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Fisioterapia Dermatofuncional

Úlcera

Mst: Amanda Godoy


Sumário
 Considerações Anatômicas

 Processo de Cicatrização

 Fisiopatologia das Úlceras

 Avaliação Fisioterapêutica

 Recursos Fisioterapêuticos
Considerações Anatômicas
Epiderme, Derme, Hipoderme

PELE

SISTEMA
TEGUMENTAR +
ANEXOS
SUBCUTÂNEOS

Pêlos, Glândulas e Unhas


A Pele
➢ Camadas da pele

EPIDERME

DERME

HIPODERME

Enciclopedia britänica, 2010


E quando a pele é lesada?

Lesão
Processo de Cicatrização

IMEDIATO
PELE LESADA PROCESSO DE
CICATRIZAÇÃO

➢ Fase Inflámatória;
➢ Proliferação;
➢ Maturação e Remodelagem

Ministério da Saúde(2002)
Fatores que interferem na cicatrização

 Pressão contínua  Alcoolismo

 Edema  Diabetes mellitus

 Infecção  Hanseníase

 Técnicas de curativos  Hipertensão Arterial Sistêmica

 Idade  Doenças Reumáticas

 Aporte nutricional  Agentes tópicos inadequados

 Tabagismo
ÚLCERAS
Perda circunscrita ou irregular do tegumento podendo atingir tecido
subcutâneo e adjacentes

Neurotróficas

Arterial / Venosa Úlceras Hipertensiva

Pressão

Mandala (2009)
Incidência
 Úlcera de pressão:
 0,4% a 38% em pacientes internados

 25% a 85% em paraplégicos

 Úlcera venosa: 0,5 a 2% da população adulta

Alteração
Impacto
na
social e
qualidade
econômico
de vida
Classificação das Úlceras

- Cirúrgica
Causa da lesão
-Não Cirúrgica

Tempo de - Agudas
Classificação
Reparação -Crônicas

Profundidade - Grau I, II, III, IV


Classificação: Profundidade
• Epiderme
• Pele íntegra
GRAU I
• Hiperemia/ descoloração/
endurecimento

• Perda Parcial da Epiderme e ou Derme


GRAU II • Úlcera Superficial
• Escoriaficação ou bolha

GRAU III • Epiderme, Derme e Hipoderme

• Epiderme, derme, hipoderme


GRAU IV
• Tecidos profundos
Mandala (2009)
ÚLCERA NEUROTRÓFICA
Neuropatia periférica ocorre por uma diabete não
controlada por longo tempo, sendo que a glicose Alterações de
(açúcar) se deposita em vasos e nervos gerando
a disfunção. Como lesão sensitiva motora. sensibilidade e/ou
Hanseníase, alcoolismo.. anestesia

NEUROPATIA Lesões sensitivas e Fraqueza e/ou atrofia


PERIFÉRICA motoras muscular

Anidrose

SBD, 2009
ÚLCERA VENOSA

● Incompetência valvular

INSUFICIÊNCIA ● Obstrução do fluxo venoso


VENOSA CRÔNICA ● Hipertensão venosa

● Deposição de fibrina

ISQUEMIA

ÚLCERA VENOSA
Etiologia:
• Imobilidade
• Insuficiência da bomba muscular
• Disfunção de válvula venosa
• Trombose
• Flebite

Características:
‾ Dor ‾ Únicas ou múltiplas
‾ ↑ de temperatura nas extremidades ‾ Pele – púrpura e hiperpigmentada
‾ Edema de MMII (dermatite ocre)
‾ Forma irregular, superficial ‾ Eczema ao redor da úlcera
‾ Exsudato amarelado
‾ Raro tecido necrótico
ÚLCERA ARTERIAL

INSUFICIÊNCIA
Isquemia Úlcera
ARTERIAL

Características

‾ Extremidades frias e escuras

‾ ↓ ou ausência das pulsações no pé

‾ Úlcera irregular, tendência a tecido necrótico

‾ Localizada nos tornozelos, maléolos e extremidades digitais

‾ Retardo no retorno da cor após a elevação do membro

‾ ↑ Dor com a elevação das pernas.


ÚLCERA HIPERTENSIVA
 Associada a HIPERTENSAO ARTERIAL SISTÊMICA, de difícil controle.

