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Cirurgia

AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
EXAME CLINICO
O objetivo do exame clínico é a
QUAL A IMPORTANCIA A colheita de dados que constituirão a
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA base do diagnóstico. Estes dados
farão parte do Prontuário
 Avaliação pré-operatória tem
Odontológico do paciente.
como objetivo otimizar a condição
clínica do paciente. Para um bom exame clínico exige-
 A avaliação pré-operatória é de se:
fundamental importância para a
 Apuro dos sentidos;
prevenção de intercorrências
 Capacidade de observação;
transoperatória e de
 Bom senso
complicações pós-operatórias.
 Critério e discernimento
 Para que toda prática
odontológica ocorra de forma  Além do conhecimento básico
segura e previsível, são sobre a doença.
necessários uma equipe Subdivide-se em:
profissional bem preparada, um
I - Anamnese ou exame subjetivo.
diagnóstico correto e um plano de
tratamento detalhado, baseado  Queixa Principal
nas condições sistêmicas, locais  História da Doença Atual
e psicológicas do paciente. (HDA)
 História Pregressa (HP)
 História Buco-Dental
AVALIAÇÃO PRÉ OPERATÓRIA:
 História Familial (HF)
Avaliação das condições clínicas de  História Psico-Social
um indivíduo candidato a uma  Revisão de Sistemas (RS)
cirurgia (seja programada ou de
II - Exame físico ou exame objetivo.
urgência) para verificar se ele se
encontra em condições de ser  Exame Físico Geral
submetido a uma situação de  Exame Físico Regional:
estresse (o próprio ato cirúrgico). Exame Regional Extrabucal
Exame Regional Intrabucal

EXAME OBJETIVO
 INSPECÇÃO
 PALPAÇÃO
 PERCUSSÃO como pessoa; Observar seu
 AUSCULTAÇÃO comportamento e ansiedade.
D) possuir motivação, conhecimento
científico, controle emocional,
QUAL A IMPORTANCIA DA
bondade, afabilidade e boas
ANAMNESE?
maneiras, a fim de obter um relato
ANAMNESE, consiste no completo e poder chegar a um
interrogatório do paciente, com a diagnóstico.
finalidade de estabelecer a história
de sua doença e de seu “estado
geral de saúde”. AVALIAÇÃO PRÉ – OPERATÓRIA
 Basicamente são duas as
técnicas utilizadas na anamnese
AVALIAÇÃO PRÉ – OPERATÓRIA
- TECNICA DO INTERROGATÓRIO
 O termo anamnese vem do grego
CRUZADO.
“anamnesis”, que significa
recordação, reminiscência.  O examinador conduz as
 Indica tudo o que se refere á perguntas: sente dor? Onde? Há
manifestação dos sintomas da quanto tempo?
doença, desde suas - TECNICA DE ESCUTA
manifestações prodrômicas (do
início da doença) até o momento  O paciente tem capacidade de
do exame. relatar com as próprias palavras
suas preocupações pessoais.

É importante ao profissional durante a


ANAMNESE: ANAMNESE

A) diálogo franco entre examinador Consiste na história clínica do


e o paciente; Não desvalorizar paciente, ou seja, é o conjunto de
precocemente informações. informações obtidas pelo dentista ou
profissional de saúde por meio de
B) disposição para ouvir, deixando o entrevista previamente
paciente falar a vontade sem distraí- esquematizada. A anamnese é
lo, e interrompa-o o mínimo individual e intransferível, e leva à
possível; Evite assuntos hipótese diagnóstica em cerca de
irrelevantes. 70-80% das vezes.
C) se interessar não só pelos
problemas do paciente, mas por ele,
OBJETIVOS DA ANAMNESE
1. Estabelecer a relação profissional em toda sua evolução temporal e
da saúde/paciente; sintomatológica
2. Obter os elementos essenciais da
- Quando se iniciou a
história clínica;
sintomatologia;
3. Conhecer os fatores pessoais, - Como eram no início os sinais
familiares e ambientais relacionados e/ou sintomas
com o processo saúde/doença; - Ocorreram episódios de
4. Obter os elementos para guiar o exacerbação ou remissão do
profissional no exame físico; quadro clinico;
- Algum fato que possa estar
5. Definir a estratégia de ligado ao aparecimento da
investigação complementar; doença.
6. Direcionar a terapêutica em FICHA CLINICA
função do entendimento global a
respeito do paciente. REVISÃO DE SISTEMAS
 Avaliação clínica por órgãos e
sistemas
AVALIAÇÃO PRÉ- OPERATORIA  Possibilidade de revisão da
(MOTIVO DA CONSULTA/ QUEIXA história pregressa
PRINCIPAL)  Sequência de perguntas para
 Motivo que levou o paciente a cada sistema
consulta  Classificação do paciente no
 Pode ser da evolução não Sistema ASA.
satisfatória de algum tratamento
realizado, que leva o paciente a
procurar outro profissional ou, AVALIAÇÃO DE RISCO
ainda, uma simples consulta de CIRÚRGICO AMERICAN SOCIETY
rotina sem sintomatologia OF ANESTESIOLOGY (ASA)
presente. ASA – Descrição:
 O relato da queixa deve ser
registrado com as próprias Grau 1: Paciente saudável (sem
palavras do paciente. comorbidades clínicas significativas)

