Você está na página 1de 251

1

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ


PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
PROGRAMA FORMA PARÁ
CURSO DE FISIOTERAPIA

COLETÂNEA DE TEXTOS DA DISCIPLINA SEMIOLOGIA EM FISIOTERAPIA

Material organizado para desenvolvimento da disciplina de


Semiologia em Fisioterapia, no Curso de
FISIOTERAPIA/PROJETO FORMA PARÁ - da
Universidade do Estado do Pará.
Profa. Dra. Daliane Ferreira Marinho

Belém-Pará
2023
2

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

PROGRAMA FORMA PARÁ

REITOR

CLAY ANDERSON NUNES CHAGAS

VICE-REITOR

ILMA PASTANA FERREIRA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO (PROGRAD)

EDNALVO APOSTOLO CAMPOS

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO (PROPESP)

JOFRE JACOB DA SILVA FREITAS

PRÓ-REITORIA DE GESTÃO (PROGESP) CARLOS JOSÉ CAPELA BISPO

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO(PROEX)

VERA REGINA DA CUNHA MENEZES PALÁCIOS

COORDENADOR DO PROGRAMA FORMA PARÁ/UEPA

MESSIAS FURTADO DA SILVA

COORDENADOR DO CURSO DE FISIOTERAPIA

ERICA FEIO CARNEIRO


3

ÍNDICE

AULA 1 - PLANEJAMENTO EFETIVO DO TRATAMENTO E AVALIAÇÃO CONTÍNUA


AULA 2 - SEQÜÊNCIA LÓGICA DA AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
AULA 3 – SINAIS VITAIS
AULA 4 – PLANIMETRIA E MOVIMENTOS CORPORAIS
AULA 5 – INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DE MMSS
AULA 6 – INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DE MMII
AULA 7 – CUMPRIMENTO DE MEMBROS, CIRCUMETRIA
AULA 8 – AVALIAÇÃO DA FORÇA DE MMSS
AULA 9 – AVALIAÇÃO DA FORÇA DE MMII
AULA 10 – AVALIAÇÃO DA FORÇA DA COLUNA
AULA 11 – AVALIAÇÃO DA ADM DE MMSS
AULA 12 – AVALIAÇÃO DA ADM DE MMII
AULA 13 – AVALIAÇÃO POSTURAL
AULA 14 – AVALIAÇÃO DA MARCHA
4

AULA 1
PLANEJAMENTO EFETIVO DO TRATAMENTO E AVALIAÇÃO CONTÍNUA

 1º passo: Examinar o Paciente:


 Histórico do paciente (Entrevista):
- Identificação:
- Anamnese:
H.D.A H. Soc. Fatores Funcionais
H.D.P. Hab. Soc. H. Func.
H.F. H.V. Prof.
- Consulta a prontuários;
- Consulta ao encaminhamento;
FUNDAMENTAÇÃO
- Consulta aos demais profissionais da equipe;
- Consulta de familiares.

OBS: Procurar estabelecer boa comunicação e consquistar a confiabilidade do paciente e seus familiares.

 Pesquisando órgãos e sistemas: (Exame Físico):


- Inspeção;
- Palpação;
- Sinais vitais; DISFUNÇÕES ANATÔMICAS E/OU
FISIOLÓGICAS
- Cardiopulmonar;
- Tegumentário;
- Musculoesqueletico;
- Neuromuscular.

“PODE DEFINIR A ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA”


 Testes e Medidas (Continuação do Exame Físico):
- Testes neurológicos (coordenação + equilíbrio + sensibilidade);
- Teste Osteomiarticulares e Ligamentares;
- Teste Cardiopulmonares;
- Teste de força muscular manual;
- Teste de amplitude de movimento articular (ADM).

OBS: Requer treinamento e habilidade para obter respostas válidas e confiáveis dos testes.
OBS: Quantificar os sinais e sintomas (torna objetiva a avaliação).
OBS: Confirma ou descarta as hipóteses sugeridas durante á entrevista.
OBS: Tomar cuidado com o exagero de informações e com o desgaste do paciente.
5

 2º passo: Analisar os Dados e Identificar as Alterações Funcionais:


 Organizar e Analisar os Dados, Quanto:
- Tipo de função;
- Nível de comprometimento;
- Estado Geral;
- Ambiente em que vive;
- Evolução do comprometimento;
- Condições co-morbidas;
- Relação comprometimentos / incapacidades (relação causal);
- Aspectos positivos.

“DEFINE A AÇÃO DO FISIOTERAPEUTA”

 3º passo: Determinar Diagnóstico:


Resultado natural da organização, interpretação e avaliação de informações provenientes da
analise de dados.

Diagnóstico: “Registro contendo um agrupamento de sinais e sintomas, síndromes ou categorias”.


Diagnósticos Fisioterapeuticos:
“Esquema de classificação de categorias diagnósticas especificas da fisioterapia”

- Enfoque: Comprometimentos e limitações.

 Terminologias:
- Incapacidade;
- Impedimento;
- Deficiência;
- Comprometimento Direto;
- Comprometimento Indireto;
- Comprometimentos Compostos;
- Limitação Funcional.

 4º passo: Determinar o Prognóstico e o Plano de Tratamento:


 Prognóstico: “Nível Maximo previsto de melhora na função, e a quantidade de tempo necessária para se alcançar
cada nível”.

 Diagnósticos mais Simples – Prognostico mais seguro e fácil (pode ser estipulado procedimento).
6

 Diagnósticos mais Graves ou Obscuros – Difícil prognostico (sombrio).

EXPERÊNCIA INTERDISCIPLINARIEDADE

Plano de Tratamento: “Delinear antecipadamente o tratamento do paciente”


Necessita de:

Interpretação dos dados e

Integração de dados
Raciocínio Clinico

 Componentes Essenciais:

- Objetivos resultados almejados: Relacionam-se com a minimização de limitações funcionais e


incapacidades, e com a otimização da condição de saúde e da satisfação do paciente.

Acordo Terapeuta / Paciente – Sucesso

Desacordo Terapeuta / Paciente - Fracasso

- Importantes Questionamentos:
 Quais são as suas preocupações?
 Qual é a sua maior preocupação?
 O que você quer ver acontecer?
 O que faria você sentir que esta obtendo progresso?
 Quais são os seus objetivos a serem atingidos com o tratamento?
 Qual é o seu objetivo?

Os objetivos e resultados almejados devem ser bem descritos e se possível qualificados:

Exemplos de Objetivos:
a) Paciente irá aumentar a força muscular de depressores do ombro e dos músculos extensores do cotovelo dos
membros superiores, até alcançar o nível de bom a normal, em duas semanas;
b) Paciente irá manter equilíbrio estático na posição sentada com sustentação simétrica e centralizada de peso
e sem apoio nos membros superiores, por mais de 05 minutos em 04 semanas.

 Intervenções Específicas a Serem Usadas:


Fatores relevantes:
- Ambiente e arsenal de recursos disponíveis;
7

- Selecionar entre os recursos disponíveis, o mais adequado para que se alcance os objetivos (priorizar os que ajudam
a obter os objetivos, primordialmente ou aqueles em que pudesse alcançar mais de um objetivo);
- Nível de confiança do paciente;
- Esclarecer os objetivos de cada recurso para o paciente e /ou seus familiares;
- Interdisciplinaridade (coerência com os demais membros da equipe);
- Anotar as especificidades de cada paciente;
- Anotar e comunicar mudanças de conduta;
- Oferecer orientações claras aos pacientes;
- Definir o número de sessões, séries e repetições, além do tipo de exercício ou modalidade do aparelho (protocolos).

 5º passo: Implementar o Plano de Tratamento:


Fatores relevantes:
- Pré – Avaliação básica para realizar a sessão (H.P. + motivação + Outros estados mórbidos);
- Ambientes adequados (privacidade e distrações);
- Equipamento adequado;
- Posicionamento adequado (paciente e terapeuta);
- Monitorização periódica durante a sessão.

OBS: Dessa forma o tratamento se torna um processo dinâmico e interativo entre o paciente e o terapeuta.

 6º passo: Reexaminar o Paciente e Avaliar os Resultados do Tratamento:

Este ultimo passo é continuo e envolve a reavaliação constante do paciente e a eficácia do


tratamento.

As habilidades e evoluções do paciente devem ser avaliadas em termo das metas específicas e
dos resultados almejados.

Possibilita ao terapeuta a avaliação do grau de adequação entre as etapas da sua avaliação (Toda
a sua coleta de dados), o diagnostico prognostico e o programa de tratamento.

Quando:
 Tratamento atinge metas e resultados esperados alta.

(BOA ADEQUAÇÃO)
 Tratamento não atinge metas e resultados esperados readequação.

(ADEQUAÇÃO IMPERFEITA)
8

Questionar:
- A avaliação foi bem dirigida?
- As metas e os resultados almejados foram realistas?
- As intervenções foram selecionadas em nível de desafio apropriado, ou foram muito fáceis, ou muito difíceis?
- O paciente estava suficientemente motivado?
- Foram identificados todos os fatores de interferência?

“ O sucesso global do tratamento, depende das habilidades de tomada continua de decisão clinica do
terapeuta, do engajamento, da motivação e da cooperação do paciente”.

AULA 2

SEQÜÊNCIA LÓGICA DA AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

1- IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE:

 Nome Completo;
 Idade;
 Sexo;
 Endereço Completo / Telefone;
 Naturalidade / Nacionalidade;
 Cor;
 Profissão;
 Procedência;
 Grau de Instrução;
 Estado Civil;
 Religião;
 Diagnóstico Clínico;
 Número de Visitas.

2- ANAMNESE (ENTREVISTA CLÍNICA):

2.1- Queixa Principal (QP): Condição, sintoma, sinal ou disfunção que levou o paciente ao consultório
Fisioterapêutico. É o que mais incomoda o paciente, ou seja, sua preocupação primária. Deve ser breve e
preferencialmente escrito com as próprias palavras do pacientes, entre aspas (“”).

Geralmente:
 Processo Agudo: DOR;
 Processo Crônico: LIMITAÇÃO FUNCINAL (também pode apresentar dor).

 Padrões de Dor / Tipos de Dor: A dor é freqüentemente o sintoma primário em muitos casos da prática de
Fisioterapia. Um passo importante é reconhecer os padrões de dor que são característicos de doenças sistêmicas.

Informações detalhadas a respeito da localização, do padrão referido, da descrição, da


intensidade e da duração da dor sistêmica são acrescidas de fatos sobre sintomas associados e fatores de
alívio e agravantes.
9

Padrões de dor em tórax dorso, ombros, escápulas, pelve, quadril região inguinal e
articulação sacroilíaca são incluídos porque estes são os sítios mais comuns de dor referida de um processo
de doenças sistêmicas.

 Formas Clínicas da Dor:


a) Dor Aguda: Decorrente de processos inflamatórios recentes resultam do acúmulo local de metabólitos
deste processo.

Geralmente está associada à edema, hiperemia e hipertermia local.

CARACTERÍSTICAS:
- Bem Localizada e Delimitada;
- Latejante ou em Pontada;
- Proporcional;
- Bastante Limitante;
- Resolvida em Poucos Dias (Após 48 ou 72 horas).

b) Dor Crônica: Persiste após o tempo fisiológico esperado de cura e não guarda relação com o processos
inflamatórios nítidos.
CARACTERÍSTICAS:
- Difusa (sem Limites Precisos);
- Dor Surda ou Pesada (incômoda);
- Pode ser “Desproprocional”;
- Em Geral é Pouco Limitante;
- Pode Persistir de 1 a 6 Meses.

 Fontes da Dor:
Quando de falar em dor, 04 fontes gerais devem ser consideradas:
a) Dor Cutânea (Relacionada à Pele e Tecido Subcutâneo): Geralmente a dor é bem localizada e o
paciente pode apontar diretamente a área dolorida. Pode ocorrer com dor somática, profunda
(visceral) e referida.

b) Dor Somática (Relacionada a Fatores Emocionais, Musculoesqueléticos ou Viscerais): Pode


ser:

- Dor Somática Profunda: Originada de condições patológicas do periósteo, osso esponjoso, nervos,
músculos, tendões, ligamentos e artérias.

É localizada sem precisão e pode ser referida na superfície do corpo, como se fosse uma
dor cutânea. Pode ser associada com um fenômeno autônomo, como: suor, palidez, alteração da P.A.).

- Dor Somatovisceral Quando uma condição miálgica causa distúrbio funcional das vísceras subjacentes,
tais como os pontos gatilhos dos músculos abdominais que causam diarréia, vômitos arrotos excessivos.

- Somatoemocionais ou Psicosssomáticas: Quando uma aflição emocional ou psicológica produz os


sintomas físicos por um período relativamente breve, ou com manifestações recorrentes e múltiplas
permacendo por muitos meses e anos.

- Viscerosomáticas: Quando estruturas viscerais afetam a musculatura somática (esquelética), com


espasmos reflexos ou a rigidez dos músculos abdominais em resposta a uma inflamação aguda do apêndice.
10

c) Dor Visceral (Relacionada aos Órgãos Internos): Inclui todos os órgãos do corpo situados no tronco
ou abdômen, tais como os dos sistemas respiratórios, digestivos, urogenitais, endócrinos, bem como o
pâncreas, o coração e os grandes vasos.

A dor visceral raramente ocorre sem sinais ou sintomas associados, embora o paciente
geralmente não consiga estabelecer alguma relação.

d) Dor Referida (Relacionada à Irritação das Estruturas Somáticas Profunda ou Visceral): É sentida
em outro local que não seja a área anatômica onde é estimulada. Ela ocorre em tecidos supridos pelos
mesmos segmentos neurais ou por segmentos próximos que suprem o órgão doente.

A dor referida não segue caminhos anatômicos “normais” e é percebida em uma área
distante do local da lesão. Esta dor geralmente é bem localizada, porém sem apresentar fronteiras
precisamente definidas. É freqüentemente acompanhada por músculo hipertônico sobre a área onde a dor é
relatada.

A sensibilidade (dor) local está presente no tecido da área da dor referida, mas não há
nenhum déficit sensorial objetivo.

 Tipos de Dor:
Apesar de haver quatro origens para maior parte das dores fisiológicas, existem muitos tipos
de dor nessas categorias:
a) Dor Miofascial: Afeta os músculos e/ou fáscias: podem ser:

- Tensão Muscular: Ocorre quando contrações musculares prolongadas ou contrações resultam em isquemia
local, aumento de catabólitos celulares e dor subseqüente.

- Espasmo Muscular: Contração repentina e involuntária de um músculo ou grupo, ocorrendo como


resultado de uso excessivo ou de lesão da junção neuromuscular ou da ligação musculotendínea.

- Trauma Muscular: Pode ocorrer pela intensidade ou duração não-usual da contração do músculo
(especialmente em contrações excêntricas), ou ainda por contusões diretas ou indiretas.

- Deficiência Muscular: Dor muscular causada por fraqueza e rigidez. Freqüentemente melhorada pelo
aumento da atividade.

- Pontos Gatilhos: Áreas hiperirritantes dentro de uma faixa hipertônica do músculo esquelético ou na
fáscia. Quando são comprimidos, resultam em hipersensibilidade local com possível dor referida.

b) Dor Articular: É em geral causada por doença óssea ou neoplasia.


A dor da disfunção articular é geralmente aguda e é invariavelmente aliviada ou pelo menos
reduzida com o descanso. Por outro lado, é agravada com a atividade articular.

A dor articular da doença sistêmica é em geral profunda e latejante, podendo ainda ser
constante ou indefinida (aguda ou crônica). Em geral é poliarticular e acompanhada de outros sintomas
como: fadiga, perda de peso, febre, icterícia, etc...

c) Dor Radicular (Irradiada): É experimentada no sistema musculoesquelético em um determinado


dermátoma ou miótomo, devido a uma irritação direta de um nervo espinhal.

Pode também estar presente em doenças sistêmicas devido à disfunção da inervação


autônoma do corpo, sendo em geral, também referida em padrões por dermátomos ou miótomos.
11

d) Dor Arterial: Decorrente da inflamação de uma artéria é em geral latejante, porém apresentará sintomas
diversos de acordo com a área de irrigação (enxaqueca, por exemplo).

Fatores que elevam a pressão sistólica (exercício, febre, consumo de álcool ou a inclinação
anterior) podem intensificar esta dor.

e) Dor Pleural e Traqueal: Estão correlacionadas aos movimentos respiratórios (ventilatório dependente).

f) Dor Gastrointestinal: Dor surgida do trato gastrointestinal. Tende a aumentar com a atividade
peristáltica, ingestão ou certas posturas e tende a diminuir com o jejum ou em posturas antálgicas.

g) Dor em Repouso: Sugestiva de causas isquêmicas (queimante e incômoda) ou neoplásicas


(frequentemente noturnas).

2.2- História da Doença Atual (HDA): O paciente descreve com detalhes a seqüência dos fatores que culminaram
com a sua atual situação.

Utilizando a entrevista como um alicerce da Avaliação subjetiva de cada paciente, cada sistema
orgânico é revisado com relação aos distúrbios mais freqüentes encontrados, particularmente aqueles que
podem mimetizar lesões musculoesqueléticas primárias.

É muito importante por que auxilia o Fisioterapeuta a distinguir entre problemas que ele possa tratar
e problemas que devem ser encaminhados a um médico para diagnóstico e tratamento. Esta informação
estabelece uma base sólida para a avaliação Fisioterapêutica objetiva, para abordagem e por conseguinte
para o tratamento.
Pode-se questionar ao paciente especialmente sobre as origens, tanto sistêmicas como
musculoesqueléticas da dor e dos sintomas presentes à pessoa com dor em pescoço, dorso, peito, quadril,
região inguinal, sacral ou sacroilíaca.

As perguntas devem ser entendidas pelo paciente e devem ser apresentadas de forma
imparcial.

Perguntas mais correntes:


 Como começou?
 Há quanto tempo começou?
 Houve períodos de abolição dos sintomas ou de crises?
 O que piora o seu quadro?
 O que melhora o seu quadro?
 Já realizou algum tratamento para esta complicação?

Por vezes o paciente quer se reportar a situações ou fatos que não trazem qualquer
informação sobre seu atual estado (seja por saudosismo, desinformação ou alguma crença). Daí a
necessidade do terapeuta, em alguns momentos, intervir na entrevista com alguma pergunta para não
influenciar as respostas do paciente.