 Acomete mais mulheres, de 50 a 60 anos

Incapacidade
Estreitamento
de arterial Isquemia ÚLCERA
vasodilatação

Características:
‾ Dor intensa ‾ Pouco profunda
‾ Úlcera bilateral ‾ Fundo necrótico
‾ Face anterior, lateral e posterior da ‾ Exsudato escasso
perna
VENOSA ARTERIAL
‾ Borda irregular ‾ Borda irregular
‾ Base vermelha ‾ Base pálida e fria
‾ Edema ‾ Tendência de ser necrótica
‾ Pulsos presentes ‾ Pulsos reduzidos ou ausentes
‾ Eczema ‾ Cianose
ÚLCERAS DE PRESSÃO
Pressão contínua e Aplicada á
Isquemia ÚLCERA
prolongada pele e tecidos

Pressão intersticial excede a pressão intracapilar → deficiência de perfusão capilar →


impede o transporte de nutrientes ao tecido
Gera isquemia tecidual → liberação de fatores inflamatórios → aumenta edema → maior
compressão intersticial → maior inflamação → liberação de fatores de necrose tecidual.
Avaliação Fisioterapêutica
ANAMNESE

• Dados sociodermográficos

• Hábitos de vida: etilismo, tabagismo

• Doenças Associadas

• Tempo da lesão

EXAME FÍSICO

• Localização • Tipo de tecido

• Classificação da úlcera • Temperatura da pele

• Área • Achados clínicos

• Presença de exsudato • Registro Fotográfico


Tipo da Úlcera
Neurotrófica

Pressão Hipertensiva

Venosa Arterial
GRAUS

Grau I Grau II

Grau III Grau IV


Área da Úlcera
ÁREA= COMPRIMENTO X LARGURA

Arquico Pessoal
Dor e Edema
DOR EDEMA
 Perimetria
 Escalas de dor
 Sinal de Cacifo ou Godet

ESCALA DE CRUZES
- (+) 0,25 cm de depressão
(++) 0,50 cm de depressão
(+++) 0,75 cm de depressão
(++++) 1,0 cm de depressão

Fortunato (2013)
Tipo de Tecido

Arquico Pessoal
Tecido Cicatrizado

 Processo de reparo
e cicatricial

 Aproximação da pele para


formação da cicatriz
Tecido de epitelização

 Tem aspecto
branco rosado, que
migra a partir da
margem para o
centro da úlcera
Tecido de Granulação

 Tem aspecto vermelho,


brilhante e úmido

 O tecido doente tem


aspecto pálido-escuro,
podendo sangrar
espontaneamente
Tecido desvitalizado

 Úmido, amolecido,
de coloração
amarelada, branca
ou verde

Necessidade de debridar
Tecido Necrótico
 Varia de coloração, desde
a cor preta, cinza,
esbranquiçada, marrom,
até a esverdeada e preta.

 Corresponde ao tecido
morto, desidratado,
podendo estar presente
também o pus e o
material fibroso
7cm Comprimento
X =28cm²
4cm Largura

x x
x
6/4 6/5 6/6 6/7 x

10 10 10 10

3 3 2 1

3 3 3 3

16 16 15 14

6/4 6/5 6/6 6/7


CUIDADO!!!
 PÚS

 ODOR
SINAIS DE
 COLORAÇÃO ESBRANQUIÇADA INFECÇÃO

 DOR AUMENTADA

Abbade, Lastória (2006)


TRATAMENTO

CICATRIZAÇÃO

• Proliferação epitelial
• Fibroblastos
• Síntese e deposição: colágeno e elastina
• Revascularização
• Contração da ferida

Mandala (2009)
Recursos Fisioterapêuticos
Orientações,
Posicionamento
e Curativo

Fisioterapia
LASER Complexa
Descongestiva

Microcorrentes Alta Voltagem

Borges,2006
Orientações e Posicionamento
• Inspeção Diária
• Higiene e Hidratação cutânea
• Curativos e Medicamentos Tópicos
• Mudança de decúbito de 2 em 2 horas
Curativo
 Fácil aplicação e remoção, sem causar traumas.

 Proteger a úlcera contra traumas mecânicos e contra


infecções.

