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Relatório Experimental:
Cruzamento Drosophila melanogaster
Um trabalho de:
FIG 1.8: Comparação lado a lado de pupa normal e com o balanceador TM6B.................8
FIG 1.12: Comparação das asas de mosca com balanceador CURLY a asas normais.......10
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Lista de Tabelas
Tabela 3.3: Xadrez mendeliano da F1 machos olhos vermelhos x fêmeas olhos brancos....16
Tabela 3.4: Xadrez mendeliano da F2 machos olhos brancos x fêmeas olhos vermelhos....17
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Metodologia
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FIG 1.1: Primeira observação microscópica
Numa segunda ida ao laboratório, iniciou-se com a Dr. Alexandra a montagem da experiência.
Escolhemos utilizar para a primeira geração fêmeas de olhos vermelhos e machos de olhos
brancos. Deste modo, recorreu-se a um processo de seleção de entre um meio de cultura w-
(olhos brancos) dos machos e de um meio de cultura W (olhos vermelhos) de fêmeas virgens
(moscas que apresentem uma mancha preta na zona do abdómen que indica que o intestino não
foi utilizado, ou seja, que a mosca é muito jovem e, como tal, imatura sexualmente) para que
pudéssemos garantir a veracidade dos resultados, relativamente, a uma possível presença de
ovos de cruzamentos passados. Para este processo recorreu-se à utilização de uma placa de CO2
responsável por adormecê-las eficazmente, possibilitando a sua manipulação. Quando
obtivemos os machos e as fêmeas que necessitávamos (FIG 1.4) colocámo-las num novo meio
de cultura (FIG 1.5).
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FIG.1.3: Fêmea de olhos vermelhos virgem
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Demos, então, por concluída uma primeira fase do trabalho projeto, dado que, toda a pesquisa
teórica estava concluída, bem como a montagem da experiência que nos permitia responder à
questão a analisar: “De que modo se transferem as diferentes características de geração em
geração?”.
Após um período de cerca de duas semanas, tempo necessário para o seu desenvolvimento,
regressámos ao laboratório para fazer a contagem da 1ª geração. Verificou-se que todas
apresentavam olhos vermelhos.
Devido ao interesse demonstrado por nós face ao ciclo celular, nomeadamente aos
cromossomas, a Doutora Alexandra apresentou-nos os double-balencers, que são muito
utilizados em laboratório. Estes são iguais a cromossomas, apresentando pequenas inversões,
de modo a estabilizar um genótipo com a característica que desejarmos. Isto é possível porque
os alelos com balanceador nunca se emparelham entre si, dado que, nesse estado, são letais,
pelo que se associam a alelos normais e passam a característica de geração em geração. Deste
modo, iniciou-se um novo meio de cultura, no qual se utilizou fêmeas virgens sem
balanceadores e machos com os balanceadores IF (olhos amendoados) e CURLY (asas
encaracoladas) no cromossoma II e MKRS (pelos mais grossos) e TM6B (tufo de pelo no olho)
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no cromossoma III. O balanceador TM6B é o único que se pode observar recorrer ao genótipo
dado que as larvas são mais gordas.
FIG 1.8: Comparação lado a lado de pupa normal e com o balanceador TM6B
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FIG 1.9: Processo de seleção das fêmeas virgens.
Novamente, após um período de espera de duas semanas, regressámos para uma última
observação e respetiva verificação dos resultados.
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Em relação ao cruzamento com os machos balanceados, os descendentes poderiam apresentar
apenas uma característica relativa a cada cromossoma, pelo que, a nossa observação foi apenas
para confirmar as que se manifestaram.
FIG 1.12: Comparação das asas de mosca com balanceador CURLY a asas normais
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Resultados
Do cruzamento entre linhagens puras de fêmeas de olhos vermelhos e machos de olhos brancos
obteve-se que 100% das moscas tinham olhos vermelhos.
Branco 0% 0%
TABELA 1.1: Resultados obtidos na F1
Do cruzamento da geração F2, das 343 moscas, obteve-se 283 moscas de olhos vermelhos e 60
machos de olhos brancos, pelo que não verificou a existência de fêmeas de olhos brancos.
