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Os 5 conceitos que

todo profissional de
MAÇO DE 2021

o gia
biol
le cu l ar
mo
deve
inar
dom
CLUBE
DO DNA
OLÁ! SEJA BEM-VINDO AO CLUBE DO DNA

NO CADERNO DE HOJE
Vamos falar sobre 5 1. São a base de TUDO que
conceitos que todo será ensinado daqui para
profissional que estuda ou frente.
trabalha com biologia 2. Têm alta aplicabilidade na
molecular deve dominar. vida real.
3. Te fornecerá um ponto de
São 5 conceitos vista amplo e simplificado
fundamentais e de sobre a biologia molecular
conhecimento obrigatório
para todo mundo, porque:

CLUBE
DO DNA
VOCÊ NÃO VEIO PARAR AQUI POR
MERO ACASO.
Às vezes, nós que trabalhamos ou estudamos genética,
biologia molecular, biotecnologia e área correlatas, não
paramos um minutinho para entender o porquê de
analisarmos DNA e RNA.

Não estou falando do ponto de vista filosófico ou do ponto


de vista de autoconhecimento. Não! Nada disso.

Estou falando do ponto de vista técnico mesmo.

Pensa você aí do outro lado. Quais são os objetivos finais


de se analisar ácidos nucleicos?

É possível que você tenha pensado: "para quantificar a


expressão de genes" ou "para fazer genotipagem de SNP"
ou "para predizer doenças" ou "para fazer pesquisa".

Todas essas respostas estão corretas. Mas, se olharmos de


forma mais ampla, vamos chegar a conclusão que os
motivos são apenas dois.

CLUBE
DO DNA
Uma vez eu tive que
preparar um treinamento
para pessoas leigas e eu
acabei me deparando com
essa questão. Eu pensei
em todas as aplicações e
técnicas que eu e meus
clientes já havíamos
realizado e acabou que
cheguei à conclusão que
há apenas dois motivos
STUDIO ODDBALL

para se analisar DNA e


ORÇAMENTO DE
RNA: obtenção de
MARKETING
informação funcional e
ORÇAMENTO TOTAL: R$200 MIL
identificação.

Obtenção de informação
funcional está relacionada
ao conhecimento de
informações referentes ao
genoma que podem ter
implicações funcionais em
um dado organismo, seja
ele humano, bactéria,
animal, planta e etc.

Já a identificação é o uso
da molécula de DNA para
realizar a identificação de
qualquer organismo. Por
exemplo, patógenos,
espécies, transgênicos e
até pessoas.

CLUBE
DO DNA
ÍNDICE
OBTENÇÃO DE
INFORMAÇÃO FUNCIONAL 5
INDENTIFICAÇÃO 14
OBTENÇÃO E ANÁLISE DE
DNA E RNA 19
ESTRUTURA DA MOLÉCULA
DE DNA 20
DIREÇÃO DA FITA DE DNA 23

CLUBE
DO DNA
OBTENÇÃO DE
INFORMAÇÃO FUNCIONAL

A primeira grande motivação para a


análise de DNA/RNA, como eu
mencionei acima, relaciona-se com a
obtenção de informações contidas no
genoma e que podem ter implicações
funcionais em um dado organismo,
seja ele humano, bactéria, animal,
planta e etc.
Para entender melhor essa
motivação, pense no corpo
humano que é, mais ou
menos, composto por 65%
de água, 15% de proteína,
12% de lipídios e uma
pequena porcentagem de
outros compostos
orgânicos.

Água é água, sem muitas


novidades por aqui. Em
relação à grande maioria
das moléculas
biológicas, como os
lipídios, os carboidratos
etc., estamos falando
de moléculas inertes,
sobre as quais as
proteínas atuam.

CLUBE
DO DNA
Em nosso corpo há, literalmente, dezenas de milhares
de proteínas diferentes, cada uma delas
desempenhando funções específicas. Para ficar claro,
veja alguns exemplos de proteínas presentes no corpo
humano e em outros organismos.

Cabelos e Sangue a partir Cérebros e Mensageiros


unhas a partir da nervos a partir celulares que
da alfa hemoglobina, dos canais de transmitem
queratina, responsável íons que sinais para as
presente pelo controlam o proteínas
também em transporte de processo de presentes no
penas, lã, oxigênio para sinalização meio
garras, chifres, todas as cerebral intracelular
escamas e células das células
cascos

Músculos a Sistema Sistemas Conjuntos de


partir da digestivo a imunológico a proteínas que
actina e partir das partir dos desempenham
miosina, enzimas que anticorpos que outras
responsáveis participam na protegem os atividades
pela contração digestão dos organismos como
muscular alimentos contra a participação na
invasão de duplicação do
patógenos genoma
durante a
divisão celular
Dessa forma, se tirarmos a água, os lipídios e os outros
componentes que fazem parte da constituição do corpo,
pode-se dizer que somos formados basicamente por
proteínas, sendo que elas, além de desempenharem
inúmeras funções diferentes, são muito diferentes entre
si.

