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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CATARINENSE – Campus Rio do Sul

Aline Cristina Paulakoski

David Pires de Azeredo Neto

Débora Füchter

Djonatan Deivid Mariano

OBSERVAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS DE HEREDITARIEDADE DE


INDIVÍDUOS DE
DROSOPHILA MELANOGASTER DA GERAÇÃO G8F1

Rio do Sul-SC

Maio/ 2019
Aline Cristina Paulakoski

David Pires de Azeredo Neto

Débora Füchter

Djonatan Deivid Mariano

OBSERVAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS DE HEREDITARIEDADE DE


INDIVÍDUOS DE
DROSOPHILA MELANOGASTER DA GERAÇÃO G8F1

Relatório de genética referente

as aulas práticas realizadas no

laboratório de fisiologia vegetal

com Drosophila melanogaster

Professora: Isabel Cristina Muller

Rio do Sul-SC

Maio/ 2019

1
SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3
2-OBJETIVO .................................................................................................................. 6
3- MATERIAIS ............................................................................................................... 6
4-PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................. 7
5-RESULTADOS E DISCUSÃO .................................................................................. 9
6-CONCLUSÃO ........................................................................................................... 13
7-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 13

2
1-INTRODUÇÃO

As características hereditárias de transmissão de um indivíduo são responsáveis


pelas semelhanças entre organismos da mesma espécie, lhe conferindo características
comuns a todos, porém, também são responsáveis pelas diferenças apresentadas uns com
os outros. O fator responsável por essa transmissão hereditária é o DNA presente nas
células reprodutivas masculinas e femininas. Quando esses gametas se combinam na
fecundação decorrente da reprodução sexuada, origina indivíduos com características
genotípicas tanto do pai quanto da mãe que lhe deram origem denominadas de
características hereditárias de transmissão, que poderão ser passadas para suas próximas
gerações (WERNECK et al; S.d).
As características hereditárias de transmissão portadas pelos indivíduos foram
denominadas como sendo dominantes e recessivas por Mendel por volta de 1965 , após
notar em seu experimento que cruzando plantas de ervilhas puras para cor amarela e
textura lisa com plantas de ervilha puras para cor verde e textura rugosa, obtinha-se 100%
das plantas de ervilha de cor amarela e textura lisa, denominadas geração F1, originadas
do cruzamento de plantas homozigotas (pura) para as características cor amarela e textura
lisa e verde de textura rugosa, concluindo que a característica/fator de cor amarela e
textura lisa era dominante sobre o fator verde e textura rugoso. Assim Mendel formulou
sua primeira lei a qual consistiu no princípio da segregação das características onde as
características de um indivíduo são condicionadas por um par de genes herdados um pela
mãe e o outro pelo pai que se separam na formação de gametas contendo apenas uma
única característica a ser transmitida (FRIDMAN; S.d ).
Em um segundo experimento, Mendel realizou novamente o cruzamento
de plantas de ervilhas puras para cor amarela e textura lisa com plantas de ervilha puras
para cor verde e textura rugosa, e como já esperado 100 % de plantas de ervilha de cor
amarela e textura rugosa, obtendo a geração F1. Em seguida Mendel cruzou as plantas da
geração F1 entre umas com as outras e desse cruzamento se originaram as plantas da F2
com os seguintes fenótipos; amarelas e lisa, verdes e lisas, amarelas e rugosas e verdes e
rugosas na proporção de 9:3:3:1. Através desse segundo experimento Mendel observou
que as características verde de textura rugosa presente na planta de ervilha homozigota
3
recessiva que originaram a geração F1 e não estavam presentes na geração em questão,
apareceram novamente na geração F2, concluindo que as plantas da geração F1 resultante
do cruzamento de plantas homozigotas dominantes e homozigotas recessivas eram
heterozigotas, ou seja, possuíam em seu genótipo as características dominantes amarela
e lisa e as características recessivas verde rugosa. Além disso a proporção de plantas
obtidas com 4 genótipos diferentes fez com que Mendel deduzisse que a característica de
cor amarela era independente da textura lisa podendo ser expressa juntamente com outras
características como por exemplo de cor amarela e textura rugosa, porém para que a cor
verde e textura rugosa fosse apresentada no fenótipo da planta era necessário a presença
de dois alelos recessivos para essas características. Após esse experimento Mendel
formulou sua segunda lei baseado no princípio da segregação independente dizendo que
na divisão dos gametas as características se segregam de maneira independente onde cada
gameta fica com um único gene do par, sendo que ambos os genes podem conter
características dominantes ou recessivas a determinado fator (FRIDMAN; S.d ).
Em alguns casos essas características hereditárias de transmissão podem resultar
em algumas mutações, em consequência a sequência de pares de base ou ainda por
hereditariedade ligada ao sexo. Um exemplo clássico dessa hereditariedade por sexo é o
macho da mosca das frutas (Drosophila melanogaster) o qual apresenta olho branco na
geração F1, porem no retrocruzamento dessa geração obteve-se na F2 fêmeas com olhos
brancos, o que levou a conclusão de que o mutante de olhos brancos era relacionado a
características de herdabilidade dos cromossomos x das moscas fêmeas. (MOORE;
1986).
Quanto à sua morfologia, a mosca das frutas apresenta o corpo dividido em
cabeça, tórax e abdómen. Na cabeça, possui um par de antenas, olhos podem apresentar
coloração vermelha branca ou sépia com modificação no formado de normal para olho
BAR e aparelho bucal sugador labial; seu tórax, é constituído por 3 segmentos, sendo o
primeiro par de pernas localizado no protórax, cuja em machos apresenta o pente sexual,
e o segundo e terceiro no metatorax. Em seu abdómen, a uma nítida segmentação
constituída de listras de cor preta onde em machos a parte posterior do abdomem com
uma faixa mais larga (figura 01). O tempo médio de vida das fêmeas é de 26 dias e de 33
para o macho, sendo que os mutantes podem apresentar um tempo de vida mais curto, seu
ciclo de vida apresenta 4 fases: ovo, larvas, pupas e a fase adulta alcançada após 15 a 17

