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SEMIOLOGIA VETERINÁRIA

Profa. Ms. Lilian S. F. Blumer


PRAZER EM CONHECÊ-LOS!

 Lilian Stefanoni Ferreira Blumer


 Graduação em Medicina Veterinária pela Unesp - Campus Araçatuba (1997-2001).
 Residência em Clínica Médica de Pequenos Animais pela Unesp - Campus de Jaboticabal (2002-2004).
 Mestrado em Medicina Veterinária com ênfase em Nefrologia e Urologia de cães e gatos pela Unesp - Campus de
Jaboticabal (2004-2005).
 Doutoranda do Programa da Saúde da Criança e do Adolescente da UNICAMP
 Ministra aulas de Clínica Médica de Pequenos Animais, Fisiologia, Patologia Clínica, Enfermidades Parasitárias e
Semiologia na Faculdade Anhanguera Campinas.
 Realiza atendimento especializado em Nefrologia e Urologia de cães e gatos em Centros de Especialidades (VESP,
Centro Veterinário Cambuí, Cevet e Hospital Veterinário Verlengia) na cidade de Campinas/SP.

liliansfb78@gmail.com
OBJETIVOS

 Estudo dos métodos e meios de exame clínico para o diagnóstico das doenças que
acometem os animais domésticos. O conteúdo programático do curso é direcionado
basicamente ao exame do animal, incluindo as técnicas de pesquisa dos sinais e sintomas -
arte de explorar (Semiotécnica) e a interpretação dos resultados obtidos (Propedêutica).

 Proporcionar aos acadêmicos de Medicina Veterinária conhecimentos teóricos e práticos


relativos à seleção, execução e interpretação de exames laboratoriais subsidiários,
necessários ao estabelecimento do diagnóstico, bem como da avaliação da terapia
instituída nos diferentes processos mórbidos que acometem os animais domésticos.
Enfatiza-se a interpretação dos resultados frente ao caso clínico.
PROGRAMA DA DISCIPLINA (SEMIOLOGIA)

 Introdução ao Estudo da Semiologia e Métodos de Diagnóstico Clínico


 Plano de Exame Clínico dos Animais Domésticos
 Exame Semiológico da Pele e Anexos
 Exame Semiológico do Sistema Circulatório
 Exame Semiológico do Sistema Urinário
 Exame Semiológico do Sistema Digestivo
 Exame Semiológico do Sistema Respiratório
 Exame Semiológico do Sistema Nervoso e Locomotor
PROGRAMA DA DISCIPLINA (PATOLOGIA
CLÍNICA)
 Colheita e preservação de material biológico.
 Hemograma: eritrograma e leucograma.
 Avaliação Laboratorial das plaquetas e da coagulação do sangue
 Provas de função hepática.
 Provas de função renal.
 Exame de líquidos cavitários.
 Equilíbrio hídrico, eletrolítico e ácido-básico.
REGRINHAS BÁSICAS...

 As aulas teóricas ocorrerão na sala de aula da FAC3.

 As aulas práticas ocorrerão no hospital veterinário sob a orientação dos


professores responsáveis e com a participação dos demais membros dos
atendimentos médicos.

 Em função da manipulação de animais, secreções, etc., recomenda-se a


vacinação antirrábica (titulação prévia) e antitetânica.
REGRINHAS BÁSICAS...

 Todos os alunos deverão providenciar termômetro, estetoscópio, luvas de


procedimento, calculadora, caneta e caderno de anotações.

 Todos devem portar sempre traje obrigatório para aula prática: vestir jaleco ou
pijama cirúrgico e calçado fechado.

 Expressamente proibido o uso de calçado aberto (sandálias, chinelos, etc.),


shorts ou bermuda, boné e cabelo solto. O aluno que não se trajar devidamente
não poderá assistir ou participar das aulas práticas.
REGRINHAS BÁSICAS...

 Os slides das aulas serão disponibilizados somente após a aula ter sido
ministrada, sendo repassados ao representante dos alunos por email. Aconselha-
se anotar a matéria durante as aulas.

 Os artigos científicos e exercícios disponibilizados também por email para o


representante de sala. Os livros de referência básica dessa disciplina encontram-
se na Biblioteca.
ESTRATÉGIAS

 As aulas teóricas serão administradas ao longo do semestre, nas datas


estipuladas em sala de aula;

 Aulas expositivas; Quadro de giz; Retroprojetor; Projetor de slides; Data show.


