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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA E SAÚDE

ENTOMOLOGIA MÉDICA - 2018

DOCENTES
Prof. Dra Sílvia Langa

dr Alberto Sineque

1
ORDEM DIPTÉRA

Família Simuliidae
Subfamilias: Parasimuliinae, Gymnopaidinae e Simuliinae

Características gerais – Adultos

 Antenas com 9 a 11 segmentos; curtas e


cilíndricas, ligeiramente pilosas em ambos os
sexos. (1)
 Asas curtas e largas com um largo quinhão anal
(1);

 Cabeça é dióptica nas fêmeas (a e d) e holóptica


nos machos (b e c) ;

 Patas geralmente pretas nos machos e


multicoloridas e amareladas nas fêmeas, com 5
segmentos tarsais

2
d
ORDEM DIPTÉRA

Subfamília Simuliinae

Características gerais

Adultos

 Abdómen apresenta um padrão característico de


manchas pretas (a – fêmeas; b e c – machos) ;

 Toráx tem um episterno agudo demarcado por uma (1)


profunda e contínua reentrância (1).

Ovos:

 Ovoides ou elipsóides achatados na parte posterior

Larvas (3)

 Um par de largos leques cefálicos (2).

 Têm dois pseudópodes, um toráxico

e outro abdominal (3).


3
(2) (3)
ORDEM DIPTÉRA

Subfamília Simuliinae

Caracateristicas gerais – Larvas


 A capsula cefálica parcialmente esclerotizada com
áreas membranosas (1)

 A cabeça é pigmentada, com mandíbulas que têm


dentes e escovas bucais (2);

 Tórax e abdómen igualmente pigmentação e


(1)
diferentes de forma e segundo o habitat lótico:
p.exe.: larvas de Simulium damnosum têm
(2)
protuberâncias emparelhadas nos primeiros
segmentos abdominais.

 Presença anel de ganchos nu último segmento (1)

 Larvas adultas do ultimo estágio têm cerca de 4 –


12 mm de comprimento. 4
ORDEM DIPTÉRA

Subfamília Simuliinae

Caracateristicas gerais – Pupas


 São abtectas, envolvidas num cocoon, com um
par de branquias toráxicas espiraculares e, um
arranjamento de espinhas no abdomen (1).
(1)
 O abdómen da pupa compreende uma linha
transversal de quatro espinhos do tergo (1)
localizados em cada lado nos segmentos 3 e 4
e dois espinhos nos segmentos 5 a 7.

 A identificação taxonómica das pupas é feita na


base de brânquias, trichomas e espinhos (1)
toráxicos

5
ORDEM DIPTÉRA

Subfamília Simuliinae

Modo e ciclo de vida de Simuliidae

 O ciclo de vida compreende os estágios


de ovos-larvas-pupas – adulto (1)
 É complexo, apresenta grande número
de instares larvais instáveis e ocultas.
 O número de instares varia de 6 a 9,
segundo a espécie.

1. A fêmea deposita 200-500 ovos (1)


fertilizados em lugares aquáticos e
1)
húmidos (1) com abundância de
vegetação.
2. As larvas eclodem e fixam-se às
rochas ou à folhagem sob a água e se
alimentam de detritos orgânicos que
passam por elas.
3. Em 7 a 10 dias, as larvas irão pupar
debaixo de água.
4. Os adultos emergirão do cocoom da 6
pupa e flutuam para a superfície dentro
de uma bolha de ar.
ORDEM DIPTÉRA

Subfamília Simuliinae
Modo e ciclo de vida de Simuliidae

(1)
 Larvas estão adaptadas ao habitat lótico,
e repousam penduradas em detritos
vegetais aquáticos, em rochas, pedras e
em outros objectos (2).
 As larvas procriam-se em águas correntes
rápidas (1) ou lentas, calmas, ou
turbulentas, quentes ou frias, ácidas ou
básicas, ricas ou pobres em oxigénio (2).
 Através do disco basal abdominal e
pseudópodos podem fazer movimentos (2)
verticais e horizontais, pelo substrato e as
S. neavei vivem na superfície de
crustáceos (caranguejos do género
Patomonautes), nos rios da África
 As larvas de simulídeos são filtradoras.
7
ORDEM DIPTÉRA

