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QUESTÕES HIV/AIDS

1) Homem, 45a, vem ao ambulatório de infectologia assintomático, trazendo duas


sorologias (sendo um deles imunoenzimático de 4ª geração e o outro de
imunoblot) positivas para o vírus da imunodeficiência humana (HIV). A
CONDUTA É:
A
a) Realizar sorologias confirmatórias (teste molecular seguido de western-blot) e
considerar tratamento após confirmação do diagnóstico de infecção pelo HIV.
b) Iniciar imediatamente terapia antirretroviral, com associação de tenofovir,
lamivudina e dolutegravir, independente da carga viral e da contagem de
linfócitos-T CD4+ em sangue periférico.
c) Coletar carga viral (CV) e contagem de linfócitos-T CD4+ em sangue periférico e
indicar terapia antirretroviral caso CV > 2 log ou contagem de linfócitos-T CD4+
< 500mm³.
d) Coletar carga viral (CV) e contagem de linfócitos-T CD4+ em sangue periférico e
indicar terapia antirretroviral caso CV > 3 log ou contagem de linfócitos-T CD4+
< 200mm³.

2) Em relação aos marcadores de acompanhamento da infecção na hepatite viral


B, é incorreto afirmar:

a) O anti-HBc total determina a presença de anticorpos tanto da classe IgM


quanto da classe IgG.
b) Anti-HBc IgM é o marcador de infecção recente, encontrado no soro até 32
semanas após a infecção.
c) Anti-HBc IgG é o marcador de infecção passada que caracteriza o contato
prévio com o vírus, permanecendo geralmente por toda a vida nos indivíduos
que tiveram infecção pelo vírus da hepatite B.
d) O anti-Hbe caracteriza a fase de replicação viral e, quando reagente, indica
alta infecciosidade.
e) O anti-HBe surge após o desaparecimento do HBeAg e indica o fim da fase de
replicação viral.

3) A recomendação de iniciar terapia antirretroviral para todos os pacientes


vivendo com HIV está baseada na alternativa:
a) Diminuição da morbimortalidade, independentemente da contagem de
linfócitos CD4/CD8.
b) Diminuição no risco de infecções oportunistas para os pacientes vivendo com
HIV.
c) Diminuição no risco de transmissão de HIV de paciente para paciente.
d) Diminuição no custo com hospitalizações e outras complicações associadas
com a síndrome da imunodeficiência adquirida.
e) Benefícios associados ao início precoce do tratamento para HIV e aumento na
sobrevida dos pacientes.
4) A epidemia de HIV e Aids em pessoas idosas no Brasil tem emergido como um
problema de saúde pública nos últimos anos. Além disso, outras doenças
sexualmente transmissíveis têm aumentado também. Diante dessa situação,
podemos afirmar que todas as assertivas abaixo são Verdadeiras, com
EXCEÇÃO de:
a) Apesar do avanço das tecnologias de diagnóstico e assistência em HIV/Aids,
associado à política brasileira de acesso universal à Terapia Antirretroviral
(TARV), não houve aumento da sobrevida e da qualidade de vida das pessoas
que vivem com HIV ou com Aids para a terceira idade.
b) A incidência de Aids entre as pessoas idosas está em torno de 2,1%, sendo a
relação sexual a forma predominante de infecção pelo HIV.
c) Houve incremento da notificação de transmissão do HIV após os 60 anos de
idade.
d) Houve envelhecimento de pessoas infectadas pelo HIV.
e) A velhice conserva a necessidade sexual. Não há idade na qual a atividade
sexual, os pensamentos sobre sexo ou o desejo se esgotem

5) Homem, 28 anos, apresenta queixas de febre (38,9 °C), tosse produtiva e


dispneia de início há 3 dias. É soropositivo para HIV e há 45 dias a sua
contagem de CD4 foi de 600 cels/microL. A radiografia de tórax revela a
presença de um infiltrado interstício-alveolar em região de lobo inferior direito.
Qual o diagnóstico mais provável?
a) Pneumonia por Pneumocystis jirovecci.
b) Pneumonite aspirativa.
b) Histoplasmose pulmonar.
c) Pneumonia por citomegalovírus.
d) Pneumonia bacteriana.

6) Com relação à epidemiologia da AIDS, é incorreto afirmar:


a) Na última década no Brasil, o perfil epidemiológico da AIDS sofreu mudanças
significativas, como a pauperização, interiozação e aumento do número de
casos em mulheres
b) No Brasil, no total de casos de AIDS em crianças (até 13 anos), a principal via de
transmissão é a vertical
c) Estudos recentes no Brasil têm evidenciado que o uso de drogas por
adolescentes pode ser um fator de risco importante para a infecção pelo HIV,
por levar à prática de sexo pouco seguro
d) No Brasil, o aleitamento materno não está contraindicado para recém-nascidos
de mãe HIV positivas

7) Em relação à profilaxia pré-exposição ao HIV, analise as assertivas abaixo e


assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
(V) Começa a fazer efeito após sete dias de uso para a relação anal e 20 dias de uso
para a relação vaginal;
(F) Consiste na tomada diária de um comprimido que impede que o vírus causador
da Aids infecte o organismo, antes de a pessoa ter contato com o vírus;
(V) É indicada para pessoas que tenham maior chance de entrar em contato com o
HIV, como as populações-chave: gays e outros homens que fazem sexo com
homens (HSH), pessoas trans e trabalhadores(as) do sexo. A ordem correta de
preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Resposta: V - F – V

8) Paciente portador de HIV/Aids abandonou tratamento há 4 anos, chega ao


pronto-socorro trazido por familiares. O quadro clínico é composto por:
cefaleia, confusão mental, febre e hemiparesia. Neste caso, a primeira hipótese
diagnóstica é:
a) Meningite criptocócica.
b) Tuberculoma.
c) Neurotoxoplasmose.
d) Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LEMP).

9) Homem, HIV positivo há três anos, sem aderência à terapia antirretroviral,


apresenta quadro de cefaleia, vômitos e distúrbio do comportamento há três
semanas. Em uso de sulfadiazina e pirimetamina há duas semanas sem
resposta. A TC de crânio apresenta lesão única em região frontal, com edema
perilesional importante e com halo após injeção de contraste endovenoso. O
exame de líquor é normal quanto à celularidade e bioquímica, apresentando
PCR positivo para Epstein-Barr. Sorologia para EBV positiva (IgG) e negativa
para toxoplasmose (IgG e IgM). O diagnóstico mais provável é:
a) Neurotoxoplasmose.
b) Encefalite viral.
c) Linfoma primário de SNC.
d) Neurocriptococose.

10) Assinale a alternativa que apresenta o medicamento antirretroviral


classicamente associado aos seguintes possíveis efeitos adversos: erupção
cutânea, disforia, sonolência, depressão, sonhos anormais ou vívidos.
a) Tenofovir.
b) Ritonavir.
c) Lamivudina.
d) Zidovudina.
e) Efavirenz.

11) Homem de 25 anos tem o diagnóstico de infecção pelo HIV em uma triagem de
rotina. Não tem queixas e o exame físico é normal. Não há alterações
laboratoriais. A carga viral é de log 4,3/mm3 e tem 785 celsCD4/mm3. Assinale
a alternativa correta, com respeito ao tratamento antirretroviral desse
paciente:
a) Caso seja possível, deve-se colher uma genotipagem e iniciar o tratamento com
efavirenz, lamevudina e tenofovir.
b) Adiar o tratamento até que chegue o resultado da genotipagem, caso ela
tenha sido providenciada.
c) Adiar o tratamento até que a concentração de células CD4 seja inferior a
500/mm3 para evitar efeitos adversos.
d) Iniciar o tratamento utilizando uma combinação de lopinavir+ritonavir,
lamevudina e zidovudina.

12) Enfermo masculino, 29 anos, pardo, homossexual, HIV+ de longa data sem
tratamento, com contagem de linfócitos T CD4= 13 células/ mm3. Inicia
esquema de terapia antirretroviral com tenofovir, lamivudina e efavirenz. Cerca
de seis semanas após, apresenta quadro de linfadenopatia devido ao
Mycobacteriumtuberculosis e abscessos renais, sendo iniciado esquema RIPE
para tratamento da tuberculose. Nessa ocasião, reavaliação laboratorial revela
CD4 de 210 células/mm3. A melhor conduta seria
a) Iniciar claritromicina 500mg de 12 em 12 horas.
b) Suspeitar de reação paradoxal devido reconstituição imune.
c) Modificar esquema antirretroviral.
d) Suspender esquema antirretroviral.
e) Iniciar tratamento para tuberculose multirresistente.

13) A profilaxia antirretroviral pós-exposição (PEP) de risco para infecção pelo vírus
HIV se insere no conjunto de estratégias de saúde pública, cujo principal
objetivo é ampliar as formas de intervenção para evitar novas infecções pelo
HIV. O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de PEP, do Ministério da
Saúde do Brasil, orienta que o primeiro atendimento após possível exposição
ao HIV é uma urgência médica. A PEP deve ser iniciada o mais precocemente
possível, após a exposição, tendo como limite:
a) 24 h.
b) 7 dias.
c) 48 h.
d) 72 h
e) 96 h.

