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Ficha de Trabalho N.

º12
Biologia e Geologia • 11.º Ano • Turmas A e B
Nome do aluno: _______________________________________ N.º: ____ Data: ___/___/______
Nome do professor: Miguel Sousa 2023-2024
Drosophila melanogaster

A Drosophila melanogaster é um inseto díptero (2 pares de asas) que apresenta um ciclo de vida curto.
Durante muito tempo a drosófila foi conhecida como mosca-da-fruta, mas essa nomenclatura já não é utilizada
por referir-se mais apropriadamente às moscas da família Tephritidae, que causam prejuízo aos fruticultores.
As drosófilas alimentam-se de leveduras em frutos já caídos, em início de decomposição, e portanto não
causam prejuízos. Esta espécie é um dos animais mais utilizados em experiências de genética, sendo dos
mais importantes organismos modelo em Biologia. Apresentam 4 pares de cromossomas "gigantes",
formados por várias multiplicações dos filamentos da cromatina. A figura 1 representa uma experiência de
hibridação de DNA, no sentido de comparar a relação evolutiva entre Drosophiia melanogaster e entre duas
outras espécies de moscas do mesmo género, Drosophiia simulans e Drosophila funebris.

Figura 1

1. Na etapa 2, da figura 1, a separação das cadeias complementares dá-se devido à rutura de ligações_____,
sendo a sua ligação refeita a frio, na etapa 3, em função de_____complementares.
(A) hidrogénio… sequências de bases
(B) hidrogénio… codões
(C) fosfato… sequências de bases
(D) fosfato… codões

2. Com base na figura 1 a espécie mais próxima filogeneticamente de D, melanogaster é_____, pois possui
uma_____taxa de hibridação.
(A) D. simulans… menor
(B) D. funebris… menor
(C) D. simulans… maior
(D) D. funebris…maior

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3. A técnica utilizada na experiência da figura 1 constitui um argumento a favor da evolução, devendo ser
considerado um argumento_____.
(A) citológico.
(B) embriológico.
(C) bioquímico
(D) anatómico.

4. As asas da Drosophila melanogaster e os membros anteriores de uma andorinha são estruturas_____,


com _____organização estrutural e resultantes de um processo de evolução_____.
(A) homólogas… idêntica… divergente
(B) homólogas… diferente… divergente
(C) análogas… idêntica… convergente
(D) análogas… diferente… convergente

5. As afirmações seguintes referem-se a aspetos estruturais das moléculas envolvidas no armazenamento e


transferência da informação genética. Selecione a alternativa que as avalia corretamente.

1- Os nucleótidos são polímeros de ácidos nucleicos.


2- Da constituição de um nucleótido fazem parte os seguintes elementos químicos: carbono, azoto e fósforo.
3- Da hidrólise completa de um nucleótido é possível obter um glícido.

(A) 1 é verdadeira; 2 e 3 são falsas.


(B) 1 e 3 são verdadeiras; 2 é falsa.
(C) 2 é verdadeira; 1 e 3 são falsas.
(D) 2 e 3 são verdadeiras; 1 é falsa.

6. O gene BubR1 presente em humanos e em Drosophila melanogaster contribui para a separação correta
dos cromossomas durante a formação das células sexuais (óvulos e espermatozoides). Este gene é
responsável por manter os cromossomas estáveis quando estes se organizam em pares, imediatamente
antes de se separarem e migrarem para os polos opostos da célula. Investigadores descobriram na Drosophila
melanogaster, uma mutação neste gene e analisaram a influência desta mutação na formação das células
sexuais, nomeadamente em relação ao número de cromossomas que estas possuíam.
Explique em que medida a utilização da Drosophila melanogaster como modelo biológico constitui uma
vantagem para o estudo de determinadas mutações.

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Experiência de Luria e Delbrück

A experiência de Luria e Delbrück, também conhecida por teste de flutuação, foi publicada em 1943 e
tornou-se um marco no estudo dos mecanismos responsáveis pelas mutações nos organismos. Em resultado,
Max Delbrück e Salvador Luria ganharam o prémio Nobel da Medicina em 1969.
Na década de 40 do século XX, pensava-se que as bactérias eram capazes de alterar o seu DNA em
função das condições do meio ambiente, mas não existiam evidências experimentais. Luria e Delbrück
implementaram uma experiência para testar se as mutações eram:
• pré-adaptativas – ocorreriam de forma aleatória, antes de as bactérias serem expostas ao agente de
seleção;
• pós-adaptativas – resultariam de pressões resultantes do agente de seleção.
Estas duas hipóteses encontram-se representadas na figura 1.

Figura 1. Hipóteses levantadas por Luria e Delbrück.

Luria e Delbrück inocularam bactérias da espécie Escherichia coli em tubos de cultura distintos. Após o
crescimento, transferiram iguais volumes de cultura celular para placas de Petri contendo agar (meio sólido)
e repleto de bacteriófagos T1 (vírus que destroem as bactérias).
Luria e Delbrück esperavam que as mutações que causam resistência aos bacteriófagos fossem causadas
pela exposição aos mesmos, originando uma distribuição semelhante entre as placas de Petri. Os seus
resultados encontram-se representados na figura 2.

Figura 2. Resultados da experiência de Luria e Delbrück. Os pontos nas placas de Petri correspondem a colónias de bactérias que
foram capazes de resistir aos bacteriófagos.

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1. De acordo com os dados, no início da experiência Luria e Delbrück defendiam a hipótese ____, pois
esperavam que as mutações ocorressem ____ da exposição ao agente de seleção.
(A) A… antes
(B) A… em resultado
(C) B… antes
(D) B… em resultado

2. Com base nos resultados da figura 4, é possível verificar que as mutações ocorreram de forma
(A) aleatória e são pré-adaptativas, pois ocorreram antes do contacto das bactérias com os bacteriófagos.
(B) aleatória e são pós-adaptativas, pois ocorreram depois do contacto das bactérias com os
bacteriófagos.
(C) direcionada e são pré-adaptativas, pois ocorreram antes do contacto das bactérias com os
bacteriófagos.
(D) direcionada e são pós-adaptativas, pois ocorreram depois do contacto das bactérias com os
bacteriófagos.

3. Relativamente à experiência de Luria e Delbrück, é possível afirmar que


(A) nos tubos 2 e 9 os meios de cultura não tinham nutrientes suficientes para a proliferação das bactérias,
ao contrário do tubo 3.
(B) as possíveis mutações nas bactérias do tubo 4 criaram resistência aos bacteriófagos.
(C) nas bactérias as mutações genéticas surgem de forma independente do agente de seleção.
(D) a seleção natural apenas pode ser aplicada em seres vivos complexos.

4. A bactéria Escherichia coli pode distinguir-se de uma célula vegetal


(A) por não ocorrer processamento do RNA mensageiro transcrito a partir do DNA.
(B) pela quantidade de energia acumulada na molécula de ATP ser menor na bactéria.
(C) por possuir um núcleo menos complexo e com menor quantidade de DNA comparativamente à
segunda.
(D) pela primeira apresentar a capacidade de acumular mutações no seu material genético.

5. De entre as afirmações seguintes, relacionadas com dois sistemas de classificação de seres vivos,
selecione as três que estão corretas, transcrevendo para a folha de respostas os números romanos
correspondentes.

I. De acordo com o sistema de classificação de Whittaker modificado, as bactérias e os fungos pertencem


ao mesmo reino.
II. O sistema de classificação dos seres vivos em três domínios propõe a separação dos procariontes em dois
domínios.
III. Os fungos, assim como todos os seres eucariontes, pertencem ao domínio Eukaria.
IV. De acordo com o critério de interação nos ecossistemas do sistema de classificação de Whittaker
modificado, os fungos são microconsumidores.
V. As bactérias pertencem ao domínio Monera, segundo o sistema de classificação dos seres vivos em três
domínios.

6. Faça corresponder cada uma das descrições relativas à identificação de seres vivos dos diferentes reinos
expressas na coluna A ao respetivo par de reinos, que consta na coluna B.
Coluna A Coluna B

a) Heterotróficos multicelulares diferenciados/ autotróficos 1) Monera/ Protista


multicelulares diferenciados. 2) Fungi/ Plantae
b) Heterotróficos por absorção/ heterotróficos por ingestão. 3) Fungi/ Animalia
c) Parede celular de natureza quitinosa/ parede celular de 4) Protista/ Plantae
natureza celulósica. 5) Animalia/ Plantae

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7. Luria e Delbrück deixaram crescer as bactérias e depois transferiram iguais volumes de cultura celular para
placas de Petri.
Refira a importância destes dois procedimentos experimentais.

8. Explique em que medida a experiência de Luria e Delbrück constituiu um forte argumento a favor das ideias
de Darwin, em detrimento das ideias defendidas por Lamarck.