Subfamília Simuliinae
Modo e ciclo de vida de Simuliidae

 Nas regiões tropicais a eclosão dos ovos


acontece em 48 horas e o período de incubação
é do mínimo de duas semanas (Simulium
damnosum) com cerca de 12 – 20 gerações
anuais.
 Nas regiões temperadas frescas e nas árticas os
simulídeos desenvolvem-se numa geração e a
eclosão acontece uma vez por ano
 O ciclo vital dos simulídeos depende geralmente
das propriedades dos ovos, de entrar em
diapausa, conforme as condições ambientais de
temperatura e humidade.
 Os adultos são activos de dia, em lugares
abertos
 A actividade hematofágica é rigorosamente
sazonal nas regiões temperadas e é intensa na
primavera e no verão
8
ORDEM DIPTÉRA

Família Simuliidae

Importância médica têm os Simulídeos

 Pestes picadoras do Homem e espécies vectores de doenças


 Simulium damnosum- é vector de Oncocercoses, doenças causadas por
nemátodes Onchocercus volvulus, O. tercicola, O. linealis
 Os Simulídeos são vectores de doenças causadas por Mansonella spp. no
Homem;
 Leucocytozum spp., causador da malária na Turquia
 Dirofilaria spp., que causa doenças aos ursos.
 Lencocytozun spp. e Tripanossoma spp. Causadores de doenças de aves e
animais domésticos.
 Simulium sirbanum, S.equamosum S. neavi e S. ethiopiense na Africa
Oriental e do sul e,
 S.onchraceum, S. metallicum, S. guianense, na America Central e Norte 9
ORDEM DIPTÉRA

Família Simuliidae
Ciclo de desenvolvimento e de transmissão de Onchocercus sp. pelo
vector

Onchocercus sp
microfilárias

Simulium
Simulium damnosum,
damnosum esofago, estomago
Onchocercus sp
microfilarias

Homem/
animal
Simulium
damnosum
probóscide

Onchocercus sp
3o estágio,
móvel Onchocercus sp.
engrossamento
duas mudas+3o

10
ORDEM DIPTÉRA

Família Simuliidae
Ciclo de desenvolvimento e de transmissão de Onchocercus sp. pelo
vector

11
ORDEM ANOPLURA

Características gerais – Adultos (1) (1)

 Corpo achatado dorso ventralmente,


 Medem de 0,5 a 8 mm de
comprimento
 Antenas de 5 segmentos,
 O tórax tem três segmentos fundidos
entre si e,
 O abdome tem 7 a 8 segmentos
abdominais
 Os machos (2) têm bordas
transversais pretas na região dorsal
do abdómen

(2)
12
ORDEM ANOPLURA

Características gerais – Adultos (1)

 As patas são curtas e terminam numa


garra foiciforme,
(1)
 As dos machos são largas e terminam
em ganchos tibiais
 Ocorrem anopluros da cabeça, do
corpo e da pubis humana
 O 3º segmento antenal é quadrado no
anopluro da cabeça (1) e rectangular
no do corpo (2).
(2)

13
ORDEM ANOPLURA

Características gerais – Adultos

 O anopluro da pubis (1) mede cerca


de 2 mm de comprimento,
 É redondo, com garras muito
salientes
 É de coloração cinzenta ou escura (1)
 O abdome apresenta processos
(3)
laterais pilosos (2) e
 Está fundido com o tórax
 As patas médias e posteriores
terminam
 Em garras muito desenvolvidas (3)

