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Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena

Drosophila melanogaster

Letícia Fabiana Mendes Silva

Nº7

12ºB

Ribeira de Pena, fevereiro e março de 2023

1
Índice
Introdução ................................................................................................................................ 3
Material .................................................................................................................................... 5
Procedimento ........................................................................................................................... 5
Resultados ................................................................................................................................ 7
Discussão dos resultados .......................................................................................................... 8
Geração 𝑭𝟏 ........................................................................................................................... 8
Cruzamento Direto ............................................................................................................ 8
Cruzamento Recíproco ...................................................................................................... 9
Geração 𝑭𝟐 ......................................................................................................................... 11
Cruzamento Direto .......................................................................................................... 11
Cruzamento Recíproco .................................................................................................... 12
Conclusão ............................................................................................................................... 15
Bibliografia ............................................................................................................................. 16

2
Introdução
A Drosophila melanogaster, vulgarmente apelidada de mosca da fruta ou mosca do
vinagre é um ser vivo bastante utilizado em estudos genéticos e de toxicidade. Foi Thomas
Morgan um geneticista e zoólogo norte-americano, nascido em 1866 e premiado com Prémio
Nobel da Fisiologia e da Medicina em 1933 que utilizou pela primeira vez a Drosophila
melanogaster com fonte de estudo.

De facto, são vários os fatores que levaram à eleição desta espécie por Morgan para os
estudos genéticos: fácil conservação, alimentação e manuseamento (devido ao seu reduzido
tamanho – 3 a 4 mm); ciclo de vida curto (entre 12 e 15 dias); elevado número de descendentes
(25 a 50); características facilmente observáveis (inscritas nos cromossomas sexuais);
Dimorfismo sexual (fácil distinção entre sexos); cariótipo constituído por apenas quatro pares de
cromossomas; não apresentam esqueleto, ultrapassando facilmente todas as restrições morais
e éticas impostas à utilização de animais em experiências científicas.

Taxonomicamente a Drosophila melanogaster. é atualmente classificada como:


Domínio Eukarya
Reino Animalia
Filo Arthropoda
Classe Insecta
Ordem Diptera
Família Drosophilidae
Género Drosophila
Espécie Drosophila melanogaster

Tabela 1: classificação da espécie Drosophila melanogaster.

Morfologicamente, a Drosófila apresenta o corpo dividido em


três partes fundamentais, a cabeça, o tórax e o abdómen. Na cabeça
encontramos as antenas, os olhos e as peças bucais. No tórax
distinguem-se três seguimentos assim como três pares de patas. Já
no abdómen podemos observar listras que variam consoante o sexo.
Imagem 1: Drosophila melanogaster ♂
Efetivamente existem diferenças entre sexos nesta
espécie, daí apresentarem dimorfismo sexual. As
fêmeas são geralmente maiores que o macho, apresentam um abdómen mais
afiado na extremidade, as listras presentes no abdómen são bem distintas umas
das outras. Contrariamente o macho é mais pequeno, tem o abdómen mais
arredondado e apresenta uma fusão das listras finais, para além disso, apresenta
pente sexual no primeiro par de patas. Imagem 2: distinção entre sexos de
Drosophila melanogaster

3
A forma selvagem de Drosophila melanogaster é dominante e manifesta-se
fenotipicamente por olhos vermelhos e redondos, corpo cizento creme e asas compridas. Todas
as outras características que estas possam vir a apresentar que difiram das que predominam
saõ recessivas e essas drosófilas caracterizadas como mutantes. As mutações podem ocorrer
de forma natural/espontâneas ou ser incitadas em laboratório. Nesta experiência a caracteristica
que decidimos considerar foram os olhos que podem variar entre vermelhos (𝑤 + ) ou brancos
(𝑤 ), white.

A Drosófila aprsenta um ciclo de vida dividido em quatro fases ovo,


larvas, pupas e a fase adulta que depende das condições ambientais. No
entanto, em condições ótimas (25ºC) a sua esperança media é de 26 dias
para as fêmeas e 33 par os macho, no entato os mutantes podem
apresentar uma esperança média de vida mais baixa.