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Genes saltitões e a evolução dos mamíferos placentários

Uma equipa internacional de cientista identificou alterações genéticas de larga-escala que marcaram a
evolução da gestação nos mamíferos. O estudo faz luz sobre como a evolução das estruturas morfológicas e
aquisição de novas funções envolvidas no desenvolvimento embrionário, nesta classe de organismos. Para
estudar as modificações genéticas durante a evolução da gravidez nos mamíferos, os investigadores
utilizaram técnicas de sequenciação genes expressos no útero de vários mamíferos – placentários (humano,
macaco, rato, cão, vaca, porco, cavalo e armadilho), marsupiais (opossum), e ovopositores (ornitorrinco), uma
ave, um réptil e uma rã. Posteriormente, utilizaram modelos computacionais e métodos de evolução para
reconstruir que genes eram expressos nos mamíferos ancestrais.
Os investigadores identificaram que os primeiros mamíferos evoluíram – e recursos para o
desenvolvimento começaram a provir da mãe e menos do vitelo (gema) – quando centenas de genes
importantes para a sinalização celular, metabolismo e desenvolvimento uterino começaram a ser expressados
pelo embrião ainda no útero. Com a perda da casca do ovo e a evolução para o parto num ancestral comum
aos mamíferos marsupiais e placentários, mais de 1000 genes foram ativados, muitos dos quais estão
fortemente ligados ao estabelecimento da comunicação materno-fetal. Com a evolução de uma gestação
uterina prolongada nos mamíferos placentários, centenas de genes começaram a expressar-se fortalecendo
grandemente e complexificando a comunicação materno-fetal, bem como suprimindo, localmente, o sistema
imunitário no útero.
A equipa de investigadores também identificou genes que foram desligados com a evolução destas
linhagens, a maioria dos quais, associados à formação da casca do ovo.
Para além da função, os cientistas investigaram a origem destes genes, determinando que muitos deles
já desempenhavam funções noutros órgãos e tecidos, como o cérebro e sistemas circulatório e digestivo.
Contudo, durante a evolução da gravidez, estes genes foram recrutados para se expressarem no útero com
novos propósitos. Evoluíram elementos regulatórios que lhes permitiram ser ativados por progesterona, uma
hormona essencial à reprodução.
A equipa descobriu que este processo era levado a cabo por antigos transposões – porções de DNA
que podem modificar a sua posição dentro do genoma. Estes genes, por vezes designados “genes saltitões”,
são genericamente tidos como parasitas genómicos que servem apenas para se replicarem a si próprios.
Muitos destes transposões possuem locais de ligação à progesterona que aparentemente regulam este
processo.
A investigação sugere assim uma nova explicação para toda uma nova estrutura biológica e seu
conjunto de funções. Ao invés dos genes evoluíram gradualmente a expressão uterina, um de cada vez, os
elementos transposicionais coordenaram uma modificação genómica a larga escala que permitiu numerosos
genes serem ativados pelo mesmo sinal – neste caso, a progesterona, que ajudou na evolução da gravidez.

Figura 1. Evolução de genes endometriais em Tetrápodes. Reconstrução do ganho e perda na expressão de genes. Os valores
por cima de cada ramo indicam o número de genes recrutados para (+), ou perdidos durante (-), a expressão de genes nas células do
endométrio (parede do útero).

Baseado em Vincent J. Lynch, Mauris C. Nnamani, Aurélie Kapusta, Kathryn Brayer, Silvia L. Plaza, Erik C. Mazur,
Emera D., Sheikh S. et. al., Ancient transposable elements transformed the uterine regulatory landscape and transcriptome
during the evolution of mammalian pregnancy (2015) Cell Reports; 10(4):551-561

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1. Os transposões são sequências
(A) móveis de DNA que contêm exões.
(B) móveis que RNA contêm exões.
(C) estáticas de polidesoxirribonucleótidos.
(D) estáticas de polirribonucleótidos.

2. A análise da árvore filogenética representada na figura 1 permite afirmar que


(A) o ser humano e o macaco apresentam mais diferenças nas sequências do RNA do que o porco e
a vaca.
(B) o cavalo e o cão apresentam menos diferenças nas sequências de DNA do que o rato e a vaca.
(C) o cavalo e o cão apresentam mais diferenças nas sequências de DNA do que o rato e a vaca.
(D) o ser humano e o macaco apresentam menos diferenças nas sequências do RNA do que o
porco e a vaca.

3. A árvore filogenética representada na figura 1 foi construída com dados


(A) citológicos, sendo um sistema natural e vertical.
(B) citológicos, sendo um sistema natural e horizontal.
(C) bioquímicos, sendo um sistema racional e vertical.
(D) bioquímicos, sendo um sistema racional e horizontal.

4. De acordo com as regras de nomenclatura, a designação científica do ornitorrinco, Ornithorhynchus


anatinus, corresponde à categoria taxonómica
(A) família e a segunda palavra corresponde ao nome do género.
(B) espécie e a segunda palavra corresponde ao nome do género.
(C) família e a segunda palavra designa-se por epíteto específico.
(D) espécie e a segunda palavra corresponde ao restritivo específico.

5. As afirmações seguintes dizem respeito à evolução dos animais.


I. A presença de fossetas branquiais em todos os embriões de vertebrados terrestres é um argumento a
favor da existência de um ancestral aquático comum.
II. A partir de um ancestral comum a todos os vertebrados, desenvolveram-se estruturas distintas, em
respostas a pressões seletivas semelhantes.
III. As alterações que ocorreram na estrutura do coração ao longo da filogenia dos vertebrados é um
exemplo de evolução divergente.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

6. Considerando o sistema de classificação de Whittaker modificado, o cão e o peixe são seres eucariontes
(A) que ocupam diferente posição nos ecossistemas.
(B) com o mesmo tipo de organização estrutural.
(C) com diferente tipo de organização estrutural.
(D) com diferente modo de nutrição.

7. As barbatanas dos peixes e dos mamíferos aquáticos correspondem a estruturas ______, que resultaram
de processos de evolução ______.
(A) análogas… convergente
(B) análogas… divergente
(C) homólogas… divergente
(D) homólogas… convergente

8. Explique a importância dos transposões no aumento do fundo genético das populações.

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9. Relacione a reprodução sexuada dos mamíferos placentários com a existência de sequências génicas no
embrião supressoras do sistema imunitário materno.

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Moscas sintéticas

A biologia sintética é uma área de investigação recente que consiste na aplicação dos princípios de
engenharia à biologia, com o objetivo de desenhar seres vivos que respondam a necessidades específicas e
desejos do ser humano, como, por exemplo, fabricar uma substância particular que não seja produzida
naturalmente.
Recentemente, Eduardo Moreno, um investigador espanhol da Universidade de Berna, na Suíça, criou
uma nova espécie animal, a mosca Drosophila synthetica, que é uma derivação das espécies naturais de
Drosophila melanogaster, a popular mosca da fruta, muito utilizada em trabalhos de genética a partir da qual
o investigador criou um circuito genético tecnicamente complexo, com várias mutações e com a utilização de
transgenes preexistentes. O circuito genético inclui um módulo assassino" que foi implantado em Drosophila
melanogaster, através de técnicas de engenharia genética. Este módulo é constituído por dois transgenes
independentes, cuja expressão está dependente da presença de um fator de transcrição (proteína) designado
"Glass" que resulta da expressão do gene com o mesmo nome. O resultado final do componente "assassino"
do módulo é a expressão do gene mutante "Ras" numa enzima muito ativa que promove a desregulação da
divisão celular e é, por isso, encontrada em muitos tumores Na presença de "Glass" o módulo está ligado
("on") e controla a expressão do gene "Ras" que resulta na morte da mosca pela ação da referida enzima.
Pelo contrário, na ausência de "Glass o módulo está no estado desligado ("off") e a mosca sobrevive
As moscas sintéticas têm uma mutação no gene "Glass" que impede a sua expressão no fator de
transcrição e assim, o "módulo assassino" está no estado "off" e elas são capazes de se cruzarem e
originarem descendência fértil, os híbridos morrem em estádios iniciais de desenvolvimento, visto que
apresentam um gene "Glass" original e, por conseguinte um módulo assassino" no estado "on".
As moscas obtidas são os primeiros organismos transgénicos que não podem cruzar-se com os
indivíduos da população original do tipo selvagem (Drosophila melanogaster, mas que permanecem férteis
quando cruzados com outros animais transgénicos idênticos, obedecendo, assim, ao critério que permite
classificá-las como uma nova espécie.
Para além das modificações a nível molecular, a nova espécie tem algumas alterações visíveis: é cega,
tem olhos pequenos e cor-de-rosa e só consegue sobreviver com temperaturas baixas (cerca de 17 ºC),
enquanto a original é um pouco maior e tem olhos vermelhos. Também as asas são diferentes no seu padrão
ou o que é conhecido como veias. Este padrão é característico para diferenciar as diferentes espécies
A experiência foi realizada com moscas por "razões práticas” já que é uma espécie com características
genéticas bem conhecidas e, portanto, "fácil de manipular tecnicamente; mas os resultados abrem novos
caminhos para a biologia e novos campos para a sua aplicação e levantam, também, questões de natureza
ética.

“GLASS” ativa
“Gene 1” ativa provoca
Proteína 1 “Gene RAS” Enzima MORTE
presente

Figura 1. Representação esquemática do funcionamento do módulo genético “assassino”.

1. A ausência da proteína "Glass" nas moscas sintéticas deve-se


(A) à introdução dos genes do “módulolo assassino".
(B) à presença do fator de transcrição "Glass", que impede a expressão do gene com o mesmo nome.
(C) à introdução de um segmento de DNA com uma sequência de nucleótidos alterada.
(D) a um erro durante a transcrição do gene "Glass".

2. O isolamento reprodutor das moscas sintéticas, em relação à espécie natural, é devido


(A) às diferenças morfológicas entre as duas espécies.
(B) à ativação do "módulo assassino" pela expressão do gene "Glass" normal.
(C) aos híbridos receberem dos dois progenitores o gene "Glass" mutado.
(D) à inativação do gene "Ras" nos híbridos.

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3. Durante a expressão do gene "Ras" ocorre
(A) a transcrição do DNA e a posterior tradução da molécula de mRNA na respetiva cadeia
polipeptídica.
(B) a tradução do DNA e a posterior transcrição dos codões de mRNA para os respetivos aminoácidos.
(C) o processamento e transporte do DNA, seguido de tradução no citoplasma.
(D) a replicação do DNA e a posterior eliminação dos exões.

4. Moreno considerou que as moscas sintéticas constituiriam uma nova espécie, porque
(A) apresentam diferenças morfológicas acentuadas em relação à espécie natural
(B) os genes inseridos as tornam estéreis.
(C) vivem a temperaturas diferentes.
(D) a constituição genética impede o sucesso reprodutivo com outras espécies.

