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Drosophila melanogaster
Nº7
12ºB
1
Índice
Introdução ................................................................................................................................ 3
Material .................................................................................................................................... 5
Procedimento ........................................................................................................................... 5
Resultados ................................................................................................................................ 7
Discussão dos resultados .......................................................................................................... 8
Geração 𝑭𝟏 ........................................................................................................................... 8
Cruzamento Direto ............................................................................................................ 8
Cruzamento Recíproco ...................................................................................................... 9
Geração 𝑭𝟐 ......................................................................................................................... 11
Cruzamento Direto .......................................................................................................... 11
Cruzamento Recíproco .................................................................................................... 12
Conclusão ............................................................................................................................... 15
Bibliografia ............................................................................................................................. 16
2
Introdução
A Drosophila melanogaster, vulgarmente apelidada de mosca da fruta ou mosca do
vinagre é um ser vivo bastante utilizado em estudos genéticos e de toxicidade. Foi Thomas
Morgan um geneticista e zoólogo norte-americano, nascido em 1866 e premiado com Prémio
Nobel da Fisiologia e da Medicina em 1933 que utilizou pela primeira vez a Drosophila
melanogaster com fonte de estudo.
De facto, são vários os fatores que levaram à eleição desta espécie por Morgan para os
estudos genéticos: fácil conservação, alimentação e manuseamento (devido ao seu reduzido
tamanho – 3 a 4 mm); ciclo de vida curto (entre 12 e 15 dias); elevado número de descendentes
(25 a 50); características facilmente observáveis (inscritas nos cromossomas sexuais);
Dimorfismo sexual (fácil distinção entre sexos); cariótipo constituído por apenas quatro pares de
cromossomas; não apresentam esqueleto, ultrapassando facilmente todas as restrições morais
e éticas impostas à utilização de animais em experiências científicas.
3
A forma selvagem de Drosophila melanogaster é dominante e manifesta-se
fenotipicamente por olhos vermelhos e redondos, corpo cizento creme e asas compridas. Todas
as outras características que estas possam vir a apresentar que difiram das que predominam
saõ recessivas e essas drosófilas caracterizadas como mutantes. As mutações podem ocorrer
de forma natural/espontâneas ou ser incitadas em laboratório. Nesta experiência a caracteristica
que decidimos considerar foram os olhos que podem variar entre vermelhos (𝑤 + ) ou brancos
(𝑤 ), white.
Esta experiência científica tem por objetivos: perceber como se processa a transmissão
do material genético em Drosophila melanogaster; aprender a manusear materiais laboratoriais;
aprender a realizar procedimentos laboratoriais básicos.
Assim são levantadas questões como “Como ocorre a transmissão da cor dos olhos em
Drosophila melanogaster?” e “Porque é que o cruzamento recíproco da geração 𝐹1 de Drosophila
melanogaster constitui uma exceção à primeira lei de Mendel?” que serão respondidas na
conclusão deste mesmo relatório.
4
Material
Procedimento
Na UTAD:
Na escola:
9. Montamos a estufa;
10. Colocamos a temperatura da estufa a 26ºC;
11. Colocamos os tubos de cultura, verticalmente, na estufa;
12. No 7º dia libertamos os progenitores de ambos os tubos de cultura;
13. Voltamos a colocar os tubos de cultura com as drosófilas em estado larvar dentro da
estufa;
5
14. No 14º dia embebecemos algodão éter e colocamos num Erlenmeyer para fazer um
eterizador;
15. Com gaze e adesivo isolamos o fundo do funil;
16. Viramos os tubos de cultura no funil previamente colocado no eterizador, eterizando
assim a geração 𝐹1 do cruzamento direto;
17. Procedemos à contagem;
18. Anotamos os resultados;
19. A professora susana colocou água e sabão dentro de um frasco de vidro (mortório);
20. Selecionamos 6 casais de 𝐹1 do cruzamento direto e colocamos 3 em cada tubo de
cultura previamente munidos de papa;
21. Rotulamos ambos os tubos de cultura com a inscrição “Grupo II / Cruz. direto / ♀
selv. X ♂ selv. / 16-02-2023” escrita a lápis;
22. Colocamos algodão de modo a isolar a abertura dos tubos de cultura;
23. Colocamos os tubos de cultura na horizontal até as drosófilas acordarem dentro da
estufa;
24. Depositamos as restantes drosófilas no mortório;
25. Viramos os tubos de cultura no funil previamente colocado no eterizador, eterizando
assim a geração 𝐹1 do cruzamento recíproco;
26. Procedemos à contagem;
27. Anotamos os resultados;
28. Selecionamos 6 casais de 𝐹1 do cruzamento recíproco e colocamos 3 em cada tubo
de cultura previamente munidos de papa;
29. Rotulamos ambos os tubos de cultura com a inscrição “Grupo II / Cruz. recíproco /
♀ selv. X ♂ white / 16-02-2023” escrita a lápis;
30. Colocamos algodão de modo a isolar a abertura dos tubos de cultura;
31. Colocamos os tubos de cultura na horizontal até as drosófilas acordarem dentro da
estufa;