4
dias após a oposição sendo machos e fêmeas distinguidos através de diferenças
morfológicas (VICENTE et al, s/d).

OLHO Par de assa


A B
Aparelho
bucal

Primeiro
par de
pernas

Abdómen

Segundo e
Par de
terceiro
antenas
par de
pernas par
de pernas

Fonte : figura 01 (A)Mosca-da-fruta. Foto: Jordan Lye / Shutterstock.com, modificada pelo autor;
Figura 01 (B) Ciclo de vida da Drosophila melanogaster KRETZSCHMAR. A. onzedegenesis.com.br.
FIGURA
- 01: Morfologia (A) e ciclo de vida (B) da Drosophila melanogaster.
02/09/2
EmKretzschmar
Alexandre seu cariótipo a Drosophila melanogaster possui quatro pares de
-
cromossomos, 3 autossômicos e 1 sexual, cujo adota o sistema XY. Nesse sistema, o sexo
02/09/201

das fêmeas é considerado homogamético XX e de machos heterogaméticos XY na


maioria das vezes, entretanto, o cromossomo Y não é responsável pela determinação do
sexo, e sim a proporção de cromossomos X:A, denominado de sistema de balanço gênico,
onde vários genes podem influenciar na determinação do sexo, sendo que X, contem
efeitos de produção de feminilidade e os autossômicos de masculinidade
(CARBONARO; s/d).

1 2

Fonte :Cariótipo: BRANDÃO PEREIRA , G et al


-
FIGURA
02/09/2
O2: Cariótipo da Drosophila melanogaster fêmea (1) e macho (2).

Alexandre Kretzschmar
-
02/09/201
TABELA 01: Proporção entre cromossomos X e autossomos para determinação de sexos
em Drosophila melanogaster

5
Sexos Cromossomos Cromossomos Proporção
sexuais autossômicos X:A

Fêmea Normal XX AA 1.0


Macho Normal XY AA 0.5
Macho Normal XO AA 0.5
Fêmea Normal XXY AA 1.0
Superfêmea XXX AA 1.5
Superfêmea XXXY AA 1.5
Intersexual XX AAA 0,67
Supermacho XO AAA 0,33
Superfêmea XXXX AAA 1.3
Fonte: MOREIRA;A Disponível em: slideplayer.com.br/slide/10846906/. Slide 9

