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Bothrops
Lachesis
(jararaca, jararacuçu, urutu,
(surucucu-pico-de-jaca)
cotiara, caiçaca)
Micrurus Crotalus
(corais-verdadeiras). (cascavel)
Solenóglifa
Proteróglifa
Áglifa
Opistóglifa
Ofídio Peçonhento e Não Peçonhento
Coral - Micrurus
Bothrops, Lachesis, Crotalus
Classificação das principais serpentes causadores de
acidentes ofídicos no Brasil
Boa constrictor
(jibóia)
Classificação das principais serpentes causadores de
acidentes ofídicos no Brasil
Áglifas: sem presas inoculadoras
de veneno
Eunectes murinus
(Sucuri)
Proteróglifas
Classificação das principais serpentes
causadores de acidentes ofídicos no Brasil
Opistóglifas
Philodryas Cobra
olfersii verde
Opistóglifas Colubridae Philodryas Jararacussu
patagoniensis dourado
Clelia Muçurana
plumbea
Proteróglifas Elapidae Micrurus spp Corais
verdadeiras
Solenóglifas
Classificação das principais serpentes
causadores de acidentes ofídicos no Brasil
B. jararacussu Jararacussu
Elapidae
Micrurus - coral
A serpente é peçonhenta?
Sim
Crotalus - cascavel
Peçonhenta ou não peçonhenta? Peçonhenta
Bothrops atrox
Peçonhenta ou não peçonhenta? Não peçonhenta
Cobra coral verdadeira
Coral verdadeira ou falsa?
Falsa Coral
Coral Verdadeira
As corais verdadeiras são causa rara de acidentes pois
os hábitos dessas serpentes não propiciam a ocorrência
de acidentes.
As surucucus são serpentes que habitam matas fechadas
sendo portanto encontradas principalmente na
Amazônia e, mais raramente, na Mata Atlântica.
As jararacas respondem por quase 90% dos
acidentes ofídicos registrados, sendo encontradas em
todo o país.
Já as cascavéis preferem ambientes secos e abertos, não
sendo comuns nas áreas onde as surucucus
predominam.
AÇÃO PROTEOLÍTICA - também denominada de necrosante, decorre da ação
citotóxica direta nos tecidos por frações proteolíticas do veneno. Pode haver lise das
paredes vasculares.
Caracteriza-se pela destruição das proteínas do organismo. Provoca, no local da
mordida, intensa reação que se reconhece pela dor, edema firme (inchaço duro),
equimose (manchas), rubor (avermelhamento), bolhas hemorrágicas (ou não), que
pode se seguir de necrose que atinge pele, músculos e tendões. As enzimas
proteolíticas podem, pela agressão às proteínas, induzir a liberação de substâncias
vasoativas, tais como bradicinina e histamina, substâncias estas que, nos
envenenamentos graves, podem levar à morte.
AÇÃO COAGULANTE - substâncias que, através da mordida, penetram na
circulação sanguínea, ativam o fibrinogênio e consequentemente a cascata de
coagulação, com isso há deposição de microcoágulos principalmente nos pulmões.
Assim, o restante do sangue fica incoagulável por falta do fibrinogênio, sem que
necessariamente haja hemorragia. Esta aparece quando as paredes dos vasos
sanguíneos menores são lesadas pela ação proteolítica.
AÇÃO NEUROTÓXICA - Nos acidentes causados por CROTALUS,
clinicamente há ptose palpebral (queda de pálpebra) e diplopia (visão
dupla) poucas horas após o acidente. Já nos indivíduos mordidos por
MICRURUS, além dos sintomas descritos acima, superpõe-se mialgia
generalizada (dores nos músculos), mal estar geral, sialorréia (salivação
abundante), e dificuldade de deglutição. A insuficiência respiratória é a
causa de óbito nos pacientes deste grupo.
Crotalus Lachesis
Neurotóxico Proteolítico
Miotóxico Coagulante
Coagulante Hemorrágico
Neurotóxico
É o nome comum
dos répteis escamados pertencentes ao
gênero Bothrops da família Viperidae.
São serpentes peçonhentas,
encontradas nas Américas Central e
do Sul, sendo importantes causadoras
de acidentes com altas taxas
de morbidade e mortalidade. As
diferentes espécies apresentam grande
variabilidade, principalmente nos
padrões de coloração e tamanho, ação
da peçonha, dentre outras
características. Atualmente 32 espécies
são reconhecidas, mas é consenso
dentre os pesquisadores que
a taxonomia e sistemática deste grupo
está mal resolvida, de modo que novas
espécies têm sido descritas.
Dor
Edema
Ações do veneno Bothrops Eritema
Calor
Bolhas
Abscessos
Necrose
Incoagulabilidade sanguínea
Proteolítico Aumento do Tempo de Coagulação (TC)
Coagulante Sangramentos no local da picada
Sangramentos sistêmicos
Hemorrágico (gengivorragia, epistaxes, hematêmese,
hemoptise, hematúria, metrorragia,
equimoses e etc.)
Proteolítica Ação direta nos tecidos mionecrose, liponecrose, lise das paredes
ou vasculares edema, calor, rubor, dor intensa no local da picada.
citotóxica Hipotensão e choque nos casos graves. Evolutivamente bolhas,
equimoses, necrose; infecção secundária
Transforma fibrinogênio em fibrina (tipo trombina). Ativação do fator X e
Coagulante da protombina. Pode haver consumo de fatores, plaquetas, CID e
microtrombos na rede capilar manifestações hemorrágicas:
gengivorragias, equimoses, hematúria, hematêmese, melena....
