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Aluno(a): Professor(a): Lauren Valentim Componente curricular: Biologia

1.
Turma: 201 e 202 Data: 05/07/2020 E-mail do/da professor(a): lmvalentim@gmail.com

O DNA, O RNA E A SÍNTESE DAS PROTEINAS

Prezados alunos e alunas

Nas últimas semanas falamos bastante sobre o material genético, tanto o DNA quanto
o RNA. O material que se encontra neste estudo dirigido contém uma revisão sobre o RNA
e inicia os estudos para compreender como o material genético atua no organismo dos
seres vivos.
Na semana 10 falamos sobre o coronavírus e a alteração genética que provavelmente
é responsável pelo aumento na capacidade de virulência dele. De que forma essa alteração
no material genético resulta em uma proteína capaz de torná-lo um vírus tão perigoso para
os seres humanos?

TAREFA
Leia o material que se encontra neste arquivo e preste especial atenção às seguintes
perguntas norteadoras:

1) O que é uma proteína e de que ela é formada?


2) O que é um gene? Qual a função de um gene?
3) O que é o RNA mensageiro?
4) Para formar o RNA mensageiro, pode-se usar qualquer parte do DNA como molde?

Para esta semana não é necessário enviar as respostas para o meu email, apenas
busquem responder as perguntas norteadoras ao ler o material. A próxima atividade será
somente de exercícios. Quem tiver dúvidas pode entrar em contato
lmvalentim@gmail.com.

Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/tamojunto/coronavirus-memes-mostram-lado-do-humor-na-pandemia-24335141

Tarefa de estudos dirigidos a


distância
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
COLÉGIO DE APLICAÇÃO
Departamento de Ciências Exatas e da Natureza
Disciplina: Biologia Professora: Lauren Valentim

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O ESTUDO DA CÉLULA- síntese das proteínas e o papel do DNA

De que forma o DNA leva à célula a informação genética armazenada nele?

A informação contida no DNA deve ser traduzida em proteínas pela célula. A proteína é, portanto, o resultado
da ação do DNA. Como o DNA fica protegido dentro do núcleo, ele envia a ordem para que a célula fabrique suas grandes
trabalhadoras: as proteínas. Elas são as moléculas mais numerosas, correspondendo a mais de 50% da massa de uma
célula, descontando-se a água. Além disso, sua diversidade é enorme e são encontradas em todas as partes do
organismo. As proteínas são fundamentais para a formação e a manutenção do corpo dos seres vivos. Na alimentação,
são encontradas em carnes, ovos, laticínios, soja, feijões, entre outros alimentos. Seres das mais diferentes espécies
apresentam carboidratos (açúcares) e lipídios (gorduras) relativamente semelhantes. As proteínas, ao contrário, são
extremamente diferentes. Essa diferença se acentua conforme diminui o grau de parentesco entre os organismos.
Assim, as proteínas de uma onça e de uma jaguatirica são relativamente similares entre si, mas bastante diferentes das
de uma samambaia. De onde viria tamanha diversidade de proteínas? Essa é, talvez, uma das questões mais importantes
da Biologia. As proteínas são sintetizadas pelas células a partir de vinte tipos de moléculas menores, os aminoácidos.
Combinados em diferentes sequências e números, resultam em uma enorme variedade de moléculas de proteína com
propriedades e características muito diversas.
Aminoácidos e suas propriedades- Aminoácidos são compostos orgânicos formados por carbono, hidrogênio,
oxigênio e nitrogênio (alguns contêm, ainda, enxofre). São caracterizados por apresentar um grupo carboxila (COOH),
um grupo amina (NH2) e um radical (R), todos eles unidos a um mesmo átomo de carbono
(veja esquema). Existem vinte tipos de aminoácidos, diferenciados uns dos outros pelo
grupo R, que confere propriedades específicas a cada um deles. O corpo humano é capaz
de sintetizar vários aminoácidos. Entretanto, precisamos ingerir aqueles que não são
produzidos por nosso organismo. Os aminoácidos que o corpo humano não produz são
chamados aminoácidos essenciais.
Os seres vivos apresentam milhares de proteínas diferentes, que desempenham diversas funções. Os principais
tipos de proteínas são mencionados a seguir.
• Transportadoras: são proteínas que se ligam a outras substâncias e facilitam seu transporte dentro do
organismo ou da membrana celular. Exemplos: a hemoglobina, presente nas hemácias do sangue, realiza o transporte
de gás oxigênio; as lipoproteínas, que transportam o colesterol.
• De movimento: são proteínas ligadas à geração de movimento nas células. Exemplo: a contração muscular
envolve a ação de duas proteínas, a actina e a miosina.
• Estruturais: são proteínas que auxiliam na sustentação. Exemplo: o colágeno, que confere resistência e
elasticidade a ossos e cartilagens, além de sustentar a pele e outros tecidos.
• Defesa: são proteínas relacionadas ao sistema imunitário. Há vários tipos dessas moléculas proteicas; as mais
conhecidas são os anticorpos (imunoglobulinas).
• Reguladoras: são as que atuam estabelecendo sinais químicos entre diferentes partes de um organismo,
como, por exemplo, o hormônio de crescimento.
• Catalíticas: aumentam a velocidade das reações bioquímicas — são as enzimas.