Imagem 3: ciclo de vida de Drosophila melanogaster

Relativamente ao cariótipo, tal como referido anteriormente, a Drosophila melanogaster


apresenta apenas 4 pares cromossomas, três pares são cromossomas autossomas e o restante
é sexual. As fêmeas são homogaméticas (XX) e os machos heterogaméticos (XY) tal como na
espécie humana. O gene da característica em estudo (cor dos olhos) encontra-se nos
cromossomas sexuais.

Imagem 4: cariótipo de Drosophila melanogaster

Esta experiência científica tem por objetivos: perceber como se processa a transmissão
do material genético em Drosophila melanogaster; aprender a manusear materiais laboratoriais;
aprender a realizar procedimentos laboratoriais básicos.

Assim são levantadas questões como “Como ocorre a transmissão da cor dos olhos em
Drosophila melanogaster?” e “Porque é que o cruzamento recíproco da geração 𝐹1 de Drosophila
melanogaster constitui uma exceção à primeira lei de Mendel?” que serão respondidas na
conclusão deste mesmo relatório.

4
Material

- Drosophila melanogaster - Erlenmeyer;


- Tubos de cultura - Frasco de vidro;
- Etiquetas; - Água;
- Lupa binocular; - Sabão;
- Lupa; - Éter;
- Funil; - Papel branco;
- Pinça; - Tesoura;
- Pincel; - Algodão;
- Lápis; - Estufa;
- Adesivo; - Papa.
- Gaze;

Procedimento
Na UTAD:

1. A Dr. Paula eterizou as drosófilas;


2. Colocamos 3 fêmeas selvagens e 3 machos white de Drosphila melanogaster num
tubo de cultura previamente munido de papa;
3. Colamos uma etiqueta no tudo de cultura com a inscrição “Grupo II / Cruz. direto / ♀
selv. X ♂ white / 02-02-2023” escrita a lápis;
4. Colocamos 3 fêmeas white e 3 machos selvagens de Drosophila melanogaster
noutro tubo de cultura previamente munido de papa;
5. Colamos uma etiqueta no tudo de cultura com a inscrição “Grupo II / Cruz. recíproco
/ ♀ white X ♂ selv. / 02-02-2023” escrita a lápis;
6. Colocamos algodão de modo a isolar a abertura dos tubos de cultura;
7. Colocamos os tubos de cultura na horizontal até as drosófilas acordarem;
8. Acondicionamos os tubos de cultura para o transporte até à escola;

Na escola:

9. Montamos a estufa;
10. Colocamos a temperatura da estufa a 26ºC;
11. Colocamos os tubos de cultura, verticalmente, na estufa;
12. No 7º dia libertamos os progenitores de ambos os tubos de cultura;
13. Voltamos a colocar os tubos de cultura com as drosófilas em estado larvar dentro da
estufa;