Alteração do tempo de coagulação até a incoagubilidade
Hemorrágica ou Lesões do endotélio vascular locais ou sistêmicas, favorecendo as
Vasculotóxica manifestações hemorrágicas
Outras Lesão renal. Choque...
Marca das 2 presas inoculadoras. Notar o edema e a
tonalidade equimótica no dorso do pé. Bothrops
Notar as marcas das presas inoculadoras com discreto
sangramento. Edema no local da picada (Bothrops)
Acidente por Bothrops. Notar a necrose e edema no
local da picada. Ação proteolítica ou citotóxica
As marcas das 2 presas inoculadoras de veneno.
Notar a mão edemaciada
Acidente ofídico por Bothrops alternatus. Lesões no local da
picada de natureza proteolítica.
Acidente botrópico (B. atrox). Notar as lesões no local da
inoculação do veneno
Acidente botrópico (B. neuwied). Notar o
sangramento no local da inoculação do veneno
Evolução da lesão local em um caso de acidente por
Bothrops
Ação proteolítica ou citotóxica de acidente ofídico
Serpentes de grande porte, como o
nome indígena representa surucucu
grande serpente.
Apresentam cabeça triangular,
fosseta loreal e cauda com escamas
arrepiadas e presa inoculadora de
veneno. Com duas subespécies, é a
maior serpente peçonhenta das
Américas.
São poucos os relatos de acidente
onde o animal causador foi trazido
para identificação. Existem
semelhanças nos quadros clínicos
entre os acidentes laquético e Lachesis muta rhombeata
botrópico, com possibilidade de
confusão diagnóstica entre eles.
Incoagulabilidade sanguínea
Aumento do Tempo de Coagulação (TC)
Sangramentos no local da picada
Ações do veneno Lachesis Sangramentos sistêmicos
(gengivorragia, epistaxes,
hematêmese, hemoptise, hematúria,
metrorragia, equimoses e etc.)
Dor
Cólica abdominal, Proteolítico Edema
Vômitos Eritema
Diarréia, Coagulante
Calor
Bradicardia Hemorrágico Bolhas
Hipotensão Neurotóxico Abscessos
Necrose
Estimulo do nervo
vago
Lachesis
muta
A cascavel é uma serpente inconfundível pela
presença do chocalho ou gizo na extremidade
da cauda, coloração geral é olivácea.
Habita campos abertos de cerrados, áreas
pedregosas, secas e quentes.
O número de segmentos que compõe o
chocalho determina o número de trocas de
peles realizadas.
Cada vez que o animal muda de pele, o que
ocorre de 2 a 4 vezes por ano, ele acrescenta
um novo anel no chocalho.
Alimenta-se de roedores e pequenas aves em
geral.
Parestesia local Ação do veneno Crotalus
fácies miastênica
Incoagulabilidade sanguínea
Aumento do Tempo de Coagulação (TC)
Sangramentos no local da picada
Sangramentos sistêmicos
(gengivorragia, epistaxes,
hematêmese, hemoptise, hematúria,
metrorragia, equimoses e etc.)
Fisiopatologia da peçonha ofídica e a sua correlação com os
achados clínicos. O gênero Crotalus
Parestesia local
Fácies miastênica
Neurotóxico
Ação pré e pós-sinaptica inibe
a liberaçãoda e fixação da Ach.
Bloqueio neuromuscular
Exemplar de Micrurus coralinus (coral verdadeira). Principais
ações do veneno elapídico
Moderada
Sem dor e edema local Grave
Parestesia local
Leve Sem dor e edema local
Fácies miastênica Parestesia local
Sem dor e edema local
discreta ou evidente Fácies miastênica
Parestesia local
de instalação precoce Evidente
Fácies miastênica
Mialgia discreta Mialgia
ausente ou discreta,
Cólúria ausente Fraqueza muscular
de aparecimento tardio
ou pouco evidente Colúria
Mialgia ausente ou
TC normal Oligúria ou anúria
discreta
ou alterado IRA
TC normal
10 ampolas TC normal ou alterado
ou alterado
5 ampolas 20 ampolas
Acidente por cascavel
Gravidade do acidente por Micrurus
Grave
Sem dor e edema
Parestesia local
Fraqueza muscular progressiva
Dificuldade de deambular
Fácies miastênica
Dificuldade de deglutir
Insuficiência respiratória
de instalação precoce
10 ampolas
Acidente por Coral verdadeira
Foto:HVB-IB
Medidas gerais.
Conduta no atendimento fora do hospital
Necrose intensa após desbridamento (Marcelo et al) Hemorragia cerebral (Otero et al)
Medidas complementares para o acidente crotálico
Hidratação adequada para prevenir o surgimento da I renal aguda
Se necessário induzir diurese osmótica com o uso de manitol
Diuréticos de alça se houver oligúria
Manter a urina com ph acima de 6,5. Uso de bicarbonato se necessário
Monitorizar a função renal
Acompanhar o surgimento de complicações neurológicas e IRA
Raramente há significado clínico com a alteração da coagulação
Medidas complementares para os acidentes elapídico e
laquético