14) O portador do vírus HIV pode transmiti-lo desde o momento de aquisição da


infecção, entretanto, os indivíduos com infecção muito recente ou
imunossupressão avançada têm maior concentração do HIV no sangue (carga
viral) e nas secreções sexuais, transmitindo com maior facilidade o vírus. Qual
alternativa relaciona corretamente a fase de infecção e os sintomas?
a) A fase assintomática, pode durar de alguns meses a alguns anos, e os sintomas
clínicos são mínimos ou inexistentes. Os exames sorológicos para o HIV são
reagentes e a contagem de linfócitos T CD4+ estão em ascensão.
b) Na fase assintomática, alguns pacientes podem apresentar uma
linfoadenopatia generalizada persistente, “flutuante” e indolor.
c) Na fase sintomática inicial, o portador da infecção pelo HIV pode apresentar
sinais e sintomas inespecíficos de intensidade variável e não são ainda
encontrados além de processos oportunistas como a candidíase oral.
d) Na fase sintomática há uma redução da carga viral e a contagem de linfócitos.
15) Considerando os benefícios e os efeitos colaterais relacionados ao uso de
terapia antirretroviral, as recomendações atuais para a grande maioria dos
pacientes são de que seja iniciada:
a) Somente em pacientes com diagnóstico de SIDA.
b) Somente quando a contagem de CD4 for menor que 200 céls/mcl.
c) Quando a infecção pelo HIV for confirmada.
d) Somente na presença de infecções repetidas, em qualquer sítio.
e) Somente quando a contagem de CD4 for menor ou igual a 350 céls/mcl.

16) Assinale a alternativa com critério(s) que define(m) o diagnóstico de Síndrome


da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) em pacientes sintomáticos.
a) Infecção pelo HIV e contagem de CD4+
b) Infecção pelo HIV e contagem de CD4+
c) Infecção pelo HIV e contagem de CD4+
d) Apenas a contagem de CD4+
e) Apenas a detecção de infecção pelo HIV.

17) Jovem de 15 anos de idade, HIV+ por transmissão vertical, mora com um tio
que iniciou tratamento para tuberculose pulmonar há 10 dias. A jovem está
com boa adesão ao esquema antirretroviral, com carga viral do HIV abaixo de
40 cópias/mL, assintomática e com radiografia de tórax normal. Nunca fez
qualquer tipo de tratamento para tuberculose anteriormente. A conduta mais
adequada é?
a) Se contagem de células T CD4+ estiver inferior a 200, iniciar tratamento para
tuberculose doença, independente do resultado do teste tuberculínico.
b) Se contagem de células T CD4+ estiver inferior a 500, iniciar tratamento para
tuberculose latente, após afastar tuberculose doença.
c) Se teste tuberculínico resultar maior que 10mm, tratar como tuberculose
doença, independentemente da contagem de células T CD4+.
d) Afastado o diagnóstico de tuberculose doença, avaliar contagem de células T
CD4+ e resultado do teste tuberculínico para iniciar tratamento de
tuberculose latente.

18) Paciente do sexo masculino, 28 anos, dá entrada no P.S. com história de febre
há 30 dias, perda de peso, tosse seca e dor torácica. Ao exame,apresenta-se
emagrecido e com monilíase oral. O teste rápido para HIV é (+) e a Radiografia
de tórax mostra derrame pleural à Direita. De acordo com esses dados, quais
dos diagnósticos abaixo são os mais prováveis?
a) Pneumonia ou ICC descompensada.
b) Pneumonia Atípica ou Colagenose.
c) Pneumocistose ou Aspergilose Pulmonar.
d) Tuberculose Pleural ou Sarcomade Kaposi.

19) A.C.F., de 22 anos de idade, pertencente ao grupo de homens que fazem sexo
com homens (HSH) e com diagnóstico recente de infecção por HIV, procura o
especialista relatando dispneia progressiva, tosse improdutiva e febre há 5
semanas. Sua temperatura axilar é de 38°C e a frequência respiratória de 32
movimentos/min. O resto do exame físico é normal. A gasometria arterial
revela: pH de 7.50; pCO2 de 30 mmHg e PO2 de 67 mmHg. A radiografia de
tórax mostra infiltrado intersticial difuso e não há derrame pleural. A terapia
mais adequada inclui:
a) Isoniazida, rifampicina, etambutol e pirazinamida.
b) Ganciclovir
c) Sulfametoxazol + trimetoprima.
d) Ceftriaxona e eritromicina

20) Rapaz de 27 anos de idade, usuário de drogas EV, procurou o serviço médico
com diagnóstico de infecção pelo HIV e de tuberculose em tratamento há 10
dias. Apresentava-se emagrecido; dispneico; anêmico; com carga viral =
220.000 cópias/ml e linfócitos CD4 = 37 céls/mm³; anti-HBs e anti-HCV
reagentes. Neste caso, qual a conduta mais adequada?
a) Aguardar completar 1 mês de tratamento para tuberculose para iniciar o uso
de antirretrovirais.
b) Iniciar imediatamente o uso de antirretrovirais e tratamento para hepatite B e
C.
c) Tratar inicialmente a tuberculose e a hepatite C, após 1 mês iniciar o esquema
de antirretrovirais.
d) Iniciar o uso de antirretrovirais, mantendo o tratamento para tuberculose e
confirmar a infecção pelo HCV.
e) Manter o tratamento para tuberculose, e iniciar tratamento com
antirretrovirais com elevada barreira genética.

21) Paciente masculino, 25 anos, apresenta teste de HIV positivo atendido no


ambulatório. Não apresenta outras comorbidades. No momento, encontra-se
em bom estado geral e com exame físico normal. Sobre a indicação de terapia
antirretroviral, o procedimento CORRETO é:
a) Oferecer e iniciar independentemente do CD4 e da carga viral, considerando a
motivação do paciente.
b) Iniciar se CD4 < 200 células /mm3 ou carga viral > 10.000 cópias/mm3.
c) Iniciar se carga viral > 100.000 cópias/mm3.
d) Iniciar se surgirem sintomas ou infecção oportunista.
e) Iniciar se CD4 < 500 células /mm3 e carga viral > 1000 cópias/mm3.

22) Quanto ao período de transmissibilidade do HIV, pode-se afirmar que:


a) A transmissão do vírus ocorre na fase de infecção aguda, sendo este risco
proporcional à magnitude da viremia.
b) O risco de transmissão do vírus é maior na fase da doença sintomática.
c) Novos estudos mostraram que o indivíduo infectado pelo HIV, que tem carga
viral indetectável, possui baixo risco ou quase nulo de transmitir o vírus.
d) A transmissão do vírus ocorre geralmente no período de incubação,
compreendido entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas
da fase aguda.
23) Com a expansão cada vez maior do vírus do HIV, sempre devemos aventar a
possibilidade de o quadro respiratório ser relacionado com o mesmo, caso o
paciente seja portador do vírus. Assim, torna importante papel como
complicador das infecções por pneumocistose, que possui como característica:
a) a radiologia, usualmente, não apresenta grandes alterações.
b) elevação dos valores do DHL.
c) gasometria com retenção de CO2.
d) ausculta rica e com ênfase na estertoração.

24) Homem, 42 anos, que sabe ser infectado pelo HIV há 8 anos, procura a Unidade
de Pronto Atendimento com queixa de perda visual súbita em olho esquerdo.
Refere uso irregular dos antirretrovirais e contagem de linfócitos T CD4+ = 160
cel/mm³, feito há um mês. Exame físico geral: regular estado geral, alopecia em
placas no couro cabeludo e lesões no tronco e abdome (Figura). Exame
oftalmológico: acuidade visual de 1,0 em olho direito e 0,1 em olho esquerdo,
discreta hiperemia conjuntival no olho esquerdo. Fundo de olho normal à
direita, e de difícil visualização à esquerda por opacidade de meios. Figura do
tronco e abdome anterior esquerdo: (VER IMAGEM) Qual a hipótese
diagnóstica mais provável?
a) Citomegalovirose ocular
b) Sífilis ocular
c) Toxoplasmose ocular
d) Toxocaríase ocular

25) V.C., G1P0, 17 anos de idade e estudante da 8ª série. Há sete dias notou
surgimento de secreção vaginal espessa, amarelada, com odor desagradável.
Refere eventualmente notar sangramento pós-coito. Nega outros sinais ou
sintomas, bem como quadros semelhantes anteriormente. Tem ciclos
menstruais regulares. A menarca ocorreu aos 12 anos e a sexarca, aos 15 anos.
Não usa preservativo nas relações sexuais, pois namora o mesmo rapaz há um
ano - Pedro, 18 anos, que é soldado do exército. Nega etilismo ou tabagismo.
Usou, por orientação do balconista da farmácia, um creme vaginal do qual não
sabe o nome, sem melhora do quadro. Nunca fez exame preventivo. Quanto ao
possível diagnóstico de doença sexualmente transmissível, o dado mais
importante é a:
a) Sexarca precoce.
b) Não utilização de preservativo.
c) Multiplicidade de parceiros.
d) Nunca realizou exame preventivo.

26) Paciente, sexo masculino, 35 anos de idade, comparece ao pronto-socorro com


queixa de dispneia progressiva, tosse seca, febre não medida nos últimos 30
dias. Refere que emagreceu 10 kg nos últimos 3 meses. Além disso, queixa-se
de dificuldade para deglutir e que, nos últimos dias, houve aparecimento de
lesões esbranquiçadas em mucosa oral. Ao exame físico, presença de monilíase
oral, sem gânglios palpáveis, murmúrio vesicular presente, sem ruídos, abdome
escavado. Saturação de O2 = 88%. Assinale a alternativa que apresenta,
corretamente, o diagnóstico mais provável para esse caso clínico:
a) Aids, pneumocistose e monilíase oroesofágica.
b) Aids, pneumonia bacteriana e monilíase oroesofágica.
c) Aids, tuberculose e monilíase oral.
d) Infecção inicial pelo HIV, tuberculose e monilíase oral.
e) Infecção inicial pelo HIV, pneumonia bacteriana e monilíase oral.

