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OS AGENTES RESPONSÁVEIS PELA TRANSMISSÃO

DAS CARACTERÍSTICAS
GENÉTICAS:

No caso dos seres humanos, os agentes responsáveis pela transmissão das


características genéticas são as células germinativa: o ovócito e o
espermatozoide (oriundos da mãe e do pai, respetivamente)
 Nós e os outros:

A cada espécie de seres vivos corresponde um conjunto de características


próprias que se distinguem.

Hoje, graças ao desenvolvimento da ciência, Biologia Molecular e da


Genética, temos novas respostas a perguntas antigas.

Em psicologia tem-se vindo a desenvolver uma área específica – Genética


do Comportamento – que investiga as influências hereditárias na forma
de ser e de se comportar dos indivíduos

 Agentes responsáveis pela transmissão


hereditária:

Muitos aspectos dos seres humanos são transmitidos por


hereditariedade. Muitas das nossas características, quer em termos
da nossa constituição física, quer em termos do nosso
comportamento, são herdados, já nascem connosco.

 No começo…

O óvulo e o espermatozóide: cada um de nós resultou da sua


junção que gerou uma célula: o ovo. São precisamente células
reprodutoras responsáveis pela hereditariedade.
O ovo, é assim, a primeira célula que constitui o indivíduo. Esta
célula vai dividir-se em duas, que por sua vez se subdividirão até
gerar o organismo – mitose.
Este processo de divisão celular está na base da produção das
células novas que também têm por função substituir as que
morrem. É, portanto um processo que está subjacente ao
crescimento e desenvolvimento do indivíduo ao longo da sua vida.

 Cromossomas e herança genética

Os seres humanos, são constituídos por células que apresentam


uma organização completa – núcleo. É no interior deste que se
encontra a informação genética responsável pelas características
de cada espécie e de cada indivíduo.

No período de divisão celular, é possível observar longos filamentos


enrolados – cromossomas. Estes são constituídos quimicamente
por ADN e por proteínas. Os cromossomas constituem o suporte
dos genes. São as estruturas mais importantes das células, uma vez
que são responsáveis pela transmissão de informação hereditária.

As células de um organismo da mesma espécie têm o mesmo


número de cromossomas (menos os sexuais). O número e a forma
dos cromossomas são característicos de cada espécie, sendo
designado por cariótipo.

 Cromossomas sexuais
Geralmente os cromossomas numa célula organizam-se em pares
semelhantes, dois a dois, excepto o par de cromossomas sexuais.
A espécie humana tem 23 pares de cromossomas: 22 são comuns aos
dois sexos. O par 23 – par cromossoma sexual – é distinto.

Mulher - XX ↔ Homem - XY

Sendo assim, o pai é que define o sexo da criança.

 ADN – componentes e estruturas

Dois cientistas apresentaram um modelo tridimensional para a


estrutura do ADN. Segundo estes cientistas, cada molécula de ADN
assemelha-se a duas cadeias enroladas em hélice – dupla hélice.

Os degraus da escada são constituídos por 4 bases azotadas:


adenina (A), timina (T), guanina (G) e citosina (C).

Estas bases estão ligadas duas a duas; A-T G-C.

A cada conjunto formado por uma desoxirribose, uma molécula de


ácido fosfórico e uma base azotada dá-se o nome de nucleótido. Este
constitui a unidade básica do ADN.

É o número e a sequência dos nucleótidos que definem as


características de cada ser vivo. Um dos maiores desafios da ciência
consiste na análise da estrutura do ADN, com o objectivo de se
construir um mapa com a posição dos cromossomas que
constituem os genes humanos – genoma humano.
 Genes
Segmentos de ADN com um determinado número de nucleótidos e com
uma ordem própria constituem uma unidade de linguagem química –
gene. O gene é um segmento de um cromossoma a que corresponde um
código distinto, uma informação para produzir uma determinada protéina
ou controlar uma característica
Um cromossoma contém vários genes que são responsáveis por todas as
características físicas do indivíduo. Os genes não actuam isolados,
cooperam entre si, influenciando-se.

Nos últimos anos têm-se desenvolvido investigações para identificar o


genoma, isto é, o conjunto de genes que constituem o ser humano.

