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Anamnese: as bases teóricas

da entrevista médica

Professora: Leandra Ferreira Marques Nobre

Disciplina de Prática Médica Integrativa II

Ano 2023/1
ROTEIRO DA AULA

- APRESENTAÇÃO DA MATÉRIA
- BREVE HISTÓRICO
- CONCEITOS DA SEMIOLOGIA
- OBJETIVOS
QUADRO DE PROFESSORES:

Dr. Lucian Lucchesi Dra. Leandra Ferreira Marques Nobre


Dra. Rubia Bethania Biela Boaretto Dermatologista
Oncologista
Nefrologista Aulas teóricas de Termos Médicos e ética
Aulas teóricas de exame físico Aulas teóricas de exame físico de
no atendimento, Anamnese, Sinais Vitais,
aparelho respiratório, cardiovascular e cabeça e pescoço, aparelho Ectoscopia e Exame físico Dermatológico
neurológico. gastrointestinal. Práticas, nas quartas-férias às 13:30 nos
Práticas, nas quartas-feiras às 14:00 na Práticas, nas quartas-férias às 14:00 Ambulatórios do HU.
enfermaria do HU F2. na UOPECAN.
DEFINIÇÃO

- SEMIOLOGIA: deriva da palavra grega Semeyon = Sinal e de logos = Tratado.

- O estudo dos sintomas e sinais das enfermidades.

- Por meio dela podemos reconhecer os elementos das diversas patologias, síndromes e
enfermidades.

- É a ciência e a arte de estudar os sintomas e sinais das enfermidades no ser humano.

SEMIOTÉCNICA: Conjunto de procedimentos que o médico utiliza para conseguir a obtenção dos sinais.
Vale dizer que são as Habilidades Manuais Adquiridas com o objetivo de fazer evidentes as distintas
enfermidades.
DEFINIÇÃO

Propedêutica

O estudo da semiologia, com os seus sintomas e sinais, e a arte de


conseguir esses dados, através da semiotécnica, constituem o corpo da
Propedêutica Clínica, fundamentais para a boa prática da Medicina, para
um bom relacionamento médico-paciente e primeiro passo para orientar o
diagnóstico.

Prof. José Ramos Junior


OBJETIVOS DA SEMIOLOGIA

- Conhecer as estratégias utilizadas para o diagnóstico clínico.


- Escrever/coletar uma história clínica completa.
- Identificar e interpretar os sinais e sintomas das doenças.
- Reconhecer as principais síndromes e patologias da medicina.
- Identificar as condições sociais e ambientais do processo saúde-doença.
- Saber realizar e executar um exame físico completo.
- Aplicar as técnicas semiológicas em cada um dos aparelhos e sistemas do organismo.
- Saber para que servem os principais exames complementares.
- Aplicar o raciocínio clínico para gerar hipóteses diagnósticas.
Como praticar uma boa semiologia....
Como praticar uma boa semiologia....
DEFINIÇÃO

SINTOMA:

- Significa manifestação de enfermidade mediante sensações subjetivas da mesma.

- "Manifestação Subjetiva ou Objetiva" (local ou geral; funcional ou orgânica) de uma


enfermidade que o paciente é capaz de apreciar.

- Em outras palavras, é o relato das sensações do paciente que fazem referência a um


padecimento atual ou passado. (ex. Dor, Náuseas, Vertigem, calafrios, etc.)

- É uma sensação subjetiva anormal sentida pelo paciente e NÃO visualizada pelo examinador.
(dor, tontura, náusea, má-digestão, dormência...)
DEFINIÇÃO

SINAL:

- Significa indício de enfermidade e consiste na apreciação sistematizada das alterações pelo


médico.

- Dito em outros termos, entendemos por sinal ao "Fenômeno Objetivo" (que pode ser positivo
ou negativo) de certa afecção que pode ser constatado pelo médico mediante o Exame Físico
do paciente.

- Ou seja, é o que o médico investiga ou explora mediante a semiotécnica (usando a vista, as


mãos), instrumentos ou outros procedimentos ou técnicas. (ex. observação de icterícia
ou cianose, palpação de tumefacção ou edema, ausculta de sopro cardíaco, etc.)

- É um dado objetivo notado pelo examinador.

- Nem sempre é possível fazer uma distinção entre sintoma e sinal.


DEFINIÇÃO

SÍNDROME:

- É o "conjunto de sintomas e sinais" que ocorrem num determinado momento e circunstâncias e


que definem clinicamente determinado estado mórbido.

- Conjunto de sintomas e sinais que podem estar relacionados e/ou ser característicos de uma
enfermidade ou conjunto de enfermidades. (ex. Síndrome Febril, Síndrome Hipertiroidea,
Síndrome Meníngea, Síndrome Ictérica, Síndrome de condensação pulmonar, Síndrome de
Insuficiência Cardíaca, síndrome edemigênica, etc.).
DEFINIÇÃO

PRÓDROMO:

- (Pro = antes; dromos = caminho) Se designam assim aos sintomas imprecisos, triviais

e pouco claros que precedem uma enfermidade.