5. Ordene as letras A a E, de modo a reconstituir a sequência correta dos acontecimentos envolvidos no


funcionamento do "módulo assassino" no estado "on".
(A) Ligação da unidade pequena do ribossoma ao codão AUG na sequência de mRNA que codifica a
enzima hiperativa.
(B) Inicia-se a formação de uma sequência ribonucleotídica desencadeada pela ligação da proteína
"Glass".
(C) Desregulação do ciclo celular pela atividade da enzima expressa a partir do gene "Ras".
(D) Ligação por complementaridade do anticodão ao codão de mRNA, incorporando mais um
aminoácido na sequência polipeptidica da proteína 1
(E) Presença da proteína 1 ativa o gene "Ras".

6. Um dos maiores riscos da utilização de organismos geneticamente modificados relaciona-se com a


possibilidade e imprevisibilidade de contaminação de outros organismos com os genes modificados.
Explique porque é mais segura a utilização de "espécies sintéticas" como a Drosophila synthetica, em relação
a este aspeto, do que a utilização de organismos transgénicos.

7. A formação da espécie Drosophila synthetica foi realizada em laboratório com recurso a técnicas de
engenharia genética, não obedecendo, assim, aos princípios fundamentais do modelo neodarwinista para a
origem das espécies em meio natural.
Explique de que forma os dois conceitos fundamentais do modelo neodarwinista são "substituídos" no
processo "sintético" de formação da espécie Drosophila synthetica.

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Tentilhões das Galápagos

Nas ilhas Galápagos Darwin recolheu muitos dados que serviriam, mais tarde, para apoiar a sua teoria
evolucionista. Este arquipélago possuía uma fauna e flora muito particulares, tendo atraído a sua atenção um
grupo de aves chamadas tentilhões, que se encontravam distribuídos pelas diferentes ilhas. Darwin verificou
que, embora os tentilhões existentes em cada ilha diferissem no tamanho, na cor e na forma dos bicos, todos
eles apresentavam uma notável semelhança entre si. Além disso, eram bastante semelhantes aos que
existiam na costa americana.
Muitos anos mais tarde, em 1973, os investigadores Peter e Rosemarie Grant iniciaram um programa
de observação que lhes permitiu estudar modificações nas populações destas aves na minúscula ilha de
Daphne Maior, nas Galápagos. Nesta ilha existiam apenas duas espécies de tentilhões que se reproduziam
com regularidade. Uma delas era o tentilhão Geospiza fortis que se alimentava de pequenas sementes.
Quando a seca atingiu a ilha, em 1977, e a sementes pequenas se tornaram raras, os tentilhões de tamanho
médio, foram forçados a comer sementes maiores e mais rijas.
Verificou-se uma outra alteração após a chegada de um rival, em 1982, a espécie Geospiza
magnirostris, de grandes dimensões, que também come sementes grandes e rizas. Durante muitos anos, as
duas espécies coexistiram, e por volta do ano 2002, tornaram-se invulgarmente abundantes. Mas depois
chegou a seca e apenas treze indivíduos da nova espécie e 83 da antiga restavam em 2005.
Extraordinariamente em vez de se adaptarem à seca comendo sementes maiores como tinham feito 28 anos
antes, os Geospiza fortis sobreviventes sofreram uma redução assinalável no tamanho dos seus bicos: na
competição com os seus parentes de maior dimensão esforçaram-se por criar um nicho subsistindo à base
de sementes muito pequenas.
O gráfico seguinte ilustra a variação no tamanho do bico de Geospiza fortis ao longo do período em
que durou o estudo dos Grant.

Figura 1. Variação do tamanho do bico de Geospiza fortis.

1. O aparecimento de tentilhões com bicos de diferentes tamanhos e formas poderia ser explicado, por
(A) Buffon, como resultante de uma criação divina.
(B) Lamarck, como resultante do esforço continuado para mudar o bico.
(C) Mauperitus, pela lei do uso e do desuso.
(D) Lineu, pela atuação de um princípio ativo.

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2. As semelhanças encontradas nos tentilhões das Galápagos levaram Darwin a pensar que todos
(A) evoluíram do mesmo modo em resposta às condições semelhanças encontradas nas diferentes
ilhas.
(B) evoluíram de forma independente e as semelhanças resultaram de convergência evolutiva.
(C) poderiam ter uma origem comum e as diferenças resultariam das condições encontradas em cada
uma das ilhas colonizadas.
(D) poderiam ter uma origem comum e as diferenças resultariam de mutações ocorridas em alguns
indivíduos da população original.

3. Os bicos das espécies Geospiza fortis e Geospiza magnirostris podem ser considerados
(A) estruturas análogas resultantes de processos de evolução convergente.
(B) estruturas análogas resultantes de processos de evolução divergente.
(C) estruturas homólogas resultantes de processos de evolução convergente.
(D) estruturas homólogas resultantes de processos de evolução divergente.

4. As observações dos Grant mostram que, depois de 1977, os tentilhões de bico


(A) menor se alimentavam das sementes pequenas e sobreviveram para transmitir essa característica
à descendência.
(B) maior foram mais bem-sucedidos porque poderiam vencer os tentilhões de bico menor nas lutas
que estabeleciam.
(C) menor foram favorecidas pela seleção natural.
(D) maior foram mais bem-sucedidos e sobreviveram para transmitir essa característica à
descendência.

5. Depois da seca de 2003 ocorreu uma diminuição do tamanho do bico na população de Geospiza fortis, ao
contrário do que tinha acontecido na seca de 1977 porque
(A) nesse período (depois de 2003) a quantidade de sementes pequenas existentes na ilha aumentou
muito.
(B) os indivíduos da espécie Geospiza magnirostris estavam mais aptos a comer sementes maiores.
(C) nesse período (depois de 2003) a quantidade de sementes grandes existentes na ilha aumentou
muito.
(D) os indivíduos da espécie Geospiza magnirostris reproduziram-se preferencialmente com os
indivíduos de menor dimensão.

6. Durante o tempo que durou o estudo dos Grant, as alterações ocorridas no tamanho do bico da população
de Geospiza fortis resultaram
(A) da atuação da seleção natural sobre as diferenças na espécie, relativamente a este caracter.
(B) da ocorrência de mutações que originaram bicos de tamanho maior.
(C) de pressões seletivas semelhantes que favoreceram caracteres diferentes em movimentos
diferentes.
(D) da competição com a espécie Geospiza magnirostris pelo alimento disponível.

7. Selecione a opção que avalia corretamente as afirmações seguintes, relativas ao exemplo analisado nos
dados.
I. Segundo Lamarck, o uso dos bicos dos tentilhões na tentativa de se alimentarem das sementes maiores
originou o seu crescimento.
II. Darwin defendia que a competição sexual foi a responsável pelo desenvolvimento dos bicos maiores, em
que o ambiente tem uma ação modificadora.
III. Peter e Rosemary Grant usaram evidências anatómicas na explicação da evolução dos bicos dos
tentilhões.

(A) A afirmação II é verdadeira, I e III são falsas.


(B) A afirmação II é falsa, I e III são verdadeiras.
(C) A afirmação I é verdadeira, II e III são falsas.
(D) A afirmação III é verdadeira, I e II são falsas.

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8. Ordene as letras de A a E, de modo a estabelecer a sequência cronológica de acontecimentos relacionados
com a evolução das duas populações de tentilhões na ilha Daphne Maior.
(A) Alguns indivíduos da espécie Geospiza magnirostris colonizam a ilha de Daphne Maior.
(B) A disponibilidade de alimento constitui um fator limitante para as duas populações.
(C) A competição pelo alimento não é impeditiva do crescimento da população.
(D) A seleção atua de forma direcional na população de Geospiza fortis.
(E) A alteração ambiental reduz drasticamente o tamanho das populações de plantas.

9. Explique de um ponto de vista darwinista, a evolução da população de Geospiza fortis na ilha de Daphne
Maior, depois da seca de 2003.

10. Estabeleça a correspondência correta entre cada afirmação da coluna A e o termo da coluna B que
identifica o respetivo argumento da evolução.

Coluna A Coluna B

a) A técnica de hibridação de DNA revela grandes semelhanças entre o 1) Anatomia


DNA de chimpanzé e o humano. comparada
b) O apêndice cecal é, no ser humano, um órgão vestigial. 2) Paleontologia
c) O Arheopteryx é uma forma fóssil intermédia que apresenta 3) Biologia Molecular
características presentes nas aves e nos répteis. 4) Citologia
d) As espécies de tentilhões das diferentes ilhas das Galápagos 5) Cariologia
apresentam grandes semelhanças com as do continente americano. 6) Parasitologia
e) Apesar das diferenças quanto à forma e função, todos os seres vivos 7) Biogeografia
têm em comum o facto de serem formados por células 8) Embriologia

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Isolamento geográfico

Os esquemas da figura 1 ilustram a distribuição geográfica de diferentes populações de Gastrópodes,


há 4 milhões de anos e na atualidade. Durante esse período, a formação do istmo do Panamá separou o
oceano Pacífico do atual mar das Caraíbas, estabelecendo a ligação entre a América do Norte e a América
do Sul. No início do século XX, a construção do canal do Panamá possibilitou a passagem dos navios entre
o oceano Atlântico e o oceano Pacífico, através da América Central.

Figura 1

Adaptado de Exame Nacional 102 (2005) 2.ª Fase

1. Faça corresponder V (afirmação verdadeira) ou F (afirmação falsa) a cada uma das letras que identificam
as afirmações seguintes, relativas à situação descrita e esquematizada na figura 1.
A – A situação descrita e representada na figura ilustra um caso de convergência evolutiva.
B – O canal do Panamá constitui uma barreira geográfica entre as costas leste e oeste da América
Central.
C – A formação do istmo do Panamá impediu o contacto entre as duas populações de Gastrópodes.
D – As duas populações atuais de Gastrópodes constituem espécies distintas.
E – O isolamento reprodutor precedeu o isolamento geográfico das duas populações de Gastrópodes.
F – É provável que Cypraea zebra e Cypraea cervinetta apresentem estruturas homólogas.
G – O caso descrito constitui um exemplo de especiação geográfica.
H – Os dados apresentados sugerem que o meio exerceu pressões distintas sobre as populações de
Gastrópodes que ficaram separadas pelo istmo.