27) Sobre a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), é CORRETO


afirmar que:

a) O agente etiológico do HIV é um vírus da família Lentiviridae, sendo que o vírus


HIV 1 tem como reservatório natural todos os primatas, e o HIV 2 está presente
somente nos humanos.
b) Indivíduos com infecção muito recente ou com imunossupressão avançada
apresentam menor carga viral do vírus HIV, pois existem menos linfócitos T-
CD4 circulantes; logo, o vírus replica-se menos, reduzindo a sua capacidade de
transmissão.
c) O período de incubação, que compreende o tempo entre o momento da
infecção pelo vírus HIV e o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas da
fase aguda, varia entre 5 e 10 anos, sendo a média estimada de 6 anos.
d) A fase de infecção aguda é caracterizada por viremia elevada, resposta imune
intensa e rápida, e veloz queda da contagem de linfócitos T-CD4 de caráter
transitório.
e) Os anticorpos anti-HIV são detectados mais precocemente nos testes Western
Blot (WB) do que nos testes ELISA, em função dos WB serem mais sensíveis do
que os ELISA.

28) É frequente a descoberta da soropositividade para HIV durante o diagnóstico


da tuberculose, com cerca de 15% de prevalência no Brasil; além disso a
tuberculose responde por 20% dos óbitos nos pacientes com HIV. Quanto à
evolução da coinfecção TB/HIV podemos afirmar que:
a) Nos pacientes com HIV a apresentação clínica da tuberculose é influenciada
pelo grau de comprometimento imune.
b) Entre os portadores do HIV as formas bacilíferas da tuberculose são as mais
frequentes, devido à imunossupressão.
c) O diagnóstico de tuberculose no paciente com HIV só é possível após o início da
síndrome da reconstituição imune.
d) Para controle e resolução da infecção tuberculosa no paciente com HIV, o
tratamento convencional deve se prolongar por 9 meses.
e) No paciente com HIV e tuberculose ativa o tratamento deve ser iniciado pelo
uso dos tuberculostáticos e após 1 mês acrescentar os anti-retrovirais. Ref.
Manual de Recomendações para Controle da Tuberculose no Brasil, MS.2011,
pg. 75 a 78.

29) Paciente do sexo feminino, 23 anos, obesa, sem outras comorbidades, usuária
de drogas endovenosas, apresentou quadro de exantema, febre de 40°C,
aumento de linfonodos submandibulares e axilares há 10 dias. Nega tosse,
dispneia ou febre. Nos exames, apresentou sorologia para HIV com ELISA
positivo e Western Blot negativo. Qual a hipótese diagnóstica e o passo
seguinte na investigação?

a) HIV agudo - solicitar carga viral e CD4.


b) HIV agudo – iniciar terapia antirretroviral sem investigação adicional.
c) Falso-positivo para HIV – solicitar nova sorologia em 3 meses.
d) Síndrome HIV-like – solicitar nova sorologia após melhora dos sintomas.

30) Acometimento do sistema nervoso central em pacientes portadores do HIV


constitui-se em importante causa de morbimortalidade. A segunda causa mais
comumente associada a lesões ocupantes de espaço neste grupo de pacientes
é:

a) Linfoma primário.
b) Metástases.
c) Abscesso cerebral piogênico.
d) Neurotoxoplasmose.
e) Criptococose.

31) De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da


Infecção pelo HIV em Adultos (Atualizado em: 27/09/2017), preconiza-se o
início imediato de antirretrovirais para pacientes diagnosticados com HIV. O
esquema inicial deve ser:
a) Lamivudina, Zidovudina e Efavirenz.
b) Lamivudina, Tenofovir e Dolutegravir.
c) Lamivudina, Tenofovir e Abacavir.
d) Lamivudina, Tenofovir e Atazanavir/r.
e) Lamivudina, Tenofovir e Darunavir/r.

32) A quimioprofilaxia da transmissão vertical com drogas antirretrovirais deve ser


iniciada em todas as crianças nascidas de mães infectadas pelo HIV,
respeitando-se os seguintes critérios:
a) administração de AZT oral nas primeiras 4 horas de vida, independente se a
mãe recebeu AZT endovenoso durante o parto.
b) administração de AZT oral nas primeiras 4 horas de vida associado à nevirapina,
quando a mãe não recebeu AZT endovenoso durante o parto.
c) administração de AZT oral nas primeiras 4 horas de vida associado à nevirapina,
quando a mãe apresentar contagem de CD4 menor que 200 células/mm³.
d) administração de AZT oral nas primeiras 48 horas de vida associado à
nevirapina, quando a mãe apresentar carga viral do HIV menor ou igual a 1.000
cópias/mL no parto.
e) administração de AZT oral nas primeiras 48 horas de vida, quando a mãe
apresentar carga viral do HIV menor ou igual a 1.000 cópias/mL no parto.
33) A fim de reduzir-se a transmissão do HIV, uma estratégia adotada pelo
ministério da sáude é a "Prevenção Combinada do HIV". Esta estratégia inclui a
PrEP (Profilaxia Pré-Exposição de Risco à Infecção pelo HIV), que consiste no
uso de antirretrovirais para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. A
respeito da PrEP, assinale a assertiva INCORRETA.
a) A estratégia PrEP, já adotada em outros países, se mostrou eficaz e segura em
pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção pelo HIV.
b) É sabido que nenhuma intervenção de prevenção isolada é suficiente para
reduzir novas infecções, por isso há necessidade de aplicação dos protocolos de
forma combinada.
c) O esquema antirretroviral recomendado para PrEP é a combinação de tenofovir
e entricitabina em dose fixa combinada de comprimido por dia.
d) No Brasil, os segmentos populacionais prioritárias para PrEP são: gays e
outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, profissionais do
sexo, usuários de drogas como crack e parceiras sorodiscordantes.
e) A eficácia da PrEP está relacionada com o entendimento do método e adesão e
é necessário acompanhamento médico regular. Não previne outras IST ou
hepatites virais, portanto, não dispensa a inidicação de uso de preservativo.

QUESTÕES DE HANSENÍASE

1) As formas clínicas da hanseníase apresentam distribuição espectral que está


associada a alterações imunológicas do hospedeiro. Em relação aos subtipos TT
(tuberculóide), BT (borderline tuberculóide), BB (borderline borderline), BV
(borderline virchoowiano) e VV (virchowiano). Nesse sentido, julgue a assertiva
em verdadeiro ou falso: nos pacientes BT, BB e BV a progressiva redução da
resposta mediada por célula da forma BT para a forma BV é acompanhada por
lesões de pele e nervos mais numerosas, aumento da carga bacilar e dos níveis
de anticorpos:

a) Verdadeiro
b) Falso

2) Mulher, 30a, primigesta, idade gestacional de 9 semanas, procura atendimento


médico por apresentar mancha hipocrômica na coxa direita com diminuição da
sensibilidade ao frio. Biópsia de pele: hanseníase. É CORRETO:
a) Iniciar o tratamento com esquema poliquimioterápico e informar a paciente
que a doença não tem cura, mas tem controle.
b) Esperar o parto e o término da amamentação para iniciar o esquema
poliquimioterápico.
c) Iniciar tratamento com prednisona e talidomida, e após o parto iniciar esquema
poliquimioterápico.
d) Aplicar a vacina BCG intradérmica nos contatos intradomiciliares sem
presença de sinais e sintomas de hanseníase.
3) Em relação à etiologia da hanseníase, assinale a alternativa VERDADEIRA.

a) Os agentes etiológicos são o Mycobacterium Leprae e o Mycobacterium


tuberculosis
b) Dentre as células do hospedeiro, o bacilo de Hansen penetra apenas nos
macrófagos
c) Sendo infectado, a chance de um indivíduo desenvolver a doença é quase
100%.
d) O bacilo de Hansen pode ser encontrado em grupos chamados globias, nos
tecidos do hospedeiro.

4) A hanseníase é uma infecção granulomatosa crônica, que afeta principalmente


a pele e os nervos periféricos, sendo transmitida pelas vias aéreas superiores
de pessoa a pessoa através do convívio de suscetíveis com doentes bacilíferos
sem tratamento. Sobre esta doença, avalie as assertivas abaixo e marque
alternativa correta
a) Após o reconhecimento do bacilo pelas células de Langerhans, tipos de
neutrófilos tissulares, a subsequente produção local de citocinas e quimiocinas
regula o processo inflamatório e direciona o curso de imunidade adaptativa em
resposta ao M. leprae
b) Os polos altamente bacilíferos (dimorfa-tuberculoide e tuberculóide) cursam
com elevação dos níveis séricos de citocinas TGF-B1 e presença de células CD8
no infiltrado inflamatório.
c) TNF-alfa e os mediadores de oxidação, como reativos intermediários do
oxigênio e do nitrogênio, constituem os principais mecanismos de Killing
desenvolvidos pelos linfócitos TCD4 e neutrófilos na destruição dos bacilos.
d) Virchovianos e borderline-virchovianos, cursam, em sua evolução, com
elevadas concentrações de anticorpos no soro, especialmente os anticorpos
específicos do M. leprae, como o ASLO.
e) M. leprae pode apresentar mecanismos de escape a oxidação
intramacrofagica pela produção dos antígenos PGL1 e LAM
(lipoarabinomanana) os quais possuem função supressora da ativação de
macrófagos.

5) Dentre as alternativas abaixo, qual está correta sobre a epidemiologia e


controle da hanseníase?
a) Mycobacterium leprae apresenta alta infectividade e alta patogenicidade.
b) A baciloscopia positiva é um critério necessário para a notificação do caso.
c) Os casos da forma tuberculoide são capazes de transmitir o agente etiológico.
d) O critério para a classificação operacional é o número de lesões de pele.

