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Psicologia

A genética estuda a hereditariedade, os genes e a variação dos organismos e a forma como estes
transmitem as características biológicas de geração para geração.
• O que se herda através do mecanismo de hereditariedade são sobretudo potencialidades e
não propriamente determinadas características;
• Essas potencialidades poderão, ou não, ser desenvolvidas dependendo do acaso das
circunstâncias
• Os agentes responsáveis por estes mecanismos existem nas células que constituem todos
os seres vivos: animais, plantas, bactéricas, etc...
1.1 Os agentes responsáveis pela transmissão das características genéticas
No caso dos seres humanos, os agentes responsáveis pela transmissão das características genéticas são as
células sexuais: o ovócito e o espermatozoide.
Estas células transportam no seu interior cromossomas. Os cromossomas são constituídos por finas e longas
cadeias de uma molécula, o ADN. É no ADN que se encontra a informação genética proveniente dos nossos
progenitores, codificada nos genes. Podemos concluir que os cromossomas, ADN e genes são cruciais para
perceber o processo de transmissão genética.

Cromossomas são cadeias de ADN que se encontram no interior de cada uma das nossas células e que
transportam a informação genética que recebemos dos nossos progenitores.

Ovo: primeira célula do individuo, resultante da fecundação do ovulo, efetuada por um espermatozoide. É no
momento da formação do ovo que recebemos todo o nosso património hereditário.

Cariótipo: é o número e a tipologia dos cromossomas que encontramos no interior das células de um
organismo e determina a espécie a que esse organismo pertence.
O cariótipo humano existe ao todo 46 cromossomas, e todos os pares de cromossomas são
compostos por cromossomas X, com a exceção do vigésimo terceiro. Este é composto por dois
cromossomas sexuais, isto é, por cromossomas responsáveis pela determinação do nosso género (feminino
ou masculino)

Mitose: o ovo irá multiplicar-se numa enorme quantidade de células até formar a totalidade do organismo,
permitindo ao nosso corpo crescer, diferenciar-se e reparar tecidos corporais danificados.
Meiose: Contrariamente ao que acontece as restantes células do nosso corpo, as células sexuais não são
formadas por mitose, mas sim por um processo especial de divisão celular chamado meiose. Esta promove a
variabilidade genética e reduz para metade o número de cromossomas das células sexuais, garantindo que o número
de cromossomas após a união de um ovócito e um espermatozoide é exatamente 46.
«crossing-over»- cromossomas misturam-se ma meiosa.

ADN É uma molécula complexa composta por moléculas mais pequenas ligadas entre si que se estende
numa longa cadeia com forma de uma escada em espiral (dupla hélice).
Cada uma das moléculas que compõe o ADN constitui um nucleótido e é composta por uma base azotada:
T- Timina que só se associa a A- Adenina
G- Guanina que só se associa a C- citosina

Genes correspondem a determinados segmentos de ADN que possuem um conjunto codificado


de instruções para produzir proteínas. Determinam o tamanho e o formatado das Proteínas, e estes regulam
a função que as proteínas vão desempenhar o interior do corpo humano. Deste modo podemos dizer que
os genes são responsáveis pelo funcionamento e pelo desenvolvimento de cada parte do nosso
corpo e controlam muitas características que temos (ou que viremos a ter). Por exemplo, certos traços
do nosso aspeto físico, como as cores dos olhos, dependem da ação de vários tipos de genes- ou seja são
poligénicos; outros são exclusivamente determinados por genes de um único tipo- ou seja, são
monogénicos-, como acontece com os albinos.
Aos genes que ocupam o mesmo locus em cada membro de um par de cromossomas dá-se o nome
de genes alelos e, uma vez que os dois membros de um par de cromossomas possuem uma estrutura
genética idêntica, são chamados de cromossomas homólogos.

1.2 As influências genéticas e epigenéticas no comportamento


Á totalidade de informação hereditária codificada no ADN de um organismo dá-se ao nome de genoma. O
genoma humano é constituído por cerca de 20 500 genes.

Hereditariedade especifica: é a parte dos genes que é própria de uma determinada espécie, é responsável
pelas características comuns aos vários individuais dessa espécie e permite distinguir essa espécie de todas as outras.
Hereditariedade individual: parte dos genes que é responsável pelas características únicas, diferentes,
próprias de cada individuo e o que distingue de todas os outros da mesma espécie.
Genótipo: conjunto de genes que o individuo herda dos seus progenitores. OU Constituição genética de um
organismo como revelada pela análise completa de genes, tanto dominante e recessivas.
Fenótipo: conjunto de características individuais observáveis, manifestadas, decorrentes da interação dos
genes entre si e com o meio onde o indivíduo se desenvolve. OU Propriedades observáveis de um individuo, que se
desenvolveram sob influência de genótipo do individuo e fatores individuais.
O fenótipo é o que se manifesta: a flor
roxa do meio (Ww) tem alelos roxo
(W) E e alelos brancos (w) no seu genótipo,
mas nestes últimos não apareceram por
serem recessivos.

• Alguns genes podem não chegar sequer a manifestar-se, devido ás relações que se estabelecem com os nossos
restantes genes e com o ambiente. No que diz respeito ao tipo de relação que estabelecem com os outros
genes, os genes podem ser recessivos, dominantes ou codominantes.
• Os genes recessivos não se manifestam caso haja um alelo com instruções contrárias no cromossoma
homólogo.
• Por sua vez, os genes dominantes são genes que se manifestam ainda que exista um alelo com informações
contrárias no cromossoma homólogo.
• Quando dois alelos dominantes se manifestam diz-se que são codominantes.

Preformismo e epigénese
O preformismo é uma teoria formada no sec.XII, que sustenta a ideia de que no ovo já estão presentes todas
as características futuras do indivíduo, independente do meio em que decorra o seu desenvolvimento. Assume uma
posição determinista de desenvolvimento, não admitindo que haja lugar para o aparecimento de carateres resultantes
da ação do meio. Admite assim que o ser humano se constitui em obediência a um programa geneticamente
preestabelecido.
Preformismo: esta hipótese defende que o desenvolvimento embrionário consiste no desenvolvimento de
potencialidades preexistentes no ovo. O desenvolvimento do novo individuo limitava-se ao aumento do tamanho do
ser em miniatura, á amplificação das estruturas preexistentes no ovo.
Contrariamente, a epigénese (teoria formada no sec.XIII por Caspar Wolff) assume uma posição construtivista
do desenvolvimento, considerando-o como resultante da combinação integrada de fatores genéticos e ambientais,
em que os genes não são exclusivos na determinação das características do ser humano.
Epigénese: tese segundo qual o desenvolvimento do individuo se processa através da ação recíproca estabelecida
entre a genética e o ambiente. Fatores ambientes como tabaco, álcool, drogas influenciam as mulheres grávidas e o
próprio feto e provocam também que a hipótese peformista é insuficiente e redutora. Surge como uma posição
construtiva do desenvolvimento combinado de fatores genéticos e ambientais.

Hereditariedade e meio
Para avaliar o peso relativo dos dois fatores para o desenvolvimento das características humanas utilizam-se os
métodos:
• Análise do ADN (permite determinar quais são os genes envolvidos na expressão de um determinado traço ou
característica e de que forma estes genes interagem entre si.)
• Árvores genealógicas (chama a nossa atenção para a repetição de determinados traços ou características ao
longo de várias gerações. Essa repetição, especialmente em casos em que a proximidade entre os vários
membros é reduzida, é um forte indício de que o traço em questão é de origem genética.
• Estudo de gémeos
• Estudo de adoção precoce.

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