2. Explique de que forma duas populações podem ficar isoladas biologicamente, sem que ocorra especiação
geográfica.

3. A categoria taxonómica, comum às populações de Cypraea e aos restantes Gastrópodes, que apresenta
menor diversidade de seres vivos é
(A) o género.
(B) o filo.
(C) a família.
(D) a classe.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 14


4. Marden e Kramer (1994) sugeriram que as asas dos Insetos evoluíram a partir de apêndices branquiais
utilizados, como remos na água, por espécies ancestrais aquáticas. A cada uma das letras (A, B, C e D), que
assinalam afirmações relativas a acontecimentos que poderão ter ocorrido na evolução dos Insetos, faça
corresponder o número (I, II, III, IV ou V) da chave que identifica o fator de evolução respetivo.

Afirmações
A – Os animais que possuíam apêndices branquiais mais desenvolvidos apresentavam maior
probabilidade de sobrevivência.
B – Os genes reguladores do desenvolvimento dos apêndices branquiais sofreram alterações na
sequência de nucleótidos.
C – A maioria dos indivíduos de uma população ancestral foi eliminada durante uma tempestade,
alterando-se o fundo genético da população.
D – Animais provenientes de uma população que possuía apêndices branquiais desenvolvidos
integraram-se numa população onde aquela característica não se encontrava tão desenvolvida.

Chave
III – Migração
III – Seleção natural
III – Deriva genética
IV – Ausência de panmixia
VI – Mutação

5. Ordene as letras que identificam as afirmações seguintes, de modo a reconstituir a sequência temporal de
alguns dos acontecimentos que, numa perspetiva neodarwinista, poderão explicar a existência de asas nos
Insetos atuais, segundo uma relação de causa-efeito.
A – Os animais com apêndices branquiais mais desenvolvidos originaram uma descendência mais
numerosa.
B – As diferenças genéticas acumuladas conduziram ao isolamento reprodutor da população com
apêndices branquiais mais desenvolvidos.
C – Numa população, ocorreram alterações nos genes reguladores do desenvolvimento dos
apêndices branquiais de alguns indivíduos.
D – Ao longo das gerações, foi aumentando a frequência dos alelos responsáveis pelo maior
desenvolvimento dos apêndices branquiais.
E – O fundo genético da população diversificou-se relativamente ao desenvolvimento dos apêndices
branquiais.

6. As afirmações seguintes referem-se a um mecanismo de especiação a partir de uma espécie com


2n = 24 e de outra com 2n = 28.
Coloque por ordem as letras que identificam as afirmações, de modo a reconstituir a sequência
cronológica dos acontecimentos que conduzem à formação de um poliploide com 52 cromossomas.
A – Desenvolvimento de um indivíduo cujas células contêm 26 cromossomas.
B – Formação de um indivíduo tetraploide.
C – União de gâmetas provenientes de indivíduos com cariótipos distintos.
D – Produção de gâmetas com 26 cromossomas.
E – Não ocorrência da disjunção dos cromossomas durante a meiose nas células da linha
germinativa.

7. No início do século XX, com o objetivo de controlar uma praga em citrinos, foi utilizado um inseticida
contendo cianeto. Posteriormente, estudos genéticos efetuados em insetos sobreviventes revelaram a
presença de um gene que lhes possibilitava a decomposição do cianeto em compostos inofensivos. Pouco
tempo depois, verificou-se que toda a população era resistente ao inseticida.
Explique, de acordo com o Neodarwinismo, a evolução verificada na população de insetos, relativamente à
resistência ao inseticida.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 15


Repelente de insetos

Os tentilhões de Darwin são aves extremamente inventivas. Recentemente foi registado pela primeira vez
um comportamento inovador nestas aves, fora do contexto alimentar; quatro espécies de tentilhões esfregam
folhas de Psidium galapageium, uma árvore endémica das Galápagos, nas suas penas.
Foi proposto que este comportamento serve como repelente contra ectoparasitas, onde se inclui o inseto
Philornis downsi. Esta espécie de mosca foi introduzida acidentalmente na ilha e tem dizimado as populações
de aves autóctones. As moscas adultas alimentam-se de fruta, mas as suas larvas são hematofágicas -
sobrevivem e desenvolvem-se sugando o sangue das crias de tentilhões, quando estas ainda estão no ninho.
Os cientistas observaram que os tentilhões esfregavam as suas penas com folhas que retiravam de
Psidium galapageium. Perante tal facto, com o intuito de compreenderem o efeito repelente de P. galapageium
sobre mosquitos da espécie Anopheles arabiensis, desenvolveram o seguinte estudo no campo e em
laboratório.

Métodos e resultado
No Campo:
1 – Foram tratados 17 humanos com folhas esmagadas de Psidium galapageium; cada individuo aplicou
o extrato num braço e numa perna, deixando os outros dois membros por tratar;
2 – Durante 15 minutos, os indivíduos tratados foram deixados expostos ao contacto com mosquitos no
campo; contaram-se 202 picadas de mosquitos; no total foram contabilizadas 17 picadas nos membros
tratados;
No laboratório:
1 – Prepararam-se 3 conjuntos de salsichas com sangue;
2 – Injetou-se igual número de salsichas com etanol, extrato de folhas de P. galapageium com etanol e
extrato de Rubus idaeus (framboeseira);
3 - Durante a experiência, contabilizaram-se quantas vezes os mosquitos pousaram em cada uma das
salsichas com sangue; Os resultados obtidos estão representados na Figura 2A.

Para monitorizar o efeito P. galapageium sobre o crescimento das larvas de Philornis downsi, foi
desenvolvido um outro procedimento em laboratório.
1 – Embeberam-se gazes de linho com sangue de crias de tentilhão;
2 – Trataram-se igual número de gazes com igual volume (8 mL) de água, de extrato de Tradescantia
flumensis (planta sem conhecido poder repelente) e de extrato de folhas de P. galapageium (constituídos
por iguais partes de diclorometano e extrato de folhas obtido por esmagamento de 4 folhas);
3 – As gazes foram colocadas em três ambientes controlados, com larvas de P. downsi previamente
pesadas;
4 – Terminada a experiência, as larvas foram recolhidas. Avaliou-se o ganho de peso de cada uma das
larvas. Os resultados relativos ao ganho de peso das larvas estão representados na figura 2B.

Figura 1A – Efeito repelente de P. galapageium sobre Figura 1B – Efeito de P. galapageium no crescimento de larvas de
Anopheles arabiensis. P. downsi.
Baseado em Arno Cimadom, Charlotte Causton et al. Darwin’s finches treat their feathers with a natural repellent Nature Scientific
Reports | 6:34559 | DOI: 10.1038/srep34559 (2016)

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 16


1. Identifique os grupos de controlo na experiência 1. Os dois membros por tratar.

2. Um dos objetivos do estudo desenvolvido foi


(A) investigar a capacidade de as larvas crescerem consumindo sangue das gazes.
(B) inventariar a quantidade de picadas por salsicha com sangue, por ação de Anopheles arabiensis.
(C) verificar se o extrato de P. galapageium é um repelente eficaz.
(D) confirmar a eficácia da gaze tratada com água no controlo da larva da mosca.

3. No estudo descrito, uma das variáveis dependentes foi


(A) o peso das larvas de Anopheles arabiensis em cada um dos ensaios com salsicha.
(B) o ganho peso das larvas de mosca de P. downsi.
(C) a quantidade de extrato de P. galapageium nas gazes de linho.
(D) a concentração de extrato de P. galapageium utilizada na gaze de linho.

4. No estudo descrito,
(A) os grupos experimentais foram tratados com extrato de P. galapageium em todos os procedimentos.
(B) o grupo de controlo foi tratado com extrato de P. galapageium apenas no procedimento que decorreu
no campo, da primeira experiência.
(C) os grupos de controlos foram tratados com extrato de Rubus idaeus apenas no ensaio laboratorial, da
primeira experiência.
(D) o grupo experimental foi tratado com extrato de P. galapageium apenas no primeiro procedimento.

5. Uma das condições determinantes da fiabilidade dos resultados foi


(A) a variedade de soluções.
(B) a alteração da frequência de tratamentos.
(C) a repetição dos ensaios.
(D) a composição da gaze.

6. Complete o texto seguinte com a opção adequada a cada espaço.


Transcreva cada uma das letras, seguida do número que corresponde à opção selecionada. A cada letra
corresponde um só número.

As larvas de Philornis downsi que parasitam os tentilhões têm um sistema digestivo a) , em que a digestão
é b) . Nestes animais o sistema circulatório é c) ocorrendo trocas gasosas d) através de
superfícies respiratórias que correspondem a d) .

(a) (b) (c)

(1) completo (1) intracelular (1) aberto


(2) incompleto (2) extracorporal (2) fechado
(3) simples (3) extracelular (3) duplo

(d) (e)

(1) invaginações da
(1) diretas superfície corporal
(2) indiretas (2) traqueias
(3) unidirecionais (3) evaginações da
superfície corporal

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 17


7. Os resultados registados na figura 1A mostram que
(A) o efeito do extrato de P. galapageium nos mosquitos depende da quantidade de gaze utilizada.
(B) Philornis downsi tem um efeito inibitório sobre P. galapageium.
(C) o extrato de P. galapageium na totalidade 100% os mosquitos de Anopheles arabiensis.
(D) a utilização do extrato de P. galapageium tem um efeito repelente superior ao de todas as restantes
soluções.

