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Tomada de

Decisão
Clínica
Dra. Ana Caroline Freitas
Disciplina: Avaliação Cinético
Funcional
Raciocínio Clínico
Processo multidimensional que
envolve uma ampla gama de
habilidades cognitivas utilizada pelos
fisioterapeutas para processar
informações, tomar decisões e
determinar ações.
Etapas no atendimento do
paciente/cliente

Avaliação dos dados


Determinação do
Exame do paciente. e identificação de
diagnóstico.
problemas.

Reexame do paciente
Determinação do
Implementação do e avaliação dos
prognóstico e do
PDT. resultados do
plano de tratamento.
tratamento.
• Identificar e definir o(s) problema(s)
Etapa 1. do paciente e os recursos disponíveis
para determinar a intervenção
Exame apropriada.

✓Histórico do paciente (Anamnese).


*HMA, HMP.
✓Revisão de sistemas relevantes.
✓Testes e medidas.
• Condição de saúde é um termo genérico para doença, distúrbio, lesão ou
trauma e pode incluir também outras circunstâncias, como o envelhecimento,
estresse, anomalia congênita ou predisposição genética. Pode incluir também
informações sobre a patogênese e/ou etiologia.
• Funções corporais são as funções fisiológicas dos sistemas do corpo
(incluindo as funções psicológicas).
• Estruturas corporais são as partes anatômicas do corpo, como os órgãos,
membros e seus componentes.
• Incapacidades são problemas na função ou estrutura do corpo, como um
desvio significativo ou perda.
• Atividade é a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo.
• Limitações na atividade são as dificuldades que um indivíduo pode ter na
execução de atividades.
• Participação é o envolvimento em uma situação de vida.
• Restrições na participação são problemas que um indivíduo pode
enfrentar quando está envolvido em situações da vida.
• Fatores contextuais representam todo o contexto e situação de vida de
um indivíduo.
• Fatores ambientais constituem o ambiente físico, social e atitudinal em
que as pessoas vivem e conduzem suas vidas, incluindo as atitudes
sociais, características arquitetônicas e estruturas legais e sociais.
• Fatores pessoais são o contexto particular da vida de um indivíduo,
incluindo o gênero, idade, estilos de enfrentamento, contexto social,
educação, profissão, experiência pregressa e atual, padrão geral de
comportamento, caráter e outros fatores que influenciam como a
incapacidade é vivenciada pelo indivíduo.
• Qualificador de desempenho descreve o que um indivíduo faz no seu
ambiente atual. (O ambiente atual inclui dispositivos de apoio ou
assistência pessoal, sempre que o indivíduo utilizá-los para executar ações
ou tarefas.)
• Qualificador de capacidade descreve a capacidade de um indivíduo de
executar uma tarefa ou ação (o mais alto nível provável de atuação em um
determinado domínio em um dado momento).
• Por meio da revisão de registros
Histórico médicos e entrevistas.

• O terapeuta pede que o paciente


forneça informações gerais,
incluindo condições/complicações
clínicas passadas e presentes,
mecanismo da lesão, exames
diagnósticos anteriores, medicações
e histórico cirúrgico e terapêutico.
• Perguntas de entrevista destinadas a identificar a natureza e
a história do(s) problema(s) atual:
• Quais problemas o trazem à fisioterapia?
• Quando o(s) problema(s) começou(aram)?
• O que aconteceu para precipitar o(s) problema(s)?
• Quanto tempo faz que o(s) problema(s) existe(m)?
• Como você está cuidando do(s) problema(s)?
• O que melhora o(s) problema(s)?
• O que piora o(s) problema(s)?
• Quais são seus objetivos e expectativas para a fisioterapia?
• Você está fazendo algum outro tratamento para o(s)
problema(s)?
• Perguntas de entrevista destinadas a identificar os
desfechos desejados em termos de atividades funcionais
essenciais:
• Quais atividades você normalmente faz em casa/no trabalho/na
escola?
• Quais atividades você não consegue mais fazer?
• Quais atividades são feitas de modo diferente e qual é a
diferença (i. e., tempo extra, esforço extra, diferentes
estratégias)?
• Quais atividades você precisa de ajuda para realizar e que
preferiria fazer sozinho?
• Quais atividades de lazer são importantes para você?
• Como posso ajudá-lo a ser mais independente?
• Perguntas de entrevista destinadas a identificar as condições ambientais em
que as atividades do paciente normalmente ocorrem:
• Descreva o seu ambiente em casa/na escola/no trabalho.
• Como você se desloca/tem acesso as partes da casa (i. e., banheiro, quarto, entrada
e saída de casa)?
• Você se sente seguro?
• Como você circula pelas áreas da comunidade ou tem acesso a elas (i. e., local de
trabalho, escola, supermercado, shopping, centro comunitário, escadas, guias,
rampas)? Você se sente seguro?

• Perguntas de entrevista destinadas a identificar os apoios sociais disponíveis:


• Com quem você mora?
• Quem lhe ajuda com seus cuidados (i. e., atividades básicas de vida diária
[ABVD], atividades instrumentais de vida diária [AIVD])?
• Quem lhe ajuda com as atividades que você quer fazer (i. e., deambular, utilizar
escadas, realizar transferências)?
• Há atividades que são difíceis para você que, caso você tivesse mais ajuda, seriam
mais fáceis?
Revisão de • O uso do exame de triagem
Sistemas breve permite ao terapeuta
examinar sistemas corporais
rapidamente e determinar áreas
de função intacta e de
disfunção: cardiopulmonar,
tegumentar, musculoesquelética
e neuromuscular.
• São utilizados para fornecer dados
Testes e objetivos que determinem de
Medidas maneira precisa o grau de função e
disfunção específico.