Deve-se anotar TUDO de maneira organizada e cronológica, de preferência com datas e períodos
precisos, e utilizando uma linguagem técnica.

3.5. PERCUSSÃO:

A percussão se baseia no seguinte princípio:


12

“Ao se golpear um ponto qualquer do organismo, originam-se vibrações que têm características próprias
quanto à intensidade, timbre e tonalidade, na tendência da estrutura anatômica percutida”.

 Tipos de Percussão:
- Percussão Direta: Golpeia-se diretamente com as pontas dos dedos a região-alvo. Os dedos devem estar fletidos;

- Percussão Dígito-Digital: Golpeia-se com o dedo sobre a falange média do dedo médio ou indicador da mão oposta,
que está sobre a região-alvo;

- Punho-Percussão: Com a mão fechada golpeia-se com borda ulnar a região-alvo;

- Percussão com a Borda da Mão: Com a mão aberta e com os dedos unidos, golpeia-se a região-alvo com a borda
ulnar.

 Sons Obtidos à Percussão:


- Sons Maciço: Em regiões desprovidas de ar. É acompanhado de uma sensação de uma sensação de dureza ou
resistência. Ex.: Coxa; Fígado; Coração.

- Som Submaciço: Variações do som maciço. Em regiões com presença restrita de ar.

- Som Timpânico: Em regiões contendo ar e recoberta por uma membrana flexível. É acompanhada de sensação de
elasticidade. Ex.: Intestino; Estômago.

3.6 - TESTES ESPECÍFICOS

3.6.1 - NEUROLÓGICOS:

 TESTES SENSORIAIS:
a) Alerta: Prontidão fisiológica do Sistema Humano para a atividade.
Temos as seguintes condições:

 Alerta: Paciente acordado e atento aos níveis normais de estimulação.


 Letargia: Paciente sonolento podendo realmente dormir se não for estimulado.
 Torpor: Paciente em estado de sonolência difícil de ser acordado. Quando acorda encontra-se confuso.
 Estupor (Semicoma): Paciente se responde a estímulos fortes e em geral nociceptivos.
 Coma: Paciente não é acordado por nenhum tipo de estimulação.

b) Atenção: Consciência do ambiente ou responsivilidade de um estimulo ou tarefa sem se distrair com outros
estímulos.
Teste: Repeti Lista de Objetos.

c) Orientação: Consciência do paciente em relação ao tempo, pessoa e lugar.


Teste: Quadro 6.1. pág. 136.

d) Cognição: Processo de conhecimento que inclui consciência e julgamento.


Testes: - Perguntas Notórias (Fundi de Conhecimento);

- Cálculo Simples (Capacidade de Calcular);

- Interpreta Provérbios (Interpretação de Provérbios).

e) Memória: Capacidade de relembrar coisas ou fatos.


Testes: - Relatar Fatos Antigos Relevantes (Memória Remota);

- Repetir Lista de Palavras, ou Fatos Recentes (Memória Recente).


13

f) Audição:
Teste: Observa a Resposta do Paciente a Conversa.

g) Acuidade Visual:
Teste: Quadro de Snellen (6 metros).

h) Sensações Superficiais:
 Dor:
Teste: Agulha.

 Temperatura:
. Teste: - Água Morna (40º a 45º C);

- Gelo Moído (05º a 10º C);

 Toque Leve:
Teste: Pincel.

 Pressão:
Teste: Pressão Digital Cutânea ou Compressão Sobre o Tendão Calcâneo.

i) Sensações Profundas:
 Cinestesia: Percepção do Movimento
Teste: Movimentação passiva de um segmento, com reprodução do movimento pelo paciente, durante a
movimentação.

 Propriocepção: Senso de posição articular e percepção das articulações em repouso.


Teste: Movimentação passiva de um segmento, com posterior estabilização do mesmo, para sua descrição
pelo paciente.

 Vibração: Habilidade de perceber um estimulo vibratório.


Teste: Diapasão (128 Hz) sobre uma proeminência óssea.

j) SENSAÇÕES COMBINADAS:
 Esterognosia: Capacidade de identificar varios objetos pelo tato.
Teste: Manipulação às cegas e posterior nomeação.

 Localização Tátil: Avalia a capacidade de localizar a sensação de toque na pele.


Teste: Toca o paciente (de olhos fechados) com o dedo, e posterior solicitar a localização do toque.

 Discriminação Entre Dois Pontos: Habilidade de perceber dois ou um único ponto de toque na pele.
Teste: Compasso.

 Estimulação Dupla E Simultânea: Habilidade de perceber dois estímulos simultâneos em lados opostos
e homólogos do corpo.
Teste: Aplicar dois estímulos em regiões homologas nos dois hemicorpos, e posterior resposta do paciente
(Sim/Não - ½).

 Barognosia: Capacidade de avaliar pesos.


Teste: objetos de mesmo tamanho e pesos diferentes.

 Grafestesia: capacidade de identificar letras, números ou formas traçados na pele.


Teste: Desenhar na palma da mão e solicitar identificação.

 Identificação De Textura: Habilidade de diferenciar várias texturas.


14

Teste: Objetos ásperos e lisos.

 TESTES DE COORDENAÇÃO E EQUILIBRIO:


a) Disfunção Cerebelar
 Hipotonia: Redução do Tônus Muscular.
Teste:

 Dismetria: Distúrbio na Habilidade de Julgar Distância.


Teste:

 Disdiadococinesia: Comprometimento da habilidade de realizar movimentos rápidos e alternados.


Teste:

 Tremor Intencional: Movimentos involuntários e oscilatórios de um membro durante um gesto


voluntário.
Teste:

 Tremor Postural: Movimentos involuntários e oscilatórios de um membro ou do corpo ao assumir a


postura ortostárica ou tentar sustentar um membro contra gravidade.
Teste:

 Decomposição Do Movimento: Os gestos são executados de forma fragmentada.


Teste:

 Disturbios Da Marcha: Base alargada, MMSS afastados e passos inicialmente lentos e depois vigorosos.
Teste:

 Disartria: Fala lenta, com pausas inapropriadas, silabas alongadas e por vezes ininteligível.
Teste:

 Nistagmo: Movimento rítmico e oscilatório dos olhos.


Teste:

 Fenômeno Do Rebote: Perda do reflexo de freamento.


Teste:

 Astenia: Fraqueza muscular generalizada.


Teste:

b) Lesões dos Núcleos de Base:

 Bradicinesia: Movimentos lentos ou diminuídos.


Teste:

 Rigidez Em Cano De Chumbo: Aumento da resistência no movimento passivo, devido ao aumento do


tônus. É constante e uniforme.
Teste:

 Rigidez Em Roda Denteada: Aumento da resistência ao movimento passivo, devido ao aumento do tônus.
Combina forte rigidez, com breves relaxamentos.
Teste:

 Tremor De Repouso: Movimento oscilatório, rítmicos e involuntários durante o repouso.


Teste:

 Acinesia: Incapacidade ou dificuldade iniciar o movimento.


15

Teste:

 Coréia: Movimentos involuntários rápidos, irregulares e bruscos.


Teste:

 Atetose: Movimentos involuntários lentos, contorcidos e verminoses.


Teste:

 Coreoatetose: Características de Coréia e Atetose.


Teste:

 Hemibalismo: Movimentos súbitos, bruços, forçados, violentos e involuntários dos músculos proximais
do corpo.
Teste:

c) Lesões das Colunas Dorsais:

 Disturbios Da Marcha: Base alargada e oscilante com passos desiguais e excessivo desvio lateral,
tipicamente o paciente caminha olhando para os pés.
Teste:

 Dismetria: Acentua-se com oclusão da visão.


Teste:

 Equilibrio:
Teste:

 Coordenação:
Teste:

Resumo dos Testes de Coordenação:

 Sem Equilíbrio:
- Dedo-Nariz;
- Dedo-dedo do Terapeuta;
- Dedo-dedo do Próprio Paciente;
- Dedo-Nariz / Dedo-dedo do Terapeuta;
- Oposição dos Dedos;
- Garra Total;
- Prono-supinação;
- Teste do Rebote;
- Percussão com a Mão;
- Percussão com o Pé;
- Ponto e Além do Ponto (Ultrapassagem);
- Calcanhar-joelho-hálux;
- Hálux-dedo do Terapeuta;
- Calcanhar sobre a Canela;
- Desenho de um Círculo com a Mão;
- Desenho de um Círculo com o Pé;
- Fixação ou Manutenção do Paciente.

 Com Equilíbrio:
- Em Pé Normal;
- Em Pé com os Pés Unidos;
- Em Pé com os Pés Alinhados;
- Em Pé sobre um Pé;
- Em Pé com Oscilação Anterior;
16

- Em Pé com Lateralização do Tronco;


- Caminhar Antepondo um Pé ao Outro;
- Caminhar por uma Linha Reta;
- Caminhar por Marcadores;
- Caminhar Lateralmente;
- Caminhar no Mesmo Lugar;
- Caminhar em Diferentes Velocidades;
- Caminhar-parar Abruptamente-reiniciar;
- Caminhar e Pivotear (90, 180 e 360º);
- Caminhar em Círculos (nos dois sentidos);
- Caminhar Sobre os Calcanhares;
- Caminhar Sobre a Ponta dos Pés;
- Caminhar Virando a Cabeça Lateralmente e Súpero-inferiormente;
- Caminhar Ultrapassando ou Contornando Obstáculos;
- Subir Escadas (com e sem corrimão / degrau por degrau e alternando os degraus).

 TESTES DE REFLEXOS:
a) Reflexos Tendinosos Profundos (Miotáticos):
 Biciptal: Raízes de C5 e C6.
Teste: Percutir sobre o polegar ou diretamente sobre o tendão.

 Triciptal: Raízes C7 e C8.


Teste: Percutir diretamente sobre o tendão.

 Patelar: Raízes L2, L3 e L4.


Teste: Percutir diretamente sobre o tendão.

 Calcâneo: Raízes S1 e S2.


Teste: Percutir diretamente sobre o tendão.

b) Reflexos Cutâneos Superficiais:


 Cutâneo-Plantar: Avalia a integridade do moto-neurônio superior (feixe corticoespinhal).
Teste: Esfregar na borda lateral do pé, do calcanhar à base do hálux.

 Cutâneo-Abdominal: Avalia as raízes de T7 a T12.


Teste: Superior-

Médio-

Inferior-

c) Reflexos E Reações Do Desenvolvimento Neuromotor:


 Medulares:
- Retirada Flexora;
- Extensão Cruzada;
- Tração;
- Moro;
- Alerta;
- Preensão.
 Tronco Encefálico:
- Tônico Cervical Assimétrico;
- Tônico Cervical Simétrico;
- Tônico Labiríntico Simétrico;
- Suporte Positivo;
- Reações Associadas.
17

 Mesencéfalo:
- Endireitamento do Pescoço;
- Endireitamento do Tronco;
- Endireitamento Labiríntico da Cabeça;
- Endireitamento Óptico;
- Endireitamento do Corpo Agindo Sobre a Cabeça;
- Extensão Protetora;
- Reações de Equilíbrio (inclinação e fixação postural).

3.6.2- MUSCULOESQUELÉTICOS

 TESTES OSTEOMIOARTICULARES E LIGAMENTARES: Avalia a integridade de estruturas


ósseas, musculares e articulares.

 TESTES DE MEDIDA DO MOVIMENTO ARTICULAR (GONIOMETRIA): Refere-se à medida


de ângulos ( º) criados nas articulações humanas pelas junções ósseas. É uma importante parte de uma avaliação
abrangente das articulações e dos tecidos moles que as envolvem.
Emprega-se a Goniometria para medir e documentar a quantidade de movimento articular ativo e
passivo disponíveis em cada articulação. Também descreve com precisão as posições articulares
anormalmente fixas.

Os valores de ADM, juntamente com outras informações podem fornecer uma base para:

- Determinar a presença ou ausência de disfunção;


- Estabelecer um diagnóstico Fisioterapêutico;
- Avaliar o progresso ou não dos objetivos da recuperação funcional;
- Modificar o tratamento;
- Motivar o paciente;
- Verificar a eficácia de técnica terapêuticas;
- Auxilia na fabricação de Órteses e Próteses.

FATORES QUE INFLUENCIAM QUANTO A GONIOMETRIA:


a) Idade: No geral:
- Recém nascidos e crianças até 2 anos possuem maior ADM, porém com limitações para extensão(hiper) dos
quadris e joelhos e flexão plantar.

- Idosos (acima de 60 anos): Possuem menor ADM.

b) Sexo: No geral:
- Mulheres possuem maior ADM para flexão do quadril e flexão lateral do tronco.

- Homens possuem maior ADM para extensão do quadril, adução do quadril, rotação lateral do quadril, flexão
tora-colombar e extensão tóraco-lombar.

SENSAÇÃO FINAL DO MOVIMENTO:

Determinada pelo tipo de estrutura que restringe o movimento.

- Suave: Pela aproximação de partes moles;

- Firme: Pelo tensionamento de tendões, cápsula e ligamentos;

- Resistente: Pelo contato de estruturas ósseas.


18

PRINCÍPIOS TÉCNICOS:

O examinador deve conhecer:

- Posições Recomendadas de Teste;

- Posicionamento Alternativo;

- Estabilização Necessária;

- Estrutura e Função Articular;

- Sensação Final Normal;

- Limites Ósseos Anatômicos;

- Alinhamento do Instrumento;

- As ADM Normais de cada Articulação.

O examinador deve ter a capacidade de:

- *Posicionar e Estabilizar Corretamente o Goniômetro;

- Movimentar uma parte do corpo de acordo coma ADM adequada;

- Determinar a fim da ADM (sensação Final do Movimento);

- Palpar os Pontos Adequados;

- Alinhar o Goniômetro com esses Pontos;

- Ler o Goniômetro;

- Registrar Corretamente.

*“A articulação deve ser posicionada em posição neutra (0°) e os braços do Goniômetro
devem ser estabilizados: Braço Fixo, no segmento proximal (estacionário) e braço móvel no segmento distal
(móvel)”.

INSTRUMENTOS:

- Goniômetros: Grande e Pequeno (pé e mão);

- Flexímetros;

- Eletrogoniômetros;

- Registro de Imagens (Fotogoniometria);

- Estimativa Visual.

 TESTES DE FORÇA MUSCULAR MANUAL: Foram desenvolvidos por WRIGHT e LOVETT em


1912, como meio de testar e graduar a força muscular com base na ação da gravidade e na resistência aplicada
manualmente.
19

Cada grupo muscular exige técnicas e posicionamentos específicos para serem avaliados, e o terapeuta
deve estar muito bem familiarizado com estes procedimentos.

É necessário do terapeuta um bom conhecimento da Anatomia Corporal Humana, com efeito para a exata
localização das estruturas, determinação dos grupos musculares, seus movimentos e inervação, além do
reconhecimento da direção das fibras musculares e de sua “Linha de Tração”.

O terapeuta deve ainda ter habilidade para dozar a força ou resistência aplicada sobre as alavancas
utilizadas, assim como para perceber possíveis influências inapropriadas do paciente.

Sugere-se que a aplicação da resistência manual ocorra no final da ADM, quando estão sendo testados
músculos uniarticulares e no meio da ADM, ao se testar músculos biarticulares. Deve-se sempre testar os dois lados
do corpo para efeito de comparação.

CRITÉRIOS PARA ATRIBUIR UM GRAU DE FORÇA:

O grau atribuído a um teste manual de função muscular engloba fatores tanto subjetivos
quanto objetivos:
 Subjetivos: Incluem a impressão do examinador acerca da resistência a ser aplicada antes do teste real, e
acerca da resistência que o paciente tolera durante o teste.

 Objetivos: Incluem a capacidade que o paciente apresenta em completar uma ADM plena, com ou sem a
ação da gravidade ou ainda em manter a posição após ter sido aplicada uma resistência manual.

GRADUAÇÃO PARA O TESTE DE FUNÇÃO MUSCULAR:

 Grau 5 (Normal): Mantêm a posição articular contra uma resistência manual máxima do terapeuta;
 Grau 4 (Bom): Mantêm a posição articular contra uma resistência manual submáxima (um pouco abaixo da
força máxima) do terapeuta. Ao ser aplicada uma resistência manual máxima, o segmento que servirá de alavanca
irá ceder ao movimento;
 Grau 3 (Regular): O músculo ou grupo muscular consegue completar toda a ADM, contra apenas a
resistência da gravidade. Ao ser aplicada uma resistência manual submáxima, o segmento que servirá de alavanca irá
ceder ao movimento;
 Grau 2 (Precário): O músculo ou grupo muscular consegue completar toda a ADM, porém somente quando
a ação da gravidade é minimizada ou anulada (posição horizontal). Ao tentar executar este movimento contra a ação
da gravidade, o músculo ou grupo muscular não consegue desenvolver toda a sua ADM;
 Grau 1 (Traço): O músculo ou grupo muscular não consegue completar toda a ADM, mesmo sem a ação
da gravidade, porém é possível visualizar ou palpar alguma atividade contrátil;
 Grau 0 (Zero): O músculo ou grupo muscular não consegue completar toda a ADM, mesmo sem a ação da
gravidade, e também não demonstra nenhuma atividade contrátil visível ou palpável.

GRAUS MAIS ( + ) E MENOS ( - ):


Só são recomendados em duas situações:
 Grau 3+ (Regular +): O músculo ou grupo muscular consegue completar toda ADM, contra apenas a ação
da gravidade, porém também consegue manter a posição articular contra uma resistência manual ligeira (menor que
a submáxima);
 Grau 2- (Precário -): O músculo ou grupo muscular consegue completar somente a ADM parcial, quando
a ação da gravidade está anulada ou minimizada (posição horizontal).
20

4- EXAMES COMPLEMENTARES:

 Exames Laboratoriais:
 Hemograma;
 Urina;
 Glicemia;
 Provas de Atividade Reumática;
 Dosagem de Proteínas Séricas.

 Exames Diagnósticos Por Imagem:


 Radiografia;
 Ultra-sonografia;
 Tomografia Computadorizada (TC);
 Ressonância Nucler Magnética (RNM);
 Densitometria Óssea.

