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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CELULAR, EMBRIOLOGIA E GENÉTICA

CURSO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ANÁLISE DE CARACTERÍSTICAS DE HEREDITARIEDADE DE


INDIVÍDUOS DE DROSOPHILA MELANOGASTER MUTANTES
WHITE

Relatório para a disciplina de


Genética II cumprindo as
exigências da professora Norma
Machado da Silva

Florianópolis 2022
Bernardo Luis Gamba Back; Universidade Federal de Santa Catarina
bernardoback09@gmail.com
Gabriel de Almeida Ponte Gomes; Universidade Federal de Santa Catarina
bolseiro97@gmail.com
Uriel Bergamo Röver; Universidade Federal de Santa Catarina
urielbrover@gmail.com
Vinicius Veloso Ferreira; Universidade Federal de Santa Catarina
venhot2012@gmail.com
Angela Caroline Lemes de Souza; Universidade Federal de Santa Catarina
angela.mylemes@gmail.com

1. RESUMO
A mosca Drosophila melanogaster (Meigen, 1830), conhecida, popularmente, como mosca-
da-fruta é um inseto da ordem Diptera que é usado como organismo modelo acerca de diversas
áreas das ciências biológicas, com ênfase na genética. O locus white na espécie é um dos genes
eucarióticos mais estudados, com alta compreensão sobre a mutação.Essas alterações surgem
de diferentes origens, buscando entender a forma que se manifestam, foram analisadas duas
gerações de Drosophila melanogaster provenientes do cruzamento de indivíduos machos white
com fêmeas selvagens

2. INTRODUÇÃO
Drosophila melanogaster (Meigen, 1830) é uma espécie de mosca distribuída por todos
os continentes do planeta. Sendo insetos holometábolos, eles passam pelo processo completo
de metamorfose. Nascem em ovos comumente colocados em frutas em decomposição,
eclodindo após cerca de 12 horas como larvas vermiformes. A larva se alimenta de
microrganismos na fruta em decomposição e do açúcar da fruta em si. Após quatro dias, a larva
forma pupa, período em que irá sofrer a metamorfose para o adulto e que irá durar quatro dias
também. Da pupa, eclode o inseto adulto, alado e sexualmente maduro. Quando dado em um
ambiente de temperatura controlada a 25º, este ciclo de vida dura cerca de 10 dias. Com um
ciclo de vida rápido, combinado com simples manuseamento em laboratório e cruzamento; a
fácil manutenção em cultura; abundância; rápida reprodução de descendentes férteis; e a
existência de um grande número de mutantes naturais e artificiais e com sua genética simples
(o inseto apresenta quatro pares de cromossomos, sendo três autossômicos e um sexual) faz
com que a espécie se torne o organismo modelo em muitos estudos na genética, com ênfase na
área de mutações gênicas (MANNING, 2008) .
O locus white no gênero Drosophila foi descoberto em 1910 por Thomas Hunt Morgan,
e hoje é um dos genes eucarióticos mais estudados. Mutações nesse gene causam alterações na
distribuição de pigmentos nos olhos e ocelos, dando aos indivíduos a coloração branca nos
olhos. Esse gene pode ser estudado em muitas questões relativas à expressão gênica em
Drosophila.
Para a realização do trabalho, foram obtidos resultados do cruzamento de duas
amostragens de diferentes parentais de Drosophila, criadas no Laboratório de Drosofilídeos.
Tais resultados se encontram na tabela ao final do trabalho. A partir destes resultados, foi
investigado o padrão de herança e com isso, aplicado aos resultados da amostra o cálculo qui-
quadrado de homogeneidade.

3. RESULTADOS
Analisando a tabela do cruzamento Fêmea selvagem com macho selvagem, onde houve
a mesma condição morfológica (White), nota-se que apenas os machos da geração F2
apresentaram a condição White, não havendo fêmeas white, apenas quando o macho F1 possui
a condição white, há decentes fêmeas white apenas quando há a presença de um macho White
na F1, logo uma gera a hipótese que é uma anomalia hereditária recessiva ligada ao
cromossomo sexual X, sendo observada com maior facilidade em machos por possuírem
apenas um cromossomo X. Abaixo uma tabela com X e Y representando os cromossomos
sexuais e W e w o alelo White

Experimento 1: F1 Experimento 2: F1
FÊMEAS: Xw, Xw / white MACHOS: Xw, Y / white
XW, Xw ou Xw, XW /selvagem XW, Y / selvagem
XW, XW / selvagem

4. DISCUSSÃO.

Após os resultados obtidos, será utilizado o Qui-quadrado para conferir se o padrão de


distribuição do gene em questão (white) seguiu o padrão de herança conforme o previsto nos
indivíduos. Com os resultados do cálculo qui-quadrado obtidos, foi utilizado o grau de
liberdade para conferir a viabilidade dos resultados, avaliando se seria necessário aceitar ou
rejeitar a hipótese nula.

Visando calcular a homogeneidade da amostra examinada, foram formuladas duas


hipóteses: a hipótese nula, em que a homogeneidade é aceita, e a hipótese alternativa, que
descarta a homogeneidade da amostra. O resultado do cálculo foi comparado com o grau de
liberdade [(número de linhas - 1) x (número de colunas - 1)] para averiguar a confiabilidade do
resultado. Os dados obtidos com esses cálculos foram posteriormente comparados com o
cruzamento do experimento 2.
EXPERIMENTO 1:

∑ = 1,8694
EXPERIMENTO 2:

∑ = 0,260439
Analisando o somatório dos resultados do qui-quadrado de homogeneidade dos dois
experimentos, juntamente com a tabela de distribuição do qui-quadrado, percebe-se que o valor
encontrado está abaixo do valor crítico, com um Grau de Liberdade(GL) de 3 para o
experimento 1 e um GL de 2 para o experimento 2, confirmando que a segregação ocorreu na
proporção esperada.

assinalado em vermelho experimento 1.

assinalado em azul experimento 2.

O cálculo do qui-quadrado de aderência foi aplicado para confirmar se os valores


seguem os mesmos para o padrão fenotípico encontrado segundo a genotipagem sendo o grau
de liberdade (Número de linhas - 1). Os dados obtidos com esses cálculos foram posteriormente
comparados com o cruzamento do experimento 2.
Analisando o somatório dos resultados do qui-quadrado de aderência dos dois
experimentos, juntamente com a tabela de distribuição do qui-quadrado, percebe-se que o valor
encontrado está abaixo do valor crítico, com um Grau de Liberdade(GL) de 3 para o
experimento 1 e um GL de 2 para o experimento 2, confirmando que os sexos segregam na
proporção esperada.

Para o Experimento 1, a Hipótese Nula (H0) será de que o padrão de herança esperado
é 1:1:1:1. A Hipótese Alternativa (H1) é que este padrão seria outro senão 1:1:1:1.

Para o Experimento 2, a Hipótese Nula (H0) será de que o padrão de herança esperado
é 2:1:1. A Hipótese Alternativa (H1) é que este padrão seria outro senão 2:1:1.
5. REFERÊNCIAS

https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/46864/R%20-%20E%20-
%20LUCIANO%20SILVEIRA.pdf?sequence=1&isAllowed=y
http://www.eventosufrpe.com.br/2013/cd/resumos/R1543-2.pdf
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/53653/1/Guia%20Trabalhos%20Pr%C3
%A1ticos%20Hereditariedade%20e%20Evolu%C3%A7%C3%A3o.pdf

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