AVALIAÇÃO PRÉ- OPERATORIA Grau 2: Paciente com doença


(HISTORIA DA DOENÇA ATUAL) sistêmica leve
Grau 3: Paciente com doença
 Resulta no histórico completo e
sistêmica grave
detalhado da queixa apresentada
Grau 4: Paciente com doença - TRATAMENTO DENTAL DE
sistêmica grave com iminente risco ROTINA COM LIMITAÇÕES DO
de morte TRATAMENTO OU
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS.
Grau 5: Paciente moribundo
Grau 6: Paciente em morte
encefálica ESTADO FÍSICO 4 (ASA IV)
- Paciente com alteração sistêmica
grave que limita e incapacita;
ESTADO FÍSICO 1 (ASA I)
- SOMENTE TRATAMENTO DE
- Paciente sem alterações URGÊNCIA COM LIMITAÇÕES
orgânicas, fisiológicas, bioquímicas SEVERAS E CONSIDERAÇÕES
ou psicológicas; ESPECIAIS
- Paciente sem qualquer alteração
sistêmica;
ESTADO FÍSICO 5 (ASA V)
- TRATAMENTO DENTAL DE
ROTINA SEM MODIFICAÇÕES. - Paciente com poucas chances de
sobreviver, alteração sistêmica
severa com RISCO DE ÓBITO nas
ESTADO FÍSICO 2 (ASA II) próximas 24 horas
- Paciente com alteração sistêmica - AGUARDAR LIBERAÇÃO DA
leve que não limita e não incapacita, CLÍNICA MÉDICA / NEUROLOGIA
causada por fenômeno
fisiopatológico ou por condição que
será tratada cirurgicamente. ESTADO FÍSICO 6 (ASA VI)

- TRATAMENTO DENTAL DE - Morte cerebral. Preparo para


ROTINA COM POSSÍVEL doação de órgãos.
LIMITAÇÃO DO TRATAMENTO OU
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
EXAME FISICO
ESTADO FÍSICO 3 (ASA III)
Consiste na pesquisa dos sinais da
- Paciente com alteração sistêmica doença, que aliada á história dos
moderada que limita mas não sintomas obtida na anamnese,
incapacita; Alterações orgânicas completam os elementos
muito intensas ou transtornos necessários ao diagnóstico.
patológicos de qualquer causa,
mesmo que não seja possível definir O CD deve utilizar seus próprios
o grau de Incapacidade orgânica. sentidos. As principais manobras
são: INSPEÇÃO, PALPAÇÃO,
PERCUSSÃO E ASCULTAÇÃO.
INSPEÇÃO GERAL: expressão
fisionômica (cor, tamanho,
desenvolvimento dos ossos,
expressão dos olhos).
INSPEÇÃO LOCAL: dirigida
especialmente a cabeça e pescoço FUNDO DE SULCO
(ossos maxilares, ATM, glândulas
salivares.
INSPEÇÃO INTRABUCAL: lábios,
mucosa jugal, língua, assoalho da
boca, palato, dentes, periodontos,
etc.

SEQUENCIA DO EXAME INTRA-


BUCAL REBORDO ALVEOLAR

LÁBIOS

PALATO DURO

MUCOSA JUGAL

LINGUA
DENTES E GENGIVAS

AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS


ASSOALHO BUCAL
Conduta que mostra ao paciente
que as mínimas precauções sendo
tomadas para sua segurança,
valorizando a relação de confiança
no profissional.
- Pulso arterial
- Frequência respiratória
- Pressão sanguínea arterial

TEMPERATURA
 DEVE-SE EVITAR O
PALATO MOLE ATENDIMENTO DE PACIENTES
EM ESTADO FEBRIL
 SALVO EM CASOS DE
URGÊNCIA
 A FEBRE É UM SINAL
INESPECÍFICO

PULSO ARTERIAL
O pulso arterial pode ser avaliado
por qualquer artéria acessível
Comuns: carótidas, radial (ventre do MIN: 105 a 115
pulso) e braquial (linha mediana da
ASA IV (grave):
fossa antecubital).
MAX:170 a 190
Deve ser avaliado três indicadores:
qualidade, ritmo e frequência. MIN: 115 a 125
HIPERTENSÃO MALÍGNA => Maior
que 190 de máxima e/ ou 125mm de
FREQUENCIA RESPIRATORIA
HG de mínima: RISCO DE VIDA
 Contagem de respirações do EMINENTE.
indivíduo por 60 segundos.
 Avaliado sem avisar ao paciente.
 Observar dificuldade de respirar e EXAMES COMPLEMENTARES
chiados  TESTE DE VITALIDADE
 Média de 16 a 18 respirações / PULPAR:
minuto. - Elétrico
- Mecânico
- Térmico
PRESSÃO ARTERIAL
 TESTE DE ANESTESIA
- Bloqueio anestésico sistemático
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Maxila  Mandíbula ???
CLASSIFICAÇÃO: Dentes individuais ???
- Dor é interrompida ou cessa
ASA I (Normal):
quando dente algogeno é
MAX: <130 anestesiado. Indicada para dor
intensa e referida.
MIN: <80
ASA I (Normal Limite):  EXAME RADIOGRÁFICO
MAX: 130 a 140
- Periapical
MIN: 80 a 90 - Bite- wing
ASA II (leve): - Oclusal
- Extra- oral
MAX:140 a 160
MIN: 90 a 105
ASA III (moderada):
MAX:160 a 170
 EXAME DE SANGUE
- Hemograma completo
- Coagulograma completo
- Bioquimica