8. Contabilizam-se pelo menos quatro espécies de tentilhões de Darwin que foram observadas a utilizar folhas
de P. galapageium: Geospiza fortis, Geospiza fuliginosa, Camarhynchus parvulus e Certhidea olivacea. As
afirmações seguintes dizem respeito à taxonomia de diferentes espécies de tentilhões.
I. Camarhynchus parvulus e Certhidea olivacea pertencem a classes diferentes.
II. Geospiza fortis e Geospiza fuliginosa pertencem ao mesmo género.
III. Camarhynchus heliobates e Camarhynchus parvulus têm menor número de taxa em comum do que
Geospiza fortis e Certhidea olivacea
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

9. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica


de acontecimentos que ocorrem durante o ciclo de vida de P. downsi. Termine a ordenação pela etapa em
que surgem seres vivos frugívoros.
A. Deposição de ovos.
B. Produção de gâmetas.
C. Fecundação.
D. Transformação em inseto adulto.
E. Ingestão de sangue.

10. Faça corresponder cada uma das descrições relativas a compostos orgânicos, expressas na coluna A à
respetiva designação, que consta na coluna B.

COLUNA A COLUNA B

(1) Ácido nucleico


(a) Glícido complexo que forma a parede celular das células vegetais.
(2) Ácido gordo
(b) Polímero que contém pentoses e que é responsável pela
(3) Celulose
informação contida na célula.
(4) Fosfolípido
(c) Molécula anfipática que compõe as membranas celulares.
(5) Glicogénio

11. Explique de que modo o estudo apresentado na figura 1B pode suportar a hipótese levantada pelos
investigadores.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 18


Pressões seletivas

Os estudos de genética efetuados em populações de seres vivos têm demonstrado que quanto maior
a diversidade genética de uma população, maior o seu potencial para evoluir.
Muitos organismos sofrem evolução em resultado de variações dos fatores abióticos, mas uma parte
significativa da evolução das espécies prende-se com os fatores bióticos, que originam pressões evolutivas
seletivas.
As interações entre as plantas e fungos que as parasitam são reveladoras de pressões evolutivas
seletivas. O aparecimento de uma estirpe de fungos muito patogénica origina a seleção natural das plantas
naturalmente resistentes. Este fenómeno coloca pressão nos fungos, que deixam se ser capazes de infetar
as plantas. Só quando surge uma nova estirpe de fungos mais patogénica é que voltam a colocar-se pressões
seletivas elevadas sobre as plantas.
O Homem tem vindo a interferir com este processo, produzindo fungicidas que visam reduzir as perdas
causadas pelas infeções fúngicas. Porém, tem-se verificado que alguns fungos podem desenvolver
resistência ao fungicida. A figura 1 demonstra a resistência do fungo Rhynchosporium secalis ao fungicida
triadimenol e a figura 2 representa o ciclo de vida deste fungo.

Figura 1. Sensibilidade de populações do fungo Rhynchosporium secalis ao triadimenol; estudo efetuado de 1975-1995, no Reino
Unido.

Figura 2. Ciclo de vida do fungo Rhynchosporium secalis, evidenciando as interações com as plantas, nomeadamente a cevada. Não
se conhece uma fase sexual do ciclo de vida deste fungo.

1. As pressões seletivas causadas pelos fungos tendem a


(A) provocar mutações nas plantas, conferindo-lhe maior resistência.
(B) aumentar a variabilidade genética das plantas.
(C) selecionar as plantas naturalmente resistentes aos fungos.
(D) diminuir o potencial de evolução das plantas.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 19


2. De acordo com os dados da figura 3, é possível verificar que a concentração mínima de triadimenol
necessária para inibir o crescimento do fungo Rhynchosporium secalis
(A) aumentou durante o estudo, de 1975 até 1995.
(B) diminuiu durante o estudo, de 1975 até 1995.
(C) manteve-se durante o estudo, de 1975 até 1995.
(D) é superior à concentração máxima, em que todos os fungos são exterminados.

3. Relativamente aos ciclos de vida representados na figura 4, podemos afirmar que


(A) a cevada e o fungo são duas espécies que só se reproduzem sexuadamente.
(B) os esporos, formados por meiose, infetam as sementes de cevada.
(C) o micélio do fungo desenvolve-se por mitoses sucessivas, infetando novos tecidos da planta a
partir de fragmentos de micélio.
(D) os fungos apenas atingem a raiz das plantas de cevada.

4. As plantas são classificadas num reino distinto dos fungos, pois


(A) são multicelulares.
(B) apresentam uma parede celular composta por quitina.
(C) são autotróficas.
(D) apresentam uma reduzida diferenciação celular.

5. Na designação científica Rhynchosporium secalis, o termo


(A) Rhynchosporium corresponde ao género e secalis à espécie.
(B) Rhynchosporium secalis corresponde à espécie.
(C) Rhynchosporium corresponde à espécie e secalis ao género.
(D) Rhynchosporium corresponde à ordem e secalis ao restritivo específico.

6. As plantas parasitadas por Rhynchosporium secalis, são de seres que apresentam um ciclo de vida
_______, com meiose _______.
(A) haplonte… pré-espórica
(B) haplonte… pós-zigótica
(C) haplodiplonte… pós-zigótica
(D) haplodiplonte… pré-espórica

7. As afirmações seguintes dizem respeito à evolução das espécies. Selecione a alternativa que as avalia
corretamente.
1. Segundo o Darwinismo, o aparecimento de uma estirpe de fungos muito patogénica origina a seleção
natural das plantas naturalmente mais aptas.
2. Para Lamarck, as mutações são um agente de evolução, sendo transmitidas à descendência.
3. Para Lamarck e Darwin o meio ambiente é um fator basilar na evolução das espécies.

(A) 1 é verdadeira; 2 e 3 são falsas


(B) 2 é falsa; 1 e 3 são verdadeiras
(C) 3 é verdadeira; 1 e 2 são falsas
(D) 1 é falsa; 2 e 3 são verdadeiras

8. No rótulo de um frasco contendo uma solução comercial do fungicida triadimenol é possível ler: “Alguns
fungos individuais podem apresentar resistência ao produto, em resultado da variação genética natural.
Estes indivíduos podem dominar a população de fungos se o fungicida for usado repetidamente.”
Explique, numa perspetiva neodarwinista, a relação entre a diversidade genética de uma população de
fungos com o aumento da sua capacidade de se adaptar ao ambiente em que se adiciona triadimenol.

9. Explique de que forma diferentes grupos de animais, geograficamente distantes, podem desenvolver
estruturas anatómicas e fisiológicas semelhantes.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 20


Experiência de Lenski

A utilização de populações de microrganismos de ciclo de vida curto permite estudar a evolução em


"tempo real". Baseado nesta premissa, Richard Lenski iniciou, em 1988, uma experiência de seleção que
ainda dura até aos dias de hoje.
O desenho experimental é surpreendentemente simples: 12 populações da bactéria Escherichia coli,
geneticamente iguais, foram cultivadas em tubos idênticos, contendo um meio líquido com glicose como única
fonte de alimento e suficiente para alimentar a população de bactérias por 24 horas. Todos os dias, 1% de
cada população foi transferida para um novo tubo com glicose suficiente para alimentar a população de
bactérias por mais 24 horas e assim sucessivamente, até à atualidade.
Em 1994, 10 000 gerações depois, Lenski pretendeu avaliar as alterações na capacidade de adaptação
ao meio das populações que "evoluíram" nos tubos de ensaio. Para isso, colocou amostras das populações
que evoluíram com amostras das populações ancestrais (iguais às utilizadas no início da experiência), na
proporção de 1:1, nas mesmas condições experimentais utilizadas anteriormente para os ciclos de
crescimento de 24 horas. Dessa forma promoveu a competição entre as bactérias dos dois tipos e, pela
frequência de cada uma na população total, era possível avaliar a que apresentava maior aptidão (para
identificar as duas populações foi utilizado um marcador genético de cor). As amostras da mistura foram
cultivadas em meios sólidos que permitiram que as colónias derivadas das bactérias evoluídas e ancestrais
pudessem ser distinguidas com base na sua cor. A mudança na proporção dos dois tipos foi, então, usada
para estimar a aptidão das linhas que evoluíram em relação ao ancestral.
Os resultados revelaram que a aptidão relativa das 12 populações experimentais tinha aumentado em
cerca de 40%. E este aumento refletiu-se de duas formas: as populações passaram a crescer mais
rapidamente em sucessivos tubos e o tamanho celular médio quase que duplicou.

Figura 1. Representação esquemática simplificada da experiência de Lenski.

(Baseado em http://www.nature.com/nature/journal/v457/n7231/box/nature07892_BX1.html)

1. Ao misturar os dois tipos de bactérias, Lenski usou as mesmas condições experimentais utilizadas
anteriormente para os ciclos de crescimento de 24 horas,
(A) para garantir que os resultados fossem apenas decorrentes da capacidade diferencial de adaptação
das duas populações.
(B) para garantir que as bactérias da população evoluída fossem as mais aptas naquele meio.
(C) para que as bactérias da população que evoluiu nesse meio estivessem bem adaptadas a ele.
(D) porque a glicose se revelou essencial ao crescimento das bactérias.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 21


2. Como as 12 populações iniciais eram geneticamente idênticas,
(A) a seleção natural não pôde atuar.
(B) a única fonte de variação para a seleção natural agir foram as novas mutações que ocorreram.
(C) a única fonte de variação para a seleção natural agir foi o tamanho das bactérias da população
inicial.
(D) a única fonte de variação para a seleção natural agir foi a recombinação génica resultante da
reprodução.

3. Lenski verificou que as bactérias que "evoluíram" na experiência tinham


(A) maior aptidão para aquele meio, porque eram maiores do que as ancestrais.
(B) menor aptidão para aquele meio, porque em competição com as ancestrais se tornaram mais
numerosas.
(C) maior aptidão para aquele meio, porque em competição com as ancestrais se tornaram mais
numerosas.
(D) menor aptidão para aquele meio, porque eram maiores do que as ancestrais.