 Proporcionar condições favoráveis às atividades da vida diária


do doente.
Fisioterapia Complexa Descongestiva

➢ Favorece a circulação linfática e sanguínea


➢ ↑ Retorno venoso profundo

DRENAGEM
LINFÁTICA

CUIDADOS
COM A PELE

EXERCÍCIOS
TERAPIA
MIELO-
COMPRESSIVA
LINFOCINÉTICOS

Consensus Document of the International Society of Lymphology (2003), Ciucci et al. (2004), Soares et al. (2010)
Drenagem Linfática Manual
 No sentido da circulação linfática

 Carreia o excesso de líquido do interstício para o


circulação linfática

 ↓ acúmulo de líquido intersticial

 Estimula a circulação sanguínea e linfática;

Leduc (2000)
Manobras:
Estimulação dos linfonodos Manobra de Captação: Manobra de
Manobra de Evacuação Drena e absorve o líquido bracelete
intersticial

Contraindicações
 Erisipela  Estado febril
 Tromboflebites  Tumores malignos
 Hipertensão arterial  Cardiopatias
 Infecções descompensadas
 Inflamação aguda local

Leduc (2000)
Terapia de Compressão
• Mantém e melhora a circulação
• Deve ser funcional
• Pressão maior na região distal
Exercícios Mielolinfocinéticos

• Movimentos lentos,
rítmicos, sem dor e ativo
livre na máxima amplitude
• Exercícios resistidos de
baixa intensidade

Contraindicações da Fisioterapia Complexa Descongestiva


 Infecções (Erisipela, celulite)
 Estado febril
 Tumores
 Cardiopatias descompensadas
Cuidados com a pele
 Proteção ao sol
 Hidratação
 Ferimentos
 Higiene
Microcorrentes
(MENS- Microcurrent Electrical Neuromuscular Stimulations)

 Imitam e ampliam sinais bioelétricos minuciosos do corpo


 Correntes contínuas ou pulsadas

 Amplitude máxima de 1.000mA

 Frequência de 100Hz a 200Hz (áreas superficiais) 600 a 900Hz (para áreas


profundas)

 Duração de Pulso de 0,5 Seg

Permite a
↑ Fluxo da corrente Reestabelece a
bioeletricidade
endógena homeostase
entrar no tecido
EFEITOS DO MENS

ANALGESIA

BACTERICIDA ↓ EDEMA

Altera a
permeabilidade
vascular para
proteínas
EFEITO plasmáticas
ACELERA
ANTI- CICATRIZAÇÃO Ativação muscular
INFLAMATÓRIO – atividade do
linfângion
Contraindicações

 Alergia a corrente elétrica  Gestação

 Tumores  Marca-passo cardíaco

 Cardiopatias descompensadas  Osteosintéses


Korelo et al(2012);Borges (2006)
Alta Voltagem
 Corrente pulsada monofásica

 Alta amplitude de corrente de pico (2000 a 2500 mA)

 Pequena duração de pulso (5 a 20µs)

 Frequência: 100Hz

Melhora a circulação (aumento de


o2) induz no aumento de
fibroblastos e síntese de proteína.

Efeito: Bactericida, cicatrizante

Silva (2009)
↑ Transportes das
Estímulos Elétricos Controla infecção
membranas

Estimula Contração da
↑ Fluxo Sg e linfático Fagocitose
ferida

Estimula síntese: Cls Células da epiderme


↑ Oxigenação Epiteliais, DNA e migram para o centro da
fibroblastos úlcera
LASER (658nn)
Efeito Efeito Efeito
Bioquímico + Bioelétrico + Bioenergético

 ↑ do metabolismo

 ↑ a proliferação, maturação e locomoção:


 Fibroblastos, linfócitos e macrófagos

 Fatores de crescimento e proliferação celular

 ↑ a quantidade de tecido de granulação

 Acelerando o processo de cicatrização

 Cicatrização + Angiogênese
Arquivo Pessoal
LASER
Ação Anti- 1 a 3J/cm²
inflamatória

Ação Circulatória 1 a 3J/cm²

Ação Anti-álgica 2 a 3J/cm²

Ação Regenerativa 3 a 6J/cm²

3 a 6J/cm²

Modo: Pontual e Varredura

Kitchen (2003)
LED (Light Emitting Diode)
• Corrente elétrica emite luz com comprimento variável

-Bactericida
Led azul 470nn
-Anti-inflamatório

Gama de cores
↑Circulação
Led âmbar (Drenagem)
620nm ↑colágeno e
elastina
Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal
Obrigada!!!

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