SISTEMA DE AVALIAÇÃO

 A nota do 1º bimestre será computada a partir dos seguintes quesitos:

 Avaliação escrita teórica (70%);

 Trabalho multidisciplinar (30%).

 A nota do 2º bimestre será computada a partir dos seguintes quesitos:

 Avaliação escrita teórica + avaliação prática (70%);

 Trabalho multidisciplinar (30%)


SISTEMA DE AVALIAÇÃO

 A avaliação escrita será de cunho teórico, com 10 questões divididas em:

 08 questões objetivas: formato (V) ou (F) ou múltipla escolha;

 02 questões subjetivas de casos clínicos

 Grau de dificuldade das questões escritas

 04 questões de nível básico

 04 questões de nível adequado

 02 questões de nível avançado


SISTEMA DE AVALIAÇÃO

 A avaliação prática será realizada em grupo e os mesmos farão a resolução de 4


casos clínicos do conteúdo abordado no semestre e em seguida será realizada
uma arguição oral do grupo. A nota do aluno será individual e baseada no
desempenho na resolução dos casos clínicos e arguição oral.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA (SEMIOLOGIA)

 DIRKSEN,G.; GRÜNDER,H.D.; STÖBER, M. Rosenberger. Exame Clínico dos Bovinos. Guanabara-Koogan. 3ª ed. 1993.

 FEITOSA, F.L.F. Semiologia Veterinária. 3ª ed. Ed. Roca, São Paulo, 2014.

 RADOSTITIS,O.M.; MAYHEW,I.G.J.; HOUSTON,D.M. Exame clínico e diagnóstico em Veterinária. Ed. Guanabara


Koogan, 2002.

 SPEIRS, V.C. Exame Clínico de Eqüinos. Artmed, 1999


BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA (PATOLOGIA
CLÍNICA)
 COLES, E.H. Veterinary Clinical Pathology. 4 ed. Saunders, Philadelphia, 1986

 DUCAN, J.R. & PRASSE, K.W. Patologia Clínica Veterinária. Ed. Guanabara, Rio de Janeiro, 1986

 JAIN, N.C. Schalm's Veterinary Hematology. Lea & Febiger, Philadelphia, 1986

 PRATT, P.W. Laboratory Procedures for Animal Health Technicians. American Veterinary Publications. Sta. Bárbara, 1985.

 DUCAN. J.R. Veterinary Laboratory Medicine - Clinical Pathology. 3 ed. Jouva State University, 1994.

 JAIN, N.C. Essentials of Veterinary Hematology. Pennsylvania. Lea e Febiger, 1993

 KANEKO, J.J. et al. Clinical Biochemisty of Domestic Animals. 5 ed. Academic Press, 1997.

 THRALL, M.A. Veterinary Hematology and Clinical Chemistry. Lippincott. Williams & Wilkins. Philadelphia, 2004.

 WILLARD, M.D. Small Animal Clinical Diagnosis by Laboratory Methods. 2nd ed. W.B. Saunders, Philadelphia, 1994.
“As pessoas se esquecem do que ouvem;
lembram do que lêem;porém,
só aprendem,de fato, aquilo que fazem"

(Adão Roberto da Silva – Semiologia Veterinária a Arte do Diagnóstico)


PREMISSA I

A SEMIOLOGIA está baseada em três pontos fundamentais:

 Ética

 Relação médico-paciente

 Raciocínio científico
 Prefácio da sexta edição (2009)

 Semiologia Médica – Celmo Celeno Porto


PREMISSA II

SEMIOLOGIA OU PROPEDÊUTICA

 ANAMNESE e o EXAME FÍSICO são partes distintas do exame clínico,


que se complementam para o diagnóstico e nos orientam para a coerente
solicitação dos exames complementares e o tratamento.

RACIOCÍNIO CLÍNICO
MANDAMENTOS ESSENCIAIS

1. Não seja demasiadamente sagaz;

2. Não tenha pressa;

3. Não tenha predileções;

4. Não diagnostique raridades. Pense nas hipóteses mais simples;

5. Não tome um rótulo por diagnóstico e

6. Não tenha prevenções.


MEIOS SEMIOTÉCNICOS

1. Inspeção - VISUAL

2. Palpação - TATO

3. Percussão - AUDITIVA

4. Ausculta – AUDITIVA

5. Cheiro - OLFATO
INSPEÇÃO

"Comete-se mais erros por não olhar que por não saber."

 Investiga-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das


cavidades em contato com o exterior.

