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INTRODUÇÃO À GENÉTICA

FORENSE

PROF. DR. CAIO GUEDES


GENÉTICA EM PROL DA SOCIEDADE
• Heptâmero de Quin/liano – O quê? Quando? Onde? Quem? Como?
Por quê? Com que meios?

RESPOSTAS

ANÁLISE PERICIAL
(MÉTODO CIENTÍFICO)
GENÉTICA EM PROL DA SOCIEDADE
• A gené'ca forense se cons'tui no uso técnico-cien2fico de
conhecimentos e métodos gené'cos validados como
ferramenta de acesso a informações que, derivadas da
materialidade, apresentam potencial relevância para a
inves'gação que a ques'onou.

CÍVEL CRIMINAL
• Se, aos olhos da lei, a perícia é indispensável quando a infração deixa ves$gio,
então a genéHca é imprescindível quando o vesJgio biológico pode idenHficar
quem o originou.

MATERIALIDADE + INDÍCIOS DE
QUEM? E ONDE?
AUTORIA
ALEC JEFFREYS E O AS FINGERPRINTS DO DNA

Em julho de 1985 o geneHcista inglês Alec Jeffreys Nature sua


invenção de uma técnica laboratorial de estudo simultâneo de
múlHplas regiões do DNA com ’lanternas químicas’ denominadas
sondas mulHlocais.
ALEC JEFFREYS E O AS FINGERPRINTS DO DNA

Essas sondas eram capazes de reconhecer simultaneamente um grande número de minissatélites muito
variáveis no DNA. O resultado era um padrão de bandas absolutamente individuais, similar a um código de
barras, que ele chamou de ‘impressões digitais de DNA’, em analogia às dos polegares. Confira abaixo
como funciona esse método:
Essa descoberta tornou possível comparar o padrão genético dois ou mais indivíduos e, pela primeira vez,
comprovar com certeza absoluta (superior a 99,9999%) se um indivíduo é ou não o pai biológico de uma
criança.
O caso Leicester – O Primeiro
Frederick Sanger
Kary Mullis
A parHr dos avanços deste período, a idenHdade genéHca pelo DNA passou a ser
empregada para demonstrar a culpabilidade de criminosos, exonerar inocentes,
idenHficar corpos e restos humanos em desastres aéreos e campos de batalha,
determinar paternidade com alto grau de confiabilidade, elucidar trocas de bebês
em berçários e detectar subsHtuições e erros de rotulação em laboratórios de
patologia clínica.
Gené@ca Forense no Brasil
• Universidades (gené/ca médica, populações e humana) – testes de
paternidade, inden/cação de cadáveres e parentesco.

• 1995 - Laboratório de DNA criminal da Polícia Civil do Distrito Federal, logo após,
Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e
Paraíba.

• 2004 - Plano Nacional de Segurança Pública - FINANCIAMENTO SENASP


• PARCERIA COM MCT – PERÍCIA NAS UNIVERSIDADES
BANCOS DE PERFÍS GENÉTICOS CRIMINAIS
• REINO UNIDO 94
• Criminal Jus,ce and Public Order Act (COLETA DE AMOSTRAS E MUCOSA ORAL)
• 1995 – CRIAÇÃO DO NATIONAL DNA DATABASE

• ESTADOS UNIDOS 94
• FBI - Na(onal DNA Index System (NDIS) e, em 1998, o programa CODIS (Combined DNA Index System) foi
lançado e permiKu a comparação dos perfis genéKcos de todos os estados parKcipantes.

• BANCOS EM NÍVEL NACIONAL ESTADUAL E LOCAL


CODIS - Combined DNA Index System

• Um conjunto de marcadores microssatélites


padronizado internacionalmente para idenFficação
humana (13 marcadores principais "core" e outros
opcionais).
• distribuídos por todo o genoma (ver localização na
figura ao lado)
• cada um com vários alelos em uma mesma
população
• são genoFpados em conjunto, em um só
procedimento
• compõem os dados do banco de perfis genéFcos de
criminosos e de amostras evidência de crimes
(implantado pelo FBI em 1998)
Rede Integrada de Bancos de Perfis Gené3cos e CODIS
no Brasil