E por que eu estou falando tudo isso para você? O que as


proteínas têm a ver com a obtenção de informações
funcionais a partir da análise de DNA e RNA?

Pense sobre como todas essas proteínas foram parar lá, de


onde elas vieram ou como foram produzidas. E não se
engane se você pensou que elas vieram dos alimentos
que comemos, como carnes, ovos, leite e etc. Isso porque
as proteínas que ingerimos são destruídas ou quebradas
pelo nosso organismo para que elas possam ser absorvidas
em forma de aminoácidos ou então excretadas.

É o próprio organismo que produz as proteínas que o


constitui. Para isso ele utiliza os aminoácidos provenientes
da digestão dos alimentos. As nossas células (e de outros
organismos) são capazes de reutilizar esses
aminoácidos, juntando-os um a um, em uma ordem
específica até formar uma nova proteína, que por sua vez,
vai desempenhar alguma função específica.

E como é possível uma célula conseguir ligar um


aminoácido no outro, exatamente na ordem necessária
para a geração de uma proteína específica?

A mágica começa agora.

CLUBE
DO DNA
O DNA
É possível porque existe um
lugar que armazena as
informações utilizadas
pelas células para
desempenhar tal atividade.

Trata-se de uma estrutura


que carrega um código que,
quando requisitado, pode
ser traduzido, informando
às células quais
aminoácidos devem ser
utilizados - e em qual
ordem - para formar uma
dada proteína.

O lugar ou a estrutura
capaz de guardar essa
informação ou esse código
se chama ácido
desoxirribonucleico, mais
conhecido como DNA.

Em outras palavras, é o
DNA que armazena quase
todas (talvez todas) as
informações necessárias
para a produção das
proteínas de um organismo.

CLUBE
DO DNA
Agora pensa comigo, se nós somos
feitos de proteínas – as moléculas
responsáveis por quase toda a
funcionalidade do organismo – e a
informação para produzi-las está
armazenada no DNA, basta ler o
DNA para se obter as informações
das funções de um dado indivíduo.
Ou seja, conseguimos obter
informações funcionais a partir
da análise do DNA.

Vou repetir o que acabei de


escrever só que de uma maneira
mais refinada: o conjunto de
moléculas de DNA de uma célula
ou organismo, também
denominado genoma, é o
responsável por armazenar as
informações necessárias através
de um código que pode ser
ativado a qualquer momento para
que a síntese proteica ocorra.

A gente pode comparar o DNA a um


livro de receitas.

CLUBE
DO DNA
Em uma receita há todas as informações e

diretrizes para o confeiteiro fazer um bolo

de cenoura, por exemplo.

Nela está descrito cada um dos

ingredientes, suas respectivas quantidades e

também o modo de preparo.

Agora imagine um bom confeiteiro que

nunca fez aquele bolo. Ao ler a receita

com cuidado ele seria capaz de predizer

algumas coisas sobre bolo.

Ele poderia, por exemplo, predizer o quão

doce ficaria o bolo de acordo com a

quantidade de açúcar descrita na receita.

Ou ele poderia predizer a cor, observando

os ingredientes e o modo de preparo da

cobertura. Até mesmo o sabor, já que ele

conhece o sabor da cenoura.

CLUBE
DO DNA
A ANÁLISE DO GENOMA NOS PERMITE
ALGO PARECIDO

Nos permite predizer características de um organismo mesmo sem


nunca termos visto aquele organismo. Por exemplo, a cor dos olhos
de uma pessoa é gerada pela presença de algumas proteínas na íris,
que, como já vimos acima, tem suas informações armazenadas no
genoma daquela pessoa. Agora imagine que, por alguma razão, a
gente tenha uma amostra de DNA de uma pessoa desconhecida. Ao
se analisar as regiões do DNA onde estão armazenadas as
informações referentes às proteínas que conferem cor de olho, é
possível dizer se aquele indivíduo – dono daquela amostra – tem
olho, castanho, azul ou verde, por exemplo.