 Estado mental, postura e marcha, condição física ou corporal, estado


dos pêlos e pele, forma abdominal, entre outras

 Panorâmica X localizada

 Direta X indireta
PALPAÇÃO

"O sentir é indispensável para se chegar ao saber.“

António Damásio

 Fornece informações sobre estruturas superficiais ou profundas

 Tipos de consistência: mole, firme, dura, pastosa, flutuante e


creptante
AUSCULTAÇÃO
 A auscultação consiste na avaliação dos ruídos que os diferentes órgãos
produzem espontaneamente.

 Tipos de ruídos:

 Aéreos: movimentação de massas gasosas (movimentos inspiratórios).

 Hidroaéreos: movimentação de massas gasosas em um meio líquido (borborigmo


intestinal).

 Líquidos: movimentação de massas líquidas em uma estrutura (sopro anêmico).

 Sólido: atrito de duas superfícies sólidas rugosas (roce pericárdico nas pericardites).
PERCUSSÃO

 Através de pequenos golpes ou batidas, torna-se possível obter


informações sobre a condição dos tecidos adjacentes e, mais
particularmente, das porções mais profundas

 Tipos de sons:

 Claro

 Timpânico

 Maciço
OLFAÇÃO

 Exploração pelo olfato do clínico, empregado no exame das


transpirações cutâneas, do ar expirado e das excreções
APORTE HUMANO BÁSICO NECESSÁRIO:
1. Conhecimento

2. Habilidade

3. Atitude

TREINAMENTO E REPETIÇÃO

CONHECIMENTO DAS TÉCNICAS


CONHECIMENTO

1. Anatomia
Exames complementares

2. Fisiologia

3. Roteiro

4. Técnica

5. Integração de dados
DIAGNÓSTICO CORRETO!!!
ANATOMIA
FISIOLOGIA
1. Sístole

 Contração isovolumétrica, ejeção

 Abertura das válvulas aórtica e pulmonar e o fechamento das válvulas mitral


e tricúspide

 Primeira bulha cardíaca - TUM

2. Diástole

 Relaxamento isovolumétrico, contração atrial

 Abertura das válvulas mitral e tricúspide e o fechamento das válvulas aórtica


e pulmonar

 Segunda bulha cardíaca – TA ou TLA


AMBIENTE E POSIÇÃO ADEQUADOS
ATITUDE
VESTIMENTA / ROUPAS
MATERIAL PARA EXAME FÍSICO
MATERIAL PARA EXAME FÍSICO
Para se achar o anormal, primeiro tem que
se conhecer MUITO o normal
EXAME CLÍNICO

Identificação Prognóstico Tratamento

Anamnese Diagnóstico

Exames
Exame físico
complementares
PATOLOGIA CLÍNICA VETERINÁRIA
MEDICINA LABORATORIAL

 Especialidade médica fundamental e auxiliar do Clínico, que possibilita:


 Confirmação de diagnósticos clínicos;
 Elucidação de diagnósticos diferenciais;
 Orientação e avaliação da terapêutica;
 “Previsão” do curso das doenças (prognóstico).

 Grandes áreas: Hematologia (elementos do sangue), Bioquímica (composição


química dos fluidos orgânicos) e Uroanálise, Citologia, Parasitologia,
Microbiologia, Imunologia.
SANGUE

 Função
 Transporte: nutrientes, hormônios, produtos do catabolismo celular, CO2 e
O2;
 Defesa Imunológica
SANGUE

 Composição

 Água

 Sólidos: proteínas, fosfolipídeos, colesterol, enzimas, hormônios, minerais

 Células vermelhas

 Células brancas: neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos

 Plaquetas
PESO CORPÓREO
ESPÉCIE
 3. Volume sanguíneo mL/kg %

Cães 77-78 8-9

Gatos 62-66 6-7

Bovinos 66-77 7-8

Equinos 88-110 10-11

Ovelhas e cabras 62-66 6-7

Suínos 55 5-6

Animais de laboratório - 6-7


FONTE: Composição do Sangue - webciencia.com
HEMATOPOIESE

 Processo de formação e desenvolvimento das células sanguíneas

FONTE: unifenasresumida.blogspot.com
1. Órgãos envolvidos

 Medula óssea • Linfonodos


• Rins
 Fígado
• Estômago e intestino
 Baço

 Timo

 Bursa de Fabrícius
FONTE: HEMOPOIESE - enfermeirojr.zip.net
ERITROPOESE

 Fenômeno com diversas fases, onde ocorre:


 Síntese de DNA
 Mitose
 Síntese de hemoglobina com incorporação de Fe
 Perda do núcleo e organelas
 Produto final: glóbulo vermelho, anucleado, com reserva energética para uma
vida média útil e funcional com 120 dias.
ERITROPOESE

 Dura em média 7 dias (normalmente), sendo 5 dias de divisões e 2 de maturação


 Em casos especiais, cuja demanda é aumentada, pode aumentar seu potencial
de produção celular até 8 vezes.
 Passar a durar de 3 a 4 dias, por exemplo em casos de hemorragias
 Estímulo da eritropoetina
 Células imaturas no sangue
HEMOCATERESE

 Após cerca de 90 a 120 dias de atividade normal as hemácias circulantes são


destruídas em um processo chamado de hemocaterese que ocorre no baço,
fígado e medula óssea por lise por ação de macrófagos.
 Ocorre a liberação então da hemoglobina
 A cadeia globinica pode ser reaproveitada inteiramente ou na forma de
aminoácidos livres
 A fração porfirinica da heme será convertida em pigmentos biliares e excretado
por via fecal e urinaria.
LEUCOPOESE

 Origem e maturação de células brancas ou leucócitos, à partir de células


totipotentes, ou seja, células com alto poder de diferenciação encontrados na
medula óssea. Na Leucopoese formam-se células com graus variados de
diferenciação, morfologia e atividade mitótica. Cada tipo representando um
estágio. Alguns estágios se completam na medula ósseas e outros se completam
em órgãos linfóides.
PLAQUETAS

 As plaquetas se originem dos megacariócitos.


 As plaquetas geralmente circulam em concentração estável.
 Média de vida 8 a 11 dias. Estão sempre presentes no sangue mas não estão
ativas a menos que uma lesão tenha ocorrido nas paredes do sistema
circulatório.
 Função das Plaquetas:
 Manter a integridade dos vasos sanguíneos
 Formar tampões hemostáticos e promover a coagulação
EXERCÍCIOS

 Quais as substâncias necessárias para a produção dos eritrócitos (eritropoiese)?


 Qual é a vida média dos eritrócitos nas principais espécies dos animais
domésticos?
 Quantos dias aproximadamente são necessários para a produção dos eritrócitos?
EXERCÍCIOS

 Quais os exames que podem auxiliar o diagnóstico das anemias?

 Quais as principais causas das anemias nos animais domésticos?


SEJAM BEM VINDOS
Cada ESCOLA é uma escola

Cada PROFESSOR é um professor

Cada ALUNO é um aluno

Cada TURMA é uma turma

Que BOM que seja assim!!!

Sendo assim, vamos buscar o encontro dos nossos pontos comuns e CRESCER
JUNTOS com a troca do que existe de MELHOR em cada um de nós.

FELIZ 2017 PARA TODOS!


EXAME CLÍNICO

 1. Identificação do animal ou dos animais (resenha)

 2. Investigação da história do animal (anamnese)

 3. Exame Físico:

 Geral: avaliação do estado geral do animal (atitude, comportamento,


estado nutricional, estado de hidratação, coloração de mucosas, exame
de linfonodos, etc.) parâmetros vitais (frequência cardíaca, frequência
respiratória, temperatura, movimentos ruminais e/ou cecais);

 Especial: exame físico direcionado ao(s) sistema(s) envolvido(s)


EXAME CLÍNICO

 4. Solicitação e interpretação dos exames subsidiários (caso


necessário).

 5. Diagnóstico e prognóstico.

 6. Tratamento (resolução do problema).


IDENTIFICAÇÃO

1. Nome

2. Proprietário

3. Espécie

4. Sexo (castrado?)

5. Raça

6. Idade

7. Peso (antes sempre, muitas vezes, depois também).


Anamnese – é a história clínica

 “ Ouça o que o paciente diz, ele lhe contará o diagnóstico ”


 Willian Osler

Perguntas abertas Focadas Fechadas


Anamnese – é a história clínica

1. Entrevista médica:

 Parte mais importante do exame clínico

 Estabelece a relação cliente-veterinário

2. Arguição: linguagem acessível

 Ao transcrever ao prontuário: linguagem técnica


Princípios básicos para a obtenção da anamnese
 Motivação para ouvir o proprietário

 Evitar interrupções e/ou distrações.

 Dispor de tempo para ouvir o proprietário.

 Não desvalorizar precocemente as informações.

 Não se deixar levar pela suspeita do proprietário.

 Não demonstrar sentimentos desfavoráveis

 Saber interrogar o proprietário.