4. Na experiência de Lenski, a seleção natural favoreceu as bactérias que


(A) sofreram mutações que lhes conferiam maior tamanho e ciclos reprodutivos mais curtos.
(B) se "esforçaram" por aumentar de tamanho e se reproduziram mais rapidamente.
(C) na população inicial tinham maior tamanho e maior capacidade reprodutiva.
(D) sofreram maior número de mutações.

5. O fundo genético da população usada na evolução experimental alterou-se devido à ocorrência de


(A) meiose e seleção natural.
(B) mutações e seleção natural.
(C) mutações e migrações.
(D) migrações e meiose.

6. Podemos considerar que a seleção natural identificada é antievolucionista, porque


(A) torna o fundo genético de uma população mais homogéneo.
(B) aumenta a variabilidade genética de uma população.
(C) para determinado gene, aumenta a frequência dos seus alelos "extremos".
(D) os fenótipos de maior adaptabilidade estão separados por um fenótipo intermediário de menor
adaptabilidade.

7. Estabeleça a sequência correta dos acontecimentos seguintes relacionados com a evolução ocorrida na
experiência de Lenski.
A. A população de bactérias não apresenta diferenças genéticas.
B. A população é toda constituída por indivíduos que apresentam maior aptidão relativa para o meio.
C. Durante a replicação do DNA associada à bipartição ocorrem erros.
D. Em cada geração reproduzem-se mais indivíduos maiores e com maior capacidade reprodutiva.
E. Na população de bactérias surgem indivíduos de maior tamanho com maior capacidade reprodutiva.

8. Os avanços nas diferentes áreas das ciências biológicas e das tecnologias forneceu um conjunto de
conhecimentos que permitiram reformular a teoria darwinista da evolução, naquilo que ficou conhecido como
teoria sintética da evolução ou neodarwinismo.
Indique uma das principais limitações da teoria darwinista que o neodarwinismo esclareceu.

9. No planeta existe duas grandes espécies de pinípedes, Mirounga angustirostris ou elefante-marinho-do-


norte e Mirounga leonina, comummente designado elefante-marinho-do-sul.
Devido à caça predatória, no final do século XIX, a população de elefantes-marinhos-do-norte estava reduzida
a 20 indivíduos. Várias medidas permitiram inverter esta tendência e, na atualidade, a população destes
animais cresceu para cerca de 30 000 indivíduos.
Compare a aptidão evolutiva da população de elefantes-marinhos-do-norte com a da população de elefantes-
marinhos-do-sul, cuja população não sofreu esta oscilação no números de indivíduos.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 22


Classificação dos elefantes

Uma equipa de cientistas conseguiu sequenciar parte do código genético do mamute lanudo
(Mammuthus primigenius), um animal extinto há milhares de anos. A pesquisa descodificou as 5 mil “letras”
do código genético da mitocôndria do animal. O estudo permite uma visão mais profunda da filogenia da
família dos elefantes e revela a relação filogenética do elefante asiático (Elephas maximus) com o elefante
africano (Loxodonta africana) e com o mastodonte americano (Mammut americanum).
Os mamutes viveram na África, na Europa, na Ásia e na América do Norte entre 1,6 milhões de anos e
10 mil anos atrás, durante a era geológica plistocénica.
A equipa de investigadores extraiu e analisou o DNA do mamute usando uma nova técnica que funciona
mesmo com pequenas quantidades de osso fossilizado – neste caso 200 gramas. Cerca de 46 fragmentos
combinados e colocados em ordem, dando um registo completo do DNA mitocondrial do mamute.
Apesar de a parte principal da informação genética do animal se encontrar no núcleo da célula, o DNA
mitocondrial é particularmente útil para estudar as relações evolutivas entre diferentes espécies. O DNA
mitocondrial é transmitido pela linha materna com poucas, mas regulares mudanças, dando aos cientistas
uma visão sobre o passado da espécie em questão.
A figura 1 revela a filogenia baseada nos resultados do estudo.

Figura 1. Filogenia da família dos elefantes.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 23


1. A classificação representada na figura 1 pode ser considerada
(A) natural, por se basear num critério bioquímico, e vertical, por considerar as relações evolutivas.
(B) natural, por se basear num critério anatómico, e vertical, por recorrer à taxonomia numérica.
(C) raciona, por se basear num critério anatómico, e vertical, por recorrer à taxonomia numérica.
(D) racional, por se basear num critério bioquímico, e vertical, por considerar as relações evolutivas.

2. O estudo sugere que o mamute filogeneticamente se encontra mais próximo da espécie


(A) Elephas maximus, porque apresenta, em relação a esta, maior número de nucleótidos diferentes
no DNA mitocondrial.
(B) Elephas maximus, porque apresenta, em relação a esta, menor número de nucleótidos diferentes
no DNA mitocondrial.
(C) Mammut americanum, porque apresenta, em relação a esta, menor número de nucleótidos
diferentes no DNA mitocondrial.
(D) Mammut americanum, porque apresenta, em relação a esta, maior número de nucleótidos
diferentes no DNA mitocondrial.

3. O taxon mais baixo comum ao elefante asiático e ao elefante africano é


(A) a família, porque pertencem ao mesmo género.
(B) a família, porque pertencem a géneros diferente.
(C) género, porque pertencem a espécies diferentes.
(D) género, porque pertencem à mesma espécie.

4. Na figura 1, as bifurcações correspondem a momentos de


(A) convergência evolutiva, revelados por semelhanças na sequência de nucleótidos.
(B) divergência evolutiva, revelados por analogias na sequência de DNA mitocondrial.
(C) divergência evolutiva, revelados por diferenças na sequência de nucleótidos.
(D) convergência evolutiva, revelados por homologias na sequência de DNA mitocondrial.

5. A designação Mammuthus primigenius refere-se ao taxon


(A) espécie, porque apresenta nomenclatura binominal, sendo o primeiro nome o do género.
(B) género, porque apresenta nomenclatura binominal, sendo o primeiro nome o da espécie.
(C) espécie, porque se encontra escrito em latim.
(D) género, porque se encontra escrito em latim.

6. A utilização do DNA mitocondrial para o estabelecimento de filogenias pode ser vantajosa relativamente à
utilização de DNA nuclear, porque
(A) no primeiro não ocorre recombinação.
(B) no primeiro não ocorrem mutações.
(C) é mais difícil de isolar em laboratório.
(D) o primeiro é transmitido pela linha materna e o segundo pela linha paterna.

7. A utilização do latim na nomenclatura científica apresenta, entre outras vantagens,


(A) o facto de ser uma língua bem conhecida entre os cientistas.
(B) a universalidade, visto que é falada por mais países que o inglês
(C) o facto de ser uma língua utilizada por Lineu.
(D) a inexistência de variações por ser uma língua morta.

8. Ordene os taxa indicados de seguida, começando pelo mais inclusivo.


(A) Elephantidae.
(B) Elephas.
(C) Animalia.
(D) Elephas maximus.
(D) Mammalia.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 24


9. Estabeleça a correspondência correta entre cada afirmação da coluna A e o termo da coluna B que
identifica o respetivo argumento da evolução.

Coluna A Coluna B

a) A técnica de hibridação de DNA revela grandes semelhanças entre o


DNA de chimpanzé e o humano. 1) Anatomia comparada
b) O apêndice cecal é, no ser humano, um órgão vestigial. 2) Paleontologia
c) O Arheopteryx é uma forma fóssil intermédia que apresenta 3) Biologia Molecular
características presentes nas aves e nos répteis. 4) Citologia
d) As espécies de tentilhões das diferentes ilhas das Galápagos 5) Cariologia
apresentam grandes semelhanças com as do continente americano. 6) Parasitologia
e) Apesar das diferenças quanto à forma e função, todos os seres vivos 7) Biogeografia
têm em comum o facto de serem formados por células. 8) Embriologia

10. Os avanços nas diferentes áreas das ciências biológicas e das tecnologias forneceu um conjunto de
conhecimentos que permitiram reformular a teoria darwinista da evolução, naquilo que ficou conhecido como
teoria sintética da evolução ou neodarwinismo.
Indique as principais limitações da teoria darwinista e explique como no neodarwinismo são esclarecidos
esses aspetos.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 25


Evolução da família Ursidae

O panda-gigante é o ursídeo que mais dúvidas levantou na sua classificação. Os cientistas debateram a
sua posição filogenética durante mais de um século, não sabendo se o consideravam um urso, um
procyonídeo (Família Procyonidae), à qual também pertence o guaxinim ou rato-lavadeiro (Procyon lotor), e
houve até mesmo alguns autores que o incluíram juntamente com o panda-vermelho (Ailurus fulgens) na
família Ailuropodidae, devido à semelhança das suas aparências.
Uma das primeiras tentativas de determinar a posição taxonómica do panda-gigante usando técnicas
moleculares foi em 1956, quando Leone e Wiens, a partir de análises sorológicas, determinaram que esta
espécie é parente dos ursos. Da mesma forma, testes citogenéticos efetuados nos membros da Família
Ursidae mostraram que o padrão de bandas dos cromossomas do panda-gigante é igual ao padrão de bandas
dos cromossomas do resto dos ursídeos, embora esta espécie só tenha 42 cromossomas em comparação
com os 52 cromossomas do urso-de-óculos e com os 74 cromossomas dos restantes seis membros da
subfamília Ursinae. Esta diferença no número de cromossomas é explicada pela fusão de certos
cromossomas entre si. O recurso a técnicas moleculares mais modernas, como a sequenciação genética
mitocondrial, deram fortes evidências de que o panda-gigante compartilha o mesmo antepassado com todos
os ursos modernos.
A origem da família Ursidae aponta para o início do Miocénio, na Europa subtropical, há cerca de 20
milhões de anos, com a espécie fóssil Ursavus elmensis. No entanto, poucos são os dados paleontológicos
e morfológicos recolhidos que possibilitam uma reconstituição da série filogenética dos ursos. O recurso a
diferentes marcadores moleculares coloca o urso-malaio (Ursus malayanus) e o urso-beiçudo nas espécies
basais dentro da subfamília dos ursinos (Figura 1A), mas, em geral, tem sido sugerido que a linhagem do
urso-beiçudo foi a primeira a emergir formando um grupo monofilético1. No entanto, persistem muitas dúvidas
relativamente à filogenia dos restantes ursídeos, que variam consoante a técnica molecular utilizada.
Os cladogramas que se seguem dizem respeito à classificação filogenética dos ursídeos, tendo por base
diversas análises moleculares.