6) Mulher, 37 anos de idade, no 4° mês de tratamento de hanseníase virchowiana


desenvolveu nódulos eritematosos e dolorosos no tronco, face e membros
superiores. Qual é a conduta ADEQUADA, conforme as normas do Ministério da
Saúde?
a) Manter o tratamento e aguardar a melhora clínica já que a maioria desses
casos tem melhora espontânea em 48-72 horas.
b) Suspender o tratamento e iniciar terapia com talidomida (100 a 400 mg/dia),
até resolução do quadro e então, reiniciar o tratamento específico.
c) Suspender apenas a dapsona e iniciar terapia com prednisona (1 a 2
mg/kg/dia).
d) Manter o tratamento e iniciar terapia com prednisona (1 a 2 mg/kg/dia).
e) Suspender o tratamento, pois se trata de reação alérgica à clofazimina.

7) Homem, 35 anos de idade apresenta há 9 meses, placas de limites imprecisos,


disseminadas pelo tegumento, nódulos nos pavilhões auriculares, entupimento
nasal crônico e madarose. A pesquisa de sensibilidade nas lesões é duvidosa,
pois o paciente não consegue definir claramente área hipoanestésica ou
anestésica. A baciloscopia é positiva. De acordo com o Ministério da Saúde, a
conduta terapêutica e sua justificativa, respectivamente, são:
a) Poliquimioterapia paucibacilar, por se tratar da forma dimorfa-dimorfa.
b) Poliquimioterapia paucibacilar, por se tratar da forma virchowiana.
c) Poliquimioterapia multibacilar por se tratar da forma tuberculóide.
d) Poliquimioterapia paucibacilar, por se tratar da forma tuberculóide.
e) Poliquimioterapia multibacilar, por se tratar da forma virchowiana

8) Paciente, sexo masculino, 35 anos, apresenta placas bem delimitadas, de


contornos regulares, eritêmato-acastanhadas, formando lesões circulares. Ao
exame físico, apresenta espessamento neural, com dor à palpação de troncos
nervosos. Feito o diagnóstico de hanseníase tuberculóide, quais os achados são
esperados para a lesão cutânea, reação de Mitsuda e baciloscopia da lesão,
respectivamente:
a) Muitas lesões cutâneas, reação de Mitsuda positiva, baciloscopia positiva.
b) Poucas lesões cutâneas, reação de Mitsuda positiva, baciloscopia negativa.
c) Muitas lesões cutâneas, reação de Mitsuda negativa, baciloscopia positiva.
d) Poucas lesões cutâneas, reação de Mitsuda negativa, baciloscopia positiva.
e) Muitas lesões cutâneas, reação de Mitsuda negativa, baciloscopia negativa.

9) Homem, 46 anos, trabalhador rural, refere lesões em tegumento há mais de


dois anos e úlcera de cotovelo direito há um mês. Queixa-se de perda
progressiva da capacidade de preensão e força na mão direita, e o surgimento
de bolhas nos pés sem a sua percepção. Quais são os principais achados
laboratoriais deste caso?
a) Formas amastigotas de Leishmania donovani no sangue periférico.
b) Radiografia de tórax com infiltrado intersticial poupando os ápices e as bases.
c) Bacilos álcool-ácido resistentes aglomerados na derme.
d) Creatinofosfoquinase e aldolase elevadas.

10) Os contatos intradomiciliares de hanseníase devem receber:


a) imunoprofilaxia, apenas se forem contatos de casos paucibacilares.
b) rifampicina quimioprofilática.
c) duas doses de vacina anti-hansênica.
d) quimioprofilaxia com clofazimina.
e) de zero a duas doses de BCG intradérmico, a depender da história vacinal.

11) Mulher, 58a, foi diagnosticada com hanseníase virchowiana e iniciou


tratamento com poliquimioterapia por 12 meses. Natural do interior da Bahia e
mora em Campinas há 18 anos com o segundo marido. Tem quatro filhos já
adultos, do primeiro casamento, que ficaram na Bahia. A CONDUTA A SER
REALIZADA DO PONTO DE VISTA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE:
a) Não há necessidade de investigar os filhos, pois estão afastados do caso-índice
há muitos anos, apenas o marido atual deve ser avaliado.
b) Há necessidade de exame dermatoneurológico completo para os filhos e o
atual marido, em busca de lesões suspeitas de hanseníase.
c) Está indicada vacinação com BCG dose única para melhorar imunidade celular,
se o teste de Mitsuda for negativo, para todos os contactantes.
d) Há indicação de poliquimioterapia profilática para os contactante atual, mas
não para os filhos.

12) Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo, nas
afirmações sobre a importância da avaliação simplificada neurológica nos casos
de hanseníase, tendo em vista as neurites e reações causadas pelo bacilo.
( ) O comprometimento dos nervos periféricos é a principal característica da
doença, podendo provocar incapacidades físicas e deformidades e para que o
tratamento seja eficiente a avaliação é ferramenta imprescindível.
( ) Os sinais e sintomas neurológicos se manifestam por dor e espessamento
dos nervos periféricos e perda de sensibilidade nas áreas inervadas
correspondentes. ( ) Os principais nervos periféricos acometidos são trigêmio e
facial, ulnar e musculocutâneo, tibial anterior e ciático popliteo externo.
( ) O teste de sensibilidade deve ser feito utilizando estesiômetro com objetivo
de identificar áreas comprometidas e orientar cuidados com queimaduras,
ferimentos e úlceras.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

a) F-V-F-F
b) V-V-F-V
c) V-V-F-F
d) F-F-V-V

13) O diagnóstico de caso de hanseníase na Atenção Básica à Saúde é


essencialmente clínico por meio do exame dermatoneurológico para identificar
lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento
de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico).
Uma das etapas importantes no diagnóstico e acompanhamento do usuário
portador de hanseníase é a avaliação neurológica, que deve ser realizada no
seguinte momento:
a) no início do tratamento; mensalmente, quando possível, ou no mínimo
semestralmente; com maior frequência durante neurites e reações, ou
quando houver suspeita destas, durante ou após o tratamento; na
apresentação de queixas; e na alta.
b) apenas no momento do diagnóstico.
c) não deve ser instituído de rotina, somente quando o paciente apresentar
queixas.
d) exclusivamente na presença de sensibilidade térmica, comprovada com o
uso Avaliação da Sensibilidade com o Estesiômetro.
e) apenas no ato da alta.

14) A Hanseníase ainda constitui relevante problema de saúde pública. È uma


doença de fácil diagnóstico, tratamento e cura. No entanto, quando
diagnosticada e tratada tardiamente, pode trazer graves consequências para
seus portadores e familiares, pois as lesões os incapacitam fisicamente. As
ações preventivas, promocionais e curativas podem ser realizadas na atenção
básica. O Ministério da Saúde objetiva subsidiar os profissionais de saúde que
atuam na rede de atenção à saúde sobre os mais importantes e atualizados
conhecimentos para a abordagem do paciente de hanseníase, como
instrumento de capacitação, que ele possa contribuir para a eliminação da
doença no país. Sobre o atendimento da Enfermagem em pacientes com
Hanseníase, é CORRETO afirmar:
a) Os profissionais de saúde devem ter, sempre, uma atitude de vigilância em
relação ao potencial incapacitante da doença causado pelo
comprometimento dos nervos periféricos. Por isso é muito importante que
a avaliação das lesões do paciente com Hanseníase seja feita com
frequência para que possam, precocemente, serem tomadas as medidas
adequadas de prevenção e tratamento de incapacidades físicas.
b) Na Técnica do Estesiômetro, no caso de respostas positivas e negativas
em um mesmo ponto, considera-se certa se o paciente acertar pelo
menos uma das três tentativas.
c) A inspeção do nariz é feita para se verificar os sinais e sintomas decorrentes
da presença do bacilo e o comprometimento da mucosa e da cartilagem do
nariz. Para tanto, pergunta-se e observa-se se o nariz está com feridas, se
há secreção de aspecto esverdeada ou ressecamento do mesmo.
d) A inspeção dos membros superiores verifica os sinais e sintomas
decorrentes do comprometimento dos nervos que inervam os pés.
Compreende a investigação sobre a possível existência de dor, dormência,
perda de força, inchaço, ou outros sintomas. Deve ser verificado se há
ressecamento, calosidades, fissuras, ferimentos, úlceras, cicatrizes,
reabsorções ósseas, atrofias musculares, ou outros sintomas.

15) A sequência correta do estesiômetro com peso e cor é:


01 filamento verde (0,07 g)
Se o paciente responder desde o primeiro fio, sua sensibilidade é considerada
normal;

01 filamento azul (0,02 g)


Sensibilidade diminuída na mão. Para o pé, no entanto, o quadro ainda está
dentro do normal;

01 filamento violeta (2,0 g)


Sensibilidade diminuída (dificuldade em sentir formas e temperaturas), porém
ainda não há risco de lesões;

01 filamento vermelho (4,0 g)


Se o paciente responder a partir desse fio, é provável que ele não consiga
identificar o que é quente e frio. Nesse estágio, ele já está vulnerável às lesões;

01 filamento laranja (10,0 g)


Perda de sensibilidade nos pés e nas mãos, mas ainda podendo sentir pressão
profunda e dor em algumas regiões;

01 filamento magenta (300 g)


Permanece a sensibilidade à dor; nenhuma resposta: se o paciente não
responder a nenhum filamento, quer dizer que ele perdeu a sensibilidade à
pressão e, muito provavelmente, à dor.

a) Verdadeiro
b) Falso

QUESTÕES DE TUBERCOLOSE

01) Mulher, 48 anos, apresenta quadro de dor torácica ventilatório-dependente há


2 meses. Há 2 semanas, refere melhora da dor e falta de ar progressiva.
Radiograma de tórax: opacidade homogênea à direita, compatível com
derrame pleural. Realizada toracocentese. Líquido pleural: proteína = 4,8 g/dL;
glicose = 23 mg/dL; leucócitos = 720/mm³ (linfócitos = 78%, monócitos = 12%,
neutrófilos = 10%); hemácias = 432/mm³; LDH= 1234 UI/L; Adenosina
deaminase (ADA)= 52 U/L. A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA É:
a) Neoplasia de mama metastática.
b) Insuficiência cardíaca.
c) Lúpus eritematoso.
d) Tuberculose.