• 2004 – REDE GENÉTICA FORENSE + MJ + SENASP – IMPLEMENTAÇÃO


DO CODIS NO BR
• À época, também foi iniciada a implantação da Rede Integrada de
Bancos de Perfis Gené9cos (RIBPG) nas unidades da Federação
interessadas, com Bancos Estaduais de Perfis GenéFcos conectados a
um Banco Nacional de Perfis GenéFcos, por meio do programa CODIS.
• Em maio de 2012 foi sancionada a Lei Federal n° 12.654, que permiFu
a inserção dos perfis gené9cos de condenados e iden9ficados
criminalmente em Bancos de Perfis Gené9cos brasileiros. Sua
regulamentação ocorreu por meio do Decreto n° 7.950/2013, que
também inseriu o Banco Nacional de Perfis GenéFcos e a Rede
Integrada de Bancos de Perfis GenéFcos no sistema jurídico nacional.
• A RIBPG tem atuação importante em duas áreas principais:
(1) no esclarecimento de crimes e
(2) na idenFficação de pessoas desaparecidas e de cadáveres desconhecidos.

• O efeFvo cadastramento é fundamental para que os veslgios sejam idenFficados e a RIBPG possa
auxiliar:
1. Na elucidação de crimes
2. Verificação de reincidências
3. Diminuição no senFmento de impunidade e ainda evitar condenações equivocadas.

• Perfis oriundos de restos mortais não idenFficados, bem como de pessoas de idenFdade
desconhecida, são confrontados com perfis de familiares ou de referência direta do desaparecido,
tais como escova de dente ou roupa ínFma. É garanFdo pela legislação vigente que a comparação
de amostras e perfis genéFcos doados voluntariamente por parentes de pessoas desaparecidas
serão uFlizadas exclusivamente para a idenFficação da pessoa desaparecida, sendo vedado seu uso
para outras finalidades.
• AUDITORIA EM LABORATÓRIOS

2018 - todos os laboratórios da RIBPG passaram por auditorias previstas no Decreto no 7.950/13,
procedimento indispensável para garanKr a qualidade e confiabilidade dos perfis genéKcos gerados e incluídos
nos Bancos Estaduais, Distrital e Nacional de Perfis GenéKcos.
• A genéKca forense, também conhecida como DNA forense, é uma área voltada à aplicação de
fundamentos e técnicas de genéKca e biologia molecular no auxílio à jusKça, especificamente
na esfera criminal, para a elucidação de crimes, e na esfera civil, para a invesKgação de
paternidade.

• Para a determinação do perfil genéKco de um indivíduo, são analisados marcadores


moleculares, ou seja, regiões específicas do DNA que apresentam variações entre indivíduos de
uma mesma população (polimorfismo), permiKndo a diferenciação de pessoas ou linhagens de
pessoas. Para tanto, devem ser empregados um conjunto de conhecimentos cienfficos,
tecnológicos e métodos de análise que garantam a qualidade, exaKdão e legiKmidade dos
resultados obKdos.
ETAPAS DE ANÁLISE DO DNA
• Diante disso, o procedimento para a obtenção do perfil genéKco envolve cinco
etapas:
1. a coleta da amostra,
2. o isolamento do DNA,
3. a quanKficação do DNA,
4. A fragmentação do DNA
5. e a interpretação dos resultados

• ACONDICIONAMENTO
Com relação à etapa de isolamento do DNA, a principal técnica empregada
envolve a lise das células, seguida da desnaturação ou ina;vação das proteínas
pela ação da proteinase K. Após esse processo, as proteínas são removidas da
fase aquosa por meio de solventes orgânicos e o DNA é precipitado com etanol,
permi;ndo assim a sua extração;

Ademais, a etapa de quan;ficação compreende a amplificação de segmentos específicos do


DNA e pode ser realizada por meio de diferentes técnicas, dentre elas a Reação em Cadeia
da Polimerase em Tempo Real;
Por fim, é realizada a etapa de fragmentação, que consiste na separação dos fragmentos de
DNA amplificados por qPCR por meio da técnica da eletroforese, na qual as moléculas são
separadas com base na sua velocidade de migração em um campo elétrico. Assim, os
fragmentos são visualizados e os resultados ob;dos são interpretados para a determinação
do perfil gené;co do indivíduo.
O DNA
• Gerar cópias de si mesmo e dividí-los entre células-filhas
• Carrear informações
ESTRUTURA DO DNA
• WATSON & CRICK (1953)
• NUCLEOTÍDEOS
• - FOSFATO
• PENTOSE
• BASE NITROGENADA
• ATGC
DUPLA HÉLICE COM GIRO PARA DIREITA
• BASES NITROGENDAS

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