5
14. No 14º dia embebecemos algodão éter e colocamos num Erlenmeyer para fazer um
eterizador;
15. Com gaze e adesivo isolamos o fundo do funil;
16. Viramos os tubos de cultura no funil previamente colocado no eterizador, eterizando
assim a geração 𝐹1 do cruzamento direto;
17. Procedemos à contagem;
18. Anotamos os resultados;
19. A professora susana colocou água e sabão dentro de um frasco de vidro (mortório);
20. Selecionamos 6 casais de 𝐹1 do cruzamento direto e colocamos 3 em cada tubo de
cultura previamente munidos de papa;
21. Rotulamos ambos os tubos de cultura com a inscrição “Grupo II / Cruz. direto / ♀
selv. X ♂ selv. / 16-02-2023” escrita a lápis;
22. Colocamos algodão de modo a isolar a abertura dos tubos de cultura;
23. Colocamos os tubos de cultura na horizontal até as drosófilas acordarem dentro da
estufa;
24. Depositamos as restantes drosófilas no mortório;
25. Viramos os tubos de cultura no funil previamente colocado no eterizador, eterizando
assim a geração 𝐹1 do cruzamento recíproco;
26. Procedemos à contagem;
27. Anotamos os resultados;
28. Selecionamos 6 casais de 𝐹1 do cruzamento recíproco e colocamos 3 em cada tubo
de cultura previamente munidos de papa;
29. Rotulamos ambos os tubos de cultura com a inscrição “Grupo II / Cruz. recíproco /
♀ selv. X ♂ white / 16-02-2023” escrita a lápis;
30. Colocamos algodão de modo a isolar a abertura dos tubos de cultura;
31. Colocamos os tubos de cultura na horizontal até as drosófilas acordarem dentro da
estufa;
32. Depositamos as restantes drosófilas no mortório.
33. Após as drosófilas despertarem colocamos os tubos verticalmente dentro da estufa;
34. No 21º dia libertamos os progenitores de todos os tubos de cultura;
35. No 30º Viramos os tubos de cultura no funil previamente colocado no eterizador,
eterizando assim a geração 𝐹2do cruzamento direto;
36. Procedemos à contagem;
37. Anotamos os resultados;
38. Depositamos todas as drosófilas no mortório;
39. Viramos os tubos de cultura no funil previamente colocado no eterizador, eterizando
assim a geração 𝐹2do cruzamento recíproco
40. Procedemos à contagem;
41. Anotamos os resultados;
42. Depositamos todas as drosófilas no mortório;

6
43. Analisamos os resultados.

Imagem 5: Libertação dos progenitores de 𝐹1

Resultados

Cruzamento direto Cruzamento recíproco


Grupo
♀ ♂ ♀ ♂
I 22 32 42 36
II 13 16 30 26
Tabela 2: Resultados da geração 𝐹1

Cruzamento direto
♀ ♂ ♂ ♀
Grupo / tubo
Selvagem White Selvagem White
I/1 50 19 19 0
I/2 44 19 14 0
II / 1 38 17 21 0
II /2 60 21 25 0
Tabela 3: Resultados do cruzamento direto da geração 𝐹2

Cruzamento recíproco
♀ ♂ ♂ ♀
Grupo / tubo
Selvagem White Selvagem White
I/1 17 7 3 9
I/2 11 11 6 15
II / 1 22 23 22 27
II /2 9 4 6 7
Tabela 4: Resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹2

7
Discussão dos resultados

Após a conclusão da experiência devemos analisar e discutir os resultados os resultados,


da turma e do grupo, percebendo se os objetivos foram cumpridos e caso não tenham sido
tentar encontrar as razões responsáveis pelos erros. Para tal iremos utilizar a tela do Qui
Quadrado (em anexo) para testar hipóteses e validar ou refutar resultados nos casos em que
se aplicam. Para que a hipótese seja valida é necessário que o valor total do Qui Quadrado
seja inferior a 3,841 (95% de probabilidade de sucesso), cajo contrário é necessário admitir
𝟑
a existência de erros. Assim iremos utilizar as seguintes hipóteses: H0: 1♀ : 1♂; H1: 𝟒 𝒘+ :
𝟏
𝒘 ; H2: 1 𝒘+ : 1 𝒘 .
𝟒

Geração 𝑭𝟏
Cruzamento Direto
P: ♀ selv. x ♂ white

P: ♀ 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤+ x ♂ 𝑋 𝑤 𝑌

♀ 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤+

Proporções fenotípicas:
𝑋𝑤 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤
100% indivíduos selvagens
𝑌 𝑋 𝑤+ 𝑌 𝑋 𝑤+ 𝑌

Xadrez mendeliano 1: cruzamento direto da geração 𝐹1

A partir deste xadrez mendeliano verificamos que podemos testar a hipótese 0.

𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖
Fêmeas ♀ 35 41,5 -6,5 42,25 1,018
Legenda:
Machos ♂ 48 41,5 6,5 42,25 1,018
oi: Frequência
Total 83 2,036 observada

ei: Frequência
Tabela 5: Qui Quadrado H0 dos resultados do cruzamento direto da geração 𝐹1 da turma esperada

Verde: aceite
2 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖) ( ) Vermelho: refutada
𝑒𝑖
Fêmeas ♀ 13 14,5 -1,5 2,25 0,155
Machos ♂ 16 14,5 1,5 2,25 0,155
Total 29 0,310

Tabela 6: Qui Quadrado H0 dos resultados do cruzamento direto da geração 𝐹1 do grupo II

8
Cruzamento Recíproco
P: ♀ white x ♂ selv.

P: ♀ 𝑋 𝑤 𝑋 𝑤 x ♂ 𝑋 𝑤+ 𝑌

♀ 𝑋𝑤 𝑋𝑤

Proporções fenotípicas:
𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤
100% ♀ selvagens
𝑌 𝑋𝑤 𝑌 𝑋𝑤 𝑌
100% ♂ white
Xadrez mendeliano 2: cruzamento recíproco da geração 𝐹1

A partir deste xadrez mendeliano verificamos que podemos testar a hipótese 0 e a hipótese 2.

H0

𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖
Fêmeas ♀ 72 67 5 25 0,373
Machos ♂ 62 67 -5 25 0,073 Legenda:
Total 134 0,446 oi: Frequência
observada
Tabela 7: Qui Quadrado H0 dos resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹1 da turma
ei: Frequência
esperada

Verde: aceite
2 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖) ( ) Vermelho: refutada
𝑒𝑖
Fêmeas ♀ 30 28 2 4 0,143
Machos ♂ 26 28 -2 4 0,143
Total 56 0,286

Tabela 8: Qui Quadrado H0 dos resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹1 do grupo II

H2

𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖
𝑋 𝑤+ 72 67 5 25 0,373 Legenda:

𝑋𝑤 62 67 -5 25 0,373 oi: Frequência


observada
Total 134 0,746
ei: Frequência
esperada
Tabela 9: Qui Quadrado H2 dos resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹1 da turma
Verde: aceite

Vermelho: refutada

9
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖
𝑋 𝑤+ 30 28 2 4 0,143
𝑋𝑤 26 28 -2 4 0,143
Total 56 0,246

Tabela 10: Qui Quadrado H2 dos resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹1 do grupo II

10
Geração 𝑭𝟐
Cruzamento Direto
P: ♀ selv. x ♂ selv.

P: ♀ 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤 x ♂ 𝑋 𝑤+ 𝑌

Proporções fenotípicas:
♀ 𝑋 𝑤+ 𝑋𝑤

75% indivíduos selvagens
𝑤+ 𝑤+ 𝑤+ 𝑤+ 𝑤
𝑋 𝑋 𝑋 𝑋 𝑋 :

𝑌 𝑋 𝑤+ 𝑌 𝑋𝑤 𝑌 25 % indivíduos white

Xadrez mendeliano 3: cruzamento direto da geração 𝐹2

A partir deste xadrez mendeliano verificamos que podemos testar a hipótese 0 e a hipótese 1.

H0

𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖
Fêmeas ♀ 192 173,5 18,5 342,25 1,937
Machos ♂ 155 173,5 -18,5 342,25 1,973
Total 347 3,946 Legenda:

oi: Frequência
Tabela 11: Qui Quadrado H0 dos resultados do cruzamento direto da geração 𝐹2 da turma observada

ei: Frequência
esperada

𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2 Verde: aceite
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖 Vermelho: refutada
Fêmeas ♀ 90 87 3 9 0,103
Machos ♂ 84 87 -3 9 0,103
Total 174 0,206

Tabela 12: Qui Quadrado H0 dos resultados do cruzamento direto da geração 𝐹2 do grupo II

H1
Legenda:
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( ) oi: Frequência
𝑒𝑖
observada
𝑋 𝑤+ 271 260,25 10,75 115,562 0,444
ei: Frequência
𝑋𝑤 76 260,25 -184,25 33948,063 130,444 esperada

