar a um conjunto de reações, no sentido de nos protegermos da ameaça
(componente comportamental).

- Neste exemplo, dado que é exigida uma resposta rápida, não há tempo para percorrer
todos estes passos.

- Para podermos responder rapidamente a uma situação de perigo, estamos equipados


com um atalho neural, uma espécie de via de emergência.

- Assim, antes de os centros corticais terem sequer tempo de processar toda a


informação, uma parte do sinal segue diretamente do tálamo para a amígdala, que
desencadeia imediatamente as reações neurofisiológicas necessárias ao ataque ou à
fuga.

- A amígdala e o sistema límbico são essenciais ao correto funcionamento das emoções.


O que é o córtex orbitofrontal?

- Esta região cortical é particularmente importante no planeamento e na coordenação


de comportamentos destinados a atingir objetivos, está envolvido no processamento
de estímulos emocionais, em especial o que se relacionam com as interações sociais.

- É responsável por respostas emotivas que orientam os nossos comportamentos.

- A perda desta função pode implicar resultados desastrosos nas respostas


comportamentais humanas.

O que são marcadores somáticos?

- António Damásio, neurocientista português formulou o conceito de marcador


somático, que consistem em mecanismos automáticos que orientam e suportam
decisões.

- Quando experimentamos uma ação, ela desencadeia uma reação emocional baseada
na nossa história. Isto ocorre como resultado de uma reação somática involuntária,
construída a partir das sensações psicossomáticas agradáveis ou desagradáveis sentidas
no passado.

- Segundo a nossa experiência passada, tendemos a repetir ações que nos


desencadeiam resultados agradáveis e a evitar ações que produzam maus resultados.

- O conceito de marcador somático é determinante para compreendermos hoje que


existe uma estreita relação entre os aspetos cognitivos e emocionais nas nossas
tomadas de decisão.

- Sentimentos, emoções e aprendizagem estão interligados.

O que é a assimetria cerebral das emoções?

- O neuropsicólogo Richard Davidson investigou o envolvimento do córtex pré-frontal


da emoção, tendo concluído que existe uma maior ativação do córtex pré-frontal direito
na presença de emoções negativas e uma maior ativação do córtex pré-frontal
esquerdo perante emoções positivas.

- Esta lateralização das emoções relaciona-se, de certa forma, com a maior, ou menor
motivação, isto é, com a maior ou menor confiança na busca de objetivos.

Paul Ekman

- Defende que há um conjunto de emoções básicas inatas.

- Estas emoções e suas respetivas expressões faciais são expressas e reconhecidas por
todos os seres humanos, constituindo-se como um importante meio de comunicação
não verbal.

- Expressões faciais de medo, ira, nojo, espanto, tristeza e alegria foram identificadas
por pessoas de diversas culturas, o que permitiu concluir que essas emoções básicas são
universais, fáceis de ler e comunicar, e associadas a expressões involuntárias,
previsíveis e inatas.

- Ekman não descarta a influência de fatores ambientais na forma como se exprimem


as emoções primárias.

Emoções primárias e emoções secundárias

- As emoções primárias são emoções partilhadas por indivíduos de todas as culturas e


estão ligadas a processos neurais e fisiológicos específicos.

- Para além das emoções primárias, existe também um conjunto de emoções


secundárias fortemente influenciadas pela cultura, como o ciúme, a vergonha, entre
outros. São emoções associadas às relações sociais e nas quais os aspetos socioculturais
apreendidos são muito significativos.
Qual o papel que os processos emocionais desempenham na nossa vida quotidiana?

- As emoções têm um importante impacto na forma como aprendemos, memorizamos,


interagirmos ou decidimos.

- O interesse pelo papel dos processos emocionais no quotidiano deu origem ao conceito
de inteligência emocional.

- O conceito de Inteligência Emocional corresponde, à forma como cada indivíduo


controla as respostas às suas emoções sem afetar decisões consideradas racionais,
incluindo a capacidade de um indivíduo se motivar e não desistir, controlando ainda
impulsos. Esta tem em si, dois tipos de inteligência, interpessoal e intrapessoal,
baseados no modelo de Gardner, das inteligências múltiplas.

- Usar o potencial emocional de forma inteligente na relação com os outros é


extremamente relevante para o ser humano.

- Segundo John Mayer e Peter Salovey, a inteligência emocional apresenta um conjunto


de capacidades mentais que facilitam a resolução de problemas e oferece recursos
criativos para resolver desafios do quotidiano.