 BIÓPSIA

PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOS

ODONTOLOGIA X DOR
Independente da especialidade em diversos procedimentos, sejam eles
Odontologia, o conhecimento da ação e menos invasivos ou mais invasivos, como
eficácia de cada medicação que será cirurgias, tentando padronizar o uso
prescrita, é de fundamental importância. indiscriminado, até o momento, destes
medicamentos.
Procedimentos odontológicos, apresentam
grau variável de complexidade e, Não se trata de “livro de bolso”, mas
consequentemente, de sintomatologia prescrições baseadas em bom senso
dolorosa. Além disso, pessoas quanto à complexidade, conhecimento
apresentam diferentes limiares de dor, teórico e aplicabilidade na prática clínica.
organismos e grau de ansiedade (medo).

PROTOCOLO MEDICAMENTOSO
TERAPEUTICA MEDICAMENTOSA  Antibiótico
Procedimentos mais simples não  Analgésico
necessitam, em sua grande maioria dos
casos, medicação mais complexa.  Antiinflamatório / Corticosteróides

Em cirurgias e procedimentos mais  Ansiolítico


complexos, a condição dolorosa pode  Propostas Medicamentosas
apresentar-se elevada devido ao maior
trauma tecidual. Nesses casos, fazem-se
necessárias medicações mais intensas Como prescrever??
para minimizar a dor.
Antibioticoterapia Profilática??
Bom senso -> uso racional de
medicamentos. Terapêutica??
Qual antibiótico administrar??

PROTOCOLO MEDICAMENTOSO
Vai depender do primeiro procedimento ANTIBIOTICOTERAPIA
em qualquer atendimento odontológico:
PROFILATICA
ANAMNESE DO PACIENTE –
Alguns princípios devem ser analisados
A medicação sistêmica assume papel para se preconizar uma antibioticoterapia
importante no (a): evitando-se uma endocardite bacteriana:
 Sedação da dor pelo controle da  Categoria do procedimento a ser
reação inflamatória. realizado
 Combate e, principalmente, na  Condição clínica e sistêmica do
prevenção de infecções.
paciente
 Redução da ansiedade e tensão do
paciente
OBJETIVO GERAL
Montagem de um protocolo a partir de um
levantamento dos medicamentos que
melhor atuem no pré e pós-operatório dos
 Antibiótico
 Analgésico
 Antiinflamatório / Corticosteróides
 Ansiolítico
 Propostas Medicamentosas

DOR
A nocicepção é o conjunto das
percepções de dor que somos
AMOXICILINA capazes de distinguir. É a atividade do
sistema nervoso aferente induzida por
estímulos nocivos. Estes estímulos podem
A amoxicilina é recomendada como droga de ser:
escolha em profilaxia antibiótica, e de forma
terapêutica, embora tenha a ampicilina e a  Mecânico: receptor excitado por impacto,
penicilina V a mesma eficácia contra tração, fricção; Ex.:Pancada, corte,
estreptococos, em função da sua alta perfuração e pressão.
absorção e níveis séricos mais elevados e  Térmica: termorreceptor excitado ao calor
prolongados. ou frio. Ex.: Queimaduras
 Químicas: quimiorreceptor excitado pelos
mediadores químicos. Ex.:
Prostaglandinas, Bradicininas e
Tromboxanos
 Biológicos: Nossas próprias substâncias
produzidas.

EVENTOS INICIAIS DA DOR

 Estímulo nocivo (Cárie / lesão tecidual);


 Liberação de Potássio e síntese de
mediadores químicos;
 Interação com nociceptores periféricos e
terminações nervosas livres;
Preconiza-se que deve ser continuada a
administração do antibiótico por 7 a 10 dias  Dor deflagrada no local da lesão
nos seguintes casos: tecidual.

 Potencial gerado aciona outras


 Cirurgias mais complexas, como enxerto terminações axonais;
ósseo e levantamento do assoalho de seio
maxilar;  Liberação de substância P;
 Cirurgias com mais de 2 horas de duração;
 Pacientes imunossuprimidos;  Produção de serotonina e histamina;
 Pacientes com alto risco de endocardite.
PROTOCOLO MEDICAMENTOSO
 Cascata de novos mediadores (PG,
Interleucinas e Cicloxigenases);

 Aumento da área afetada.

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