(2)
14
ORDEM ANOPLURA

Modo e ciclo de vida de Anolpura

(1)
 Os anopluros são exclusivamente
hematófagos
 Vivem no corpo do homem estão
especializados para viver na cabeça
(1) no corpo (2) e na pubis (3)

(2)

(3)
15
ORDEM ANOPLURA

Modo e ciclo de vida de Anoplura

 Apresentam desenvolvimento com


metamorfose incompleta (1)
 Os anopluros são activos de dia ou de
noite conforme as variações da
(1)
temperatura do corpo humano
 O anopluro da cabeça (Pediculus
humanus capitis)
 Vive atado aos pêlos da cabeça pode
depositar até 6 ovos azulados também
atados aos pêlos (2)
 P. h. capitis vive durante 3 a 4
semanas.
(2) (2)
16
ORDEM ANOPLURA

Modo e ciclo de vida dos anopluros

 Os ovos de P.h. capitis desenvolvem-


se em 7 dias
 E originam larvas que se desenvolvem
em 4 estágios de ninfa
 Os anopluros do corpo (Pediculus
humanus corporis) desenvolvem-se a
semelhança dos da cabeça mas,
 Depositam ovos no vestuário (1) entre
a fase do corpo humano.

(1) 17
ORDEM ANOPLURA

Modo e ciclo de vida de Anoplura

 O anopluro da pubis (Phthirus pubis)


pode se encontrar na pubis nas axilas
e outras partes pilosas excluindo a
cabeça
 As fêmeas depositam alguns ovos (1)
colados a um pêlo (2) (1)
 As larvas desenvolvem-se em 3
estágios durante 10 a 14 dias

(2)
18
ORDEM ANOPLURA

Importância médica dos Anoplura

 Os anopluros são pestes picadoras


muito severas
 P.h.capitis (Pediculidae) – é raramente
transmissora de patógenos
 A infestação deste pode ser severa (1) (1)
e o seu controlo pode ser massivo ou
cooperativo (2) (2)
 P.h. corporis (Pediculidae) – é vector
do clássico tifo epidémico e da febre
recorrente

19
ORDEM ANOPLURA

Importância médica dos anopluros

(1)
 Phthirus pubis (Phthiridae) – é peste
picadora cuja infestação aguda pode
provocar lesões dolorosas, tanto na
pubis masculina (1) como na feminina
(2) ou de outras partes do corpo

(2)

20
ORDEM ANOPLURA

Ciclo de desenvolvimento e transmissão de


R. prowazeki (1) e B. recurrentis (2)

(2)
(1) Rickettsia Borrelia
prowazeki recurentis

Rickettsia Borrelia
prowazeki recurentis
multiplicação multiplicação
P.h.corporis P.h.corporis
glândulas glândulas
salivares salivares

P.h.corporis P.h.corporis
intestinos hematocelo

Homem Homem
sangue sangue

Rickettsia Borrelia
prowazeki Recurentis
multiplicação P.h.corporis multiplicação
P.h.corporis
fezes morte

21
ORDEM ANOPLURA

O controlo de Anoplura

Manutenção higiénica do cabelo e do vestuário


 Penteado frequente do cabelo,
 Lavagem ou corte do cabelo
 Lavagem do vestuário,
 Uso de geleias com base no petróleo,
 Fervura de roupas infestadas a temperaturas até 70ºC,
 Aplicação de ovicidas e ninficidas do grupo malatrina e piretroides,
 Isolamento da roupa infectada durante 17 – 20 dias num saco de
polietileno hermeticamente fechado,
 Lavagem a seco à temperaturas acima de 60º C,
 Uso de geleia de petróleo nas partes afectadas 2 vezes por dia durante 10
dias,
 Corte dos pêlos das partes afectadas.
22
ORDEM SIPHONAPTERA-APHANIPTERA

Características gerais – Adultos (1)