- O modelo apresentado por estes dois psicólogos propõe quatro habilidades inter-
relacionadas:

✓ perceção, valorização e expressão da emoção;


✓ facilitação emocional das atividades cognitivas;
✓ compreensão da informação emocional e aplicação do seu conhecimento;
✓ regulação da emoção.
Processos conativos

- A conação está relacionada com a intenção, o esforço ou a vontade que nos leva a
agir em função de um objetivo, que pode ir além da satisfação das necessidades
especificas de um individuo.

- O termo conação remete para a iniciativa de ação, para aquilo que nos motiva a agir,
para o empenho, a vontade e os desejos que movem os indivíduos em direção ao um
fim.

- Todos os organismos procuram o equilíbrio (homeostasia). Neste sentido, todos os


seres humanos são biologicamente programados para, por exemplo, tentar dormir
quando têm sono ou procurar comida quando têm fome.

- Estas tendências são impulsos que orientam o comportamento dos indivíduos para a
satisfação de necessidades.

- O ser humano não é só motivado por tendências biológicas, mas também por
intenções.

O que são intenções?

- São processos psicológicos e sociais complexos que orientam a ação em função de


desejos, expetativas, crenças, emoções, objetivos, entre outros.

O que é vontade?

- Diz respeito à capacidade de o individuo orientar de forma consciente a sua ação, à


liberdade de deliberar e de tomar decisões, ao esforço dirigido para a realização de
objetivos, ao controlo do próprio comportamento.
A experiência do psicólogo Walter Mischel

- A experiência consistia em deixar uma criança de 4 anos numa sala diante de um


marshmallow com a instrução de que se fosse capaz de esperar até que o adulto voltasse
à sala sem comer o doce receberia um outro e poderia comer ambos.

- Pretendia observar se as crianças resistiam à tentação de comer o doce naquele


momento, sabendo que podiam ganhar mais um doce se somente esperassem.

- No estudo original, uma em cada três crianças conseguiu não comer o doce.

- Cerca de 18 anos mais tarde, os investigadores analisaram as crianças do estudo


original e mediram o seu nível de escolaridade e índice de massa corporal.

- O estudo revelou que as crianças que foram capazes de esperar pelas recompensas
tendiam a ter melhores resultados na vida.

- Por outras palavras, os indivíduos que conseguiram contrariar a tendência em nome


de um objetivo considerado mais importante aparentam maior perseverança e menor
propensão para ceder à frustração.

O que é a hierarquia das necessidades?

- Abraham Maslow desenvolveu uma proposta relativa à hierarquia de necessidades


que concilia aspetos biológicos e psicológicos.
- As necessidades humanas podem ser hierarquizadas em função da importância que
assumem para o individuo.

- Assim, em primeiro lugar, no nível mas a baixo da pirâmide estão as necessidades


fisiológicas, como a necessidade de respirar ou de comer; em segundo lugar, as
necessidades de segurança, como a necessidade de proteção, abrigo ou estabilidade;
em terceiro lugar, as necessidade de afeto e pertença, como necessidades de amor,
família ou dos amigos; seguem-se as necessidades de estima, como o sucesso ou a
reputação, e, finalmente, as necessidades de autorrealização, como a realização do
potencial pessoal.

- O modelo de Maslow foi criticado por não explicar o facto de existir indivíduos capazes
de deixar de lado uma necessidade básica, associada ao nível mais baixo da pirâmide,
em nome de um ideal. Por exemplo, alguém fazer greve de fome até à morte na luta
contra a fome no mundo.

- O comportamento motivado está associado a diferentes regiões do cérebro, como as


regiões pré-frontais dos lobos frontais, o córtex cerebral e o sistema límbico.

- No que diz respeito à manutenção da vida, o hipotálamo desempenha um papel


particularmente importante: tem como função coordenar as respostas fisiológicas aos
estímulos, organizando o comportamento no sentido da manutenção do equilíbrio
interno do organismo.

- O hipotálamo tem, por exemplo, um importante papel nos estímulos da fome e da


saciedade.

- Considera-se assim que a motivação não é só de natureza biológica nem deriva


unicamente de carências, está também associada à tensão que leva à realização pessoal,
sabendo que o empenho que cada pessoa dedica a determinado projeto depende da
importância que atribui ao objetivo e ao incentivo a atingir.
A mente

- A mente é o lugar onde os processos cognitivos, emocionais e conativos coexistem de


forma harmoniosa.