 Exames Funcionais:
 Teste de Função Pulmonar;
 Teste Ergométrico;
 Teste de Marcha;
 Eletrocardiograma (ECG);
 Eletroencefalograma (EEC);
 Eletroneuromiografia;
 Avaliação Isométrica.

5 - DIAGNÓTICO FISIOTERAPÊUTICO

Diagnóstico Médico: O reconhecimento da doença. É a determinação da causa e da natureza das


condições patológicas.

Diagnóstico Fisioterapêutico: Resultado da comparação de sinais e sintomas neuromusculoesqueléticos


para identificar as disfunções implícitas do movimento, a fim de que o tratamento possa ser planejado tão
especificamente quanto possível.

Processo Diagnóstico

 Perspectiva Histórica do Diagnóstico Fisioterapêutico:


O diagnóstico Fisioterapêutico foi descrito pela primeira vez na literatura por SAHRMANN
(1988) como o nome dado a uma série de sinais e sintomas relevantes associados com a disfunção primária
para a qual o Fisioterapeuta direciona o tratamento. A disfunção é identificada pelo Fisioterapeuta com base
nas informações obtidas a partir da História, sinais, sintomas, exames e testes que o Fisioterapeuta executa
ou requisita. A função do diagnóstico é fornecer informações que possam direcionar o tratamento.

 Critérios de Avaliação para com o Diagnóstico:


21

h) Comprometer-se no processo diagnóstico de uma forma eficiente, coerente com as políticas e


procedimentos da prática local;
i) Comprometer-se no processo diagnóstico para estabelecer diagnósticos diferenciais para pacientes pelo
tempo de vida, com base na avaliação dos resultados dos exames e nas informações médicas e psicossociais;
j) Assumir a responsabilidade de comunicar e discutir os diagnósticos ou impressões clínicas com outros
profissionais.

“Em muitas áreas da medicina, quando o diagnóstico médico é realizado, a condução


patológica é determinada e também são designados o estadiamento e as classificações que norteiam o
tratamento”.

É consenso que o Fisioterapeuta não faz diagnóstico da doença no sentido de identificar uma condição
patológica orgânica específica. Entretanto, grupos bem definidos de sinais, sintomas e comportamentos relacionados
a sintomas, bem como outros dados obtidos a partir da história do paciente e outros testes, podem ser usados para
confirmar ou afastar a presença de um problema Fisioterapêutico.”

6 - ESTABELECIMENTO DE METAS OU OBJETIVOS

 Curto Prazo (2 a 3 semanas);


 Longo Prazo (+ de 3 semanas).

7 - PLANO DE TRATAMENTO

 Modalidades;
 Arsenal Terapêutico Disponível;
 Alcance dos Objetivos;
 Tempo, Carga, Numero de Repetições e Séries, ou Outras Variantes;
 Número de Sessões;

8 - REAVALIAÇÃO
22

AULA 3

SINAIS VITAIS:

Proporcionam medidas quantitativas da função cardiovascular e respiratória. Estes sinais


são indicadores importantes do estado fisiológico do corpo e refletem a função dos órgãos internos, e suas
variações indicam claramente que ocorreu alguma mudança deste estado fisiológico.

Embora tenham sido estabelecidas médias ou variações normativas, ao se avaliar os sinais


vitais é importante observar que os valores “normais” são específicos de cada indivíduo. Ou seja, alguns
indivíduos em condições de “normalidade” apresentam valores mais altos ou mais baixos do que os
estabelecidos. Daí a importância do monitoramento dos sinais vitais como um processo seriado.

Valores normativos para os sinais vitais:

IDADE TEMPERATUR BPM IRPM PRESSÃO


A ARTERIAL (mmgh)
ºC
Recém-nascido 37,0 – 37,6 100 – 190 30 – 50 Sist. – 50 - 52
Diast. – 25 – 30
03 anos 36,9 – 37,5 80 – 125 20 – 30 Sist. – 78 – 114
Diast. – 46 – 78
10 anos 36,4 – 37,0 70 – 110 16 – 22 Sist. – 90 - 120
Diast. – 56 - 84
16 anos 36,4 – 37,1 55 – 100 15 – 20 Sist. – 104 – 120
Diast. – 60 – 84
Adulto 36,0 – 37,5 69 – 90 12 – 20 Sist. – 95 – 140
Diast. – 60 – 90
Idoso 35,9 – 36,3 60 - 90 15 - 22 Sist. – 140 – 160
Diast. – 70 - 90

É importante realizar a avaliação dos sinais vitais em um ambiente reservado e sossegado,


e procurar deixar o paciente o mais tranqüilo possível, visto que inúmeros são os fatores que podem
influenciar na medida destes valores. O terapeuta deve informar ao paciente todo o procedimento que será
realizado sem lhe trazer grandes complexidades.

Fatores que podem influenciar nas verificações de medida dos sinais vitais:
 Fatores Imutáveis: - Estado Gravídico;
- Idade; - Hora do Dia;
- Sexo; - Obesidade;
- Cor; - Etc...
- Distúrbios Genéticos.

 Fatores Mutáveis:
- Condições Emocionais;
- Stress;
- Realização de Atividades
Físicas Pré-exame;
- Ingestão de Substâncias
(cafeína, drogas,
medicamentos);
23

Os sinais vitais são estes:

 TEMPERATURA:
Representa o equilíbrio entre o calor produzido ou adquirido pelo corpo,
e o calor que o corpo perde. Como os seres humanos são seres homeotérmicos, a
temperatura corporal deve permanecer relativamente constante, apesar das mudanças de
temperatura do ambiente externo.

O propósito da verificação da temperatura corporal é o de avaliar a


integridade do sistema termorregulador:

SISTEMA TERMORREGULADOR
 Termoceptores: Pele (receptores de frio e receptores de calor);
 Centro Regulador: Hipotálamo;
 Órgãos Efetores: Vasos sangüíneos, pele, músculos, glândulas sudoríparas, glândulas
suprarenais (Noreprinefrina e Epinefrina – Elevam a temperatura) e glândula tireóide
(Tiroxina – Elevam a temperatura).

INSTRUMENTO
 Termômetros:
a) Eletrônicos (mais rápido);
b) Clínico de Vidro (mais tradicional):
- Ponta Cega – Oral e retal;
- Ponta Alongada – Oral;
- Ponta Arredondada – Retal.

OBS.: As temperaturas retais são entre 0,3 a 0,5 °C mais elevadas do que as orais, e as
temperaturas axilares são cerca de 0,6 °C mais baixas do que as temperaturas orais.

ACHADOS CLÍNICOS
 Normotermia;
 Hipertermia;
 Hipotermia.

FATORES QUE INFLUENCIAM NAS VARIAÇÕES DE TEMPERATURA


 Idade: ver tabela.
 Hora do Dia:
Abaixa de 04:00h às 06:00h.
Eleva de 16:00h às 20:00h.
 Fatores Emocionais: Em geral elevam.
 Atividade Física: Eleva significativamente.
 Ciclo Menstrual: Eleva 0,3 a 0,5 °C (antes do início).
 Gestação: Eleva em aproximadamente 0,5°C.
 Ambiente Externo:
Frio: Temperatura Corporal abaixa;
Quente: Temperatura corporal eleva.
 Local de Verificação:

As manifestações clínicas das variações de temperatura podem ser


visualizadas nos quadros abaixo:
24

 PULSO (FREQUÊNCIA CARDÍACA)


É a onda de sangue que surge pela contração do ventrículo esquerdo
durante o ciclo cardíaco.

A elasticidade inerente da aorta permite sua expansão e a aceitação do


novo suprimento sangüíneo.

PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DO PULSO


Na monitorização do pulso e dada atenção específica para verificação de
03 parâmetros:
 Freqüência (BPM): Número de batimentos cardíacos por minuto.
 Ritmo: Descreve os intervalos entre os batimentos cardíacos (Regular ou Constante /
Irregular ou Inconstante).
 Volume (Força): Diz respeito à quantidade de sangue empurrado através da artéria
durante cada contração ventricular. Pode ser:
- Fraco ou Tênue: Pulso baixo e facilmente obliterado;
- Forte ou Cheio: Pulso largo e difícil de ser obliterado.

Outros:
- Bigeminal: Pico sistólico duplo;
- Alternante: Por vezes é forte, e em outras é fraco;
- Paradoxal: Ocorre uma redução palpável do volume do pulso durante a inspiração
tranqüila, com retorno para o volume normal na expiração.

FATORES QUE INFLUENCIAM NAS VARIAÇÕES DE PULSO


 Idade: ver tabela.
 Sexo: Homens e meninos, em geral tem freqüência de pulso mais baixas do que
mulheres e meninas.
 Fatores Emocionais: Geralmente eleva (freqüência cardíaca e volume).
 Atividade Física: Eleve significativamente (freqüência cardíaca e volume).
 Calor Sistêmico ou Local: A freqüência cardíaca eleva.

VERIFICAÇÃO
A verificação do pulso arterial pode ser realizada de duas maneiras:
a) Pulso Periférico: Quando o pulso pode ser palpado sempre que uma artéria superficial
possa ser estabilizada sobre uma superfície óssea.

Existem diversos locais para a verificação desta modalidade de pulso,


sendo as mais comuns as do pulso radial e das carótidas externas.

 Temporal: Látero-superiormente ao canto externo do olho;


 Carótida Externa: Um pouco anteriormente a linha do lóbulo auricular e dirigindo-se
inferiormente (na região lateral do pescoço). Entre o músculo
esternocleidoocciptomastóideo e a traquéia.
 Braquial: Face medial da cavidade antecubital.
 Radial: Face radial do punho na base do polegar.
 Femoral: Região Inguinal;
 Poplíteo: Região posterior do joelho (semi-flexão do joelho);
 Podal: Face dorso-medial do pé.
25

INSTRUMENTO: Polpas digitais.

b) Pulso Apical: Obtido diretamente do ápce do coração.

INSTRUMENTO: Estetoscópio ou Pulsímetros Eletrônicos.

OBS.: Os valores do pulso radial,em geral,são os mesmos do pulso apical. Contudo em


algumas situações onde o sangue bombeado para fora do ventrículo esquerdo, não atinja
os vasos periféricos, o pulso apical deve ser mais forte.

OBS.: Existem Pulsímetros Eletrônicos, que utilizam sensores para os dedos ou lóbulo
auricular.

AUSCULTA CARDÍACA:

O tórax deve estar descoberto e o paciente pode ser avaliado em D.D.


(habitualmente), sentado ou em D.L.E. O terapeuta deve estar ao lado direito do paciente.

 Focos ou Áreas de Ausculta:


1°- Foco Aórtico (FA): No 2° espaço intercostal direito, na região paraesternal;

2°- Foco Pulmonar (FP): No 2°espaço intercostal esquerdo, na região paraesternal;

3°- Foco Aórtico Acessório (FAA): No 3°espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno;

4°- Foco Tricúspide (FT): Na base do processo xifóide, ligeiramente para a esquerda.

5°- Foco Mitral (FM): No 4° ou 5° espaço intercostal esquerdo, na linha interclavicular (Ictus
Cordis).

BULHAS CARDÍACAS:

 Primeira Bulha (B1): Corresponde ao fechamento das valvas Mitral (AE – VE) e Tricúspide
(AD – VD), respectivamente.
É mais audível ao nível do Ictus Cordis, sendo reconhecido por um som de timbre
mais grave, de duração um pouco maior do que segunda Bulha (TUM).

 Segunda Bulha (B2): Corresponde ao fechamento das valvas Aórtica e Pulmonar,


respectivamente.
É audível tanto sobre o Foco Aórtico quanto do Foco Pulmonar, porém sendo mais
audível no Foco Aórtico, seu timbre é mais agudo e seco (TÁ).

 Terceira Bulha (B3): Corresponde às vibrações da parede ventricular que é subitamente


distendida pelo seu enchimento súbito e passivo.
É mais audível sobre o Foco Mitral, quando o paciente estiver em D.L.E.,
sendo reconhecido por um ruído de baixa freqüência e breve (TU). Habitualmente
observado em crianças e adolescentes, raramente em adultos.
26

 Quarta Bulha (B4): Corresponde a brusca desaceleração do fluxo sanguíneo, de encontro à


massa sangüínea existente no interior dos ventrículos. Este ruído é mais audível em crianças e
adultos jovens.

 RESPIRAÇÃO
Como a respiração se acha sob controle voluntário e involuntário, é
importante que o paciente não perceba que a respiração esta sendo avaliada. Sugere-se
que após monitorar o pulso, os dedos podem permanecer no lugar de verificação, sendo
então iniciada a avaliação da respiração. O ideal é que a respiração seja avaliada com o
tórax exposto.

A avaliação da respiração tem por objetivo verificar a integridade das vias


respiratórias e dos mecanismos regulares da respiração:

MECANISMOS REGULARES DA RESPIRAÇÃO


 Centro Respiratório: Ponte e Bulbo;
 Quimioceptores: Centrais (no centro respiratório) e periféricos (na bifurcação das
artérias [corpos carotídeos e no arco aórtico [corpos aórticos]);
 Músculos Respiratórios.

PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DA RESPIRAÇÃO


Durante a avaliação da função respiratória, busca-se verificar as seguintes
características:

 Freqüência Respiratória (IRPM): Número de movimentos respiratórios por minuto.


 Profundidade: Refere-se à quantidade (volume) de ar trocado em cada respiração.
Normalmente esta quantidade de ar é a mesma a cada movimento respiratório,
produzindo movimentos homogêneos do tórax. Em geral é descrita como:
- Profunda;
- Superficial.

 Ritmo: Refere-se ao intervalo de tempo entre as respirações:


- Regular;
- Irregular.

 Esforço Respiratório: Diz respeito ao esforço necessário para produzir os movimentos


respiratórios:
- Eupnéico;
- Dispnéico (Hiperpneico ou Hipopneico).

 Relação entre o Tempo de Inspiração e Expiração (I:E): Em condições normais deve ser de
1:2, ou seja ao tempo expiratório é de aproximadamente o dobro do tempo inspiratório.

 Padrão Respiratório: É dado pela combinação dos parâmetros acima, e pode ser de diversos
tipos:
- Normal: Sem esforço exagerado e o tempo expiratório é, de aproximadamente, o
dobro do tempo inspiratório;
- Superficial Rápida: Caracterizada por uma taquipnéia, porém sem
aprofundamento da respiração;
27

- Profunda Rápida: Caracterizada por uma hiperpnéia e por uma hiperventilação,


com aprofundamento da respiração;
- Lenta: caracterizada por uma bradipnéia, que resulta em baixas freqüências
cardíacas;
- Cheyne-Stokes: Caracterizada pela alternância entre períodos de hiperpnéia e de
apnéia;
- Atáxica (Biot): Irregular e imprevisível. As respirações podem ser profundas ou
superficiais e podem parar por alguns instantes;
- Obstrutiva: Caracterizada por expirações prolongadas e por períodos de
respiração superficial.

 Sons Respiratórios: Avalia o caráter da respiração.

AUSCULTA RESPIRATÓRIA:

 Tórax: Faz-se a ausculta do tórax preferencialmente com o paciente sentado, e


tórax desnudo. O paciente deve respirar um pouco mais profundamente e com os
lábios entreabertos.
 Locais de Ausculta:
- Anteriormente: Ápces pulmonares e todos os espaços intercostais à direita e esquerda;

- Lateralmente: Ponto superior, médio e inferior;

- Posterior: Todo o rebordo escapular medial.

 Sons de Ausculta (Pleuropulmonares):


- Sons Normais:

 Som Traqueal;
 Respiração Brônquica;
 Murmúrio Vesicular.

- Sons Anormais: Podem ser de diversos tipos:


 Sibilo: Som de assobio produzido pelo ar passando por uma via aérea estreitada. Podem
ser tanto inspiratórios, quanto expiratórios, e às vezes são audíveis ao ouvido desarmado;
 Estridor: Som áspero e agudo produzido pela obstrução das vias aéreas superiores (glote
e traquéia). Também podem ser audíveis sem estetoscópio em algumas situações (objeto
estranho, por exemplo);
 Creptação (Estertores): Sons bolhosos, ou de atrito entre os cabelos, causado pela
passagem do ar por vias aéreas com secreção;
 Suspiro: Inspiração profunda seguida de uma expiração prolongada. Quando ocasionais,
são normais e servem para expandir alvéolos. Quando freqüentes são anormais;
 Roncos: Som grave devido à passagem do ar, por ductos respiratórios mais calibrosos
(traquéia e brônquios principais), com secreção;
 Atrito: Som forte e rude devido ao contato entre os folhetos da pleura, quando estes
encontram-se espessados.
28

FATORES QUE INFLUENCIAM NA RESPIRAÇÃO

 Idade: Ver tabela;


 Tamanho Corporal e Estatura: Homens geralmente inspiram um volume de ar maior do que
as mulheres, assim como os adultos em relação às crianças;
Indivíduos altos e magros também inspiram maiôs volume de ar do que
indivíduos robustos e obesos.
 Exercício: A freqüência e a profundidade respiratória aumenta significativamente com o
exercício;
 Posição do Corpo: O decúbito dorsal pode afetar a respiração quanto ao volume e padrão
respiratório.

 PRESSÃO ARTERIAL
Corresponde a força que o sangue exerce contra a parede de um vaso
sangüíneo. Esta pressão é sempre mais alta nas artérias, mais baixa nos capilares e ainda
menor nas veias.
A pressão é medida no ponto mais alto e no ponto mais baixo do pulso. Esses pontos
são representados pela pressão sistólica (força com que o sangue é ejetado na aorta, após a
contração do ventrículo esquerdo) e pela pressão diástólica (força com que o sangue chega no
ventrículo direito).

A diferença entre as duas é chamada de Pressão de Pulso.

MECANISMOS REGULADORES

 Centro Vasomotor: Localizado bilateralmente na parte inferior da Ponte e parte superior do


Bulbo cerebral;
 Receptores Aferentes:
- Baroceptores: Parede dos vasos (seios carotídeos e seios aórticos);
- Quimioceptores: Corpos carotídeos e corpos aórticos.

PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

 Pressão Sistólica: Força com que o sangue sai do ventrículo esquerdo;


 Pressão Diastólica: Força com que o sangue chega ao átrio direito;
 Hipertensão Arterial: Medidas elevadas de P.A.;
 Hipotensão Arterial: Medidas baixas de P.A.;
 Diferença de Pressão ou Pressão de Pulso (DDP):
 Sons de Korotkoff: São os sons auscultados durante a verificação da pressão arterial:
- Fase 1: Quando a artéria é enfim desobstruída e o sangue flui por ela. É uma percussão
rítmica, clara e tênue (pressão sistólica);
- Fase 2: Som de murmúrio ou zunido;
- Fase 3: Os sons se tornam mais nítidos;
- Fase 4: Som de um abafamento abrupto (1º Pressão Diastólica);
- Fase 5: Sem som (2º Pressão Diastólica).

FATORES QUE INFLUENCIAM NA PRESSÃO SANGÜÍNEA:

 Idade: Ver tabela;


29

 Volume Sangüíneo: A perda de sangue (hemorragias) fará com que a pressão sangüínea caia
(choque hipovolêmico). O aumento de volume sangüíneo (transfusão) fará com que a pressão
arterial aumente;
 Diâmetro ou Elasticidade das Artérias: Vasos sangüíneos obstruídos (Aterosclerose) ou
menos elásticos(Arterioesclerose) levam a um aumento da resistência a passagem do fluxo
sangüíneo e conseqüentemente ao aumento da Pressão Arterial (Sistólica);
 Atividade Física: Leva a um aumento linear da pressão sangüínea (aumento da pressão
sistólica);
 Posição do Braço: O ideal é que o paciente esteja com o braço apoiado e posição horizontal
ao nível do coração.

INSTRUMENTOS

 Esfingmomanômetro;
 Estetoscópio.

OBS.: Já existem no mercado esfingmomanômetros eletrônicos.

AULA 4

PLANIMETRIA E MOVIMENTOS CORPORAIS

PLANIMETRIA: É o estudo dos planos e eixos que delimitam e dividem


o corpo humano.

Uma orientação estrutural adicional sobre o corpo humano compreende os


planos de orientação cardinal. Os três planos cardinais correspondem às três dimensões
do espaço, sendo cada plano perpendicular aos outros dois.

a) Plano de Divisão Fundamentais


 Mediano ou Sagital Mediano: É o plano imaginário da secção vertical que passa
longitudinalmente através do corpo e o divide em 2 metades mais ou menos
semelhantes (antímero direito e antímero esquerdo);
 Plano Frontal ou Coronal: É um plano de secção vertical, faz ângulo reto com o
plano mediano, dividindo o corpo em 2 metades: anterior ou ventral e posterior
ou dorsal;
 Plano Horizontal: É um plano perpendicular aos planos e sagital que divide o
corpo em duas metades: superior e inferior.

b) SubPlanos de Delimitação
 Plano Transversal: É qualquer plano paralelo ao plano horizontal. Pode ser:
a) Superior ou Cefálico: Tangencia o indivíduo superiormente:
b) Inferior ou Podálico: Tangencia o indivíduo inferiormente:
 Anterior ou Ventral: Tangencia o indivíduo anteriormente;
 Posterior ou Dorsal: Tangencia o indivíduo posteriormente;
 Lateral Direito ou Lateral Esquerdo (Paramediano): Tangenciam o indivíduo
lateralmente. É qualquer plano paralelo ao mediano.
30

c) Eixos Anatômicos
Existem três eixos anatômicos imaginários, cada um associado a um plano de
movimentação e perpendicular àquele plano.
Eixo Transversal ou Látero-lateral (X): Atravessa o corpo de lado a lado, portanto,
o plano perpendicular a este eixo é o plano sagital.
Eixo Antero-posterior (Z): Atravessa o corpo da frente para trás, e está associado
com a movimentação no plano frontal.
Eixo Longitudinal ou Céfalo-podálico (Y): Atravessa o corpo de cima para baixo,
sendo assim perpendicular ao plano transversal.

MOBILIDADE

A movimentação humana é extremamente complexa e variável e a


descrição exata da posição e da movimentação das articulações durante o movimento é
extremamente difícil. A descrição verbal da posição e da movimentação das articulações
durante os movimentos proporcionam um meio prático e adequado de descrever a
movimentação do homem.

Movimentos Fundamentais

Ação Definição
Flexão Diminuição do ângulo entre dois ossos
Extensão Aumento do ângulo entre dois ossos
Abdução Movimentação para fora da linha média (do corpo ou da parte)
Adução Movimentação em direção à linha média (do corpo ou da parte)
Elevação Movimentação para uma posição superior
Depressão Movimentação para uma posição inferior
Rotação Movimentação em torno do eixo vertical do osso
Supinação Rotação lateral do punho ou mão em relação ao cotovelo
Pronação Rotação medial do punho ou mão em relação ao cotovelo
Inversão Elevação da borda medial do pé
Eversão Elevação da borda lateral do pé
Dorsiflexão Movimentação do peito do pé em direção à canela
Flexão Plantar Movimentação da sola do pé para baixo (apontar os dedos)
Circundação É uma combinação de movimentos nos planos Sagital e Frontal e planos
oblíquos entre eles, que resulta no traçado de um cone pelo segmento em
movimento, realizando em seqüência flexão, abdução, extensão e adução.
31

OBS: Existe ainda um movimento próprio do polegar, que é denominado de Oponência,


e ocorre quando o Polegar fica em oposição a qualquer um dos demais dedos da mão,
para realizar a pinça, por exemplo.

OBS: A Hiperextensão é um movimento presente apenas em algumas pessoas, e ocorre


quando há movimentação além da posição de extensão.

As possibilidades de movimentação das articulações do corpo humano são


complexas e variáveis. Muitas articulações realizam movimentos simples em um único
plano, mantendo essencialmente constante o eixo de rotação. Outras articulações
permitem a movimentação em três planos, modificando assim continuamente a
localização do eixo.

MOVIMENTO X PLANO X EIXO

MOVIMENTO PLANO EIXO


Flexão Sagital Tranversal ( Lát-lat. )

Extensão Sagital Tranversal ( Lát-lat. )

Abdução Frontal Ântero-posterior

Adução Frontal Ântero-posterior

Rotação Lateral Transversal Longitudinal

Rotação Medial Transversal Longitudinal

Supinação Transversal Longitudinal

Pronação Transversal Longitudinal

Inversão Frontal Ântero-posterior

Eversão Frontal Ântero-posterior

Dorsiflexão Sagital Tranversal ( Lát-lat. )

Flexão Plantar Sagital Tranversal ( Lát-lat. )

Circundação Todos Todos

MÉTODOS PARA ESTUDO DO MOVIMENTO DOS SEGMENTOS CORPORAIS

1)Goniometria: Estudo através das medidas das angulações dos movimentos articulares
com intuito de aferir graus aos movimentos existentes em cada plano;
32

2)Eletrogoniometria: Técnica de registro contínuo e automático do movimento articular


podendo ser acoplado a um sistema informatizado que detecta as variações dos graus
de movimento durante uma determinada atividade;

3)Técnica de fotografia: Permite uma análise mais detalhada do movimento realizado tendo
sido desenvolvida a partir do final do século XIX;

4)Vídeo filmagem: Utilização de câmeras de vídeo ou de filmagem em velocidades


conhecidas a fim de analisarmos mais apuradamente;

5) Aparelho de SELSPOT: Fornece um meio de registro automático do movimento, com


a ajuda de pequenos feixes de luz fixados as partes corporais que se movimentam em uma
sala escura, permitindo que o observador com auxílio de câmeras de filmagem possa
analizar mais detalhadamente um determinado movimento.
AVALIAÇÃO DE OMBRO
AVALIAÇÃO DE COTOVELO
AVALIAÇÃO DE PUNHO E DEDOS
1.História Clínica
• Idade do paciente
• Sustenta o MS com sustentação protegida?
• Lesão? (mecanismo)
• Dor? (movimentos que a acarretam)
• Atividades que aumentam a dor
• Problema há quanto tempo
• Espasmo muscular, atrofia, deformidade, parestesia
• Fraqueza e peso no MS após atividade?
• Lesão Nervosa
• Mão dominante
2. COMPLEXO do OMBRO
 Mobilidade X Estabilidade
 Estabilização por ligamentos e tendões dos músculos
 Articulações: esternoclavicular, acromioclavicular e
escápulotorácica
2.1. Anatomia
2.2.Inspeção
 Uniformidade e simetria da movimentação
 A mobilidade anormal aparece geralmente unilateral e
distorcida
 Presença de vesículas, descolorações, escaras, trofismo
de pele.
 Comparar bilateralmente
 Avaliar cabeça e pescoço
2.2.Inspeção
 Ombro dominante mais baixo
 Avaliar vistas anterior, posterior e lateral
2.3.Palpação
 Notar espasmos, sensibilidade e outros sinais e
sintomas indicativos da fonte da patologia
 Avaliação da dor
2.3.Palpação de face anterior

 Articulação esternoclavicular
 Clavícula
 Articulação acromioclavicular
 Acrômio
 Tubérculo maior do úmero
 Sulco intertubercular
2.3.Palpação de Face Posterior

 Espinha da escápula
 Escápula : bordo lateral e medial, ângulo superior,
ângulo inferior
2.3.Palpação de partes moles

 Pele, músculos, ligamentos, tendões


 Tônus, consistência, tamanho e contorno de cada
músculo individualmente
 Manguito rotador (supraespinhal, infraespinhal,
rendondo menor e subescapular)
 Músculos da região da axila
 Músculos da cintura escapular
3. Cotovelo: Anatomia
 Função: posicionar a
mão para realizar
atividade.
 3 articulações:
- Umeroulnar
- Umerorradial
- Radioulnar proximal
3.1. Inspeção
 Observar estrutura corporal
completa
 Área pescoço e ombros
 Observar em extensão
 Edema: localizado ou difuso
 Cicatrizes (restringem
movimento?)
 Contornos ósseos
 Avaliar desvios
3.2-Palpação Óssea
 Epicôndilo medial
 Olécrano
 Fossa do Olécrano
 Epicôndilo medial
 Epicôndilo lateral
 Cabeça do rádio
3.3-Palpação de tecidos moles
Face medial (cotovelo fletido a 90⁰ com leve extensão
e abdução do ombro)

 Nervo ulnar (entre o epic. Medial e o processo olécrano)


 Flexores e pronadores do punho
 Ligamento colateral medial
3.4-Palpação de tecidos moles
Face posterior:
• Bolsa olecraniana
• Tríceps braquial
Face lateral
• Extensores do punho
• Ligamento colateral lateral
Face anterior
• Tendão do bíceps
• Artéria braquial
• Nervo mediano
• Nervo musculocutâneo
4. Punho e Mão
 Constituem as partes mais ativas da extremidade superior;

 Tem a mobilidade aumentada pela extensa variedade de


movimentos do ombro e pelos movimentos complementares
do cotovelo;

 São: 28 ossos, numerosas articulações, 19 músculos


intrínsecos e 20 músculos extrínsecos do punho e da mão;

 A mão: - órgão expressivo de comunicação;


- papel protetor (motor e sensorial).
4.1- Anatomia Aplicada
 Articulações:

- Radioulnar distal;
- Radiocarpal;
- Intercarpais;
- Médio-carpais;
- Carpometacarpal;
- Metacarpofalângicas e;
- Interfalângicas.
Anatomia Aplicada
4.2.- Inspeção
 Exame das faces dorsal e palmar;
 Contornos ósseos e de tecidos moles do antebraço, punho e
mão;
 Funcionalidade da mão;
 Posição anatômica da mão;
 Posição de imobilização da mão;
 Trofismo, pilosidade, alterações vasomotoras e sudomotoras;
 Articulações;
 Presença de nódulos ou deformidades;
 Presença de lesões, edemas ou cicatrizes.
4.3-Palpação Óssea
 Inicia-se de proximal para distal;
 Primeiro na face dorsal e em seguida na face palmar;
 Estruturas a ser palpadas:

1. Ossos do punho
4.3 - Palpação óssea
2. Processo estilóide do rádio e da ulna;

3. Tabaqueira anatômica;

4. Metacarpos;

5. falanges.
4.4- Palpação de partes moles
 Os músculos devem ser palpados em busca de dor;

 Observar: tônus, consistência, tamanho e contorno de cada


músculo;

 Tabaqueira anatômica: tendões abd. curto e longo do polegar;

 Artéria ulnar;

 Eminência tenar;

 Eminência hipotenar.
Avaliação de MMII:
Inspeção, palpação

QUADRIL E CINTURA PÉLVICA


JOELHO
TORNOZELO E PÉ
1- História Clínica

 Qual a idade do paciente?


 Qual é a profissão do paciente?
 Qual o mecanismo de lesão?
 Há dor? Onde? Que tipo? É difusa? Contínua? Irradiação?
 Existem posturas ou ações que aumentam ou diminuem a
dor?
 Há algum movimento que o paciente sinta fraco ou
anormal?
 Qual é a atividade usual ou de lazer do paciente?
2- Quadril: Anatomia Aplicada
2.1- Inspeção

 Roupas adequadas para avaliar;


 Observação da marcha;
 Avaliar a simetria e uniformidade da dissociação de
cinturas escapular e pélvica;
 Avaliar a presença de
assimetria de movimentos
e posturas antálgicas;
 Simetria da sustentação
de peso;
 Equilíbrio;
2.1- Inspeção

 Simetria entre MMII;


 Cristas ilíacas;
 Coluna lombar (perfil - lordose);
 Comprimento de MMII;
 Trofismo: coloração da pele, cicatrizes, fístulas, etc...
 Anormalidades dos contornos ósseos;
2.2. Palpação Óssea

 Dor a palpação?
 DD ou em pé;
 Em pé → para avaliar a sustentação de peso;
 Comparação entre os lados D/E;
 Face anterior: EIAS; crista ilíaca; trocânter maior;
 Face posterior: EIPS→ S2;
Crista ilíaca post.→ L4-L5;
Túber isquiático.
2.3. Palpação de Tecidos Moles

 Dor a palpação;
 Trocânter maior (porção lat.) → mm. Glúteo médio;
 Nervo ciático → ponto médio entre trocânter maior e
tuberosidade isquiática;
 Músculos: iliopsoas, sartório, reto femural, glúteo
max., isquitibiais, adutores e abdutores;
2.4. Avaliação Funcional

 Agachar-se;
 Subir e descer escadas um degrau de cada vez;
 Cruzar as pernas;
 Correr reto a frente;
 Correr e desacelerar;
 Correr e fazer voltas;
 Pular em uma perna;
3- Joelho: Revisão Anatômica
3.1. Palpação Óssea

 Dor a palpação?
 DD ou em pé;
 Em pé → para avaliar a sustentação de peso;
 Comparação entre os lados D/E;
1. Tuberosidade da tíbia;
2. Platô tibial medial e lateral;
3. Côndilo femural medial e lateral;
4. Cabeça da fíbula;
5. Patela;
3.2. Palpação de Tecidos Moles

 Dor a palpação ou tensão muscular?;


 Edema?
1. Tendão infrapatelar;
2. Menisco medial e lateral;
3. Ligamento colateral medial
e lateral;
4. Músculos: quadríceps e
tríceps femural.
3.3. Avaliação Funcional

 Agachar-se;
 Subir e descer escadas um degrau de cada vez;
 Subir e descer rampas;
 Cruzar as pernas;
 Correr reto a frente;
 Correr e desacelerar;
 Correr e fazer voltas;
 Pular em uma perna;
 Caminhar com um pé a frente do outro;
 Caminhar de costas e lateralmente.
4- Tornozelo e Pé: Revisão Anatômica
4.1- Inspeção

 Observação da marcha;
 Avaliação postural;
 Avaliação das articulações;
 Trofismo, feridas, descolorações, cicatriz...;
 Anatomia do pé e condições dos sapatos;
 Arco longitudinal medial (pé cavo e pé plano);
 Edemas? Circulação?
 Descarga de peso? Marcha?
 Distribuição da pressão: 50-60% calcanhar
e 40-50% pela cabeça dos metatarsos;
 Alterações de sensibilidade;
4.2. Palpação Óssea

 Dor a palpação?
 Em pé;
 Avaliar a sustentação de peso;
 Comparação entre os lados D/E;
1. 1ª artic. Metacarpofalangiana
e cabeça do 1º metatarso;
2. Cabeça dos metatarsos;
3. 1º metatarso-cuneiforme;
4. Tálus;
6. Maléolo medial e lateral;
7. 5º metatarso e 5ª articulação metatarsofalangena;
8. calcâneo.
9. Metatarsos, falanges.
4.3. Palpação de Tecidos Moles

 Dor a palpação ou tensão muscular?;


 Edema?
1. Tendão do calcâneo;
2. Aponeurose plantar (fáscia plantar);
3. mm. Tibial anterior, extensor longo do hálux e
extensor longo dos dedos;
4. mm. Gastrocnêmio e sóleo.
Avaliação de MMSS e MMII

COMPRIMENTO DE MEMBROS
PERIMETRIA
1. Comprimento de membros - MMSS

Comprimento de membros
Membro MMSS
Segmentos Braço Antebraço Total
Referências Real Vertice do Epicôndilo Vertice do
acrômio lateral acrômio
Aparente
Real Epicôndilo Processo Processo
lateral Estilóide do Estilóide do
rádio rádio
Aparente Distal do 3º Distal do 3º
dedo dedo
2. Comprimento de membros - MMII

Comprimento de membros
Membro MMII
Segmentos Coxa Perna Total
Referências Real EIAS Interlinha EIAS
articular do
joelho medial
Aparente Cicatriz Cicatriz
umbilical umbilical
Real Interlinha Maléolo medial Maléolo
articular do medial
joelho
medialmente
Aparente
3. Perimetria de membros - MMSS

→ Av. massa muscular e edema:


Medidas podem ser a 5 cm, 10 cm e 15 cm;
Ponto de referência: Epicôndilo lateral;
→Av. de massa muscular / edema: no ponto
médio do segmento.
Pontos de referência:
Braço: 1. Acrômio; 2. epicôndilo lateral.
Antebraço: 1. epicôndilo lateral; 2. Processo estilóide
do rádio.
4. Perimetria de membros - MMII

→Av. massa muscular e edema:


Medidas podem será a 15 cm e 20 cm;
Ponto de referência: Côndilo lateral;
→Av. de massa muscular / edema: no ponto
médio do segmento.
Pontos de referência:
Coxa: 1. Trocânter maior; 2. Côndilo lateral;
Perna: 1. Côndilo lateral; 2. Maléolo Lateral;
AVALIAÇÃO DE OMBRO
AVALIAÇÃO DE COTOVELO
AVALIAÇÃO DE PUNHO E DEDOS

Docente: Daliane F. Marinho


Avaliação da Força Muscular
 Grau 0: Nenhuma atividade contrátil;
 Grau 1: Contração palpável e nenhum
movimento;
 Grau 2:
- Amplitude completa de movimento (ADM) a favor da
gravidade ou;
- Amplitude parcial de movimento contra a gravidade;
 Grau 3: ADM normal do movimento contra a
gravidade;
 Grau 4: Vence uma resistência submáxima;
 Grau 5: Vence uma resistência máxima;
Abdução Escapular e rotação para cima
(mm. serrátil anterior)
 Paciente: sentado;
 Terapeuta: de pé ao lado do
paciente;
 Teste: o pcte eleva o braço até
130° de flexão + ext. do
cotovelo; Grau 4 e 5 Grau 3
 Local de palpação: ângulo
inferior da escápula;
 Instruções ao pcte: eleve o
braço e não deixe abaixar;
 Local de aplicação da R:
braço do paciente, prox. a
articulação;
Grau 2 Grau 1
Elevação Escapular
(mm. Trapézio – fibras superiores)
 Paciente: sentado para graus
5,4,3 e DV para grau 2 e 1;
 Terapeuta: de pé atrás do
paciente;
 Local de palpação: parte
superior dos ombros;
 Instruções ao pcte: levante os Grau 4 e 5 Grau 3
ombros;
 Local de aplicação da R: : parte
superior dos ombros;

Obs: observar assimetrias


escapulares e tônus muscular. Grau 2 e 1
Adução Escapular
(mm. Trapézio – fibras médias)
 Paciente: DV com o ombro na
borda da mesa (abd. 90° e rodado
externamente) para todos os graus;
 Terapeuta: de pé ao lado do
paciente;
 Local de palpação: fibras médias –
espinha da escápula; Grau 4 e 5 Grau 3
 Instruções ao pcte: levante os
ombros na direção do teto;
 Local de aplicação da R: cotovelo
– para baixo;
Obs: Estabilizar a escapula
contralateral para evitar rotações. Grau 2 e 1
Depressão e Adução Escapulares
(mm. Trapézio – fibras inferiores)
 Paciente: DV com os braços acima
da cabeça até 145° de abd. +
antebraço na posição média - para
todos os graus;
 Terapeuta: de pé ao lado do
paciente;
 Local de palpação: fibras inf. – Grau 3
abaixo da espinha da escápula; Grau 4 e 5
 Instruções ao pcte: eleve os braços
da mesa o mais alto possível;
 Local de aplicação da R: cotovelo
para baixo (úmero distal); Grau 2 e 1
Obs: Estabilizar a escapula
contralateral para evitar rotações.
Adução Escapular e rotação para baixo
(mm. Rombóides)
 Paciente: DV com o ombro rodado
internamente e braço em adução e a
mão apoiada nas costas – para graus
5, 4, 3 e sentado com as mãos atrás
das costas para grau 2 e 1; Posição inicial Grau 4 e 5
 Terapeuta: de pé ao lado do
paciente;
 Local de palpação: borda vertebral
da escápula;
 Instruções ao pcte: levante a mão;
 Local de aplicação da R: acima do
Grau 3
cotovelo - descendente e para fora;
Obs: Estabilizar a escapula Grau 2 e 1
contralateral para evitar rotações.
Flexão do ombro
(mm. Deltóide anterior, supra espinhoso e coracobraquial)
 Paciente: sentado com os braços
ao longo do corpo, cotovelo
levemente fletido e antebraço
pronado – para todos os graus.
 Terapeuta: de pé ao lado do
paciente a ser testado;
 Local de palpação: deltóide ant.;
Grau 4 e 5 Grau 3
 Instruções ao pcte: levante o
braço até a altura do ombro;
 Local de aplicação da R: úmero
distal – acima do cotovelo;
Obs: Estabilizar o ombro. Grau 2 e 1
Extensão do ombro
(mm. Grande dorsal, redondo maior e deltóide posterior)
 Paciente: sentado com os braços ao
lado do corpo e as mãos apoiadas sobre a
mesa– para graus 5 e 4; DV e cabeça Grau 5
rodada, braços ao longo do corpo e
rodado internamente;
 Terapeuta: de pé atrás do paciente (5,4);
de pé do lado a ser testado (3,2,1)
 Local de palpação: deltóide post.;
Grau 3
 Instruções ao pcte: levante as nádegas
da mesa (5, ‘4’); levante os braços o mais
alto que puder (3,2,1)
 Local de aplicação da R: o peso do
corpo; Grau 2 e 1
Obs: Não existe um grau 4 perfeito nesta
sequência.
Abdução do ombro
(mm. Deltóide médio e supra-espinhoso)

 Paciente: sentado com os braços ao


lado do corpo em ligeira flexão– para
graus 5 ,4 e 3; DD com braços ao longo
do corpo e cotovelo apoiado (2,1);
 Terapeuta: de pé atrás do paciente
Grau 5 e 4 Grau 3
(5,4,3); de pé do lado a ser testado (2,1)
 Local de palpação: deltóide médio;
 Instruções ao pcte: abra os braços
para lateral – para todos os graus;
 Local de aplicação da R: úmero distal
( próx. ao cotovelo);
Obs: Estabilizar a escápula.
Grau 1
Grau 2
Adução horizontal do ombro
(mm. Peitoral maior)

 Paciente: DD com ombro abduzido


em 90° e cotovelo em flexão de
90°braços (para todo o mm.) – para
graus 5,4,3; sentado com o MS
apoiado sobre uma mesa – grau 2; Grau 5 e 4
 Terapeuta: de do lado a ser testado;
 Local de palpação: peitoral maior
(parte sup. do tórax); Grau 3

 Instruções ao pcte: movimente sua


mão através do tórax;
 Local de aplicação da R: acima do
punho; Grau 2
Rotação externa do ombro
(mm. Infra-espinhoso e redondo menor)

 Paciente: DV com a cabeça virada para o


lado a ser testado, ombro abduzido em
90° com o braça apoiado plenamente
sobre a mesa e antebraço suspenso
verticalmente – para graus 5 e 4; DV +
Grau 5 e 4 Grau 3
tronco na borda da mesa + MS pendurado
em posição neutra e palma da mão para a
mesa – grau 2;
 Terapeuta: de pé do lado a ser testado;
 Local de palpação: ao longo da borda
axilar da escápula;
 Instruções ao pcte: levante o braço até o
nível da mesa;
 Local de aplicação da R: acima do Grau 2 e 1
punho;
Rotação interna do ombro
(mm. subescapular)

 Paciente: DV com a cabeça virada


para o lado a ser testado, ombro
abduzido em 90° com o braça apoiado
plenamente sobre a mesa e o
antebraço pendente – graus 5,4,3; DV
Grau 5 e 4 Grau 3
com o ombro na borda e o braço
pendente – graus 2,1;
 Terapeuta: de pé do lado a ser
testado;
 Local de palpação: área central da Grau 2 e 1
axila;
 Instruções ao pcte: movimente o
antebraço para cima e para trás;
 Local de aplicação da R: acima do
punho – região anterior;
Flexão do cotovelo
(mm. Bíceps braquial, braquial e braquiorradial)

 Paciente: sentado com os braços ao


lado do corpo em ligeira flexão– para
graus 5 ,4 e 3; DD com braços com o
cotovelo em flexão de 45º (2,1);
 Terapeuta: de pé em frente do mm. Braquial
paciente para o lado a ser testado
(5,4,3); de pé do lado a ser testado (2,1) mm. Biceps Grau 5 e 4
Braquial
 Local de palpação: linha articular na mm. Braquiorradial
porção anterior do cotovelo;
 Instruções ao pcte: “dobre o Grau 2
cotovelo” – para todos os graus;
 Local de aplicação da R: punho.

Obs: Estabilizar o ombro para graus 5 e 4


(b.braquial); cotovelo 5 e 4 (braquial;
braquiorradial) e grau 3. Grau 3
Grau 1
Extensão do cotovelo
(mm. Tríceps braquial)
 Paciente: DV com o ombro em 90º
de abd. e antebraço flexionado e
perndurado – graus 5,4,3; sentado
com abd. de 90º + posição neutra +
cotovelo em 45º - graus 3 e 2. Grau 5 e 4
 Terapeuta: de pé do lado a ser Posição inicial
testado.
 Local de palpação: linha articular
na porção posterior do cotovelo -
olécrano;
Grau 2
 Instruções ao pcte: “estique o
cotovelo” – para todos os graus; Grau 3
 Local de aplicação da R: punho.

Grau 1
Obs: Estabilizar o cotovelo.
Supinação do antebraço
(mm. Supinador, bíceps braquial)
 Paciente: sentado + braço ao lado +
cotovelo em flexão de 90º; antebraço
na posição neutra ou média – todos
os graus.
 Terapeuta: de pé ao lado ou em
frente ao paciente.
 Local de palpação: distalmente a
Grau 5 e 4 Grau 3
cabeça do rádio na face dorsal do
antebraço;
 Instruções ao pcte: “vire a palma
da mão para cima” – para todos os
graus;
 Local de aplicação da R: próximo
ao cotovelo.

Obs: Estabilizar o cotovelo. Grau 2 Grau 1


Pronação do Antebraço
(mm. Pronador redondo e pronador quadrado)
 Paciente: sentado + braço apoiado
+ cotovelo em flexão de 90º;
antebraço na posição neutra ou
média – todos os graus.
 Terapeuta: de pé ao lado ou em
frente ao paciente.
 Local de palpação: terço superior Grau 5 e 4 Grau 3
da superfície palmar do antebraço –
condilo medial até lat. do rádio;
 Instruções ao pcte: “vire a palma
da mão para baixo” – para todos os
graus;
 Local de aplicação da R: punho.
Grau 1

Grau 2
Obs: Estabilizar o cotovelo.
Flexão do Punho
(mm. Flexor radial do carpo e flexor ulnar do carpo)
• Paciente: sentado, antebraço em
supinação sobre a mesa + punho em Grau 5 e 4
posição neutra ou ligeiramente
estendido (5,4,3). Sentado com
cotovelo sobre a mesa + antebraço na
posição média + mão apoiada sobre o
lado ulnar (2). Antebraço supinado
sobre a mesa (1).
• Terapeuta: uma das mão apóia o
antebraço do paciente debaixo do
punho. Grau 3: flexor radial e ulnar Grau 2
• Teste: “Dobre o punho”.
• Palpação: tendão dos mm. flexor
radial e ulnar do carpo localizado no
punho anteriormente.
• R: na mão. Grau 1: flexor radial e ulnar
Extensão do Punho
(mm. extensor longo, curto e ulnar do carpo)

 Paciente: Sentado, cotovelo e


antebraço apoiados sobre a mesa,
antebraço em pronação (5,4,3,1).
Antebraço sobre a mesa na posição
neutra (2).
Grau 2
 Terapeuta: sentado ou em pé, em Grau 5, 4 e 3
frente ao paciente numa diagonal.
Sustentar o antebraço do pcte
debaixo do punho.
 Teste: “Levante seu punho,
mantenha essa posição.”
Grau 1: mm. extensor longo e curto
• Palpação: tendão dos mm. extensor radial do carpo.
longo e curto radial e ulnar do carpo
localizado no dorso do punho. Grau 1: mm. extensor
• R: superfície dorsal da mão. ulnar do carpo.
Flexão MF dos dedos
(mm.lumbricais e interósseos)

 Paciente: sentado ou em DD com Posição


antebraço em supinação. Punho em inicial
posição neutra, MF estendidas, IF
flexionadas (5,4,3). Antebraço e
punho na posição média + MF
estendidas + IF flexionadas (2). Grau 5, 4
 Terapeuta: estabiliza os metacarpos
proximais a articulação MF.
 Teste: o pcte flexiona MF e estende IF.
 Palpação: não pode ser palpado
(movimento mínimo).
Grau 2
 R: aplicada sobre a superficie palmar
da fileira proximal das falanges
Flexão IFP e IFD dos dedos.
(mm. flexor superficial e profundo dos dedos)

 Paciente: antebraço supinado, punho


Grau 5, 4
na posição neutra. O dedo a ser
testado em ligeira flexão (5,4,3).
Antebraço na posição média (2).
 Terapeuta: mantém todos os dedos
exceto o a ser testado em extensão
total. Grau 3

 Teste: “Dobre o dedo”.


 Palpação: mm. flexor superficial dos
dedos na superfície palmar do punho.
 R: cabeça da falange média do dedo. Grau 1
Flexão IFP e IFD dos dedos.
(mm. flexor superficial e profundo dos dedos)
 TESTES IFD (mm. flexor profundo dos dedos):
 Paciente: antebraço supinado, punho na posição neutra e
articulação IFP em extensão (5,4,3). Antebraço na posição
neutra (2).
 Terapeuta: estabiliza a falange média em extensão de cada
dedo.
 Teste: “Dobre a ponta do dedo”.
 Palpação: mm. flexor profundo dos
dedos na superfície palmar da falange
média de cada dedo.
 R: falange distal do dedo.
Extensão MF dos dedos.
(mm. extensor dos dedos, do indicador e do dedo
mínimo)
 Paciente: antebraço em pronação, punho na posição neutra.
Articulações MF e IF relaxados (5,4,3). Antebraço na posição média
(2).
 Terapeuta: mantém todos os dedos exceto o a ser testado em
extensão total.
 Teste: “Estenda os dedos, o dedo indicador e o mínimo”.
 Palpação: mm. flexor superficial dos dedos na superfície palmar
do punho.
 R: dorso da mão no trajeto em direção
a cada dedo.
Abdução dos dedos.
(mm. interósseos dorsais)

 Paciente: antebraço pronado,


punho na posição neutra. Os
dedos começam em ext. e abd.
Articulação MF na posição
neutra e evitar a hiperextensão
(5,4,3). Antebraço na posição
média (2).
 Terapeuta: apóia o punho na Grau 5, 4
posição neutra.
 Teste: “Abra os dedos”.
 Palpação: 1º mm. interósseo
dorsal na base da falange
proximal; mm. abdutor do dedo
mínimo é palpável na borda ulnar
da mão. Grau 1
Grau 3 e 2
 R: sobre a flange distal.
Adução dos dedos.
(mm. interósseos palmares)

 Paciente: antebraço pronado, punho


na posição neutra. Os dedos começam
em estendidos e aduzidos. Articulação
MF na posição neutra e evitar a flexão
(5,4,3). Iniciado com os dedos em
abdução (2).
 Terapeuta: segura a falange média de
cada dedo. Grau 5, 4
 Teste: “Mantenha os dedos juntos”.
 Palpação: raro, contra a parte lateral
de um dedo a ser testado.
 R: no sentido da abdução para cada
dedo. Grau 3 e 2
Flexão MF e IF do polegar.
(mm. flexor curto e longo do polegar)
 FLEXÃO MF do polegar
 Paciente: antebraço supinado,
punho na posição neutra. Os
dedos começam em estendidos e
Posição Inicial
aduzidos. Polegar em adução
(5,4,3).
 Terapeuta: estabiliza o 1º
Grau 5, 4, 3, 2
metacarpo.
 Teste: “Dobre o polegar”.
 Palpação: flexor longo
(eminência tenar); flexor curto no
lado ulnar do tendão longo
(eminência tenar). Grau 1
 R: contra a flexão MF sobre a
flange proximal.
Flexão MF e IF do polegar.
(mm. flexor curto e longo do polegar)
 FLEXÃO IF do polegar
 Paciente: antebraço supinado,
punho na posição neutra e
articulação MF do polegar em
extensão (5,4,3).
 Terapeuta: estabiliza a MF do
polegar em extensão.
 Teste: “Dobre o polegar”.
 Palpação: tendão do flexor longo
(superf. palmar da falange prox. do
polegar).
 R: contra a superfície palmar da
falange distal do polegar. Grau 5, 4, 3, 2
Extensão MF e IF do polegar.
(mm. extensor curto e longo do polegar)
 EXTENSÃO MF do polegar

 Paciente: antebraço na posição


média e punho na posição neutra.
Articulação MF em abd. e flexão
(5,4,3,2).
 Terapeuta: estabiliza o 1º metacarpo. Grau 5, 4, 3, 2
 Teste: “Estique o polegar”.
 Palpação: base do 1º metacarpo.
 R: superfície dorsal da flange
proximal na direção da flexão.

Grau 1
Extensão MF e IF do polegar.
(mm. extensor curto e longo do polegar)
 EXTENSÃO IF do polegar

Grau 5, 4, 3
 Paciente: antebraço na posição
média e punho na posição neutra.
Polegar relaxado (5,4,3). Antebraço
em pronação com punho na
posição neutra e polegar relaxado
Grau 2
(2)
 Terapeuta: estabiliza falange
proximal do polegar.
 Teste: “Estique o polegar”.
 Palpação: lado ulnar da tabaqueira
Grau 1
anatômica.
 R: superfície dorsal da falange
distal na direção da flexão.
Abdução do polegar.
(mm. abdutor longo e curto do polegar)
 Abdutor longo do polegar

 Paciente: antebraço e punho na


posição neutra. Polegar relaxado
em adução (5,4,3,2).
 Terapeuta: estabiliza os
Grau 5, 4, 3, 2
metacarpos dos 4 dedos e o punho.
 Teste: “Abra o polegar”.
 Palpação: base do 1º metacarpo
pelo lado radial.
 R: superfície dorsal da flange
proximal na direção da flexão.

