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FITOTERAPIA

Fitoterapia é a prevenção e o tratamento de doenças mediante o uso de plantas (Ferreira, 1999). Phyton, em grego,
quer dizer “planta” e therapeia vem do verbo therapeuo, que significa “tratar, cuidar”. Segundo a Portaria 971, de
03/05/2006, do Ministério da Saúde, a fitoterapia é uma terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em
suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal. A
fitoterapia constitui uma forma de terapia medicinal que vem crescendo notadamente neste começo do século XXI.
(Panizza 2010)

O Conselho Brasileiro de Fitoterapia (Conbrafito) considera “fitoterapia” a utilização de plantas medicinais ou


bioativas, ocidentais e/ou orientais, in natura ou secas, plantadas de forma tradicional, orgânica e/ou biodinâmica,
apresentadas como drogas vegetais ou drogas derivadas vegetais, nas suas diferentes formas farmacêuticas, sem a
utilização de substâncias ativas isoladas e preparadas de acordo com experiências populares tradicionais ou métodos
modernos científicos. As práticas e as pesquisas relacionadas ao cultivo
e coleta, extração e manipulação, dispensação ou
consumo, atenção farmacêutica, orientação
assistida, prescrição ou recomendação da
fitoterapia abrangem diversos
biomas ou sistemas como:
Amazônia, Caatinga,
Cerrado, Mata Atlântica,
Ecossistemas Costeiros e
Marinhos, Pampa e
Pantanal, entre outros, no que
diz respeito às plantas
nativas, endêmicas,
introduzidas e exóticas. As
práticas alternativas,
complementares e outras não
convencionais com vistas à prevenção de
doenças, promoção e recuperação da saúde, como
homeopatia, termalismo, acupuntura e afins estarão
sendo beneficiadas com a fitoterapia por meio do
fornecimento de matérias-primas, insumos vegetais e
produtos. (Panizza 2010)

Fitoterápico, de acordo com a legislação sanitária brasileira, é


produto obtido de matéria-prima ativa vegetal, exceto substâncias
isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa, incluindo
medicamento fitoterápico e produto tradicional fitoterápico, podendo ser
simples, quando o ativo é proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou
composto, quando o ativo é proveniente de mais de uma espécie vegetal. (Resolução nº 93
da ANVISA, de 12 de julho de 2016 - Altera a RDC nº 26, de 13 de maio de 2014). Dispõe
sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos
tradicionais fitoterápicos.)

Nos últimos tempos, multiplicaram-se na imprensa as informações sobre as vantagens das plantas
medicinais e fitoterápicos, aflorando ainda, em grande número, as casas comerciais e farmácias
especializadas em ervas. Paralelamente, foi ocorrendo uma substituição de medicamentos sintéticos por
medicamentos fitoterápicos e produtos de origem natural, em todo o mundo.

Em países como o Brasil, esses aspectos revestem-se de singular importância por vários motivos. Um deles é a
riqueza de nossa flora, com mais de 100.000 espécies, onde apenas 8% das espécies vegetais foram estudadas em
busca de compostos bioativos (Simões, 2003). O outro é que uma grande parcela da população não tem acesso a
medicamentos, pelo fato de o Brasil ser extremamente dependente de importações de matérias-primas farmacêuticas.
Nosso país importa aproximadamente 90% do que consome deste tipo de matéria-prima (disponível em: URL:
http://www.sebrae-sc.com.br). Além da evidente evasão de divisas, isso se constitui até numa questão de segurança
nacional.

Para se ter uma ideia da importância do assunto, em caso de interrupções abruptas nas importações de matérias-
primas e medicamentos químicos, cerca de 25% dos nossos diabéticos correriam risco de vida, 15% dos hipertensos e
portadores de úlceras gastroduodenais estariam privados de medicação supostamente adequada e a quase totalidade
dos pacientes transplantados estaria virtualmente privada de medicamentos imunossupressores.

O Brasil, com seu amplo patrimônio genético e sua diversidade cultural, tem em mãos a oportunidade para estabelecer
um modelo de desenvolvimento próprio e soberano no Sistema Único de Saúde (SUS) com o uso de plantas
medicinais e fitoterápicos. Esse modelo deve buscar a sustentabilidade econômica e ecológica, respeitando princípios
éticos e compromissos internacionais assumidos e promovendo a geração de riquezas com inclusão social.

Fonte: http://fitoterapia.com.br/o-que-e-fitoterapia

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