Total 347 130,888 Verde: aceite

Vermelho: refutada
Tabela 13: Qui Quadrado H1 dos resultados do cruzamento direto da geração 𝐹2 da turma

11
Legenda:
2
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 oi: Frequência
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( ) observada
𝑒𝑖
𝑋 𝑤+ 144 136,5 7,5 56,25 0,412 ei: Frequência
esperada
𝑋𝑤 38 136,5 -98,5 9702,25 71,079
Verde: aceite
Total 182 71,491
Vermelho: refutada

Tabela 14: Qui Quadrado H1 dos resultados do cruzamento direto da geração 𝐹2 do grupo II

Claramente houveram erros enormes por parte do meu grupo (grupo II) dado que os
valores são extremamente elevados. Provavelmente, estes valores são consequência, da fuga
de vários indivíduos fruto da contagem lenta dos indivíduos, assim como da mal eterização dos
mesmos. Para evitar este tipo de erros devemos verificar se as drosófilas se encontram bem
eterizadas e se for necessário eteriza-las várias vezes.

Cruzamento Recíproco
P: ♀ selv. x ♂ white.

P: ♀ 𝑋 𝑤+ 𝑋 𝑤 x ♂ 𝑋 𝑤 𝑌

Proporções fenotípicas:
♀ 𝑋 𝑤+ 𝑋𝑤

50% indivíduos selvagens
𝑤 𝑤+ 𝑤 𝑤 𝑤
𝑋 𝑋 𝑋 𝑋 𝑋 :

𝑌 𝑋 𝑤+ 𝑌 𝑋𝑤 𝑌 50 % indivíduos White

Xadrez mendeliano 4: cruzamento recíproco da geração 𝐹2

A partir deste xadrez mendeliano verificamos que podemos testar a hipótese 0 e a hipótese 2.

H0
Legenda:
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( ) oi: Frequência
𝑒𝑖
observada
Fêmeas ♀ 117 99,5 17,5 306,25 3,078
ei: Frequência
Machos ♂ 82 99,5 -17,5 306,25 3,078 esperada

Total 199 6,156 Verde: aceite

Vermelho: refutada
Tabela 15: Qui Quadrado H0 dos resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹2 da turma

12
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2 Legenda:
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖 oi: Frequência
Fêmeas ♀ 65 60 5 25 0,417 observada

Machos ♂ 55 60 -5 25 0,417 ei: Frequência


esperada
Total 120 0,834
Verde: aceite

Tabela 16: Qui Quadrado H0 dos resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹2 do grupo II Vermelho: refutada

H2
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( )
𝑒𝑖
𝑋 𝑤+ 96 99,5 -3,5 12,25 0,123
𝑤
𝑋 103 99,5 3,5 12,25 0,123 Legenda:

Total 199 0,246 oi: Frequência


observada

Tabela 17: Qui Quadrado H2 dos resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹2 da turma ei: Frequência
esperada

Verde: aceite
𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 2
Fenótipo 𝑜𝑖 𝑒𝑖 𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 (𝑜𝑖 − 𝑒𝑖)2 ( ) Vermelho: refutada
𝑒𝑖
𝑋 𝑤+ 59 60 -1 1 0,017
𝑤
𝑋 61 60 1 1 0,017
Total 120 0,034

Tabela 18: Qui Quadrado H2 dos resultados do cruzamento recíproco da geração 𝐹2 do grupo II

Após a análise é importante perceber a metodologia de alguns procedimentos essenciais


para a sobrevivência das Drosophila melanogaster e para garantir o sucesso da experiência.

A papa é colocada no tubo de cultura antes da introdução das drosófilas e é utilizada


pelas mesmas para a postura dos ovos e posterior alimentação das larvas. É um preparado de
água, agar, leveduras, açúcar, amido de milho e antifúngico que pode ser substituído
simplesmente por banana. Estes ingredientes fornecem todos os componentes necessários ao
desenvolvimento de indivíduos saudáveis.