Grau 1
Abdução do polegar.
(mm. abdutor longo e curto do polegar)
 Abdução curto do polegar

 Paciente: antebraço em supinação e


punho na posição neutra. Polegar
relaxado em adução (5,4,3). Antebraço na
posição média, punho na posição neutra
e polegar relaxado na adução (2). Grau 5, 4, 3, 2
 Terapeuta: estabiliza os metacarpos
(5,4,3); estabiliza o punho na posição
neutra (2).
 Teste: “Abra o polegar”.
 Palpação: base do 1º metacarpo pelo
lado radial.
 R: superfície dorsal da flange proximal na
direção da flexão. Grau 1
Adução do polegar.
(mm. adutor do polegar)
 Paciente: antebraço em pronação
e punho na posição neutra.
Polegar relaxado em abdução Grau 5, 4, 3
(5,4,3). Antebraço na posição
média, punho na posição neutra e
polegar relaxado na abdução (2).
 Terapeuta: estabiliza os
metacarpos dos 4 dedos. Grau 2

 Teste: “Levante o polegar”.


 Palpação: entre o 1º interósseo
dorsal e o 1º metacarpo.
 R: superfície dorsal da flange Grau 1
proximal na direção da flexão.
Oposição do polegar.
(mm. oponente do polegar e oponente do dedo
mínimo)
 Paciente: antebraço em supinação,
punho na posição neutra, polegar
em adução com flexão (5,4,3,2).
 Terapeuta: estabiliza a mão
segurando o punho dorsalmente.
 Teste: “Traga seu polegar até o dedo
mínimo”. Grau 5, 4, 3
 Palpação: oponente do polegar
(diáfise radial do 1º metacarpo);
oponente do dedo
mínimo(eminência hipotenar do 5º
metacarpo).
 R: cabeça do 1º metacarpo
(polegar); superfície palmar do 5]
metacarpo (mínimo). Grau 2
Avaliação Força de MMII

QUADRIL E CINTURA PÉLVICA


JOELHO
TORNOZELO E PÉ
1. Avaliação Funcional

 Agachar-se;
 Subir e descer escadas um degrau de cada vez;
 Cruzar as pernas;
 Correr reto a frente;
 Correr e desacelerar;
 Correr e fazer voltas;
 Pular em uma perna;
2. Avaliação da Força Muscular

 Grau 0: Nenhuma atividade contrátil;


 Grau 1: Contração palpável e nenhum
movimento;
 Grau 2:
- Amplitude completa de movimento (ADM) a favor da
gravidade ou;
- Amplitude parcial de movimento contra a gravidade;
 Grau 3: ADM normal do movimento contra a
gravidade;
 Grau 4: Vence uma resistência submáxima;
 Grau 5: Vence uma resistência máxima;
Flexão do Quadril (mm. Psoas maior e ilíaco)

 Paciente: sentado com as coxas


apoiadas plenamente sobre a mesa e as
pernas pendentes sobre a borda (5,4,3);
DL com membro a ser testado por cima
e sustentado pelo examinador (2) e DD
com o membro a ser testado sustentado
pelo examinador debaixo da panturrilha
(1).
 Terapeuta: de pé ao lado do membro a
ser testado.
 Instruções ao pcte: “levante a sua
perna e afaste da mesa”;
 Local de aplicação da R: sobre a
coxa distal.
 Local de palpação: mm. Psoas.
Flexão, Abdução e Rotação Externa do
quadril com flexão joelho (mm. sartório)

 Paciente: sentado com as coxas


apoiadas plenamente sobre a mesa e
as pernas pendentes sobre a borda
(5,4,3); DD (2) e DD com o membro a
ser testado sustentado pelo
examinador debaixo da panturrilha
(1).
 Terapeuta: de pé ao lado do membro
a ser testado.
 Instruções ao pcte: “deslize o
calcanhar para cima por sobre a
canela”;
 Local de aplicação da R: lateral do
joelho e ant.-medial do 1/3 distal da
perna.
 Local de palpação: mm. Sartório.
Extensão do Quadril
(mm. Glúteo máximo e post. da coxa)

 Paciente: DV (5,4,3,1);
DL (2).
 Terapeuta: de pé ao lado
do membro a ser testado.
 Instruções ao pcte:
“levante a perna afastando
da mesa”;
 Local de aplicação da R:
- Distal da perna (tornozelo);
- R Alternativa: Distal da
coxa;
 Local de palpação: mm.
Glúteo max. e post. da coxa.
Extensão do Quadril
(Para isolar o mm. Glúteo máximo.

 Paciente: DV com o
joelho fletido (5,4,3);
DL (2); DD com as pernas
extendidas (1).
 Terapeuta: de pé ao lado
do membro a ser testado.
 Instruções ao pcte:
“levante a perna afastando
da mesa”;
 Local de aplicação da R:
- Distal da coxa;
 Local de palpação: mm.
Glúteo max.;
Abdução do Quadril
(mm. Glúteo médio e mínimo)

 Paciente: DL com a perna


a ser testada para cima
(5,4,3); DV (2,1).
 Terapeuta: de pé atrás do
paciente.
 Instruções ao pcte:
“levante a sua perna
afastando da mesa”;
 Local de aplicação da R:
- Distal da coxa, lateralmente;
 Local de palpação: mm.
Glúteo médio – parte lateral
do quadril acima do
trocânter maior;
Abdução do Quadril a partir da flexão
(mm. Tensor da fáscia lata)

 Paciente: DL com a perna a


ser testada para cima em
flexão de 45º (5,4,3); sentado
com as pernas estendidas
sobre a mesa (2,1).
 Terap.: de pé atrás do pcte.
 Instruções ao pcte:
“levante a sua perna .”;
 Local de aplicação da R:
- Distal da coxa, lateralmente;
 Local de palpação: mm.
sartório – parte lateral do
quadril acima do trocânter
maior;
Adução do Quadril
(mm. Ad. magno, curto e longo, pectíneo e grácil)

 Paciente: DL com a perna a


ser testada por baixo e o acima
com 25º de flexão (5,4,3); DD
(2,1).
 Terap.: de pé atrás do pcte.
 Instruções ao pcte: “levante
a sua perna e encoste na de
cima .”;
 Local de aplicação da R:
- Distal da coxa, medialmente;
 Local de palpação: mm.
adutores – parte medial coxa;
Rotação Externa do Quadril
(mm. Obt. Int. e ext., gêmeo sup. e inf., piriforme, quadrado
femoral e glúteo máximo )

 Paciente: sentado(5,4,3); DD
(2,1).
 Terap.: de pé atrás do pcte.
 Instruções ao pcte: “não me
permita virar sua perna para
fora.”.
 Local de aplicação da R:
- Acima do maléolo,
medialmente; lateral da coxa
distalmente.
 Local de palpação: não
podem ser palpados;
Rotação Interna do Quadril
(mm. glúteo mínimo e médio, tensor da fáscia lata )

 Paciente: sentado (5,4,3);


DD (2,1).
 Terap.: de pé atrás do pcte.
 Instruções ao pcte: “não me
permita virar sua perna para
dentro.”.
 Local de aplicação da R:
- Acima do maléolo,
lateralmente; medial da coxa
distalmente.
 Local de palpação:
superfície ant-lat. do quadril
abaixo da EIAS – tensor da
fáscia lata;
Flexão do joelho (mm. Posteriores da coxa)

 Em conjunto
 Paciente: DV com os MMII
esticados e dedos fora da
maca (5,4,3,1); DL com o MI a
ser testado por cima
 Terapeuta: de pé ao lado do
membro a ser testado.
 Instruções ao pcte: “dobre
o joelho.”;
 Local de aplicação da R:
acima do tornozelo.
 Local de palpação: mm.
Posteriores.
Extensão do joelho
(mm. Quadríceps femural)

 Paciente: sentado com as


pernas para fora da borda da
mesa (5,4,3); DL com a perna a
ser testada por cima (2) e DD
(1).
 Terapeuta: de pé ao lado do
membro a ser testado.
 Instruções ao pcte: “retifique
o joelho”;
 Local de aplicação da R:
distal do tornozelo.
 Local de palpação: mm.
Quadríceps – tendão.
Flexão plantar (mm. gastrocnêmio e solear)

 Paciente: de pé, apoiado no


membro a ser testado, com o
joelho em extensão (5,4,3,2);
DV com os pés para fora da
borda da mesa (1).
 Terapeuta: de pé ao lado do
membro a ser testado.
 Instruções ao pcte: “fique
em pé na ponta de um pé”;
 Local de palpação: tendão
calcâneo.
Flexão plantar (mm. solear)

 Paciente: de pé, apoiado no


membro a ser testado, com o
joelho em extensão (5,4,3);
DV com os pés dentro da
mesa (2,1).
 Terapeuta: de pé ao lado do
membro a ser testado.
 Instruções ao pcte: “fique
em pé na ponta de um pé com
o joelho dobrado”;
 Local de palpação: tendão
calcâneo.
Dorsiflexão e inversão do pé
(mm. Tibial anterior)

 Paciente: sentado (todos os


graus).
 Terapeuta: sentado em um
banco a frente com o
calcanhar apoiado sobre a
coxa.
 R: dorso do pé.
 Instruções ao pcte: “traga
o pé para cima e para
dentro”.
 Local de palpação: parte
ântero-medial do tornozelo -
prox. aos maléolos laterais.
Inversão do pé
(mm. Tibial posterior)

 Paciente: sentado com o


tornozelo em ligeira flexão
plantar (todos os graus).
 Terapeuta: sentado em um
banco a frente com o
calcanhar apoiado sobre a
coxa.
 R: dorso medial do pé.
 Instruções ao pcte: “rode o
pé para baixo e para dentro”.
 Local de palpação: porção
anterior do pé medialmente –
prox. ao maléolo medial.
Eversão do pé com flexão plantar
(mm. Fibulares longo e curto)

 Paciente: sentado com o


tornozelo na posição neutra
(todos os graus).
 Terapeuta: sentado em
frente pcte.
 R: no sentido da inversão e
leve dorsiflexão.
 Instruções ao pcte: “rode o
pé para baixo e para fora.”
 Local de palpação:
superfície lat. do 1/3 distal da
perna sobre a fíbula.
Flexão da MF do hálux e dos artelhos
(mm. Lumbricais e flexor curto do hálux)

 MF do hálux
 Paciente: sentado ou DD
(todos os graus).
 Terapeuta: ao lado do pcte.
 R: abaixo da falange
proximal.
 Instruções ao pcte: “dobre
o dedão.”
 Local de palpação: face
plantar embaixo do 1º
metatarso.
Flexão da MF do hálux e dos artelhos
(mm. Lumbricais e flexor curto do hálux)

 MF dos dedos
 Paciente: sentado ou DD
(todos os graus).
 Terapeuta: ao lado do pcte.
 R: abaixo das artic. MF.
 Instruções ao pcte: “dobre
os dedos.”
 Local de palpação: face
plantar embaixo dos
metatarsos.
Flexão da IFD e IFP do hálux e dos artelhos
(mm. Flexor longo e curto dos dedos, flexor longo do hálux)

 Paciente: sentado com o pé


apoiado (todos os graus).
 Terapeuta: ao lado do pcte.
 R: abaixo das falanges
distais (IFD) e médias (IFP).
 Instruções ao pcte: “dobre
os dedos.”
 Local de palpação: face
plantar – mm. Flexores.
Extensão das MF e IF do hálux e dos artelhos
(mm. extensor longo e curto dos dedos, extensor longo do hálux)

 Paciente: sentado com o pé


apoiado (todos os graus).
 Terapeuta: ao lado do pcte.
 R: acima das falanges distais
(IFD) e médias (IFP).
 Instruções ao pcte:
“estique os dedos.”
 Local de palpação: face
dorsal – mm. extensores.
Universidade do Estado do Pará
Curso de Fisioterapia
Docente: Daliane Marinho

AVALIAÇÃO DA COLUNA
– FORÇA.
EXTENSAO CAPITAL
• Paciente: DV com a cabeça
ultrapassando a borda da mesa.
Braços ao lado do corpo (5,4,3). DD
com a cabeça sobre a mesa (2,1).
• Terapeuta: De pé ao lado do pcte,
próximo a cabeça (5,4,3); De pé
atras do pcte (2,1).
• Teste: “Olhe para a
parede.”(5,4,3); “Olhe para mim.”
(2,1)
• Palpação: mm.extensores capitais
na base do occipúcio, lateralmente
a coluna vertebral (difícil).
• R: Sobre o occipúcio.
EXTENSAO CERVICAL
• Paciente: DV com a cabeça
ultrapassando a borda da mesa.
Braços ao lado do corpo (5,4,3).
DD com a cabeça sobre a mesa
(2,1).
• Terapeuta: De pé ao lado do pcte,
próximo a cabeça (5,4,3); De pé
atras do pcte (2,1).
• Teste: “Levante a cabeça mas
continue olhando o chão, sem
inclinar o queixo.”(5,4,3);
“Tente empurrar sua cabeça
para baixo na direçao da minha
mão.” (2,1)
• Palpação: mm.extensores
cervicais.
• R: Area parieto-occipital.
EXTENSÃO COMBINADA DO
PESCOÇO
• Paciente: DV com a cabeça
ultrapassando a borda da mesa.
Braços ao lado do corpo (5,4,3).
DD com a cabeça sobre a mesa
(2,1).
• Terapeuta: De pé ao lado do pcte,
próximo a cabeça (5,4,3); De pé
atras do pcte (2,1).
• Teste: “Levante a cabeça e olhe
para o teto.”(5,4,3); “Tente em
levantar sua cabeça da mesa e
olhar para o teto.” (2,1)
• Palpação: mm.extensores capitais
e cervicais.
• R: Area parieto-occipital.
FLEXÃO CAPITAL

• Paciente: DD com a cabeça


apoiada na mesa e braços ao lado
do corpo (todos os graus).
• Terapeuta: De pé na cabeçeira
atras do pcte (todos os graus).
• Teste: “Dobre seu pescoço. Não
levante a cabeça da mesa.”
(5,3,4). “Tente dobrar o queixo
na direção do pescoço”(2,1)
• Palpação: mm. flexores capitais.
• R: segurando o queixo aplicar a R
na direção para cima e para trás.
FLEXÃO CERVICAL
• Paciente: DD com a cabeça
apoiada na mesa e braços ao
lado do corpo (todos os graus).
• Terapeuta: De pé ao lado
(5,4,3) e na cabeçeira atras do
pcte (2,1).
• Teste: “Levante a cabeça da
mesa e continue olhando para o
teto.” (5,3,4). O pcte balança a
cabeça de um lado para o
outro.(2,1)
• Palpação: mm. flexores
cervicais (escalenos, ECOM).
• R: sobre a fronte do pcte.
FLEXÃO CERVICAL
COMBINADA

• Paciente: DD com a cabeça


apoiada na mesa e braços ao
lado do corpo (todos os graus).
• Terapeuta: De pé ao lado do
pcte (todos os graus).
• Teste: “Encoste o queixo no
peito” (5,3,4). “Tente balançar
a cabeça de um lado para o
outro.” (2,1)
• Palpação: mm. flexores capitais
e cervicais (escalenos, ECOM).
• R: sobre a fronte do pcte.
ROTAÇÃO CERVICAL
• Paciente: DD com a cabeça em posição neutra,
apoiada na mesa e braços ao lado do corpo. Antes
do teste uma das faces é totalmente virada para um
dos lados (todos os graus).
• Terapeuta: De pé na cabeçeira atras do pcte (todos
os graus).
• Teste: “Vire a cabeça e olhe para o teto.” – Lado D
e E (todos os graus). O pcte tenta rodar a cabeça de
uma extremidade (D ou E) até a posição neutra.
• Palpação: mm. ECOM ou posteriores.
• R: sobre a area temporal acima da orelha do pcte.
EXTENSÃO DO TRONCO
- COLUNA LOMBAR
• Grau 5 e 4
• Paciente: DV com as mãos atrás da
cabeça.
• Terapeuta: estabiliza os MMII na
altura dos tornozelos ou sobre a
pelve.
• Teste: “Levante o corpo o mais alto
que poder, tirando o a cabeça,
ombros e tórax da mesa” .
• Grau 5 = alcança a posição terminal
sem dificuldades.
• Grau 4 = alcança a posição
terminal, mas pode apresentar
vacilos e sinais de esforço.
EXTENSÃO DO TRONCO
- COLUNA TORÁCICA
• Grau 5 e 4
• Paciente: DV com a cabeça e a
parte superior do tronco
estendendo-se por fora da mesa
desde a aprox. a linha mamilar.
• Terapeuta: estabiliza os MMII na
altura dos tornozelos.
• Teste: “Levante a cabeça, ombros e
tórax até o nível da mesa” .
• Grau 5 = eleva a parte superior
rapidamente e sem sinais de
esforço.
• Grau 4 = eleva a parte superior
rapidamente mas com sinais de
algum esforço.
EXTENSÃO DO TRONCO
- COLUNA LOMBAR E TORÁCICA
• Grau 3, 2 e 1
• Paciente: DV com os braços aos lados
do corpo.
• Terapeuta: estabiliza os MMII na
altura dos tornozelos.
• Teste: “Levante a cabeça, ombros e
tórax até o nível da mesa o mais alto
que puder”.
• Grau 3 = o pcte completa a ADM de
movimento.
• Grau 2 = o pcte completa uma ADM
parcial de movimento.
• Grau 1 = há contração palpável de
mm. extensores da coluna torácica e
lombar.
ELEVAÇÃO DA PELVE
• Grau 5,4, 3, 2, 1
• Paciente: DD ou DV com o quadril e a
coluna lombar em extensão. O pcte
segura as bordas da mesa para
estabilizar.
• Terapeuta: segura o membro a ser
testado com ambas as mãos, acima
do tornozelo e traciona no sentido
caudal.
• Teste: “Levante a sua pelve para
aproximar das suas costelas”.
• Palpação: não é possível, músculos
profundos.
• Obs.: evitar a compensação com flexão
lat. do tronco.
FLEXÃO DO TRONCO
• Paciente: DD
- Grau 5: mãos atrás da cabeça;
- Grau 4: braços cruzados sobre o
tórax;
- Grau 3: braços esticados acima da
linha do corpo;
- Grau 2: braços ao longo do corpo e
joelhos fletidos. Comando “eleve a
cabeça.”
- Grau 1: inclinação ant. assistida ou
pedir que o pcte tussa.
• Terapeuta: estabilizar a pelve se
necessário.
• Teste (5,4,3): “afaste sua cabeça,
ombros e braços da mesa”.
• Palpação: mm. reto abdominal.
ROTAÇÃO DO TRONCO
• Paciente: DD
- Grau 5: mãos atrás da cabeça; a
escápula deve deixar a mesa sem
dificuldade.
- Grau 4: braços cruzados sobre o tórax;
o pcte tem dificuldade para tirar a
escápula da mesa.
- Grau 3: braços esticados acima da
linha do corpo; realiza a ADM.
- Grau 2: braços esticados acima da
linha do corpo; terapeuta ao nivel da
cintura; não consegue afastar o α inf.
da escápula da mesa.
- Grau 1: braços ao lado e quadril
fletido. Com apoio do terapeuta.
• Palpação: mm. oblíquo int. e ext.
Universidade do Estado do Pará
Curso de Fisioterapia
Docente: Daliane Marinho