02) A norma do Ministério da Saúde do Brasil, para identificação de casos de


tuberculose pulmonar, fundamenta-se, principalmente, na busca ativa de
sintomáticos respiratórios, definidos como aqueles com tosse, por pelo menos:
a) 2 semanas.
b) 1 semana.
c) 5 semanas.
d) 3 semanas.
e) 4 semanas.

03) A tuberculose latente é considerada hoje como um dos grandes problemas de


saúde nos países ricos que ainda apresentam baixas incidências de tuberculose
ativa. Uma das propostas desses países, em especial dos Estados Unidos da
América (EUA), é realizar um rastreamento de todos os imigrantes oriundos de
países com alta carga de tuberculose (Lancet, 2016 388; 2510-18). Nessa
situação, assinale a alternativa que apresenta o(s) melhore(s) exame(s) que
pode(m) ser usado(s) para a detecção de tuberculose latente.
a) raio-X de tórax, PPD e pesquisa de BK no escarro
b) raio-X de tórax somente
c) PCR para M.Tuberculosis no escarro
d) PPD e raio-X de tórax
e) PPD somente

04) Lactente, sexo masculino, um ano de idade, assintomático. Mãe relata que a
criança manteve contato com o pai que, há um mês, teve exame de escarro
com resultado positivo para a tuberculose, tendo iniciado o tratamento
imediatamente. O exame físico da criança é normal, sua radiografia de tórax
sem alterações e seu PPD de 7 mm. Apresenta boa marca de BCG intradérmico
no braço esquerdo. Assinale a conduta ADEQUADA para o lactente:
a) Acompanhar e manter observação na unidade básica de saúde.
b) Considerar infecção latente e indicar quimioprofilaxia com isoniazida.
c) Iniciar tratamento completo com isoniazida, pirazinamida e rifampicina.
d) Repetir o PPD em quatro semanas.

05) Em relação à tuberculose, é correto afirmar:


a) De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, o gênero feminino e o grupo
etário 60 a 69 anos apresentam as maiores taxas de incidência.
b) O diagnóstico da tuberculose em crianças, devido à sua característica
paucibacilar, deve ser realizado por meio de critérios epidemiológicos e
clínico-radiológicos.
c) A broncoscopia apresenta rendimento superior à coleta de três amostras de
lavado gástrico.
d) Está contraindicada a associação de corticosteroides ao esquema anti-TB na
meningoencefalite tuberculosa.

06) Menino, 4a, comparece à Unidade Básica de Saúde para investigação de


tuberculose. Antecedentes Familiares: pais em tratamento para tuberculose há
30 dias. Imunização adequada para a idade. Assintomática. Radiograma de
tórax: sem alteração. Teste tuberculínico= 5 mm. A CONDUTA É:
a) Iniciar tratamento de infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis.
b) Repetir teste tuberculínico dentro de 8 a 12 semanas.
c) Tratamento para tuberculose ativa.
d) Observação clínica com seguimento ambulatorial.

07) A tuberculose na criança permanece ainda negligenciada e com alta


mortalidade no mundo. Considere o caso de uma puérpera, em tratamento
para tuberculose pulmonar há 1 semana. A respeito do caso, considere as
seguintes condutas: 1. Vacinar o RN com BCG. 2. Contraindicar a amamentação.
3. Iniciar quimioprofilaxia com isoniazida. 4. Realizar prova tuberculínica. É/São
conduta(s) adequada(s) a ser realizada(s) no período neonatal com o recém-
nascido, que se encontra assintomático, conforme as diretrizes atuais do
Ministério da Saúde:
a) 3 apenas.
b) 2 e 4 apenas.
c) 1 e 3 apenas.
d) 1, 2, 3 e 4.
e) 1, 2 e 4 apenas.

08) Um paciente com tuberculose pulmonar diagnosticada e Aids, em uso de


tenofovir, lamivudina, atazanavir, ritonavir e dolutegravir, esquema
antirretroviral que se baseia em genotipagem, não podendo ser modificado,
deverá iniciar o tratamento da tuberculose. Com base nessa situação
hipotética, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a droga do
esquema de tratamento de tuberculose de primeira escolha, a qual, devido à
possível interação com antirretrovirais em uso, deverá ser substituída pela
rifabutina, e a droga antirretroviral do esquema do paciente que causa essa
interação.
a) rifampicina e lamivudina
b) isoniazida e dolutegravir
c) isoniazida e tenofovir
d) pirazinamida e atazanavir
e) rifampicina e atazanavir
09) Mulher, 22a, previamente hígida, procura unidade de pronto atendimento com
queixa de tosse há um mês, com expectoração em moderada quantidade, de
início amarelada mas que se tornou hemoptoica há uma semana,
acompanhada de dor em aperto no lado esquerdo do tórax desde o início do
quadro. Nega outras queixas. Exame físico: regular estado geral, T= 37,9°C; FC=
96 bpm; FR= 22 irpm; PA= 110 x 90 mmHg; oximetria em ar ambiente = 95%.
Pulmões: roncos difusos e estertores subcrepitantes e crepitantes em campos
médio e inferior esquerdo. DEPOIS DE REALIZADO O RADIOGRAMA DE TÓRAX,
A CONDUTA É:
a) Coletar três amostras de escarro para pesquisa de bacilo álcool-ácido
resistente.
b) Tomografia computadorizada de tórax.
c) Realizar sorologia para paracoccidioidomicose.
d) Iniciar antibioticoterapia para cobertura de germes de flora mista.

10) O diagnóstico diferencial de paciente adulto tossidor crônico,


imunocompetente, com quadro clínico compatível com tuberculose pulmonar,
mas sem isolamento de BAAR inclui a(s) seguinte(s) micose(s):
a) Histoplasmose, paracoccidioidomicose
b) Somente paracoccidioidomicose
c) Fusariose, criptococose
d) Fusariose, histoplasmose

11) É frequente a descoberta da soropositividade para HIV durante o diagnóstico


da tuberculose, com cerca de 15% de prevalência no Brasil; além disso a
tuberculose responde por 20% dos óbitos nos pacientes com HIV. Quanto à
evolução da coinfecção TB/HIV podemos afirmar que: (Ref. Manual de
Recomendações para Controle da Tuberculose no Brasil, MS.2011, pg.75 a 78.)
a) Nos pacientes com HIV a apresentação clínica da tuberculose é influenciada
pelo grau de comprometimento imune.
b) Entre os portadores do HIV as formas bacilíferas da tuberculose são as mais
frequentes, devido à imunossupressão.
c) O diagnóstico de tuberculose no paciente com HIV só é possível após o início da
síndrome da reconstituição imune.
d) Para controle e resolução da infecção tuberculosa no paciente com HIV, o
tratamento convencional deve se prolongar por 9 meses
e) No paciente com HIV e tuberculose ativa o tratamento deve ser iniciado pelo
uso dos tuberculostáticos e após 1 mês acrescentar os anti-retrovirais.

12) Paciente de 8 anos de idade, masculino, procura atendimento com história de


febre persistente há duas semanas e quadro de tosse no mesmo período. Ao
exame físico, apresenta frequência respiratória de 45 irpm, frequência cardíaca
de 128 bpm, murmúrio vesicular praticamente abolido à esquerda. A
radiografia de tórax mostra derrame pleural extenso à esquerda. Feita a
punção para alívio e diagnóstica. O líquido na punção era amarelado e a
citologia mostrou predomínio de linfócitos (88%). O provável agente
responsável por esse quadro clínico é:
a) Streptococcus pneumoniae.
b) Mycoplasma pneumoniae.
c) Staphylococcus aureus.
d) Mycobacterium tuberculosis.
e) Chlamydia pneumoniae.

13) Recém-nascido a termo, com peso de nascimento de 3.100 g. está no


alojamento conjunto. Sua mãe recebeu diagnóstico recente de tuberculose
pulmonar ainda sem tratamento. De acordo com as orientações do Ministério
da Saúde do Brasil, assinale as condutas MAIS ADEQUADAS em relação ao
aleitamento materno e cuidados com esse recém-nascido:
a) Amamentar ao seio materno, com a mãe usando máscara, iniciar isoniazida e
adiar a vacina BCG.
b) Contraindicar o aleitamento materno, oferecer fórmula infantil, realizar teste
tuberculínico e, se não reator, vacinar com BCG.
c) Oferecer o leite materno pasteurizado por copo, vacinar com BCG de acordo
com o calendário vacinal.
d) Ordenhar leite materno e oferecê-lo por copo, iniciar isoniazida e vacinar com
BCG concomitantemente.

14) Sobre o tratamento na atenção primária de pacientes com tuberculose, existe a


preocupação com os efeitos adversos em populações específicas. Sobre este
tema, é correto afirmar que o uso de:
a) Etambutol é contraindicado em crianças, por seu efeito oftalmo tóxico.
b) Pirazinamida, em pessoas com diabetes, é contraindicado por ser hepatotóxico.
c) Isoniazida, em pessoas vivendo com HIV, é contraindicado por ser nefrotóxico.
d) Rifampicina em gestantes é contra indicado por seu efeito teratogênico.