Esse mesmo raciocínio serve para outras características também


como cor de pele e cabelo, tipo sanguíneo, altura, propensão a
engordar, aptidões para habilidades físicas e intelectuais,
probabilidade de desenvolver algumas doenças, quantidade de sono
necessária para se sentir descansado, propensão a vícios, velocidade
de envelhecimento, inteligência e muitas, muitas outras mais. Se
você parar e pensar muito profundamente sobre isso, de certo modo,
há um componente genético – ainda que pequeno – em tudo que faz
parte da vida. Até mesmo algo que aparentemente não tem
conexão nenhuma com genética, como um acidente de carro, por
exemplo, por ter acontecido, em partes, por influência da genética.
Pense sobre isso.
Acontece que algumas características
são controladas por poucos genes, o
que também significa que elas sofrem
pouco influência do ambiente em que
vive uma pessoa ou organismo. A cor de
olho é um exemplo desse tipo de
característica. A pessoa já nasce
geneticamente determinada a ter
olhos de uma dada cor. Não importa o
que acontece na vida dessa pessoa, ela
sempre terá a mesma cor de olho.

No entanto, existem características


mais complexas que são controladas
pelo efeito combinado de dezenas ou
centenas de genes. Neste caso, o
ambiente pode ter uma influência
grande ou pequena no nível de
expressão de cada um desses genes
individualmente que,
consequentemente, terá grande
influência na geração final daquela
característica. Este é o caso da maioria
das características, como altura,
inteligência, habilidade a atividades
físicas ou intelectuais, propensão a
engordar e etc.

Isso significa que a altura de uma


pessoa, por exemplo, vai ser definida
pela interação de seu genoma com o
meio em que ela vive, ou seja, se ela se
alimenta bem, pratica atividade física,
sofreu alguma doença grave na infância
etc.

CLUBE
DO DNA
De todo jeito, é possível predizer
muitas coisas, ou seja, obter
informações funcionais por meio da
análise do DNA de um organismo.
Pode ser mais fácil de se fazer, por
exemplo, quando se analisa
característica simples (controladas
por poucos genes e que, portanto,
sofrem menos interferência do
meio) ou mais difícil, por exemplo,
quando se analisa características
complexas (controladas por muitos
genes e que, portanto, sofrem mais
interferência do meio).

Agora você já entendeu uma das


razões pelas quais as pessoas
analisam DNA. Agora falta falar
sobre a outra razão que é a
identificação de organismos.

CLUBE
DO DNA
Além de armazenar
informações funcionais, os
ácidos nucleicos também
podem ser utilizados no
processo de identificação de
organismos, espécies,
pessoas e sexo.

Vamos utilizar o DNA ao


longo do texto para facilitar
a explicação, mas saiba que
o racional a seguir também
se aplica a organismos que
têm RNA como material
genético.

Pensa comigo:

1. A fonte da informação está no


genoma (DNA).
2. Elefantes são diferentes de girafas.
3. Portanto, o genoma dos elefantes é
diferente do genoma das girafas.

CLUBE
DO DNA
Pode até ser que o DNA do elefante não seja idêntico ao DNA
da girafa (e realmente não é).

Mas, pelo raciocínio da página anterior e por tudo que vimos


até agora, com certeza, há algo exclusivo no genoma dos
elefantes que os diferencia das girafas – e vice versa.

Agora imagine que as regiões genômicas exclusivas dos


elefantes e as regiões genômicas exclusivas das girafas sejam
conhecidas. E que eu tenho um tubinho de laboratório com
uma amostra de DNA, amostra esta que eu ainda não sei se
pertence a uma girafa ou a um elefante.

Se eu fizer uma análise desse DNA, olhando especificamente


para aquelas regiões exclusivas de cada uma das espécies,
eu poderei afirmar se a amostra veio de uma girafa ou veio
de um elefante.

CLUBE
DO DNA
VOCÊ PODE TER ACHADO O
EXEMPLO ANTERIOR SEM PÉ
NEM CABEÇA.

Então agora vou te dar um exemplo prático.

Chegou a Páscoa e você foi até o mercado


comprar bacalhau. Você passa bons minutos
olhando para aquele monte de peça de peixe
sem cabeça, já cortadinho e salgado.

Você escolhe a peça mais bonita do mercado e


gasta uma bela grana para se deliciar com uma
bacalhoada cheia de batatas.

Agora eu te pergunto:

Quem te garante que você gastou seu suado


dinheirinho com bacalhau de verdade?

Você já viu uma polaca do alasca – que é um


peixe bem mais barato que o bacalhau – sem
cabeça, cortadinho e salgado?

Você seria capaz de bater o olho nesses dois


peixes e dizer o que é bacalhau e o que é polaca
do alasca?