2-OBJETIVO

A mosca das frutas é muito utilizada em estudos de hereditariedade devido a suas


mutações serem bem visíveis, seu curto ciclo de vida e sua fácil manipulação (MOORE;
1986), assim as presentes aulas práticas tiveram por objetivo observar o dimorfismo
sexual e as características de hereditariedade na Drosophila melanogaster , definir quais
as características dominantes e recessivos presentes no genes das moscas, identificar qual
o genótipo dos pais que as originaram e testar a hipótese para verificar se a frequência
com que as características apresentadas observado das moscas das frutas se desvia
significativamente ou não da frequência com que ele é esperado.

3- MATERIAIS

 Frascos de vidros; ● Funil;

 Placa de petri; ● Pincel;

 Álcool 70%; ● Pinça;

 Microscópio estereoscópio;

6
4-PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

As aulas práticas de hereditariedade foram realizadas no laboratório de Fisiologia


Vegetal do Instituto Federal Catarinense campus Rio do Sul-sede (Latitude: 27º11’07’’ S
e Longitude: 49º39’39’’ W, altitude 650 metros) ministradas pelo professor Jonas da Silva
Doge. O experimento foi realizado com uma criação de Drosophila melanogaster
comumente conhecida como moscas das frutas, conduzida pelo professor no laboratório
de ecologia, onde para o cruzamento são utilizadas fêmeas virgens. A criação é realizada
dentro de pequenos frascos de vidros, alimentadas por uma dieta artificial em frascos de
vidros fechados com uma esponja (espuma de estofamento).

A primeira aula prática foi realizada no dia 16 de abril de 2019, a qual consistiu
na diferenciação de machos e fêmeas da geração G8F1 através da observação de algumas
características morfológicas distintas entre os dois sexos como na tabela 02. Como a
criação de moscas estava contida dentro de um frasco de vidro, foi-se necessário a
utilização de um segundo frasco contendo uma pequena alíquota de álcool 70%,
responsável por matar a amostra de moscas; e sobre o mesmo, sobreposto um funil.
Levemente foram realizando poucas batidas com o frasco (contendo a criação de moscas)
sobre a bancada, suficientes para que as moscas se assentassem no fundo do mesmo e
evitar que escapassem; em seguida, rapidamente a espuma foi retirada do frasco e o
mesmo sobreposto sobre o funil realizando leves batidas para que uma amostra das
moscas caísse no álcool, retirando e frasco do funil e novamente tampando com a espuma
Todo o procedimento de coleta de amostras foi realizado pelo professor Jonas da Silva
Doge para evitar que as moscas escapassem dos frascos). A amostra de moscas
depositadas no álcool 70% foi então transferida para uma placa de petri, para então ser
realizada a diferenciação dos sexos e a observação das diferentes características
hereditárias de transmissão apresentadas pelas moscas das frutas (Drosophila
melanogaster) como citadas na tabela 03. Foram utilizadas 20 moscas no total da
amostragem da geração G8F2, sendo que, algumas características de distinção de sexo
como pente sexual em machos e aparelhos sexuais em ambos, era-se necessária a
utilização do microscópio estereoscópico para a visualização.

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Na segunda aula prática realizada no dia 30 de abril de 2019 foram utilizados os
mesmos procedimentos metodológicos utilizados para realizar a primeira aula pratica,
porém com número amostral de 68 moscas da geração G8F2; prole resultante do
retrocruzamento entre a geração G8F1.

TABELA 02: Diferenciação entre machos e fêmeas de Drosophila melanogaster


através das dististas caracteristicas morfologicas apresentadas nas mesmas.

FÊMEAS MACHOS
Tamanho relativo do corpo maior Tamanho relativo do corpo menor
Extremidade do abdómen mais
Extremidade do abdómen menos arredondada arredondada
Extremidade do abdómen típica de listas
claras e escuras Extremidade do abdómen negra
órgão ovipositor na parte posterior do corpo Parte ventral com pénis
Presença do pente sexual no primeiro par
Inexistência de pente sexual de pernas
Fonte: Observação de indivíduos de Drosophila melanogaster BRANDÃO PEREIRA , G et al.