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Relativamente ao cruzamento das fêmeas com machos balanceados, não efetuamos nenhuma
contagem, porém observámos as seguintes combinações correspondentes aos cromossomas II
e III.
+ 𝐼𝐹 𝑀𝐾𝑅𝑆
♀ x ; ♂
+ 𝐶𝑌𝑂 𝑇𝑀6𝐵
F1
+ +
(II) ou
𝐼𝐹 𝐶𝑌𝑂
+ +
(III) ou
𝑀𝐾𝑅𝑆 𝑇𝑀6𝐵
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Discussão dos Resultados
♂\♀ W+ W+
w- W+w- W+w-
w- W+w- W+w-
TABELA 2.1: Xadrez Mendeliano inicial
Deste xadrez podemos averiguar que 100% das moscas apresentariam um genótipo W+w- e
um fenótipo de 100% olhos vermelhos.
Na geração F2 obtivemos das 343 moscas uma proporção fenotípica de cerca de ¾ com olhos
vermelhos e ¼ olhos brancos, sendo estes últimos apenas machos. Recorrendo, novamente, a
um xadrez mendeliano podemos observar que as proporções estão de acordo com o que seria
previsto, no entanto, não é possível obter uma explicação para todos os olhos brancos serem
machos com o xadrez abaixo:
♂\♀ W+ w-
W+ W+W+ W+w-
w- W+w- w-w-
TABELA 2.2: Xadrez Mendeliano xadrez da segunda geração
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De acordo com este xadrez 25% das moscas apresentam genótipo W+W+, 50% W+w- e 25%
w-w- e um fenótipo de 75% olhos vermelhos e 25% olhos brancos.
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Considerações Finais
Após uma reflexão dos resultados obtidos face a uma descendência de olhos brancos apenas
composta por machos, pudemos inferir que esta característica está associada ao cromossoma
X, isto porque, ao contrário das fêmeas que apresentam dois cromossomas X, os machos apenas
apresentam um. Deste modo a informação contida será a manifestada seja esta dominante ou
recessiva. Ao contrário das fêmeas que como apresentam dois, a característica manifestada será
a dominante, neste caso, os olhos vermelhos. Assim, obtemos o seguinte xadrez mendeliano:
♂\♀ 𝑋 𝑊+ 𝑋 𝑊+
𝑋 𝑤− 𝑋 𝑊+ 𝑋 𝑤− 𝑋 𝑊+ 𝑋 𝑤−
Y 𝑋 𝑊+ 𝑌 𝑋 𝑊+ 𝑌
♂\♀ 𝑋 𝑊+ 𝑋 𝑤−
𝑋 𝑊+ 𝑋 𝑊+ 𝑋 𝑊+ 𝑋 𝑊+ 𝑋 𝑤−
Y 𝑋 𝑊+ 𝑌 𝑋 𝑤− 𝑌
Embora não tenhamos realizado o cruzamento entre machos de olhos vermelhos e fêmeas de
olhos brancos podemos inferir com base nas conclusões da atividade experimental anterior que
o resultado da F1 e F2 seriam respetivamente:
♂\♀ 𝑋 𝑤− 𝑋 𝑤−
𝑋 𝑊+ 𝑋 𝑊+ 𝑋 𝑤− 𝑋 𝑊+ 𝑋 𝑤−
Y 𝑋 𝑤− 𝑌 𝑋 𝑤− 𝑌
TABELA 3.3: Xadrez mendeliano da F1 machos olhos vermelhos x fêmeas olhos brancos
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♂\♀ 𝑋 𝑊+ 𝑋 𝑤−
𝑋 𝑤− 𝑋 𝑊+ 𝑋 𝑤− 𝑋 𝑤− 𝑋 𝑤−
Y 𝑋 𝑊+ 𝑌 𝑋 𝑤− 𝑌
TABELA 3.4: Xadrez mendeliano da F2 machos olhos brancos x fêmeas olhos vermelhos
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