32. Depositamos as restantes drosófilas no mortório.
33. Após as drosófilas despertarem colocamos os tubos verticalmente dentro da estufa;
34. No 21º dia libertamos os progenitores de todos os tubos de cultura;
35. No 30º Viramos os tubos de cultura no funil previamente colocado no eterizador,
eterizando assim a geração 𝐹2do cruzamento direto;
36. Procedemos à contagem;
37. Anotamos os resultados;
38. Depositamos todas as drosófilas no mortório;
39. Viramos os tubos de cultura no funil previamente colocado no eterizador, eterizando
assim a geração 𝐹2do cruzamento recíproco
40. Procedemos à contagem;
41. Anotamos os resultados;
42. Depositamos todas as drosófilas no mortório;
6
43. Analisamos os resultados.
Resultados
Cruzamento direto
♀ ♂ ♂ ♀
Grupo / tubo
Selvagem White Selvagem White
I/1 50 19 19 0
I/2 44 19 14 0
II / 1 38 17 21 0
II /2 60 21 25 0
Tabela 3: Resultados do cruzamento direto da geração 𝐹2
Cruzamento recíproco
♀ ♂ ♂ ♀
Grupo / tubo
Selvagem White Selvagem White
I/1 17 7 3 9
I/2 11 11 6 15
II / 1 22 23 22 27
II /2 9 4 6 7
Tabela 4: Resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹2
7
Discussão dos resultados
Geração 𝑭𝟏
Cruzamento Direto
P: ♀ selv. x ♂ white
P: ♀ 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤+ x ♂ 𝑋 𝑤 𝑌
♀ 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤+
♂
Proporções fenotípicas:
𝑋𝑤 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤
100% indivíduos selvagens
𝑌 𝑋 𝑤+ 𝑌 𝑋 𝑤+ 𝑌
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖
Fêmeas ♀ 35 41,5 -6,5 42,25 1,018
Legenda:
Machos ♂ 48 41,5 6,5 42,25 1,018
oi: Frequência
Total 83 2,036 observada
ei: Frequência
Tabela 5: Qui Quadrado H0 dos resultados do cruzamento direto da geração 𝐹1 da turma esperada
Verde: aceite
2 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖) ( ) Vermelho: refutada
𝑒𝑖
Fêmeas ♀ 13 14,5 -1,5 2,25 0,155
Machos ♂ 16 14,5 1,5 2,25 0,155
Total 29 0,310
8
Cruzamento Recíproco
P: ♀ white x ♂ selv.
P: ♀ 𝑋 𝑤 𝑋 𝑤 x ♂ 𝑋 𝑤+ 𝑌
♀ 𝑋𝑤 𝑋𝑤
♂
Proporções fenotípicas:
𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤
100% ♀ selvagens
𝑌 𝑋𝑤 𝑌 𝑋𝑤 𝑌
100% ♂ white
Xadrez mendeliano 2: cruzamento recíproco da geração 𝐹1
A partir deste xadrez mendeliano verificamos que podemos testar a hipótese 0 e a hipótese 2.
H0
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖
Fêmeas ♀ 72 67 5 25 0,373
Machos ♂ 62 67 -5 25 0,073 Legenda:
Total 134 0,446 oi: Frequência
observada
Tabela 7: Qui Quadrado H0 dos resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹1 da turma
ei: Frequência
esperada
Verde: aceite
2 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖) ( ) Vermelho: refutada
𝑒𝑖
Fêmeas ♀ 30 28 2 4 0,143
Machos ♂ 26 28 -2 4 0,143
Total 56 0,286
H2
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖
𝑋 𝑤+ 72 67 5 25 0,373 Legenda:
Vermelho: refutada
9
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖
𝑋 𝑤+ 30 28 2 4 0,143
𝑋𝑤 26 28 -2 4 0,143
Total 56 0,246
Tabela 10: Qui Quadrado H2 dos resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹1 do grupo II
10
Geração 𝑭𝟐
Cruzamento Direto
P: ♀ selv. x ♂ selv.
P: ♀ 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤 x ♂ 𝑋 𝑤+ 𝑌
Proporções fenotípicas:
♀ 𝑋 𝑤+ 𝑋𝑤
♂
75% indivíduos selvagens
𝑤+ 𝑤+ 𝑤+ 𝑤+ 𝑤
𝑋 𝑋 𝑋 𝑋 𝑋 :
𝑌 𝑋 𝑤+ 𝑌 𝑋𝑤 𝑌 25 % indivíduos white
A partir deste xadrez mendeliano verificamos que podemos testar a hipótese 0 e a hipótese 1.