Agora aplique o exemplo dos elefantes e das


girafas nesse caso.

Existe alguma porção do genoma do bacalhau


que o diferencia da polaca do alasca.

É justamente por análise de DNA que todo ano


mercados, produtores e outros intermediários
são pegos cometendo fraude na época de
páscoa.

Para finalizar esse raciocínio eu quero que você


expanda o que acabou de aprender e pense
como isso pode ser (e é) aplicada em diferentes
situação. Por exemplo, comercialização de carne
de búfalo ou de cavalo como carne bovina,
comercialização ilegal de carne de animais
silvestres, identificação do uso de organismos
geneticamente modificados em alimentos
industrializados etc.
O MESMO RACIOCÍNIO PODE
SER UTILIZADO EM UMA DAS
APLICAÇÕES MAIS POPULARES
DA ÁREA DE BIOLOGIA
MOLECULAR .

Detecção de patógenos.

Vamos utilizar o processo de diagnóstico da


COVID-19 como exemplo.

Uma pessoa com suspeita de COVID vai ao


médico e o médico pede um teste para realizar
o diagnóstico.

Para realizar o teste, o paciente terá uma


amostra coletada de dentro do seu nariz. Em
seguida, o material genético presente na
amostra será analisado.

Agora temos duas possibilidade:


1 – paciente contaminado pelo vírus Sars-Cov-
2.
2 – paciente não contaminado.

Se o paciente estiver contaminado, o


material genético do vírus estará presente
na amostra.
Se o paciente não estiver contaminado, o
material genético do vírus não estará
presente na amostra.

Pronto. Agora basta olhar para a região desse


material genético que seja exclusiva do Sars-
Cov-2.

A partir desse princípio é possível fazer outros


testes de diagnóstico para detectar outros
patógenos, detectar a presença de
microrganismos em alimentos (exemplo,
salmonela no ovo), verificar se maquinários
estão contaminados em fábricas de alimentos
e até mesmo saber se o funcionário do
Mcdonalds lavou as mãos.

CLUBE
DO DNA
IDENTIFICAÇÃO HUMANA

Agora se você extrapolar um pouquinho mais esse pensamento, perceberá


que é possível aplicá-lo no processo de identificação de pessoas.

Apesar de sermos todos da mesma espécie, certamente há algo exclusivo


no meu genoma que me faz ser diferente de você, por exemplo.

Ainda que sejam porções muito pequenas, existem algumas regiões do seu
genoma que são exclusivas suas (a não ser que você tenha um gêmeo
idêntico).

Basta que essas porções exclusivas do seu genoma sejam analisadas


para que você seja identificado por meio do seu DNA.

Esse tipo de aplicação é muito útil na área forense, por exemplo.

Imagine que o suspeito de um crime foi preso. A polícia pode coletar DNA
da cena do crime e compará-lo com o DNA do suspeito, analisando um
conjunto de regiões exclusivas.

Se o resultado da análise da amostra for igual ao resultado da análise do


suspeito...
CLUBE
DO DNA
AGORA NÓS JÁ FALAMOS SOBRE AS DUAS RAZÕES
PRINCIPAIS PARA SE ANALISAR DNA E RNA.

Mas talvez você esteja se perguntando de onde vem todo esse DNA ou como é
possível analisar uma molécula.

Na verdade, hoje em dia, o processo todo é bem simples.

De onde vem o DNA?


Praticamente todos as células dos organismos carregam dentro delas, pelo menos,
uma cópia do seu genoma. Ou seja, obter DNA é muito fácil.

É possível obter DNA por diferentes maneiras: coleta de sangue ou qualquer outro
tecido, por meio de saliva, cabelo, pelo, pena ou até mesmo a partir da maçaneta
que alguém encostou.

E para analisar o DNA?


Uma vez tendo acesso à fonte do DNA, basta retirá-lo de dentro da célula por meio
de um processo chamado extração. A extração do DNA, geralmente, é algo fácil de
realizar e bem rotineiro para a grande maioria dos laboratórios.

Por último, é necessário utilizar alguma técnica que nos permita “ler” a molécula e,
assim, traduzir a informação biológica contida ali em uma informação
compreensível, como, por exemplo, número ou luz.

É aí que entram as técnicas de biologia molecular. Mas hoje não entraremos


profundamente nesse assunto.

CLUBE
DO DNA
PARA FINALIZAR
ESTE CADERNO,
VAMOS FALAR
UM POUCO
SOBRE A
ESTRUTURA DA
MOLÉCULA DE
DNA.