 Medem entre 1 a 8mm de comprimento


 O corpo é oval e achatado lateralmente (1),
duro, com antenas curtas.
 As pernas são longas, saltadoras com (2)
coxas dilatadas (2)
 A coloração varia de acastanhada clara a
escura
 Ovos: são ovoides e esbranquiçados
 Medem 0,5mm de comprimento
 As larvas são eruciformes, apodas com
pêlos dispersos pelo corpo e dois
processos abdominais
 Pupas: são livres e desenvolvem-se num
pupário
(1)
23
ORDEM SIPHONAPTERA-APHANIPTERA

Modo e ciclo de vida


(1)
 Todos os sifonápteros são hematófagos
e relativamente específicos quando ao
hospedeiro,
 Desenvolvem-se no ninho ou esconderijo
do hospedeiro
 São geralmente activos anoite,
 As fêmeas põem de 20 a 30 ovos por dia
 O período de incubação é de 1 semana
 As larvas desenvolvem-se em 4 estágios
entre uma semana a 1 mês (1)
 O adultos emergem da pupa entre 1 a 2
semanas
24
ORDEM SIPHONAPTERA-APHANIPTERA

Sifonápteros com importância médica

 Os sifonápteros são pestes


picadoras severas que podem
causar irritação cutânea
 Pulex irritans (Pulicidae) (1) e
Ctenocephalides felis (Pulicidae) são
pestes picadoras do homem (1)

 C. felis (1) pode frequentar


domicílios humanos
(2)

25
ORDEM SIPHONAPTERA-APHANIPTERA

(1)
Sifonápteros com importância médica

 Xenopsylla cheopis (Pulicidae) (1) – é


vector da bacteria Yersinia
(Pasteurella) pestis, causadora da
peste bubónica e pneumónica,
(3)
 X. astia (2)
 X. brazilinses (3)
(2)
 Hospedeiros reservatórios de Y. pestis:
Rattus rattus, R. norveginus (4)
 Nosopsyllus fasciatus (4) – vector da
peste bubónica nas regiões
temperadas

26
ORDEM SIPHONAPTERA-APHANIPTERA

Sifonápteros com importância (1)


médica

 X. cheopis também pode trasmitir


Rickettsia mooseri - bacteria
causadora do tifo endémico
 C. felis e C. canis podem transmitir
Hymenolepis diminuta e Dipylidium
caninum – nemátodes, parasitas
intestinais
 Xenopsylla sp. Podem ser vectores
de tularemia

27
ORDEM SIPHONAPTERA-APHANIPTERA

Sifonápteros com importância médica

 Tunga penetrans (Tungidae) (1) – causa


tungíases ou “mathekenha”
 parasitando o interior das unhas do pé
 As fêmeas grávidas penetram e
alimentam-se no tecido subcutâneo do (1)
pê.
 Cerca de 200 por dia em uma semana
ovos (2) são postos no solo, donde (2)
desenvlvem-se larvas e pupas e adultos

(1)

28
ORDEM SIPHONAPTERA-APHANIPTERA

Ciclo de desenvolvimento e transmissão de Yersinia pestis no vector

Yersinia pestis

Yersinia pestis
X.cheopis
glandulas
salivares

X.cheopis
Homem/ intestinos
animal
Yersinia pestis
multiplicação

X.cheopis
proventrículo
X.cheopis
Peças bucais
regurgitação

Yersinia pestis

29
ORDEM SIPHONAPTERA-APHANIPTERA

O controlo de Sifonápteros

Controlo mecânico
 Limpeza do habitat dos animais domésticos e do domicílio; cães e gatos
 Evitar de comer animais (rato doméstico e de campo) e aves (galinhas)
reservatórios de patógenos

Uso de insecticidas
 Diclorofose e 5 % de carbaril empudidos em cinturões de cães ou gatos
Hidrocarbonados clorinados, carbaril. Bendiocarb, clorpirifose, remestrim e
metopreno, aplicados em habitats de cães e gatos