- A mente inclui: a criação, a transformação e a utilização de informação (cognição); a


dimensão efetiva e sentimental das vivências (emoção) e as intenções e energia dirigidas
no sentido da realização dos desejos (conação).

- Resumindo; a mente é um conjunto integrado de processos cognitivos, emocionais e


conativos, já que engloba todos os fenómenos intelectuais e psicológicos.

- A mente é um sistema de construção do mundo que nos rodeia, somos capazes de


construir a nossa história pessoal porque pensamos sobre as nossas vivências, sobre o
significado emocional que atribuímos às nossas experiências e sobre as nossas ações e
as de todos os demais com quem nos relacionamos.

- Umas das principais atividades da mente é pensar.

O que é o pensamento?

- É o protagonista da construção de significados que dão sentido ao nosso mundo.

- Implica a articulação de ideias, imagens, representações mentais ou outros elementos


mentais.

- No pensamento incluímos a imaginação, as lembranças, as soluções de problemas, os


devaneios entre outras coisas.

- O pensamento é simbólico e não é diretamente observável.

O que é a imaginação?

- É uma aptidão do pensamento para formar e ativar imagens mentais ou


representações e construir mentalmente situações.
- A imaginação reprodutora e a imaginação criadora conjugam-se, permitindo-nos
recordar o passado, viver o presente e planear o futuro.

O que são conceitos?

- Os conceitos são representações mentais, abstratas, universais e unívocas das


características essenciais de um conjunto de seres ou objetos.

- São formados por abstração e generalização a partir de características observadas nos


vários seres ou objetos.

- Estes conceitos são organizados em categorias, ou seja, estabelecem relações entre si,
o que nos permite pensar mais rapidamente nas coisas.

- Os conceitos e as categorias permitem que o pensamento seja mais rápido e


organizado.

Resolver problemas

- Outra habilidade essencial da mente é a resolução de problemas.

- Ao pensar e procura soluções para os nossos problemas, usamos duas formas de


pensamento distintas: o pensamento convergente e o pensamento divergente.

o Pensamento convergente: é uma forma de pensamento que produz respostas


sobre tudo baseadas na lógica e no conhecimento. Obedece a esquemas rígidos
que nos permite encontrar rapidamente uma solução, contudo deixa muito
pouco espaço para que possam ser encontradas novas formas de resolver o
problema, o que pode condicionar a evolução do conhecimento.
o Pensamento divergente: é uma forma de pensamento criativo em que são
exploradas várias direções ou soluções possíveis. É um pensamento criador que
não se limita à solução experimentada. Implica a exploração cognitiva de várias
alternativas, aumentando o número de possibilidades de resposta. Constitui a
base para a evolução do pensamento e para a descoberta de novas soluções.
Fixidez funcional

- O psicólogo alemão Karl Duncker criou um teste que ficou conhecido como problema
da vela. Trata-se de um desafio cuja solução implica recorrer a estratégias de inovação
e descoberta baseada na heurística.

- A dificuldades que a maioria das pessoas enfrenta face a este desafio são causadas por
aquilo que Duncker designou por fixidez funcional, que implica sentir a dificuldade de
olhar para o problema através de um ângulo diferente. Para chegar à solução do
problema é preciso ver a caixa, não na função usual de recipiente de pionés, mas como
uma plataforma na qual é possível apoiar a vela.

O que é a identidade?

- Corresponde à noção que um individuo tem de si próprio e que é definida por um


conjunto de características físicas e psicológicas particulares e por uma série de
afiliações e papéis sociais.

- Aquilo que cada um de nós é resulta, normalmente, de três componentes:

o Autoimagem: que diz respeito à forma como cada um de nós se vê a si próprio,


ou seja, a sua imagem corporal e a sua noção acerca das suas principais
capacidades e dificuldades.
o Autoestima: consiste no que cada um pensa de si mesmo, a sua autoavaliação,
isto é, os aspetos que valoriza ou desvaloriza em si próprio.
o Eu ideal: represente a imagem perfeita que cada um tem em si ou gostava de
desenvolver em si mesmo, quer por pressão social quer em relação aos ideais
que foi perfilhando ao longo da vida. No eu ideal incluem-se as aspirações que
cada um tem para si mesmo.

Você também pode gostar