Com a descoberta da molécula de DNA foi possível utilizar de
maneira efetiva na área das ciências forenses para ajuda na elucidação de crimes. A biologia molecular e a ciência forense são áreas de conhecimento que juntas buscam esclarecer a verdade dos fatos (culpa ou inocência), é uma ferramenta essencial para a construção de uma sociedade mais justa. O cientista forense atua diretamente na cena do crime ou no laboratório, onde são feitas as análises de DNA. O primeiro caso resolvido no mundo com o uso criminal que se tem registro foi em 1986, onde um pesquisador da Universidade de Manchester chamado de Alec John Jeffreys, desenvolveu uma tecnologia usando enzimas de restrição, ele definiu um padrão genético específico e individual chamado de DNA fingerprintin. O pesquisador conseguiu provar que um indivíduo havia cometido um duplo homicídio onde as vítimas eram dois adolescentes, um de 13 e o outro de 16 anos. Isso criou uma comoção enorme na região (Condado de Leicester) porque foi o primeiro caso utilizando DNA em que houve a coleta de sangue de boa parte da cidade onde o crime ocorreu. Alec John Jeffreys Livro que conta a história deste primeiro caso 1994- o DNA veio para o Brasil, mais especificamente para o DF; 1986 – Caso Queen v. Pitchork (primeiro uso criminal); 1988 – Caso Virginia v. Spencer (condenado a morte); 1989 – Caso Illinois v. Dotson (liberação da condenação); 1990 Caso New York v. Castro ( desafio provas de DNA); 1994 – 1° Caso Brasileiro DP-DNA (DF); 1996 – Tenesse v. Paul Ware (mtDNA) – primeiro individuo condenado a morte por DNA mitocondrial; 1998 – 1° Caso no estado do Paraná; 2012- Lei 12.654/12 (permite a criação de bancos de dados de identificação genética); 2015- 1° caso usando o banco de dados (BNPG). Temos 4 métodos: 1. Exame Antropométrico (Bertillon- 1880; Raça, sexo, altura, cicatriz, fraturas, idumentária, objetos e pertences) ; 2. Impressões digitais (Vucetich- 1990); 3. Odontologia legal (1889- Paris/ 1934- USP); 4. DNA (Jeffreys- 1986). Diu indica que é um corpo feminino
Outros exemplos seriam próteses
mamárias, alianças e etc. Impressões digitais Odontologia legal O DNA pode evitar a condenação de inocentes; Identificar criminosos; Ligar pessoas a cena do crime. Buscamos no exame de DNA de identificação humana, as frações não codificantes do genoma (íntron), esses genes não codificantes são usados para identificar pessoas, já através dos genes codificantes é possível identificar patologias (exon). PCR: *Com a conquista de Jeffrey, surgiram novas metodologias que permitiam amplificar a molécula de DNA com a reação em cadeia da polimerase (PCR), esse teste permite o uso de vários marcadores moleculares que auxiliam na identificação dos autores do crime. Criada em 1983 por Kary Mullis; Envolve o processo de amplificação com primers (oligonucleotídeos iniciadores); Replicação de DNA “in vitro” Utiliza uma enzima Taq Termoestável; Ocorre em 3 etapas: Desnaturação, Anelamento e Extensão; Produz bilhões de cópias do DNA; Utilizamos vários marcadores, tanto para núcleo autossômico/ genômico quanto para mitocondrial SANTIAGO, M. C.; SIQUEIRA, B. O.; BARCELOS, R. DA S. S. Uso e Benefício da Biologia Molecular nas Ciências Forenses e sua Aplicação no Banco de Perfis Genéticos. Revista Brasileira de Criminalística, v. 9, n. 2, p. 95–104, 8 jul. 2020.
Biologia Molecular Forense. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=QlPK9SLeZuc>. Acesso em: 20 nov. 2022. Obrigada! Aplicação da Biologia Molecular em