 Possuir conhecimentos teóricos sobre as enfermidades


ANAMNESE

a) Fonte e confiabilidade;

b) Queixa principal: manifestação imediata da doença do animal que fez com


que o proprietário procurasse atendimento veterinário
ANAMNESE

c) História médica recente (HMR): alterações recentes na saúde do animal


que levaram o proprietário a procurar auxílio médico. Descreve, com
maiores detalhes, a informação relevante para a queixa principal. Deve
responder a três perguntas básicas: o que, quando e como! A medicação
também deve ser questionada: o animal já foi medicado? Por quem? O
que foi dado? Qual a dosagem e intervalo? Por quanto tempo a medicação
foi administrada?
ANAMNESE

d) Comportamento dos órgãos (revisão dos sistemas):

 Sistema digestório: Alimenta-se bem? Bebe água normalmente? Está


defecando? Qual o tipo de fezes? apresenta vômito? Qual o aspecto?
Horário em que aparece? Tem relação com a ingestão de alimentos? Tem
alimentos não digeridos? Sangue?
ANAMNESE
 Sistemacardiorrespiratório. Cansa fácil? Estava acostumado a correr e já
não o faz mais? Tosse? Qual a frequência? Seca ou produtiva? É
frequente? Piora à noite ou após exercício? Qual o aspecto da
expectoração? Elimina sangue pelas narinas? Observou edema ou inchaço
em alguma parte do corpo ? O animal lhe parece fraco?
ANAMNESE
 Sistema genitourinário. Está urinando? Qual a frequência? Qual a
coloração? Qual o odor? Onde urina aparecem formigas? Sente dor
quando urina? Já pariu alguma vez? O parto foi normal? Quando foi o
último cio? Percebeu alguma secreção vaginal ou peniana? Apresentam
exposição peniana prolongada?

 Sistema nervoso. Apresentou mudanças de comportamento? Apresentou


convulsões? Apresenta dificuldade para andar? Tem dificuldade para
subir escadas? Anda em círculos? Apresenta tropeços ou quedas quando
caminha?
ANAMNESE
 Sistema locomotor. Está mancando? De que membro? Observou pancadas ou
coices?

 Pele e anexos. Coça? Muito ou pouco? O prurido é intenso? Chega a se


automutilar? Apresenta meneios de cabeça? Está apresentando queda de
pêlos?
ANAMNESE
 e) História médica pregressa (HMP): A história pregressa constitui a
avaliação geral da saúde do animal, antes da ocorrência ou da
manifestação da doença atual. De forma geral, inclui os seguintes
aspectos:

 Estado geral de saúde.

 Doenças prévias.

 Cirurgias anteriores.

 Imunizações, vermifugações, etc.


ANAMNESE

f) História ambiental e de manejo;

g) História familiar ou do rebanho.


EXAME FÍSICO

 Quanto mais quantitativa e qualitativa for a avaliação estrutural e


funcional, mais fácil será a formulação diagnóstica

TREINAMENTO E REPETIÇÃO

CONHECIMENTO DAS TÉCNICAS


EXAME FÍSICO

1. Geral

 Estado geral

 Nível de consciência

 Postura e locomoção

 Biotipo

 Dados vitais

2. Aparelhos e sistemas
CONTENÇÃO

Os principais objetivos da contenção de animais domésticos são:

 Proteger o examinador, o auxiliar e o animal.

 Facilitar o exame físico.

 Evitar fugas e acidentes como fraturas.

 Permitir procedimentos diversos (medicação injetável, curativos,


cateterização, exames radiográficos, colheita de sangue, etc.).
CONTENÇÃO

A contenção pode ser:

• Física

• Cães

• Gatos

• Química
INSPEÇÃO

1. Nível de consciência
2. Postura e locomoção
3. Condição física ou corporal
4. Pelame
5. Formato abdominal
6. Características respiratórias
7. Outros
INSPEÇÃO – NÍVEL DE CONCIÊNCIA
- Avaliado pela inspeção
- Medido pelo grau de excitabilidade do animal
- diminuída (apático)
- ausente (coma)
- normal
- aumentada (excitado)
- Considerar temperamento típico de cada espécie
OBSERVAÇÃO DO ANIMAL - POSTURA E LOCOMOÇÃO

- Animais saudáveis abordados em decúbito

- Atitudes anormais = enfermidade

- Animais doentes: cabeça baixa, se afastam do rebanho ou se levantam


com dificuldade, adoção de posições características

- Considerar comportamento típico da espécie


Observação do Animal
- Estado Nutricional -
- Inspeção e Palpação -

 Caquético
 Magro
 Normal
 Gordo
 Obeso

Não utilizar bom e ruim


Observação do Animal
- Pelame -
“ A pele é o espelho da saúde”