1
grupo que consiste exclusivamente numa espécie ancestral e todos os seus descendentes

Figura 1. Cladogramas referentes a possíveis filogenias na família Ursidae (A – Árvore filogenética construída a partir da análise de 14
genes nucleares; B – Árvore filogenética obtida a partir da análise das sequências de seis regiões do ADN mitocondrial; C – Árvore
filogenética obtida a partir da eletroforese de proteínas; D – Árvore filogenética construída a partir da análise da sequência completa dos
genes mitocondriais; E – Árvore baseada na análise dos aminoácidos do citocromo b e dos genes nucleares (IRBP e TTR)).

1. Segundo o texto, a classificação do panda-gigante é controversa, pois


(A) a semelhança entre Ailurus fulgens e Ailuropoda melanoleuca permitiu incluí-los no mesmo
género.
(B) foi incluído na família Procyonidae por apresentar semelhanças com o panda-vermelho.
(C) as classificações fenéticas colocam-no na família Ailuropodidae, enquanto as filogenéticas não.
(D) pertence à família Procyonidae, mas apresenta semelhanças moleculares com a família Ursidae.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 26


2. Os ursos membros da subfamília Ursinea apresentam _____ cromossomas durante a metáfase II,
enquanto os ursos-de-óculos apresentam apenas ____ cromatídeos na telófase.
(A) 37 … 26
(B) 37 … 52
(C) 74 … 52
(D) 74 … 26

3. A filogenia dos ursos pôde ser clarificada com métodos baseados na


(A) comparação com fósseis de Ursavus elmensis encontrados na Europa subtropical.
(B) análise comparativa de estruturas anatómicas dos vários ursos existentes e do registo fóssil.
(C) sequenciação de genes nucleares e mitocondriais das oito espécies vivas da subfamília Ursinae.
(D) análise comparativa de aminoácidos e proteínas das várias espécies da família Ursidae.

4. A análise dos cladogramas da figura 6 revela que, em


(A) E, o urso-malaio é mais aparentado com o urso-negro-americano do que com o asiático.
(B) A, o urso-malaio e o urso-beiçudo são as espécies mais primitivas da subfamilia Ursinae.
(C) C, o urso americano partilha o ancestral mais recente com os ursos asiático, pardo e polar.
(D) B, o ramo evolutivo do panda-gigante e do urso-de-óculos divergiu mais tarde que os restantes.

5. As classificações em cladograma apresentadas na figura 6 são consideradas _____ uma vez que têm em
conta _____.
(A) verticais … o fator tempo
(C) verticais … as semelhanças fenotípicas
(B) horizontais … o fator tempo
(D) horizontais … as semelhanças fenotípicas

6. Todos os ursos pertencentes à subfamília Ursinae têm em comum


(A) a mesma família, mas não o mesmo género.
(B) o mesmo filo, mas não a mesma ordem.
(C) a mesma classe, mas não a mesma família.
(D) o mesmo género, mas diferem na espécie.

7. O recurso ao gene TTR como marcador molecular é uma mais-valia para a taxonomia, uma vez que este
gene, responsável pela síntese da transtirretina (TTR), uma proteína plasmática composta por quatro
subunidades idênticas de 127 aminoácidos cada, apresenta uma sequência altamente conservada no intrão
1, podendo ser usado para desvendar a proximidade filogenética de várias espécies, como os ursos.

I. A proteína TTR apresenta uma estrutura quaternária cuja função depende da temperatura.
II. O intrão 1 é removido durante a tradução do mRNA específico que leva à síntese da transtirretina.
III. Os 127 aminoácidos de cada cadeia polipeptídica da TTR estão unidos por ligação glicosídicas.

(A) II e III são verdadeiras; I é falsa.


(B) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(D) I é verdadeira; II e III são falsas.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 27


8. Faça corresponder cada um dos processos relacionados com o transporte de gases respiratórios no urso,
expressos na coluna A, à respetiva designação, que consta na coluna B.

Coluna A Coluna B

(a) As trocas gasosas ocorrem graças ao sangue que faz a ligação


(1) Difusão direta
entre a superfície respiratória e as células.
(2) Difusão indireta
(b) O sangue efetua dois trajetos independentes no organismo, devido
(3) Hematose pulmonar
ao coração que tem 4 cavidades.
(4) Circulação dupla e incompleta
(c) Nos alvéolos, a pressão parcial de oxigénio é superior àquela que
(5) Circulação dupla e completa
se verifica no sangue, ocorrendo a difusão.

9. A sistemática e a taxonomia dos seres vivos estão em permanente estudo e atualização.


Relacione este facto com o estudo apresentado relativo à família Ursidae.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 28


Efeito da temperatura e luminosidade sobre a germinação e infeção Pseudocercospora vitis

A videira (Vitis) é uma cultura perene suscetível a uma ampla gama de agentes patogénicos. Entre as
doenças fúngicas da videira, merece destaque a mancha-da-folha causada por Pseudocercospora vitis. As
condições favoráveis ao desenvolvimento da mancha-da-folha ainda não foram totalmente determinadas.
A mancha das folhas por ser uma doença que ocorre no final do ciclo vegetativo, não desperta atenção
dos produtores, no entanto quando não são realizados os tratamentos após a colheita, esta doença pode
ocasionar queda prematura das folhas. A redução da área foliar pode restringir o acúmulo de carboidratos,
tendo como consequências impactos negativos no florescimento e no rendimento da produção nos anos
seguintes.
Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes meios de cultivo na esporulação, bem
como o efeito da temperatura e luminosidade na germinação de conídios e na infeção de P. vitis em videiras
(Vitis labrusca) e o progresso temporal da mancha-da-folha.

Figura 1 Ciclo de vida de Pseudocercospora vitis.

Material e métodos:

Produção de esporos em diferentes meios de cultivo


– Para este ensaio foi realizado isolamento do patógeno P. vitis, a partir de folhas de videira. O isolado foi
mantido em meio de cultura BDA (batata-dextrose-ágar).
– Para avaliar os diferentes tipos de meio de cultivo na esporulação de vitis, os seguintes meios de cultivo
foram testados: BDA (Batata- dextrose -ágar), BDA+leite de coco (5%), BDA+extrato de uva (5%), ST (sumo
de tomate-carbonato de cálcio-ágar), ST+Leite de coco (5%) e ST+extrato de uva
– Para realizar a produção do inóculo micelial foram preparados 30 mL de meio líquido para todos os
tratamentos, os quais foram autoclavados a 120oC por 20 min. Três discos de 9 mm de diâmetro foram
retirados de colónias de P. vitis cultivadas por 25 dias em BDA e adicionados aos meios líquidos. Estes foram
colocados em incubadora refrigerada sob agitação a 115 rpm, à temperatura de 25 oC, na ausência de luz,
por 72 horas. Desta suspensão, uma alíquota de 500 μL foi transferida para o centro das placas de Petri com
os respetivos meios de cultura. O ensaio teve seis tratamentos (diferentes composições de meios de cultura)
e cinco repetições. As placas foram mantidas em câmara de crescimento a 25 oC e fotoperíodo de 12 horas.
Após 96, 120, 144 e 168 horas de incubação foi quantificado o número de esporos, por meio de leitura em
câmara de Neubauer.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 29


Efeito da temperatura na germinação de conídios
Para o teste de germinação foi utilizado uma alíquota de 40 μL da suspensão de esporos (1 x 104 conídios
mL-1) a qual foi transferida para os orifícios da placa de teste ELISA. Na sequência as placas foram mantidas
no escuro ou sob luz contínua, em estufa incubadora, nas temperaturas de 15, 20, 25 e 30 ºC, por períodos
de 4, 6, 8, 12 horas. A germinação foi suspensa utilizando 20 μL do corante azul algodão de lactofenol. Foram
avaliados 100 esporos, estabelecendo a percentagem de esporos germinados, com auxílio de microscópio
ótico (x400).

Efeito da temperatura na infeção de P. vitis em videira


– Utilizara-se estacas de videira com ao menos cinco gemas foram introduzidas em vasos de plástico (2 L),
contendo substrato Plantmax® e areia na proporção 1:1 (v/v).
– As mudas de videira apresentavam aproximadamente 10 folhas, quando se inoculou suspensão de esporos
na concentração de 105 conídios mL-1, por meio de pulverização, até o ponto de escorrimento.
– Em seguida, as mudas foram submetidas às temperaturas de 15, 20, 25, 30 e 35 oC em câmara de
crescimento no tempo de incubação 48 horas.
– Após este período as plantas foram mantidas em casa de vegetação com temperatura média de 30 C ̊ ±2C ̊
e humidade relativa de 70%.
– Foram realizados cinco tratamentos (diferentes temperaturas) e quatro repetições.
– Para quantificação da intensidade da doença avaliou-se a severidade das manchas necróticas com o uso
de uma escala diagramática com notas de um a seis que correspondem a uma variação de 1,6% a 40,2% da
área foliar lesionada.