15) Homem, 55 anos, trabalhador rural, refere tosse há três semanas,


acompanhada de febre baixa. Realizou pesquisa de bacilo álcool-ácido
resistente que foi positiva ++. Em relação às precauções para prevenir e
controlar a transmissão, é CORRETO afirmar que:
a) Os contatos domiciliares devem realizar o tratamento da infecção tuberculosa
latente e não precisam ser afastados do paciente.
b) São recomendadas as precauções para aerossóis no ambiente hospitalar, que
também são válidas para varicela e sarampo.
c) As precauções de transmissão podem ser suspensas após 15 dias do início do
tratamento específico.
d) No Brasil, o risco de infecção e adoecimento entre profissionais da área de
saúde é semelhante ao da população em geral.

16) Homem, 38 anos, em tratamento para doença de Crohn, vai iniciar o uso de
infliximabe. Está em bom estado geral e o raio-x de tórax é normal. O teste
tuberculínico apresentou induração de 8mm. Qual é a conduta adequada para
este caso?
a) Não associar qualquer tratamento adicional.
b) Tratar com isoniazida.
c) Tratar com rifampicina, isoniazida e etambutol.
d) Acompanhar e repetir o teste tuberculínico em 90 dias.

17) Paciente de 6 anos, com tosse e febre há 21 dias, evoluiu com derrame pleural
com 130 células, sendo 75% de linfócitos, 25% de neutrófilos, glicose 30, pH 7,1
e DHL 700, sem melhora clínica após 3 dias de Ceftriaxone. A provável etiologia
da infecção é
a) Staphylococcus aureus.
b) Mycobacterium tuberculosis.
c) Streptococcus pneumoniae.
d) Haemophilus influenzae.
e) Neisseria meningitidis.

18) Uma criança de 1 e 3 meses, com marca de vacinação BCG, com PPD reator
(14mm), assintomática, com radiografia do tórax normal, cuja mãe tem
tuberculose pulmonar, bacilífera e iniciou esquema de RIPE (Rifampicina,
Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol) há 20 dias. Defina a conduta correta a ser
adotada com a criança:
a) Tratamento com esquema RIP por 6 meses.
b) Tratamento tuberculose latente com INH por 6 meses.
c) Repetir PPD e radiografia do tórax dentro de 3 meses.
d) Afastar totalmente a criança da mãe por mais 10 dias.
QUESTÕES DE SÍFILIS
01) Primigesta, 20a, com 12 semanas de gestação, inicia pré-natal e recebe
resultado de VDRL 1/4. A paciente é assintomática e não refere história
conhecida de qualquer tratamento. A conduta é:
a) Realizar prova treponêmica e, se positiva, tratamento, com abordagem do
parceiro.
b) Realizar prova treponêmica e, se positiva, tratamento da paciente como sífilis
primária, sendo o título alto.
c) Repetir a sorologia e, se o título aumentar, tratamento do casal como fase
latente indeterminada.
d) Expectante, pois se trata de cicatriz sorológica.

02) A sífilis voltou a ser prevalente no Brasil nos últimos anos e, por este motivo, é
grande a preocupação dos obstetras durante a assistência pré-natal com a
possível transmissão vertical. Em gestantes não tratadas ou tratadas
inadequadamente para a sífilis, a taxa de transmissão pode ser de até 80%,
sendo, mais frequentemente, intraútero, apesar de também poder ocorrer na
passagem do feto pelo canal do parto. Em relação à sífilis, assinale a alternativa
ERRADA:
a) A Reação de Jarisch-Herxheimer é definida como um quadro autolimitado de
exacerbação das lesões cutâneas e que pode ocorrer após a início do uso de
penicilina, não sendo necessário descontinuar o tratamento
b) A transmissão vertical é maior quando a gestante tem sífilis primária ou
secundária
c) Testes treponêmicos são testes que detectam anticorpos reativos a antígenos
do T. pallidum, sendo os primeiros a se tornarem detectáveis, sendo
importantes na confirmação do diagnóstico
d) Em caso de alergia à penicilina, é uma boa opção tratar com ceftriaxona.

03) Homem de 26 anos de idade apresenta há 10 dias lesão peniana ulcerada


indolor de 2 cm de diâmetro com bordas elevadas e infiltradas, fundo
granuloso, sem secreção purulenta. Apresenta linfonodo inguinal à direita,
indolor, fibro-elástico de 1,0 cm, sem supuração. Qual é a principal hipótese
diagnóstica?
a) Cancro mole.
b) Herpes simples.
c) Condiloma acuminado.
d) Sífilis primária.

04) Mulher, 19a, assintomática, procura atendimento médico para resultado de


exame (CMIA positivo), coletado devido a suposto diagnóstico de sífilis em
antigo parceiro. Exame físico: sem alterações. A CONDUTA É:
a) Solicitar exames treponêmico (TPHA ou FTA-Abs) e não treponêmico (VDRL),
sorologias para hepatite B, C e HIV. Confirmar cobertura vacinal contra
hepatite B. Aconselhar sobre uso de preservativo.
b) Iniciar tratamento com penicilina benzatina 2.400.000U intramuscular por
semana, por 3 semanas seguidas. Solicitar VDRL de controle duas semanas após
fim do esquema terapêutico.
c) Coletar liquor: se normal, tratar com penicilina benzatina 2.400.000U
intramuscular/semana/3 semanas; se alterado, tratar com ceftriaxona 2g
intravenoso/dia/14 dias. Solicitar VDRL duas semanas após fim do tratamento.
d) Aconselhamento acerca de uso de preservativo. Como é assintomática e não há
alterações no exame físico, trata-se de resultado falso positivo do teste de
triagem (CMIA).

05) A respeito da Sífilis, assinale a alternativa correta:


a) As reações treponêmicas não são úteis no diagnóstico.
b) As reações não-treponêmicas são as únicas empregadas para seguimento
terapêutico.
c) O VDRL utiliza antígeno treponêmico.
d) O FTA-ABS é uma reação não específica.
e) A cardiolipina é um antígeno treponêmico.

06) Sobre sífilis congênita, é correto afirmar:


a) A probabilidade de transmissão vertical do T. pallidum depende do estágio da
sífilis na mãe, mas não da duração da exposição da infecção no feto.
b) Não há possibilidade de transmissão direta do T. pallidum por meio do contato
da criança pelo canal de parto, se houver lesões genitais maternas.
c) A transmissão vertical do T. pallidum ocorre somente nas primeiras semanas da
gestação.
d) A taxa de infecção da transmissão vertical do T. pallidum em mulheres não
tratadas é maior nas fases tardias da infecção materna (latente tardia e
terciária).
e) Pode ocorrer aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal a partir de
mães não tratadas.

07) A tríade de Hutchinson, formada por dentes incisivos medianos deformados,


ceratite intersticial (inflamação de córnea) e surdez, é encontrada como
manifestação de qual infecção congênita?
a) Citomegalovirose.
b) Toxoplasmose.
c) Hepatite B.
d) Sífilis.
e) Rubéola.

08) Gestante de 17 anos, fez pré natal em Unidade Básica de Saúde, tendo entre os
seus exames, VDRL não reagente. O parto foi normal, na 36ª semana de
gestação. Recém-nascido (RN) assintomático, nasceu com peso de 1935g e
comprimento de 44,5cm. VDRL da mãe e do RN=1:8. Realizada coleta do liquor
do RN, cujo resultado foi: leucócitos 40/mm³ (predomínio de neutrófilos),
eritrócitos 2/mm³ , proteína 230mg/dL e VDRL não reagente. Qual o
diagnóstico e conduta para o RN?
a) Sífilis Congênita / Penicilina Procaína por 10 dias
b) Sífilis Congênita / Penicilina cristalina por 10 dias
c) Neuro Sífilis Congênita / Penicilina Cristalina por 10 dias
d) Neuro Sífilis Congênita / Penicilina Cristalina por 14 dias
e) Sífilis Congênita/ Penicilina Benzatina dose única

QUESTÕES DE HEPATITES

01) Homem, 58 anos de idade, com cirrose hepática secundária ao vírus da


hepatite B. HMA: apresentou episódio único de hematêmese há 4 horas. EF:
BEG; hipocorado +/4+; afebril; ictérico +/4+; FC = 104 bpm; PA = 100 x 70
mmHg; ausculta respiratória sem alterações; abdome plano; ruídos hidroaéreos
normoativos; fígado não palpável; presença de macicez móvel. Evolução: após
medidas de estabilização clínica, iniciou-se terlipressina (2 mg, EV). Foi
realizada endoscopia digestiva alta que evidenciou varizes esofágicas
sangrantes. Qual a melhor conduta nesse momento?
a) Betabloqueador não seletivo.
b) Dissacarídeo não absorvível.
c) Cefalosporina de terceira geração.
d) Albumina endovenosa
02) Entre as recomendações para a mulher portadora de hepatite C que consulta
na avaliação pré-gestacional inclui-se:
I.Indicar uso de medicamentos para HCV durante a gestação;
II.Preparar-se para não amamentar e fornecer apenas leite artificial ao bebê;
III.Tratar o HCV antes da gestação.
Quais estão CORRETAS?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.

03) Considerando o manejo de pacientes com diagnóstico estabelecido de hepatite


viral B crônica, marque a alternativa correta:
a) O médico assistente não deve solicitar exames adicionais para confirmar
reativação da hepatite viral crônica controlada quando seu paciente apresentar
oscilações para cima dos valores hepatotransferases ALT, pois este parâmetro é
inespecífico e não inespecífico e não infere lesão hepática.
b) O médico assistente deverá solicitar exames adicionais para o seu paciente
caso os níveis séricos do antígeno viral AgHBe tornem-se detectáveis ou
aumente de valor, pois a presença deste antígeno sugere infecção viral ativa.
c) O médico assistente deve solicitar dosagens rotineiras de anticorpos anti-HBc
pois a presença de anticorpos do tipo IgM fecham o diagnóstico de agudização
da hepatite crônica.
d) Indivíduos que foram vacinados contra o VHB têm um perfil sorológico
indistinguível do de pacientes com hepatite viral B crônica, o que torna a
investigação clínica desafiadora.
e) O aparecimento de dosagem positiva do antígeno da superfície viral AgHBe em
um exame de rotina de um paciente com hepatite B crônica previamente
controlada não tem valor diagnóstico ou prognóstico.

