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SÃO PAULO
2018
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SÃO PAULO
2018
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RESUMO
A análise do DNA pode ser considerada como um dos grandes avanços técnicos da
segunda metade do século passado, o desenvolvimento da área da biologia
molecular, ocorrida desde a primeira metade do último século, decorre do incremento
de técnicas que permitem a obtenção, manipulação e análise do ácido
desoxirribonucléico (DNA) de qualquer espécie e resultara em avanços importantes
para o entendimento da genética dos organismos. As técnicas de analises do DNA já
incorporadas na rotina forense pela polícia dos países de primeiro mundo e vendo
sendo introduzida para o contexto de investigação em alguns estados do Brasil. O
objetivo deste artigo é revisar na literatura nacional e internacional a importância
pericial do DNA.
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5
1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 7
2. OBJETIVO .............................................................................................................. 7
3. MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 8
4. CRONOGRAMA ..................................................................................................... 9
5. REVISÃO LITERARIA ............................................................................................ 9
5.1 ESTRUTURA ...................................................................................................... 11
5.2 ASPECTOS DA ANALÍSE FORENSE................................................................ 11
5.3 ELETROFERASE EM GEL................................................................................. 13
5.4 SEQUENCIAMENTO DO DNA ........................................................................... 14
5.5 REGIÕES UTILIZADAS NA ID. DO INDIVÍDUO ................................................ 14
5.6 TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO ............................................................................. 17
5.7 LEGISLAÇÃO ..................................................................................................... 18
6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 22
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1. INTRODUÇÃO
perfil de DNA, no qual é baseada no fato, de que as pessoas são únicas possuindo
com marcadores específicos no genoma e isso as diferencia dos demais excetuando
–se os gêmeos que possuem os mesmos marcadores (RUI, 2003/2004, KOCH &
ANDRADE, 2008).
A caracterização e manipulação das células e organismos, foi possível
primeiro pela descoberta do núcleo celular e sua composição química, e segundo pelo
conhecimento e a identificação do DNA como material genético e suas propriedades
químicas e físicas que permitiram avanços para identificação forense. O
reconhecimento de que era possível definir marcadores moleculares únicos em cada
indivíduo, e com isso a identificação individual, torno-se processo muito interessante
para fins forenses. (RUI, 2003/2004, KOCH & ANDRADE, 2008).
O início do uso do DNA como ferramenta em investigação criminal ocorreu em
1986 na Inglaterra no caso das meninas Lynda Mann e Dawn Asworth, onde foram
assassinadas em locais diferentes do mesmo vilarejo no qual viviam. O crime foi
confessado por Richard Buckland, 17 anos, as amostras de sêmen coletadas nos
corpos das duas meninas foram comparadas a amostras masculinas de três vilarejos
vizinho, levando então a Colin Pitchfort que confessou o crime (SILVA et al., 2013).
No Brasil a partir de 1990 os estados de Distrito Federal, Rio Grande do Sul,
Paraná, São Paulo e Minas Gerais, foram pioneiros com órgãos de perícia e
criminalística, a implantarem os primeiros laboratórios de Genética Forense. No ano
de 2004, houve um crescimento de investimento por parte da Secretaria Nacional de
Segurança Pública aumentando assim o número de laboratórios, e capacitação e
padronização de procedimentos. Em 2010 foi criado a Rede Integrada de Bancos de
Perfis Genéticos com 16 laboratórios (SILVA et al., 2013).
A genética forense tem ligação com o ramo da biologia que estuda a
transmissão das características individuais e hereditárias dos indivíduos de forma que
pode ser utilizada na identificação de pessoas através do sequenciamento do DNA.
Essas sequencias são chamadas de nucleotídeos que codificam as instruções para
formar moldes celulares e dar continuidade a demais estruturas celulares do ser vivo,
permitindo a transmissão de características genéticas (SILVA, 2014).
A análise genética forense representa a determinação de paternidade e no
auxílio à explicação de crimes, baseando-se no fato de que cada indivíduo possui uma
sequência única de DNA, como por exemplo: um código de barras. A análise de
regiões do genoma tem variações de pessoa para pessoa, como, por exemplo,
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técnicas, bem como, discorrer sobre a legislação que rege o uso das técnicas
moleculares forense.
2. OBJETIVOS
3. MATERIAL E MÉTODOS
4. CRONOGRAMA
Tabela 1 - Cronograma
Des. x x X
Introdução
Objetivos x x
Justificativa x
Revisão da x X
Literatura
Entrega x
TCC1
Entrega X
TCC
5. REVISÃO DA LITERATURA
Na célula humana, o DNA genômico (a cadeia de DNA completa) está distribuído por
46 cromossomos, compactados para realização da divisão celular (Figura 1)
Fonte: https://biologianet.uol.com.br/biologia-celular/dna.htm
Fonte: http://www.ib.usp.br/evolucao/inic/text6.htm
11
De acordo com Silva (2014), o DNA está presente nos cromossomos existentes no
núcleo das células e nas mitocôndrias. O ser humano, isso significa ter 23
cromossomos de origem paterna e 23 de origem materna, totalizando 46
cromossomos responsáveis pela herança genética da pessoa, os genes são unidades
físicas e funcionais do DNA e estão dispostos na estrutura dos cromossomos, e estão
localizados no locus, cada cromossomo contém uma molécula de DNA, sendo que
somente parte dessa molécula corresponde a um gene.
Fonte: http://e-escola.tecnico.ulisboa.pt/topico.asp?hid=339
O processo envolvendo estes três passos, pode ser repetido várias vezes (25
a 30 ciclos) sendo possível aumentar, em cada ciclo, duas vezes a concentração de
DNA pré-existente (figura 4). Em teoria, se for possível levar a cabo 25 ciclos de
amplificação seguidos, a concentração de DNA aumentaria 2 25 vezes embora, na
prática, devido a alguma ineficiência no processo de amplificação, esse aumento fique
por um milhão de vezes (MUNIZ, et al 2014).
Muitos loci podem ser analisados através da PCR, individualmente ou em
grupo, através de sistemas chamados múltiplos ou “multiplex” que permitem o estudo
simultâneo dos diversos loci. Independente da forma de análise, dentre os loci mais
comumente empregados nos estudos forenses de DNA destacam-se, entre outros,
vWA, D8S1179, TPOX, FGA, D3S1358, TH01, D21S11, D18S51, Penta E, D5S818,
D13S317, D7S820, D16S539, CSF, Penta D, e amelogenina - um dos loci que
permitem identificar o sexo do indivíduo do qual o material biológico se origina
(MATTANA et al. 2012) (LEITE et al., 2013).
Os cuidados que devem ser tomados com todas as evidências criminais e
civis, nos casos que envolvem análises de DNA, incluem atenção em relação à
contaminação das evidências criminais que contenham material genético, por isso é
importante o uso de luvas descartáveis, uso de máscaras e gorros cirúrgicos quando
for fazer a coleta, manuseio e processamento das evidências (LEITE, et al., 2013).
O Brasil não possui uma legislação especifica para análise e uso de dados genéticos
para fins forenses, porem existem normas que tratam de provas periciais e as
condições para que estas sejam aceitas devendo cumprir uma série de requisitos,
sendo conduzida de maneira idônea, a seguir protocolos específicos no qual garante
a legitimidade da mesma (GAERTNER, et al., 2011) (PENA, et al., 2005).
No Brasil, o Código do Processo Penal (CPP) explica que a prova pericial deve ser
conduzida da seguinte maneira:
“Art. 158. Quando a infração deixar vestígios será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior. ”
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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