Outro procedimento importante é colocar os tubos de cultura na horizontal enquanto as


drosófilas se encontram anestesiadas. Este passo evita que as drosófilas se colem à papa e não
consigam voar pondo em causa a sua sobrevivência e reprodução. No entanto o tubo de cultura
não deve ser deixado na horizontal por muito tempo visto que o fluxo de oxigénio é menor. Então,
os tubos de cultura devem ser sempre colocados na horizontal após o despertar as drosófilas.

13
É ainda de sublinhar o facto das etiquetas dos tubos de cultura serem escritas a lápis. A
utilização do lápis em detrimento da esferográfica evita o desvanecimento do que está escrito
quando em contacto com substâncias líquidas ácidas. Este passo é vital para o êxito da
experiência.

14
Conclusão
Após a realização desta experiência e do presente relatório é possível responder os
problemas enunciados na introdução “Como ocorre a transmissão da cor dos olhos em
Drosophila melanogaster?” e “Porque é que o cruzamento recíproco da geração 𝐹1 de Drosophila
melanogaster constitui uma exceção à primeira lei de Mendel?”.

Ao longo da experiência percebemos transmissão da cor dos olhos depende diretamente


da cor dos olhos dos progenitores e do sexo do indivíduo. Percebemos ainda que existe uma
maior probabilidade por parte dos machos de apresentarem um fenótipo recessivo dado que
apenas apresentam um cromossoma X e a cor dos olhos está associado a esse mesmo
cromossoma.

Segunda a primeira Lei de Mendel, na formação dos gametas, os fatores separam-se de


tal modo que cada gâmeta contém um só fator de cada par, o que confere uniformidade fenotípica
aos indivíduos da primeira geração (em cruzamentos parentais). Ou seja, 100% devem
apresentar o fenótipo dominante, tal como se verifica no cruzamento direto da geração 𝑭𝟏 . No
entanto, na primeira geração do cruzamento recíproco estes resultados definidos por Gregor
Mendel são contrariados, dado que, As fêmeas apresentam todas olhos vermelhos e os machos
todos olhos brancos (50% indivíduos de olhos vermelhos : 50% indivíduos de olhos brancos).
Assim, para os genes localizados no cromossoma X, os resultados obtidos no cruzamento direto
ou no seu reciproco são diferentes. Tais resultados devem-se ao facto de, no macho,
cromossoma Y não possuir os alelos correspondentes do cromossoma X dado que os dois
cromossomas não são totalmente homólogos. Os machos manifestam o único alelo que se
localiza no cromossoma X.

Os objetivos “perceber como se processa a transmissão do material genético em


Drosophila melanogaster; aprender a manusear materiais laboratoriais; aprender a realizar
procedimentos laboratoriais básicos” foram cumpridos e contribuíram para o sucesso da
experiência, assim como para o aumento de conhecimentos na área da genética.

15
Bibliografia

SILVA, A et al. (2019) Terra, Universo de Vida. Biologia 12º ano. Porto Editora, Porto

Aguiar, C. (2015). Hereditariedade e Evolução - Guia de Trabalhos Práticos. Departamento de


Biologia - Universidade do Minho. Recuperado em 21 de março de 2023, de
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/53653/1/Guia%20Trabalhos%20Pr%C3%A
1ticos%20Hereditariedade%20e%20Evolu%C3%A7%C3%A3o.pdf

Morais, C. (2015). Transmissão de características hereditárias em Drosophila melanogaster.


Atividade experimental. Recuperado em 21 de março de 2023, de
http://www.jcmorais.com/documentos/Drosophila.pdf

Pereira, G; Carvalho, M; Oliveira, M; Rodrigues, P. (2008). Relatório I – Observação de indivíduos


de Drosophila melanogaster. Escola Secundária Garcia de Orta – Área de Projecto 07/08.
Recuperado em 21 de março de 2023, de
http://www.mokidros.ibmc.up.pt/materiais_grupo_garcia/Relatorio1_Observacao_de_individuos.
pdf

16
Anexos

Tabela do Qui Quadrado

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