04) Em caso de suspeita de HEPATITE B AGUDA, marque a alternativa correta:


a) A detecção molecular de partículas virais na fase aguda não tem valor
diagnóstico
b) A detecção no soro de anticorpos anti-HBs garante o diagnóstico de exposição
natural ao vírus durante a fase aguda da infecção
c) Durante a fase hiperaguda da hepatite viral B é possível detectar o antígeno
solúvel do vírus (AgHBs) e também de anticorpos contra o antígeno do core
viral (anti-hBc) do tipo IgG.
d) O perfil sorológico de alguém que recebeu vacina para hepatite viral B é:
AgHBs (-), PCR viral (-), anti-HBc IgM (-), anti-HBc IgG (-) e anti-HBs (+).
e) O perfil sorológico: AgHbs (-), PCR viral (-), anti-Hbc IgM (-), anti-HBc IgG (-),
anti-HBs (+), sugere fortemente hepatite viral crônica controlada.

05) A indicação médica para a suspensão do aleitamento materno é um evento


pouco frequente. Em algumas circunstâncias, o aleitamento materno, no
recém-nascido de termo, tem sua suspensão questionável e deve ser discutido
conjuntamente com a família, sua indicação ou suspensão. O exame materno
que se positivo indicaria uma dessas circunstâncias é:
a) Parvovírus.
b) Cytomegalovirus.
c) HIV.
d) Hepatite C.
e) HBsAg.

06) Um paciente com 35 anos de idade, usuário de drogas injetáveis, procurou o


médico com história de icterícia, colúria e adinamia havia seis dias. Ao exame
físico, constataram-se icterícia e hepatomegalia, e os exames laboratoriais
revelaram a existência de 800U/L de AST (TGO), 1.000U/L de ALT (TGP) e a
presença dos seguintes marcadores virais: HbsAg+, IgM anti-HBc, IgM anti-
VHA+ e anti HBc+. Nesse caso, o diagnóstico etiológico é de hepatite aguda.
a) Pelo VHA e pelo HVB
b) Inicial pelo VHB
c) Pelo VHB, em portador crônico do VHA
d) Pelo VHA, em paciente imune para VHB
e) Pelo VHA, em portador crônico de VHB

07) Sobre as hepatites agudas, é correto afirmar:


a) Nas hepatites agudas de etiologia viral, os anticorpos virais começam a estar
presentes a partir da fase ictérica
b) Os níveis séricos de bilirrubinas totais e frações (direta e indireta) estão
elevados, por isso ocorre a icterícia
c) Habitualmente são observadas elevações discretas das aminotransferases
d) A hepatite aguda se caracteriza como um processo autolimitado, não
deixando sequelas hepáticas após a sua resolução.
e) Na hepatite A, a maior probabilidade de transmissão é por ingestão de
alimentos contaminados

08) É fundamental para o estadiamento da hepatite crônica de natureza


inflamatória:
a) Presença de hepatite de interface.
b) Presença de fibrose perisinusoidal.
c) Presença de inflamação lobular.
d) Presença de fibrose portal e septal.
e) Presença de necrose isolada de hepatócitos.

09) Em relação ao Vírus da Hepatite C (VHC) e ao Vírus da Hepatite B (VHB), pode-


se afirmar que:
a) VHC apresenta menor virulência que o VHB.
b) A hepatite crônica ocorre em maior proporção em infectados pelo VHB.
c) O VHB apresenta maior infectividade que o VHC.
d) A forma crônica destas hepatites independe da idade de exposição ao vírus.
10) Com relação à vacina contra a hepatite B podemos afirmar, EXCETO:
a) Após três doses intramusculares de vacina contra hepatite B, mais de 90% dos
adultos jovens e mais de 95% das crianças e adolescentes desenvolvem
respostas adequadas de anticorpos.
b) A vacina tem eficácia de 80% a 100% em prevenir a infecção ou a doença clínica
naqueles que recebem o esquema completo.
c) As pessoas que responderam à vacina apresentam resposta anamnéstica
quando em contato com o vírus, demonstrando que as vacinas induzem
memória imunológica, por isso, até o momento, não se recomenda revacinação
de pessoas imunocompetentes.
d) Com o tempo, os títulos de anticorpos podem cair e até se tornar
indetectáveis, sobrevindo doença sintomática e infecção crônica persistente.

11) O critério morfológico fundamental para o diagnóstico de hepatite crônica é:


a) Infiltração linfoplasmocitária difusa no parênquima
b) Fibrose portal e perisinusoidal
c) Fibrose e infiltração inflamatória mononuclear nos espaços porta
d) Esteatose macrovacuolar dos hepatócitos na zona 3 do ácino
e) Inflamação crônica granulomatosa dos espaços porta.

12) Mulher, 25a, manicure, foi encaminhada por apresentar-se ictérica. Na


investigação, foi identificada sorologia positiva para o vírus da hepatite C. É
CORETO afirmar que:
a) O HCV é um vírus DNA com elevado potencial de cronificação, bem como
evolução para hepatocarcinoma.
b) No caso agudo sintomático, não há a recomendação de tratamento antiviral.
c) O clareamento viral espontâneo ocorre, em geral, nas primeiras 12 semanas
de infecção.
d) A resposta viral sustentada é muito baixa na infecção aguda por HCV.

13) Acerca das hepatites virais podemos afirmar: as hepatites crônicas virais têm
quadros morfológicos distintos das relacionadas com outras etiologias.
a) Verdadeiro
b) Falso

14) Analise a afirmativa e classifique em verdadeira ou falsa. As infecções pelo vírus


da hepatite A são sempre benignas.
a) Verdadeiro
b) Falso

15) Assinale a alternativa correta sobre a Hepatite C.


a) Tem como formas preferenciais de transmissão a hemodiálise e a transfusão
de sangue e hemoderivados.
b) A cirrose hepática ocorre em 20% dos pacientes com hepatite C crônica, ao
longo de um período de 20 a 30 anos.
c) O objetivo do tratamento é a resposta virológica sustentada, indicada pela
indetectabilidade do anti-HCV na 12ª ou 24ª semana de seguimento pós-
tratamento.
d) Nos pacientes com cirrose hepática instalada, a erradicação do vírus C
remove o risco de hepatocarcinoma ou descompensação clínica.
e) Os medicamentos orais de ação direta contra o vírus C podem piorar
arritmias pré-existentes, devendo, nesses casos, fazer uso concomitante de
amiodarona durante o tratamento.

16) Em relação aos marcadores de acompanhamento da infecção na hepatite viral B,


é incorreto afirmar:
a) O anti-HBc total determina a presença de anticorpos tanto da classe IgM
quanto da classe IgG.
b) Anti-HBc IgM é o marcador de infecção recente, encontrado no soro até 32
semanas após a infecção.
c) Anti-HBc IgG é o marcador de infecção passada que caracteriza o contato
prévio com o vírus, permanecendo geralmente por toda a vida nos indivíduos
que tiveram infecção pelo vírus da hepatite B.
d) O anti-Hbe caracteriza a fase de replicação viral e, quando reagente, indica
alta infecciosidade.
e) O anti-HBe surge após o desaparecimento do HBeAg e indica o fim da fase de
replicação viral.

17) Paciente, 20 anos, sexo masculino, feirante, hígido até então, cursa com fadiga,
adinamia e perda de apetite há 5 dias. Teve alguns vômitos e notou olhos
amarelados, além de urina manchando a roupa. Nega uso de medicações, chás.
Fígado a 1cm da RCD, borda lisa e fina, sem esplenomegalia. Laboratório:
ALT1300UI, AST1060; BT:2mg%; proteína total: 8mg/mL; albumina: 4,5mg/mL.
Nega transfusões sanguíneas, uso de drogas injetáveis e sexo desprotegido.
Considerando a causa mais provável, o teste sorológico confirmatório é:
a) IgM e anti VHA
b) AgHBs
c) IgM e antiHBs
d) RNA do VHC
e) Dosagem de radicais livres e seus aductos

18) Considere as fases de evolução da hepatite B crônica (imunotolerância,


imunoclearance, portador inativo e reativação):
1. Esgota-se a tolerância imunológica diante das tentativas do sistema imune em
eliminar o vírus. Em função disso, há agressão dos hepatócitos nos quais ocorre
replicação viral, gerando elevação das transaminases. Aos pacientes que
apresentam o HBeAg reagente, que traduz replicação viral, indica-se tratamento
dentro dos critérios de inclusão.
2. Essa fase é caracterizada por níveis muito baixos ou indetectáveis de replicação
viral, normalização das transaminases e, habitualmente, soroconversão
HBeAg/anti-HBe. Nesse caso, o sistema imunológico do hospedeiro impôs-se ao
vírus, reprimindo a replicação viral, mas a eliminação do VHB não pode ser
realizada pelo fato de o DNA viral se integrar ao núcleo dos hepatócitos do
hospedeiro.
3. A reativação viral ocorre com retorno da replicação. Esse fenômeno pode dar-se
por imunossupressão no hospedeiro em decorrência de quimioterapia, uso de
imunossupressores ou por mutações virais, permitindo o retorno da replicação
pelo escape à vigilância imunológica do hospedeiro.
4. Elevada replicação viral, sem evidências de agressão hepatocelular, e o sistema
imunológico do hospedeiro é induzido a tolerar a replicação viral; por isso, as
aminotransferases estão normais ou próximas do normal e há pouca atividade
necroinflamatória no fígado. Assinale a alternativa que apresenta a numeração
correta em relação à sequência das fases da doença, de cima para baixo.
a) 2 – 1 – 4 – 3.
b) 1 – 4 – 2 – 3.
c) 4 – 2 – 3 – 1.
d) 4 – 1 – 2 – 3.
e) 3 – 2 – 4 – 1.