De facto o que distingue os seres humanos de outros seres vivos é a


grande complexidade das associações entre os genes.

Um cromossoma de cada par é transmitido pela mãe e outro pelo pai, dai
que todos os seres humanos dispõem de duas variações de cada gene. Os
cromossomas, com forma e estruturas idênticas, dizem-se cromossomas
homólogos. Em cada par de cromossomas homólogos existem genes com
informação para o mesmo carácter, isto é, situados no mesmo locus – são
designados por genes alelos: o alelo é herdado da mãe e outro do pai.

Quando os alelos têm informação igual os indivíduos são homozigóticos,


quando a informação é contrastante chamam-se heterozigóticos.
Diz-se que um gene é dominante quando produz efeito mesmo presente
num só alelo. E diz-se recessivo quando apenas faz efeito quando presente
nos dois alelos.

A constituição genética de um individuo para um determinado carácter e


constitui o genótipo do individuo, o modo como o genótipo se vai
manifestar no indivíduo corresponde ao fenótipo: o fenótipo resulta da
expressão do genótipo em interacção com o ambiente.

 Genes de desenvolvimento

Ora, os genes não constituem estruturas homogéneas, isto é, não são


todos iguais e não têm todos a mesma relevância. Têm diferentes
importâncias. Os genes de desenvolvimento, que codificam a forma do
organismo definindo, por exemplo, a pertença a uma dada espécie. São
estes genes que desenham o padrão do organismo. São por isso,
designados também por “genes arquitectos” dado que a sua expressão
permite construir o indivíduo.

Apesar de a natureza não mudar, podem originar novos órgãos como


consequência de mutações.

Estes genes desempenham um papel decisivo nas etapas de construção


do cérebro. Pensa-se que estão envolvidos no prolongamento da
construção do cérebro, isto explica um órgão desenvolver-se até à
morte.

 Meiose e variabilidade genética

A quantidade de material genético em casa espécie mantém-se constante


de geração em geração graças à ocorrência de um processo de divisão
celular – meiose.

46 → 23 Cromossomas – por meiose


Se não ocorre-se este fenómeno a próxima geração seria composta por 92
cromossomas, o eu se traduziria numa alteração das características da
espécie.

Durante a meiose ocorrem duas divisões do núcleo. Divisão I (redução dos


cromossomas) e divisão II.

A separação, ao acaso, dos cromossomas homólogos, contribui para a


variabilidade genética. Os gâmetas possuem um cromossoma de cada par
de homólogos presentes na célula-mãe que lhes deu origem. Há sempre
uma separação aleatória dos cromossomas homólogos – um da mãe e
outro do pai - (o que faz a célula-filha ser de constituição genética
diferente da célula-mãe). Se são cromossomas homólogos são portadores
do mesmo tipo de genes, mas que depois se vão trocar entre si. Quer
dizer, os cromossomas semelhantes, homólogos, são os que se agrupam
no mesmo par, podem ter (por exemplo da mãe) um gene recessivo e
outro (do pai) ter um gene dominante, mas há também assim uma
distribuição dos cromossomas que é ocasional. A cada par de
cromossomas, um de origem materna e outro de origem paterna, chama-
se cromossomas homólogos, que têm a mesma forma, estrutura, e têm
informação genética para os mesmos caracteres.

A fecundação tem como consequência uma duplicação cromossómica. No


entanto, para que a quantidade de DNA de cada espécie se mantenha
constante de geração em geração, é preciso que ocorra um processo de
divisão nuclear, a meiose. Neste processo, o número de cromossomas é
reduzido para metade. Origina células que vão ter apenas um
cromossoma (n) de cada par de cromossomas homólogos da célula
original. Esta separação ocorre ao acaso a partir dos cromossomas
homólogos.

A distribuição dos cromossomas não é certa.

Se os cromossomas homólogos fossem idênticos, esta distribuição não


faria sentido, mas uma vez que são distintos, haverá gâmetas com
combinações de genes muito diferentes das que ocorrem em qualquer
dos progenitores.

A meiose é de grande importância, pois contribui para a variabilidade


genética.
A clonagem corresponde ao inverso da variabilidade genética : o clone é
um duplo genético.

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