-Únicas ou múltiplas
-Simétricas ou assimétricas
-Medição do nível de desidratação
-Pêlos limpos, brilhantes ou eriçados, presença de ectoparasitas
Avaliação do estado de hidratação
Observação do Animal
- Avaliação dos Parâmetros Vitais -
 Frequência cardíaca (FC)
 Frequência respiratória (FR)
 Temperatura retal (TR)
VALORES DE REFERÊNCIA
FREQUÊNCIA CARDÍACA

Espécie/adulto Batimentos
cardíacos/min
Cães 60-160

Gatos 120-240

Equinos 28-40

Bovinos 60-80

Caprinos 95-120

Ovinos 90-115
VALORES REFERÊNCIA
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA

Espécie/adultos Movimentos
respiratórios/min
Cães 18-36

Gatos 20-40

Equinos 8-16

Bovinos 10-30

Caprinos 20-30

Ovinos 20-30
VALORES NORMAIS
TEMPERATURA CORPORAL

Espécie/adulto Temperatura retal (ºC)


Cães 37,5 – 39,2

Gatos 37,8 – 39,2

Equinos 37,5 – 39,2

Bovinos 37,8 – 39,2

Caprinos 38,6 - 40

Ovinos 38,5 - 40
MUCOSAS APARENTES

 Oculopalpebrais,nasal, bucal, vulvar, prepudal e anal.

 Alterações de coloração,presença de ulcerações, hemorragias e

secreções

 Úmidas e brilhantes. A tonalidade, de maneira geral, é rósea clara


 Alterações de coloração:

 Palidez (hipoperfusão ou anemia),

 Congestão (processo infeccioso ou inflamatório),

 Cianose (distúrbio da hematose) e

 Icterícia (retenção de bilirrubina nos tecidos)


PÁLIDA CIANÓTICA

CONGESTA ICTÉRICA
 Presença de corrimentos:

• Fluido: líquido, aquoso, pouco viscoso e transparente

• Seroso: mais denso que o fluido, mas ainda transparente (processos virais,

alérgicos e precede a secreção de infecções ou inflamações)

• Catarral: Mais viscoso, mais pegajoso, esbranquiçado.


 Purulento: mais denso e com coloração variável (amarelo-esbranquiçado,

amarelo-esverdeado). processos infecciosos, corpos estranhos).

 Sanguinolento: vermelho-vivo ou enegrecido. Pode resultar de traumas,

distúrbios hemorrágicos sistêmicos, processos patológicos agressivos, etc.


AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS
 Tamanho, consistência, sensibilidade, mobilidade e a temperatura e

sempre bilateralmente, o processo é localizado (uni ou bilateral) ou

generalizado;

 mandibulares ou maxilares; os retrofaríngeos; os cervicais superficiais ou

pré-escapulares; os pré-crurais ou pré-femorais; os poplíteos; os

mamários e os inguinais superficiais ou escrotais


Linfonodos examináveis na rotina clínica: 1 (mandibular) ; 2 (pré-escapular) ;3 (poplíteo) e 4 (inguinal
superficial - cão macho).
MÉTODOS COMPLEMENTARES DE EXAME

 "Atribuir a aparelhos o sucesso da clínica é o mesmo que atribuir a


arte de Picasso à marca dos seus pincéis."

Luiz Roberto Londres (Cardiologista — RJ)


MÉTODOS COMPLEMENTARES DE EXAME

 Confirmar a presença ou a causa da doença.

 Avaliar a severidade do processo mórbido.

 Determinar a evolução de uma doença específica.

 Verificar a eficácia de um determinado tratamento.


EXAMES LABORATORIAIS

 Exames físico-químicos,

 Hematológicos,

 Bacteriológicos,

 Parasitológicos e

 Determinações enzimáticas.
EXAMES DE IMAGEM

 Radiografia
 Ultrassonografia
 Tomografia computadorizada
 Ressonância magnética
OUTROS EXAMES

 Citologia
 Biópsia
 Eletrocardiograma
 Ecocardiograma
90% DO DIAGNÓSTICO E ESTABELECIDO

QUANDO SE TEM UMA ANAMNESE E

EXAME FÍSICO ADEQUADOS


Semiologia Veterinária a Arte do Diagnóstico
MUITO OBRIGADA!!!

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