DIAGNÓSTICO

- Do grego diagnosis: ato de discernir, ou seja, de reconhecer uma dada enfermidade


por suas manifestações clínicas.

- É a parte da medicina que se ocupa de identificar e conhecer certa enfermidade,


baseando-se nos sintomas e sinais desta.

- A ele podemos chegar valendo-nos da semiologia e da clínica como dos exames


complementares.

- O Diagnóstico clínico é o reconhecimento de uma doença com base na anamnese


e exame físico.
DIAGNÓSTICO

TIPOS DE DIAGNÓSTICO:

1. ANATÔMICO: Requer o conhecimento do aparelho ou sistema comprometido. Modificações


anatômicas que podem ser encontradas ao exame clínico dos órgãos.

2. FUNCIONAL: Requer o conhecimento da função do aparelho ou órgão comprometido. Traduz


o distúrbio da função do órgão atingido pela enfermidade.

3. SINDRÔMICO: resulta do diagnóstico anatômico e funcional. Reconhecimento de uma


síndrome.

4. ETIOLÓGICO: requer o conhecimento da etiopatogenia. Identificação das causas de muitas


doenças.

Outros: anatomopatológico/histopatológico, radiológico, ultrassonográfico, eletrocardiográfico...


DIAGNÓSTICO

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:

- Consiste na análise comparativa das várias enfermidades que podem apresentar quadro
clínico semelhante, procurando-se eliminar sucessivamente as de menor probabilidade em
face dos dados disponíveis.

- Deve levar em conta as enfermidades prováveis em cada caso, e não todas as possíveis
causas de um ou mais sintomas apresentados pelo paciente.
DIAGNÓSTICO

Mecanismos do raciocínio diagnóstico:

- Base fundamental para diagnóstico correto: é o reconhecimento das manifestações clínicas,


em nível subjetivo e objetivo, das características pessoais do paciente e do meio social em que
vive.

- Coletar e organizar os dados clínicos sguindo um esquema clássico:

- Identificação
- Queixa principal
- História da doença atual
- Antecedentes pessoais e familiares
- História socioeconômica e cultural
- Interrogatório sintomatológico
(revisão dos sistemas ou ISDA)
- Exame físico
DIAGNÓSTICO

REVISÃO DE SISTEMAS/ISDA- interrogatório sobre os diversos aparelhos.

1. Sintomas gerais
2. Cabeça e pescoço (olhos/orelha
e nariz)
3. Aparelho respiratório
4. Aparelho circulatório
5. Aparelho gastrointestinal
6. Aparelho genitourinário
(homem/mulher)
7. Sistema nervoso
8. Psiquismo
9. Sistema locomotor
DIAGNÓSTICO

ANAMESE + EXAME FÍSICO

HIPÓTESES
ANATOMIA DIAGNÓSTICAS

FISIOLOGIA DIAGNÓSTICO
FISIOPATOLOGIA SINDRÔMICO

EXPERIÊNCIA CLÍNICA
EXAMES COMPLEMENTARES
DIAGNÓSTICO

CONCLUINDO....

1. Não seja demasiado sagaz


2. Não tenha pressa
3. Não tenha predileções
4. Não diagnostique raridades
5. Não tome um rótulo por diagnóstico
6. Não seja demasiado seguro de si
7. Não diagnostique simultaneamente duas doenças no mesmo paciente
8. Não hesite em rever seu diagnóstico, de tempo em tempo, nos casos crônicos.
PROGNÓSTICO

- Corresponde à emissão de um juízo sobre a evolução, complicação e finalização de


um processo mórbido que acomete um individuo.
TRATAMENTO

- É a execução racional das medidas terapêuticas empregadas para curar ou


amenizar uma determinada enfermidade.
RESUMO
A OBSERVAÇÃO CLINICA É A BASE FUNDAMENTAL DOS DIAGNÓSTICOS ANATÔMICOS FUNCIONAIS E ETIOLÓGICOS,
E CONSEQUENTEMENTE DE UM RACIONAL CIENTÍFICO E PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO

A OBSERVAÇÃO CLÍNICA CONSTA DAS SEGUINTES PARTES:


1- ANAMNESE
2- EXAME FÍSICO GERAL
3- EXAME FÍSICO ESPECIAL
4- DIAGNÓSTICOS ANATÔMICOS/FUNCIONAIS E ETIOLÓGICOS
- sugeridos, indicados ou confirmados pelas partes 1, 2 e 3, e que para sua confirmação...
5- EXAMES COMPLEMENTARES (PROPEDÊUTICA ARMADA)
- radiológicos, bioquímicos, microbiológicos, parasitológicos, endoscópicos, biópsias.....
6- DIAGNÓSTICO DEFINITIVO
7- PROGNÓSTICO
8- PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO
9- EVOLUÇÃO

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