H0
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖
Fêmeas ♀ 192 173,5 18,5 342,25 1,937
Machos ♂ 155 173,5 -18,5 342,25 1,973
Total 347 3,946 Legenda:
oi: Frequência
Tabela 11: Qui Quadrado H0 dos resultados do cruzamento direto da geração 𝐹2 da turma observada
ei: Frequência
esperada
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2 Verde: aceite
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖 Vermelho: refutada
Fêmeas ♀ 90 87 3 9 0,103
Machos ♂ 84 87 -3 9 0,103
Total 174 0,206
Tabela 12: Qui Quadrado H0 dos resultados do cruzamento direto da geração 𝐹2 do grupo II
H1
Legenda:
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( ) oi: Frequência
𝑒𝑖
observada
𝑋 𝑤+ 271 260,25 10,75 115,562 0,444
ei: Frequência
𝑋𝑤 76 260,25 -184,25 33948,063 130,444 esperada
Vermelho: refutada
Tabela 13: Qui Quadrado H1 dos resultados do cruzamento direto da geração 𝐹2 da turma
11
Legenda:
2
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 oi: Frequência
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( ) observada
𝑒𝑖
𝑋 𝑤+ 144 136,5 7,5 56,25 0,412 ei: Frequência
esperada
𝑋𝑤 38 136,5 -98,5 9702,25 71,079
Verde: aceite
Total 182 71,491
Vermelho: refutada
Tabela 14: Qui Quadrado H1 dos resultados do cruzamento direto da geração 𝐹2 do grupo II
Claramente houveram erros enormes por parte do meu grupo (grupo II) dado que os
valores são extremamente elevados. Provavelmente, estes valores são consequência, da fuga
de vários indivíduos fruto da contagem lenta dos indivíduos, assim como da mal eterização dos
mesmos. Para evitar este tipo de erros devemos verificar se as drosófilas se encontram bem
eterizadas e se for necessário eteriza-las várias vezes.
Cruzamento Recíproco
P: ♀ selv. x ♂ white.
P: ♀ 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤 x ♂ 𝑋 𝑤 𝑌
Proporções fenotípicas:
♀ 𝑋 𝑤+ 𝑋𝑤
♂
50% indivíduos selvagens
𝑤 𝑤+ 𝑤 𝑤 𝑤
𝑋 𝑋 𝑋 𝑋 𝑋 :
𝑌 𝑋 𝑤+ 𝑌 𝑋𝑤 𝑌 50 % indivíduos White
A partir deste xadrez mendeliano verificamos que podemos testar a hipótese 0 e a hipótese 2.
H0
Legenda:
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( ) oi: Frequência
𝑒𝑖
observada
Fêmeas ♀ 117 99,5 17,5 306,25 3,078
ei: Frequência
Machos ♂ 82 99,5 -17,5 306,25 3,078 esperada
Vermelho: refutada
Tabela 15: Qui Quadrado H0 dos resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹2 da turma
12
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2 Legenda:
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖 oi: Frequência
Fêmeas ♀ 65 60 5 25 0,417 observada
Tabela 16: Qui Quadrado H0 dos resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹2 do grupo II Vermelho: refutada
H2
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖
𝑋 𝑤+ 96 99,5 -3,5 12,25 0,123
𝑤
𝑋 103 99,5 3,5 12,25 0,123 Legenda:
Tabela 17: Qui Quadrado H2 dos resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹2 da turma ei: Frequência
esperada
Verde: aceite
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( ) Vermelho: refutada
𝑒𝑖
𝑋 𝑤+ 59 60 -1 1 0,017
𝑤
𝑋 61 60 1 1 0,017
Total 120 0,034
Tabela 18: Qui Quadrado H2 dos resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹2 do grupo II
13
É ainda de sublinhar o facto das etiquetas dos tubos de cultura serem escritas a lápis. A
utilização do lápis em detrimento da esferográfica evita o desvanecimento do que está escrito
quando em contacto com substâncias líquidas ácidas. Este passo é vital para o êxito da
experiência.
14
Conclusão
Após a realização desta experiência e do presente relatório é possível responder os
problemas enunciados na introdução “Como ocorre a transmissão da cor dos olhos em
Drosophila melanogaster?” e “Porque é que o cruzamento recíproco da geração 𝐹1 de Drosophila
melanogaster constitui uma exceção à primeira lei de Mendel?”.
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Bibliografia
SILVA, A et al. (2019) Terra, Universo de Vida. Biologia 12º ano. Porto Editora, Porto
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Anexos
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