AVALIAÇÃO DA COLUNA
– ADM.
GONIOMETRIA
FLEXÃO DA COLUNA CERVICAL – 0 A 65O

 Posição: sentada
 Eixo: mesmo plano do
processo transverso de
C7.
 BF: nível do acrômio e
paralelo ao solo no
mesmo plano
transverso da 7ª
vertebra cervical.
 BM: dirigido para o
lobulo da orelha.
EXTENSÃO DA COLUNA CERVICAL –
0 A 50 GRAUS
 Posição: sentada.
 Eixo: mesmo plano do
processo transverso de
C7.
 BF: nível do acrômio e
paralelo ao solo no
mesmo plano transverso
da 7ª vertebra cervical.
 BM: dirigido para o
lobulo da orelha.
FLEXÃO LATERAL DA COLUNA
CERVICAL – 0 A 40 GRAUS

 Posição: sentado.
 Eixo: sobre o processo
espinhoso da 7ª vertebra
cervical.
 BF: paralelo ao solo.
 BM: linha média da
coluna cervical dirigido.
para a protuberância
occipital externa.
ROTAÇÃO DA REGIÃO CERVICAL –
0 A 55 GRAUS

 Posição: sentado.
 Eixo: no centro da
cabeça.
 BF: no centro da
cabeça, na sutura
sagital.
 BM: ao final do
movimento colocá-lo
na sutura sagital.
FLEXÃO LOMBAR
 0 a 95o
 Posição: pcte em pé
com os pés juntos e
alinhados.
 Eixo: EIAS
 BF: perpendicular ao
solo no nível crista
ilíaca.
 BM: ao longo da linha
axilar média do tronco.
EXTENSÃO LOMBAR
 0 a 35o
 Posição: pcte em pé
com os pés juntos e
alinhados.
 Eixo: EIAS
 BF: em direção ao
côndilo lateral do
fêmur.
 BM: ao longo da
linha axilar média
do tronco.
FLEXÃO LATERAL LOMBAR
 0 a 40o
 Posição: pcte em pé com
os pés juntos e de costas
para o fisioterapeuta.
Pede-se a ele que se
eincline para um dos
lados.
 Eixo: entre EIPS`s sobre a
crista sacral mediana.
 BF: nivelado com EIPS`s.
 BM: Em direção ao
processo espinhoso de C7.
ROTAÇÃO LOMBAR
 0 a 35o
 Posição: pcte sentado
bem ereto, com a pelve
fixa. Pede-se a ele que
se rode a coluna para o
lados lados (D/E).
 Eixo: centro da cabeça.
 BF: na linha da sutura
coronal, no inicio sobre
a linha do acrômio e
após o movimento segue
paralelo ao solo.
 BM: sobre linha do
acrômio, paralelo ao
solo.
MEDIDA DE FLEXIBILIDADE
- ÍNDICE DE STIBOR

 Mede a flexibilidade da coluna


vertebral.
 Posição: pcte em pé com os pés
juntos.
 Pontos: marcar EIPS`s e
processo espinhoso de C7.
 Teste: Tomar a medida entre os
pontos – 1) na posição
ortostática e 2) em inclinação
anterior.
 Resultado: a diferença entre as
duas medidas (normal=10cm).
MEDIDA DE FLEXIBILIDADE
- ÍNDICE DE SCHOBER
 Mede a mobilidade do
segmento lombossacral da
região lombar.
 Posição: pcte em pé com os
pés juntos.
 Pontos: marcar EIPS`s e 10
cm acima na mesma direção.
 Teste: Tomar a medida entre
os pontos – 1) na posição
ortostática e 2) em inclinação
anterior.
 Resultado: diferença entre as
duas medidas (normal=5cm). .
MEDIDA DE FLEXIBILIDADE
- TESTE 3º DEDO AO SOLO/ANTERIOR E LATERAL
 Mede a flexibilidade global do
indivíduo.
 Posição: pcte em pé com os
pés juntos.
 Teste: Tomar a medida entre
o 3º dedo (D/E) e o solo, com
o tonco em flexão máxima e
sem flexão de joelhos. /
Tomar medida entre 3º dedo
(D/E) e o solo, com o tronco
inclinado lateralmente.
AVALIAÇÃO DE OMBRO, COTOVELO, PUNHO
E DEDOS.
Flexão de Ombro - Goniometria
• Ângulo: 0⁰-180⁰
• Paciente: em DD ou sentado com
quadris e joelhos em semiflexão
• Eixo: próximo ao acrômio
• Braço fixo: linha média do tronco
em linha com o trocânter maior do
fêmur
• Braço móvel: linha média
longitudinal lateral do úmero em
linha com o epicôndilo lateral.

Obs.: Manter cotovelo em extensão.


Extensão do Ombro
• Ângulo: 0-45⁰
• Paciente: em DV, sentado ou em
pé;
• Eixo: próximo ao acrômio;
• Braço fixo: linha média do
tronco em linha com o trocânter
maior do fêmur;
• Braço móvel: linha média
longitudinal lateral do úmero em
linha com o epicôndilo lateral;
Abdução do ombro
 Angulo: 0-180⁰
• Eixo: próximo ao acrômio.
• Braço fixo: linha axilar
posterior do tronco paralelo
ao processo espinhoso das
vértebras.
• Braço móvel: superfície
posterior do braço voltado
para a região dorsal da mão.
Adução Horizontal do Ombro
 Angulo: 0-40⁰
• Eixo: sobre o acrômio.
• Braço fixo: linha axilar
anterior do tronco paralelo ao
processo espinhoso das
vértebras.
• Braço móvel: superfície
posterior do braço voltado
para a região dorsal da mão /
em direção ao 3º dedo.
Rotação medial do braço (ombro)
 Normal: 0 a 90°
 Posição: Pcte em DD, com ombro em abdução de 90°, com
cotovelo fletido a 90° e antebraço em supinação e
perpendicular a mesa com a palma da mão medialmente.
 Braço fixo: paralelo ao solo;
 Braço móvel: 3° metacarpo;
 Eixo: Olécrano;

Obs: evitar compensações


como: ↑ou↓ da abd. ou
adução + protração do ombro e
adução e abdução da mão.
Rotação lateral do braço (ombro)
 Normal: 0 a 90°
 Posição: Pcte em DD, com ombro em abdução de 90°, com
cotovelo fletido a 90° e antebraço em supinação e a palma
da mão medialmente.
 Braço fixo: paralelo ao solo;
 Braço móvel: 3° metacarpo;
 Eixo: Olécrano;

Obs: evitar compensações


como: ↑ou↓ da abd. ou
adução do ombro e adução e
abdução da mão.
Flexão/Extensão do Cotovelo
Flexão: 0-145⁰
Extensão: 145-0⁰
Posições: Sentada, em pé,
ou DD com MS
posicionado junto ao
corpo
Braço fixo: ao longo da
superfície lateral do
umero, em direção ao
acrômio
Braço móvel: face lateral
do radio apontando para o
processo estilóide
Eixo: aprox. epicondilo
lateral
Pronação do antebraço (radioulnar
proximal)
0-90⁰
Posições: Sentado, em pé, ou
em DD, cotovelo a 90⁰, braço
junto ao corpo, antebraço em
posição neutra
Braço fixo: superficie dorsal
dos metacarpais
Braço móvel: paralelo ao eixo
do polegar
Eixo: articulação
metacarpofalangiana do
dedo medio
Supinação do antebraço
0 a 90⁰
Posição ideal: sentado, em
pé ou em DD, cotovelo a
90⁰, braço junto ao corpo,
antebraço posição neutra
Braço fixo: superfície
dorsal dos metacarpais
Braço móvel: paralelo ao
eixo do polegar
Eixo: articulação
metacarpofalangiana do
dedo médio
Ângulo de Carregamento
(Varo e Valgo de cotovelo) - Goniometria
Normal: H = 5 °a 10°; M = 10 ° a 15°
Varo: α < 5 – 10°
Valgo: α > 15°
Posição ideal: em pé ou sentado, palma
da mão voltada para frente
Braço fixo:diáfise do úmero apontada
para o acrômio.
Braço móvel: no antebraço apontado
para uma linha média entre o rádio e a
ulna, em direção ao terceiro dedo.
Eixo: uma linha através dos centros da
tróclea e do capítulo.

Obs.: um discreto valgo é fisiológico.


Ângulo de Carregamento
(Varo e Valgo de cotovelo) – Av. da imagem
 Ângulo de carregamento:
H = 5 a 10º; M = 10 a 15º.

 Cotovelo valgo: α > 15°

 Cotovelo varo: α < 5 – 10°


Flexão do punho ou flexão da mão.
• α = 0 a 90⁰
• Posição: pcte em pé ou
sentado com o antebraço em
pronação e como cotovelo
fletido a 90⁰. Dedos
estendidos.
• Braço fixo: Face medial da
ulna.
• Braço móvel: superfície
medial do 5º metacarpal.
• Eixo: superfície medial do
punho
Extensão do punho ou Extensão da
mão.
• α = 0-70⁰
• Posição: pcte em pé ou sentado
com o antebraço em pronação e
como cotovelo fletido a 90⁰.
Dedos estendidos.
• Braço fixo: face medial da ulna
• Braço móvel: superfície medial
do quinto metacarpal
• Eixo: superfície medial punho
Abdução da mão ou desvio radial.
• α = 0 a 20⁰
• Posição: pcte em pé ou sentado com
o cotovelo fletido e o antebraço em
pronação, ou em posição neutra
entre a pronação e supinação. A mão
deve realizar a abdução.
• Braço fixo: região posterior do
antebraço apontado para o
epicôndilo lateral.
• Braço móvel: superfície dorsal do 3º
metacarpal.
• Eixo: articulação radiocarpal.
Adução da mão ou desvio ulnar
• α = 0 a 45⁰
• Posição: pcte em pé ou sentado
com o cotovelo fletido e o
antebraço em pronação, ou em
posição neutra entre a pronação e
supinação. A mão deve realizar a
adução.
• Braço fixo: região posterior do
antebraço apontado para o
epicôndilo lateral.
• Braço móvel: paralelo à superfície
dorsal do 3º metacarpal
• Eixo: articulação radiocarpal.
Articulação Carpometacarpal do
Polegar
• Flexão
• α = 0 a 15⁰
• Posição: Sentada, antebraço apoiado numa mesa e em
supinação. Punhos e dedos estendidos.
• Braço fixo: sup. Lateral do 2º metacarpal.
• Braço móvel: sup. Lateral da articulação carpometacarpal
do polegar.
• Eixo: linha articular da
articulação carpometacarpal
do polegar.
Articulação Carpometacarpal do
Polegar
• Extensão
• α = 0 a 70⁰
• Posição: sentado, cotovelo fletido, antebraço apoiado numa
mesa em supinação, punhos e dedos estendidos.
• Braço fixo: face lateral do rádio.
• Braço móvel: superficie lateral do 1º metacarpal.
• Eixo: linha articular da articulação
carpometacarpal do polegar.
Articulação Carpometacarpal do Polegar
• Abdução
• α = 0 a 70⁰
• Posição: sentado, antebraço apoiado numa mesa em
pronação. Punho e dedos em posição anatômica e cotovelo
fletido
• Braço fixo: paralelo à superficie lateral do 2º metacarpal
• Braço móvel: superficie dorsal do
1º metacarpal
• Eixo: linha articular na articulação
carpometacarpal do polegar
Articulações Metacarpofalângicas
• Flexão dos dedos
• α = 0 a 90⁰
• Posição: sentado com o cotovelo fletido a 90⁰ e o
antebraço numa posição entre a pronação e a
supinação, mantendo o punho e os dedos
estendidos.
• Braço fixo: superficie dorsal do metacarpo, ou
ainda superficie lateral para o 1º e 2ºs dedos, ou na
medial para o dedo do 5º metacarpo.
• Braço móvel: superficie dorsal da superficie
dorsal da falange proximal, ou ainda superficie
lateral para o 1º e 2ºs dedos, ou na medial para o 5º
dedo.
• Eixo: linha articular da articulação
metacarpofalangica.
Articulações Metacarpofalângicas
• Extensão dos dedos
• α = 0 a 30⁰
• Posição: sentada com o cotovelo
fletido a 90⁰ e em pronação com o
antebraço apoiado em uma mesa,
punho e dedos estendidos.
• Braço fixo: superficie dorsal do
metacarpo, ou superficie lateral para
o 1º e 2º dedos, ou na medial para o
5º dedo.
• Braço móvel: superficie dorsal da
falange proximal, ou superficie
lateral para o 1º e 2º dedos o uma
medial para o 5º dedo.
• Eixo: linha articular da articulação
metacarpofalângica.
Articulações Metacarpofalângeanas
• Abdução e adução dos dedos
• α = 0 a 20⁰
• Posição: sentado com o antebraço
apoiado numa mesa, cotovelo fletido a
90⁰, antebraço em pronação, punho em
extensão e dedos em posição neutra de
flexo-extensão.
• Braço fixo: superficie do metacarpo da
articulação metacarpofalangica.
• Braço móvel: superfície dorsal da
falange proximal da articulação testada.
• Eixo: sobre a linha articular da
articulação testada.
Articulações Interfalângicas Proximais e Distais
dos Dedos e do Polegar.
• Flexão: α = 0 a 110º
• Posição: sentado, antebraço apoiado numa mesa, punho fletido em
posição intermediaria entre pronação e a supinação ou em pronação
• Braço fixo:
❖ Interfalângica proximal: superficie dorsal da falange proximal, ou na
superficie lateral, para o 1º e 2º dedos, ou na medial para o 5º dedo.
❖ Interfalangica distal: superficie dorsal da falange media, superficie lateral
para o 1º e 2º dedo, ou na medial para o 5º dedo.
• Braço móvel:
❖ Interfalangica proximal: superficie dorsal da
falange distal , ou superficie lateral para o 1º e 2º
dedos, ou medial para 0 5º dedo.
❖ Interfalangica distal: superficie dorsal da falange
distal, ou superficie lateral para o 1º e 2º dedos, ou
medial pra o 5º dedo.
• Eixo: linha articular da articulação testada.
Articulações Interfalângicas Proximais e Distais
dos Dedos e do Polegar.
• Extensão: α = 0 a 10⁰
• Posição: sentada, antebraço apoiado numa mesa, cotovelo fletido em
posição intermediária entre a pronação e supinação ou em pronação.
• Braço fixo
❖ Interfalângica proximal: superficie palmar da falange proximal, ou
superficie lateral para o 1º e 2º dedos, ou medial para o 5º dedo.
❖ Interfalângica distal: superficie palmar da falange média, ou superficie
lateral para o 1º e 2º dedos ou na medial para o 5º dedo.
• Braço móvel
❖ Interfalângica proximal: superficie palmar da
falange media, ou na superficie lateral para 1º e 2º
dedos ou na medial para o 5º dedo.
❖ Interfalângica distal: superficie palmar da falange
média, ou na superficie lateral para o 1º e 2º dedos
ou na medial para o 5º dedo.
• Eixo: linha articular da articulação testada.
Avaliação de MMII

QUADRIL
JOELHO
TORNOZELO E PÉ
Flexão da Coxa

• α = 0 a 125⁰
• Posição: DD ou DL.
• Eixo: aprox. ao nível do trocânter maior.
• Braço fixo: linha média axilar do tronco.
• Braço móvel: paralelo e sobre a superfície lateral da coxa,
em direção ao côndilo lateral do fêmur.
Extensão da Coxa

• α = 0 a 10⁰
• Posição: DV ou DL.
• Eixo: aprox. no nível do trocânter maior.
• Braço fixo: linha média axilar do tronco.
• Braço móvel: ao longo da superfície lateral da coxa, em
direção ao côndilo lateral do fêmur.
Abdução da Coxa

• α = 0 a 45⁰
• Posição: DD.
• Eixo: sobre o eixo ant.-post.
da artic. do quadril, aprox.
ao nível do trocânter maior .
• Braço fixo: sobre a linha
traçada entre EIAS.
• Braço móvel: sobre a
região ant. da coxa, ao longo
da diáfise do fêmur.
Adução da Coxa

• α = 0 a 15⁰
• Posição: DD.
• Eixo: sobre o eixo ant.-post.
da artic. do quadril, aprox.
ao nível do trocânter maior .
• Braço fixo: sobre a linha
traçada entre EIAS.
• Braço móvel: sobre a
região ant. da coxa, ao longo
da diáfise do fêmur.
Rotação Medial da Coxa

• α = 0 a 45⁰
• Posição: sentado, com o
joelho fletido a 90º e em
posição neutra.
• Eixo: na face ant. da patela.
• Braço fixo: paralelo e sobre a
linha ant. da tíbia. Com o eixo
axial próximo ao centro do
joelho – perpendicular ao solo.
• Braço móvel: ao longo da
tuberosidade da tíbia, num
ponto equidistante entre os
maléolos na superfície anterior.
Rotação Lateral da Coxa

• α = 0 a 45⁰
• Posição: sentado, com o
joelho fletido a 90º e em
posição neutra.
• Eixo: na face ant. da patela.
• Braço fixo: perpendicular à
margem ant. da tíbia, com eixo
axial sobre a linha articular do
joelho. Deve-se manter o
goniômetro paralelo ao solo.
• Braço móvel: sobre a
margem anterior da tíbia.
Flexão do joelho

• α = 0 a 140⁰
• Posição: DV.
• Eixo: sobre a linha articular da
articulação do joelho.
• Braço fixo: paralelo a superfície lat. do
fêmur em direção ao trocânter maior.
• Braço móvel: paralelo a superfície
lateral da tíbia, dirigido para o maléolo
lateral.
Ângulo Q

• α normal com o pcte em pé= 0 a 170⁰


• Deve ser a posição aduzida da diáfise do
fêmur e à direção compensadora da tíbia
para transmitir o peso
perpendicularmente ao solo.
• A sustentação de peso sobre a perna, as
forças são dirigidas no sentido medial do
joelho.
• α Q normal homens: 13º (Magee); 10 a
14º (Hamil e Knutzen, 1999).
• α Q normal mulheres: 18º (Magee); 15
a 17º (Hamil e Knutzen, 1999).
Valgo de joelhos
1) α = α Q aumentado.
• Posição: em pé, com os joelhos
levemente apoiados um no outro.
• Eixo: centro da patela.
• Braço fixo: centro da patela em
direção a EIAS.
• Braço móvel: tuberosidade tibial.