OS DOIS
CONCEITOS QUE
DISCUTIREMOS A
SEGUIR SÃO A
BASE DE TUDO
QUE SERÁ
ESTUDADO NO
FUTURO.
CLUBE
DO DNA
Assim como uma casa, que é formada pela junção de centenas de
tijolos, o DNA também é formado por meio da união de uma
infinidade de tijolinhos – os nucleotídeos.

No caso da molécula de DNA há 4 nucleotídeos diferentes, a


adenina (A), a timina (T), a citosina (C) e a guanina (G).

Esses quatro nucleotídeos são ligados entre si e se repetem


milhares, milhões ou bilhões de vezes em uma ordem,
aparentemente, aleatória ao longo do genoma de um organismo,
formando uma das fitas do DNA.

Esta fita, no entanto, não está sozinha. Ela está associada a outra
fita de DNA muito semelhante a ela. Na qual as adeninas de uma
das fitas estão sempre ligadas às timinas da outra fita. E as
citosinas estão sempre ligadas às guaninas.

Ou seja, se você souber


qual é a sequência de
nucleotídeos de uma
das fitas da molécula
de DNA, é possível
deduzir a sequência de
nucleotídeos da outra
fita - da fita
complementar

Formando, assim, a
famosa estrutura dupla
hélice do DNA.

CLUBE
DO DNA
Vamos dar uma olhada mais de perto nos nucleotídeos.

Eles podem ser divididos em 3 partes.


1. pentose
2. grupo fosfato
3. base nitrogenada (que é o que diferencia um nucleotídeo do
outro)

A pentose possui 5 átomos de carbono. A enumeração de cada


átomo de carbono nos permitirá obter uma informação muito
importante mais para frente. Veja a imagem.

Os nucleotídeos de uma fita do DNA estão ligados entre si por meio


do terceiro átomo de carbono de um dado nucleotídeo, com o grupo
fosfato de um outro nucleotídeo.

Já as duas fitas da molécula estão ligadas por meio das bases


nitrogenadas.

CLUBE
DO DNA
Agora pense em uma das fitas da molécula de DNA e como cada
nucleotídeo está ligado ao outro. Sempre o carbono número 3 de
um nucleotídeo está ligado ao grupo fosfato de outro.

O que acontece nas extremidades desse fragmento?

Em uma das extremidades, haverá um nucleotídeo, no qual o seu


terceiro carbono não estará ligado a nenhum outro nucleotídeo.
Afinal, ele é o último (ou o primeiro) da fila.

Na extremidade oposta dessa fita, haverá um nucleotídeo, no qual o


seu grupo fosfato (que está ligado ao carbono número 5 de sua
pentose) não estará ligado a nenhum outro nucleotídeo. Afinal,
ele é primeiro (ou último da fila).

Dessa maneira – por meio dos carbonos “livres” da pentose dos


nucleotídeos das extremidades da fita de DNA – é possível
apontar o direcionamento dessa fita.

Essa informação – a direção da fita – será fundamental para muito


do que vem a seguir: desde como funciona a PCR até como
desenhar primers e sondas.
O Clube é uma escola.

Uma escola de biologia molecular para que


qualquer pessoa, com qualquer nível de
conhecimento ou formação, que queira ou precise
se capacitar em biologia molecular, possa fazê-lo
com muita qualidade, de forma organizada e sem
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escreva para:

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Com isso finalizamos o
caderno de hoje.
Espero que tenha
gostado.

Eduardo Castan

CLUBE
DO DNA
SOBRE O AUTOR

QUEM É EDUARDO
CASTAN?
MESTRE E DOUTOR EM GENÉTICA COM FOCO
EM TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR. POR
VÁRIOS ANOS TRABALHOU COMO
ESPECIALISTA DE PRODUTOS NA MAIOR
EMPRESA DE CIÊNCIAS DA VIDA DO MUNDO,
ATENDENDO CENTENAS DE CLIENTES,
INCLUINDO OS MAIORES LABORATÓRIOS DO
BRASIL E AMÉRICA LATINA.

ATUALMENTE, EDUARDO TEM


COMO MISSÃO AJUDAR AS
PESSOAS QUE PRECISAM
APRENDER (OU APRENDER MAIS)
SOBRE BIOLOGIA MOLECULAR.
POR MEIO DO UNIVERSO DA
BIOLOGIA MOLECULAR, LIVES NO
INSTAGRAM E AULAS NO
YOUTUBE ELE VEM
DEMOCRATIZANDO O
CONHECIMENTO SOBRE ESSAS
TÉCNICAS E OUTROS TEMAS QUE
ORBITAM A BIOLOGIA
MOLECULAR

CLUBE
DO DNA

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