19) Em relação aos agentes etiológicos das hepatites virais, assinale verdadeiro ou
falso. O vírus A é um pequeno vírus de DNA sem invólucro.
a) Verdadeiro
b) Falso
20) Um homem de 40 anos se apresenta para doação de sangue no banco de sangue
de um hemocentro. Responde ao questionário padrão e é colhida uma amostra de
sangue. É comunicado que não poderá ser doador por apresentar exame positivo para
anticorpo anti-HCV e é encaminhado para seguimento médico. A conduta a seguir com
maior potencial de benefÍcio para o paciente é solicitar:
a) biópsia de fígado.
b) HCV-RNA.
c) ressonância nuclear magnética de abdome.
d) ultrassonografia de abdome superior.
e) dosagem de transaminases, bilirrubinas e tempo de protrombina.

21) Denise tem 06 anos; foi levada ao Centro de Saúde por sua mãe, com queixa de
icterícia há 3 dias. HMA: A criança vinha bem, quando há 1 semana começou a ter
febre moderada, mal estar geral, náuseas, dores musculares, prostração e anorexia. Há
3 dias surgiu icterícia, urina de cor amarelo carregado, e as fezes tornaram-se claras,
cor de areia. Melhorou dos sintomas gerais. Ao exame físico, o médico do CS observou:
peso – 18 Kg. Estatura – 1,18m, Icterícia em escleróticas ++/IV. Mucosas
normocrômicas. TCSC – sem edemas. Pescoço – sem estase de jugulares. Ap.
respiratório e circulatório – sem alterações. Abdome – fígado a 3 cm do RCD e do AX,
doloroso, borda romba, superfície lisa. Baço impalpável. Extremidades – sem
alterações. Com relação à conduta médica diagnóstica do caso acima, caso a suspeita
seja HEPATITE VIRAL A, marque a alternativa correta:
a) Para diagnóstico de hepatite viral A hiperaguda, o médico do CS deve solicitar
sorologia antivírus da hepatite a (VHA) do tipo IgG.
b) A produção de anticorpos IgG contra o VHA em concentrações que podem ser
usadas para inferência diagnóstica ocorre simultaneamente ao aparecimento dos
sintomas agudos da doença.
c) A detecção de anticorpos anti-VHA do tipo IgM sugere infecção crônica pelo vírus.
d) Durante a apresentação clínica da hepatite A aguda, é possível detectar a
presença do VHA nas fezes por ensaios moleculares.
e) Não há necessidade de realizar teste molecular ou sorológico para fechar o
diagnóstico de hepatite viral A aguda, pois a apresentação clínica é muito típica com
achados patognomônicos.

22) Em caso de suspeita de HEPATITE B AGUDA, marque a alternativa correta:


a) A detecção molecular de partículas virais na fase aguda não tem valor diagnóstico
b) A detecção no soro de anticorpos anti-HBs garante o diagnóstico de exposição
natural ao vírus durante a fase aguda da infecção
c) Durante a fase hiperaguda da hepatite viral B é possível detectar o antígeno solúvel
do vírus (AgHBs) e também de anticorpos contra o antígeno do core viral (anti-hBc) do
tipo IgG.
d) O perfil sorológico: AgHbs (-), PCR viral (-), anti-Hbc IgM (-), anti-HBc IgG (-), anti-HBs
(+), sugere fortemente hepatite viral crônica controlada.
e) O perfil sorológico de alguém que recebeu vacina para hepatite viral B é: AgHBs
(-), PCR viral (-), anti-HBc IgM (-), anti-HBc IgG (-) e anti-HBs (+).

23) Entre as recomendações para a mulher portadora de hepatite C que consulta na


avaliação pré-gestacional inclui-se:
I.Indicar uso de medicamentos para HCV durante a gestação;
II.Preparar-se para não amamentar e fornecer apenas leite artificial ao bebê;
III.Tratar o HCV antes da gestação.
Quais estão CORRETAS?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.

24) Mulher de 50 anos vem à unidade básica para mostrar exames colhidos na unidade
de pronto atendimento há 20 dias, após um quadro de cansaço e dor abdominal. A
paciente refere que na ocasião apresentou quadro de cansaço e náusea, com icterícia
que melhorou com alguns dias. Dentre os exames estavam as sorologias que
seguem:Hep B: Ag HBs +, Ag HBe -, Anti HBc +, Anti HBe +, Anti HBs -. Hep C : não
reagente. Qual o diagnóstico e possíveis desfechos para esse caso?
a) Hepatite B crônica. Pode evoluir para cirrose ou cura.
b) Hepatite B aguda. Pode evoluir para cura, cronificação ou hepatite fulminante.
c) Hepatite B curada. Não há desfecho apreciável.
d) Hepatite B crônica. Pode evoluir para neoplasia.
e) Hepatite B aguda. Pode evoluir para cura, cirrose ou cronificação.

25) Paciente feminina, de 34 anos, sem outras comorbidades, com história de hepatite
B crônica, apresenta os seguintes resultados laboratoriais: HBsAg (+); antiHBc (+);
HBeAg (-); anti-HBe (+); anti-HBs (+); HBV-DNA 80.000 U/mL; ALT 218 U/L (valor normal
até 31) e AST 189 U/L (valor normal até 41). A paciente não apresenta evidências de
cirrose hepática. Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, a droga recomendada para
tratamento desta paciente é:
a) Lamivudina.
b) Entecavir.
c) Tenofovir.
d) Adefovir.

26) Mulher, 57 anos, em tratamento para hepatite B crônica, mutante pré-core com
tenofovir há 12 meses, traz exames: carga viral para o vírus B: não detectado; Anti-Hbs
= não reagente; HbsAg = reagente; Anti-HbeAg = reagente; e Hbe Ag = não reagente;
TGo = 18; TGP = 27. Sobre esse caso, são propostas as seguintes medidas:
I. Manter a medicação (tenofovir);
II. Reavaliar em 6 meses com transaminases, Anti-Hbs, HbsAg, Anti-Hbe, HbeAg e carga
viral;
III. Encaminhar para vacinação da hepatite B, pois o anti-Hbs é negativo.
Quais estão CORRETAS?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.

27) Um homem de 40 anos se apresenta para doação de sangue no banco de sangue


de um hemocentro. Responde ao questionário padrão e é colhida uma amostra de
sangue. É comunicado que não poderá ser doador por apresentar exame positivo para
anticorpo anti-HCV e é encaminhado para seguimento médico. A conduta a seguir com
maior potencial de benefÍcio para o paciente é solicitar
a) biópsia de fígado.
b) HCV-RNA.
c) ressonância nuclear magnética de abdome.
d) ultrassonografia de abdome superior.
e) dosagem de transaminases, bilirrubinas e tempo de protrombina.

28) É fundamental para o estadiamento da hepatite crônica de natureza inflamatória:


a) Presença de hepatite de interface.
b) Presença de fibrose perisinusoidal.
c) Presença de inflamação lobular.
d) Presença de fibrose portal e septal.
e) Presença de necrose isolada de hepatócitos.

29) Paciente, 20 anos, sexo masculino, feirante, hígido até então, cursa com fadiga,
adinamia e perda de apetite há 5 dias. Teve alguns vômitos e notou olhos amarelados,
além de urina manchando a roupa. Nega uso de medicações, chás. Fígado a 1cm da
RCD, borda lisa e fina, sem esplenomegalia. Laboratório: ALT1300UI, AST1060; BT:2mg
%; proteína total: 8mg/mL; albumina: 4,5mg/mL. Nega transfusões sanguíneas, uso de
drogas injetáveis e sexo desprotegido. Qual a causa mais provável?
a) Hepatite aguda causada pelo vírus A
b) Hepatite aguda causada pelo vírus B
c) Hepatite aguda causada pelo vírus C
d) Hepatite autoimune
e) Hepatite tóxica ocupacional

30) Analise a afirmativa e classifique em verdadeira ou falsa. As infecções pelo vírus da


hepatite A são sempre benignas.
a) Verdadeiro
b) Falso

31) Assinale a alternativa correta sobre a Hepatite C.


a) Tem como formas preferenciais de transmissão a hemodiálise e a transfusão de
sangue e hemoderivados.
b) A cirrose hepática ocorre em 20% dos pacientes com hepatite C crônica, ao longo
de um período de 20 a 30 anos.
c) O objetivo do tratamento é a resposta virológica sustentada, indicada pela
indetectabilidade do anti-HCV na 12ª ou 24ª semana de seguimento pós-tratamento.
d) Nos pacientes com cirrose hepática instalada, a erradicação do vírus C remove o
risco de hepatocarcinoma ou descompensação clínica.
e) Os medicamentos orais de ação direta contra o vírus C podem piorar arritmias pré-
existentes, devendo, nesses casos, fazer uso concomitante de amiodarona durante o
tratamento.

32) A indicação médica para a suspensão do aleitamento materno é um evento pouco


frequente. Em algumas circunstâncias, o aleitamento materno, no recém-nascido de
termo, tem sua suspensão questionável e deve ser discutido conjuntamente com a
família, sua indicação ou suspensão. O exame materno que se positivo indicaria uma
dessas circunstâncias é:
a) Parvovírus.
b) Cytomegalovirus.
c) HIV.
d) Hepatite C.
e) HBsAg.

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