2) material = fita métrica.


• Posição: em pé, com os joelhos levemente
apoiados um no outro.
• Eixo: centro da patela.
• Teste: medir a distância entre os maléolos.
Varo de joelhos
1) α = α Q diminuído.
• Posição: em pé com maléolos
mediais juntos.
• Eixo: centro da patela.
• Braço fixo: centro da patela em
direção a EIAS.
• Braço móvel: tuberosidade tibial.

2) material = fita métrica.


• Posição: em pé, com os joelhos
levemente apoiados um no outro.
• Eixo: centro da patela.
• Teste: medir a distância entre os côndilos.
Joelho recurvado

1) α normal = 0 - 180º .
• Posição: em pé com os tornozelos
juntos.
• Eixo: côndilo lateral do fêmur.
• Braço fixo: ao longo da superfície
lateral da coxa em direção ao
troncanter maior do fêmur.
• Braço móvel: na fíbula em direção
ao maléolo lateral do tornozelo.
Flexão-plantar do pé

• α = 0 a 45⁰
• Posição: sentado, DD ou DV. Com joelho fletido a 25º ou
30º e o pé em posição anatômica.
• Eixo: na articulação do tornozelo, junto ao maléolo lateral.
• Braço fixo: paralelo a face lateral da fíbula.
• Braço móvel: paralelo a superfície lateral do 5º
metatarso.
Dorsi-flexão do pé

• α = 0 a 20⁰
• Posição: sentado, DD ou DV. Com joelho fletido a 25º ou
30º .
• Eixo: na articulação do tornozelo, junto ao maléolo lateral.
• Braço fixo: paralelo a face lateral da fíbula.
• Braço móvel: paralelo a superfície lateral do 5º
metatarso.
Inversão do pé

• α = 0 a 40⁰
• Posição: sentado com o joelho fletido a 90º em flexão
plantar.
• Eixo: aprox. no nível da articulação tibiotarsal.
• Braço fixo: alinhado e paralelo a margem ant. da tíbia.
• Braço móvel: sobre a superfície dorsal do 2º metatarso.
Eversão do pé

• α = 0 a 20⁰
• Posição: sentado, com o joelho fletido a 90º e o pé em
flexão plantar.
• Eixo: aprox. no nível da articulação tibiotarsal.
• Braço fixo: sobre a margem anterior da tíbia.
• Braço móvel: sobre a superfície dorsal do 3º metatarso.
Deformidades de Antepé

 Valgo: eversão do antepé – resulta em pé cavo;


 Varo: inversão do antepé – resulta em pé plano;
Obs.: Neste caso o tendão de aquiles está alinhado.

Valgo Varo
Deformidades de Retropé

 Valgo: eversão do calcâneo – resulta em pé plano;


 Varo: inversão do calcâneo – resulta em pé cavo;
Obs.: Neste caso o tendão de aquiles está desalinhado.

Valgo Varo
Varo de retropé

 Ângulo: reto
 Posição ideal: pcte em pé.
 Eixo: entre os maléolos no
tendão calcâneo.
 BF: linha média posterior
da tíbia.
 BM: linha média posterior
acompanhando o
alinhamento do calcâneo.
Valgo de retropé

 Posição ideal: pcte em pé.


 Eixo: entre os maléolos no
tendão calcâneo.
 BF: linha média posterior
da tíbia.
 BM: linha média posterior
acompanhando o
alinhamento do calcâneo.
Flexão das metatarsoflangeanas

• Hálux α = 0-45⁰
• 2º ao 5º dedo α = 0-40⁰
• Posição: DD com o pé na posição neutra.
• Eixo: sobre a linha articular da articulação que está sendo
testada.
• Braço fixo: sobre a superfície dorsal
do metatarsal.
• Braço móvel: sobre a superfície
dorsal da falange proximal .
Extensão das metatarsofalangeana

• Hálux α = 0-90⁰
• 2º ao 5º dedo α = 0-45⁰
• Posição: DD com o pé na posição anatômica.
• Eixo: sobre a linha articular da articulação que está sendo
testada.
• Braço fixo: paralelo e sobre a superfície plantar do
metatarsal.
• Braço móvel: sobre a superfície
plantar da falange proximal .
Flexão das IF (1º dedo),
IFP e IFD (2º ao 5º dedo)
• Hálux α = 0-90⁰
• IFP (2º ao 5º dedo) α = 0-35⁰
• IFD (2º ao 5º dedo) α = 0-60⁰
• Posição: DD com o joelho levemente fletido.
• Eixo: sobre a linha articular da articulação que está sendo testada.
• Braço fixo: sobre a superfície dorsal
do metatarso do 2º ao 5º dedo, e sobre a
superfície medial para o hálux na articulação
a ser medida.
• Braço móvel: sobre a superfície
dorsal do 2º ao 5º dedos e sobre a superfície
medial para o hálux da articulação a ser medida.
Hálux Valgo

 Posição ideal: pcte em pé


ou sentado.
 Eixo: sobre a articulação
metacarpofalangeana.
 BF: sobre o 1º metatarsal.
 BM: alinhado sobre a linha
média das falanges proximal
e distal do hálux.
Universidade do Estado do Pará
Curso de Fisioterapia
Docente: Daliane Marinho

Docente: Daliane Marinho


POSTURA
 É uma composição de posições das diferentes
articulações do corpo num dado momento.
 A postura correta é a posição na qual um mínimo
de estresse é aplicado em cada articulação.
 Postura correta é aquela onde um mínimo de
esforço é necessário para mantê-la.
POSTURA
 Postura ereta: envolve a estabilidade de sistema
esquelético, ligamentos (pés), fáscia, propriedades
eláticas dos músculos, contração mínima de
músculos estabilizadores.
 Postura ereta X postura quadrúpede.
 Curvas primárias: sacral e torácica.
 Curvas secundárias: cervical (3-4 meses) e
lombar (6-8 meses).
COLUNA VERTEBRAL
Cervical

Torácica

Lombar

Sacral
POSTURA
 Postura Estática:
 Postura dinâmica:
 Centro de gravidade: S2
 Linha de gravidade: centro da base de suporte.
CONTROLE POSTURAL
 É habilidade em manter a estabilidade do corpo e dos
segmentos corporais em resposta a forças que perturbam o
equilíbrio corporal.

 Elementos biomecânicos passivos + sistema sensorial +


músculos + informações recebidas = resposta baseada em
experiências anteriores.

 RESUMINDO: Depende da integridade de SNC +


Receptores + Sist. Visual + Sist. Vestibular + Sist.
Musculoesquelético.
CONTROLE POSTURAL
 Reflexos de endireitamento (posição da cabeça);

 “A posição ereta não é um equilíbrio no sentido físico do


termo; é um desequilíbrio permanente, perpetuamente
compensado.”

 Postura ideal: alinhamento dos segmentos corporais


verticalmente + centro de gravidade passe através de todos
os eixos das articulações + forças de compressão
perfeitamente distribuídas sobre as superfícies articulares.
AVALIAÇÃO POSTURAL
EXAME POSTURAL ESTÁTICO
 Vista póstero-anterior:
EXAME POSTURAL ESTÁTICO
 Vista postero-anterior:
EXAME POSTURAL ESTÁTICO
 Vista postero-  Vista ântero-posterior:
anterior:
EXAME POSTURAL
ESTÁTICO/DINÂMICO
 Vista lateral:
EXAME POSTURAL DINÂMICO
 Vista póstero-anterior:
EXAME POSTURAL DINÂMICO
 Posição sentado (flexão):
EXAME POSTURAL DINÂMICO
 Posição sentado (flexão lateral):
Av. Estática: Vista Anterior
 Cabeça: presença de inclinações ou rotações;
 Ombros: assimetrias de altura;
 Mamilos: assimetrias;
 Triângulo de Tales: assimetrias – escoliose?
 Queda das mãos: anterior – rotação/anteriorização de
ombro?
 Crista Ilíaca: assimetrias?
 EIAS: assimetrias?
 Ângulo Inferior da patela: rotações interna ou
externa?
 Joelhos: genovalgo/genovaro?
 Pés: rotações? – rotação de quadril?
Av. Estática: Vista Posterior
 Cabeça: presença de inclinações ou rotações;
 Ombros: assimetrias de altura;
 Ângulo inferior da escápula: assimetrias de
altura/distância/desvios?
 Triângulo de Tales: assimetrias?
 EIPS: assimetrias? Av. dinâmica e estática.
 Presença de gibosidades (torácica/tóraco-lombar):
avaliação estática/dinâmica_inclinação anterior.
 Prega glútea: assimetrias?
 Prega Poplítea: assimetrias?
 Joelhos: genovaldo/genovaro?
 Ângulo do tendão calcâneo: valgo ou varo?
 Pés: rotações?
Av. Estática: Vista Lateral
 Cabeça: Anteriorização?
 Coluna cervical: hiperlordose ou retificação?
 Ombros: anteriorização? Rotação?
 Posição das mãos: lateral ou anterior?
 Coluna torácica: hipercifose? Gibosidades?
 Escápulas: escápula alada?
 Coluna lombar: hiperlordose/retificação?
 EIAS > EIPS: Diferenças na altura acima de 1cm?
Quadril Anteriorizado/posteriorizado?
 Joelhos: hiperextensão/semi-flexão?
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
CURSO DE FISIOTERAPIA
DOCENTE: DALIANE MARINHO

Avaliação da Marcha

Docente: Daliane Marinho


Avaliação da Marcha

 Objetivos:
1. Restaurar ou melhorar as condições de deambulação
de um paciente;
2. Estabelecer prognóstico;
3. Identificação dos mecanismos que causam
disfunção;
4. Determinar a necessidade de dispositivos auxiliares;
Terminologia da Marcha

 Ciclo da marcha: Unidade que descreve a marcha.


Um ciclo começa quando o membro de referência
faz contato com a superfície do solo. E termina
quando o calcanhar do mesmo membro de referência
faz contato novamente com o solo.
É divido em 2 fases:
Fase de apoio e Fase de balanço.
Ciclo da Marcha
Ciclo da Marcha

Fase de apoio: 60% do ciclo da marcha. É


subdividida em duas fases de duplo apoio.
É definida como o intervalo no qual o pé do
membro de referência faz contato com o solo.
Fase de balanço: 40% do ciclo da marcha. É o
segmento da marcha no qual o membro de referência
não faz contato com o solo.
Fases do Ciclo da Marcha
Terminologia da Marcha

 Tempo de duplo apoio: quando os dois pés estão em


contato com o solo.
 Tempo de balanço: direito e esquerdo.
 Passo: um pé D e um pé E.
 Passada: a soma de dois passos (D+E).
Terminologia da Marcha

 Comprimento de passo: distância do ponto de


contato do calcanhar de um membro até o ponto de
contato do calcanhar do membro oposto.
 Comprimento da passada: é a distância do ponto de
contato do calcanhar de um membro até o ponto de
contato do calcanhar do mesmo membro.
 Tempo da passada e Tempo de passo: tempo
necessário para completar uma passada e/ou um
passo.
Passo / Passada
Quadro Terminologia da Marcha
Fase de Apoio Fase de Balanço
Contato do Calcanhar: o início da Aceleração: o segmento do início do
fase de apoio, quando o calcanhar toca o balanço desde o momento em que os
solo. dedos do membro de referência deixam
Apoio plantar: ocorre após o contato o solo até o ponto em que o membro de
do calcanhar, quando a sola do pé toca o referência se acha diretamente sob o
solo. Isso acontece durante a resposta à solo.
carga.
Apoio médio: o ponto em que o corpo Balanço médio: o segmento da fase
passa diretamente sobre o membro de de balanço quando o membro de
referência. referência passa diretamente em baixo
Saída do calcanhar: ponto onde o do corpo. O balanço médio se estende
calcanhar do membro de referência do final da aceleração até o início da
deixa o solo. desaceleração.

Saída dos dedos: ponto após a saída Desaceleração: o segmento de


do calcanhar, quando apenas os dedos balanço da fase, quando o membro de
do membro de referência estão em referência está desacelerando em
contato com o solo. preparo para o contato do calcanhar.
Parâmetros Normais da Marcha

 Baseado em um população entre 8 e 45 anos.


Parâmetro Medidas
Largura da base 5 – 10 cm
Centro de gravidade 5 cm a frente de S2
Desvio lateral da pelve e tronco 2,5 – 5 cm
Rotação pélvica 8º (4º para perna oscilante e 4º para
perna posterior)
Comprimento do passo 35 – 41 cm
Comprimento da passada Aprox. 2x o comprimento de um passo
Cadência 90 – 120 passos/minuto
Velocidade Tempo necessário para percorrer 6
metros
Diretrizes para análise da Marcha

1. Selecione a área onde o paciente irá caminhar e


meça a distância que você quer que o paciente
percorra.
2. Posicione-se de modo a ter uma visão desobstruída
do indivíduo (visual ou filmagem).
3. Selecione a articulação ou o segmento a ser avaliado
primeiro.
4. Selecione o plano de observação (sagital: olhando
pelo lado / coronal: olhando pela frente e por trás).
Diretrizes para análise da Marcha

5. Observe qualquer desvio no padrão normal no


segmento selecionado.
6. Observe o mesmo segmento durante a parte
subseqüente da fase de apoio ou outro segmento na
parte inicial da fase de apoio.
7. Repita o processo descrito no número 6 até que você
tenha completado uma avaliação de todos os
segmentos (no dois planos e em todas as fases).
8. Sempre faça observações nos dois lados (D/E).
Embora somente um lado possa estar envolvido.
Exames dinâmicos

 Marcha em várias velocidades;


 Marcha sobre vários tipos de piso;
 Marcha sobre uma linha ou tábua;
 Marcha sobre terreno inclinado ou rampa;
 Marcha com inclinação lateral;
 Subida de uma escada;
 Descida de um degrau;
Avaliação Biomecânica da Marcha

 Métodos: cimetria, dinamometria, antropometria e


eletromiografia.

Cimetria Dinamometria Antropometria Eletromiografia

↓ ↓ ↓ ↓
Posição e Forças Parâmetros Atividade
orientações externas e para o modelo muscular
dos distribuição corporal
segmentos de pressão
corporais
Fluxograma de Av. Biomecânica da Marcha
Avaliação Biomecânica da Marcha

Respostas Parâmetros internos de


comportamentais controle do movimento e
externas análise da sobrecarga
↓ ↓
Cinemetria Dinamometria Antropometria
Sistema
podobarométrico ↓ ↓ ↓
Forças externas
↓ ↓ Posição e Ponto de Parâmetros
para o
orientação dos aplicação de força
Distribuição Força
de
segmentos ↓ modelo
de pressão Equação do corporal
plantar reação
movimento
ao solo

Movimentos e forças articulares

Determinação de sobrecarga e
controle do movimento
Cinemetria

 Conjunto de métodos que busca medir os parâmetros


cinemáticos do movimento, como:
- Posição; - Velocidade e;
- Orientação; - Aceleração.
- Deslocamentos lineares ou angulares;
 Instrumentos:
1. Câmera da vídeo;
2. Câmeras ótico-eletrônicas;
3. Software de avaliação (calcula as variáveis
cinemáticas).
Cinemetria - Instrumento
Cinemetria - Instrumento
Cinemetria - Instrumento
Dinamometria

 Engloba todos os tipos de medidas de força e


pressão, como:
- Forças de reação ao solo (fase estática e dinâmica);
- Ponto de pressão (fase estática e dinâmica);

 Instrumento:
- Plataforma de força.
Dinamometria - Instrumento
Eletromiografia

 É o registro das atividades elétricas associadas às


contrações dos grupos musculares.

 Instrumento:
- Eletrodos
(eletromiógrafo).
Marcha normal X Marcha anormal

“A marcha normal é uma forma de progressão


harmônica de membros inferiores, que tem como
característica segurança e economia de energia. Na
marcha patológica, há a perda de um ou mais desses
princípios.”
Anormalidades da Marcha

 A origem do distúrbio pode estar:


1. Na fonte do movimento (unidade motora e
músculos);
2. Alavancas articulares (ossos e articulações);
3. Conscientização do movimento desejado (sistema
sensorial);
4. Controle do movimento (sistema piramidal,
extrapiramidal e de coordenação);
5. Energia (sistema cardiopulmonar).
Tipos de marcha patológica

 Marcha espástica  Marcha


(Ceifante, Festinante
em tesoura): (Parkinsoniano):

 Marcha atáxica:
Referências Bibliográficas

O’SULLIVAN, Susan B.; SCHMITZ, Thomas J.


Fisioterapia: avaliação e tratamento. 2ª ed.
São Paulo: Manole, 1993. Cap. 10. p. 257-307.

AMADO-JOÃO, S.M. Métodos de avaliação clínica


e funcional em fisioterapia. Rio de janeiro:
Guanabara Koogan, 2006. Cap. 11. p. 299-324.
Trabalhos:

1º) Expositivo: 2º) Entregar / escrito a


 Tema: padrões anormais de mão:
marcha. • Tema: sistemas de av. da
 Data: 12/11/13 marcha citados no artigo
 Fonte: Cap. 10– O’Sullivan, base.
artigos de consulta.  Data: 19/11/13
 Método: painel integrado.  Fonte: artigos, livros.
 Equipe 1: Tornozelo e pé.  Método: síntese.
 Equipe 2: Joelho.  Individual.
 Equipe 3: quadril/tronco.
 Em grupo.

Você também pode gostar