TABELA 03: Padrões de hereditariedade de características mutantes ou selvagens da


Drosophila melanogastes.

Mutação yellow (cor Mutação no formato


Mutação na cor olho Mutação das asas
do corpo) dos olhos

Amarelo Preto Vermelho Branco BAR-


Caramelo Normal Vestigial Normal
( yellow) (Sépia) (Selvagem) (White) selvagem

Fonte: O autor.

Para a análise dos dados obtidos foi utilizado o teste de hipótese ou teste do qui-
quadrado, no qual através da fórmula Ʃ X2 = (Oi – Ei) / Ei, foram comparados os resultados
de mutações observadas com a esperada de acordo com a herança mendeliana, aceitando
ou rejeitando H0, verificando se a frequência com que as mutações foram observadas na
amostra, se desvia significativamente ou não da frequência com que ele é esperado dentro
do padrão observado por Mendel por volta de 1965.

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5-RESULTADOS E DISCUSÃO

A primeira geração de Drosophila melanogastes G8F2 constituísse de 17 fêmeas


e 3 machos. Todas as fêmeas apresentaram características de herdabilidade normais;
olhos vermelho selvagens, cor do corpo caramelo, formato de olho e asas normais não
caracterizando nenhuma mutação, enquanto machos, apresentaram mutação White nos
olhos cor do corpo caramelo, formato de olho e asas normais normal.

TABELA O4: Características de herdabilidade da Drosophila melanogastes da geração


G8F1.

Mutação yellow Mutação no


Mutação na cor olho Mutação das asas
(cor do corpo) formato dos olhos
Sexo
Amarelo Preto Vermelho Branco BAR-
Caramelo Normal Vestigial Normal
(Yellow) (Sépia) (Selvagem) (White) selvagem

F 17 0 0 17 0 17 0 17 0

M 3 0 0 0 3 3 0 3 0
Fonte: O autor. M= macho, F= fêmea

Como pode-se observar na tabela 04, a frequência das caracteristicas fenotípicas


apresentou-se com 100% de fêmeas normais selvagem e 100% de machos normais com
mutação para cor de olho white. Essa frequência de herdabilidade entre machos e fêmeas
foi descrita por Morgan (apud MOORE; 1986); por volta do ano 1900 seria limitada ao
sexo masculino, conclusões estas feitas em seu primeiro cruzamento; todavia no
retrocruzamento dos indivíduos da geração G8F1 da população de Drosophila
melanogastes, contatou-se a presença de fêmeas também mutantes para a cor de olho
White onde na geração G8F2, também constatados por Morgan em seus experimentos com
a mosca. Nesse retrocruzamento a prole resultante denominada de G8F2 além da mutação
White nos olhos apresentou também mutação de asa vestigial em ambos os sexos.

TABELA 05: Características de herdabilidade apresentadas por machos e fêmeas da


Drosophila melanogastes da geração G8F2 e seu respectivo aparecimento na amostra.

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Sexo/Mutação Número
Fêmea olho vermelho asa normal 14
Macho olho vermelho asa normal 12
Fêmea olho branco asa normal 13
Macho olho branco asa normal 14
Fêmea branco asa vestigial 2
Macho branco asa vestigial 4
Fêmea vermelho asa vestigial 6
Macho olho vermelho asa vestigial 3

Fonte: O autor.

Através da tabela 05, pode-se observar a presença de fêmeas de a Drosophila


melanogaster portando a mutação white para os olhos, ao contrário do observado na
geração G8F1 e descrito por Morgan (appud MOORE; 1986) em seu primeiro
experimento, que somente machos portavam tal característica. A mutação white dos olhos
está ligada diretamente aos cromossomos sexuais, no caso da Drosophila melanogaster
ao cromossomo X descrito por Morgan em seu segundo experimento, realizando o
retrocruzamento da F1. Como no primeiro cruzamento somente machos obtiveram
mutação white, logo se associou-se que o cromossomo sexual responsável pela
masculinidade (Y) era responsável por inibir a coloração dos olhos, resultando na cor
branca, todavia a presença de fêmeas white na geração G8F2, levantou a nova hipótese
de que essa característica de hereditariedade é transmitida pelo cromossomo de
feminilidade (X) (MOORE; 1986). Como não foi observada essa mutação na primeira
geração, pode se concluir que a geração G8 é resultante de um cruzamento entre uma
fêmea de olho brancos e um macho de olhos vermelhos o que resulta na proporção de
100% machos de olhos brancos e de 100% fêmeas de olhos vermelhos como no
cruzamento 01.