30
APRESENTAÇÕES
(Anoplura e Siphonaptera)

31
ORDEM BLATTOPTERA-DICTYOPTERA

Características gerais
(2)
 Os Dyctioptera são zoofílicos e ocorrem em
três espécies com importância médica
 Barata germánica (Blattella germanica)
(Blattellidae) (1)
 Barata oriental (Blatta orientalis) (Blattidae)
 Barata americana (Periplaneta americana) (1)
(Blattidae)

(2)
Adultos – Blattella germanica
 Mede entre 12 a 15 mm de comprimento
 Apresenta coloração acastanhada-escura
com duas bandas longitudinais no protórax
(2)
 É aparentemente de forma oval (1) com (1)
asas que cobrem todo o abdómen
32
 As antenas são mais longas que o corpo
ORDEM BLATTOPTERA-DICTYOPTERA

Características gerais

Adultos – Blatta orientalis (1)


 Mede entre 20 a 25 mm de
(1)
comprimento
 Coloração acastanhada-escura ou
preta as asas estão reduzidas nas
fêmeas e são vestigiais nos machos
(3)
Adultos – Periplaneta americana (2)
 Mede entre 30 a 45 mm de
comprimento,
 São baratas de cor avermelhada-
castanha com bandas amarelas nos
bordes do protórax (3)
(2)

33
ORDEM BLATTOPTERA-DICTYOPTERA

Modo e ciclo de vida dos dictiópteros

 Os adultos são nocturnos e alimentam-se de detritos orgânicos e


inorgânicos em ambientes ou resíduos domésticos
 Os ovos são postos dentro de um casulo (1) em número de 12 a 50
exemplares em locais crípticos (2)

(2)

(1)

34
(1)
ORDEM BLATTOPTERA-DICTYOPTERA

Modo e ciclo de vida dos dictioptera


(1)
 As ninfas (1) emergem entre 2 a 6
semanas e podem desenvolver de 5
a 12 instares (2)

(2)

(2)

(1) 35
ORDEM BLATTOPTERA-DICTYOPTERA

Modo e ciclo de vida dos dictiópteros

36
ORDEM BLATTOPTERA-DICTYOPTERA

Que dictiopteros são de importância médica???

 Os dictiopteros são potenciais infestantes de diversos habitats humanos (1)


 Vectores mecânicos de diversos patôgenos

37
ORDEM BLATTOPTERA-DICTYOPTERA

GRUPO PATÓGENO OU PARASITA DOENÇAS OU INFECÇÕES


Pseudomonas aeruginosa Infecção tracto urinário, tracto respiratório superior, feridas e ueimaduras
Staphylococcus aureus Bolhas, abcessos
Streptococcus faecalis Contaminação fecal
Escherichia coli Infecções urogenitais e intestinais
Salmonella spp
Febres entericas incluindo tifoide e gastroenteritis
Bactérias S. typhi, S. typhimurium
Shigella spp Disenteria, diarreias
Klebsiella pneumoniae Pneumonia
Serratia marcescens Infecções do tracto respiratório superior
Proteus vulgaris Infecções do tracto gastroentérico
Pasteurella (Yersinia) pestis Pestes
Fungos Asperegillus fumigatus Aspergilloses
Protozoários Entamoeba histolytica Disenteria
Enterobius vermicularis
Trichuris trichiura
Helmintes Ascaris lumbricoides Helmintoses e infecções intestinais e entéricas
Ancylostoma duodenale
Necator americanus
Hepatitis Hepatites
Virus 38
Poliomyelitis Poliomielite
ORDEM BLATTOPTERA-DICTYOPTERA

Controlo dos Blattoptera

Controlo mecânico-sanitário
 Manutenção de higiéne domiciliária
 Limpeza de utencílios domésticos e eliminação de resíduos orgânicos e
inorgânicos

Controlo químico – Uso de insecticidas


 Hidrocarbonados clorinados 0,5 % diazinona, 0,5 % cloropirifose, 1% de
propoxur
 Hidrocarbonados combinados com piretrinas, diclorovose ou com
piretroides como permetrina, deltametrina, cipermetrina
 Amdro – insecticida granulado de contacto

39
ORDEM HEMIPTERA

Características gerais

(1)
 Os pecevejos adaptados a sugar
sangue humano são Cimex hemipterus
(Cimicidae) e Triatoma spp.