Afinal de contas, como é que o DNA, formado por nucleotídeos, é traduzido em uma proteína, formada por
aminoácidos?
Para que a proteína seja sintetizada, o DNA precisa, em primeiro lugar, sintetizar outra molécula de ácido
nucleico, menor que ele e capaz de sair do núcleo: o RNA. O RNA (ácido ribonucleico) é o operário que executa as ordens
enviadas pelo DNA. Embora seja também uma molécula longa, o RNA é menor que o DNA e, geralmente, tem somente
uma fita (ao contrário do DNA que é uma dupla hélice). Incapaz de sair do núcleo, o DNA fabrica o RNA seguindo a
sequência de bases dentro da sua molécula e ele, o RNA, sai do núcleo para atuar no citoplasma, orientando a fabricação
de moléculas fundamentais: as proteínas.
Para que uma proteína seja sintetizada, é necessário que o DNA produza e envie seu operário para o
citoplasma: o RNA mensageiro. O RNA mensageiro é produzido a partir de regiões específicas do DNA, os genes.

Tarefa de estudos dirigidos a


distância
O que são e como atuam os genes?
Os genes são simplesmente partes do DNA. Não qualquer parte, mas
uma parte específica: genes são partes de DNA capazes de dar origem a um
RNA mensageiro e, consequentemente, a uma proteína ou um polipeptídeo. A
atuação do gene está, portanto, relacionada com a síntese de uma proteína.
Mas, como isso acontece? Será que o gene sintetiza diretamente a proteína?
Para responder a essa pergunta, um longo caminho foi percorrido, passando
pela descoberta da estrutura da molécula de DNA, já comentada. Antigamente
pensava-se que os genes comandavam diretamente a síntese de proteínas no
interior do núcleo. Hoje se sabe que cada gene corresponde à menor porção
do DNA capaz de produzir um efeito que pode ser detectado no organismo. O
gene não comanda diretamente a síntese de proteínas, mas é transcrito em
moléculas de outro tipo de ácido nucleico, o RNA.
Portanto:
GENE: - região do DNA que pode ser transcrita em moléculas de RNA.

Para que uma proteína seja sintetizada, e isto acontece a partir do comando do DNA, o primeiro passo a ser
tomado é a síntese de um RNA mensageiro a partir de um gene, que levará para o citoplasma a informação necessária
sobre a configuração da nova proteína. A sequência de bases nitrogenadas do RNA mensageiro vai orientar a célula a
produzir proteínas com sequências específicas de aminoácidos. Então, o gene dá origem a um RNA mensageiro que sai
do núcleo e, no citoplasma, orienta a produção de uma determinada proteína.
Desta forma o DNA comanda a produção das proteínas. Estas, por sua vez, comandam o funcionamento dos
organismos. Portanto, alterações no DNA que afetem um gene podem ter consequências para a produção de proteínas
nos seres vivos. Dependendo do gene afetado, as consequências podem ser fatais.
No caso do coronavírus, como vimos na reportagem da semana 10, a inserção
de 12 bases nitrogenadas no material genético do vírus acabou habilitando a entrada
dele em um maior número de células. Estas 12 letras, possivelmente, auxiliam na
produção de proteínas virais que facilitam esse processo.

Tarefa de estudos dirigidos a


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