TABELA 06: Cruzamento entre fêmea com mutação de olho white ( XwXw ) e macho
de olho red (XRY) que originaram a geração G8F.

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♂ ♀XW XW

XR ♀XW XR ♀XW XR

Y ♀XW Y ♀XW Y

Fonte: O autor. Xw= mutação de olho white; XR= olho red

Através do cruzamento acima entre fêmea com mutação de olho white ( XwXw ) e
macho de olho red (XRY), pode-se observar através do genótipo das fêmeas, que a
mutação white é uma mutação recessiva, precisando estar em homozigose para expressar-
se fenotipicamente em moscas fêmeas. Já em machos como a presença de somente um
cromossomo X uma única cópia de um alelo que determina a inibição de cor dos olhos é
necessária para a expressividade dessa mutação fenotipicamente. O retrocruzamento da
G8F1 apresentou em sua prole indivíduos fêmeas também com mutação white e pode-se
notar a presença de uma nova característica, a asa vestigial, não expressa pelos indivíduos
da geração G8F1 de moscas. Assim, pode-se afirmar que a geração G8F1 possuía caráter
heterozigótico em seu genótipo para a mutação de asa vestigial. Sendo os indivíduos
parentais que deram origem a geração G8F1 eram homozigotos recessivos para asa
vestigial e homozigoto dominante para asa normal como na tabela abaixo.

TABELA 07: Cruzamento entre fêmea com mutação de olho white ( XXvv ) e macho
de olho red (XYVV) que originaram a geração G8F1


♀Xv ♀Xv

♀XV ♀XXVv ♀XXVv

♀YV ♀ XYVv XYVv

Fonte: O autor. V= asa normal; v= asa vestigial.

A partir dessas informações pode-se dizer que o genótipo presente na geração G8F1
de fêmeas é XwXRVv e de machos XwYVv onde através do cruzamento desses genótipos

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é possível observar o padrão de herança de dibridismo nos resultados obtidos na segunda
aula pratica da geração G8F2 .

TABELA 08: Retrocruzamento entre os indivíduos geração G8F1 com genotipo


heterozigotico para cor de olho e asa vestigial.


♂ XXwV XXwv XXRV XXRv

XXwV XwXwVV XwXwVv XRXwVV X XRXwVv

XXwv X XwXwVv XwXwvv XRXwVv X XRXwvv

XYV X XwYVV XwYVv XRYVV XRYvv


Yv X XwYVv XwYvv XXRYVv X XRYvv

Fonte: O autor. Xw= mutação de olho white; XR= olho red,


V= asa normal; v= asa vestigial.

Através do cruzamento dos indivíduos da G8F1, São esperados as seguintes


proporções genotípicas para machos e fêmeas na geração G8F2.

TABELA 09: Proporção genotípica esperada dos indivíduos da geração G8F2 de


Drosophila melanogaster
Proporção Machos/genótipo Fenótipo
2 XwYVv Olho branco, asa normal
R
2 X YVv Olho vermelho, asa normal
1 XRYVV Olho vermelho, asa normal
1 XwYVV Olho branco, asa normal
1 XwYvv Olho branco, asa vestigial
1 XRYvv Olho vermelho, asa vestigial
Proporção Fêmeas/genótipo Fenótipo
2 XRXwVv Olho vermelho, asa normal
2 XwXwVv Olho branco, asa normal
1 XwXwVV Olho branco, asa normal
1 XRXwVV Olho vermelho, asa normal
1 XRXwvv Olho vermelho, vestigial
1 XwXwvv Olho branco, asa vestigial
Fonte: O autor.

Através dos genótipos do cruzamento acima, é possível dizer que são esperados uma
proporção de: 3 femêas e 3 machos com olho vermelho e asa normal, 3 fêmeas e 3 machos com

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olho branco e asa normal, 1 fêmeas e 1 machos de olho normal e asa vestigial e 1 fêmea e 1
macho de olho vermelho asa vestigial.