Adultos
 C. hemipterus é de forma oval com 4 a
5 mm de comprimento, áptero (1)
apresenta a cor castanha-clara ou
escura quando alimentado (2),
 Cabeça curta e larga e 1 par
prominente de antenas

(2) 40
ORDEM HEMIPTERA

Características gerais

 C. hemipterus tem um abdome largo (1) e pontiagudo nos machos (2)

41
ORDEM HEMIPTERA

Modo e ciclo de vida – Cimex spp. (1)

 Ambos os sexos são ectoparasitas,


hematófagos do Homem e são
noturnos
 A fêmea põe entre 2 a 3 ovos por dia
durante o seu ciclo de vida (1)
 Os ovos medem cerca de 1 mm de
comprimento, amarelados-claros
 Ovos são postos em esconderijos ou
fendas das paredes ou mobiliário (2) (2)
 Os ovos eclodem durante 10 dias e
originam ninfas que se desenvolvem
em 5 estágios

42
ORDEM HEMIPTERA

Modo e ciclo de vida – Cimex spp.

 Cimex hemipterus é frequente nos


trópicos enquanto que C. lectularis (1)
encontra-se nas regiões temperadas
 Estas espécies não são vectores de
doenças mas são pestes picadoras
 A infestação por C. hemípterus pode
ser severa (2)

(2)

(1) 43
ORDEM HEMIPTERA

Outros hemípteros com importância médica

 Reduviidae, Subfamilia Triatominae


 Triatoma infestans (1), Rhodnius prolixus (2)
e são hematófagos e podem transmitir
Trypanosoma cruzi, causador da doença de
Chagas na América, anafilaxia
 Os ovos são postos nos ninhos dos
hospedeiros (roedores domésticos)
(1)
 Os ovos são barriliformes alaranjados ou
amarelados (3)

(2) 44
(3)
ORDEM HEMIPTERA

Outros Hemíptera com importância médica

 Panstrongylus megistus (1) – é peste picadora


e potencial transmissora da doença de Chagas

(1)

45
ORDEM HEMIPTERA

Controlo de Hemiptera
Controlo mecânico-sanitário
 Eliminação de utencílios e mobiliário velhos potenciais esconderijos de
hemípteros
 Eliminar roedores domésticos

Controlo químico – Uso de insecticidas:


 Hidrocarbonados clorinados 0,5 % diazinona, 0,5 % cloropirifose, 1% de
propoxur
 Hidrocarbonados combinados com piretrinas, diclorovose ou com
piretroides como permetrina, deltametrina, cipermetrina
 Amdro – insecticida granulado de contacto

46
ORDEM HYMENOPTERA

Fazem parte de outros insectos com importância médica

 Xyllocopidae (abelhas silvestres, florestais) e Apidae (abelhas melíferas)


 Pestes picadores e e venenosas
 Produção do mel: alimento humano, medicamento cicatrização de
feridas, cura da gripe, costipação e diversas doenças

 Formicidae (Formigas) e Vespidae (Vespas)


 Pestes picadoras e venenosas
 Veneno usado para cura de doenças

47
CONTROLO INTEGRADO DE INSECTOS COM
IMPORTÂNCIA MÉDICA
Aplicação ou uso simultâneo, balanceado, sustentável e ambientalmente
saudável de todos os métodos de controlo para supressão de
populações de insectos vectores e causadores de doenças até níveis
economicamente aceitáveis!!!

48

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