Resultados:
Observou-se esporulação do fungo em todos os meios testados e nos diferentes períodos de incubação
(Tabela 1).
Tabela 1. Esporulação de Pseudocercospora vitis em diferentes meios de cultura e períodos de incubação.
Produção de esporos (104 conídios mL-1)
Meio de cultura
96 horas 120 horas 144 horas 168 horas
BDA 11,3 8,93 9,43 8,5
BDA+Extrato de uva 11,9 20,1 31,4 36,9
BDA+Leite de coco 27,6 20,5 37,5 52,6
ST 46,2 50,4 86,5 60,4
ST+Extrato de Uva 63,5 71,9 94,1 112,7
ST+Leite de coco 53,5 76,8 113,6 116,7
CV (%) 32,32 47,93 51,80 39,86
Fc 18,227 10,669 8,388 13,695

O efeito da variação da temperatura na presença e ausência de luz na germinação dos esporos está
representado na figura 2 e 3 respetivamente.

Figura 2. Germinação de Pseudocercospora vitis em diferentes Figura 3. Germinação de Pseudocercospora vitis em diferentes
temperaturas e períodos de incubação na presença de luz. temperaturas e períodos de incubação na ausência de luz.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 30


O efeito da temperatura na infeção de P. vitis em videira está representado nos gráficos A e B da figura 4.

A B

Figura 4. Número médio (A) e tamanho médio (B) de lesões de mancha-da-folha, em mudas de videira submetidas a diferentes
temperaturas com 48 horas de incubação em resposta a infeção de P. vitis.

1. Indique as variáveis independentes. Temperatura e o meio.

2. Relativamente ao efeito da temperatura na germinação dos conídios é possível concluir que _____.
(A) na presença de luz, a maior percentagem de germinação dos esporos ocorre em baixa
temperaturas independentemente do tempo de incubação.
(B) na presença de luz, nos períodos de oito e doze horas de incubação, a temperatura de 20 C ̊
propiciou a maior percentagem de germinação.
(C) na ausência de luz e reduzidos tempos de incubação (4 e 6h) a taxa de germinação dos esporos
mantém-se baixa independentemente da temperatura.
̊ propiciou maior percentagem de conídios germinados
(D) na ausência de luz, temperatura de 30 C
em todos os períodos de avaliação.

3. A experiência descrita permitiu concluir que ______.


(A) a produção de esporos aumentou ao longo do tempo, independentemente do tipo de meio de
cultura usado.
(B) os meios ST acrescido com extratos de uva e leite de coco apresentaram maior esporulação de P.
vitis.
(C) o indíce de esporulação de P. vitis é independente do meio de cultura utilizado.
(D) no meio ST + leite de coco a esporulação de P.vitis é sempre superior à verificada nos restantes
meios, independentemente do tempo de incubação

4. A planta hospedeira e o seu parasita


(A) são fotoautotrófico e foto-heterotrófico, respetivamente.
(B) utilizam diferentes fontes de carbono.
(C) são ambos quimio-heterotróficos.
(D) usam a mesma fonte de energia.

5. A produção de conídios envolve divisões nucleares em que se verifica ____.


(A) a formação de bivalentes.
(B) recombinação génica.
(C) a separação de homólogos.
(D) a formação do fuso acromático.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 31


6. Relativamente ao ciclo de vida de Vitis labrusca, pode afirmar-se que _____.
(A) a meiose é pré-gamética.
(B) a meiose é pós-zigótica.
(C) os esporos são células com núcleo haploide.
(D) as células do gametófito apresentam núcleo diploide.

7. A infeção da videira por Pseudocercospora vitis poderá conduzir a uma queda prematura das folhas. Após
a queda prematura das folhas verificar-se-á nas plantas afetadas____.
(A) um aumento da taxa de transpiração foliar.
(B) um aumento da translocação da seiva floémica para a raiz.
(C) um aumento da translocação xilémica para a raiz.
(D) a redução da pressão de turgescência no floema dos órgãos aéreos.

8. A conquista do ambiente terrestre pelas plantas foi favorecida pela dominância da fase______ que
contribuíram para o aumento da variabilidade genética.
(A) haploide e da fecundação cruzada
(B) haploide e da autofecundação
(C) diploide e da fecundação cruzada
(D) diploide e da autofecundação

9. Complete o texto seguinte com a opção adequada a cada espaço.


Transcreva cada uma das letras, seguida do número que corresponde à opção selecionada. A cada letra
corresponde um só número.

P. vitis é um ser _____a_)____, que obtém nutrientes por _____b_)____, após um processo de digestão
_____c_)____. A sua reprodução é _____d_)____ e apresenta ciclo de vida _____e_)____, em que a
entidade diploide é representada por uma única célula.

(a) (b) (c) (d) (e)

1. unicelular 1. absorção 1. intracelular 1. exclusivamente sexuada 1. haplonte


2. pluricelular 2. ingestão 2. extracorporal 2. exclusivamente assexuada 2. diplonte
3. colonial 3. fotossíntese 3. extracelular 3. sexuada e assexuada 3. haplodiplonte

10. Colocou-se a hipótese de os fatores climáticos serem os principais determinantes no processo de infeção
da videira.
Explique em que medida os resultados obtidos permitem corroborar essa hipótese.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 32


O terceiro domínio da Vida

Em 1977, o microbiólogo Carl Woese coloca em causa, pela primeira vez, a divisão clássica dos seres
vivos em cinco reinos. Através de análises de sequências de RNA ribossomal, Woese mostra que existem
grandes diferenças dentro do grupo dos organismos procariontes. Ele propõe a divisão dentro deste grupo
em eubactérias (bactérias verdadeiras) e arqueobactérias (bactérias que, normalmente, vivem em ambientes
extremos). Em artigo publicado em 1990, o mesmo autor refina a sua classificação, propondo o que
conhecemos hoje como os três domínios da vida (bacteria, archea e eukarya), sendo Archea o chamado
“Terceiro domínio da Vida”. Neste artigo, Woese ressalta que a diferença entre os domínios Bacteria e Archea
é maior do que a diferença entre os clássicos reinos Animalia e Fungi.
Desta forma, nós, humanos, somos mais parecidos geneticamente com fungos do que os
microrganismos dos domínios Bacteria e Archea entre si. Podemos perceber que o que Woese propões em
1990 estava muito à frente do “consenso científico”. Enquanto os taxonomistas passam a vida toda tentando
organizar ordens ou géneros, Woese propôs um taxon acima de “Reino”, alterando de forma marcante a
nossa visão da vida no planeta.

Figura 1. Árvore filogenética baseada na configuração do rRNA.

1. A classificação dos seres vivos em três domínios proposta por Woese


(A) baseia-se em critérios de natureza bioquímica, mais concretamente na análise de ácidos nucleicos.
(B) baseia-se em critérios de natureza estrutural, mais concretamente na análise de DNA.
(C) é uma classificação fenética, porque não tem em conta os pressupostos evolutivos.
(D) é uma classificação artificial, porque se baseia num único critério de natureza estrutural.

2. Woese justifica a criação do domínio Archea porque


(A) as eubactérias têm mais semelhanças com fungos e animais do que as arqueobactérias.
(B) as diferenças em relação aos restantes procariontes são maiores do que as que existem entre
alguns eucariontes de reinos diferentes.
(C) as arqueobactérias têm mais semelhanças com fungos e animais do que as eubactérias.
(D) os procariontes apresentam maiores semelhanças entre si do que os eucariontes dos reinos
Animalia e Fungi.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 33


3. Na classificação em domínios, o domínio Eukarya inclui os reinos
(A) Monera, Fungi, Plantae e Animalia, e o Reino Protista está distribuído pelos domínios Archea e
Eubacteria.
(B) Fungi, Plantae e Animalia, e os reinos Monera e Protista foram divididos pelos restantes domínios.
(C) Fungi, Plantae e Animalia.
(D) Protista, Fungi, Plantae e Animalia, e o Reino Monera está distribuído pelos domínios Archea e
Eubacteria.

4. Na classificação de Whittaker de 1979, as algas castanhas, como por exemplo, a Laminaria, são incluídas
no reino
(A) Protista, porque são seres autotróficos multicelulares.
(B) Plantae, porque apresentam um talo diferenciado com uma base de fixação às rochas.
(C) Protista, porque, apesar de multicelulares, apresentam baixo grau de diferenciação.
(D) Plantae, porque são seres autotróficos multicelulares.

5. O sistema de classificação em reinos de Whittaker baseia-se em critérios


(A) de natureza estrutural, nutrição e nos tipos de relações que os seres vivos estabelecem nos
ecossistemas.
(B) de natureza estrutural, bioquímica e da interação nos ecossistemas.
(C) bioquímicos, no tipo de célula e na interação nos ecossistemas.
(D) bioquímicos, no modo de obtenção de energia e nos tipos de relações que os seres vivos
estabelecem nos ecossistemas.

6. A presença de cloroplastos num ser unicelular torna possível a sua inclusão no Reino
(A) Monera.
(B) Protista.
(C) Fungi.
(D) Plantae.

7. Faça corresponder a cada um dos pares de reinos expressos na coluna A aos termos da coluna B que
identificam os pares de categorias antagónicas que poderiam ser utilizadas numa chave de identificação para
os separar.
Coluna A Coluna B

1. Autotrófico por absorção/ heterotrófico por ingestão.


2. Heterotróficos multicelulares diferenciados/ autotróficos multicelulares
a) Monera/ Protista diferenciados.
b) Fungi/ Plantae 3. Heterotróficos por absorção/ heterotróficos por ingestão.
c) Fungi/ Animalia 4. Parede celular de natureza quitinosa/ parede celular de natureza celulósica.
d) Protista/ Plantae 5. Procarionte/ Eucarionte.
e) Animalia/ Plantae 6. Procarionte/ Eucarionte multicelular diferenciado.
7. Autotróficos ou heterotróficos/ exclusivamente autotróficos
8. Estrutura cenocítica/ procarionte

8. Explique, considerando os critérios que estão na base da classificação dos reinos de Whittaker (1979),
porque se pode afirmar que o Reino Protista é o que revela mais heterogeneidade de caraterísticas dos
organismos que o constituem.

9. Explique de que forma o sistema de classificação de Woese “altera de forma marcante a nossa visão da
vida no planeta”.

Ficha de Trabalho de Biologia e Geologia • 34

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