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MEDICINA VETERINÁRIA
ANGIOSTRONGYLUS CANTONENSIS
ANDRADINA - SP
2023
SUMÁRIO
1. Introdução;
2. Classificação;
3. Caracterização Morfológica;
4. Ciclo de Vida;
5. Sintomatologia;
6. Patogenia;
7. Diagnóstico;
8. Tratamento e Controle;
2.0 CLASSIFICAÇÃO
Filo: Nematoda.
Classe: Secernentea.
Ordem: Strongylida.
Superfamília: Metastrongyloidea.
Família: Protostrongylidae.
Subfamília: Angiostrongylinae.
As larvas infectantes (L3) podem permanecer por períodos variados nos tecidos do
caramujo e ao serem deglutidas pelos hospedeiros definitivos, passam então
rapidamente ao longo do intestino delgado até ao íleo inferior, onde penetram nos
vasos e por via hematológica ocorre a sua disseminação, ocorrendo a quebra da
barreira hematoencefálica, e invadem o sistema nervoso central, onde realizam
muda para L4 e, via circulação sanguínea, passam pelo ventrículo direito e atingem
as artérias pulmonares, onde mudam para L5 e atingem a maturidade sexual. O
principal roedor sinantrópico responsável pela perpetuação do nematoide é R.
norvegicus (ratazana).
5.0 SINTOMATOLOGIA
Entre 38 a 49% dos pacientes apresentam-se sinais clínicos como: diplopia ou leve
turbidez visual, náuseas e vômitos. Fraqueza muscular, dor orbital, ataxia,
pneumonite eosinofílica, dores no corpo, convulsões, paralisia facial, sonolência e
retenção ou incontinência urinária são as manifestações clínicas menos frequentes.
Em cerca de 1% dos casos clínicos pode ocorrer migração de larvas para o globo
ocular, o que pode levar a sequelas permanentes ou até mesmo ao deficit da
acuidade visual.
6.0 PATOGENIA
7.0 DIAGNÓSTICO
O exame do liquor, líquido existente dentro das meninges extraído por punção
lombar, é fundamental para o diagnóstico diferencial das meningites, sejam elas
provocadas por vírus, bactérias ou vermes. A concentração de eosinófilos (células
de defesa do organismo) e a pressão anormal no líquido cefalorraquidiano é
indicativa da presença dos parasitas responsáveis pela ocorrência da meningite
eosinofílica. Na angiostrongilíase abdominal, ovos e larvas podem ser identificados
nos tecidos removidos durante a cirurgia. O diagnóstico laboratorial é feito por
microscopia e comparações com outros parasitas intestinais. O diagnóstico
diferencial é feito com: neurocisticercose, paragonimiase, equinococose,
gnathostomíase, meningite tuberculosa, meningite aséptica, neurossífilis, Toxocara
spp, e Baylisascaris procyonis.
Não existem vacinas contra a meningite eosinofílica. Crianças e pessoas que entram
em contato com a terra em hortas, canteiros ou jardins são consideradas grupos de
risco para a doença. Até o momento, a única possibilidade de prevenção é evitar o
contato com os vetores ou com as secreções que eles eliminam.