TABELA 10: Teste de X2 a 5% de significância da geração G8F2.


Fenótipos Observado Esperado Qui quadrado
Olho vermelho, asa normal 26 25,5 0,010
Olho branco, asa normal 27 25,5 0,088
Olho vermelho, asa vestigial 9 8,5 0,029
Olho branco, asa vestigial 6 8,5 0,735
H0= 7,81 Total= 68 Frequência= 0,862
Fonte: O autor.

Através do resultado obtido mediante a utilização do teste de hipótese,


conclui-se que X2 cal < X2 tab, assim aceitando a hipótese proposta de que a geração G8F2
possui a proporção de 6:6:2:2, que se desviaram significativamente da frequência com
que eram esperados caracterizando herança do tipo dibridismo.

6-CONCLUSÃO

Através dos resultados obtidos, pode-se concluir que o genótipo dos


parentais que originaram a geração G8F1 é XwXwvv para as fêmeas e WRYVV para
machos o que ocasionou indivíduos heterozigotos de asas normais na F1 sendo 100% dos
machos de olhos brancos e 100% das fêmeas de olhos vermelhos. O retrocruzamento da
prole G8F1, apresentou indivíduos com uma nova característica a asa vestigial assim
concluindo que é um caráter é recessivo apresentando-se somente em homozigose. Nessa
geração também apareceram fêmeas de olhos brancos, assim pode-se afirmar que a
inibição da cor dos olhos (cor branca) é transmitida através de um gene recessivo pelo
cromossomo X. Esses indivíduos da geração G8F2 apresentam-se em uma proporção de
6:6:2:2 desviando-se significativamente da frequência esperada assim aceitando a
hipótese da herança de dibridismo.

7-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MOREIRA A. Determinação do sexo. [S. l.], 2017. Disponível em:


https://slideplayer.com.br/slide/10846906/. Acesso em: 8 de maio de 2019.
13
BRANDÃO PEREIRA , G et al. Observação de indivíduos de Drosophila
melanogaster. [S. l.], 2008. Disponível em:
http://www.mokidros.ibmc.up.pt/materiais_grupo_garcia/Relatorio1_Observacao_de_in
dividuos.pdf. Acesso em: 12 maio 2019.

DROSOPHILA melanogaster. [S. l.], s/d. Disponível em:


https://biologo.com.br/bio/drosofila/. Acesso em: 12 maio 2019. figura

MOORE, J. A. Science as a Way of Knowing - Genetics. Amer. Zool. v. 26: p. 583-747,


1986.

KRETZSCHMAR, A. Evolução da mosca da fruta. [S. l.], 2018. Disponível em:


https://www.onzedegenesis.com.br/2018/02/09/mosca-da-fruta/. Acesso em: 12 maio
2019. Figura.

WERNECK, R I. et al. Introdução ao estudo da genética. [S. l.], s/d. Disponível em:
http://srvd.grupoa.com.br/uploads/imagensExtra/legado/T/TREVILATTO_Paula_C/Ge
netica_Odontologica/Lib/Cap_01.pdf. Acesso em: 8 maio 2019.

FRIDMAN, Cintia. As 1 e 2 LEIS DE MENDEL E CONCEITOS BÁSICOS DE


CITOGENÉTICA. [S. l.], 2018. Disponível em:
https://midia.atp.usp.br/plc/plc0030/impressos/plc0030_top01.pdf. Acesso em: 8 maio
2019.

CARBONARO, T.M. Determinação do Sexo em Drosophilas. [S. l.], s/d. Disponível


em: https://geneticavirtual.webnode.com.br/genetica-virtual-
home/prefacio/determina%C3%A7%C3%A3o%20e%20heran%C3%A7a%20do%20se
xo/determina%C3%A7%C3%A3o-do-sexo-em-plantas2/. Acesso em: 10 maio 2019.

VICENTE, Ana et al. Transmissão de características genéticas. [S. l.], s/d. Disponível
em: http://files.drosophila-melanogaster.webnode.pt/200000140-
46137470ae/Trabalho%20Escrito_PDF%20(1).pdf. Acesso em: 10 maio 2019.

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