• Teste muscular manual.

• Teste de ADM.

• Consumo de oxigênio, etc.


Categorias dos testes e medidas
• Doença – condição patológica do corpo
Etapa 2. ou entidade anormal com um grupo
Avaliação característico de sinais e sintomas que
afetam o corpo. A etiologia pode ser
conhecida ou não.

• Sinais – são evidências diretamente


observáveis ou mensuráveis de
anormalidades físicas.

• Sintomas – são as reações mais


subjetivas à anormalidade física.
• Deficiências (diretas) – são o resultado de
estados de patologia ou doença e
incluem qualquer perda ou anormalidade
Etapa 2. da estrutura ou função fisiológica,
anatômica ou psicológica.
Avaliação • Deficiências secundárias (indiretas) – são
sequelas ou complicações que se
originam de outros sistemas. Podem
resultar de deficiências pré-existentes ou
da expansão da disfunção em múltiplos
sistemas que ocorre com inatividade
prolongada, falta de adesão às
estratégias/intervenções sugeridas, plano
de tratamento ineficaz ou falta de
intervenção de reabilitação.
Etapa 3. Diagnóstico

Diagnóstico Clínico – se refere à


Diagnóstico Fisioterapêutico –
identificação de uma doença.
identificar o impacto de uma
Um distúrbio ou uma condição
condição ou função em nível de
(patologia/fisiopatologia) por
sistema (em especial o sistema
meio da avaliação de sinais,
locomotor) e no nível da
sintomas, histórico, resultados
pessoa como um todo.
laboratoriais.
Diagnóstico Fisioterapêutico

Função motora e integridade sensorial deficientes associadas a


distúrbios não regressivos do SNC – adquiridos na adolescência
ou na fase adulta.

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Função motora, integridade sensorial nervosa periférica e


integridade sensorial deficientes associadas a distúrbios não
regressivos da medula espinhal.
LESÃO MEDULAR

Dor na região lombar, limitando os movimentos de hiperextensão


de tronco e flexão de quadril.
LOMBALGIA
Diagnóstico Fisioterapêutico

Discinesia (alterações dos movimentos voluntários) muscular


respiratória associada ao conjunto de distúrbios mecânicos
identificados como “limitação do fluxo aéreo”, envolvendo os
músculos respiratórios e o comprometimento da biomecânica
tóraco-abdominal.
ASMA BRÔNQUICA

Redução da capacidade aeróbica associada à redução do fluxo


sanguíneo coronariano envolvendo artéria coronária circunflexa.

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO


Etapa 3. Diagnóstico

Musculoesquelética. Neuromuscular. Cardiovascular/ Tegumentar.


pulmonar.
Etapa 4. Prognóstico e plano de
tratamento

• Prognóstico – refere-se ao nível ideal previsto de melhoria na função e o


tempo necessário para atingir aquele nível.

• Plano de tratamento – resume o gerenciamento previsto do paciente.


✓Metas e resultados.
✓Intervenções específicas a serem utilizadas.
✓Duração e frequência das intervenções.
✓Critérios para alta.
Etapa 5. Intervenção

• O terapeuta deve levar em consideração diversos fatores ao


estruturar uma sessão de tratamento eficaz:

➢Conforto do paciente.
➢Desempenho ideal.
➢Ambiente estruturado.
➢Privacidade.
Etapa 6. Resultados

É contínua e envolve o reexame contínuo do paciente e a


determinação da eficácia do tratamento. O relatório de progresso
resume as descobertas do reexame e a avaliação das habilidades
do paciente em termos de metas previstas e resultados
esperados determinados no PT.

Se o paciente atingir o nível desejado de competência para os


resultados esperados, considera-se a alta.
Etapa 6. Resultados

• Plano de alta:

✓Educação do paciente, da família ou do cuidador.


✓Planos para tratamento de acompanhamento apropriados ou
encaminhamento a outra instituição ou profissional.
✓Instrução de um plano de exercícios domiciliares.
✓Avaliação e modificação do ambiente doméstico para auxiliar o
paciente em seu retorno para casa.
Prática baseada em evidências
(PBE) engloba uma gama mais
ampla de profissionais de saúde.
• Passo 1: identifica-se um problema clínico e
formula-se uma pergunta que pode ser
respondida.
• Passo 2: realiza-se uma revisão sistemática da
literatura e coletam-se evidências.
• Passo 3: as evidências de pesquisa são analisadas
criticamente em relação a sua validade
(proximidade da verdade), impacto (tamanho do
efeito) e aplicabilidade (utilidade na prática
clínica).
• Passo 4: a avaliação crítica é sintetizada e
integrada com a experiência do médico e
biologia, valores e circunstâncias únicas do
paciente.
• Passo 5: avaliam-se a efetividade e a eficiência
dos passos do processo baseado em evidências.
Tarefa
• ESTUDO DE CASO

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